A exportação mundial de café teve leve alta de 0,7% em dezembro de 2017. As cooperativas de café no Sul de Minas Gerais enfrentam queda nas vendas de até 44% em 2018 devido à baixa nos preços. A produção de café no Paraná deve cair entre 15,7% a 25,3% na safra 2018 em comparação com 2017 por causa da redução da área plantada.
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CLIPPING – 31/01/2018
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OIC: exportação mundial de café tem leve alta de 0,7% em dezembro
Agência Estado
31/01/2018
A exportação mundial de café em dezembro de 2017
aumentou 0,7% em relação ao mesmo mês de 2016, de
10,54 milhões de sacas de 60 kg para 10,62 milhões de
sacas, informou a Organização Internacional do Café
(OIC), em relatório mensal.
Os embarques de arábica diminuíram 1,7% no período de 6,712 milhões de sacas para 6,596
milhões de sacas, enquanto a exportação de robusta (conilon) cresceu 5,1%, de 3,831 milhões
de sacas para 4,025 milhões de sacas.
Nos três primeiros meses da safra 2017/18 (outubro a dezembro), foram embarcadas 28,36
milhões de sacas, queda de 6,7% ante o período anterior (30,40 milhões de sacas). O total de
arábica embarcado foi de 18,66 milhões de sacas ante 19,447 milhões de sacas (queda de
4%). Já a exportação de robusta no período caiu 11,5% (de 10,957 milhões de sacas para
9,701 milhões de sacas).
Nos últimos 12 meses encerrados em dezembro de 2017, a exportação de arábica foi de 76,26
milhões de sacas em comparação com 73,61 milhões de sacas no período anterior. O
embarque de robusta no período foi de 43,37 milhões de saca ante 46,03 milhões de sacas.
Com baixa nos preços, cooperativas de café enfrentam queda nas vendas no Sul de MG
EPTV / G1 Sul de Minas
31/01/2018
As cooperativas de café do Sul de
Minas enfrentam uma queda nas
vendas neste início de ano. De
acordo com um levantamento
realizado pela EPTV, afiliada da
Rede Globo, a baixa chega a até
44% na região.
Ainda conforme o levantamento, a
saca que chegou a R$ 501 no fim
de 2017, agora é vendida em média
por R$ 435. Uma queda de 13%. E
é essa baixa no preço um dos
fatores que tem feito os produtores segurarem as vendas.
“Dúvida era só o Brasil, com relação ao déficit íntegro que a gente viveu até agosto, setembro,
que estava realmente preocupante. Mas depois que a gente viu essa regularização climática e
a boa florada que aconteceu em outubro, a gente passou a alertar os produtores de que os
preços, infelizmente, poderiam ceder”, explica Marlon Braga Petrus, gerente de
comercialização da Coopercitrus.
Segundo a consultoria Safras e Mercados, 71% da safra nacional foi comercializada até agora
neste ano. No mesmo período do ano passado, esse número era de 78%. O número reflete
nas cooperativas da região.
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Na Coopercitrus, a queda foi de 40%. Na Minasul, a queda foi de 10%. Na Capebe, queda de
44%. Na Coopama, queda de 40%.
O produtor Luciano Paulo de Oliveira segurou algumas sacas do ano passado, achando que,
em janeiro, o preço do café estaria melhor, mas perdeu dinheiro. “Está bem difícil, está muito
difícil. Mas a gente tem que pagar conta, então tem que vender, né?”, diz.
Já o produtor Eder Giacchero aumentou a produção para este ano e pretende produzir 2,3 mil.
Mas diz que a negociação vai acontecer no momento certo. “Investir em qualidade, investir em
produtividade, tentar acertar o máximo possível na época, de que tenha um preço melhor na
venda”, afirma.
Mas a expectativa para 2018 é de uma safra acima da média. “Há uma perspectiva do mercado
de uma redução automática de preço. E logicamente que dentro da estratégia de cada tem
segurar café, aguardando esses momentos melhores, mas vai concorrer diretamente com a
entrada dessa safra grande que nós vamos ter esse ano”, ressalta Petrus.
CEPEA: com expectativa de boa produção, negócios seguem lentos no Brasil
Cepea/Esalq USP
31/01/2018
Desde o início deste ano, os negócios envolvendo os cafés arábica e robusta estão bastante
lentos no Brasil. Apesar da menor oferta na safra atual, a expectativa de uma boa produção em
2018/19 tem mantido as cotações aquém das pretendidas pelos vendedores. Colaboradores do
Cepea acreditam que produtores devem voltar a demonstrar interesse em negociar maiores
volumes de café apenas nos próximos meses, devido à possível necessidade de “fazer caixa”
para a colheita da nova safra. Do lado comprador, o interesse também tem sido baixo. Muitos
adquirem apenas de forma pontual, esperando pelo início da nova temporada para
comercializar maiores volumes do grão a preços possivelmente menores. Fonte: Cepea –
www.cepea.esalq.usp.br.
Cafezais diminuem em 10,8% no Paraná para 41,1 mil hectares
Revista Globo Rural
31/01/2018
O relatório de campo de dezembro, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia
Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, mostra que a
área cultivada com café no Estado teve uma redução de 10,8% em relação à safra passada,
caindo para 41,1 mil hectares, da quais 92% estão em produção e 8% são de lavouras novas.
Há dez anos os cafezais paranaense somavam 105.365 hectares.
O economista Paulo Sérgio Franzini explica que a redução gradativa dos preços recebidos
durante os últimos doze meses, muitas vezes não cobrindo os custos de produção, aliada à
necessidade de adotar melhor tecnologia de produção, principalmente mecanização e
renovação das lavouras, têm levado muitos produtores a diminuir a área cultivada visando
melhorar a eficiência e obter maior renda.
Segundo levantamento do Deral, a produção paranaense de café deve ficar entre 904 mil e
1,02 milhão de sacas para a próxima safra, que começa a ser colhida em meados deste a ano.
A redução deve ficar entre 15,7% a 25,3% em comparação a quantidade de 1,21 milhão obtida
em 2017. “Além do esperado ciclo de safra baixa, a redução da área cultivada contribui para
acentuar a diminuição do volume esperado em 2018.”
Franzini lembra que nesta safra as primeiras floradas ocorreram em meados de agosto após
um período de quarenta dias de estiagem, que segundo estimativas representou cerca de 30%
do potencial produtivo para o próximo ano. Em seguida foram mais trinta dias de seca durante
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todo o mês de setembro, que induziu uma excelente florada na primeira quinzena de outubro
com a chegada das chuvas, praticamente completando o potencial de produção para próxima
safra uma vez que em novembro se registrou poucas floradas.
No relatório, o técnico observa que no geral as principais floradas se concentraram em dois
momentos, principalmente em outubro, o que pode favorecer a uniformidade na formação e
maturação dos frutos contribuindo para obtenção de melhor qualidade do produto final. “As
condições climáticas observadas a partir de outubro, com chuvas acima da média em muitas
regiões favorecem o bom desenvolvimento das lavouras e da produção que se encontra em
fase de formação de frutos.”
Sistemas de aplicação de herbicidas para controle do mato no pós-plantio do cafeeiro
Fundação Procafé
31/01/2018
J.B. Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, e J. Renato Dias e Lucas Franco,
engenheiros agrônomos da Fazenda Sertãozinho
Têm ocorrido problemas, temores e até restrições no uso de herbicidas, pra controle do mato,
nos cafeeiros jovens, no primeiro ano pós-plantio. No entanto, com técnicas corretas, este
sistema, de controle químico, tem se mostrado o mais eficiente e econômico.
Em cafeeiros jovens a concorrência do mato se estabelece de forma mais prejudicial, pois as
plantas de café ainda são pequenas, possuem poucas raízes e superficiais e o mato se
desenvolve junto á linha, próximo às plantas, aproveitando a área livre, não sombreada. Ali as
ervas são favorecidas pelo adubo e a umidade mais presentes no sulco, junto às plantas.
Assim, o mato pode concorrer tanto em nutrientes, como em água e, também, em luz, com as
plantas novas de cafeeiros.
O sistema tradicional de controle do mato em pós-plantio do café tem sido o que se chama de
trilhamento, limpando uma faixa junto à linha de cafeeiros, mais comum usando enxada, porem
sendo uma prática onerosa, além disso, ao remover o mato, deixa o solo muito exposto ou
rapado. A capina pode, ainda, causar ferimento nas plantas, também pode levar a cortes de
mangueiras, quando com irrigação de gotejamento.
Para o uso de herbicidas, visando rapidez, eficiência e economia, sem causar problemas de
fito-toxidez às plantas jovens de café, pode-se adotar três sistemas básicos:
1º) Usar herbicidas seletivos aos cafeeiros jovens, sendo mais usada uma mistura de Verdict
ou Select (para folhas estreitas) mais Clorimuron (folhas largas), na base de 500-800 ml dos
primeiros e 100-200 g/ha do último, com melhor desempenho com mato mais novo.
2º) Depois do solo limpo ou com pequena cobertura de mato novinho, usar, em jato dirigido,
cerca de 3-4 l do herbicida Goal, para ação principal em pré-emergência. No mesmo sistema,
caso existam ervas um pouco maiores, pode-se adotar uma mistura do Goal com os herbicidas
seletivos citados anteriormente, trabalhando, também, com jato dirigido, procurando não atingir
o topo das mudas novas.
3º) Usar os herbicidas normais, como os a base de Glifosato ou sua combinação com outros
mais específicos pra ervas folhas largas, nesse caso com cuidado maior na proteção, usando
barras ou carrinhos aplicadores, ou, até, baixando bem o mato e aplicando com bico espuma
ou proteção com chapéu de Napoleão. Nesse caso o tamanho do mato pode ser maior.
Uma ultima lembrança. Plantas novas de café com mato ficam pernaltas, fracas e amareladas,
com maior ataque de cercospora e bicho mineiro. Portanto, mais no limpo elas apresentam
melhor aproveitamento dos adubos aplicados e da água disponível. Assim crescem mais e se
formam de modo mais uniforme, alcançando a primeira safra com maior potencial produtivo.
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Agricultura: irrigação é arma poderosa no aumento da produtividade
Agência SAFRAS
31/01/2018
Arno Baasch
Começa a haver um consenso no agronegócio brasileiro de que a agricultura irrigada é hoje
uma arma poderosa para o aumento da produtividade, condição indispensável para o Brasil se
consolidar como maior produtor mundial de alimentos, conforme preconiza a FAO, organismo
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
Essa foi uma das conclusões da palestra proferida por Marcus Henrique Tessler, presidente da
Câmara Setorial de Equipamentos para Irrigação (CSEI), da Abimaq - Associação Brasileira da
Indústria de Maquinas e Equipamentos. Intitulada "Uso Racional da Água na Agricultura".A
palestra reuniu cerca de 60 pessoas na sede da Secretaria da Agricultura de São Paulo nesta
terça (30), em São Paulo.
Na avaliação de Tessler, o mercado brasileiro de equipamentos para irrigação está cada vez
mais profissional e o Brasil, com os seus cerca de 6 milhões de hectares irrigados e uma
expansão anual estimada em 200 mil hectares, oferece uma grande oportunidade para que a
irrigação ganhe cada vez mais relevância. "Além disso, notamos que novos cultivos começam
a ser irrigados em escala produtiva, que os métodos modernos de irrigação, sobretudo os que
envolvem controle e monitoramento, vieram para ficar, e as empresas do segmento têm
mantido um constante ritmo de investimento nessas novas tecnologias", destaca o dirigente.
O presidente da CSEI afirmou ainda que o poder público, por seu lado, precisa gerenciar as
bacias hidrográficas de maneira a estimular e facilitar os processos que envolvem a irrigação.
"Além disso, entendemos a necessidade de se intensificar a divulgação de uma agenda
positiva que apresente a irrigação com uma aliada do crescimento, do progresso, da
sustentabilidade ambiental e voltada para auxiliar no desafio de produzir cada vez mais
alimentos para o mundo", completou Tessler, destacando que o grande empenho da indústria
de equipamentos para irrigação é "fazer mais com cada vez menos recursos", uma vez que em
diversas regiões, sobretudo no Nordeste, deve se acentuar a carência de água, com a
consequente disputa pelo insumo, sobretudo em relação a geração de energia.
O palestrante iniciou sua apresentação lembrando que o Brasil possui hoje um padrão
tecnológico que em nada fica devendo aos demais países, incluindo Israel e os Estados
Unidos, países que são referências na área. Salientou que o tema da água deve ganhar cada
vez mais atenção, pois segundo estimativas da FAO, até 2050, a demanda mundial pelo
insumo deve crescer 40%. "Nesse sentido, a irrigação é uma decisiva aliada na preservação
desse recurso, uma vez que cerca de 90% da água utilizada no processo de irrigação retorna
para a natureza, seguindo o conhecido Ciclo Hidrológico", observa Tessler.
Em função dessa situação de constante deficiência de água, o dirigente da Abimaq relata que
as indústrias do segmento trabalham e investem cada vez mais para aumentar a eficiência dos
sistemas de irrigação. "Desde os anos de 1990, quando surgiram as primeiras empresas do
setor no Brasil, tem havido um intenso processo de profissionalização, com um nível de
consolidação e de estruturação que tem possibilitado excelentes resultados, tanto na eficiência
do uso da água, quanto no aumento da produção agrícola", relata. Entre alguns exemplos de
tal incremento na produção, Tessler recorda que o incremento de produção de café chega a
55%, quando se compara uma área não irrigada com uma irrigada. Na primeira, a produção
média por hectares chega a 40 sacas, contra 62 na irrigada. Ganhos semelhantes foram
constatados também na cultura de outros produtos.
Para o dirigente da Abimaq, com as modernas e sofisticadas tecnologias desenvolvidas no
agronegócio brasileiro, a tendência é o segmento de irrigação contribuir cada vez mais para o
uso racional da água na agricultura e também para melhoria da produtividade. "O
desenvolvimento de sensores sofisticados, que indicam o tempo ideal de fazer a irrigação, a
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conexão das informações no ambiente da nuvem, o desenvolvimento de novos materiais e
compostos aplicados nos equipamentos, a otimização do uso de satélites e de drones, a
aplicação conjunta de água e fertilizantes, assim como uma maior interação entre fabricantes,
academia e consultores, devem incrementar o que se começa a classificar como Irrigação
Inteligente. Com tudo isso, a irrigação, cada vez mais, se firma como uma solução para o
aumento da produção de alimentos, garantindo assim segurança alimentar para um mundo
carente de alimentos", complementa o palestrante.
Ao fazer a saudação inicial antes da palestra, o secretário da Agricultura e Abastecimento de
São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou o trabalho de parceria da Secretaria com a CSEI da
ABIMAQ promovido, sobretudo, a partir da crise hídrica vivida pelo Estado. "Acredito que o
próximo grande salto na produção com aumento da produtividade da agricultura brasileira
deverá vir por meio do uso intenso de tecnologia na irrigação", afirmou o secretário,
enfatizando é que nesse contexto que se encaixa o evento promovido pela Câmara. Com
informações da assessoria de imprensa da Abimaq.