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UFCD 6569 :NOÇÕES GERAIS
SOBRE A PELE E SUA
INTEGRIDADE
FORMANDA: ELIZABETH SILVA
FORMADORA: RUTE PANCHA
MEDIADORA: DRª CLAÚDIA LAMEIRAS
COORDENADORA: DRª SUSANA CARVALHO
1
A PELE É O MAIOR ÓRGÃO DO SER HUMANO
• A pele é vital para a nossa saúde e bem-estar. Sendo a primeira linha de defesa do nosso corpo contra as
bactérias e fungos, uma pele saudável mantém o equilíbrio dos fluidos e ajuda a regular a temperatura
corporal. É altamente sensível, reconhecendo o toque mais leve e a dor. Sendo o nosso maior e mais visível
órgão, cobre cerca de 2m2 e perfaz quase um sexto do nosso peso, o estado da pele pode ter também um
impacto significativo na nossa autoestima.
Estrutura da pele
Um órgão dinâmico e em constante mudança, a pele consiste em três camadas principais - a epiderme, a derme e a subcutânea.
Cada uma composta por diversas subcamadas. Os apêndices da pele - tais como os folículos e as glândulas sebáceas e sudoríparas -
também têm vários papéis na sua função geral.
• Como a camada mais exterior que vemos e tocamos, a epiderme protege-nos
das toxinas, bactérias e perda de líquidos. Consiste em 5 camadas de células
queratinócitas. Estas células, produzidas na camada basal mais interior,
migram em direção à superfície da pele. À medida que o fazem, amadurecem
e passam por várias mudanças. É este processo, conhecido por queratinação,
que torna as subcamadas distintas.
• Camada basal (ou estrato basal): A camada mais interior onde são produzidas
as células queratinócitas.
• Camada espinhosa (ou estrato espinhoso): Os queratinócitos produzem
queratina (fibras de proteína) e tornam-se em forma de fuso.
• Camada granulosa (estrato granuloso): A queratinização começa - as células
produzem grânulos duros e, à medida que empurram para cima, esses grânulos
tornam-se em queratina e epidérmicas lipídios.
• Camada clara (estrato lúcido): As células são fortemente comprimidas,
achatadas e indistinguíveis.
• Camada córnea ( ou estrato córneo): A camada mais exterior da epiderme com
cerca de 20 camadas de células mortas, dependendo do sítio da pele. Estas
células mortas surgem regularmente num processo chamado descamação. A
camada córnea possui também glândulas sudoríparas e as aberturas das
glândulas sebáceas.
EPIDERME:
A camada mais exterior é chamada camada córnea e é
onde as células mortas aparecem regularmente
CAMADA CÓRNEA É ONDE AS CÉLULAS MORTAS APARECEM
REGULARMENTE:
• As células na camada córnea estão ligadas por lípidos epidemias. Estes lípidos são essenciais para uma pele
saudável: criam a sua barreira protetora e ligam a hidratação. Quando faltam os lípidos, a pele pode tornar-
se seca e áspera.
• A epiderme está coberta por uma emulsão de água e lípidos (gorduras) chamada filme hidrolípido. Este
filme, mantido por secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas, ajuda a manter a nossa pele firme e atua
como mais uma barreira contra as bactérias e fungos.
• A parte aquosa deste filme, chamado manto ácido protetor, contém:
• Ácido láctico e vários aminoácidos do suor.
• Gorduras ácidas do sebo.
• Aminoácidos, ácido carboxílico pirrolidona e outros fatores hidratantes naturais (FHN) que são
basicamente derivados do processo de queratinização.
• O manto ácido protetor dá à pele saudável a seu pH levemente ácido, entre 5.4 e 5.9. É o ambiente ideal para:
• O crescimento de micro-organismos benéficos (chamados flora da pele) e para a destruição dos micro-organismos prejudiciais.
• A formação de lípidos epidemias.
• As enzimas que conduzem o processo de descamação.
• A camada dura poder reparar-se quando danificada.
• Na maior parte do corpo, a epiderme é apenas 0.1mm no total, embora seja consideravelmente mais fina à volta dos olhos
(0.05mm) e mais grossa na sola dos pés (entre 1 a 5mm). Para saber mais, leia compreender a pele em diferentes partes do corpo
e como difere a pele masculina e feminina.
• Derme (ou corium)
• A derme é a camada intermédia grossa, elástica mas firme da pele, composta por 2 camadas:
• A camada inferior (ou estrato reticular) uma área profunda e grossa que forma uma passagem líquida com a subcutânea.
• A camada superior (ou estrato papilar): forma uma passagem definida e ondulada com a epiderme.
6
Os principais componentes da derme são colagénio e elastina, tecidos conectores, que dão força e flexibilidade e são componentes
vitais para uma pele jovem e saudável. Estas fibras estão contidas numa substância gelatinosa (contendo ácido hialurónico) que
tem uma grande capacidade de retenção de água e ajuda a manter o volume da nossa pele.
O estilo de vida e fatores externos, tais como o sol e as mudanças de temperatura, têm impacto nos níveis de colagénio e elastina e
na estrutura das substâncias circundantes. À medida que envelhecemos, a nossa produção natural de colagénio e elastina diminui,
assim como a capacidade da pele de reter água. A pele tem um especto menos tonificado e surgem as rugas. Leia mais em fatores
que influenciam a pele, como o sol afeta a pele e envelhecimento da pele.
A derme tem um papel importante na proteção do corpo contra influências externas e irritantes, mas também tem a função de nutrir
as camadas superiores da pele a partir do interior:
A sua textura espessa e firme ajuda a atenuar as pressões externas e, quando ocorrem danos, contém tecidos conectores, tais como
fibroblastos e mastócitos que curam as feridas.
É rica em vasos sanguíneos que nutrem a epiderme enquanto expulsam as impurezas.
As glândulas sebáceas (que trazem sebo ou óleo para a superfície da pele) e as glândulas sudoríparas (que fornecem água e ácido
láctico para a superfície da pele) estão ambas localizadas na derme. Estes fluidos combinados formam o filme hidrolipídico.
A DERME PROTEGE O CORPO COM O SEU
ACOLCHOAMENTO, A SUA CAPACIDADE PARA NUTRIR E
REMOVER AS IMPUREZAS, ASSIM COMO A SUA
CAPACIDADE PARA TRANSPIRAR.
• A derme contém também:
• Vasos linfáticos.
• Recetores sensoriais.
• Raízes do cabelo: as terminações bulbosas dos fios do cabelo onde se desenvolve.
TECIDO SUBCUTÂNEO (OU HIPODERME)
• A camada mais interior da nossa pele armazena energia enquanto acolchoa e isola o corpo. É
composta principalmente por:
• Células gordas (adipócitos): agrupadas em conjuntos, como almofadas.
• Fibras de colagénio especiais (chamadas tecido septo ou fronteiras): tecidos conectores esponjosos
que mantêm as células agrupadas.
• Vasos sanguíneos.
• O número de células gordas contidas no tecido subcutâneo varia em diferentes partes do corpo.
Além disso, a distribuição das células gordas varia entre homens e mulheres, assim como a
estrutura de outras partes da pele.
• A pele muda durante a nossa vida. Para saber mais, leia pele em diferentes idades.
FUNÇÃO DA PELE :
A pele é vital para a nossa saúde e bem-estar. A pele saudável atua como uma
barreira entre o mundo exterior e o interior do corpo e a nossa primeira e melhor
defesa contra:
Frio, calor, perda de água e radiação: assim como a camada mais exterior da pele,
a camada córnea tem um papel essencial na proteção do corpo contra o ambiente
limitando a quantidade de água perdida pela epiderme.
Contém fatores naturais de hidratação (FNH) - derivados dos óleos sebáceos da
camada córnea, incluindo ácido láctico e ureia. Estes ligam-se com água e ajudam
a manter a elasticidade e a firmeza da pele. Se faltarem estes fatores, a pele perde
hidratação. Quando a hidratação da camada córnea baixa para menos de 8-10%,
torna-se áspera e seca, e com tendência para gretar.
Quando a pele é exposta regularmente aos UV, a produção de melanina na
camada basal aumenta, a pele engrossa para se proteger e pode ocorrer Hiper
pigmentação. Leia mais em como o sol afeta a pele.
As células gordas no tecido subcutâneo também isolam o corpo do frio e calor.
• Pressão, choques e abrasão: mais uma vez, a epiderme forma a primeira linha de defesa. As células gordas no tecido subcutâneo providenciam acolchoamento que
age como amortecedor de choques, protegendo o tecido muscular e fáscia (o tecido fibroso que envolve os músculos).
• Quando a pele é exposta a certos estímulos externos, a camada córnea fica mais espessa, por exemplo, quando se formam calosidades nos pés e mãos que estão
expostos a fricção constante.
• Substâncias químicas: A capacidade de tampão do filme hidrolítico e do manto ácido protetor, ajudam a proteger o corpo dos químicos alcalinos prejudiciais. Leia
mais em fatores que influenciam a pele.
• Bactérias e vírus: A camada córnea da epiderme e o seu manto ácido protetor formam uma barreira contra as bactérias e fungos. Se algo passa esta primeira linha de
defesa, o sistema imunitário da pele reage.
Barreira protetora
Sensação
A PELE TEM VÁRIOS PAPÉIS ESSENCIAIS PARAA NOSSA SAÚDE E
BEM-ESTAR:
• Regulação de temperatura: A pele transpira para arrefecer o corpo e contrai o sistema
vascular na derme para conservar o calor.
• Controlo de sensações: As terminações nervosas da pele tornam-se sensíveis à pressão,
vibração, toque, dor e temperatura.
• Regeneração: A pele tem a capacidade de se cicatrizar.
• Fonte de nutrientes: As células gordas no tecido subcutâneo são unidades importantes
de armazenamento para os nutrientes. Quando o organismo precisa deles, estes passam
para os vasos sanguíneos circundantes e são levados para onde é necessário.
• A pele tem também um papel psicológico importante. Sendo o indicador mais visível
de saúde, a condição da nossa pele afeta o modo como nos sentimos sobre nós próprios
e como os outros nos vêm. Quando a pele está saudável tem capacidade para
desempenhar melhor o seu papel e nós sentimo-nos mais confortáveis e confiantes.
Temperatur
a
Regeneração
• O que acontece quando a pele está danificada?
• A pele saudável é uniforme na sua cor, suave na textura, bem
hidratada e adequadamente sensível ao toque, pressão e
temperatura. Quando a barreira natural da pele é perturbada, a sua
função protetora e aparência saudável ficam comprometidas:
• Perde hidratação e elasticidade e pode ter um aspeto seco, áspero,
gretado e/ou flácido:
• Torna-se cada vez mais sensível às influências externas (como o
sol e mudanças de temperatura) e fica particularmente sujeita a
infeções.
• A pele infetada pode ficar inflamada com a tentativa das células
imunitárias se moverem e tentarem reparar a barreira danificada e
ultrapassar a infeção. No caso de problemas como a Dermatite
Atópica e escalpe com prurido, um tratamento especializado é
muitas vezes necessário para quebrar o círculo vicioso de prurido
repetido, futuras infeções, mas também para ajudar a regenerar a
barreira natural da pele.
• A pele tem vários mecanismos de regeneração e reparação. A
camada basal assegura uma renovação constante da epiderme,
através da divisão contínua das células:
• Se uma ferida ficar confinada à camada superior da pele, os danos
(chamados de erosão) podem sarar sem cicatrização.
• Se os danos chegarem à derme e a membrana basal for afetada (por
ex.: uma úlcera) deixará uma cicatriz.
• Cicatrizar uma ferida segue vários passos:
• O sangue coagulado forma uma membrana com uma superfície
dura que se pega à ferida (crosta).
• As células mortas e danificadas e o seu tecido conectivo são
decompostas e dissolvidas pelos enzimas.
• As células que protegem o corpo ao digerirem bactérias e células
mortas ficam ativas. Os fluidos linfáticos chegam à ferida.
• Novas células - incluindo os brotos capilares, tecidos conectores e
fibras de colagénio - formam um processo conhecido como
epitelização.
• Esta última etapa pode ser estimulada e apoiada pela aplicação de
produtos tópicos que auxiliam a cicatrização (por exemplo:
dexpantenol).
COMPREENDER A PELE
FATORES QUE INFLUENCIAM A PELE
• Fatores internos (endógenos)
• Fatores externos (exógenos)
• Produtos relacionados
• A condição e aparência da nossa pele são a chave para a nossa saúde e bem-estar em geral. Quando a pele está saudável
trabalha arduamente para proteger os nossos corpos das agressões ambientais como irritações, alérgenos e micróbios,
regulando a temperatura e a aparência da pele, para que esta se mantenha suave, calma e bem hidratada, e até mesmo com
uma boa cor. Há vários fatores – tanto internos como externos - que afetam a condição da pele e influenciam a forma
como se olha e se sente. Por exemplo, devido à função barreira da pele comprometida, a pele hipersensível é mais
propensa a irritações do que a pele bem equilibrada. Existem alguns fatores que não podemos influenciar, mas existem
outros que podemos. Um cuidado rigoroso da pele, pode protegê-la e manter uma aparência jovem durante mais tempo.
• Os fatores internos que influenciam a pele incluem a genética, hormonas e condições específicas, tais como diabetes.
• Genética
• A genética de uma pessoa determina o seu tipo de pele (normal, seca, oleosa ou mista) e afeta a sua condição geral da pele.
• Genética e envelhecimento biológico da pele
• A genética de uma pessoa determina o envelhecimento biológico da pele, caracterizado por:
• Declínio na regeneração e renovação das células.
• Secreções reduzidas das glândulas sebáceas e sudoríparas.
• Degeneração do tecido conector, o que diminui a capacidade de retenção de água e firmeza da pele.
• Degeneração das fibras elásticas que resulta na perda de elasticidade da pele.
• O envelhecimento biológico da pele não deve ser confundido com envelhecimento prematuro da pele, causado por fatores externos e que pode ser influenciado.
• Mãe segura bebé nos braços
• A genética determina o seu tipo de pele.
• Rosto de mulher mais velha com cabelo louro
• A genética também determina o envelhecimento biológico da pele.
Uma predisposição para doenças de pele, tais como Dermatite Atópica, Psoríase e Ictiose é também determinado pela genética. Por exemplo, os que nascem com deficiência em Filagrina (uma
proteína da pele) têm pele com uma função barreira mais fraca e por isso maior tendência a ter pele sensível e Dermatite Atópica. Com esta tendência, a pele fica mais exposta a influências
externas. Como tal, é crucial ter cuidados específicos. Leia mais em pele seca e Dermatite Atópica. Existem doenças - tais como diabetes e problemas renais - que podem influenciar o estado da
pele.
HORMONAS:
• As hormonas, e alterações nos seus níveis, podem ter um impacto significativo na pele:
• Alterações hormonais podem originar acne da puberdade.
• Durante a gravidez, as hormonas podem provocar uma maior produção de melanina e uma forma
de hiperpigmentação conhecido como melasma.
• Os níveis de estrogénio feminino decrescem como parte do processo de envelhecimento,
especialmente após a menopausa. O estrogénio beneficia o equilíbrio de hidratação da pele e o
seu declínio origina alterações estruturais e o atrofiamento da pele devido à idade.
• Fatores externos (exógenos)
• Existem muitos fatores externos que influenciam a saúde da pele. Estes fatores são determinados pelo meio ambiente, a nossa saúde e as
escolhas de estilo de vida que fazemos. Quando o equilíbrio natural da pele é comprometido, a sua função de barreira protetora é
comprometida e está propensa a sensibilidade. Os fatores externos que influenciam a saúde da pele são determinados pelo ambiente que
nos rodeia, pela nossa saúde e escolhas de estilo de vida que fazemos.
• Clima e ambiente
• Radiação UV
• Os radicais livres são moléculas agressivas responsáveis ​pelo processo de oxidação nos tecidos corporais, que resulta em danos celulares.
A pele saudável contém antioxidantes que a protege ao neutralizar os radicais livres.
• Na epiderme, os radicais livres são gerados pelos UV. Em condições normais e com exposição limitada, os mecanismos de proteção da
pele podem agir. Se, no entanto, a exposição é prolongada, os sistemas de proteção da pele ficam enfraquecidos e a função protetora de
barreira da pele enfraquecida. A pele fica sensível e sujeita a doenças. Anos de exposição solar sem proteção origina danos crónicos e
envelhecimento prematuro da pele.
Saiba mais sobre os efeitos da exposição solar e como proteger a pele do sol.
• Temperatura
• As temperaturas extremas, e a velocidade com que mudam, têm impacto sobre a pele.
• Em condições de frio, a pele reage ao estreitar os vasos sanguíneos para proteger o corpo da perda de muito calor. As temperaturas frias
recorrentes, reduzem a secreção das glândulas sebáceas e causam a secura da pele. Leia mais em pele seca.
• Em condições de muito calor ou humidade (por exemplo, países tropicais ou numa sauna), as glândulas sudoríparas produzem mais
suor, deixando a pele húmida e brilhante e, em alguns casos, com tendência para a acne.
• A baixa humidade, como podemos encontrar em cabines de avião ou em ambientes com ao aquecimento central, pode causar a
desidratação
da pele levando a um aumento da sua sensibilidade.
• Algumas doenças da pele, por exemplo a rosácea, podem também ser desencadeadas por temperaturas quentes. Esta é uma das razões
pelas quais é recomendado usar água morna em vez de água muito quente para a limpeza facial, lavar as mãos e tomar banho
INFLUÊNCIAS QUÍMICAS:
• Produtos agressivos
• A pele é naturalmente um pouco ácida, com um pH entre 4,7 e 5,75. Produtos de limpeza agressivos (tais como lauril sulfato de sódio e produtos
hidratantes com um pH alcalino) sobrecarregam a capacidade de neutralização natural da pele, danificam a estrutura celular e prejudicam a
função barreira da camada mais externa da epiderme. Como resultado, a pele pode secar e ficar sensível ou mesmo hipersensível.
• Quando a pele é sensível, está suscetível a infeções da pele e a surtos de doenças como a Dermatite Atópica ou Rosácea. A pele sensível (que se
caracteriza por um enfraquecimento da.função barreira) e hipersensível (que tem, adicionalmente, fibras nervosas hiperativas) são
particularmente propensas à secura e aos efeitos prejudiciais de produtos agressivos.
• Alguns químicos podem ter um efeito semelhante e é importante consultar um dermatologista para assegurar que um determinado procedimento
é adequado à sua pele.
• Algumas pessoas são particularmente afetadas por produtos agressivos:
• Crianças pequenas e idosos: a pele jovem e madura é menos resistente porque as glândulas sebáceas podem não estar totalmente desenvolvidas
ou estão em declínio. Leia mais em pele de diferentes idades.
• Os que estão expostos a químicos no trabalho: profissionais, tais como cabeleireiros e os trabalhadores da indústria estão em contacto constante
com detergentes, solventes, lacas e tintas, tudo substâncias nocivas para a pele.
• Leia mais sobre como cuidar da pele do rosto e corpo e a importância de escolher os produtos adequados.
• Lavagens demasiado frequentes
• Os banhos e os duches demasiado frequentes, longos ou com água excessivamente quente originam a
perda dos fatores hidratantes naturais da pele (conhecidos como FHNs) e lípidos superficiais. A pele
seca e fica áspera. O pH da pele saudável é levemente ácido e a lavagem frequente com água - que varia
de neutra a ligeiramente alcalina - pode ter impacto sobre o equilíbrio natural da pele e prejudicar a sua
função de barreira protetora. Leia mais sobre cuidar da pele do corpo e rotina diária de cuidado do rosto.
• Nutrição
• Uma dieta equilibrada ajuda a pele a manter-se saudável. A
pesquisa sobre os melhores alimentos não é abundante
contudo:
• Frutos, legumes, cereais e proteínas magras (peixe em vez
de carne) são bons para a pele.
• Uma dieta rica em Vitamina C e baixa em gorduras e
carboidratos pode ajudar a pele a ter um aspeto jovem.
• Alimentos ricos em antioxidantes parecem trazer
benefícios. Estes incluem: frutas ou legumes amarelos e
laranjas (cenouras e alperces), mirtilos, legumes de folha
verde (espinafres), tomates, ervilhas, feijão e lentilhas,
peixe (especialmente salmão), frutos secos.
• Dietas que excluem um grupo nutricional em geral não são
benéficas para a saúde. No entanto, é recomendável limitar
o consumo de doces e lacticínios. É também importante
beber muita água, especialmente as pessoas idosas.
• Não há uma associação clara entre a nutrição e as causas da
acne.
MEDIDAS TERAPÊUTICAS :
• Alguns medicamentos (por ex.: quimioterapia, diuréticos, laxantes e os medicamentos de redução de lípidos tomados por vezes para tratar doenças cardiovasculares)
podem tornar a pele mais sensível e com tendência a secar.
• Estilo de vida
• As escolhas de estilo de vida podem ajudar a retardar o processo natural de envelhecimento e prevenir problemas de pele:
• Gerir o stress
• O stress descontrolado pode tornar a pele mais sensível e originar problemas, inclusivamente acne. O stress necessita de ser gerido: reduzir o volume de trabalho,
reservar tempo para atividades de lazer e técnicas de relaxamento podem ajudar.
• Exercício
• O exercício físico regular tem um impacto positivo na saúde da pele, assim como na sua forma física.
• Dormir
• Uma boa noite de sono dá ao organismo uma possibilidade de se regenerar e contribui para a renovação da pele.
• Pare de fumar
• O tabaco é uma das principais origens dos radicais livres que afetam a pele. Fumar dá à pele um especto envelhecido e contribui para a formação de rugas:
• Aperta os vasos sanguíneos nas camadas inferiores da pele. Isto diminui o fluxo de sangue e tira à pele oxigénio e nutrientes, tais como a Vitamina A.
• Danifica o colagénio e a elastina: as fibras que dão à pele a sua força e elasticidade.
ENVELHECIMENTO DA PELE:
• O envelhecimento dos indivíduos é um processo normal e faz parte do seu desenvolvimento. Os
mecanismos que causam o envelhecimento são desconhecidos, mas são uma realidade e causam muitas
alterações em todo o nosso corpo, em especial a nível da pele.
• Desidratação:
• Devido á diminuição da água corporal total (de 70% em crianças para 52% no idoso). Assim o idoso fica
num ténue de desidratação. Perdas moderadas de líquidos podem evoluir rapidamente para um processo de
desidratação evidente.
• Perda de tecido subcutâneo e de gordura:
• É por esta razão que as pessoas idosas têm rugas, pele mais flácida e mais fina. Devido à perda de tecido
subcutâneo (que serve de isolante), as pessoas idosas são mais sensíveis ao frio.
• Também há uma distribuição mais centrípeta de gordura corporal (acumula-se mais na região do abdómen e
ancas e menos na cara).
• Diminuição do colagénio e fibras elásticas:
• Devido à perda de elasticidade da pele, esta fica mais fina, frágil e seca, associada à diminuição de tecido
subcutâneo.
• As fibras de colagénio ( que permitem que a derme e epiderme deslizem uma sobre a outra) diminuem.
Quando sujeita a forças de deslizamento essas camadas podem separa-se uma da outra e sofrerem soluções
de continuidade ou úlceras de pressão.
• As forças de deslizamento são aquelas que são exercidas na pele quando movimentos um doente na cama.
Ao arrastarmos a pele dos doentes na cama. Ao arrastarmos a pele dos doentes na cama (para mudarmos a
sua reposição) estamos a exercer uma força de deslizamento.
• Diminuição da pilosidade em geral, exceto na cara:
• Pilosidade em regiões anómalas (devido a alterações hormonais , hipertricose – crescimento excessivo de
pelos), nas narinas e orelhas nos homens e no queixo e no buço nas mulheres. Os pelos inestéticos são
duros e abundantes.
• Na púbis, axilas e extremidades os pelos são menos espessos e mais raros.
• Surge a calvície ou rarefação gradual do cabelo, sendo menos espesso, com menos volume e acinzentado.
O cabelo fica mais fino, mais fraco, mais grisalho ou esbranquiçado.
• Perda gradativa da pigmentação (diminuição da atividade dos melanócitos).
• Espessamento das unhas, que se tornam mais secas e quebradiças (unhas dos pés- onicogripose)
• Diminuição do número de glândulas sudoríparas.
• Com o envelhecimento, a pele perde a capacidade de suar e de produção de sebo em quantidades normais.
Esta é a razão pela qual a pele fica mais fina. Pela perda da capacidade de transpirar os idosos ficam com
maior sensibilidade ao calor.
• Nos idosos as lesões da pele são mais frequentes uma vez que esta é mais friável (quebradiça ou
rasgável).Uma pele ferida ou lesada é uma pele com mais risco de ser infetada, porque perdeu a primeira
linha de defesa do organismo. O corpo fica exposto à entrada de vírus, bactérias e outros agentes que
podem causar infeções. Sendo assim, a população idosa é mais suscetível a doenças crónicas e a tomar
medicamentos.
CUIDADOS A TER PARAA MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE
CUTÂNEA:
• Tome banhos mais frios e curtos
• Ficar muito tempo no chuveiro quente piora o ressecamento da pele do idoso. O ideal é que a água esteja no máximo morna. Também tem que passar o sabão gentilmente, sem grandes esfoliações, já que isso
altera a composição do manto hidrolipídico, camada hidratante natural do organismo.
Invista nos hidratantes
• Logo depois do banho é uma ocasião perfeita para isso, pois os poros estão abertos e o vaporzinho de água facilita a penetração do creme. Não há um produto especial aqui, mas os especialistas recomendam que
o hidratante escolhido tenha propriedades emolientes, que aumentam a camada de gordura de corpo; umectantes, para melhorar a quantidade de água disponível; e oclusivas, que diminuem a evaporação desse
líquido. Falando nele…
Beba bastante água
• Esse hábito é fundamental para a saúde da pele e pode ser algo negligenciado na terceira idade, quando tendemos a sentir menos sede. A dica é tomar 2 litros ao dia, mesmo quando não estiver sedento. Exceto se
houver contraindicação do médico, claro – algumas doenças impedem as goladas aos montes.
Proteja os lábios
• Eles também sofrem com o ressecamento provocado pelo avançar da idade. E outros fatores, como o clima seco e as temperaturas baixas, pioram a situação. Para evitar rachaduras, use diariamente um foto
protetor labial, que contém filtro solar, e hidratantes específicos para a boca. À noite, dá para dormir com um produto mais viscoso, como o mel, que ainda melhora a cicatrização de lábios que já estão
machucados.
Controle a exposição ao sol
• Quanto maior a idade, maior o risco de câncer. E com os tumores de pele é a mesma coisa. Além disso, os raios solares aceleram o envelhecimento. Por isso, não descuide da proteção solar diária com o filtro,
mas também não dependa só dele: vale usar bonés, viseiras, óculos… E, claro, prefira a sombra sempre que possível.
• Avaliar a pele quanto à cor, textura e condições e associá-la à idade do idosos.
• Verificar a presença de lesões e comunicar ao enfermeiro que irá avaliar as suas causas e propor tratamento adequado.
• Aplicar cremes hidratantes sobre a pele para compensar as perdas próprias da idade e aumentar a proteção
Orientar a higiene corporal com água morna e sabonete neutro, evitando procedimentos abrasivos. No caso da pele excessivamente seca, restringir o uso de sabonete aos genitais.
Orientar a exposição solar adequada (antes das 10h00 e após as 16h00) e o uso, se possível de protetores solares.
Estar atento a alterações relacionadas com a distribuição e coloração dos pelos. Mudanças bruscas e acentuadas podem indicar processos patológicos.
Proporcionar e estimular a ingestão de líquidos(quentes ou frios), de acordo com a temperatura ambiente.
Vigiar as unhas, que deverão ser limadas e não cortadas, evitando pontas que possam ferir e uma espessura inadequada(lesões).. No caso de idosos diabéticos ou com alterações vasculares periféricas. É preciso ter
muito cuidados nos cuidados às mãos e aos pés. O processo de ter muito cuidado nos cuidados às mãos e aos pés. O processo de cicatrização é mais difícil.
Orientar a adequação do uso de roupa é temperatura ambiente, evitando a exposição ao calor ou frio excessivo.
AS FERIDAS: AS FERIDAS PODEM SER CLASSIFICADAS COMO AGUDAS OU CRÓNICAS.
• As feridas agudas cicatrizam sem problemas e num curto espaço de tempo.
• As feridas crónicas não cicatrizam facilmente e podem persistir semanas, meses ou mesmo anos. Uma ferida é representada
pela interrupção da continuidade de um tecido corpóreo em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de
trauma físico, químico, mecânico ou desencadeada por uma afeção clínica, que aciona as frentes de defesa orgânica para o
contra-ataque. As feridas podem ser classificadas de acordo com o tempo de reparação tissular em agudas e crônicas. As
feridas agudas são originadas de cirurgias ou traumas e a reparação ocorre em tempo adequado, sem complicações. As
feridas crônicas são aquelas que não são reparadas em tempo esperado e apresentam complicações. (BLANES, 2004)
• A terapia tópica envolve, além da limpeza e desbridamento, a oclusão com os chamados curativos e/ou coberturas. A escolha
do tipo de cobertura a ser utilizada está diretamente relacionada com sua função, que pode ser: proteção e absorção de
umidade, absorção de exsudato e odores, desbridamento (limpeza), prevenção da contaminação exógena, compressão para
minimizar acúmulo de fluidos, bem como a imobilização ou proteção contra traumas mecânicos. A epiderme é a camada
mais externa, composta por três diferentes linhagens celulares: os queratinócitos, os melanócitos e as células de Langerhans.
1. Queratinócitos: Células produzidas pela camada basal. Sintetizam a queratina e, à medida que migram para a superfície,
transformam-se progressivamente, formando uma queratinizada, caracterizada por células com estruturas achatadas e rígidas
de queratina. A queratina, proteína fibrosa filamentosa que promove firmeza à epiderme, garante a impermeabilização da
camada externa e a protege da desidratação. A renovação total da epiderme se dá a cada 25 a 50 dias. 2. Melanócitos:
Células especializadas, presentes, sobretudo na camada basal, que podem sintetizar um pigmento escuro, a melanina, cuja
função é de proteger a pele contra os raios ultravioletas do sol. A exposição à luz solar provoca a produção de maiores
quantidades de melanina.3. Células de Langerhans: Células imunitárias gigantes, de forma estrelada que se estendem entre os
queratinócitos. Elas são produzidas pela medula óssea e migram para a epiderme onde atuam como macrófagos e contribuem
à ativação do sistema imunitário. São capazes de ingerir partículas estranhas e microrganismos e, em seguida saem da
epiderme e passam para os gânglios linfáticos satélites onde apresentam os determinantes do antígeno aos linfócitos T.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO:
QUANDO HÁ PERDA DA INTEGRIDADE DO TECIDO, RESULTANDO EM UMA LESÃO,
IMEDIATAMENTE É INICIADO O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO CONSTITUÍDO DE FASES. ESTAS FASES
GERALMENTE OCORREM EM SEQUÊNCIA, MAS PODE HAVER UMA SOBREPOSIÇÃO DAS FASES EM
DIFERENTES LOCALIZAÇÕES DA FERIDA, BEM COMO O TEMPO DE DURAÇÃO DE CADA UMA PODE
VARIAR DE ACORDO COM MÚLTIPLOS FATORES. (AFONSO, ET AL 2014)
• Fase inflamatória
• A reposta inflamatória é uma reação local não-específica à lesão do
tecido ou invasão bacteriana. É uma parte importante dos
mecanismos de defesa do corpo essencial no processo de
cicatrização. No caso das feridas crônicas ocorrem dois fenômenos:
hemóstase e inflamação. Nas feridas agudas ocorre apenas a
inflamação.
• A fase inflamatória dura cerca de 4 a 5 dias, exigindo recursos
energéticos e nutricionais. É vital para estimular as fases seguintes,
daí a dificuldade de cicatrização nos imunodeprimidos. Nas feridas
limpas esta fase pode durar cerca de 36 horas. Nas feridas com
necrose, infetadas ou com presença de corpos estranhos esta resposta
pode ser mais longa.
• Fase proliferativa
• Esta fase inicia no 4º dia após a lesão com duração
de até 15 dias. Os fibroblastos estimulam a
produção de colágeno. A angiogênese promove a
eliminação de coágulos de fibrina e a formação de
uma neovascularização (capilares) devido à
presença de enzimas específicas. O colágeno e a
neovascularização resultantes produzem capilares
(muito frágeis e facilmente danificáveis) resultando
no tecido de granulação. Esta fase torna-se mais
lenta com a idade. A vitamina C é essencial para a
síntese de colágenoet
• Fase de epitelização
• Nas feridas fechadas, a epitelização inicia-se no segundo dia. Nas feridas abertas, porém, é
necessário que a cavidade seja preenchida com tecido de granulação antes que a epitelização
comece. A duração deste estágio é bastante variável.
• Nesta fase a ferida está coberta por células epiteliais. Os macrófagos liberam o fator de
crescimento epidérmico (FCE), que estimula a proliferação e a migração das células epiteliais. Os
queratinócitos, às margens da ferida e em volta dos folículos pilosos remanescentes, sintetizam a
fibronectina, a qual forma uma matriz temporária ao longo da qual as células migram.
• Fase de maturação
• Nesse processo, o nível mais alto de atividade ocorre entre 14 e 21
dias. A característica mais relevante desta fase é a deposição de
colágeno de maneira organizada. O colágeno produzido inicialmente é
mais fino que o colágeno produzido na pele íntegra. Durante a
maturação, a ferida fica menos vascularizada porque há redução da
necessidade de levar células até o local da ferida. A divisão celular
cessa quando as células se encontram devido à inibição por contato; a
ferida contrai-se devido à capacidade contrátil dos microblastos e as
margens da ferida se unem. O tecido cicatricial presente é
gradualmente remodelado e só se torna comparável ao tecido normal
após um longo período. Isso pode levar até 01 ano nas feridas
fechadas e muito mais tempo nas feridas abertas.
• TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
• O processo de cicatrização de uma ferida pode ocorrer de três formas:. Por primeira
intenção: processo ocorre dentro do tempo fisiológico esperado , quando é possível fazer a
junção dos bordos da lesão por meio de suturas ou qualquer outro tipo de aproximação;
• Por segunda intenção: relacionado a ferimentos infetados e a lesões com perda acentuada de
tecido, onde não é possível fazer a junção dos bordos;
• Por terceira intenção: quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão
inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção. Ocorre quando a lesão é
deixada aberta para drenagem de exsudato e posteriormente fechada.
• Fatores que influenciam no processo de cicatrização
• Nem sempre o processo fisiológico da cicatrização ocorre de forma satisfatória. A avaliação
holística/sistêmica da ferida e do indivíduo leva à identificação de alterações existentes, sejam
elas influenciadas por fatores sistêmicos ou fatores extrínsecos que podem retardar ou otimizar
a cicatrização.
• Fatores sistêmicos são aqueles relacionados às condições gerais do indivíduo, como: idade,
estado nutricional, tabagismo, doenças crônicas de base, dor, insuficiências vasculares,
utilização de alguns medicamentos tipo drogas imunossupressoras, corticosteroides, anti-
inflamatórios e outros.
• Fatores extrínsecos são aqueles relacionados às condições da ferida. A manutenção da
temperatura e umidade ideais, a pressão na cicatrização; quando uma ferida sofre uma pressão
contínua e excessiva ela prejudica a irrigação sanguínea da rede, diminuindo o aporte sanguíneo
para os tecidos ao redor da ferida, retardando assim a cicatrização. A incontinência, seja ela
fecal e/ou urinária, também é um fator importante que altera a integridade da pele.
AVALIAÇÃO DE FERIDAS :PARA A ESCOLHA DA COBERTURA ADEQUADA NO TRATAMENTO DE UMA FERIDA É ESSENCIAL QUE
PREVIAMENTE OCORRA UMA AVALIAÇÃO CRITERIOSA. A ANÁLISE DA LESÃO DEVE
INCLUIR, ALÉM DAS CONDIÇÕES FÍSICAS E SISTÊMICAS, A LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DA FERIDA E SUAS CARACTERÍSTICAS, COMO: FORMA, TAMANHO, PROFUNDIDADE,
MARGENS, PELE PERFIL LESIONAL, TIPO E QUANTIDADE DE TECIDO E PRESENÇA CARACTERÍSTICAS DO EXSUDATO NA FERIDA. APÓS ESSA AVALIAÇÃO É FEITA A ESCOLHA DA
COBERTURA IDEAL. (ODA, SALOTTI,
GUIMARÃES, 2011)
• Tipos de tecido O leito de uma lesão e o tipo de
tecido presente, são geralmente indicativos da fase da
cicatrização, bem como evolução e eficácia do
tratamento quando já instituído. Tecido viável: Tecido
formado no processo de cicatrização, com objetivo de
reconstituição da área lesada, apresentando tecido
vermelho vivo (tecido de granulação) característico de
tecido conjuntivo altamente vascularizado Tecido
inviável: Tecido desvitalizado, geralmente composto
por necrose ou esfacelo, relacionado aos diferentes
níveis de morte tecidual.
• Principais tecidos presentes no leito da lesão:1. Necrose:
Geralmente de coloração enegrecida e que pode ter
consistência dura (necrose seca/escara) ou mole (necrose
úmida);2. Esfacelo: Tecido necrosado de consistência
delgada, de coloração amarela ou acastanhada, podendo
estar aderida ao leito e margens da ferida ou frouxamente
ligada ao leito;3. Granulação: Tecido avermelhado
umedecido e firme, indicativo de boa evolução do processo
cicatricial;4. Epitelização: tecido de cor rosada, indicativo
de encerramento da ferida, geralmente surge a partir das
margens.5. Hiper granulação: Excesso de tecido de
granulação, que se forma para além do nível do leito da
ferida, gerando tensão nos bordos. Impede a migração das
células epiteliais basais e consequentemente a cicatrização
• As condições da pele perilesional são tão importantes
quanto o aspeto do seu leito. Uma pele íntegra favorece
a epitelização precoce, bem como peles com alterações
prejudicam o processo cicatricial. A visualização de
alterações é crucial já que podem ser indicativos de
alterações no processo cicatricial (por exemplo,
infeção), tratamento local inadequado ou cuidados
adicionais inexistentes (por exemplo, alívio de pressão)
Principais alterações:1. Maceração: Resultado de
umidade excessiva (exsudato) nas superfícies epiteliais,
conferindo ao tecido perilesional aspeto esbranquiçado
e intumescido.,. Inflamação: Sinais evidentes de dor,
calor e rubor na pele adjacente à ferida;3.
Hiperqueratose: Espessamento excessivo da pele
causado por atrito frequente, geralmente em torno de
lesões neuropáticas. Este espessamento contribui
diretamente no aumento do leito da lesão se não
removido
• MENSURAÇÃO DA LESÃO
• A mensuração é um aspeto fundamental na avaliação de feridas, pois fornece de
maneira objetiva os parâmetros que indicam a evolução cicatricial. (Eberhardta TD,
et al, 2015)
• Uma das técnicas utilizadas para mensuração das feridas é com uso de papel
transparente estéril, onde será feito o contorno da lesão, seguindo suas margens.
• Medir-se-ão as maiores extensões, na vertical e horizontal, cujo encontro das retas ,
deverá formar um ângulo de 90 graus. Há também a possibilidade da mensuração
com régua em centímetros, da maior extensão na vertical e maior extensão na
horizontal, sempre mantendo a régua em ângulo reto.
• Cálculo da área
• Para quantificar a profundidade é indicado inserir uma seringa de insulina estéril, sem
agulha, no ponto mais fundo da ferida ou uma pinça estéril, efetuando se uma marca na
seringa ou pinça no nível da margem da ferida, para posteriormente ser comparada à régua
(as feridas no primeiro dia deverão ser fotografadas). Utilizar a sonda uretral nº10 para
mensuração de solapamento em locais que se façam necessário a utilização de material
maleável e de maior extensão que a seringa. Efetuar, posteriormente, o registro do
solapamento no impresso de mensuração; usando como referência, os ponteiros do relógio
imaginário. Outra técnica não invasiva a ser utilizada é uso de fotografias. Esse método,
desde que autorizado pelo paciente/responsável facilita o monitoramento da evolução do
tratamento de maneira detalhada sem causar desconforto físico ao paciente, além disso, é um
registro permanente de evolução da lesão. O registro fotográfico deve ser realizado de um
ponto fixo, evidenciando as mudanças no processo de cicatrização, ou seja, deve-se
padronizar a zona a ser fotografada, de modo a se obter o tamanho relativo da lesão, sua cor
e condições da pele ao redor.
35
• TRATAMENTO DE FERIDAS
• A escolha da terapia adequada para o tratamento de feridas consiste em um
processo sequencial com fatores intimamente interligados. Para que o
tratamento de uma lesão ocorra de maneira efetiva, devem-se seguir os itens
descritos, após a avaliação da lesão.
• Limpeza:1. A manipulação adequada da ferida consiste na limpeza cuidadosa e
rigorosa em toda sua extensão e profundidade.2. A técnica de limpeza indicada
para o leito das lesões compreende a irrigação com jatos de soro fisiológico a
0,9% ou água destilada aquecidos, que serão suficientes para remover os
corpos estranhos e os tecidos frouxamente aderidos, além de preservar tecido
de granulação.3. Evitar o agressivo esfregaço da pele íntegra ao redor da área
para não traumatizá-la;4. Na técnica limpa, utilizar água corrente e gaze não
estéril. As luvas são para proteção do indivíduo executor da técnica. Está
recomendada para o uso em domicílio, onde a microbiota representa menor
patogenicidade;5. A técnica estéril é recomendada para o uso no ambiente
hospitalar, uma vez que a existência de microrganismos patogênicos e a
possibilidade de infeção cruzada são maiores.
• Desbridamento:
• 1. Autolítico – Auto-degradação do tecido necrótico por meio de um
ambiente úmido. A temperatura mínima ideal deve ser de 37°C, pois a
autólise requer enzimas e células. É indicado o uso de coberturas que
retenham a umidade no leito da lesão.2. Químico – Remoção do tecido
necrótico por meio de enzimas proteolíticas que degradam o colágeno.3.
Mecânico – Remoção do tecido desvitalizado do leito da ferida com o uso
de força física empregada por meio de fricção. Instrumental – Remoção do
tecido inviável com uso de lâmina de bisturi, pinças e tesoura. É um
método rápido, seletivo e que pode ser associado a outros tipos de
desbridamento (enzimático ou autolítico). Método não recomendado em
pacientes com risco de hemorragia (coagulopatias ou anticoagulantes) e
em lesões com insuficiência arterial.. Cirúrgico - Remoção completa do
tecido necrótico, realizado em contexto de bloco operatório sob anestesia.
Método não recomendado em pacientes com risco de hemorragia
(coagulopatias ou anticoagulantes) e em lesões com insuficiência arterial.
• Escolha da cobertura:
• A indicação de uma cobertura deve estar ancorada nos seguintes objetivos:
• 1. Eliminar tecido não-viável;
• 2. Minimizar o risco de infeção;
• 3. Atender às características da ferida;
• 4. Atender às metas da terapia para o paciente e família;
• 5. Ser prático para o paciente e família;
• 6. Ter boa relação custo/benefício;
• 7. Estar disponível;
• CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA INDICAÇÃO DE COBERTURAS
• As coberturas especiais são uma forma de tratamento das feridas e sua
• escolha depende de fatores intrínsecos como a idade, a imobilidade, o estado
• nutricional, as doenças associadas e o uso de medicamentos contínuos,
• principalmente drogas imunossupressoras. Dependem também de fatores extrínsecos
• como a localização anatômica da ferida, a presença de infeção e de tecido
• desvitalizado. O tratamento das feridas é dinâmico e depende, a cada momento, da
• evolução das fases de cicatrização e das características da lesão. A avaliação de
• benefícios e custos são alguns dos aspetos a serem considerados no momento da
• escolha do tipo de cobertura, que devem ser adequados conforme o mecanismo de
• ação das coberturas e recomendações quanto à frequência de trocas. Além disso, as
• coberturas devem ser oclusivas para garantir a temperatura, umidade e
• impermeabilidade contra microrganismos, bem como proporcionar hemostasia,
• amenizar dor e odor, ser confortável e preencher espaço morto A seguir serão discutidos os principais
grupos de coberturas especiais existentes no mercado, incluindo suas respetivas classificações,
indicações, contraindicações , ação destes produtos, frequência de troca, vantagens e desvantagens
na escolha da cobertura, modo de uso e dicas de utilização.
Indicação de fórmulas especiais
Para que a cicatrização ocorra é fundamental que o paciente receba nutrientes específicos como proteínas, arginina, vitaminas A, C e E, além dos minerais zinco, cobre e selênio. Da mesma forma, as calorias
ingeridas devem atender à recomendação diária, uma vez que o sistema de recuperação dos tecidos precisa de energia. Devido à dificuldade em se alcançar a quantidade ideal destes nutrientes com uma dieta
convencional, o uso de suplementos específicos para o auxílio da cicatrização é um diferencial importante no tratamento. O acompanhamento de um profissional de saúde é necessário, pois é ele quem orienta
a quantidade de suplemento e respetivos nutrientes, de acordo com a gravidade das lesões ; É evidente a necessidade de uma terapia nutricional específica, viabilizando o processo de cicatrização, recuperando ou
mantendo o estado nutricional do paciente e combatendo a formação dos radicais livres A terapia nutricional só deverá ser interrompida se os pacientes em risco para
lesões por pressão ou já portadores destas se estiverem ingerindo todas as necessidades nutricionais por via oral, rotineiramente Dentre os fatores de risco, incluem-se os parâmetros nutricionais como um
importante marcador para a prevenção e/ou tratamento dessas escaras. Nesse sentido, é preciso assegurar a ingestão de uma dieta equilibrada, com um adequado aporte de carboidratos, lipídeos e principalmente de
proteínas, sendo este, um nutriente essencial no processo de cicatrização dos tecidos corporais, assim como a oferta de micronutrientes como vitaminas antioxidantes e minerais que também fazem parte do processo
de cicatrização além de melhorar o sistema imunológico e consequentemente a resposta inflamatória.
• A pele é o maior orgão do corpo humano e corresponde a cerca de 16% do peso corporal. Ela garante
proteção contra agentes externos, como infeções, doenças e agressões do ambiente, como raios
solares, vento, presença de poluentes atmosféricos, dentre outros. Além disso, a pele tem a
importante função de manter a temperatura e umidade do corpo.Outras funções da pele incluem:
perceção sensorial, eliminação de substâncias através do suor, síntese e reservatório de nutrientes
como a vitamina D, controle da circulação sanguínea e aderência a objetos. A pele possui 3 camadas:
a epiderme, a derme e a hipoderme. É na epiderme que se localizam os melanócitos, as células
responsáveis pela produção do pigmento natural da pele, a melanina. Esta é a camada mais externa
da pele e que, portanto, está sujeita às ações de agentes externos, como o sol, o vento, chuva,
poluição etc e por isso é importante sempre cuidar da saúde e renovação dessa camada da pele. A
derme trata-se de uma camada de sustentação da pele, sendo composta por tecido conjuntivo, fibras
elásticas, colágeno, vasos sanguíneos e linfáticos. A firmeza da pele depende da integridade e
disposição dessas fibras da derme. A hipoderme é a camada mais profunda, também chamada de
tecido subcutâneo. Possui células de gordura, fibras elásticas e uma substância gelatinosa, a gordura
subcutânea. A hipoderme reserva energia, dá forma aos contornos do corpo e garante proteção a
impactos e choques físicos. Além dessas camadas, a pele possui diversos anexos, como pêlos,
glândulas sudoríparas e poros. Tipos de peleTipo de pele Principais características Pele oleosa– Alta
produção de secreções sebáceas e sudoríparas– Aparência espessa, úmida e brilhante– Resiste mais à
ação do tempo Pele seca– Pouca produção de líquido pelas glândulas sebáceas e sudoríparas–
Aparência opaca e de espessura fina– Propensa ao aparecimento de rugas precoces e vasinhos .Pele
normal– Produção de gordura na quantidade certa– Aparência lisa, aveludada e viçosa, com
elasticidade e brilho com poros impercepríves– Raramente apresenta espinhas e cravos Pele acnéica–
Pele muito oleosa e brilhante– Áreas inflamadas, com presença de cravos e espinhas– Grande
produção das glândulas sebáceas e sudoríparas Pele sensível– Pele frágil, fina e facilmente irritável–
Fica avermelhada com facilidade com agentes externos como sol, cosméticos, variações climáticas,
etc– Peles claras tendem a apresentar maior sensibilidade
• As várias estruturas da pele exercem funções primordiais para a sobrevivência do
organismo. São elas:
• O estrato córneo atua como barreira para a perda de água das camadas epidérmicas internas
e para lesão proveniente do ambiente externo, como a entrada de agentes tóxicos e micro-
organismos.
Os melanócitos exercem proteção contra os efeitos indesejáveis da radiação solar ultravioleta
por meio da melanina, que a absorve amplamente.
Os nervos dérmicos têm a importante função de percepção do meio.
As fibras colágenas e elásticas da derme e sua substância fundamental conferem à pele
propriedades viscoelásticas e de resistência que a protegem contra as forças de cisalhamento.
A termorregulação se dá pela extensa rede vascular cutânea, através do controle do fluxo
sanguíneo, e pelas glândulas sudoríparas écrinas, cuja secreção proporciona o resfriamento por
evaporação a partir da superfície da pele.
O papel da pele na proteção imunológica do organismo se deve principalmente à célula de
Langerhans, que participa de várias reações imunológicas, inclusive na interação macrófago-
célula T e nas interações entre linfócitos T e B.
A pele desempenha uma função endócrina, pois a ação da radiação ultravioleta sobre o 7-
deidrocolesterol nos ceratinócitos forma a vitamina D3, que estimula a absorção de cálcio e
fosfato no intestino.

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A pele protege o corpo com sua barreira, sensibilidade e capacidade de regeneração

  • 1. UFCD 6569 :NOÇÕES GERAIS SOBRE A PELE E SUA INTEGRIDADE FORMANDA: ELIZABETH SILVA FORMADORA: RUTE PANCHA MEDIADORA: DRª CLAÚDIA LAMEIRAS COORDENADORA: DRª SUSANA CARVALHO 1
  • 2. A PELE É O MAIOR ÓRGÃO DO SER HUMANO • A pele é vital para a nossa saúde e bem-estar. Sendo a primeira linha de defesa do nosso corpo contra as bactérias e fungos, uma pele saudável mantém o equilíbrio dos fluidos e ajuda a regular a temperatura corporal. É altamente sensível, reconhecendo o toque mais leve e a dor. Sendo o nosso maior e mais visível órgão, cobre cerca de 2m2 e perfaz quase um sexto do nosso peso, o estado da pele pode ter também um impacto significativo na nossa autoestima. Estrutura da pele Um órgão dinâmico e em constante mudança, a pele consiste em três camadas principais - a epiderme, a derme e a subcutânea. Cada uma composta por diversas subcamadas. Os apêndices da pele - tais como os folículos e as glândulas sebáceas e sudoríparas - também têm vários papéis na sua função geral.
  • 3. • Como a camada mais exterior que vemos e tocamos, a epiderme protege-nos das toxinas, bactérias e perda de líquidos. Consiste em 5 camadas de células queratinócitas. Estas células, produzidas na camada basal mais interior, migram em direção à superfície da pele. À medida que o fazem, amadurecem e passam por várias mudanças. É este processo, conhecido por queratinação, que torna as subcamadas distintas. • Camada basal (ou estrato basal): A camada mais interior onde são produzidas as células queratinócitas. • Camada espinhosa (ou estrato espinhoso): Os queratinócitos produzem queratina (fibras de proteína) e tornam-se em forma de fuso. • Camada granulosa (estrato granuloso): A queratinização começa - as células produzem grânulos duros e, à medida que empurram para cima, esses grânulos tornam-se em queratina e epidérmicas lipídios. • Camada clara (estrato lúcido): As células são fortemente comprimidas, achatadas e indistinguíveis. • Camada córnea ( ou estrato córneo): A camada mais exterior da epiderme com cerca de 20 camadas de células mortas, dependendo do sítio da pele. Estas células mortas surgem regularmente num processo chamado descamação. A camada córnea possui também glândulas sudoríparas e as aberturas das glândulas sebáceas. EPIDERME: A camada mais exterior é chamada camada córnea e é onde as células mortas aparecem regularmente
  • 4. CAMADA CÓRNEA É ONDE AS CÉLULAS MORTAS APARECEM REGULARMENTE: • As células na camada córnea estão ligadas por lípidos epidemias. Estes lípidos são essenciais para uma pele saudável: criam a sua barreira protetora e ligam a hidratação. Quando faltam os lípidos, a pele pode tornar- se seca e áspera. • A epiderme está coberta por uma emulsão de água e lípidos (gorduras) chamada filme hidrolípido. Este filme, mantido por secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas, ajuda a manter a nossa pele firme e atua como mais uma barreira contra as bactérias e fungos. • A parte aquosa deste filme, chamado manto ácido protetor, contém: • Ácido láctico e vários aminoácidos do suor. • Gorduras ácidas do sebo. • Aminoácidos, ácido carboxílico pirrolidona e outros fatores hidratantes naturais (FHN) que são basicamente derivados do processo de queratinização.
  • 5. • O manto ácido protetor dá à pele saudável a seu pH levemente ácido, entre 5.4 e 5.9. É o ambiente ideal para: • O crescimento de micro-organismos benéficos (chamados flora da pele) e para a destruição dos micro-organismos prejudiciais. • A formação de lípidos epidemias. • As enzimas que conduzem o processo de descamação. • A camada dura poder reparar-se quando danificada. • Na maior parte do corpo, a epiderme é apenas 0.1mm no total, embora seja consideravelmente mais fina à volta dos olhos (0.05mm) e mais grossa na sola dos pés (entre 1 a 5mm). Para saber mais, leia compreender a pele em diferentes partes do corpo e como difere a pele masculina e feminina. • Derme (ou corium) • A derme é a camada intermédia grossa, elástica mas firme da pele, composta por 2 camadas: • A camada inferior (ou estrato reticular) uma área profunda e grossa que forma uma passagem líquida com a subcutânea. • A camada superior (ou estrato papilar): forma uma passagem definida e ondulada com a epiderme.
  • 6. 6
  • 7. Os principais componentes da derme são colagénio e elastina, tecidos conectores, que dão força e flexibilidade e são componentes vitais para uma pele jovem e saudável. Estas fibras estão contidas numa substância gelatinosa (contendo ácido hialurónico) que tem uma grande capacidade de retenção de água e ajuda a manter o volume da nossa pele. O estilo de vida e fatores externos, tais como o sol e as mudanças de temperatura, têm impacto nos níveis de colagénio e elastina e na estrutura das substâncias circundantes. À medida que envelhecemos, a nossa produção natural de colagénio e elastina diminui, assim como a capacidade da pele de reter água. A pele tem um especto menos tonificado e surgem as rugas. Leia mais em fatores que influenciam a pele, como o sol afeta a pele e envelhecimento da pele. A derme tem um papel importante na proteção do corpo contra influências externas e irritantes, mas também tem a função de nutrir as camadas superiores da pele a partir do interior: A sua textura espessa e firme ajuda a atenuar as pressões externas e, quando ocorrem danos, contém tecidos conectores, tais como fibroblastos e mastócitos que curam as feridas. É rica em vasos sanguíneos que nutrem a epiderme enquanto expulsam as impurezas. As glândulas sebáceas (que trazem sebo ou óleo para a superfície da pele) e as glândulas sudoríparas (que fornecem água e ácido láctico para a superfície da pele) estão ambas localizadas na derme. Estes fluidos combinados formam o filme hidrolipídico.
  • 8.
  • 9. A DERME PROTEGE O CORPO COM O SEU ACOLCHOAMENTO, A SUA CAPACIDADE PARA NUTRIR E REMOVER AS IMPUREZAS, ASSIM COMO A SUA CAPACIDADE PARA TRANSPIRAR. • A derme contém também: • Vasos linfáticos. • Recetores sensoriais. • Raízes do cabelo: as terminações bulbosas dos fios do cabelo onde se desenvolve.
  • 10. TECIDO SUBCUTÂNEO (OU HIPODERME) • A camada mais interior da nossa pele armazena energia enquanto acolchoa e isola o corpo. É composta principalmente por: • Células gordas (adipócitos): agrupadas em conjuntos, como almofadas. • Fibras de colagénio especiais (chamadas tecido septo ou fronteiras): tecidos conectores esponjosos que mantêm as células agrupadas. • Vasos sanguíneos. • O número de células gordas contidas no tecido subcutâneo varia em diferentes partes do corpo. Além disso, a distribuição das células gordas varia entre homens e mulheres, assim como a estrutura de outras partes da pele. • A pele muda durante a nossa vida. Para saber mais, leia pele em diferentes idades.
  • 11. FUNÇÃO DA PELE : A pele é vital para a nossa saúde e bem-estar. A pele saudável atua como uma barreira entre o mundo exterior e o interior do corpo e a nossa primeira e melhor defesa contra: Frio, calor, perda de água e radiação: assim como a camada mais exterior da pele, a camada córnea tem um papel essencial na proteção do corpo contra o ambiente limitando a quantidade de água perdida pela epiderme. Contém fatores naturais de hidratação (FNH) - derivados dos óleos sebáceos da camada córnea, incluindo ácido láctico e ureia. Estes ligam-se com água e ajudam a manter a elasticidade e a firmeza da pele. Se faltarem estes fatores, a pele perde hidratação. Quando a hidratação da camada córnea baixa para menos de 8-10%, torna-se áspera e seca, e com tendência para gretar. Quando a pele é exposta regularmente aos UV, a produção de melanina na camada basal aumenta, a pele engrossa para se proteger e pode ocorrer Hiper pigmentação. Leia mais em como o sol afeta a pele. As células gordas no tecido subcutâneo também isolam o corpo do frio e calor.
  • 12. • Pressão, choques e abrasão: mais uma vez, a epiderme forma a primeira linha de defesa. As células gordas no tecido subcutâneo providenciam acolchoamento que age como amortecedor de choques, protegendo o tecido muscular e fáscia (o tecido fibroso que envolve os músculos). • Quando a pele é exposta a certos estímulos externos, a camada córnea fica mais espessa, por exemplo, quando se formam calosidades nos pés e mãos que estão expostos a fricção constante. • Substâncias químicas: A capacidade de tampão do filme hidrolítico e do manto ácido protetor, ajudam a proteger o corpo dos químicos alcalinos prejudiciais. Leia mais em fatores que influenciam a pele. • Bactérias e vírus: A camada córnea da epiderme e o seu manto ácido protetor formam uma barreira contra as bactérias e fungos. Se algo passa esta primeira linha de defesa, o sistema imunitário da pele reage. Barreira protetora Sensação
  • 13. A PELE TEM VÁRIOS PAPÉIS ESSENCIAIS PARAA NOSSA SAÚDE E BEM-ESTAR: • Regulação de temperatura: A pele transpira para arrefecer o corpo e contrai o sistema vascular na derme para conservar o calor. • Controlo de sensações: As terminações nervosas da pele tornam-se sensíveis à pressão, vibração, toque, dor e temperatura. • Regeneração: A pele tem a capacidade de se cicatrizar. • Fonte de nutrientes: As células gordas no tecido subcutâneo são unidades importantes de armazenamento para os nutrientes. Quando o organismo precisa deles, estes passam para os vasos sanguíneos circundantes e são levados para onde é necessário. • A pele tem também um papel psicológico importante. Sendo o indicador mais visível de saúde, a condição da nossa pele afeta o modo como nos sentimos sobre nós próprios e como os outros nos vêm. Quando a pele está saudável tem capacidade para desempenhar melhor o seu papel e nós sentimo-nos mais confortáveis e confiantes. Temperatur a Regeneração
  • 14. • O que acontece quando a pele está danificada? • A pele saudável é uniforme na sua cor, suave na textura, bem hidratada e adequadamente sensível ao toque, pressão e temperatura. Quando a barreira natural da pele é perturbada, a sua função protetora e aparência saudável ficam comprometidas: • Perde hidratação e elasticidade e pode ter um aspeto seco, áspero, gretado e/ou flácido: • Torna-se cada vez mais sensível às influências externas (como o sol e mudanças de temperatura) e fica particularmente sujeita a infeções. • A pele infetada pode ficar inflamada com a tentativa das células imunitárias se moverem e tentarem reparar a barreira danificada e ultrapassar a infeção. No caso de problemas como a Dermatite Atópica e escalpe com prurido, um tratamento especializado é muitas vezes necessário para quebrar o círculo vicioso de prurido repetido, futuras infeções, mas também para ajudar a regenerar a barreira natural da pele. • A pele tem vários mecanismos de regeneração e reparação. A camada basal assegura uma renovação constante da epiderme, através da divisão contínua das células: • Se uma ferida ficar confinada à camada superior da pele, os danos (chamados de erosão) podem sarar sem cicatrização. • Se os danos chegarem à derme e a membrana basal for afetada (por ex.: uma úlcera) deixará uma cicatriz. • Cicatrizar uma ferida segue vários passos: • O sangue coagulado forma uma membrana com uma superfície dura que se pega à ferida (crosta). • As células mortas e danificadas e o seu tecido conectivo são decompostas e dissolvidas pelos enzimas. • As células que protegem o corpo ao digerirem bactérias e células mortas ficam ativas. Os fluidos linfáticos chegam à ferida. • Novas células - incluindo os brotos capilares, tecidos conectores e fibras de colagénio - formam um processo conhecido como epitelização. • Esta última etapa pode ser estimulada e apoiada pela aplicação de produtos tópicos que auxiliam a cicatrização (por exemplo: dexpantenol).
  • 15. COMPREENDER A PELE FATORES QUE INFLUENCIAM A PELE • Fatores internos (endógenos) • Fatores externos (exógenos) • Produtos relacionados • A condição e aparência da nossa pele são a chave para a nossa saúde e bem-estar em geral. Quando a pele está saudável trabalha arduamente para proteger os nossos corpos das agressões ambientais como irritações, alérgenos e micróbios, regulando a temperatura e a aparência da pele, para que esta se mantenha suave, calma e bem hidratada, e até mesmo com uma boa cor. Há vários fatores – tanto internos como externos - que afetam a condição da pele e influenciam a forma como se olha e se sente. Por exemplo, devido à função barreira da pele comprometida, a pele hipersensível é mais propensa a irritações do que a pele bem equilibrada. Existem alguns fatores que não podemos influenciar, mas existem outros que podemos. Um cuidado rigoroso da pele, pode protegê-la e manter uma aparência jovem durante mais tempo.
  • 16. • Os fatores internos que influenciam a pele incluem a genética, hormonas e condições específicas, tais como diabetes. • Genética • A genética de uma pessoa determina o seu tipo de pele (normal, seca, oleosa ou mista) e afeta a sua condição geral da pele. • Genética e envelhecimento biológico da pele • A genética de uma pessoa determina o envelhecimento biológico da pele, caracterizado por: • Declínio na regeneração e renovação das células. • Secreções reduzidas das glândulas sebáceas e sudoríparas. • Degeneração do tecido conector, o que diminui a capacidade de retenção de água e firmeza da pele. • Degeneração das fibras elásticas que resulta na perda de elasticidade da pele. • O envelhecimento biológico da pele não deve ser confundido com envelhecimento prematuro da pele, causado por fatores externos e que pode ser influenciado. • Mãe segura bebé nos braços • A genética determina o seu tipo de pele. • Rosto de mulher mais velha com cabelo louro • A genética também determina o envelhecimento biológico da pele. Uma predisposição para doenças de pele, tais como Dermatite Atópica, Psoríase e Ictiose é também determinado pela genética. Por exemplo, os que nascem com deficiência em Filagrina (uma proteína da pele) têm pele com uma função barreira mais fraca e por isso maior tendência a ter pele sensível e Dermatite Atópica. Com esta tendência, a pele fica mais exposta a influências externas. Como tal, é crucial ter cuidados específicos. Leia mais em pele seca e Dermatite Atópica. Existem doenças - tais como diabetes e problemas renais - que podem influenciar o estado da pele.
  • 17. HORMONAS: • As hormonas, e alterações nos seus níveis, podem ter um impacto significativo na pele: • Alterações hormonais podem originar acne da puberdade. • Durante a gravidez, as hormonas podem provocar uma maior produção de melanina e uma forma de hiperpigmentação conhecido como melasma. • Os níveis de estrogénio feminino decrescem como parte do processo de envelhecimento, especialmente após a menopausa. O estrogénio beneficia o equilíbrio de hidratação da pele e o seu declínio origina alterações estruturais e o atrofiamento da pele devido à idade.
  • 18. • Fatores externos (exógenos) • Existem muitos fatores externos que influenciam a saúde da pele. Estes fatores são determinados pelo meio ambiente, a nossa saúde e as escolhas de estilo de vida que fazemos. Quando o equilíbrio natural da pele é comprometido, a sua função de barreira protetora é comprometida e está propensa a sensibilidade. Os fatores externos que influenciam a saúde da pele são determinados pelo ambiente que nos rodeia, pela nossa saúde e escolhas de estilo de vida que fazemos. • Clima e ambiente • Radiação UV • Os radicais livres são moléculas agressivas responsáveis ​pelo processo de oxidação nos tecidos corporais, que resulta em danos celulares. A pele saudável contém antioxidantes que a protege ao neutralizar os radicais livres. • Na epiderme, os radicais livres são gerados pelos UV. Em condições normais e com exposição limitada, os mecanismos de proteção da pele podem agir. Se, no entanto, a exposição é prolongada, os sistemas de proteção da pele ficam enfraquecidos e a função protetora de barreira da pele enfraquecida. A pele fica sensível e sujeita a doenças. Anos de exposição solar sem proteção origina danos crónicos e envelhecimento prematuro da pele. Saiba mais sobre os efeitos da exposição solar e como proteger a pele do sol.
  • 19. • Temperatura • As temperaturas extremas, e a velocidade com que mudam, têm impacto sobre a pele. • Em condições de frio, a pele reage ao estreitar os vasos sanguíneos para proteger o corpo da perda de muito calor. As temperaturas frias recorrentes, reduzem a secreção das glândulas sebáceas e causam a secura da pele. Leia mais em pele seca. • Em condições de muito calor ou humidade (por exemplo, países tropicais ou numa sauna), as glândulas sudoríparas produzem mais suor, deixando a pele húmida e brilhante e, em alguns casos, com tendência para a acne. • A baixa humidade, como podemos encontrar em cabines de avião ou em ambientes com ao aquecimento central, pode causar a desidratação da pele levando a um aumento da sua sensibilidade. • Algumas doenças da pele, por exemplo a rosácea, podem também ser desencadeadas por temperaturas quentes. Esta é uma das razões pelas quais é recomendado usar água morna em vez de água muito quente para a limpeza facial, lavar as mãos e tomar banho
  • 20. INFLUÊNCIAS QUÍMICAS: • Produtos agressivos • A pele é naturalmente um pouco ácida, com um pH entre 4,7 e 5,75. Produtos de limpeza agressivos (tais como lauril sulfato de sódio e produtos hidratantes com um pH alcalino) sobrecarregam a capacidade de neutralização natural da pele, danificam a estrutura celular e prejudicam a função barreira da camada mais externa da epiderme. Como resultado, a pele pode secar e ficar sensível ou mesmo hipersensível. • Quando a pele é sensível, está suscetível a infeções da pele e a surtos de doenças como a Dermatite Atópica ou Rosácea. A pele sensível (que se caracteriza por um enfraquecimento da.função barreira) e hipersensível (que tem, adicionalmente, fibras nervosas hiperativas) são particularmente propensas à secura e aos efeitos prejudiciais de produtos agressivos. • Alguns químicos podem ter um efeito semelhante e é importante consultar um dermatologista para assegurar que um determinado procedimento é adequado à sua pele. • Algumas pessoas são particularmente afetadas por produtos agressivos: • Crianças pequenas e idosos: a pele jovem e madura é menos resistente porque as glândulas sebáceas podem não estar totalmente desenvolvidas ou estão em declínio. Leia mais em pele de diferentes idades. • Os que estão expostos a químicos no trabalho: profissionais, tais como cabeleireiros e os trabalhadores da indústria estão em contacto constante com detergentes, solventes, lacas e tintas, tudo substâncias nocivas para a pele. • Leia mais sobre como cuidar da pele do rosto e corpo e a importância de escolher os produtos adequados.
  • 21. • Lavagens demasiado frequentes • Os banhos e os duches demasiado frequentes, longos ou com água excessivamente quente originam a perda dos fatores hidratantes naturais da pele (conhecidos como FHNs) e lípidos superficiais. A pele seca e fica áspera. O pH da pele saudável é levemente ácido e a lavagem frequente com água - que varia de neutra a ligeiramente alcalina - pode ter impacto sobre o equilíbrio natural da pele e prejudicar a sua função de barreira protetora. Leia mais sobre cuidar da pele do corpo e rotina diária de cuidado do rosto. • Nutrição • Uma dieta equilibrada ajuda a pele a manter-se saudável. A pesquisa sobre os melhores alimentos não é abundante contudo: • Frutos, legumes, cereais e proteínas magras (peixe em vez de carne) são bons para a pele. • Uma dieta rica em Vitamina C e baixa em gorduras e carboidratos pode ajudar a pele a ter um aspeto jovem. • Alimentos ricos em antioxidantes parecem trazer benefícios. Estes incluem: frutas ou legumes amarelos e laranjas (cenouras e alperces), mirtilos, legumes de folha verde (espinafres), tomates, ervilhas, feijão e lentilhas, peixe (especialmente salmão), frutos secos. • Dietas que excluem um grupo nutricional em geral não são benéficas para a saúde. No entanto, é recomendável limitar o consumo de doces e lacticínios. É também importante beber muita água, especialmente as pessoas idosas. • Não há uma associação clara entre a nutrição e as causas da acne.
  • 22. MEDIDAS TERAPÊUTICAS : • Alguns medicamentos (por ex.: quimioterapia, diuréticos, laxantes e os medicamentos de redução de lípidos tomados por vezes para tratar doenças cardiovasculares) podem tornar a pele mais sensível e com tendência a secar. • Estilo de vida • As escolhas de estilo de vida podem ajudar a retardar o processo natural de envelhecimento e prevenir problemas de pele: • Gerir o stress • O stress descontrolado pode tornar a pele mais sensível e originar problemas, inclusivamente acne. O stress necessita de ser gerido: reduzir o volume de trabalho, reservar tempo para atividades de lazer e técnicas de relaxamento podem ajudar. • Exercício • O exercício físico regular tem um impacto positivo na saúde da pele, assim como na sua forma física. • Dormir • Uma boa noite de sono dá ao organismo uma possibilidade de se regenerar e contribui para a renovação da pele. • Pare de fumar • O tabaco é uma das principais origens dos radicais livres que afetam a pele. Fumar dá à pele um especto envelhecido e contribui para a formação de rugas: • Aperta os vasos sanguíneos nas camadas inferiores da pele. Isto diminui o fluxo de sangue e tira à pele oxigénio e nutrientes, tais como a Vitamina A. • Danifica o colagénio e a elastina: as fibras que dão à pele a sua força e elasticidade.
  • 23. ENVELHECIMENTO DA PELE: • O envelhecimento dos indivíduos é um processo normal e faz parte do seu desenvolvimento. Os mecanismos que causam o envelhecimento são desconhecidos, mas são uma realidade e causam muitas alterações em todo o nosso corpo, em especial a nível da pele. • Desidratação: • Devido á diminuição da água corporal total (de 70% em crianças para 52% no idoso). Assim o idoso fica num ténue de desidratação. Perdas moderadas de líquidos podem evoluir rapidamente para um processo de desidratação evidente. • Perda de tecido subcutâneo e de gordura: • É por esta razão que as pessoas idosas têm rugas, pele mais flácida e mais fina. Devido à perda de tecido subcutâneo (que serve de isolante), as pessoas idosas são mais sensíveis ao frio. • Também há uma distribuição mais centrípeta de gordura corporal (acumula-se mais na região do abdómen e ancas e menos na cara). • Diminuição do colagénio e fibras elásticas: • Devido à perda de elasticidade da pele, esta fica mais fina, frágil e seca, associada à diminuição de tecido subcutâneo. • As fibras de colagénio ( que permitem que a derme e epiderme deslizem uma sobre a outra) diminuem. Quando sujeita a forças de deslizamento essas camadas podem separa-se uma da outra e sofrerem soluções de continuidade ou úlceras de pressão. • As forças de deslizamento são aquelas que são exercidas na pele quando movimentos um doente na cama. Ao arrastarmos a pele dos doentes na cama. Ao arrastarmos a pele dos doentes na cama (para mudarmos a sua reposição) estamos a exercer uma força de deslizamento.
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  • 26. • Diminuição da pilosidade em geral, exceto na cara: • Pilosidade em regiões anómalas (devido a alterações hormonais , hipertricose – crescimento excessivo de pelos), nas narinas e orelhas nos homens e no queixo e no buço nas mulheres. Os pelos inestéticos são duros e abundantes. • Na púbis, axilas e extremidades os pelos são menos espessos e mais raros. • Surge a calvície ou rarefação gradual do cabelo, sendo menos espesso, com menos volume e acinzentado. O cabelo fica mais fino, mais fraco, mais grisalho ou esbranquiçado. • Perda gradativa da pigmentação (diminuição da atividade dos melanócitos). • Espessamento das unhas, que se tornam mais secas e quebradiças (unhas dos pés- onicogripose) • Diminuição do número de glândulas sudoríparas. • Com o envelhecimento, a pele perde a capacidade de suar e de produção de sebo em quantidades normais. Esta é a razão pela qual a pele fica mais fina. Pela perda da capacidade de transpirar os idosos ficam com maior sensibilidade ao calor. • Nos idosos as lesões da pele são mais frequentes uma vez que esta é mais friável (quebradiça ou rasgável).Uma pele ferida ou lesada é uma pele com mais risco de ser infetada, porque perdeu a primeira linha de defesa do organismo. O corpo fica exposto à entrada de vírus, bactérias e outros agentes que podem causar infeções. Sendo assim, a população idosa é mais suscetível a doenças crónicas e a tomar medicamentos.
  • 27. CUIDADOS A TER PARAA MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE CUTÂNEA: • Tome banhos mais frios e curtos • Ficar muito tempo no chuveiro quente piora o ressecamento da pele do idoso. O ideal é que a água esteja no máximo morna. Também tem que passar o sabão gentilmente, sem grandes esfoliações, já que isso altera a composição do manto hidrolipídico, camada hidratante natural do organismo. Invista nos hidratantes • Logo depois do banho é uma ocasião perfeita para isso, pois os poros estão abertos e o vaporzinho de água facilita a penetração do creme. Não há um produto especial aqui, mas os especialistas recomendam que o hidratante escolhido tenha propriedades emolientes, que aumentam a camada de gordura de corpo; umectantes, para melhorar a quantidade de água disponível; e oclusivas, que diminuem a evaporação desse líquido. Falando nele… Beba bastante água • Esse hábito é fundamental para a saúde da pele e pode ser algo negligenciado na terceira idade, quando tendemos a sentir menos sede. A dica é tomar 2 litros ao dia, mesmo quando não estiver sedento. Exceto se houver contraindicação do médico, claro – algumas doenças impedem as goladas aos montes. Proteja os lábios • Eles também sofrem com o ressecamento provocado pelo avançar da idade. E outros fatores, como o clima seco e as temperaturas baixas, pioram a situação. Para evitar rachaduras, use diariamente um foto protetor labial, que contém filtro solar, e hidratantes específicos para a boca. À noite, dá para dormir com um produto mais viscoso, como o mel, que ainda melhora a cicatrização de lábios que já estão machucados. Controle a exposição ao sol • Quanto maior a idade, maior o risco de câncer. E com os tumores de pele é a mesma coisa. Além disso, os raios solares aceleram o envelhecimento. Por isso, não descuide da proteção solar diária com o filtro, mas também não dependa só dele: vale usar bonés, viseiras, óculos… E, claro, prefira a sombra sempre que possível. • Avaliar a pele quanto à cor, textura e condições e associá-la à idade do idosos. • Verificar a presença de lesões e comunicar ao enfermeiro que irá avaliar as suas causas e propor tratamento adequado. • Aplicar cremes hidratantes sobre a pele para compensar as perdas próprias da idade e aumentar a proteção
  • 28. Orientar a higiene corporal com água morna e sabonete neutro, evitando procedimentos abrasivos. No caso da pele excessivamente seca, restringir o uso de sabonete aos genitais. Orientar a exposição solar adequada (antes das 10h00 e após as 16h00) e o uso, se possível de protetores solares. Estar atento a alterações relacionadas com a distribuição e coloração dos pelos. Mudanças bruscas e acentuadas podem indicar processos patológicos. Proporcionar e estimular a ingestão de líquidos(quentes ou frios), de acordo com a temperatura ambiente. Vigiar as unhas, que deverão ser limadas e não cortadas, evitando pontas que possam ferir e uma espessura inadequada(lesões).. No caso de idosos diabéticos ou com alterações vasculares periféricas. É preciso ter muito cuidados nos cuidados às mãos e aos pés. O processo de ter muito cuidado nos cuidados às mãos e aos pés. O processo de cicatrização é mais difícil. Orientar a adequação do uso de roupa é temperatura ambiente, evitando a exposição ao calor ou frio excessivo.
  • 29. AS FERIDAS: AS FERIDAS PODEM SER CLASSIFICADAS COMO AGUDAS OU CRÓNICAS. • As feridas agudas cicatrizam sem problemas e num curto espaço de tempo. • As feridas crónicas não cicatrizam facilmente e podem persistir semanas, meses ou mesmo anos. Uma ferida é representada pela interrupção da continuidade de um tecido corpóreo em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico, mecânico ou desencadeada por uma afeção clínica, que aciona as frentes de defesa orgânica para o contra-ataque. As feridas podem ser classificadas de acordo com o tempo de reparação tissular em agudas e crônicas. As feridas agudas são originadas de cirurgias ou traumas e a reparação ocorre em tempo adequado, sem complicações. As feridas crônicas são aquelas que não são reparadas em tempo esperado e apresentam complicações. (BLANES, 2004) • A terapia tópica envolve, além da limpeza e desbridamento, a oclusão com os chamados curativos e/ou coberturas. A escolha do tipo de cobertura a ser utilizada está diretamente relacionada com sua função, que pode ser: proteção e absorção de umidade, absorção de exsudato e odores, desbridamento (limpeza), prevenção da contaminação exógena, compressão para minimizar acúmulo de fluidos, bem como a imobilização ou proteção contra traumas mecânicos. A epiderme é a camada mais externa, composta por três diferentes linhagens celulares: os queratinócitos, os melanócitos e as células de Langerhans. 1. Queratinócitos: Células produzidas pela camada basal. Sintetizam a queratina e, à medida que migram para a superfície, transformam-se progressivamente, formando uma queratinizada, caracterizada por células com estruturas achatadas e rígidas de queratina. A queratina, proteína fibrosa filamentosa que promove firmeza à epiderme, garante a impermeabilização da camada externa e a protege da desidratação. A renovação total da epiderme se dá a cada 25 a 50 dias. 2. Melanócitos: Células especializadas, presentes, sobretudo na camada basal, que podem sintetizar um pigmento escuro, a melanina, cuja função é de proteger a pele contra os raios ultravioletas do sol. A exposição à luz solar provoca a produção de maiores quantidades de melanina.3. Células de Langerhans: Células imunitárias gigantes, de forma estrelada que se estendem entre os queratinócitos. Elas são produzidas pela medula óssea e migram para a epiderme onde atuam como macrófagos e contribuem à ativação do sistema imunitário. São capazes de ingerir partículas estranhas e microrganismos e, em seguida saem da epiderme e passam para os gânglios linfáticos satélites onde apresentam os determinantes do antígeno aos linfócitos T.
  • 30. FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO: QUANDO HÁ PERDA DA INTEGRIDADE DO TECIDO, RESULTANDO EM UMA LESÃO, IMEDIATAMENTE É INICIADO O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO CONSTITUÍDO DE FASES. ESTAS FASES GERALMENTE OCORREM EM SEQUÊNCIA, MAS PODE HAVER UMA SOBREPOSIÇÃO DAS FASES EM DIFERENTES LOCALIZAÇÕES DA FERIDA, BEM COMO O TEMPO DE DURAÇÃO DE CADA UMA PODE VARIAR DE ACORDO COM MÚLTIPLOS FATORES. (AFONSO, ET AL 2014) • Fase inflamatória • A reposta inflamatória é uma reação local não-específica à lesão do tecido ou invasão bacteriana. É uma parte importante dos mecanismos de defesa do corpo essencial no processo de cicatrização. No caso das feridas crônicas ocorrem dois fenômenos: hemóstase e inflamação. Nas feridas agudas ocorre apenas a inflamação. • A fase inflamatória dura cerca de 4 a 5 dias, exigindo recursos energéticos e nutricionais. É vital para estimular as fases seguintes, daí a dificuldade de cicatrização nos imunodeprimidos. Nas feridas limpas esta fase pode durar cerca de 36 horas. Nas feridas com necrose, infetadas ou com presença de corpos estranhos esta resposta pode ser mais longa. • Fase proliferativa • Esta fase inicia no 4º dia após a lesão com duração de até 15 dias. Os fibroblastos estimulam a produção de colágeno. A angiogênese promove a eliminação de coágulos de fibrina e a formação de uma neovascularização (capilares) devido à presença de enzimas específicas. O colágeno e a neovascularização resultantes produzem capilares (muito frágeis e facilmente danificáveis) resultando no tecido de granulação. Esta fase torna-se mais lenta com a idade. A vitamina C é essencial para a síntese de colágenoet
  • 31. • Fase de epitelização • Nas feridas fechadas, a epitelização inicia-se no segundo dia. Nas feridas abertas, porém, é necessário que a cavidade seja preenchida com tecido de granulação antes que a epitelização comece. A duração deste estágio é bastante variável. • Nesta fase a ferida está coberta por células epiteliais. Os macrófagos liberam o fator de crescimento epidérmico (FCE), que estimula a proliferação e a migração das células epiteliais. Os queratinócitos, às margens da ferida e em volta dos folículos pilosos remanescentes, sintetizam a fibronectina, a qual forma uma matriz temporária ao longo da qual as células migram. • Fase de maturação • Nesse processo, o nível mais alto de atividade ocorre entre 14 e 21 dias. A característica mais relevante desta fase é a deposição de colágeno de maneira organizada. O colágeno produzido inicialmente é mais fino que o colágeno produzido na pele íntegra. Durante a maturação, a ferida fica menos vascularizada porque há redução da necessidade de levar células até o local da ferida. A divisão celular cessa quando as células se encontram devido à inibição por contato; a ferida contrai-se devido à capacidade contrátil dos microblastos e as margens da ferida se unem. O tecido cicatricial presente é gradualmente remodelado e só se torna comparável ao tecido normal após um longo período. Isso pode levar até 01 ano nas feridas fechadas e muito mais tempo nas feridas abertas.
  • 32. • TIPOS DE CICATRIZAÇÃO • O processo de cicatrização de uma ferida pode ocorrer de três formas:. Por primeira intenção: processo ocorre dentro do tempo fisiológico esperado , quando é possível fazer a junção dos bordos da lesão por meio de suturas ou qualquer outro tipo de aproximação; • Por segunda intenção: relacionado a ferimentos infetados e a lesões com perda acentuada de tecido, onde não é possível fazer a junção dos bordos; • Por terceira intenção: quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção. Ocorre quando a lesão é deixada aberta para drenagem de exsudato e posteriormente fechada. • Fatores que influenciam no processo de cicatrização • Nem sempre o processo fisiológico da cicatrização ocorre de forma satisfatória. A avaliação holística/sistêmica da ferida e do indivíduo leva à identificação de alterações existentes, sejam elas influenciadas por fatores sistêmicos ou fatores extrínsecos que podem retardar ou otimizar a cicatrização. • Fatores sistêmicos são aqueles relacionados às condições gerais do indivíduo, como: idade, estado nutricional, tabagismo, doenças crônicas de base, dor, insuficiências vasculares, utilização de alguns medicamentos tipo drogas imunossupressoras, corticosteroides, anti- inflamatórios e outros. • Fatores extrínsecos são aqueles relacionados às condições da ferida. A manutenção da temperatura e umidade ideais, a pressão na cicatrização; quando uma ferida sofre uma pressão contínua e excessiva ela prejudica a irrigação sanguínea da rede, diminuindo o aporte sanguíneo para os tecidos ao redor da ferida, retardando assim a cicatrização. A incontinência, seja ela fecal e/ou urinária, também é um fator importante que altera a integridade da pele.
  • 33. AVALIAÇÃO DE FERIDAS :PARA A ESCOLHA DA COBERTURA ADEQUADA NO TRATAMENTO DE UMA FERIDA É ESSENCIAL QUE PREVIAMENTE OCORRA UMA AVALIAÇÃO CRITERIOSA. A ANÁLISE DA LESÃO DEVE INCLUIR, ALÉM DAS CONDIÇÕES FÍSICAS E SISTÊMICAS, A LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DA FERIDA E SUAS CARACTERÍSTICAS, COMO: FORMA, TAMANHO, PROFUNDIDADE, MARGENS, PELE PERFIL LESIONAL, TIPO E QUANTIDADE DE TECIDO E PRESENÇA CARACTERÍSTICAS DO EXSUDATO NA FERIDA. APÓS ESSA AVALIAÇÃO É FEITA A ESCOLHA DA COBERTURA IDEAL. (ODA, SALOTTI, GUIMARÃES, 2011) • Tipos de tecido O leito de uma lesão e o tipo de tecido presente, são geralmente indicativos da fase da cicatrização, bem como evolução e eficácia do tratamento quando já instituído. Tecido viável: Tecido formado no processo de cicatrização, com objetivo de reconstituição da área lesada, apresentando tecido vermelho vivo (tecido de granulação) característico de tecido conjuntivo altamente vascularizado Tecido inviável: Tecido desvitalizado, geralmente composto por necrose ou esfacelo, relacionado aos diferentes níveis de morte tecidual. • Principais tecidos presentes no leito da lesão:1. Necrose: Geralmente de coloração enegrecida e que pode ter consistência dura (necrose seca/escara) ou mole (necrose úmida);2. Esfacelo: Tecido necrosado de consistência delgada, de coloração amarela ou acastanhada, podendo estar aderida ao leito e margens da ferida ou frouxamente ligada ao leito;3. Granulação: Tecido avermelhado umedecido e firme, indicativo de boa evolução do processo cicatricial;4. Epitelização: tecido de cor rosada, indicativo de encerramento da ferida, geralmente surge a partir das margens.5. Hiper granulação: Excesso de tecido de granulação, que se forma para além do nível do leito da ferida, gerando tensão nos bordos. Impede a migração das células epiteliais basais e consequentemente a cicatrização
  • 34. • As condições da pele perilesional são tão importantes quanto o aspeto do seu leito. Uma pele íntegra favorece a epitelização precoce, bem como peles com alterações prejudicam o processo cicatricial. A visualização de alterações é crucial já que podem ser indicativos de alterações no processo cicatricial (por exemplo, infeção), tratamento local inadequado ou cuidados adicionais inexistentes (por exemplo, alívio de pressão) Principais alterações:1. Maceração: Resultado de umidade excessiva (exsudato) nas superfícies epiteliais, conferindo ao tecido perilesional aspeto esbranquiçado e intumescido.,. Inflamação: Sinais evidentes de dor, calor e rubor na pele adjacente à ferida;3. Hiperqueratose: Espessamento excessivo da pele causado por atrito frequente, geralmente em torno de lesões neuropáticas. Este espessamento contribui diretamente no aumento do leito da lesão se não removido
  • 35. • MENSURAÇÃO DA LESÃO • A mensuração é um aspeto fundamental na avaliação de feridas, pois fornece de maneira objetiva os parâmetros que indicam a evolução cicatricial. (Eberhardta TD, et al, 2015) • Uma das técnicas utilizadas para mensuração das feridas é com uso de papel transparente estéril, onde será feito o contorno da lesão, seguindo suas margens. • Medir-se-ão as maiores extensões, na vertical e horizontal, cujo encontro das retas , deverá formar um ângulo de 90 graus. Há também a possibilidade da mensuração com régua em centímetros, da maior extensão na vertical e maior extensão na horizontal, sempre mantendo a régua em ângulo reto. • Cálculo da área • Para quantificar a profundidade é indicado inserir uma seringa de insulina estéril, sem agulha, no ponto mais fundo da ferida ou uma pinça estéril, efetuando se uma marca na seringa ou pinça no nível da margem da ferida, para posteriormente ser comparada à régua (as feridas no primeiro dia deverão ser fotografadas). Utilizar a sonda uretral nº10 para mensuração de solapamento em locais que se façam necessário a utilização de material maleável e de maior extensão que a seringa. Efetuar, posteriormente, o registro do solapamento no impresso de mensuração; usando como referência, os ponteiros do relógio imaginário. Outra técnica não invasiva a ser utilizada é uso de fotografias. Esse método, desde que autorizado pelo paciente/responsável facilita o monitoramento da evolução do tratamento de maneira detalhada sem causar desconforto físico ao paciente, além disso, é um registro permanente de evolução da lesão. O registro fotográfico deve ser realizado de um ponto fixo, evidenciando as mudanças no processo de cicatrização, ou seja, deve-se padronizar a zona a ser fotografada, de modo a se obter o tamanho relativo da lesão, sua cor e condições da pele ao redor. 35
  • 36. • TRATAMENTO DE FERIDAS • A escolha da terapia adequada para o tratamento de feridas consiste em um processo sequencial com fatores intimamente interligados. Para que o tratamento de uma lesão ocorra de maneira efetiva, devem-se seguir os itens descritos, após a avaliação da lesão. • Limpeza:1. A manipulação adequada da ferida consiste na limpeza cuidadosa e rigorosa em toda sua extensão e profundidade.2. A técnica de limpeza indicada para o leito das lesões compreende a irrigação com jatos de soro fisiológico a 0,9% ou água destilada aquecidos, que serão suficientes para remover os corpos estranhos e os tecidos frouxamente aderidos, além de preservar tecido de granulação.3. Evitar o agressivo esfregaço da pele íntegra ao redor da área para não traumatizá-la;4. Na técnica limpa, utilizar água corrente e gaze não estéril. As luvas são para proteção do indivíduo executor da técnica. Está recomendada para o uso em domicílio, onde a microbiota representa menor patogenicidade;5. A técnica estéril é recomendada para o uso no ambiente hospitalar, uma vez que a existência de microrganismos patogênicos e a possibilidade de infeção cruzada são maiores. • Desbridamento: • 1. Autolítico – Auto-degradação do tecido necrótico por meio de um ambiente úmido. A temperatura mínima ideal deve ser de 37°C, pois a autólise requer enzimas e células. É indicado o uso de coberturas que retenham a umidade no leito da lesão.2. Químico – Remoção do tecido necrótico por meio de enzimas proteolíticas que degradam o colágeno.3. Mecânico – Remoção do tecido desvitalizado do leito da ferida com o uso de força física empregada por meio de fricção. Instrumental – Remoção do tecido inviável com uso de lâmina de bisturi, pinças e tesoura. É um método rápido, seletivo e que pode ser associado a outros tipos de desbridamento (enzimático ou autolítico). Método não recomendado em pacientes com risco de hemorragia (coagulopatias ou anticoagulantes) e em lesões com insuficiência arterial.. Cirúrgico - Remoção completa do tecido necrótico, realizado em contexto de bloco operatório sob anestesia. Método não recomendado em pacientes com risco de hemorragia (coagulopatias ou anticoagulantes) e em lesões com insuficiência arterial.
  • 37. • Escolha da cobertura: • A indicação de uma cobertura deve estar ancorada nos seguintes objetivos: • 1. Eliminar tecido não-viável; • 2. Minimizar o risco de infeção; • 3. Atender às características da ferida; • 4. Atender às metas da terapia para o paciente e família; • 5. Ser prático para o paciente e família; • 6. Ter boa relação custo/benefício; • 7. Estar disponível; • CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA INDICAÇÃO DE COBERTURAS • As coberturas especiais são uma forma de tratamento das feridas e sua • escolha depende de fatores intrínsecos como a idade, a imobilidade, o estado • nutricional, as doenças associadas e o uso de medicamentos contínuos, • principalmente drogas imunossupressoras. Dependem também de fatores extrínsecos • como a localização anatômica da ferida, a presença de infeção e de tecido • desvitalizado. O tratamento das feridas é dinâmico e depende, a cada momento, da • evolução das fases de cicatrização e das características da lesão. A avaliação de • benefícios e custos são alguns dos aspetos a serem considerados no momento da • escolha do tipo de cobertura, que devem ser adequados conforme o mecanismo de • ação das coberturas e recomendações quanto à frequência de trocas. Além disso, as • coberturas devem ser oclusivas para garantir a temperatura, umidade e • impermeabilidade contra microrganismos, bem como proporcionar hemostasia, • amenizar dor e odor, ser confortável e preencher espaço morto A seguir serão discutidos os principais grupos de coberturas especiais existentes no mercado, incluindo suas respetivas classificações, indicações, contraindicações , ação destes produtos, frequência de troca, vantagens e desvantagens na escolha da cobertura, modo de uso e dicas de utilização.
  • 38. Indicação de fórmulas especiais Para que a cicatrização ocorra é fundamental que o paciente receba nutrientes específicos como proteínas, arginina, vitaminas A, C e E, além dos minerais zinco, cobre e selênio. Da mesma forma, as calorias ingeridas devem atender à recomendação diária, uma vez que o sistema de recuperação dos tecidos precisa de energia. Devido à dificuldade em se alcançar a quantidade ideal destes nutrientes com uma dieta convencional, o uso de suplementos específicos para o auxílio da cicatrização é um diferencial importante no tratamento. O acompanhamento de um profissional de saúde é necessário, pois é ele quem orienta a quantidade de suplemento e respetivos nutrientes, de acordo com a gravidade das lesões ; É evidente a necessidade de uma terapia nutricional específica, viabilizando o processo de cicatrização, recuperando ou mantendo o estado nutricional do paciente e combatendo a formação dos radicais livres A terapia nutricional só deverá ser interrompida se os pacientes em risco para lesões por pressão ou já portadores destas se estiverem ingerindo todas as necessidades nutricionais por via oral, rotineiramente Dentre os fatores de risco, incluem-se os parâmetros nutricionais como um importante marcador para a prevenção e/ou tratamento dessas escaras. Nesse sentido, é preciso assegurar a ingestão de uma dieta equilibrada, com um adequado aporte de carboidratos, lipídeos e principalmente de proteínas, sendo este, um nutriente essencial no processo de cicatrização dos tecidos corporais, assim como a oferta de micronutrientes como vitaminas antioxidantes e minerais que também fazem parte do processo de cicatrização além de melhorar o sistema imunológico e consequentemente a resposta inflamatória.
  • 39. • A pele é o maior orgão do corpo humano e corresponde a cerca de 16% do peso corporal. Ela garante proteção contra agentes externos, como infeções, doenças e agressões do ambiente, como raios solares, vento, presença de poluentes atmosféricos, dentre outros. Além disso, a pele tem a importante função de manter a temperatura e umidade do corpo.Outras funções da pele incluem: perceção sensorial, eliminação de substâncias através do suor, síntese e reservatório de nutrientes como a vitamina D, controle da circulação sanguínea e aderência a objetos. A pele possui 3 camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme. É na epiderme que se localizam os melanócitos, as células responsáveis pela produção do pigmento natural da pele, a melanina. Esta é a camada mais externa da pele e que, portanto, está sujeita às ações de agentes externos, como o sol, o vento, chuva, poluição etc e por isso é importante sempre cuidar da saúde e renovação dessa camada da pele. A derme trata-se de uma camada de sustentação da pele, sendo composta por tecido conjuntivo, fibras elásticas, colágeno, vasos sanguíneos e linfáticos. A firmeza da pele depende da integridade e disposição dessas fibras da derme. A hipoderme é a camada mais profunda, também chamada de tecido subcutâneo. Possui células de gordura, fibras elásticas e uma substância gelatinosa, a gordura subcutânea. A hipoderme reserva energia, dá forma aos contornos do corpo e garante proteção a impactos e choques físicos. Além dessas camadas, a pele possui diversos anexos, como pêlos, glândulas sudoríparas e poros. Tipos de peleTipo de pele Principais características Pele oleosa– Alta produção de secreções sebáceas e sudoríparas– Aparência espessa, úmida e brilhante– Resiste mais à ação do tempo Pele seca– Pouca produção de líquido pelas glândulas sebáceas e sudoríparas– Aparência opaca e de espessura fina– Propensa ao aparecimento de rugas precoces e vasinhos .Pele normal– Produção de gordura na quantidade certa– Aparência lisa, aveludada e viçosa, com elasticidade e brilho com poros impercepríves– Raramente apresenta espinhas e cravos Pele acnéica– Pele muito oleosa e brilhante– Áreas inflamadas, com presença de cravos e espinhas– Grande produção das glândulas sebáceas e sudoríparas Pele sensível– Pele frágil, fina e facilmente irritável– Fica avermelhada com facilidade com agentes externos como sol, cosméticos, variações climáticas, etc– Peles claras tendem a apresentar maior sensibilidade • As várias estruturas da pele exercem funções primordiais para a sobrevivência do organismo. São elas: • O estrato córneo atua como barreira para a perda de água das camadas epidérmicas internas e para lesão proveniente do ambiente externo, como a entrada de agentes tóxicos e micro- organismos. Os melanócitos exercem proteção contra os efeitos indesejáveis da radiação solar ultravioleta por meio da melanina, que a absorve amplamente. Os nervos dérmicos têm a importante função de percepção do meio. As fibras colágenas e elásticas da derme e sua substância fundamental conferem à pele propriedades viscoelásticas e de resistência que a protegem contra as forças de cisalhamento. A termorregulação se dá pela extensa rede vascular cutânea, através do controle do fluxo sanguíneo, e pelas glândulas sudoríparas écrinas, cuja secreção proporciona o resfriamento por evaporação a partir da superfície da pele. O papel da pele na proteção imunológica do organismo se deve principalmente à célula de Langerhans, que participa de várias reações imunológicas, inclusive na interação macrófago- célula T e nas interações entre linfócitos T e B. A pele desempenha uma função endócrina, pois a ação da radiação ultravioleta sobre o 7- deidrocolesterol nos ceratinócitos forma a vitamina D3, que estimula a absorção de cálcio e fosfato no intestino.