SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
ATENÇÃO À
CRIANÇA
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO
NA ATENÇÃO EM REDE
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
A transferência do cuidado está inserida no contexto das
redes de atenção e está baseada na articulação e parceria
entre as Unidades de Atenção Primária e as de Atenção
Especializada.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Objetivo dessa apresentação:
• Apresentar o conceito de transferência do cuidado, seus desafios e
potencialidades.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Introdução
• A transferência do cuidado ou de Nível de Atenção é um conceito que pertence ao
Sistema Único de Saúde (SUS).
• Todo cidadão tem direito a ser atendido pelo SUS no nível de atenção que atenda a sua
necessidade de saúde. Quando estas necessidades se modificam, o usuário deve ser
referenciado para o nível de atenção adequado.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
transferência do cuidado:
Conjunto de estratégias que visa garantir aos pacientes vinculados a serviços
especializados a continuidade do cuidado na Atenção Primária, objetivando a
integralidade da atenção de acordo com suas necessidades. Está pautada na articulação
e parceria desses serviços com as Unidades Básicas de Saúde do território dos usuários.
• A transferência de nível de atenção se diferencia do encaminhamento ou da
contrarreferência para a rede porque pressupõe a criação de estratégias que visem
garantir a continuidade do cuidado na Atenção Primária.
• Inclui o compartilhamento do cuidado entre os níveis de atenção, estabelecendo rede e
parceria com as UBSs do território dos usuários.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Quando fazer a transferência do cuidado?
Deve ser realizada quando a criança não possui mais o perfil de atendimento da instituição
de nível secundário e terciário e, por isso, seu cuidado continuará na Unidade Básica de
Saúde de referência, mantendo o diálogo entre os profissionais de ambas as unidades.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
• Deve-se informar aos familiares, desde a primeira consulta, que eles deverão manter o
vínculo com a Atenção Primária, já que o atendimento na unidade secundária e terciária
poderá não ser mais necessário em algum momento.
• Construir ou efetivar a interlocução com os demais componentes da rede de atenção à
saúde durante todo o processo.
Como promover a transferência do cuidado?
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Como promover a transferência do cuidado?
1. Definir o perfil de usuários que precisam ser atendidos no ambulatório e o perfil dos que
podem ser transferidos para a atenção básica;
2. Definir e distribuir as responsabilidades entre os profissionais do serviço – é importante
contar com equipe multidisciplinar na definição e encaminhamento dos casos;
3. Identificar os usuários que podem ser transferidos, ou seja, que apresentam condições
de saúde possíveis de serem acompanhadas na Atenção Primária;
4. Esclarecer aos familiares atendidos no serviço sobre os motivos da transferência,
informando não haver mais necessidade da permanência em unidade de nível
secundário e terciário) e que seu vínculo com o SUS se manterá na APS;
5. Entregar a cópia do prontuário da criança quando for necessário e/ou solicitado, além de
um resumo clínico destinado à Unidade Básica de referência, deixando cópia anexada no
prontuário;
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Como promover a transferência do cuidado?
• Monitorar os casos de transferências de cuidados de usuários para a Unidade de
Atenção Primária por meio de instrumento desenvolvido para esta finalidade;
• Estabelecer contato, por telefone, com a família da criança/adolescente para
acompanhar a vinculação destes à Unidade de Atenção Primária de referência;
• Finalizar a transferência do cuidado somente quando estiver confirmada a vinculação
do usuário à Atenção Primária. Enquanto isso, o seu cuidado deve ser assegurado na
unidade especializada.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Como promover a transferência do cuidado?
• Caso seja relatada alguma dificuldade de vinculação, retomar o contato e as ações
pertinentes junto à unidade de atenção primária. Quando este contato não for possível
ou não assegurar a vinculação, contatar e iniciar esse processo com as demais
instâncias de gestão de Atenção Primária no âmbito dos territórios.
• Em caso de insucesso da articulação com a rede de saúde, pode-se recorrer aos órgãos
de garantia de direito como as Promotorias de Justiça e Conselhos Tutelares.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
• Transferência do cuidado da Atenção Especializada para a Atenção Primária;
• Maior disponibilidade de vagas para o Sistema Único de Saúde na Atenção Especializada;
• Otimização de recursos;
• Aumento de resolutividade do cuidado tanto para as Unidades de alta complexidade
(hospitais e ambulatórios) quanto para a Atenção Primária, que passa a atender casos
compatíveis com seu perfil;
• Oferta de apoio matricial em pediatria para profissionais de saúde da APS;
• Diminuição de deslocamento para os usuários e familiares, uma vez que podem continuar
seu acompanhamento, próximo ao seu domicílio.
Resultados Esperados
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
A Transferência do Cuidado, enquanto estratégia a ser
adotada pelas unidades de atenção especializada, visa
contribuir com o fortalecimento do cuidado integral entre
todos os níveis da Rede de Atenção à Saúde.
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Área de Atenção
Clínica à Criança e ao Adolescente – Ambulatório de Pediatria. Transferência do Cuidado entre os Níveis da Atenção à Saúde. 2019.
• Fiocruz. Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas. Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA).
WebTV transferência do cuidado de um Ambulatório de Referência para a Atenção Básica. 07 ago. 2019.
• Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde:
Comunicação e Gestão do Conhecimento das Pesquisas Aplicadas ao SUS. Program for Healthcare Public Policies and Models (PMA)
Communication and Management of Knowledge from Research Applied to The Unified National Health System (SUS).
• Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde. Disponível em:
<https://portal.fiocruz.br/politicas-publicas-e-modelos-de-atencao-saúde>
• Giovanella, Lígia. (2018). Atenção básica ou atenção primária à saúde?. Cadernos de Saúde Pública, 34(8), e00029818. Epub 20 de agosto de
2018.https://doi.org/10.1590/0102-311x00029818
ATENÇÃO À
CRIANÇA
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 31 de julho de 2020
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Políticas Públicas de Saúde da Mulher no Brasil
Políticas Públicas de Saúde da Mulher no BrasilPolíticas Públicas de Saúde da Mulher no Brasil
Políticas Públicas de Saúde da Mulher no BrasilMarciane Missio
 
O Sistema Único de Saúde Brasileiro
O Sistema Único de Saúde BrasileiroO Sistema Único de Saúde Brasileiro
O Sistema Único de Saúde Brasileiroloirissimavivi
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Sanny Pereira
 
Vigilância Sanitária
Vigilância SanitáriaVigilância Sanitária
Vigilância SanitáriaShirley Afonso
 
Apresentacao anvisa
Apresentacao anvisaApresentacao anvisa
Apresentacao anvisa07082001
 
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxSAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxWellingtonTeixeira24
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantilWAGNER OLIVEIRA
 
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)Saude do idoso caderno de atenção básica (1)
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)Cleicy Almeida
 

Mais procurados (20)

SUS para Concursos
SUS para ConcursosSUS para Concursos
SUS para Concursos
 
Vigilancia Sanitaria
Vigilancia SanitariaVigilancia Sanitaria
Vigilancia Sanitaria
 
Políticas Públicas de Saúde da Mulher no Brasil
Políticas Públicas de Saúde da Mulher no BrasilPolíticas Públicas de Saúde da Mulher no Brasil
Políticas Públicas de Saúde da Mulher no Brasil
 
O Sistema Único de Saúde Brasileiro
O Sistema Único de Saúde BrasileiroO Sistema Único de Saúde Brasileiro
O Sistema Único de Saúde Brasileiro
 
CADERNETA da GESTANTE: 8a edição / 2023
CADERNETA da GESTANTE: 8a edição / 2023 CADERNETA da GESTANTE: 8a edição / 2023
CADERNETA da GESTANTE: 8a edição / 2023
 
História da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasillHistória da saúde pública no brasill
História da saúde pública no brasill
 
Paism slider
Paism sliderPaism slider
Paism slider
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
 
Rede cegonha 24022011
Rede cegonha 24022011Rede cegonha 24022011
Rede cegonha 24022011
 
Vigilância Sanitária
Vigilância SanitáriaVigilância Sanitária
Vigilância Sanitária
 
lei 7.498/86
lei 7.498/86lei 7.498/86
lei 7.498/86
 
Apresentacao anvisa
Apresentacao anvisaApresentacao anvisa
Apresentacao anvisa
 
Nova CADERNETA da GESTANTE - Ministério da Saúde
Nova CADERNETA da GESTANTE - Ministério da SaúdeNova CADERNETA da GESTANTE - Ministério da Saúde
Nova CADERNETA da GESTANTE - Ministério da Saúde
 
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEMSAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
 
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptxSAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE AULA 2.pptx
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantil
 
Aula 3 - SUS
Aula 3 - SUSAula 3 - SUS
Aula 3 - SUS
 
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)Saude do idoso caderno de atenção básica (1)
Saude do idoso caderno de atenção básica (1)
 
Rede cegonha ppt
Rede cegonha pptRede cegonha ppt
Rede cegonha ppt
 
Ambiência em Unidades Neonatais: do Nascimento à Internação
Ambiência em Unidades Neonatais: do Nascimento à InternaçãoAmbiência em Unidades Neonatais: do Nascimento à Internação
Ambiência em Unidades Neonatais: do Nascimento à Internação
 

Semelhante a Transferência do Cuidado na Atenção em Rede

Linha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral   conceito como fazerLinha cuidado integral   conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazermulticentrica
 
Linha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazerLinha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazermulticentrica
 
Plano de governo muda sombrio
Plano de governo muda sombrioPlano de governo muda sombrio
Plano de governo muda sombrioBrenner Cardoso
 
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptx
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptxApresentacao-Antonio-corrigida.pptx
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptxJuanitoFlorentino4
 
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.pptEloisaMariaAlvesLope
 
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Gesaworld do Brasil
 
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...rrbonci
 
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptx
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptxassistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptx
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptxKatkeliane Menezes
 
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel Soranz
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel SoranzRio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel Soranz
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel SoranzRio Info
 
A Comunicação Clínica como instrumento de qualificação da Consulta de Enfer...
A Comunicação Clínica como  instrumento de qualificação da  Consulta de Enfer...A Comunicação Clínica como  instrumento de qualificação da  Consulta de Enfer...
A Comunicação Clínica como instrumento de qualificação da Consulta de Enfer...Portal da Inovação em Saúde
 
Pns2012 2015 07jun
Pns2012 2015 07junPns2012 2015 07jun
Pns2012 2015 07juntccardoso
 

Semelhante a Transferência do Cuidado na Atenção em Rede (20)

O Cuidado em Rede e a Prevenção da Morte Materna e Perinatal
O Cuidado em Rede e a Prevenção da Morte Materna e PerinatalO Cuidado em Rede e a Prevenção da Morte Materna e Perinatal
O Cuidado em Rede e a Prevenção da Morte Materna e Perinatal
 
Dr. luis maria ccpf
Dr. luis maria ccpfDr. luis maria ccpf
Dr. luis maria ccpf
 
Linha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral   conceito como fazerLinha cuidado integral   conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazer
 
Linha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazerLinha cuidado integral conceito como fazer
Linha cuidado integral conceito como fazer
 
Plano de governo muda sombrio
Plano de governo muda sombrioPlano de governo muda sombrio
Plano de governo muda sombrio
 
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptx
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptxApresentacao-Antonio-corrigida.pptx
Apresentacao-Antonio-corrigida.pptx
 
Apostila
ApostilaApostila
Apostila
 
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no BrasilDesospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
Desospitalização de Crianças com CCC: panorama da atenção domiciliar no Brasil
 
Atenção Especializada no Paraná
Atenção Especializada no ParanáAtenção Especializada no Paraná
Atenção Especializada no Paraná
 
Brasília Saudável
Brasília SaudávelBrasília Saudável
Brasília Saudável
 
Ama
AmaAma
Ama
 
Gestão populacional
Gestão populacionalGestão populacional
Gestão populacional
 
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
27154604-oficina-ampliacao-do-acesso-na-aps-e-programa-saude-na-hora.ppt
 
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
Apresentação Dra. Montserrat Dolz no Congresso FEHOSP 2013
 
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...
USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA NA IMPLANTAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE ...
 
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptx
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptxassistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptx
assistencia pediatrica neo pptx_20230616_191832_0000.pptx
 
Principios e diretrizes
Principios e diretrizesPrincipios e diretrizes
Principios e diretrizes
 
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel Soranz
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel SoranzRio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel Soranz
Rio Info 2015 - Saúde Inteligente e Inovações Tecnológicas - Daniel Soranz
 
A Comunicação Clínica como instrumento de qualificação da Consulta de Enfer...
A Comunicação Clínica como  instrumento de qualificação da  Consulta de Enfer...A Comunicação Clínica como  instrumento de qualificação da  Consulta de Enfer...
A Comunicação Clínica como instrumento de qualificação da Consulta de Enfer...
 
Pns2012 2015 07jun
Pns2012 2015 07junPns2012 2015 07jun
Pns2012 2015 07jun
 

Mais de Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz)

Mais de Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz) (20)

Disbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
Disbioses, Infecções Genitais e InfertilidadeDisbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
Disbioses, Infecções Genitais e Infertilidade
 
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em PediatriaPrevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em Pediatria
 
Ansiedade e Depressão no Climatério
Ansiedade e Depressão no ClimatérioAnsiedade e Depressão no Climatério
Ansiedade e Depressão no Climatério
 
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
Diabetes Mellitus na Gestação: estratégias de organização e hierarquização da...
 
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
Prevenção do Câncer de Colo: quando a colposcopia é indicada?
 
O Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
O Pré-natal e a Promoção do Parto NormalO Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
O Pré-natal e a Promoção do Parto Normal
 
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
 
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
Diretriz Clínica Brasileira de Linha de Cuidado para Malformações Cirúrgicas:...
 
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadasDiabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
Diabetes Mellitus na Gestação: alterações metabólicas associadas
 
Luto Perinatal
Luto PerinatalLuto Perinatal
Luto Perinatal
 
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e ManejoAnafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
Anafilaxia na Infância: Apresentação Clínica e Manejo
 
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e PuerpérioDiabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
Diabetes Mellitus na Gestação: Cuidados no Parto e Puerpério
 
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no BrasilRetomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
Retomada da Cobertura Vacinal: Desafios e Perspectivas no Brasil
 
Cuidados com a Saúde Bucal na Gestação
Cuidados com a Saúde Bucal na GestaçãoCuidados com a Saúde Bucal na Gestação
Cuidados com a Saúde Bucal na Gestação
 
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
Hábitos Saudáveis e a Prevenção do Câncer de Mama: é possível?
 
Fibrose Cística: como diagnosticar?
Fibrose Cística: como diagnosticar?Fibrose Cística: como diagnosticar?
Fibrose Cística: como diagnosticar?
 
Osteogênese Imperfeita
Osteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita
Osteogênese Imperfeita
 
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natalDiabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
Diabetes Mellitus na Gestação: Tratamento e Cuidados no Pré-natal
 
Desafios na Introdução Alimentar
Desafios na Introdução AlimentarDesafios na Introdução Alimentar
Desafios na Introdução Alimentar
 
Diabetes Mellitus na Gestação: classificação e diagnóstico
Diabetes Mellitus na Gestação: classificação e diagnósticoDiabetes Mellitus na Gestação: classificação e diagnóstico
Diabetes Mellitus na Gestação: classificação e diagnóstico
 

Transferência do Cuidado na Atenção em Rede

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE A transferência do cuidado está inserida no contexto das redes de atenção e está baseada na articulação e parceria entre as Unidades de Atenção Primária e as de Atenção Especializada.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Objetivo dessa apresentação: • Apresentar o conceito de transferência do cuidado, seus desafios e potencialidades.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Introdução • A transferência do cuidado ou de Nível de Atenção é um conceito que pertence ao Sistema Único de Saúde (SUS). • Todo cidadão tem direito a ser atendido pelo SUS no nível de atenção que atenda a sua necessidade de saúde. Quando estas necessidades se modificam, o usuário deve ser referenciado para o nível de atenção adequado.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE transferência do cuidado: Conjunto de estratégias que visa garantir aos pacientes vinculados a serviços especializados a continuidade do cuidado na Atenção Primária, objetivando a integralidade da atenção de acordo com suas necessidades. Está pautada na articulação e parceria desses serviços com as Unidades Básicas de Saúde do território dos usuários. • A transferência de nível de atenção se diferencia do encaminhamento ou da contrarreferência para a rede porque pressupõe a criação de estratégias que visem garantir a continuidade do cuidado na Atenção Primária. • Inclui o compartilhamento do cuidado entre os níveis de atenção, estabelecendo rede e parceria com as UBSs do território dos usuários.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Quando fazer a transferência do cuidado? Deve ser realizada quando a criança não possui mais o perfil de atendimento da instituição de nível secundário e terciário e, por isso, seu cuidado continuará na Unidade Básica de Saúde de referência, mantendo o diálogo entre os profissionais de ambas as unidades.
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE • Deve-se informar aos familiares, desde a primeira consulta, que eles deverão manter o vínculo com a Atenção Primária, já que o atendimento na unidade secundária e terciária poderá não ser mais necessário em algum momento. • Construir ou efetivar a interlocução com os demais componentes da rede de atenção à saúde durante todo o processo. Como promover a transferência do cuidado?
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Como promover a transferência do cuidado? 1. Definir o perfil de usuários que precisam ser atendidos no ambulatório e o perfil dos que podem ser transferidos para a atenção básica; 2. Definir e distribuir as responsabilidades entre os profissionais do serviço – é importante contar com equipe multidisciplinar na definição e encaminhamento dos casos; 3. Identificar os usuários que podem ser transferidos, ou seja, que apresentam condições de saúde possíveis de serem acompanhadas na Atenção Primária; 4. Esclarecer aos familiares atendidos no serviço sobre os motivos da transferência, informando não haver mais necessidade da permanência em unidade de nível secundário e terciário) e que seu vínculo com o SUS se manterá na APS; 5. Entregar a cópia do prontuário da criança quando for necessário e/ou solicitado, além de um resumo clínico destinado à Unidade Básica de referência, deixando cópia anexada no prontuário;
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Como promover a transferência do cuidado? • Monitorar os casos de transferências de cuidados de usuários para a Unidade de Atenção Primária por meio de instrumento desenvolvido para esta finalidade; • Estabelecer contato, por telefone, com a família da criança/adolescente para acompanhar a vinculação destes à Unidade de Atenção Primária de referência; • Finalizar a transferência do cuidado somente quando estiver confirmada a vinculação do usuário à Atenção Primária. Enquanto isso, o seu cuidado deve ser assegurado na unidade especializada.
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Como promover a transferência do cuidado? • Caso seja relatada alguma dificuldade de vinculação, retomar o contato e as ações pertinentes junto à unidade de atenção primária. Quando este contato não for possível ou não assegurar a vinculação, contatar e iniciar esse processo com as demais instâncias de gestão de Atenção Primária no âmbito dos territórios. • Em caso de insucesso da articulação com a rede de saúde, pode-se recorrer aos órgãos de garantia de direito como as Promotorias de Justiça e Conselhos Tutelares.
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE • Transferência do cuidado da Atenção Especializada para a Atenção Primária; • Maior disponibilidade de vagas para o Sistema Único de Saúde na Atenção Especializada; • Otimização de recursos; • Aumento de resolutividade do cuidado tanto para as Unidades de alta complexidade (hospitais e ambulatórios) quanto para a Atenção Primária, que passa a atender casos compatíveis com seu perfil; • Oferta de apoio matricial em pediatria para profissionais de saúde da APS; • Diminuição de deslocamento para os usuários e familiares, uma vez que podem continuar seu acompanhamento, próximo ao seu domicílio. Resultados Esperados
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE A Transferência do Cuidado, enquanto estratégia a ser adotada pelas unidades de atenção especializada, visa contribuir com o fortalecimento do cuidado integral entre todos os níveis da Rede de Atenção à Saúde.
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE Referências • Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Área de Atenção Clínica à Criança e ao Adolescente – Ambulatório de Pediatria. Transferência do Cuidado entre os Níveis da Atenção à Saúde. 2019. • Fiocruz. Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas. Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA). WebTV transferência do cuidado de um Ambulatório de Referência para a Atenção Básica. 07 ago. 2019. • Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde: Comunicação e Gestão do Conhecimento das Pesquisas Aplicadas ao SUS. Program for Healthcare Public Policies and Models (PMA) Communication and Management of Knowledge from Research Applied to The Unified National Health System (SUS). • Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/politicas-publicas-e-modelos-de-atencao-saúde> • Giovanella, Lígia. (2018). Atenção básica ou atenção primária à saúde?. Cadernos de Saúde Pública, 34(8), e00029818. Epub 20 de agosto de 2018.https://doi.org/10.1590/0102-311x00029818
  • 14. ATENÇÃO À CRIANÇA portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 31 de julho de 2020 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção à Criança Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. TRANSFERÊNCIA DO CUIDADO NA ATENÇÃO EM REDE