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CULTIVARES DE CAFEEIROS (Coffea arabica L.) PARA A REGIÃO CENTRO OESTE
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Adriana Novais Martins
Eng. Agrônoma, Dra., PqC da UPD Marília, Polo Regional Centro Oeste/APTA
adrianamartins@apta.sp.gov.br
Patrícia Helena Nogueira Turco
Adm. Rural, Dra., PqC do Polo Regional Leste Paulista/APTA
patyturco@apta.sp.gov.br
Eduardo Suguino
Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Leste/APTA
esuguino@apta.sp.gov.br
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e segundo maior consumidor.
Apresenta atualmente um parque cafeeiro estimado em 2.256 milhões de hectares. No
período de janeiro a dezembro de 2014, o café representou 6,9% das exportações do Brasil,
que chegaram a 36,7 milhões de sacas de 60 kg, gerando uma receita de US$ 6,7 bilhões e
ocupando a 5ª posição do ranking de exportações do agronegócio brasileiro.
Devido à busca de melhorias no que diz respeito ao aumento de produção, produtividade e
desenvolvimento sócio econômico das regiões produtoras, os programas de melhoramento
genético, são de extrema importância na evolução positiva do panorama da cafeicultura
brasileira. A qualidade final do grão beneficiado de café está relacionada com o resultado da
interação de vários fatores, como clima, nutrição, manejos fitossanitários, fenologia das
plantas (maturação dos frutos), procedimentos de colheita, secagem, beneficiamento e
armazenagem dos grãos. Normalmente, o fruto que agrega o maior conjunto de atributos de
qualidade é aquele que atingiu o ápice da maturação fisiológica, ou seja, o grão cereja.
Entretanto, devido à desuniformidade de floração dos cafeeiros quando da colheita, as
plantas apresentam diversos tipos de frutos (verde, cereja, passa). Por causa destes fatores,
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Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
avaliações regionalizadas de cultivares são fundamentais uma vez que caracteriza o
potencial do material genético nas condições ambientais específicas do pólo produtor.
A região Centro Oeste do estado de São Paulo é a terceira região mais importante da
cafeicultura paulista, principalmente pela produção de café de qualidade. Com o objetivo de
avaliar cultivares de cafeeiros arábica, de porte baixo, irrigados por gotejamento, foi
instalado em 2014 um campo experimental na Fazenda Recreio, município de Vera Cruz,
São Paulo. Os cafeeiros foram plantados no espaçamento de 0,6 x 3,3 m, totalizando uma
população de 5.050 plantas/hectare.
Este campo congrega 21 materiais genéticos diferentes (Tabela 1), oriundos dos programas
de melhoramento genético do Instituto Agronômico de Campinas (IAC/APTA), Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAR) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(EPAMIG)
Tabela 1. Materiais genéticos de cafeeiros avaliados na área experimental instalada na
Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP.
IAC IAPAR EPAMIG
Obatã 1669-20 IAPAR 59 Topázio MG 1190
Ouro Verde IPR 98 Paraíso MG
IAC 125 RN IPR 99 Pau Brasil MG
Ouro Verde IAC Ourama IPR 100 Araponga MG
Ouro Verde H5010-5 IPR 102
Catuaí Vermelho IAC 144 IPR 103
Catuaí IAC 62 IPR 106
IAC Tupi 4093 IPR 107
IAPAR 77028-33-8-11-3
Todos os materiais foram enxertados sobre Coffea canephora, sendo que as cultivares
Obatã 1669-20, IAC 125 RN e IPR 100também são avaliadas em pé franco. A previsão é de
que estas plantas sejam estudadas durante 5 safras. Na primeira safra 2015/2016 foi
realizada a caracterização morfológica dos materiais, além de avaliação de produtividade,
qualidade dos grãos (peneira, rendimento, umidade) e de bebida.
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Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
Figura 1. Visão geral do campo de avaliações de cultivares de cafeeiros. Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP
(maio/2015).
A seguir, algumas características das cultivares que apresentaram os melhores resultados
nas avaliações da primeira safra (2015/2016):
- Obatã 1669-20
Material resultante do cruzamento entre Sarchimor x Catuaí, apresenta-se muito bem
adaptado na região Centro Oeste Paulista, plantado em escala comercial, principalmente em
áreas irrigadas. Planta vigorosa, com frutos vermelhos. Na primeira safra apresentou
produtividade média de 52,6 sacas de café beneficiado/ha; no caso de plantas não
enxertadas (pé franco) esta cultivar produziu 66,0 sacas de café beneficiado/ha.
- IAC 125 RN
Tem sua origem no cruzamento entre Villa Sarchi x Híbrido de Timor 832/2, apresenta porte
baixo, resistência à ferrugem e a duas raças de Meloidogyne exigua. De maturação precoce,
é muito exigente em termos nutricionais, sendo indicado para plantios irrigados. Altamente
produtivo, produziu 62,7 sacas de café beneficiado/ha, quando enxertado. Nas áreas de pé
franco, a produção foi de 53,1 sacas de café beneficiado/ha.
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Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
Figura 2. A – IAC 125 RN (enxertado); B – Obatã 1669-20 (não enxertado); C – Obatã 1669-20 (enxertado).
Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP (julho/2014).
- Ouro Verde H5010-5
Originário do cruzamento de Catuaí Amarelo IAC H 2077-2-12-70 e Mundo Novo IAC 515-
20, é uma cultivar suscetível à ferrugem e extremamente vigoroso. Possui frutos vermelhos
e maturação de média a tardia. Indicada para plantios adensados e irrigados. Produziu em
sua primeira safra nas condições do experimento 53,1 sacas de café beneficiado/ha.
- IAC Tupi 4093
É uma progênie do grupo Sarchimor, com frutos vermelhos e peneira alta. Resistente à
ferrugem, foi um dos materiais mais produtivos na primeira safra, com 61,5 sacas de café
beneficiado/ha. Extremamente vigoroso, é altamente exigente em água e nutrientes.
Figura 2. Cultivar IAC Tupi 4093: A – florescimento em setembro/2015; B – frutificação em novembro de 2015.
Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP.
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- IPR 99
Cruzamento entre Villa Sarchi CIFC 971/10 e Híbrido de Timor CIFC 832/2, resistente à
ferrugem. Possui frutos amarelos, com maturação média a tardia. Recomendado para
plantios adensados, produziu em primeira safra média de 52,5 sacas de café beneficiado/ha.
- IPR 100
A cultivar IPR 100 é originária do cruzamento entre Catuaí e (Catuaí x genótipo da série
“BA-10”), sendo mais adaptada a solos mais pobres e a seca. Apresenta resistência ao
nematóide Meloidogyne paranaensis e a algumas raças de M. incognita. É tolerante à
ferrugem nas condições do Centro Oeste Paulista. Extremamente vigoroso e produtivo,
apresentou-se responsivo à irrigação, produzindo em sua primeira safra 66,9 sacas de café
beneficiado/ha em área com plantas não enxertadas (pé franco) e 53,5 sacas de café
beneficiado/ha em situação de plantas enxertadas.
- Topázio MG 1190
Resultante do cruzamento entre plantas de Mundo Novo e Catuaí Amarelo, apresenta porte
baixo, suscetibilidade à ferrugem e frutos amarelos. De maturação intermediária, apresenta
alto vigor vegetativo. Produziu 52,7 sacas de café beneficiado/ha em sua primeira colheita.
- Pau Brasil MG1
Cultivar de porte baixo, originária do cruzamento entre Catuaí Vermelho IAC 15 e Híbrido de
Timor UFV 442-34, apresenta frutos vermelhos e resistência à ferrugem. Produziu 50,7
sacas de café beneficiado/ha, em primeira colheita.
Referências
AGRIANUAL – Anuário da Agricultura Brasileira. Café. São Paulo: FNP, p. 185-196. 2016
XAVIER, F.L.; ALVES NETO, A.; TURCO, P.H.N.; MARTINS, A.N. Caracterização
morfológica de cultivares de café (Coffea arabica L.) na região Centro Oeste Paulista. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016, Serra Negra,
Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ. p. 299-300.
www.aptaregional.sp.gov.br
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Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
MARTINS, A.N.; TURCO, P.H.N.; ALVES NETO, A.; SUGUINO, E.; PRECIPITO, L.M.B.
Produtividade e rendimento de cafeeiros (Coffea arabica L.) na região Centro Oeste
Paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016, Serra
Negra, Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ2016. p. 300-301.
MARTINS, A.N.; TURCO, P.H.N.; ALVES NETO, A.; SUGUINO, E.; PRECIPITO, L.M.B.
Qualidade dos grãos de café (Coffea arabica L.) produzidos nas condições da região Centro
Oeste Paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016,
Serra Negra. Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ. p. 301-303.

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Cultivares de cafeeiros (coffea arabica L.) para a região centro oeste do estado de são paulo a provado

  • 1. CULTIVARES DE CAFEEIROS (Coffea arabica L.) PARA A REGIÃO CENTRO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Adriana Novais Martins Eng. Agrônoma, Dra., PqC da UPD Marília, Polo Regional Centro Oeste/APTA adrianamartins@apta.sp.gov.br Patrícia Helena Nogueira Turco Adm. Rural, Dra., PqC do Polo Regional Leste Paulista/APTA patyturco@apta.sp.gov.br Eduardo Suguino Eng. Agrônomo, Dr., PqC do Polo Regional Centro Leste/APTA esuguino@apta.sp.gov.br O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e segundo maior consumidor. Apresenta atualmente um parque cafeeiro estimado em 2.256 milhões de hectares. No período de janeiro a dezembro de 2014, o café representou 6,9% das exportações do Brasil, que chegaram a 36,7 milhões de sacas de 60 kg, gerando uma receita de US$ 6,7 bilhões e ocupando a 5ª posição do ranking de exportações do agronegócio brasileiro. Devido à busca de melhorias no que diz respeito ao aumento de produção, produtividade e desenvolvimento sócio econômico das regiões produtoras, os programas de melhoramento genético, são de extrema importância na evolução positiva do panorama da cafeicultura brasileira. A qualidade final do grão beneficiado de café está relacionada com o resultado da interação de vários fatores, como clima, nutrição, manejos fitossanitários, fenologia das plantas (maturação dos frutos), procedimentos de colheita, secagem, beneficiamento e armazenagem dos grãos. Normalmente, o fruto que agrega o maior conjunto de atributos de qualidade é aquele que atingiu o ápice da maturação fisiológica, ou seja, o grão cereja. Entretanto, devido à desuniformidade de floração dos cafeeiros quando da colheita, as plantas apresentam diversos tipos de frutos (verde, cereja, passa). Por causa destes fatores,
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 avaliações regionalizadas de cultivares são fundamentais uma vez que caracteriza o potencial do material genético nas condições ambientais específicas do pólo produtor. A região Centro Oeste do estado de São Paulo é a terceira região mais importante da cafeicultura paulista, principalmente pela produção de café de qualidade. Com o objetivo de avaliar cultivares de cafeeiros arábica, de porte baixo, irrigados por gotejamento, foi instalado em 2014 um campo experimental na Fazenda Recreio, município de Vera Cruz, São Paulo. Os cafeeiros foram plantados no espaçamento de 0,6 x 3,3 m, totalizando uma população de 5.050 plantas/hectare. Este campo congrega 21 materiais genéticos diferentes (Tabela 1), oriundos dos programas de melhoramento genético do Instituto Agronômico de Campinas (IAC/APTA), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) Tabela 1. Materiais genéticos de cafeeiros avaliados na área experimental instalada na Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP. IAC IAPAR EPAMIG Obatã 1669-20 IAPAR 59 Topázio MG 1190 Ouro Verde IPR 98 Paraíso MG IAC 125 RN IPR 99 Pau Brasil MG Ouro Verde IAC Ourama IPR 100 Araponga MG Ouro Verde H5010-5 IPR 102 Catuaí Vermelho IAC 144 IPR 103 Catuaí IAC 62 IPR 106 IAC Tupi 4093 IPR 107 IAPAR 77028-33-8-11-3 Todos os materiais foram enxertados sobre Coffea canephora, sendo que as cultivares Obatã 1669-20, IAC 125 RN e IPR 100também são avaliadas em pé franco. A previsão é de que estas plantas sejam estudadas durante 5 safras. Na primeira safra 2015/2016 foi realizada a caracterização morfológica dos materiais, além de avaliação de produtividade, qualidade dos grãos (peneira, rendimento, umidade) e de bebida.
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 Figura 1. Visão geral do campo de avaliações de cultivares de cafeeiros. Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP (maio/2015). A seguir, algumas características das cultivares que apresentaram os melhores resultados nas avaliações da primeira safra (2015/2016): - Obatã 1669-20 Material resultante do cruzamento entre Sarchimor x Catuaí, apresenta-se muito bem adaptado na região Centro Oeste Paulista, plantado em escala comercial, principalmente em áreas irrigadas. Planta vigorosa, com frutos vermelhos. Na primeira safra apresentou produtividade média de 52,6 sacas de café beneficiado/ha; no caso de plantas não enxertadas (pé franco) esta cultivar produziu 66,0 sacas de café beneficiado/ha. - IAC 125 RN Tem sua origem no cruzamento entre Villa Sarchi x Híbrido de Timor 832/2, apresenta porte baixo, resistência à ferrugem e a duas raças de Meloidogyne exigua. De maturação precoce, é muito exigente em termos nutricionais, sendo indicado para plantios irrigados. Altamente produtivo, produziu 62,7 sacas de café beneficiado/ha, quando enxertado. Nas áreas de pé franco, a produção foi de 53,1 sacas de café beneficiado/ha.
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 Figura 2. A – IAC 125 RN (enxertado); B – Obatã 1669-20 (não enxertado); C – Obatã 1669-20 (enxertado). Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP (julho/2014). - Ouro Verde H5010-5 Originário do cruzamento de Catuaí Amarelo IAC H 2077-2-12-70 e Mundo Novo IAC 515- 20, é uma cultivar suscetível à ferrugem e extremamente vigoroso. Possui frutos vermelhos e maturação de média a tardia. Indicada para plantios adensados e irrigados. Produziu em sua primeira safra nas condições do experimento 53,1 sacas de café beneficiado/ha. - IAC Tupi 4093 É uma progênie do grupo Sarchimor, com frutos vermelhos e peneira alta. Resistente à ferrugem, foi um dos materiais mais produtivos na primeira safra, com 61,5 sacas de café beneficiado/ha. Extremamente vigoroso, é altamente exigente em água e nutrientes. Figura 2. Cultivar IAC Tupi 4093: A – florescimento em setembro/2015; B – frutificação em novembro de 2015. Fazenda Recreio, Vera Cruz, SP.
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 - IPR 99 Cruzamento entre Villa Sarchi CIFC 971/10 e Híbrido de Timor CIFC 832/2, resistente à ferrugem. Possui frutos amarelos, com maturação média a tardia. Recomendado para plantios adensados, produziu em primeira safra média de 52,5 sacas de café beneficiado/ha. - IPR 100 A cultivar IPR 100 é originária do cruzamento entre Catuaí e (Catuaí x genótipo da série “BA-10”), sendo mais adaptada a solos mais pobres e a seca. Apresenta resistência ao nematóide Meloidogyne paranaensis e a algumas raças de M. incognita. É tolerante à ferrugem nas condições do Centro Oeste Paulista. Extremamente vigoroso e produtivo, apresentou-se responsivo à irrigação, produzindo em sua primeira safra 66,9 sacas de café beneficiado/ha em área com plantas não enxertadas (pé franco) e 53,5 sacas de café beneficiado/ha em situação de plantas enxertadas. - Topázio MG 1190 Resultante do cruzamento entre plantas de Mundo Novo e Catuaí Amarelo, apresenta porte baixo, suscetibilidade à ferrugem e frutos amarelos. De maturação intermediária, apresenta alto vigor vegetativo. Produziu 52,7 sacas de café beneficiado/ha em sua primeira colheita. - Pau Brasil MG1 Cultivar de porte baixo, originária do cruzamento entre Catuaí Vermelho IAC 15 e Híbrido de Timor UFV 442-34, apresenta frutos vermelhos e resistência à ferrugem. Produziu 50,7 sacas de café beneficiado/ha, em primeira colheita. Referências AGRIANUAL – Anuário da Agricultura Brasileira. Café. São Paulo: FNP, p. 185-196. 2016 XAVIER, F.L.; ALVES NETO, A.; TURCO, P.H.N.; MARTINS, A.N. Caracterização morfológica de cultivares de café (Coffea arabica L.) na região Centro Oeste Paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016, Serra Negra, Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ. p. 299-300.
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 MARTINS, A.N.; TURCO, P.H.N.; ALVES NETO, A.; SUGUINO, E.; PRECIPITO, L.M.B. Produtividade e rendimento de cafeeiros (Coffea arabica L.) na região Centro Oeste Paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016, Serra Negra, Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ2016. p. 300-301. MARTINS, A.N.; TURCO, P.H.N.; ALVES NETO, A.; SUGUINO, E.; PRECIPITO, L.M.B. Qualidade dos grãos de café (Coffea arabica L.) produzidos nas condições da região Centro Oeste Paulista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 42., 2016, Serra Negra. Anais..., Varginha: Fundação PROCAFÉ. p. 301-303.