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RETOMANDO O 
ENCONTRO ANTERIOR 
.ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
PEDAGÓGICO 
O AMBIENTE PROPÍCIO 
PARA A APRENDIZAGEM
Como as carteiras das crianças e os materiais 
estão dispostos? 
Como essas diferentes organizações podem 
influenciar o aprendizado dos alunos? 
Como podemos organizar o ambiente para 
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. 
RELEMBRANDO: A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR
SOCIALIZAÇÃO DO PARA CASA 
.
. 
A DIFICULDADE DE ENSINAR 
MATEMÁTICA OU QUALQUER 
OUTRA MATÉRIA NOS DIAS DE 
HOJE.
OS MATERIAIS DA FORMAÇÃO 2014
CADERNO 2 
QUANTIFICAÇÃO, 
REGISTROS 
E AGRUPAMENTOS 
ORIENTADORA: ELAINE 
MARIA DA SILVA
INICIANDO A CONVERSA 
COM O LIVRO 2
CADERNO 2 
NÚMEROS 
Resultado de 
uma operação de 
contagem 
Situações de 
usos em 
contextos sociais
OBJETIVO GERAL PNAIC 
Provocar reflexões sobre a ideia de número e 
seus usos em situações do cotidiano.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Identificar números em diferentes 
contextos e funções; 
• Quantificar elementos de uma coleção, 
utilizando diferentes estratégias; 
• Comunicar as quantidades, utilizando a 
linguagem oral, os dedos das mão;
QUANTOS PIRULITOS EXISTEM NO 
POTE? 
1
 
Senso numérico
O senso numérico 
é a capacidade que permite diferenciar, sem 
contar, pequenas quantidades de grandes 
quantidades, perceber onde há mais e onde há 
menos, quando há “tantos quantos” ou uma 
situação de igualdade entre dois grupos. O senso 
numérico é a capacidade natural que o ser humano 
e alguns animais possuem para apropriar-se de 
quantidades, ou seja, num golpe de vista 
consegue-se indicar quantidades pequenas, de um 
a cinco, mesmo que estas se refiram a objetos ou 
seres que podem estar em movimento, como 
animais ou aves em um pasto.
SOBRE A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO 
O ser humano 
sempre precisou 
contar? 
Houve épocas em que não se contava 
porque não havia necessidade...
APROFUNDANDO O 
TEMA
SOBRE A 
CONSTRUÇÃO DOS 
NUMEROS 
AO OBSERVARMOS AO NOSSO REDOR, PODEMOS 
PERCEBER QUE, A TODO O MOMENTO AS PESSOAS 
ESTÃO CONTANDO ALGUMA COISA. CONTAMOS O 
NÚMERO DE ALUNOS EM UMA TURMA OU ESCOLA, A 
QUANTIDADE DE MATERIAIS ESCOLARES, O 
DINHEIRO ...
Será que o ser humano 
contou desde sempre e da 
mesma forma? 
O NUMERO ESTÁ EM TODA PARTE?
HOUVE ÉPOCAS QUE O HOMEM 
NÃO CONTAVA POR QUE NÃO 
HAVIA NECESSIDADE 
FASE NÔMADE 
O SIMPLES NUMÉRICO 
CONTAGEM SEM QUE 
EXISTISSEM 
NÚMEROS
Com o passar do tempo, o ser humano 
passou a lidar com quantidades que lhe 
exigiam a realização de comparações e 
determinações de quantidades mais 
próximas das exatas para responder a 
perguntas como: 
“Onde tem mais?”, 
“Onde tem menos?”
As atividades de 
sobrevivência ligadas à caça 
e à coleta modificaram-se à 
medida que o ser humano 
passou a criar animais, e a 
plantar seus próprios 
alimentos.
CORRESPONDÊNCIA UM A UM: 
Correspondência um a um é a 
relação que se estabelece na 
comparação unidade, a unidade 
entre os elementos de duas 
coleções.
Mas o que é correspondência um a um? 
Correspondência um a um é a relação que se 
estabelece na comparação unidade a unidade 
entre os elementos de duas coleções. Nessa 
comparação, é possível determinar se duas 
coleções têm a mesma quantidade de objetos 
ou não e, então, qual tem mais ou qual tem 
menos.
A correspondência um a um é também utilizada por nós no 
dia a dia. Tome como exemplo uma atividade cotidiana como 
a de andar de ônibus. Ao entrar em um ônibus, percebe-se, 
de imediato, duas coleções: os bancos e as pessoas. Ao 
darmos uma rápida olhada, podemos, facilmente, sem contar, 
verificar se estes dois conjuntos têm a mesma quantidade de 
elementos ou ainda se um deles tem mais elementos que o 
outro. Se há lugares desocupados e ninguém está em pé, 
significa que há mais bancos do que pessoas. De outro lado, 
se todos os lugares estão ocupados e há pessoas em pé, 
teremos mais pessoas do que bancos. Nesses dois casos a 
correspondência um a um não foi completa. Mas, quando 
acontece de ninguém estar em pé e não há banco vazio, 
então há tantos bancos quantas pessoas. Esse é um exemplo 
comum, usado por muitos autores.
Muito tempo se passou do momento em que o 
ser humano comparou coleções até chegar a 
diferenciá-las e designá-las por um nome em 
língua materna. Foi necessário um processo 
histórico que levou as diferentes culturas a 
encontrar distintas formas de nomear e registrar 
quantidades.
CORRESPONDÊNCIA “UM A UM” 
Andar de ônibus (bancos e pessoas); 
No cinema (bancos e pessoas); 
Sala de aula (carteiras e alunos, materiais e 
alunos, lanche e alunos e outros); 
Nas refeições (pratos e pessoas, pratos e 
copos e outros); 
3
AGRUPAMENTOS 
Ao longo do tempo o ser humano superou a 
correspondência um a um, e organizou 
“montes” ou “grupos” de quantidades.
CONTAR E AGRUPAR 
Contar e Agrupar são ações que permitem controlar, 
comparar e representar quantidades. Daí a importância de 
propor atividades para seus alunos que exijam a contagem 
de uma coleção de objetos por meio de seu agrupamento 
em quantidades menores. 
p. 16
O FAZENDEIRO E O CORVO 
Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu 
ninho na torre de observação de sua mansão. Por diversas 
vezes, tentou surpreender o pássaro, mas em vão: à 
aproximação do homem, o corvo saía do ninho. Um dia, o 
fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um 
ficou dentro, e o outro saiu e se afastou. Mas o pássaro não foi 
enganado: manteve-se afastado até que o outro homem saísse 
da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com 
dois, três e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, 
cinco homens foram utilizados como anteriormente, todos 
entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros 
quatro saíam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. 
Incapaz de distinguir entre quatro e cinco voltou ao ninho, sendo 
surpreendido pelo fazendeiro. (DANTZIG, 1970, p.17)
A IMPORTÂNCIA DA 
MATEMÁTICA EM 
NOSSO DIA-A-DIA.
OBJETOS E QUANTIDADES 
(RELATO) SENSO NUMÉRICO 
• Sugestão de Vídeo para assistir com seus alunos: 
-Discutir sobre o enredo e o 
sobre o fato de que no filme 
aparecem muitos cachorros e 
que, em determinadas cenas, 
não é possível contá-los, mas 
que era possível saber quando 
tem mais ou menos. 
-Comparar imagens, duas a 
duas, e desafiar a indicar em 
qual das duas tem mais 
cachorros... 
-Proposta de atividades.....
Posteriormente, a professora mostrou aos seus alunos alguns pares de coleções que 
tinham os mesmos tipos de objetos e solicitou que indicassem em qual delas havia mais 
elementos: 1) ábaco com argolas verdes e amarelas, 2) dois copos com anéis de garrafa 
pet brancos e azuis, 3) dois potes com garrafas pet vermelhas e verdes, bem como 4) dois 
pratos com ovinhos em material emborrachado (EVA) brancos e pretos. 
Depois, foi entregue, para cada grupo, um desses pares e os alunos foram novamente 
desafiados a encontrar uma forma de descobrir em qual havia mais objetos, sem contar. 
As soluções apresentadas foram as mais diversas e envolveram diferentes estratégias 
como: altura das pilhas dos objetos, agrupamento de unidades de objetos, extensão da 
superfície ocupada essas e volume ocupado pelo monte de objetos). 
Peças do ábaco: organizaram duas pilhas de argolas, uma de cada cor, e concluíram que a 
pilha mais alta era a que possuía mais peças.
Afinal, o que é contar? 
Contar os objetos de uma coleção significa atribuir a 
cada um deles uma palavra ou símbolo que corresponde 
a uma posição na sequência numérica e que indica a 
quantidade que ele representa nessa posição.
CONTAR 
Através das brincadeiras, o aprender fica mais gostoso 
https://www.youtube.com/watch?v=uU4aiBI1Nos&hd=1
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM 
MAMÃE POSSO IR? 
Desenvolvimento: Escolher uma criança para ser a 
“mãe”, posicionando-a a uma certa distância das outras 
crianças. As crianças perguntam “Mamãe, posso ir?” A 
criança que está no papel de mãe responde que sim e as 
outras perguntam: “Quantos passos?” 
A mãe decide o número de passos que 
cada criança vai dar. Ganha aquela que 
alcançar primeiro a mãe.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM 
A GALINHA DO VIZINHO 
A GALINHA DO VIZINHO 
BOTA OVO AMARELINHO 
BOTA UM, 
BOTA DOIS, 
BOTA TRÊS, 
BOTA QUATRO, 
BOTA CINCO, 
BOTA SEIS, 
BOTA SETE, 
BOTA OITO, 
BOTA NOVE, 
BOTA DEZ!
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM 
ELEFANTE 
UM ELEFANTE INCOMODA MUITA GENTE. 
DOIS ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAIS. 
TRÊS ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE. QUATRO 
ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM MUITO 
MAIS. 
QUATRO ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE. CINCO 
ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM, 
INCOMODAM MUITO MAIS. 
SEIS ELEFANTES......MUITO MAIS. 
SETE ELEFANTES....MUITO MAIS. 
OITO ELEFANTES...MUITO MAIS.....
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM 
INDIOZINHOS 
1,2,3 INDIOZINHOS 
4,5,6 INDIOZINHOS 
7,8,9 INDIOZINHOS 
10 UM PEQUENO BOTE 
IAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO 
QUANDO O JACARÉ SE APROXIMOU 
E O PEQUENO BOTE DOS INDIOZINHOS 
QUASE VAZIO VIROU
INDICADORES DE SENTIDO NUMÉRICO: 
Realizar cálculo mental flexível 
Realizar estimativas e usar 
pontos de referência 
Fazer julgamentos 
quantitativos e inferências
INDICADORES DE SENTIDO NUMÉRICO: 
Estabelecer relações 
matemáticas 
Usar e Reconhecer que um 
instrumento ou um suporte 
de representação pode ser 
mais útil ou apropriado que 
outro
DESENVOLVER UM SENTIDO NUMÉRICO E 
TORNAR-SE NUMERALIZADO 
SENTIDO NUMÉRICO: HABILIDADE QUE PERMITE QUE O 
INDIVÍDUO LIDE DE FORMA BEM SUCEDIDA E FLEXÍVEL COM 
OS VÁRIOS RECURSOS E SITUAÇÕES DO COTIDIANO 
NUMERALIZADO: SIGNIFICA TER FAMILIARIDADE COM O 
MUNDO DOS NÚMEROS, EMPREGAR DIFERENTES 
INSTRUMENTOS E FORMAS DE REPRESENTAÇÃO, 
COMPREENDER AS REGRAS QUE REGEM OS CONCEITOS 
MATEMÁTICOS, IMBRICADOS NESSAS SITUAÇÕES.
LEITURA PONTUAL: USOS E FUNÇÕES 
DO NÚMERO EM SITUAÇÕES DO 
COTIDIANO
USO E FUNÇÕES DO NÚMERO EM 
SITUAÇÕES DO COTIDIANO 
Você é numeralizado? 
SENSO NUMÉRICO - SENTIDO DE NÚMERO
PARA QUE SERVE A MATEMÁTICA NA 
PERSPECTIVA DAS CRIANÇAS 
Função Social dos Números 
PRA QUE SERVE CONTAR ? 
PRA QUE SERVE FAZER CONTINHAS ? 
PRA QUE SERVE MEDIR ?
Precisamos aproveitar as ideias de 
Matemática de nossos alunos para 
iniciar situações de instrução partindo 
das noções que eles já trazem antes 
mesmo de serem formalmente 
ensinados no contexto escolar.
O NÚMERO: COMPREENDENDO AS 
PRIMEIRAS NOÇÕES 
ANEMARI ROESLER LUERSEN VIEIRA LOPES, LIANE TERESINHA WENDLING ROOS, 
REGINA EHLERS BATHELT (Complementação) 
1, 2 feijão com arroz 
3, 4 feijão no prato 
5, 6 falar inglês 
7, 8 comer biscoito 
9, 10 comer pastéis 
QUANDO A CRIANÇA COMEÇA A USAR NÚMEROS DE MANEIRA FORMAL?
O NÚMERO: DA ORALIDADE PARA A 
ESCRITA 
Uma característica da contagem é a enunciação de palavras, 
nomes dos números, numa determinada sequência fixa, a 
começar por “um”; 
Quando crianças recitam mecanicamente a sequência dos 
números ou quando brincam de esconde-esconde, por exemplo, 
elas iniciam a contagem a partir do um; 
Recitar a sequência numérica não é a mesma coisa que saber 
contar com compreensão elementos de um conjunto. 
(p. 35)
ORALIDADE 
Relação entre cada elemento da contagem e a 
quantidade de objetos que ela significa 
Propiciar que os 
alunos percebam 
a quantidade de 
objetos que esses 
nomes 
representam. 
Propiciar que os 
alunos percebam 
a relação entre 
cada um dos 
nomes dos 
números durante 
sua enunciação 
oral na contagem.
QUANTOS PIRULITOS EXISTEM NO 
POTE? 
132 
ESTIMULAR PROCEDIMENTOS DE ESTIMATIVAS E ASSOCIÁ-LOS A 
PROCEDIMENTOS ALGORÍTMICOS PODE FAVORECER A 
COMPREENSÃO ACERCA DAS RELAÇÕES MATEMÁTICAS QUE 
ESTÃO SUBJACENTES AOS ALGORITMOS E RELACIONADAS ÀS 
PROPRIEDADES DA MATEMÁTICA.
ATIVIDADES COM MATERIAIS 
DIVERSOS
JOGO: 
“PEGA VARETAS”
Atividade desenvolvida pela professora Naise Pereira Cardoso, da Escola 
Estadual de Ensino Médio Santa Marta. 
A professora Naise jogou com seus alunos o “Pega-varetas”, que consiste em 
lançar um conjunto de varetas coloridas sobre a mesa e cada jogador, na sua 
vez, vai retirando as varetas até mexer uma delas, quando passa a vez. Ela 
adaptou o jogo de modo que cada vareta resgatada valesse somente um 
ponto. 
Dividiu a turma em grupos de quatro alunos e cada grupo recebeu um jogo de 
varetas tendo que jogar três rodadas. O ganhador seria aquele que tivesse 
mais pontos ao final das três jogadas. 
No Caderno Jogos na Alfabetização Matemática há vários jogos que trabalham 
com contagem e agrupamento.
As crianças usaram as mais diferentes formas 
para representar os seus pontos de modo 
que pudessem controlar as quantidades de 
cada rodada e, ao final das três, saber quem 
ganhou.
Vocês aplicariam essas atividades 
envolvendo outras situações que 
levassem seu alunos a produzir 
registros de quantidades sem o uso 
dos números que conhecemos hoje?
O SÍTIO ANIMADO
Em um sítio muito animado vivia Dona Galinha e seus três 
pintinhos. Eles tinham uma bela plantação de milho com a qual 
tinham o máximo de cuidado, pois esse era o alimento preferido 
de todos. Um dia, Dona Galinha acordou mais cedo do que o 
costume, pois estava na hora de colher o milho que já estava 
maduro. Logo chegaram seus amigos para ajudá-la na tarefa. 
Depois de colhidas as espigas de milho, eles trataram de 
debulhá-las, ou seja, separar os grãos da espiga. No final da 
tarde, Dona Galinha já estava com a sua colheita feita e com um 
saco de grãos de milho que precisavam ser guardados. 
Ela era muito bem organizada nisso, pois guardava seus grãos de 
milho em vários potes, sendo que, em cada pote, colocava 
sessenta grãos.
Mas acontece que o dia está terminando e já está quase escuro. Dona Galinha 
quer terminar o seu trabalho ainda hoje e antes de escurecer. Por isso, vai 
precisar contar e organizar os seus grãos de uma forma rápida e segura, sem se 
perder na contagem, sem contar nenhum grão mais de uma vez e sem esquecer 
nenhum. Qual é a melhor forma de fazer essa contagem? Vamos ajudar Dona 
Galinha? 
Após aceitarem a tarefa de ajudar a Dona Galinha, os alunos foram divididos 
em grupos e cada grupo recebeu um punhado de grãos para pensar em uma 
forma rápida e eficiente de contá-los. Inicialmente as crianças fizeram algumas 
suposições que lhes pareceram soluções rápidas1: 
Maria: – Por que Dona Galinha não enche o pote sem contar, mesmo.
Pedro: –Por que ela não mede em xícaras ao invés de 
contar? 
Profa: – Porque ela é muito organizada e quer saber 
sempre quantos grãos tem para fazer as suas receitas. 
Carla: – Então o jeito é ir contando um, dois, ... 
Profa: – Mas, será que contando dessa forma a gente 
não se perde na contagem e aí tem que começar tudo 
de novo? 
Carla: – Então a gente conta em partes. 
Profa: – E como daria para fazer isso?
A partir dessa discussão, os grupos começaram a se organizar para encontrar uma 
solução para o problema de Dona Galinha. Todos fizeram “montinhos” de milho, até 
chegar à quantidade de 60, concluindo que isso auxiliava na contagem. Cada grupo de 
alunos decidiu (a seu critério) sobre a quantidade de grãos que utilizaria para formar 
igualmente todos os seus montinhos, por exemplo, se o grupo decidiu que em cada 
montinho haveria dez grãos, então todos os demais que produzissem, necessariamente, 
teriam dez grãos). Nas soluções propostas pelas crianças foram usados montinhos de 
vinte, de dez e de cinco grãos. 
A professora ainda instigou seus alunos: 
Profa: – Mas por que os montinhos podem ajudar Dona Galinha? 
E a resposta da Juliana resumiu a conclusão da turma: 
Juliana: – É que se ela vai contando de um, aí vem um pintinho conversar com ela, então 
ela se perde, começa de novo e demora. Aí se o montinho é de dez, ela vai contando: 
dez, vinte, trinta ...
Depois que todos os grupos apresentaram para os colegas as suas soluções, 
eles registraram-nas por meio de desenho. 
A professora Gisele aproveitou a situação da história para discutir sobre 
alimentos e, mais especificamente, sobre o milho. 
Outra situação de aprendizagem proposta pela professora foi denominada “As 
Argolinhas” (adaptado de SÃO PAULO, 1989). Foi entregue a cada grupo um 
monte de tampinhas de garrafa pet furadas ao meio e tiras de barbante. A 
ideia era formar “pulseiras” com certa quantidade de tampinhas e, depois, 
“colares” com esta mesma quantidade de “pulseiras”. Assim, por exemplo, se 
cinco tampinhas formassem uma pulseira, cinco pulseiras formariam um colar. 
Todas as situações organizadas com tampinhas e barbante foram registradas 
em um quadro.
De que outras maneiras você 
poderia desenvolver um trabalho 
com outras situações que levassem 
seus alunos a fazer agrupamentos 
para facilitar a contagem e 
representar grandes quantidades 
com pouco material?
COMO VOCÊ DESENVOLVERIA 
ESSE TRABALHO ENVOLVENDO 
OUTRAS SITUAÇÕES QUE 
LEVASSEM SEU ALUNO A 
PRODUZIR REGISTRO DE 
QUANTIDADE SEM O USO DOS 
NÚMEROS QUE CONHECEM 
HOJE?
OBRIGADA!

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PLANEJAMENTO DO 3ª ENCONTRO MANHÃ

  • 1.
  • 2. RETOMANDO O ENCONTRO ANTERIOR .ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO O AMBIENTE PROPÍCIO PARA A APRENDIZAGEM
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Como as carteiras das crianças e os materiais estão dispostos? Como essas diferentes organizações podem influenciar o aprendizado dos alunos? Como podemos organizar o ambiente para harmonia e o melhor desenvolvimento do trabalho com Língua Portuguesa e Matemática? É importante pensarmos em cada momento da rotina e cantos que queremos ter na sala de aula? Como efetivar na prática das nossas escolas?
  • 9. . RELEMBRANDO: A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR
  • 11. . A DIFICULDADE DE ENSINAR MATEMÁTICA OU QUALQUER OUTRA MATÉRIA NOS DIAS DE HOJE.
  • 12. OS MATERIAIS DA FORMAÇÃO 2014
  • 13. CADERNO 2 QUANTIFICAÇÃO, REGISTROS E AGRUPAMENTOS ORIENTADORA: ELAINE MARIA DA SILVA
  • 14.
  • 15. INICIANDO A CONVERSA COM O LIVRO 2
  • 16. CADERNO 2 NÚMEROS Resultado de uma operação de contagem Situações de usos em contextos sociais
  • 17. OBJETIVO GERAL PNAIC Provocar reflexões sobre a ideia de número e seus usos em situações do cotidiano.
  • 18. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar números em diferentes contextos e funções; • Quantificar elementos de uma coleção, utilizando diferentes estratégias; • Comunicar as quantidades, utilizando a linguagem oral, os dedos das mão;
  • 21. O senso numérico é a capacidade que permite diferenciar, sem contar, pequenas quantidades de grandes quantidades, perceber onde há mais e onde há menos, quando há “tantos quantos” ou uma situação de igualdade entre dois grupos. O senso numérico é a capacidade natural que o ser humano e alguns animais possuem para apropriar-se de quantidades, ou seja, num golpe de vista consegue-se indicar quantidades pequenas, de um a cinco, mesmo que estas se refiram a objetos ou seres que podem estar em movimento, como animais ou aves em um pasto.
  • 22. SOBRE A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO O ser humano sempre precisou contar? Houve épocas em que não se contava porque não havia necessidade...
  • 24. SOBRE A CONSTRUÇÃO DOS NUMEROS AO OBSERVARMOS AO NOSSO REDOR, PODEMOS PERCEBER QUE, A TODO O MOMENTO AS PESSOAS ESTÃO CONTANDO ALGUMA COISA. CONTAMOS O NÚMERO DE ALUNOS EM UMA TURMA OU ESCOLA, A QUANTIDADE DE MATERIAIS ESCOLARES, O DINHEIRO ...
  • 25. Será que o ser humano contou desde sempre e da mesma forma? O NUMERO ESTÁ EM TODA PARTE?
  • 26. HOUVE ÉPOCAS QUE O HOMEM NÃO CONTAVA POR QUE NÃO HAVIA NECESSIDADE FASE NÔMADE O SIMPLES NUMÉRICO CONTAGEM SEM QUE EXISTISSEM NÚMEROS
  • 27. Com o passar do tempo, o ser humano passou a lidar com quantidades que lhe exigiam a realização de comparações e determinações de quantidades mais próximas das exatas para responder a perguntas como: “Onde tem mais?”, “Onde tem menos?”
  • 28. As atividades de sobrevivência ligadas à caça e à coleta modificaram-se à medida que o ser humano passou a criar animais, e a plantar seus próprios alimentos.
  • 29. CORRESPONDÊNCIA UM A UM: Correspondência um a um é a relação que se estabelece na comparação unidade, a unidade entre os elementos de duas coleções.
  • 30. Mas o que é correspondência um a um? Correspondência um a um é a relação que se estabelece na comparação unidade a unidade entre os elementos de duas coleções. Nessa comparação, é possível determinar se duas coleções têm a mesma quantidade de objetos ou não e, então, qual tem mais ou qual tem menos.
  • 31. A correspondência um a um é também utilizada por nós no dia a dia. Tome como exemplo uma atividade cotidiana como a de andar de ônibus. Ao entrar em um ônibus, percebe-se, de imediato, duas coleções: os bancos e as pessoas. Ao darmos uma rápida olhada, podemos, facilmente, sem contar, verificar se estes dois conjuntos têm a mesma quantidade de elementos ou ainda se um deles tem mais elementos que o outro. Se há lugares desocupados e ninguém está em pé, significa que há mais bancos do que pessoas. De outro lado, se todos os lugares estão ocupados e há pessoas em pé, teremos mais pessoas do que bancos. Nesses dois casos a correspondência um a um não foi completa. Mas, quando acontece de ninguém estar em pé e não há banco vazio, então há tantos bancos quantas pessoas. Esse é um exemplo comum, usado por muitos autores.
  • 32. Muito tempo se passou do momento em que o ser humano comparou coleções até chegar a diferenciá-las e designá-las por um nome em língua materna. Foi necessário um processo histórico que levou as diferentes culturas a encontrar distintas formas de nomear e registrar quantidades.
  • 33. CORRESPONDÊNCIA “UM A UM” Andar de ônibus (bancos e pessoas); No cinema (bancos e pessoas); Sala de aula (carteiras e alunos, materiais e alunos, lanche e alunos e outros); Nas refeições (pratos e pessoas, pratos e copos e outros); 3
  • 34. AGRUPAMENTOS Ao longo do tempo o ser humano superou a correspondência um a um, e organizou “montes” ou “grupos” de quantidades.
  • 35. CONTAR E AGRUPAR Contar e Agrupar são ações que permitem controlar, comparar e representar quantidades. Daí a importância de propor atividades para seus alunos que exijam a contagem de uma coleção de objetos por meio de seu agrupamento em quantidades menores. p. 16
  • 36. O FAZENDEIRO E O CORVO Um fazendeiro estava disposto a matar um corvo que fez seu ninho na torre de observação de sua mansão. Por diversas vezes, tentou surpreender o pássaro, mas em vão: à aproximação do homem, o corvo saía do ninho. Um dia, o fazendeiro tentou um ardil: dois homens entraram na torre, um ficou dentro, e o outro saiu e se afastou. Mas o pássaro não foi enganado: manteve-se afastado até que o outro homem saísse da torre. A experiência foi repetida nos dias subsequentes com dois, três e quatro homens, ainda sem sucesso. Finalmente, cinco homens foram utilizados como anteriormente, todos entraram na torre e um permaneceu lá dentro enquanto os outros quatro saíam e se afastavam. Desta vez o corvo perdeu a conta. Incapaz de distinguir entre quatro e cinco voltou ao ninho, sendo surpreendido pelo fazendeiro. (DANTZIG, 1970, p.17)
  • 37. A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA EM NOSSO DIA-A-DIA.
  • 38. OBJETOS E QUANTIDADES (RELATO) SENSO NUMÉRICO • Sugestão de Vídeo para assistir com seus alunos: -Discutir sobre o enredo e o sobre o fato de que no filme aparecem muitos cachorros e que, em determinadas cenas, não é possível contá-los, mas que era possível saber quando tem mais ou menos. -Comparar imagens, duas a duas, e desafiar a indicar em qual das duas tem mais cachorros... -Proposta de atividades.....
  • 39. Posteriormente, a professora mostrou aos seus alunos alguns pares de coleções que tinham os mesmos tipos de objetos e solicitou que indicassem em qual delas havia mais elementos: 1) ábaco com argolas verdes e amarelas, 2) dois copos com anéis de garrafa pet brancos e azuis, 3) dois potes com garrafas pet vermelhas e verdes, bem como 4) dois pratos com ovinhos em material emborrachado (EVA) brancos e pretos. Depois, foi entregue, para cada grupo, um desses pares e os alunos foram novamente desafiados a encontrar uma forma de descobrir em qual havia mais objetos, sem contar. As soluções apresentadas foram as mais diversas e envolveram diferentes estratégias como: altura das pilhas dos objetos, agrupamento de unidades de objetos, extensão da superfície ocupada essas e volume ocupado pelo monte de objetos). Peças do ábaco: organizaram duas pilhas de argolas, uma de cada cor, e concluíram que a pilha mais alta era a que possuía mais peças.
  • 40.
  • 41.
  • 42. Afinal, o que é contar? Contar os objetos de uma coleção significa atribuir a cada um deles uma palavra ou símbolo que corresponde a uma posição na sequência numérica e que indica a quantidade que ele representa nessa posição.
  • 43. CONTAR Através das brincadeiras, o aprender fica mais gostoso https://www.youtube.com/watch?v=uU4aiBI1Nos&hd=1
  • 44. SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM MAMÃE POSSO IR? Desenvolvimento: Escolher uma criança para ser a “mãe”, posicionando-a a uma certa distância das outras crianças. As crianças perguntam “Mamãe, posso ir?” A criança que está no papel de mãe responde que sim e as outras perguntam: “Quantos passos?” A mãe decide o número de passos que cada criança vai dar. Ganha aquela que alcançar primeiro a mãe.
  • 46. SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM A GALINHA DO VIZINHO A GALINHA DO VIZINHO BOTA OVO AMARELINHO BOTA UM, BOTA DOIS, BOTA TRÊS, BOTA QUATRO, BOTA CINCO, BOTA SEIS, BOTA SETE, BOTA OITO, BOTA NOVE, BOTA DEZ!
  • 47. SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM ELEFANTE UM ELEFANTE INCOMODA MUITA GENTE. DOIS ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAIS. TRÊS ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE. QUATRO ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAIS. QUATRO ELEFANTES INCOMODAM MUITA GENTE. CINCO ELEFANTES INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAIS. SEIS ELEFANTES......MUITO MAIS. SETE ELEFANTES....MUITO MAIS. OITO ELEFANTES...MUITO MAIS.....
  • 48. SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CONTAGEM INDIOZINHOS 1,2,3 INDIOZINHOS 4,5,6 INDIOZINHOS 7,8,9 INDIOZINHOS 10 UM PEQUENO BOTE IAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO QUANDO O JACARÉ SE APROXIMOU E O PEQUENO BOTE DOS INDIOZINHOS QUASE VAZIO VIROU
  • 49. INDICADORES DE SENTIDO NUMÉRICO: Realizar cálculo mental flexível Realizar estimativas e usar pontos de referência Fazer julgamentos quantitativos e inferências
  • 50. INDICADORES DE SENTIDO NUMÉRICO: Estabelecer relações matemáticas Usar e Reconhecer que um instrumento ou um suporte de representação pode ser mais útil ou apropriado que outro
  • 51. DESENVOLVER UM SENTIDO NUMÉRICO E TORNAR-SE NUMERALIZADO SENTIDO NUMÉRICO: HABILIDADE QUE PERMITE QUE O INDIVÍDUO LIDE DE FORMA BEM SUCEDIDA E FLEXÍVEL COM OS VÁRIOS RECURSOS E SITUAÇÕES DO COTIDIANO NUMERALIZADO: SIGNIFICA TER FAMILIARIDADE COM O MUNDO DOS NÚMEROS, EMPREGAR DIFERENTES INSTRUMENTOS E FORMAS DE REPRESENTAÇÃO, COMPREENDER AS REGRAS QUE REGEM OS CONCEITOS MATEMÁTICOS, IMBRICADOS NESSAS SITUAÇÕES.
  • 52. LEITURA PONTUAL: USOS E FUNÇÕES DO NÚMERO EM SITUAÇÕES DO COTIDIANO
  • 53. USO E FUNÇÕES DO NÚMERO EM SITUAÇÕES DO COTIDIANO Você é numeralizado? SENSO NUMÉRICO - SENTIDO DE NÚMERO
  • 54. PARA QUE SERVE A MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DAS CRIANÇAS Função Social dos Números PRA QUE SERVE CONTAR ? PRA QUE SERVE FAZER CONTINHAS ? PRA QUE SERVE MEDIR ?
  • 55.
  • 56.
  • 57. Precisamos aproveitar as ideias de Matemática de nossos alunos para iniciar situações de instrução partindo das noções que eles já trazem antes mesmo de serem formalmente ensinados no contexto escolar.
  • 58. O NÚMERO: COMPREENDENDO AS PRIMEIRAS NOÇÕES ANEMARI ROESLER LUERSEN VIEIRA LOPES, LIANE TERESINHA WENDLING ROOS, REGINA EHLERS BATHELT (Complementação) 1, 2 feijão com arroz 3, 4 feijão no prato 5, 6 falar inglês 7, 8 comer biscoito 9, 10 comer pastéis QUANDO A CRIANÇA COMEÇA A USAR NÚMEROS DE MANEIRA FORMAL?
  • 59. O NÚMERO: DA ORALIDADE PARA A ESCRITA Uma característica da contagem é a enunciação de palavras, nomes dos números, numa determinada sequência fixa, a começar por “um”; Quando crianças recitam mecanicamente a sequência dos números ou quando brincam de esconde-esconde, por exemplo, elas iniciam a contagem a partir do um; Recitar a sequência numérica não é a mesma coisa que saber contar com compreensão elementos de um conjunto. (p. 35)
  • 60. ORALIDADE Relação entre cada elemento da contagem e a quantidade de objetos que ela significa Propiciar que os alunos percebam a quantidade de objetos que esses nomes representam. Propiciar que os alunos percebam a relação entre cada um dos nomes dos números durante sua enunciação oral na contagem.
  • 61.
  • 62.
  • 63. QUANTOS PIRULITOS EXISTEM NO POTE? 132 ESTIMULAR PROCEDIMENTOS DE ESTIMATIVAS E ASSOCIÁ-LOS A PROCEDIMENTOS ALGORÍTMICOS PODE FAVORECER A COMPREENSÃO ACERCA DAS RELAÇÕES MATEMÁTICAS QUE ESTÃO SUBJACENTES AOS ALGORITMOS E RELACIONADAS ÀS PROPRIEDADES DA MATEMÁTICA.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 69. Atividade desenvolvida pela professora Naise Pereira Cardoso, da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Marta. A professora Naise jogou com seus alunos o “Pega-varetas”, que consiste em lançar um conjunto de varetas coloridas sobre a mesa e cada jogador, na sua vez, vai retirando as varetas até mexer uma delas, quando passa a vez. Ela adaptou o jogo de modo que cada vareta resgatada valesse somente um ponto. Dividiu a turma em grupos de quatro alunos e cada grupo recebeu um jogo de varetas tendo que jogar três rodadas. O ganhador seria aquele que tivesse mais pontos ao final das três jogadas. No Caderno Jogos na Alfabetização Matemática há vários jogos que trabalham com contagem e agrupamento.
  • 70.
  • 71.
  • 72. As crianças usaram as mais diferentes formas para representar os seus pontos de modo que pudessem controlar as quantidades de cada rodada e, ao final das três, saber quem ganhou.
  • 73.
  • 74. Vocês aplicariam essas atividades envolvendo outras situações que levassem seu alunos a produzir registros de quantidades sem o uso dos números que conhecemos hoje?
  • 76. Em um sítio muito animado vivia Dona Galinha e seus três pintinhos. Eles tinham uma bela plantação de milho com a qual tinham o máximo de cuidado, pois esse era o alimento preferido de todos. Um dia, Dona Galinha acordou mais cedo do que o costume, pois estava na hora de colher o milho que já estava maduro. Logo chegaram seus amigos para ajudá-la na tarefa. Depois de colhidas as espigas de milho, eles trataram de debulhá-las, ou seja, separar os grãos da espiga. No final da tarde, Dona Galinha já estava com a sua colheita feita e com um saco de grãos de milho que precisavam ser guardados. Ela era muito bem organizada nisso, pois guardava seus grãos de milho em vários potes, sendo que, em cada pote, colocava sessenta grãos.
  • 77. Mas acontece que o dia está terminando e já está quase escuro. Dona Galinha quer terminar o seu trabalho ainda hoje e antes de escurecer. Por isso, vai precisar contar e organizar os seus grãos de uma forma rápida e segura, sem se perder na contagem, sem contar nenhum grão mais de uma vez e sem esquecer nenhum. Qual é a melhor forma de fazer essa contagem? Vamos ajudar Dona Galinha? Após aceitarem a tarefa de ajudar a Dona Galinha, os alunos foram divididos em grupos e cada grupo recebeu um punhado de grãos para pensar em uma forma rápida e eficiente de contá-los. Inicialmente as crianças fizeram algumas suposições que lhes pareceram soluções rápidas1: Maria: – Por que Dona Galinha não enche o pote sem contar, mesmo.
  • 78. Pedro: –Por que ela não mede em xícaras ao invés de contar? Profa: – Porque ela é muito organizada e quer saber sempre quantos grãos tem para fazer as suas receitas. Carla: – Então o jeito é ir contando um, dois, ... Profa: – Mas, será que contando dessa forma a gente não se perde na contagem e aí tem que começar tudo de novo? Carla: – Então a gente conta em partes. Profa: – E como daria para fazer isso?
  • 79. A partir dessa discussão, os grupos começaram a se organizar para encontrar uma solução para o problema de Dona Galinha. Todos fizeram “montinhos” de milho, até chegar à quantidade de 60, concluindo que isso auxiliava na contagem. Cada grupo de alunos decidiu (a seu critério) sobre a quantidade de grãos que utilizaria para formar igualmente todos os seus montinhos, por exemplo, se o grupo decidiu que em cada montinho haveria dez grãos, então todos os demais que produzissem, necessariamente, teriam dez grãos). Nas soluções propostas pelas crianças foram usados montinhos de vinte, de dez e de cinco grãos. A professora ainda instigou seus alunos: Profa: – Mas por que os montinhos podem ajudar Dona Galinha? E a resposta da Juliana resumiu a conclusão da turma: Juliana: – É que se ela vai contando de um, aí vem um pintinho conversar com ela, então ela se perde, começa de novo e demora. Aí se o montinho é de dez, ela vai contando: dez, vinte, trinta ...
  • 80.
  • 81.
  • 82. Depois que todos os grupos apresentaram para os colegas as suas soluções, eles registraram-nas por meio de desenho. A professora Gisele aproveitou a situação da história para discutir sobre alimentos e, mais especificamente, sobre o milho. Outra situação de aprendizagem proposta pela professora foi denominada “As Argolinhas” (adaptado de SÃO PAULO, 1989). Foi entregue a cada grupo um monte de tampinhas de garrafa pet furadas ao meio e tiras de barbante. A ideia era formar “pulseiras” com certa quantidade de tampinhas e, depois, “colares” com esta mesma quantidade de “pulseiras”. Assim, por exemplo, se cinco tampinhas formassem uma pulseira, cinco pulseiras formariam um colar. Todas as situações organizadas com tampinhas e barbante foram registradas em um quadro.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86. De que outras maneiras você poderia desenvolver um trabalho com outras situações que levassem seus alunos a fazer agrupamentos para facilitar a contagem e representar grandes quantidades com pouco material?
  • 87. COMO VOCÊ DESENVOLVERIA ESSE TRABALHO ENVOLVENDO OUTRAS SITUAÇÕES QUE LEVASSEM SEU ALUNO A PRODUZIR REGISTRO DE QUANTIDADE SEM O USO DOS NÚMEROS QUE CONHECEM HOJE?

Notas do Editor

  1. SACOLA 1 – 1 POTE GRANDE COM PIRULITOS – ESTIMATIVA: QUANTOS PIRULITOS VOCÊ ACHA QUE TEM NO POTE? PAPEL COM NOME DAS PROFES PARA CADA UMA RESPONDER.
  2. Houve épocas em que ele não contava porque não havia necessidade. A matemática desenvolveu-se ao longo dos tempos como uma linguagem que partiu da necessidade do ser humano de manter-se vivo e confortável. Mas esta necessidade não foi individual. Vários educadores matemáticos, como por exemplo Moura (2012), entendem a Matemática como um conhecimento que atende objetivos do coletivo e o indivíduo aprende as novas sínteses geradas na solução de problemas sociais. Dessa forma, pode-se compreender a produção do conhecimento matemático como o modo humano de construir respostas para as suas necessidades básicas construídas nas relações sociais... (p.6). O senso numérico é a capacidade que permite diferenciar, sem contar, pequenas quantidades de grandes quantidades; perceber onde há mais e onde há menos, assim como permite perceber quando há “tantos quantos”, uma situação de igualdade entre dois grupos. O senso numérico é a capacidade natural que os seres humanos e alguns animais possuem para apropriar-se de quantidades. Ou seja, num golpe de vista consegue-se indicar quantidades pequenas, de um a cinco, mesmo que estas se refiram a objetos ou seres que podem estar em movimento, como animais ou aves em um pasto... (p.6). Correspondência um a um é a relação que se estabelece na comparação unidade a unidade entre os elementos de duas coleções. Nessa comparação, é possível determinar se duas coleções têm a mesma quantidade de objetos ou não e, então, qual tem mais ou qual tem menos (...). Por exemplo, na necessidade de controlar o seu rebanho de ovelhas, o pastor precisou criar outra coleção que lhe permitiu representar cada ovelha do rebanho por uma pedra. Assim, a quantidade associada à coleção de pedras é equivalente à quantidade de ovelhas do rebanho (...). No controle de quantidades por meio da correspondência um a um, para cada elemento de uma coleção que se deseja contar, existe outro elemento de outra coleção que assume o papel de contador. Ao carregar consigo a quantidade de pedras, o pastor conserva a quantidade de ovelhas através de um registro prático, uma vez que existe a possibilidade de ser guardado... (p.11). Historicamente, embora a correspondência um a um não permitisse ao ser humano saber exatamente quanto tinha, dava-lhe condições de ter controle sobre as quantidades. Inicialmente, essa correspondência era feita com a utilização de recursos materiais encontrados na natureza como pedras, pedaços de madeira, conchas, frutos secos... Esses instrumentos serviram para controlar as quantidades dos animais que se multiplicavam ou se moviam. Mas, com o passar do tempo, esses materiais tornaram-se pouco práticos para manusear, principalmente, quando não permitiam o controle de grandes quantidades (...). Com isto, o ser humano colocou-se em uma situação em que precisava encontrar outras formas de controlar as correspondências que estabelecia e, então, passou a fazer registros em paus, ossos, nós em cordas. Da mesma forma, a criança na escola pode fazer registros de quantidades sem conhecer os símbolos numéricos que utilizamos atualmente... (p.12).
  3. SACOLA 3 – POST IT E CARTOLINA PARA PLANTA BAIXA DA SALA Questionar a turma: “Que outras relações podemos estabelecer, considerando a ideia de correspondência um a um?” Fazer com as professoras a maquete da nossa sala de aula, com o uso de post it.
  4. Agrupar é uma estratégia de contagem que organiza o que é contado, ajudando a não esquecer de contar nenhum objeto e evitando que um mesmo objeto seja contado mais de uma vez. Os dois agrupamentos apresentam a mesma quantidade, em qual deles é mais fácil contar?
  5. Observar o comportamento das crianças: a menina que já domina os processos de contagem envolvidos na brincadeira, sequer olha para as mãos, enquanto o menino, que ainda está no processo, precisa olhar para mãos e ainda comparar o número de dedos levantados com os da irmã (pareamento). Observe que o menino consegue realizar a correspondência um a um até o número cinco, depois, ele continua levantando um dedo de cada vez, mas não faz mais a contagem.
  6. Considerando que a leitura do texto “ Desenvolver um sentido numérico e tornar-se numeralizado” (enviado via e-mail como tarefa de casa) foi previamente realizada pelos Cursistas, mediar a discussão sobre as diferenças entre “senso numérico”, “sentido numérico” e “ser numeralizado”.
  7. Considerando que a leitura do texto “ Desenvolver um sentido numérico e tornar-se numeralizado” (enviado via e-mail como tarefa de casa) foi previamente realizada pelos Cursistas, mediar a discussão sobre as diferenças entre “senso numérico”, “sentido numérico” e “ser numeralizado”.
  8. Recitar o poema com o grupo e questionar: “Se uma criança recita este poema, sem erros, podemos afirmar que ela apropriou-se dos números de 1 a 10?” É possível, a partir de cantigas e parlendas, levar a criança a se apropriar dos números? Explorar outros exemplos de uso informal dos números pelas crianças, incluindo casos de exploração informal de números escritos. Em seguida, “a” pergunta: “Quando a criança começa a usar números de maneira formal?” Fundamentação de estudo: p.33-34.