1) A mediunidade infantil ocorre com mais frequência devido ao processo reencarnatório só se encerrar por volta dos 7 anos, deixando a criança ligada ao mundo espiritual.
2) Manifestações comuns incluem visões e audições de espíritos, que costumam ser positivas e não causar medo na criança.
3) É importante que os pais não estimulem ou ridicularizem a criança, buscando compreendê-la e oferecer apoio espiritual.
2. MEDIUNIDADE
“[...] A mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de
que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de
ouvir, de falar.”
Kardec, A. 1864. O Evangelho segundo o espiritismo. Cap. XXIV (Não
ponhais a candeia...). Item 12.
3. Segundo a doutrina espírita, todo ser humano tem a
capacidade de se comunicar com os desencarnados.
Não é um dom sobrenatural, nem um privilégio – é uma
habilidade física, ligada à glândula pineal, no centro do
cérebro, que capta o sinal do “além” como se fosse uma onda
magnética e o converte em percepções.
4. O que difere em cada um é a sensibilidade para interpretar
essas percepções. Alguns entendem como pressentimento,
um medo repentino ou uma intuição inexplicável.
5. “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos
Espíritos é, por esse facto, médium.”
“Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam
alguns rudimentos.”
Kardec, A. 1861. O livro dos médiuns. Tradução Guillon Ribeiro. Cap. XIV
6. No campo de estudos do fenómeno mediúnico, médiuns são
aqueles que manifestam esse fenómeno de forma ostensiva,
ou seja, quando as comunicações podem ser percebidas de
forma clara.
Ela pode sentir, ver, ouvir, falar ou ainda psicografar textos
ditados pelos espíritos.
7. INFÂNCIA
Há uma alta frequência de relatos sobrenaturais na infância
devido ao facto de o processo reencarnatório só se
encerrar por volta dos 7 anos.
Até lá, a criança está ligada tanto ao mundo espiritual quanto
ao físico.
Por isso, é na infância que mais ocorrem casos de
comunicação desse tipo.
8. No período da infância a ação do Espírito reencarnado
sobre a matéria ainda é “pouco sensível”.
Revista Espírita (fev. de 1865)
O corpo ainda não exige do Espírito toda a sua interação
intelectual para conduzir as atividades básicas da fase
pueril.
Os laços que o ligam à carne ainda estão sendo
estreitados, o que permite à criança perceber com muito
mais facilidade o plano espiritual ao qual fazia parte de
forma recente.
9. A CRIANÇA
“Não conheceis o que a inocência das crianças oculta. Não
sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão.”
Kardec, A. 1857. O Livro dos Espíritos. Tr. G. Ribeiro.Parte 2ª (Da volta do
Espírito a vida corporal). Q. 385.
“As crianças são os seres que Deus manda a novas
existências e [...] dá-lhes todos os aspectos da inocência.
Ainda quando se trata de uma criança de maus pendores,
suas más ações são cobertas com a túnica da inocência.”
Kardec, A. 1857. O Livro dos Espíritos. Questão 385.
10. “A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis
aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los
progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar o caráter e
reprimir os maus pendores.”
Kardec, A. 1857. O Livro dos Espíritos. Tr. G. Ribeiro. 18Parte 2ª (Da volta do
Espírito a vida corporal). Q. 385..
11. Perguntas recorrentes sobre possível mediunidade que as
crianças apresentam em situações corriqueiras do dia-a-dia...
Visões que os filhos tiveram de supostos Espíritos
Brincadeiras isoladas com amigos imaginários
Contatos realizados com parentes já desencarnados
Como devemos agir diante de uma criança com
mediunidade espontânea? Devemos provocar ou
entender o que está na natureza daquele ser?
12. AS PRIMEIRAS INTERAÇÕES...
Na fase infantil, o desabrochar da mediunidade é, quase
sempre, tão natural quanto outros tipos de aprendizagem
que vão acontecendo em todas as etapas do desenvolvimento
da criança.
As ocorrências tendem a intensificar-se logo que a criança
aprende a falar.
Visões e audições são as manifestações mais comuns e
podem ocorrer juntas.
13. Na maioria das vezes, o pequeno não tem medo algum e
não entende por que os seus pais também não conseguem
ver a presença que ele percebe.
Ele não compreende o conceito de morte e por isso encara a
“companhia” com naturalidade.
14. Na infância, as interações tendem a ser positivas.
É comum, por exemplo, bebés rirem sozinhos, olhando para o
“nada”.
Em muitos casos, podem estar vendo amigos de vidas
passadas ou espíritos protetores. Também são recorrentes as
visitas de parentes falecidos ou de amiguinhos espirituais
que assumem uma fisionomia mais infantil.
15. Amigo invisível com o qual conversa e brinca
“3 em cada 10 crianças, entre 3 e 10 anos têm companheiros
imaginários. Eles surgem na vida da criança depois dos 2
anos e meio de idade e saem quando a criança vai para a
escola. A pessoa imaginária parece real para a criança que
fala e brinca com ela.“
(Diane, E. Papalia, O mundo da criança)
16. Para Léon Denis, a mediunidade também pode estar por trás
de prodígios precoces: casos de genialidade podem ser
manifestados, mesmo de forma inconsciente, pelo estímulo
de espíritos
17.
18.
19. “Assombrações” (obsessões) são mais raras nessa fase da
vida.
Na maioria das vezes, são espíritos sofredores que habitam
o mesmo local que a criança. Mesmo que não desejem causar
mal, podem provocar medo. Há também os que querem
assustá-la para punir alguém da família por alguma dívida
passada
20. E se as visões forem sinal de uma doença psiquiátrica?
Pode acontecer, mas é raro: esquizofrenia só acomete uma
em cada 10 mil crianças. E traz indícios mais fáceis de
detetar, como desejo por isolamento, depressão, mudanças
repentinas de humor…
Além disso, as “vozes” ouvidas costumam ser ameaçadoras e
o pequenino tem dificuldade de relatar o fenómeno para os
adultos.
21. >> A partir do sétimo ano de vida terrena, o espírito
gradualmente se torna mais consciente de suas
potencialidades e, na adolescência, "o Espírito retoma a
natureza que lhe é própria e se mostra qual era."
Q385 de "O Livro dos Espíritos
“Até aos sete anos, antes que complete o processo
reencarnatório, o espírito conserva algumas percepções
espirituais e pode ter experiências de contato com o Além,
sem que seja propriamente um médium. Essa
sensibilidade tende a desaparecer e vai ressurgir na
adolescência, se ela realmente tiver mediunidade”.
Richard Simonetti
22. "Não é sempre que tais faculdades, em crianças, têm o
desdobramento previsto nesta ou naquela forma de
mediunidade. Nem todas as pessoas dotadas de
faculdades mediúnicas têm, necessariamente, tarefas
especÍficas neste campo, ou seja, nem sempre estão
programadas para o exercício ativo e pleno no intercâmbio
regular entre os espíritos e as pessoas encarnadas".
(Herminio C. Miranda, Nossos filhos são espíritos)
23. REAÇÕES DA FAMÍLIA
Muitas vezes, os fenómenos mediúnicos com crianças
perturbam mais aos pais do que a elas próprias.
24. Quando a criança não é compreendida pelos pais, sendo
considerada como louca, perturbada ou vítima do
demónio, a situação pode-se complicar, trazendo como
agravante profundos desequilíbrios psicológicos e
emocionais. Muitas crianças só voltam a ter uma “vida
normal” quando passam a frequentar um centro espírita,
recebendo os benefícios dos passes, das palestras e do
culto do evangelho no lar.
25. Allan Kardec pergunta aos Espíritos (Q221):
“Será inconveniente desenvolver a mediunidade das
crianças? - - Certamente. E sustento que é muito perigoso.
Porque estes organismos frágeis e delicados seriam muito
abalados e sua imaginação infantil muito superexcitada.”
“Assim, os pais prudentes as afastarão dessas idéias, ou pelo
menos só lhes falarão a respeito no tocante às consequências
morais.”
Kardec, A. 1861. O livro dos médiuns. Cap.XVIII (Dos inconvenientes e
perigos da...). Item 221. Q. 6ª. 38
26. “Mas há crianças que são médiuns naturais, seja de efeitos
físicos, de escrita ou de visões. Haveria nesses casos o
mesmo inconveniente?
- Não. Quando a faculdade se manifesta espontânea numa
criança, é que pertence à sua própria natureza e que sua
constituição é adequada. Não se dá o mesmo quando a
mediunidade é provocada e excitada.”
27. Livro dos Médiuns - Q221
“Qual a idade em que se pode, sem inconveniente, praticar
a mediunidade?
- Não há limite preciso na idade. Depende inteiramente
do desenvolvimento físico e mais particularmente do
desenvolvimento psíquico. Refiro-me à mediunidade em
geral, pois a de efeitos físicos é mais fatigante para o
corpo.”
28. Cuidados relativamente à mediunidade infantil
jamais estimular a criança a desenvolver a
mediunidade ou valorizar excessivamente o
fenómeno;
não ridicularizar a criança ou chamá-la de mentirosa;
não demonstrar medo, o que irá deixar a criança
insegura;
29. RECURSOS
Prece – para manter elevada a sintonia mental
Acompanhamento médico, psicológico ou psicopedagógico
Tratamento espiritual sério e bem orientado
Passes magnéticos e água fluidificada – para dispersar
energias negativas
30. RECURSOS
Evangelho no lar, com a participação dela, mesmo que pareça
passiva e que se mantenha irriquieta, caso em que os pais
devem buscar meios pedagógicos para entretê-las
Evangelização sob a luz do pensamento espírita
31. RECURSOS
Psicoterapia do amor, do
esclarecimento dos
genitores, familiares e
educadores, quando possível
Ação no bem – atitudes
saudáveis atraem
pensamentos semelhantes
Pais: sejam bons exemplos!
32. “Os pais devem mostrar-se aptos a efetuar mudanças na
conduta diária em seu recinto doméstico. Tudo que for para
elevação do padrão vibracional deve ser cultivado, ao mesmo
tempo em que se esforcem para afastar toda conduta que levar
ao contrário.”
Agnes Henriques, autora do livro Mediunidade em Crianças
Algumas vezes não damos importância para a mediunidade na infância. Muitas crianças enxergam e ouvem espíritos, e isso acaba gerando preocupações para quem não entende sobre mediunidade. Apesar de não existir idade para manifestação mediúnica, como devemos agir diante de uma criança com mediunidade espontânea? Devemos provocar ou entender o que está na natureza daquele ser? Acompanhe no Mediunidade Hoje.
Toda pessoa a possui, em maior ou menor grau, manifestando-a, muitas vezes, sem se dar conta. Ser médium, neste sentido, não significa ser privilegiado ou mais evoluído, afinal, essa faculdade independe das condições morais do indivíduo.
No campo de estudos do fenômeno mediúnico, designamos como médiuns aqueles que apresentam sua mediunidade de forma ostensiva, passível de ser analisada e até mesmo comprovada.
Não há idade determinada para o início das ocorrências e elas podem acontecer mesmo se a pessoa não acreditar na interação com os mortos.
Isso não significa que ela seja médium – o título só será confirmado no restante da vida, se ela demonstrar essa capacidade de modo ostensivo
– algo encarado com naturalidade pela psicologia. Então, como diferi-los de um evento mediúnico? Para a vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Marta Antunes, não há uma receita exata: o fundamental é que os pais observem o comportamento dos filhos e conheçam bem sua personalidade e hábitos
Mas nem sempre a reação da família é tranquila diante deste tipo de acontecimento. Muitos pais, por falta de informação, ficam preocupados, aflitos, supondo que o filho ou a filha sejam portadores de algum distúrbio psiquiátrico.
Não é adequado o exercício da mediunidade, a qual se pressupõe seja um contato com o mundo adulto de lá e de cá, em crianças antes da adolescência.
Há crianças de doze anos que seriam menos impressionadas que algumas pessoas já formadas.
É importante achar um equilíbrio. Se os adultos acusarem a criança de mentir, ela pode começar um processo de negação da mediunidade e acreditar que é louca. Por outro lado, eles também não devem incentivar demais a habilidade, para que ela não perca interesse pelo mundo físico ou se sinta forçada a forjar relatos de contatos só para agradá-los
Mas nem sempre a reação da família é tranquila diante deste tipo de acontecimento. Muitos pais, por falta de informação, ficam preocupados, aflitos, supondo que o filho ou a filha sejam portadores de algum distúrbio psiquiátrico.