O Cepea divulgou análise sobre os mercados de café arábica e robusta em janeiro de 2015, prevendo queda na produção de arábica de 20-30% devido à seca e bienalidade negativa. Os preços do arábica subiram em janeiro, mas recuaram no fim do mês com a melhora do clima. A produção de robusta no ES foi beneficiada pelo clima em 2014, mas a falta de chuvas em janeiro ameaça a safra 2015/16.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 10/02/2015
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Cepea divulga análise conjuntural para os cafés arábica e robusta
Cepea/Esalq USP
10/02/2015
Equipe: Dra. Margarete Boteon, Caroline Lorenzi, Carolina Sales, Renato Garcia Ribeiro e Fernanda
Geraldini
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou seu
boletim agromensal referente a janeiro, no qual analisou os contextos dos mercados
dos cafés arábica e robusta. Leia abaixo.
ARÁBICA – A produção 2015/16 ainda deve ter impactos da seca que atingiu a
região Centro-Sul brasileira ao longo de 2014. Para agravar, a temporada será de
bienalidade negativa. Agentes consultados pelo Cepea acreditam em redução de 20% a 30% na
colheita de arábica. Como consequência, os preços devem se manter firmes. A próxima safra
brasileira de arábica começa oficialmente em julho.
A abertura de flores nas principais regiões produtoras ocorreu com atraso devido à falta de chuva,
mas boa parte dos produtores intensificou os tratos culturais, principalmente a adubação, visando
diminuir as perdas. Mesmo assim, o tamanho dos grãos e, consequentemente, a produtividade das
lavouras pode ficar abaixo do potencial em 2015/16.
Com base nesses fundamentos, o setor cafeeiro está otimista para 2015, principalmente em relação
aos grãos de melhor qualidade. Além da possível redução da oferta, há expectativa de maior
demanda por cafés mais finos.
Os preços do arábica recuaram no correr de janeiro, mas a média mensal ficou superior à de
dezembro, impulsionada pelas fortes valorizações nos primeiros vinte dias do mês. Até então, a falta
de chuvas e o forte calor no Brasil traziam preocupações quanto à produção. No restante do mês,
com a melhora do clima, houve pressão sobre os valores. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo
6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, teve média de R$ 465,92/saca de 60 kg em janeiro,
avanço de 2,36% em relação ao mês anterior. Em 30 de janeiro, o Indicador fechou a R$ 445,45/sc,
queda de 1,92% no mês. Em relação ao mercado externo, a média de janeiro de todos os contratos
na Bolsa de Nova York (ICE Futures) foi de 169,32 centavos de dólar por libra-peso, considerável
recuo de 4,12% em relação a dezembro/14.
Mesmo com o a baixa liquidez durante a maior parte do mês, o volume comercializado da safra
2014/15 em janeiro ficou entre 10 e 15 pontos percentuais acima do verificado no mesmo período da
temporada 2013/14, chegando em média a 75% do total, segundo dados coletados pelo Cepea. Isso
porque a quantidade produzida na safra atual é menor que a da anterior e os preços estavam
melhores no início de 2015.
CONILON – Em relação aos cafezais de robusta do Espírito Santo, as condições climáticas foram
boas em 2014, favorecendo a produção da variedade. Além disso, colaboradores relataram que ainda
existe robusta em estoque das temporadas anteriores, o que começou a levantar receios de que essa
maior oferta pressionasse as cotações da variedade.
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Porém, em janeiro o clima piorou no Espírito Santo e as cotações do robusta no mercado brasileiro
seguiram avançando. Ainda assim, segundo colaboradores do Cepea, a falta de chuvas na região
produtora deixou produtores retraídos, aguardando novas valorizações. O Indicador CEPEA/ESALQ
do tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 283,28/saca de 60 kg em janeiro, alta de 2,84% em
relação ao mês anterior. No dia 30 de janeiro, a média foi de R$ 288,97/sc, elevação de 6% no mês.
Para o robusta tipo 7/8 bica corrida, a média mensal também teve avanço, de 2,8% e, ao longo de
janeiro, de 6,31% – ambos a retirar no Espírito Santo. No mercado internacional, o contrato de
robusta negociado na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) com vencimento em março fechou a US$
1.925/tonelada em 30 de janeiro, alta de 0,47% na comparação com 31 de dezembro.
Caso o clima adverso perdure, há expectativa de quebra de safra da variedade. Segundo
colaboradores do Cepea, em alguns municípios do Espírito Santo a irrigação esteve limitada em
razão das baixas reservas hídricas, e as plantas já começavam a sentir os efeitos do calor. Em quase
todas as regiões produtoras o volume de chuvas ficou abaixo da média histórica para do período em
janeiro. Somente a volta das precipitações a partir de fevereiro poderiam garantir a granação e o
enchimento dos grãos de forma satisfatória.
Mesmo assim, o volume comercializado foi expressivo nas praças produtoras de robusta (Espírito
Santo e Rondônia), para a safra 2014/15. Em Rondônia, o total comercializado até janeiro foi de 95%
do total, com produtores aproveitando os picos de preços para negocias. Na região capixaba, o
volume comercializado chegou 60%, com destaque para as exportações. Segundo o Conselho dos
Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), o volume exportado na safra 2014/15 da variedade até
dezembro/14 foi de 2,25 milhões de sacas de 60 kg, com faturamento de US$ 271 milhões, três
vezes superior ao valor recebido no mesmo periodo da temporada 2013/14.
Falta de chuva já derruba produção de café, milho e laranja
Folha de S. Paulo
10/02/2015
A crise hídrica já derrubou a produção agrícola em vários municípios de São Paulo e Minas Gerais.
Milho, soja, café e laranja estão entre as culturas atingidas.
Uma das regiões mais afetadas é a do Triângulo Mineiro, segundo dados da Emater (Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Uberaba, principal produtora
mineira de milho, viu sua produção cair 30% -a prefeitura decretou estado de emergência devido à
seca.
A quebra na safra deverá fazer o consumidor conviver nos próximos meses com preços mais altos, e
não só no milho. O cereal, moído, é usado na alimentação animal com o farelo de soja, o que
significa que o preço da carne pode ser impactado.
O levantamento, concluído na última semana, aponta ainda perdas em Minas de 25% na produção de
soja e de arroz, de 13% na de café arábica e de 26% na de milho, com destaque negativo para a
microrregião de Uberaba.
Só na cidade, as perdas financeiras são estimadas em R$ 400 milhões pelo Sindicato dos Produtores
Rurais. "O decreto de emergência ajuda o produtor a fazer laudos técnicos da lavoura para ver
perdas, buscar seguro rural e eventualmente até rolar dívidas", disse Romeu Borges de Araújo Junior,
presidente da entidade.
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O problema é grave na região porque o índice pluviométrico ficou muito abaixo da média histórica:
choveu só 86 mm em janeiro, ante a média de 360 mm. Não houve registro de chuva de 24 de
dezembro a 28 de janeiro.
Presidente-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Alysson
Paolinelli, ministro da Agricultura (1974-79) no governo de Ernesto Geisel, também disse que o
consumidor será afetado. "Diziam que a safra dos EUA seria grande e que haveria folga, mas a tal
folga foi consumida pelo Brasil, que teve problemas severos. A tendência é que os preços subam no
mercado interno."
Menos café e suco – Já em São Paulo, a estimativa do IEA (Instituto de Economia Agrícola) é que a
safra de café tenha redução de 11,6% em relação à anterior, reflexo da queda na estimativa de
produção no polo cafeeiro da Alta Mogiana, que chegou a 40%. Na citricultura, segundo Flávio
Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira dos Citricultores), as perdas devem superar
20%.
Leia a íntegra do conteúdo no site da Folha de S.Paulo, através do link:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1586635-falta-de-chuva-ja-derruba-producao-de-cafe-
milho-e-laranja.shtml.
4. Conselho Nacional do Café – CNC
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"Brasil, um país de cafés especiais"
P1 / Ascom BSCA
10/02/2015
Paulo A. C. Kawasaki
A trader de cafés especiais da Starbucks Coffee
Trading Company, Ann Traumann (foto: BSCA
divulgação), participou pela primeira vez da fase
internacional de um concurso Cup of Excellence, e
foi no Brasil, ao longo da etapa final do 4º
Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of
Excellence Naturals 2014”, realizado em Araxá
(MG), de 19 a 23 de janeiro de 2015.
“O Cup of Excellence é bem mais que apenas uma competição. Todos os dias, aprendi algo novo
sobre café. O evento me permitiu melhorar as habilidades de prova para calibrá-las com os juízes
internacionais, que são apaixonados pela bebida, para descobrir e compreender a produção no país
que acolhe o evento e, ainda, para criar novos relacionamentos”, explica.
Ann considerou “incrível” a experiência vivida no Cup of Excellence realizado pela BSCA, em parceria
com a Apex-Brasil, a ACE e o Sebrae, no País e revela que conheceu e pôde reconhecer o trabalho
dos cafeicultores nacionais. “Descobri muitos lotes de cafés naturais maravilhosos. Os produtores
brasileiros mostraram e me provaram que o Brasil é um país de cafés especiais”, explica a trader da
Starbucks, uma das maiores redes de café do mundo.
O presidente da BSCA, Silvio Leite, conta que os jurados internacionais, como um todo, ficaram muito
impressionados com os produtos que provaram. “A reação do júri após a degustação confirma a
minha convicção de que os cafés especiais naturais brasileiros são o que considero como a grande
descoberta de sabores. E, a partir daí, podemos alçar grandes voos no mercado”, conclui.
BSCA participa de assembleia do Conselho Nacional do Café
P1 / Ascom BSCA
10/02/2015
Paulo A. C. Kawasaki
No dia 29 de janeiro, a diretora executiva da
BSCA, Vanusia Nogueira, participou de
Assembleia Geral e da reunião do Conselho
Diretor do CNC (foto: BSCA divulgação), entidade
à qual é associada. Na oportunidade, ela repassou
as informações do encontro que teve com
representantes do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior aos presentes e
salientou sua defesa à agregação de valor à
exportação de commodities, principalmente o café, que precisa contar com disponibilização de
recursos para a construção de estratégias de marketing para a mudança de percepção sobre o
produto brasileiro.
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Vanusia também comentou sobre a participação brasileira na ExpoMilão, esclarecendo que o
pavilhão brasileiro terá 4.300 metros quadrados e que, por determinação da organização da Feira,
cerca de 50% do espaço terá que ser usada com área verde, para a qual a Embrapa está
providenciando um jardim de cultivares brasileiras. Ela citou que o Governo Federal está em busca de
34 patrocinadores que poderão adquirir cotas, que variam de R$ 500 mil a R$ 2,5 milhões, para expor
seus produtos dentro do estande e que, caso o setor deseje a presença do café brasileiro no espaço
do Brasil, é preciso posicionar-se de imediato.
A diretora executiva da BSCA consultou os presentes sobre suas opiniões quanto à importância da
participação do setor cafeeiro na ExpoMilão e comprometeu-se a contatar Abic e CeCafé sobre o
tema. Ela cogitou, ainda, a possibilidade de utilização dos recursos do Funcafé para o financiamento
dessa cota de participação no estande do Brasil e anotou que a illycafè também busca parceria com o
Brasil para algumas ações dentro do “Cluster Café” que existirá na Feira.
O diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Rodolfo Oliveira, recordou da
importância da contrapartida de recursos do setor privado para uma negociação para obtenção dos
recursos do Funcafé e o presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, informou que as cooperativas
associadas serão consultadas sobre o interesse em contribuir com recursos para a composição da
cota de participação no estande do Brasil na ExpoMilão.
Concluindo sua participação, Vanusia informou que a BSCA, no final de junho, levará os campeões
brasileiros de barismo de todas as categorias para a promoção de eventos lúdicos com os cafés do
Brasil no exterior.
BSCA define datas e locais para concursos Cup of Excellence em 2015
P1 / Ascom BSCA
10/02/2015
Paulo A. C. Kawasaki
Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)
definiu as datas e municípios para a realização
dos Cup of Excellences Early Harvest Brasil 2015
e Naturals 2015, certames que realiza em parceria
com a Alliance for Coffee Excellence (ACE) e a
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil).
O 16º CoE Early Harvest ocorrerá entre os dias 13
e 16 de outubro, no Palace Hotel de Poços de Caldas (MG), e terá como empresa anfitriã a Bourbon
Specialty Coffees. O anúncio dos vencedores e a cerimônia de premiação do principal concurso de
qualidade para cafés produzidos por via úmida (cereja descascado e/ou despolpado) do Brasil serão
no dia 16.
Já a 5ª edição do Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of Excellence Naturals 2015” terá
como instituição anfitriã a Alta Mogiana Specialty Coffees (AMSC) e será realizada, de 7 a 11 de
dezembro deste ano, no município de Franca (SP), com a cerimônia de anúncio e premiação dos
vencedores ocorrendo no último dia desta semana. A BSCA passará mais informações a respeito do
cronograma dos concursos nas próximas newsletter.
6. Conselho Nacional do Café – CNC
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Vendas de café aos árabes caíram 1%
ANBA
10/02/2015
A exportação de café do Brasil para os países árabes recuou 1% em janeiro sobre igual mês do ano
passado, segundo dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
O volume ficou em 135,6 mil sacas de 60 quilos no último mês contra 137,5 mil sacas em janeiro de
2014. A receita avançou 15% na mesma comparação, de US$ 17,1 milhões para US$ 19,7 milhões.
As receitas com exportação de café do País como um todo aumentaram 53,3% em janeiro sobre o
mesmo mês do ano passado. O valor somou US$ 590,6 milhões e é o maior dos últimos quatro anos
para o período. O volume cresceu 6,8% e o total de embarques alcançou 2,9 milhões de sacas, entre
café verde, torrado, moído e solúvel.