2. ANATOMIA E FISIOLOGIA
• A circulação humana envolve um sistema fechado, cujo órgão
central é o coração, juntamente com o sangue (vasos sanguíneos),
veias, artérias e arteríolas.
• Através do sistema circulatório há o transporte de oxigênio,
hormônios e de nutrientes pelo corpo, bem como a eliminação de
resíduos tóxicos.
3. CORAÇÃO
• O coração é um músculo envolvido por membranas:
externa, o pericárdio
interna, o endocárdio
intermediária, entre o pericárdio e o endocárdio, o miocárdio que
é responsável pelas contrações involuntárias do coração, sendo
essa fase chamada de sístole e a do relaxamento do músculo é
denominada diástole.
4. CORAÇÃO
• Esse órgão é uma bomba que mantém uma corrente de sangue venoso para o pulmão e de
sangue arterial para todo o corpo e é dividido em 4 cavidades:
átrio direito (AD) e esquerdo (AE)
ventrículo direito (VD) e esquerdo (VE)
• Os átrios comunicam-se com os ventrículos por meio de válvulas:
AD com VD tem-se a válvula tricúspide
AE com VE a válvula bicúspide ou mitral
• Essas válvulas abrem durante a sístole e fecham durante a diástole, impedindo o retorno do
sangue. Do AD chegam as veias cavas superior e inferior e no AE chegam as quatro veias
pulmonares.
5.
6. FISIOLOGIA
• A contração do coração é involuntária
• As células do miocárdio pulsam, gerando o impulso nervoso que
determina o ritmo das contrações, o nó sinoatrial ou marca-passo, que
podem ser registrados durante o exame de ECG.
• Batimento cardíaco variam de 60 a 100 batimentos por minutos.
• Alterações nesses batimentos, podem causar as arritmias, como a
taquicardia, onde o coração bate mais de 100 vezes por minuto e a
bradicardia que bate menos de 60 vezes por minuto.
7. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR
• A circulação sistêmica ou grande circulação é aquela em que o sangue rico
em oxigênio sai do VE do coração pela aorta, artéria que se ramifica pelo
corpo em artérias menores e mais finas, as arteríolas e os capilares,
respectivamente.
• O sangue oxigenado ou sangue arterial é transportado para todo o corpo,
onde ocorrem as trocas gasosas e, esse retorna ao coração rico em gás
carbônico (sangue venoso).
• As veias cava superior e inferior recolhem o sangue venoso, das regiões
acima do coração e do resto do corpo, respectivamente, lançando-o
diretamente ao AD.
8. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR
• A circulação pulmonar ou pequena circulação consiste em levar o sangue pobre em
oxigênio e rico em gás carbônico aos pulmões e devolve o sangue oxigenado para o
coração.
• O sangue rico em gás carbônico vai do AD para o VD e é bombeado para o pulmão
através da artéria pulmonar, que se bifurca em artéria pulmonar direita e esquerda que
vão para os respectivos pulmões.
• Nos capilares, que são finos e permitem as trocas dos gases respiratórios, ocorre a
hematose, onde o sangue perde gás carbônico e recebe o oxigênio dos alvéolos,
transformando-se em sangue arterial, rico em oxigênio, que retorna ao coração pela
veia pulmonar pelo AE, reiniciando o trajeto.
9. CIRCULAÇÃO PULMONAR OU PEQUENA
CIRCULAÇÃO
• Resumidamente, a circulação
pulmonar é composta por: átrio
direito - ventrículo direito - artéria
pulmonar - pulmão - veias
pulmonares - átrio esquerdo -
ventrículo esquerdo. A partir daí o
sangue passa para a artéria aorta
dando início à grande circulação
11. SBV – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• Seqüência primaria de ações para salvar vidas.
• Diretriz 2010: trouxe mudanças importantes no atendimento da PCR,
reforçando a atenção sobre a qualidade das compressões torácicas, a
alteração da sequência no suporte básico de vida (SBV) de A-B-C para C-A-B.
Checar responsividade; respiração; pulso; compressões
Abertura VAS
Boa ventilação
12. SBV – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• As manobras utilizadas no suporte básico de vida visam a estabelecer as
condições mínimas necessárias para manter ou recuperar a oxigenação e a
perfusão cerebral, já que é a viabilidade neurológica que define, em grande
parte, o prognóstico da vítima.
• É possível, didaticamente, dividir o suporte básico em 4 passos, descritos a
seguir.
13. Responsividade
• Nível consciência = resposta SNC
• Responsivo – afasta PCR
• Não responsivo – PCR?
• Atenção nos sinais indiretos á PCR
Ajuda/
desfibrilador
• Crucial para um bom atendimento
• 80% PCR – ritmos
• DEA (colocação)
RCP
• Verificação pulso e respiração m 5 a 10 segundos
• RCP – 30 comp. torácicas e 2 ventilações
• 100 a 120 compressões por minuto/ 5 cm de profundidade.
• Interromper somente SAV/ DEA
Desfibrilação
• Uso DEA
SBV
14. 1. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA (RESPONSIVIDADE)
• Nível de consciência fornece, rapidamente, informações
valiosas sobre o grau de atividade do sistema nervoso
central (SNC).
• Paciente responde ao chamado (resposta compreensível
ou incompreensível), fica assegurada uma condição
funcional mínima do SNC, afastando a possibilidade de
PCR.
• Se não houver resposta, assume-se que a função do SNC
está muito prejudicada, por diversas causas, inclusive a
PCR.
• Caracterizada a inconsciência, o próximo passo é chamar
por ajuda.
Senhora ...
senhora
15. Lesão Cerebral Após
Parada Cardíaca
10 seg. - Perda da consciência
4 min. - Acabam as reservas de glicose
6 min. - Depleção severa de ATP e começa
o dano celular
16 min. - Morte cerebral completa
O ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO IMEDIATAMENTE
16. 2. CHAMADO PARA AJUDA
DESFIBRILADOR
• Além do chamado por ajuda, deve-se pedir pelo desfibrilador elétrico automático
(DEA).
• Somente no caso de afogamento ou obstrução de via aérea testemunhada,
seguida da perda de consciência, o pedido de ajuda pode ser postergado,
aplicando-se primeiro o suporte básico de vida por 2 minutos. Após este período,
desencadeia-se o chamado para ajuda.
192 – SAMU
193 - BOMBEIRO
17. DEA
• É um aparelho eletrônico portátil, constituído
basicamente por uma bateria com capacitor elétrico e
um computador capaz de reconhecer a fibrilação
ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV), as
arritmias mais frequentes no início da PCR.
• O aparelho determina o choque em corrente contínua
sobre o tórax da vítima, organizando o ritmo elétrico
do coração.
• Esse aparelho deve estar facilmente disponível onde há
grande concentração de pessoas (aeroportos, teatros e
outros), pois o tempo é determinante da sobrevida na
PCR.
18. 3. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
• Checagem de pulso carotídeo por 5 a 10 segundos sua ausência
que define a parada cardíaca.
• Identifique a PCR por meio de sinais indiretos de parada circulatória
(apneia, cianose, frialdade de extremidades e ausência de
movimentos espontâneos).
• Definida a PCR, as manobras de RCP devem ser iniciadas de
imediato, com 30 compressões torácicas alternadas com 2
ventilações assistidas.
• Após a intubação, não existe mais a necessidade de sincronismo.
19. 3. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
(RCP)
• As compressões torácicas devem ser aplicadas numa frequência acima de 100 a 120
compressões por minuto, de forma contínua, rápida e com deformação do tórax de
no mínimo 5 cm de profundidade.
• Após a compressão, deve-se permitir que o tórax retorne à posição de repouso.
• Após 30 compressões torácicas, deve-se aplicar 2 ventilações assistidas,
completando 1 ciclo de RCP.
• Os ciclos de RCP não devem ser interrompidos até que a equipe de suporte
avançado assuma a RCP, o paciente apresente sinais de retorno da circulação ou seja
colocado o DEA para análise do ritmo cardíaco.
20.
21. RCP
• Para as ventilações, as vias aéreas (VA) devem ser abertas elevando-se a
mandíbula e hiperestendendo a coluna cervical. Tal hiperextensão é
contraindicada em casos de suspeita de lesão cervical, aplicando-se
apenas tração/elevação da mandíbula.
• A abordagem da VA é necessária porque o rebaixamento do nível de
consciência desencadeia o relaxamento da musculatura que sustenta a
posição correta da língua e da faringe, sendo a queda da língua a causa
mais comum de obstrução da ventilação. As ventilações devem ser
aplicadas de forma a promover elevação do tórax e duração de 1
segundo.
22. RCP
• Atualmente, recomenda-se um ciclo de 30 compressões torácicas a primeira medida
a ser aplicada, seguida da abertura de vias aéreas e de 2 ventilações assistidas (C-A-
B).
• As interrupções das compressões devem ser evitadas ao máximo e a qualidade da
compressão torácica, sempre garantida
25. 4. REALIZAR A DESFIBRILAÇÃO ELÉTRICA
• Quanto mais precoce a desfibrilação, melhores os resultados na sobrevida. Em um estudo
recente em que se utilizou o desfibrilador com tempo de desfibrilação inicial de 3 minutos,
a sobrevida foi de 74%.
• A colocação do DEA deve ser realizada assim que o aparelho estiver disponível.
• Quando o ritmo identificado não for de FV/TV sem pulso, o choque não é indicado,
cabendo ao resgatista manter a massagem cardíaca e as ventilações por 5 ciclos de 30
compressões e 2 ventilações ou por 2 minutos de RCP, até a chegada do suporte avançado
de vida.
• Quando indicado, o choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do DEA ou
do desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 180 a 220 J no
aparelho bifásico).
• No momento do choque, o socorrista deve se certificar de que ninguém está em contato
com a vítima para evitar acidentes durante o atendimento.
26. DEA
• Após o choque, a RCP deve ser reiniciada imediatamente, sendo mantida por mais 2
minutos ou por mais 5 ciclos de 30 compressões intercaladas com 2 ventilações
assistidas.
• Após este período, o desfibrilador irá novamente analisar o ritmo cardíaco. Caso a
arritmia seja mantida, o aparelho indicará novo choque seguido de RCP por mais 2
minutos até que o ritmo seja revertido. Quando houver reversão do ritmo, o aparelho
não indicará o choque e solicitará a checagem do pulso central.
• Se houver reversão da PCR, o paciente deve ser mantido em assistência ventilatória até
que recobre a ventilação de forma espontânea ou até que o suporte avançado chegue
ao local. O pulso central deve ser checado a cada 1 a 2 minutos durante esta fase de
suporte ventilatório.
• Caso não haja pulso, é necessário continuar reanimando o paciente por mais 5 ciclos de
2 minutos de RCP, avaliando-se a indicação de novo choque nesses intervalos.
27.
28.
29. SBV – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• PCR é estruturado numa sequência de intervenções aplicadas de forma
integrada e contínua, chamada de corrente da sobrevivência do
atendimento cardiovascular de emergência;
• Qualquer elo da cadeia compromete o resultado do atendimento como um todo.
• 1º elo: reconhecimento precoce da PCR e o chamado do sistema de emergência disponível.
• 2º elo: caracterizado pelo suporte básico de vida:
• 3º elo: desfibrilação precoce.
• 4° elo: medidas avançadas de suporte de vida, como intubação e emprego de drogas.
• 5º elo: adicionado na última revisão sobre o tema, realizada em 2010. Cuidados pós-ressuscitação .
32. MORTE SÚBITA CARDÍACA É A MORTE NATURAL
POR CAUSAS CARDÍACAS, MANIFESTADA PELA
PERDA ABRUPTA DA CONSCIÊNCIA E PARADA
CARDÍACA, DENTRO DE UMA HORA DO INÍCIO
DE UMA ALTERAÇÃO CARDIOVASCULAR AGUDA
PODE HAVER OU NÃO DOENÇA CARDÍACA PRÉ-
EXISTENTE, PORÉM, O EVENTO É INESPERADO.
33. FASES DA PCR
• Fase Elétrica: período que se estende do momento da parada cardíaca até os cinco minutos
subsequentes. A desfibrilação imediata é o tratamento ideal quando possível.
• Fase circulatória ou hemodinâmica: dura de cinco a 15 minutos pós-parada cardíaca. Nesta fase,
a RCP é muito importante para manutenção da pressão de perfusão coronariana e cerebral por
meio de compressões torácicas externas fortes e rápidas, numa frequência de, no mínimo, 100 a
120 por minuto. As interrupções devem ser evitadas, pois comprometem a perfusão coronariana
e cerebral.
• Fase Metabólica: estende-se de 10 a 15 minutos após a PCR. Nesta fase, a eficácia da
desfibrilação imediata e RCP diminuem drasticamente. Nesse estágio, o cliente se beneficiaria
com a indução da hipotermia terapêutica à temperatura entre 32ºC a 34ºC por 12 a 24 horas,
que promoveria possivelmente a melhora no fornecimento de oxigênio cerebral.
• Recomenda-se iniciar até 6 horas após a PCR, com o objetivo de melhorar o prognóstico
neurológico e a sobrevida do cliente.
34. SAV
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
• Suporte avançado de vida (SAV) ou a reanimação cardio-respiratória (RCR) assistida
(RCRA) consistem na ressuscitação com uso de equipamento adicional ao usado no
suporte básico ou CAB (Compressão, ventilação e vias aéreas), podem ser aplicadas
técnicas de uso exclusivo do médico ou pessoal treinado e amparado pela lei.
obtenção das vias aéreas e ventilação (intubação)
obtenção de via intravenosa
administração de medicamentos
cuidados pós-ressuscitação
35. SUPORTE AVANÇADO - ACLS
• A irway avançada
• B “reathing” - respiração
• C “irculation” – acesso venoso, monitorização
• D rogas / Diagnóstico diferencial.
ABCD SECUNDÁRIO
36. VIA AÉREA AVANÇADA
A
A ventilação com via aérea avançada foi simplificada,
recomendando-se a realização de 10 ventilações por minuto,
ou seja, 1 ventilação a cada 6 segundos;
37. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Intubação traqueal:
Deve preferencialmente ser realizada pelo indivíduo mais experiente e sem
interrupção das compressões torácicas.
Se necessário, outros materiais podem ser utilizados com menor
necessidade de treinamento, como a máscara laríngea.
Se a ventilação não-invasiva estiver eficiente, e se a intubação traqueal não
será realizada facilmente, pode-se postergar este passo.
38. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Avaliação e fixação da cânula:
Após a intubação, insufla-se o balonete e ausculta-se o epigástrio, as bases
pulmonares esquerda e direita, ápices pulmonares esquerdo e direito.
Para a fixação do tubo: fixadores comerciais ou simples cadarços.
Após a intubação, as ventilações passam a ser realizadas, então, numa
frequência de 10 incursões por minuto.
39. Via Aérea Avançada
• Boa ventilação
- Checagem clínica
- Onda de capnografia quantitativa
• A capnografia, já inclusa em 2010 no
protocolo, para monitorização da
ressuscitação, agora é recomendada
como um sinal prognóstico objetivo
para determinação de quando parar
a ressuscitação.
B
•Confirmação e monitoração da
intubação
41. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Avaliação de ritmo:
Após cada 2 minutos de PCR a partir da desfibrilação, uma pausa muito
rápida deve ser feita para nova avaliação do ritmo no monitor.
O pulso só deve ser palpado se um ritmo organizado estiver presente ao
monitor.
Em qualquer um dos ritmos deve-se estar atento a causas reversíveis de PCR
(os 6Hs e 6Ts).
42. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
PROCURAR CAUSA E TENTAR TRATAR
• Hipovolemia: SF
• Hipóxia: O2
• (H+) Acidose
• Hipopotassemia: K ou
Hiperpotassemia: BIC
• Hipotermia: aquecer
• Hipoglicemia
• Tamponamento: punção
• Tensão no tórax: PneumoTórax
• Tromboelismo pulmonar
• Trombose
• Tóxicos: antídoto
• Trauma
6H 6T
43. OBSERVAÇÕES
• Hipoglicemia: diminuição da glicose no sangue;
• Hipóxia: baixo teor de oxigênio.
• Hipocalemia: diminuição de potássio no sangue;
Hipercalemia: aumento de potássio no sangue;
• Hipovolemia: perda sanguínea;
• H+ - Acidose: é a diminuição do pH de todo o organismo, tornando o ácido devido à
baixa concentração de bicarbonato no sangue.
44. OBSERVAÇÕES
• Trombose: é a formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo
num
indivíduo vivo.
• Tensão no tórax - Pneumotórax: causado pela presença de ar na cavidade pleural, ocorrendo
como resultado de uma doença ou lesão.
• Tamponamento cardíaco: também conhecido como tamponamento pericárdico, é uma
emergência médica na qual há acúmulo de líquido no pericárdio (o saco no qual o coração
está envolvido). O sangue aumenta significativamente a pressão no coração, impedindo os
ventrículos do coração de se encherem adequadamente. Isto resulta num bombeamento
ineficiente do sangue, choque e frequentemente morte.
• Tromboembolismo pulmonar: Embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) é o
bloqueio da artéria pulmona ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre quando um
trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de
formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões
• Trauma
46. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Acesso venoso
Obtenção de acesso venoso antecubital devem ser feitas simultaneamente à
intubação.
Atualmente, o acesso intra-ósseo, mesmo em adultos, é recomendável.
Não sendo possível a obtenção de acesso EV ou IO, pode-se tentar
administrar fármacos por via traqueal ou através da obtenção de acesso
venoso central; este, se tentado, deve ser feito sem interrupção das
compressões (veia femoral é o acesso central preferencial)
47. DROGAS : MEDICAÇÕES UTILIZADAS
DURANTE A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Vasopressor ( a cada 3-5 minutos)
- epinefrina ( adrenalina) - Precocemente
1mg
dose máxima: não existe
- vasopressina
40ui
Antiarritmico
- amiodarona
300mg podendo repetir uma vez após 3-5 min (150mg)
- lidocaína ( segunda escolha)
1-1,5mg/kg
Ritmo não-chocável
48. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Administração de fármacos:
Todos os fármacos a serem administrados na PCR devem, obrigatoriamente,
serem seguidos de 20 mL de bolus de fluido e elevação do membro por 10 a
20 seg
O primeiro a ser adminstrado é a adrenalina (1 mg) EV. Ela deverá ser
repetida a cada 3 a 5 minutos.
É importante respeitar os intervalos pré-estabelecidos dos fármacos,
independentemente do momento em que se encontra a RCP.
49. CONDIÇÃO DICAS MANUSEIO
Hipovolemia História ,veias do pescoço deprimidas Infusão de volume
Hipóxia Cianose, gases sangüíneos, problemas
de via aérea
Ventilação
Tamponamento
cardíaco
História(Trauma, insuficiência
renal,malignidade torácica), distensão
venosa; taquicardia, hipotensão,
mudança p/ súbita bradicardia
Pericardiocentese
Pneumotórax
hipertensivo
História(asma,ventilador,DPOC,trauma),d
istensão das veias do pescoço, desvio da
traquéia
Descompressão com agulha
Embolia pulmonar
maciça
História, veias do pescoço distendidas Arteriografia pulmonar,
embolectomia, trombo lítico
Hipotermia História de exposição ao frio Ver algoritmo
Intoxicação
(tricíclicos,digoxina,bloqueador
es,bloq. de canal Ca)
Bradicardia, história de ingestão,
pupilas, exame neurológico
Pesquisa de drogas
Hipercalemia História de insuf. renal, diabetes, diálise
recente, fístulas p/ diálise,medicações
Cloreto de cálcio(imediato);
glico-insulino terapia
Acidose História de acidose responsiva a
bicarbonato, insuf. renal
Bicarbonato de sódio,
hiperventilação
IAM maciço História ,ECG, enzimas Ver algoritmo
53. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR / TAQUICARDIA
VENTRICULAR SEM PULSO
É o mecanismo mais comum de PC extra-hospitalar, sendo prioridade máxima a desfibrilação.
• Após a intubação, o primeiro antidisrítimico a ser tentado deverá ser a amiodarona (300
mg) EV, em bolus. A segunda dose pode ser administrada, após 3 a 5 min da primeira (150
mg).
• O próximo antidisrítmico a ser utilizado é a lidocaína (1 a 1,5 mg/kg), podendo ser repetido
a cada 5 a 10 min, na dose de 0,5 a 0,75 mg/kg, até sua dose máx de 3 mg/kg.
• O sulfato de magnésio é o antidisrítmico de escolha apenas nos casos de Torsades de
Pointes e de hipomagnesemia.
54. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
• O tratamento é a desfibrilação
elétrica.
• Deve ser feita rapidamente,
• Fator que determina a sobrevida.
• A RCP deve ser feita de imediato
para manter a viabilidade cerebral
e cardíaca.
QUANDO A CORRENTE
DA SOBREVIVÊNCIA É
IMPLEMENTADA DE
MANEIRA EFETIVA, A
SOBREVIDA DA
FIBRILAÇÃO
VENTRICULAR
TESTEMUNHADA, QUE
OCORRE FORA DO
HOSPITAL, É DE 50%.
55. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR / TAQUICARDIA
VENTRICULAR SEM PULSO
Sempre após o retorno da circulação espontânea o último antidisrítmico administrado deve
ser mantido em dose de manutenção e, caso nenhum tenha sido utilizado ainda, a
amiodarona deve ser usada com dose de ataque de 150 mg em 10 minutos, seguida de
dose de manutenção.
56.
57.
58. ASSISTOLIA
A assistolia é a forma associada ao pior prognóstico e infelizmente trata-se do ritmo de PCR
mais freqüente em Unidades de Terapia Intensiva.
A assistolia deve ser confirmada em duas derivações perpendiculares. Na primeira verificação
do ritmo, feita através de desfibrilador, se linha isoelétrica estiver presente, basta mudar o
posicionamento das pás em 90 graus. Este cuidado deve ser tomado devido ao fato de
existirem FV finas que podem ser confundidas com assistolia em algumas derivações.
59.
60. ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
A AESP designa qualquer ritmo que não assistolia, FV ou TV, desprovido de
pulso palpável nas carótidas.
Na AESP é importante identificar qual dos 6Hs e 5Ts é o responsável pela PCR.
Como hipovolemia é a principal causa de AESP, pode-se administrar prova de
volume logo após a administração de adrenalina em bolus.
A atropina pode ser também utilizada caso a freqüência do ritmo observado
seja inferior a 60 vezes/min.
61.
62.
63. SEQUÊNCIA DO ATENDIMENTO NA FV
Verificação
de ritmo
Verificação
de ritmo
RCP
5 ciclos / 2 min
Administrar Vasopressor
RCP
5 ciclos / 2 min
Administrar Antiarritmico
RCP
5 ciclos / 2 min
BLS
Material para
IOT e acesso
venoso
IOT
64. SEQUÊNCIA DO ATENDIMENTO NA
ASSISTOLIA / AESP
Verificação
de ritmo
Verificação
de ritmo
procurar CAUSAS ( 5H
e 5T)
BLS
Administrar
vasopressor, procurar
CAUSAS
RCP
5 ciclos / 2 min
RCP
5 ciclos / 2 min
65. Situações Especiais
PCR associada a Embolia Pulmonar
BLS : Protocolo convencional
ACLS: é razoavel a administração de trombolíticos
-Tem sido descrita a realização de tromboembolectomia
percutânea durante a realização das manobras de RCP
-Embolectomia cirúrgica com sucesso tem sido também
descrita em poucos pacientes.
67. Situações Especiais
PCR associada a Distúrbios Hidroelectroliticos
BLS : Protocolo convencional
ACLS: Associado as drogas convencionais, terapêutica IV para tratamento
da iperpotassemia como:
- Cloridrato de cálcio 10% 5 a 10 ml IV em 2 a 5 min ou
- Gluconato de cálcio 10% de 15 a 30 ml IV em 2 a 5 min.
- Bicarbonato de sódio 50 ml IV em 5 min
- Glicose mais insulina; 25 g + 10 UI de Insulina regular.
Hiperpotassemia
68. Situações Especiais
PCR durante Angioplastia Coronária
RCP com dispositivos mecanicos para cotinuar realizando a ATC,
classe IIa
Bypass cardiopulmonar de emergência, classe IIb
69. TRATAMENTO APÓS O RETORNO DA
CIRCULAÇÃO ESPONTÂNEA (RCE)
• A maioria das mortes após uma reanimação ocorre nas primeiras horas pós-RCE. Por isso,
toda a atenção deve ser dada na monitorização e no tratamento destes pacientes.
• Administrar fármaco antidisrítmicos adequado, caso a PCR tenha sido em FV/TV sem pulso.
• Oferecer inicialmente oxigênio a 100%.
• Solicitar perfil de exames laboratoriais, incluindo eletrólitos e marcadores de lesão
miocárdica
• É recomendada indução de hipotermia terapêutica (32 a 34º C) em todos os pacientes de
PCR em FV/TV sem pulso extra-hospitalar por 12 a 24 horas com RCE hemodinamicamente
estáveis, porém em coma. A hipotermia terapêutica em outros ritmos e em eventos intra-
hospitalares ainda é, por enquanto, considerada opcional.
70. QUANDO CESSAR OS ESFORÇOS?
• Um dos maiores dilemas do médico consiste no momento de parar, ou mesmo não iniciar a
RCP.
• Por princípio, se aplica RCP para pacientes em PCR nos quais os procedimentos não sejam
fúteis.
• A decisão de terminar o suporte avançado de vida é individualizada e muito influenciada
pelas condições pré-PCR, pela qualidade do atendimento da atual PCR e até mesmo por
desejos manifestados pelo paciente antes da perda de consciência
71. CUIDADOS PÓS PARADA
Ventilação
Manter Sat O2~94%
Não hiperventilar
– CO2 Exp 35-40 mmHg ou
- PaCO2 40 – 45 mmHg
Perfusão ( Pas ≥90mmHg ou Pam ≥65mmHg
Bolus IV/IO, Drogas, Tratar causa
72. REFERÊNCIAS
• 1. Guidelines 2000 for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care
– International Consensus on Science. Circulation 2000; 102(8 suppl).
• 2. Dorian P, Cass D, Schwartz B. et al. Amiodarone as compared with lidocaine for shock –
resistant ventricular fibrillation. New England Journal Medicine 2002; 46:884-90.
• 3. Larkin GL. Termination of resuscitation: the art of clinical decision making. Current
Opinion Critical Care 2002; 8(3):224-9.
• 4. Xavier L, Kern K. Cardiopulmonary Resuscitation Guidelines 2000 update: what’s
happened since? Current Opinion Critical Care 2003; 9:218-21.
• 5. Rea T, Paredes V. Quality of life and prognosis among survivors of out-of hospital cardiac
arrest. Current Opinion Critical Care 2004; 10(3):218-23.
• 6. Holzer M, Bernard S, Idrissi S. et al. Hypotermia for neuroprotection after cardiac arrest:
systematic review and individual patient data meta-analysis. Critical Care Medicine 2005;
33(2):414-8.
• 7. Koko A, Thwe H. Vasopressin for cardiac arrest: a systematic review and metanalysis.
Archives Internal Medicine 2005; 165:17-24.
• 8. 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and
Emergency Cardiovascular Care Science 2010; 122(Issue 18 suppl 3).
• 9. Stub D, Bernard S, Duffy SJ et al. Post cardiac arrest syndrome: a review of therapeutic
strategies. Circulation 2011; 123:1428-35.