Pesquisa desenvolveu novas embalagens sustentáveis para armazenamento de cafés especiais que preservam a qualidade sensorial dos grãos por mais tempo e de forma econômica. Testes comparativos mostraram que sacos de papel multifoliado com alta barreira e sacos plásticos de alta barreira preservaram melhor a qualidade dos cafés por até 12 meses.
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CLIPPING – 11/04/2016
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Pesquisa desenvolve embalagens sustentáveis para armazenamento de cafés especiais
P1 / Ascom BSCA
11/04/2016
Paulo A. C. Kawasaki
Em 2013, a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil) deu
início ao desenvolvimento
do Design Embala, programa que
foca a qualificação das
embalagens dos produtos para
exportação das empresas que
participam de seus projetos setoriais. No setor cafeeiro, a Associação Brasileira de Cafés
Especiais (BSCA), que é a responsável pelo Brazilian Specialty and Sustainable Coffees, foi
procurada para analisar o cenário das embalagens destinadas aos grãos crus.
As empresas Klabin e Videplast demonstraram interesse pela iniciativa e iniciaram trabalhos
para desenvolver invólucros mais sustentáveis para o armazenamento dos cafés especiais do
Brasil. A BSCA fez contato, também, com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), com quem
firmou parceria para a realização da inédita pesquisa “Desenvolvimento de Embalagens e
Métodos de Armazenamentos para Cafés Especiais”, cujos trabalhos foram conduzidos pelo
professor do Departamento de Engenharia, Flávio Meira Borém, e que contou com a parceria
de Klabin, Videplast e das empresas de cafés especiais Bourbon Specialty Coffees e
Carmocoffees.
Os estudos, que buscaram invólucros que preservassem atributos e qualidade dos cafés crus
por mais tempo e alternativas economicamente viáveis para cafeicultores e compradores,
contou com o fornecimento de cafés especiais por parte da Bourbon e da Carmocoffees. A
Videplast e a Klabin desenvolveram tecnologias para a elaboração de sacas com novos
materiais experimentais, os quais foram confrontados com as tradicionais embalagens de juta e
também com as a vácuo, que têm melhor desempenho na preservação dos atributos sensoriais
dos cafés armazenados, porém custos elevados.
Para efeito comparativo, os cafés foram armazenados em seis embalagens compostas por
novas e diferentes soluções tecnológicas: (i) papel multifoliado; (ii) papel multifoliado + barreira
a vapor d água; (iii) papel multifoliado + alta barreira; (iv) papel multifoliado + alta barreira +
barreira contra condensação de umidade; (v) papel multifoliado + alta barreira + barreira contra
condensação de umidade + injeção de CO2; e (vi) plástico alta barreira.
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Após um período de 12 meses, com verificações trimestrais por meio de avaliações sensoriais,
realizadas por um grupo de degustadores em prova cega, embasadas em um mesmo modelo
estatístico de análise dos cafés especiais, destacaram-se - entre todas as amostras (incluindo
lotes que foram exportados aos Estados Unidos depois de três meses armazenados no Brasil) -
as embalagens elaboradas com papel multifoliado + alta barreira + barreira contra
condensação de umidade e com sacos de plástico de alta barreira. Essas foram as duas
opções que melhor conservaram a qualidade sensorial do café, apresentando o mesmo
potencial de preservação das embalagens a vácuo.
Esse fator representa vantagens econômicas, uma vez que as tecnologias que se equivaleram
ao vácuo na preservação sensorial do produto possuem estimativa de custos dez vezes menor.
Por outro lado, houve uma drástica redução na qualidade sensorial do café acondicionado nas
tradicionais sacas de juta, que apresentaram redução em qualidade de bebida que chega a até
menos 10 pontos na escala de avaliação e, consequentemente, implica desvantagem
econômica.
Conforme o professor Borém, coordenador das pesquisas, as novas embalagens serão vitais
ao mercado de cafés especiais, pois os recipientes historicamente utilizados não atendem às
necessidades do setor por apresentarem pouca eficácia na preservação dos atributos dos
grãos ou por terem custos muito elevados. “Embalagens permeáveis às trocas gasosas ou às
trocas de umidade permitem impacto na qualidade do café, em um período curto, por causa da
interação que possibilitam com o ambiente de armazenamento, resultando na degradação dos
compostos químicos e, consequentemente, nos atributos sensoriais como sabor, doçura,
acidez e corpo”, destaca.
A diretora da BSCA e gerente do projeto setorial desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil,
Vanusia Nogueira, acredita que o mundo se deparará com a evolução das atuais sacas feitas
de juta. “São recipientes elaborados através da combinação de papel e sacos multicamadas de
plástico que permitirão a preservação de todos os atributos físicos e sensoriais, das qualidades
originais do café, por um período mais longo de armazenamento”, comenta.
O passo definitivo desse trabalho ocorreu em março de 2016, quando o reitor da Universidade
Federal de Lavras, Dr. José Roberto Soares Scolforo, assinou a Portaria nº 215, que autoriza o
uso da logomarca da instituição de ensino, juntamente com a da BSCA, nas embalagens
referentes ao convênio celebrado entre Associação, UFLA, Klabin, Videplast e Fundação de
Desenvolvimento Científico e Cultural (FUNDECC), possibilitando, dessa maneira, a
comercialização dos produtos elaborados a partir do resultado da pesquisa.
Vanusia destaca que as embalagens aprovadas nas pesquisas serão comercializadas com as
logomarcas da UFLA e da BSCA para evidenciar quais são os invólucros que passaram pelos
testes e estão aptos a preservar a melhor qualidade dos cafés por um intervalo mais longo.
Além disso, a diretora da BSCA diz que o processo de estudos e evolução dos recipientes terá
continuidade. “A partir da colocação das logomarcas, 1% do valor de comercialização destas
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embalagens será depositado em um fundo destinado a outras pesquisas de qualidade”,
conclui.
SOBRE O PROJETO SETORIAL
O Brazilian Specialty and Sustainable Coffees é desenvolvido em parceria pela Associação
Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil), tendo como foco a promoção comercial dos cafés especiais
brasileiros no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos produtos nacionais em todo
o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia
de ponta decorrente de pesquisas realizadas no País.
O projeto visa, também, a expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade
adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade
socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros. Iniciado em
2009, a vigência do atual projeto vai de abril de 2014 ao mesmo mês de 2016 e os mercados-
alvo são Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul, Reino Unido e Austrália. As empresas que
ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA,
através dos telefones (35) 3212-4705 / (35) 3212-6302 ou do e-mail exec@bsca.com.br.
Cafeicultores e Emater-MG se unem no combate ao Aedes aegypti
Ascom Emater-MG
11/04/2016
Para vencer o combate ao Aedes aegypti
(foto: James Gathany/CDC), mosquito
transmissor da dengue, zika vírus e da
febre chikungunya, é preciso o
envolvimento de toda sociedade. E o
programa Certifica Minas Café, criado pelo
Governo do Estado de Minas para atestar
as boas práticas de produção, seguindo
padrões internacionais, também está nesta
luta. Agora para receber a certificação da
propriedade, o produtor precisa adotar medidas de prevenção à ocorrência do mosquito.
“Muitas propriedades estão próximas das cidades ou comunidades. É importante o
envolvimento de todos. Como certificação governamental, com responsabilidade social, não
podemos nos ausentar deste tema. Além disso, por causa dos noticiários, compradores
internacionais podem questionar a possibilidade de contrair doenças durante visitas às
fazendas”, explica o coordenador técnico da Emater-MG, Bernardino Cangussu. Desde março,
as ações de combate ao Aedes aegypti passaram a fazer parte de uma lista de 102 itens
exigidos para que os produtores consigam a certificação da propriedade.
“Os técnicos da Emater-MG atuam com assistência individual para discutir com os produtores
rurais as ações necessárias. É preciso evitar manter na propriedade objetos desprotegidos que
possam acumular água, tipo embalagens, garrafas, pneus velhos e implementos agrícolas sem
proteção, entre outros focos da doença. A verificação se a propriedade atende aos pré-
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requisitos do programa é feita por auditoria do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Todas
propriedades certificadas e em processo de certificação são auditadas”, comenta o
coordenador da Emater-MG.
O Certifica Minas Café
O programa Certifica Minas Café prepara o produtor para atender exigências do mercado
internacional, seguindo padrões de sustentabilidade, melhorando a forma de atuar na
propriedade. “Os produtores que atuam no programa são, em sua maioria, pessoas inovadoras
e com espírito de liderança e capacidade de multiplicar as ações de combate ao mosquito”,
ressalta.
Atualmente, 214 municípios mineiros participam do Certifica Minas Café. O número de
propriedades certificadas é de aproximadamente 1.200, com outras 800 em processo de
certificação. O programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura e executado
pela Emater-MG, em parceria com o IMA.
Para receber o certificado, o produtor deve procurar a Emater-MG para que a empresa realize
um trabalho de assistência técnica na sua propriedade. O produtor terá prazo de cerca de um
ano para se adequar as exigências do programa. Após ter realizado as adequações ele é
auditado pelo IMA e, se tiver cumprido todos os requisitos exigidos, recebe o certificado e
poderá utilizar o selo do Certifica Minas Café.
Saiba mais sobre a dengue e a febre Chikungunya
O Governo de Minas Gerais criou um site específico para veicular informações e orientações
sobre a dengue e a febre Chikungunya. A página www.saude.mg.gov.br/dengue foi idealizada
pela Secretaria de Estado de Saúde e tem o objetivo de manter a população em alerta contra a
presença do mosquito Aedes aegypti.
Agricultura ainda é caso raro de sucesso na economia do Brasil
The Wall Street Journal
11/04/2016
Por Jeffrey T. Lewis
O Brasil está sendo golpeado por uma profunda recessão, uma crise política e a epidemia do
vírus zika, mas numa área o país continua sendo uma potência mundial: a agricultura.
Neste ano, o Brasil deve registrar uma safra recorde de soja e uma quase recorde de milho,
segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, divulgadas na
semana passada. Os produtores brasileiros também parecem prontos para alcançar safras
recorde de café e cana-de-açúcar em 2016, enquanto os criadores de gado, frango e porco
anteveem novos aumentos nas exportações.
As abundantes colheitas e os numerosos rebanhos são um raro ponto positivo na economia
brasileira, que em 2015 apresentou sua maior contração nos últimos 35 anos e deve encolher
mais 3,7% em 2016.
A agricultura foi o único setor do Brasil que se expandiu no ano passado, em 1,8%, ao passo
que o produto interno bruto recuou 3,8%.
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“O mundo todo tem que comer e o Brasil está se sustentando com a agricultura”, diz Edimilson
Calegari, gerente-geral da Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel, a Cooabriel, no
Espírito Santo. “Nossas lavouras e fazendas de gado são o que mantiveram a economia
funcionando durante esses três anos ruins”.
A forte desvalorização do real no ano passado — 30% em relação ao dólar — deu impulso às
exportações e mais do que compensou a queda nos preços das commodities. Isso ajudou a
aumentar as reservas em moeda estrangeira e a reduzir o déficit em conta corrente do Brasil.
Normalmente, seria de se esperar que as previsões de safras volumosas neste ano pudessem
empurrar para baixo os preços das commodities, reduzindo os ganhos dos produtores
brasileiros.
Até agora, porém, os preços da soja, do açúcar e do café arábica estão todos subindo neste
ano devido a uma variedade de fatores, incluindo preocupações com as condições
meteorológicas em outros países produtores de commodities.
O real se valorizou ante o dólar
recentemente, acumulando uma
alta em torno de 10% desde 22 de
janeiro. Mas, numa tentativa de
ajudar os exportadores, o Banco
Central vem intervindo no mercado
de câmbio, com a meta, segundo
analistas, de impedir que o dólar
caia abaixo de R$ 3,60.
Isso é uma boa notícia para os
agricultores, cujos produtos
continuam mais baratos que os de
seus pares nos Estados Unidos e
na Europa.
“O Brasil ficou muito mais competitivo no ano passado por causa do real mais fraco, e isso
realmente ajudou a aumentar as exportações” e os ganhos dos produtores, diz Natália
Orlovicin, analistas da INTL FCStone, firma americana de serviços financeiros.
A agricultura oferece um exemplo raro de um setor globalmente competitivo no Brasil. A
manufatura do país, em grande parte ineficiente, ainda é altamente protegida por tarifas e
impostos de importação, mas o governo seguiu uma estratégia diferente com a agricultura.
A partir dos anos 90, o Brasil reduziu subsídios agrícolas e eliminou impostos de exportação,
enquanto ampliava o investimento na pesquisa agrícola. Os produtores responderam com uma
rápida expansão da área cultivada e uma onda de investimentos que os colocou entre os
agricultores mais produtivos e mais eficientes do mundo.
O poder de influência da agricultura na economia brasileira ficou em destaque neste ano,
quando a presidente Dilma Rousseff cogitou reintroduzir um imposto sobre exportações
agrícolas para ajudar a reduzir o enorme déficit no orçamento do governo.
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A influente Confederação Nacional da Agricultura (CNA) condenou imediatamente a proposta.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ela mesma uma pecuarista e ex-presidente da
confederação, também se opôs à iniciativa, que parece ter sido discretamente descartada.
Há apenas alguns anos, quando os preços das commodities estavam altos e a China comprava
grandes quantidades de minério de ferro do Brasil, a commodity era a campeã das exportações
brasileiras. As vendas externas do minério alcançaram o recorde de US$ 41,8 bilhões em 2011,
mas despencaram para US$ 14,1 bilhões no ano passado.
Enquanto isso, o total das exportações de soja e produtos à base de soja subiram de US$ 23,9
bilhões em 2011 para US$ 31,3 bilhões em 2014. Embora as vendas tenham recuado para
US$ 27,9 bilhões no ano passado, a soja ainda superou o minério de ferro no valor das
exportações.
“Os produtos de soja são a locomotiva” do setor agrícola do Brasil, diz Endrigo Dalcin,
presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, a Aprosoja-MT. “Foi
o que salvou nossa balança comercial no ano passado e, neste ano, acho que vai chegar a um
novo recorde de exportações.”
Porém, apesar da força da agricultura brasileira, ela enfrenta muitos desafios. Entre eles estão
estradas deficientes, falta de ferrovias e portos sobrecarregados, o que prejudica o fluxo dos
produtos até o mercado.
O custo de transportar a soja da região produtora do Cerrado para o porto de Santos é perto do
quádruplo do que os produtores do Estado americano de Illinois, por exemplo, gastam para
enviar sua soja para o porto de Nova Orleans, segundo a Aprosoja-MT.
E, embora o real esteja estimulando as exportações, o governo não tem feito o suficiente para
ajudar o setor agrícola e o restante da economia, diz Mario Lanznaster, um criador de porcos
de 75 anos que vende 36 mil cabeças anualmente em sua fazenda próxima a Chapecó, em
Santa Catarina.
Lanznaster gostaria que o governo construísse uma ferrovia para ajudá-lo a transportar do
interior do país o milho que serve de ração para os porcos e frango que cria. A ferrovia cortaria
custos e tornaria ainda mais baratos os animais que ele vende no Brasil e no exterior. “Não há
dúvida de que o real desvalorizado nos ajuda, nos torna mais competitivos”, diz ele. “Mas os
brasileiros também têm que comer. Precisamos fazer a economia crescer de novo, criar mais
empregos para que as pessoas aqui possam comer mais e melhor.”
Março: agronegócio responde por mais da metade de todas as vendas externas do Brasil
Mapa - Assessoria de comunicação social
11/04/2016
Viviane Novaes e Ana Carolina Oliveira
O agronegócio foi responsável por 52,2% de todas as exportações brasileiras no mês de
março. O país vendeu ao mercado externo US$ 8,35 bilhões, o que representa uma alta de
5,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor é recorde para março, desde
que começou a série histórica, em 1997.
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“Isso mostra a competitividade do nosso setor e a qualidade dos nossos produtos”, disse
Tatiana Palermo, secretária de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os cinco principais setores exportadores foram o complexo soja (US$ 3,47 bilhões), complexo
sucroalcooleiro (US$ 737,29 milhões), produtos florestais (US$ 823,59 milhões), café (US$
454,82 milhões) e carnes (US$ 1,24 bilhão).
A carne de frango continua no topo da lista do segmento carnes, respondendo por US$ 576,68
milhões das exportações em março. Em seguida, vem a carne bovina com US$ 503,67
milhões, e a carne suína, com US$ 108,30 milhões.
A agropecuária também comemora recordes em volume de alguns produtos agrícolas. Em
março, as exportações de soja chegaram a 8,4 milhões de toneladas. Já as de milho chegaram
a 2 milhões de t, e as de frango in natura (carne fresca, congelada e refrigerada), 369 mil t.
Os números, divulgados pela SRI nesta sexta-feira (8), mostram outro resultado positivo: a
balança comercial do agro teve superávit no mês passado. As exportações superaram as
importações em US$ 7,19 bilhões. “Nosso setor se destaca tanto na produção quanto nas
exportações”, assinalou a secretária.
Quando se analisa o primeiro trimestre de 2016, a balança agro também foi superavitária. As
vendas ao mercado externo ultrapassaram as importações em US$ 17 bilhões. No período, as
exportações brasileiras somaram US$ 20,03 bilhões, alta de 8,7% em relação ao mesmo
período do ano passado. “Enquanto a Organização Mundial do Comércio está prevendo
aumento de 2,8% no comércio mundial, crescemos três vezes mais”, comparou.
As vendas externas do complexo de soja somaram US$ 5,13 bilhões, com destaque para a
soja em grãos (US$ 3,79 bilhões). No setor de carnes, a quantidade exportada atingiu o valor
de US$ 3,21 bilhões, sendo que o principal produto embarcado foi o frango, responsável por
45,9% das vendas do setor. Outro destaque foi o milho, com um faturamento de US$ 1,97
bilhões. Esta receita responde por 90% das exportações de todos os cereais brasileiros.
O principal destino das exportações do agronegócio continua sendo a China: US$ 4,29 bilhões
no primeiro trimestre de 2016. Só de soja, o país asiático comprou US$ 2,98 bilhões.
Entre os principais blocos econômicos e regiões, a Ásia foi o mercado que mais comprou
produtos do agronegócio do Brasil, entre janeiro e março (US$ 8,87 bilhões). O crescimento de
23,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015 se deve à expansão das vendas de soja e
milho. Com isso, a participação asiática nas vendas de produtos brasileiros subiu de 36,1% no
ano passado para 41,9% em 2016.
Segundo Tatiana Palermo, o câmbio favorável e a diversificação de mercados pelo Brasil
contribuem para os bons resultados das exportações do agronegócio. A secretária lembra
ainda que os índices de preços internacionais dos alimentos chegaram ao patamar recorde em
fevereiro de 2011. Mas, a partir dessa data, as cotações regrediram 30% até fevereiro deste
ano.
“Mesmo com esta situação desfavorável, conseguimos aumentar nossas vendas no mercado
externo em faturamento e quantidade. O setor agropecuário se tornou essencial para o
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crescimento da economia brasileira”, destacou a secretária.
Faturamento do setor agropecuário deve crescer 4,7% em 2016
Assessoria de Comunicação CNA
11/04/2016
O Valor Bruto da Produção do setor agropecuário, no qual é calculado o faturamento bruto da
atividade rural “dentro da porteira”, deve crescer 4,7% em 2016 na comparação com o ano
passado, totalizando R$ 559, 9 bilhões. O resultado será puxado pela agricultura, que terá alta
de 7,7% na receita (R$ 360,5 bilhões), segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA). O VBP da pecuária será praticamente estável em relação a 2015, ficando em R$
200,1 bilhões.
Para o cálculo do VBP, o Núcleo Econômico da CNA levou em conta as estimativas de
produção e os preços de março. De acordo com a entidade, das 20 culturas agrícolas que
fazem parte do levantamento, 12 devem ter alta no faturamento, com destaque para a soja,
milho, café e laranja. A projeção para a soja, que tem participação de 23,6% no VBP, é de alta
de 5,7% no faturamento, que chegará a R$ 132,1 bilhões. O resultado é atribuído
principalmente ao aumento de 5,1% na produção, pois os preços devem ter leve alta, de 0,5%.
A receita do milho terá elevação de 33,5% e deve alcançar a cifra de R$ 58,8 bilhões. Já o café
deve ter alta de 15,2% na sua projeção para o VBP em relação ao ano passado, subindo para
R$ 24,1 bilhões. “A estimativa de boa safra em 2016, 13,6% superior à do ano passado, e
melhores cotações em decorrência da desvalorização cambial, impulsionaram o resultado do
setor”, destaca o estudo técnico da CNA. O faturamento da laranja chegará a R$ 5,6 bilhões,
8,8% a mais do que em 2015.
Para os produtos da pecuária, cujo crescimento do VBP será praticamente nulo, apenas o leite
deve ter alta, de somente 1%. “A estimativa é de que o aumento no faturamento se dê
moderadamente por meio da ampliação da produção, enquanto os preços devem permanecer
em patamares semelhantes ao ano anterior”, informa o Núcleo Econômico da CNA. Carne
bovina, ovos e suínos estão com previsões de queda de 0,7%, 0,4% e 7%, respectivamente.
Colômbia tem ampla disseminação de broca-do-café
CaféPoint
11/04/2016
As informações são da Cenicafé/ Tradução por Juliana Santin
O prolongado verão que afeta a Colômbia desde o segundo semestre de 2015
e até agora em 2016, produto do fenômeno do El Niño, converteu-se no cenário
propício para a broca-do-café se multiplicar. Praga deve afetar os grãos em
várias regiões que começam a colheita, como Caldas, Quindío, Risaralda,
Antioquia e norte do Valle, entre outros departamentos.
Em uma reunião realizada em primeiro de abril de 2016, no Centro Nacional de Pesquisas de
Café (Cenicafé), com sede em Chichiná, Caldas, que contou com a presença de cafeicultores
desse departamento, foi explicada a complexa natureza do problema, incluídos aspectos como
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clima, biologia e hábitos, e foram dadas recomendações para enfrentar o problema mediante
um manejo integrado da praga, com o fim de cuidar da colheita do primeiro semestre, assim
como a do segundo semestre.
Para Hernando Duque, gerente técnico da Federação Nacional de Cafeicultores (FNC), os
cafeicultores nessa época do ano devem redobrar esforços no controle cultural da praga, ou
seja, manter os cafezais sem frutos que sirvam de alimento e hospedagem para a reprodução
da broca.
“Os níveis da praga estão muito altos. Em um estudo recente, o Serviço de Extensão encontrou
danos significativos na pós-colheita que se devem aos grãos atacados e consumidos pela
broca. Isso nos demonstra que há uma altíssima sobrevivência de populações de broca nos
frutos do solo ou frutos secos dos cafezais não coletados. Nessa época do ano, quando a
broca sobrevive muito nos frutos ecos e ocorrem umas pequenas chuvas, o inseto sai e ataca
os frutos novos em formação”.
Há mais de 25 anos, o Cenicafé investiga a biologia, os hábitos e o manejo integrado da broca
para que os cafeicultores mantenham em níveis mínimos as populações do inseto, que é a
praga mais prejudicial do café, pois se caracteriza por ser monófoga, ou seja, se alimenta
unicamente de café. Porém, além de preferir o grão, outra particularidade que propicia sua
rápida multiplicação está relacionada com o gênero. De cada 10 insetos, somente um é macho
e tem como função fecundar as fêmeas. Não volta e jamais sai do fruto, porque suas asas são
atrofiadas.
Multiplicação da praga e sua relação com o clima
As pesquisas do Cenicafé demonstraram que a broca se multiplica em função da temperatura e
da altitude. Nas regiões cafeeiras com temperaturas médias superiores a 21oC, a broca se
reproduz com maior rapidez, enquanto que o desenvolvimento do inseto é menor em locais
acima de 1.600 metros acima do nível do mar, com temperaturas médias inferiores a 20oC.
Em regiões localizadas a 1.218 metros acima do nível do mar e uma temperatura de 22,5oC, a
broca pode atacar até 959 grãos de café a partir de um só fruto brocado no solo, enquanto que
em regiões localizadas a 1.700 metros acima do nível do mar e uma temperatura de 19,8oC,
somente ataca 29 grãos.
A gerência técnica da Federação e através de seu Serviço de Extensão, reitera-se aos
cafeicultores que a melhor maneira de controlar a broca é colher com frequência para evitar
que se multiplique. “O que tem que fazer, primeiro, é não permitir que nos cafezais caiam frutos
maduros, muito maduros ou secos, pois se vão converter em albergue para a broca e se
multiplicarão intensamente em seu interior para ataques futuros. Em segundo lugar, deve-se
evitar ao máximo a queda dos frutos no solo. A broca sobrevive nesses frutos por mais de 150
dias”, disse Duque.
Em terceiro lugar, deve-se lembrar que em um passe de colheita, cerca de 80% da broca
chega aos beneficiários e está presente nas pasillas, portanto, quando um cafeicultor beneficiar
o café, deve garantir que as pasillas se “solarizem”, ou seja, sejam colocadas em um recipiente
escuro e fechado, coberto com plástico e exposto ao sol para elevar a temperatura e que a
broca morra. Se isso não for feito, grande parte dessa broca volta ao cafezal e o problema
persiste, causando dificuldades ao produtor.
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Medidas não negociáveis no controle
Após a reunião no Cenicafé, entre as recomendações que os cafeicultores devem seguir
aplicando na fazenda estão:
- Controle cultural: colheitas oportunas e repasse (re-re).
- Renovar os cafezais e manter as plantações jovens.
- Na renovação, evitar a dispersão da broca.
- Estabelecer plantações com altas densidades, com arranjos espaciais que permitam vias
amplas para controlar a broca.
- Evitar a dispersão da broca durante a colheita e a pós-colheita.
- Registrar as florações de café para determinar o período crítico, as épocas oportunas para
avaliar a broca no campo, decidir aspersões de inseticidas químicos ou biológicos e planejar as
épocas de repasses.
- Atender aos alertas precoces e recomendações para o manejo da broca.
Exportações de café da Tanzânia cresceram 5% em janeiro
Agência SAFRAS
11/04/2016
Lessandro Carvalho
As exportações de café da Tanzânia atingiram 7.700 toneladas (128.333
sacas de 60 quilos) em janeiro, com incremento de 5,48% contra as 7.300
toneladas (121.667 sacas) de dezembro. As informações são do Banco
Central da Tanzânia, noticiou a Dow Jones.
Segundo o banco, isso ocorre diante do crescimento da demanda global. O valor das vendas
em janeiro da Tanzânia com café foi de US$ 19,2 milhões em janeiro, contra US$ 17,2 milhões
em dezembro.
Na temporada 2015/16, que vai de maio de 2015 a abril de 2016, a produção de arábica e
robusta da Tanzânia deve atingir 62.000 toneladas (1,033 milhão de sacas), com incremento
de 50% sobre a safra anterior, indicada em 41.200 toneladas (686.667 sacas).