Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, afirma que a crise da dívida na zona euro não foi superada apesar das medidas tomadas. Ele pede que os governos mantenham as promessas de reduzir a dívida e diz que as economias desenvolvidas tiveram fraquezas expostas pela crise. Trichet também propõe uma cooperação mais estreita entre os países da zona euro.
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Jean-Claude Trichet: "Crise pôs a nu a fraqueza das
economias desenvolvidas"
Presidente do Banco Central Europeu afirma que crise da dívida não foi superada, apesar das
medidas tomadas pelos chefes de Estado e de Governo da zona euro.
Lusa
ontem às 19:02
A crise da dívida que a Europa enfrenta não foi superada apesar das
medidas tomadas pelos chefes de Estado e de Governo da zona euro,
afirmou hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude
Trichet.
Numa entrevista publicada na edição de domingo do jornal alemão "Bild",
Trichet pediu aos governos da zona euro para manterem as promessas de
reduzirem a dívida na Europa.
"A crise ainda não acabou. Ela pôs a nu a fraqueza das economias
desenvolvidas. Agora vamos ver as fraquezas das economias norte-
americana e japonesa, mas também as da Europa", sublinhou.
Numa reunião dos líderes da União Europa, realizada na quarta e quinta-
feira em Bruxelas, os líderes europeus concordaram numa série de
medidas que esperam que ponham cobro à pior crise económica da zona
euro.
"Uma tarefa difícil"
Os líderes obtiveram ainda dos bancos a concordância destes em
aceitarem um desconto substancial para as ações da dívida grega e a
recapitalização das suas instituições e dotaram o Fundo Europeu de
Estabilidade Financeira (FEEF) de um bilião de euros para evitarem que a
crise se propague.
"As decisões tomadas durante o encontro deverão ser aplicadas com alta
precisão e velocidade", disse o presidente do BCE, acrescentando que as Presidente do Banco Central Europeu,
capitais europeias "têm agora uma tarefa difícil pela frente." Jean-Claude Trichet, cede esta segunda-
feira o seu lugar ao italiano Mario
"O estabelecimento de decisões plenas e em tempo útil é absolutamente Draghi
essencial. Vamos acompanhar este processo com atenção. Agora é hora Francois Lenoir/Reuters
de agir", disse.
Contra a crise, Trichet propôs uma cooperação mais estreita entre os 17 países da zona do euro.
"Eu diria que, como um cidadão da Europa, não como presidente do BCE, poderíamos comprometer-nos a uma maior
governação europeia com responsabilidades claramente definidas", sublinhou.
O mandato de oito anos de Jean-Claude Trichet à frente do BCE termina na segunda-feira. Sucede-lhe o italiano Mario
Draghi, que se estreará como líder do BCE numa conferência de imprensa, a realizar na quinta-feira.
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