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Perdão da dívida "não é solução"
O economista João Ferreira do Amaral diz que o perdão da dívida "não é solução" para as
crises financeiras europeias e que a Grécia vai a caminho de um "desastre".

16:39 | Segunda feira, 31 de outubro

O economista João Ferreira do Amaral disse hoje que o perdão da dívida "não é solução" para as crises financeiras
europeias e que a Grécia vai a caminho de um "desastre".
"Com o nível de dívida externa que Portugal atingiu, não há condições para um crescimento sustentado", disse Ferreira
do Amaral na conferência "O valor da poupança e o rigor das Finanças Públicas", promovida hoje pelo Tribunal de
Contas em Lisboa. No entanto, "o perdão da dívida não é solução", acrescentou Ferreira do Amaral.
"Uma reestruturação reduz muito as possibilidades de financiamento do Estado e do sistema bancário no futuro. A
reestruturação significa um perdão da dívida, um incumprimento, o BCE [Banco Central Europeu] terá mais dificuldade
em emprestar aos bancos no futuro, e é muito mais difícil os mercados voltarem a confiar quer no Estado quer nas
instituições do país.
Como vamos precisar de financiamento externo durante muitos anos, creio que é muito perigoso avançar por uma
pseudo solução dessas", disse o economista.

"Vamos ver o que acontece à Grécia. Julgo que vai ser um desastre"

"Vamos ver o que acontece à Grécia. Julgo que vai ser um desastre." Para o economista, "só há uma solução" para a
crise das dívida que afeta Portugal: alcançar um excedente na balança de pagamentos.

Ora, o melhor "instrumento" para o fazer seria a "desvalorização cambial", que Portugal não pode utilizar por estar
integrado na moeda única. Assim, Ferreira do Amaral defende que Portugal devia "sair do euro".
"A moeda única deixou de ser um projeto político viável"

"A moeda única deixou de ser um projeto político viável. Havia uma condição para se manter viável: que nenhum país
entrasse em incumprimento. A Grécia mata o euro como projeto político para a Europa", disse Ferreira do Amaral.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Tribunal de Contas discordou deste opinião: "O euro é um projeto político
com atualidade, que obriga a uma alteração estrutural da União Europeia", disse Guilherme d'Oliveira Martins.

"Precisamos de um vice-presidente que assuma claramente as questões do governo económico da União", disse Oliveira
Martins.




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