1. TAMIRES GRÉGORIO MENEZES
VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA
VICTÓRIA BEVENUTO CABRAL
SAÚDE PÚBLICA: HISTÓRICO E CONCEITO
SALVADOR
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2012
A SAÚDE E A DOENÇA NA ANTIGUIDADE – O PENSAMENTO
OCIDENTAL E ORIENTAL
Antes de compreender o que é a Saúde Pública, sua necessidade para a
sociedade atual, quais suas funções, as obrigações do governo para com ela, entre
outros conceitos, é de indispensável importância compreender a história,
desenvolvimento e a criação da Saúde Pública, objeto indispensável para todas as
nações e desenvolvimento prósperos de um povo, física e psicologicamente falando.
A compreensão do que vem a ser a Saúde Pública e a criação de um ramo
exclusivo de estudo desta é algo recente. Porém desde a Antiguidade tem-se povos
que buscavam manter a saúde individual e também de seus grupos. Um dos
primeiros povos que buscava manter a saúde de seu povo era o povo Nômade.
Estes viajavam constantemente buscando alimentos, defesa do grupo e também
pela segurança, pois este estavam constantemente sob ataque de animais, do clima
e também da escassez de alimentos.
O povo nômade ao longo de suas incessantes viagens acabou por
desenvolver uma maior resistência e aptidão física devido ao deslocamento
constante e contato com os mais diversos tipos de animais, plantas e ambientes.
Porém apesar destes povos desenvolverem uma maior resistência, devido aos
motivos já citados, eles também acabaram por contrair doenças não características
de seu povo, doenças contraídas tanto de outros povos, quanto transmitidas por,
também já citados, plantas, animais e ambientes. Tais doenças,assim como todas
as contraídas por este povo eram justificadas como sendo algo mágico,
sobrenatural, de origem divina.
Após o povo nômade instalar-se em um local fixo, essa civilização, assim
como outras, justificavam as doenças como sendo decorrentes de forças externas,
vindas de forças sobrenaturais ou elementos da natureza. O pensamento de que as
doenças eram causadas por elementos sobrenaturais também manteve-se no
cristianismo. Mas neste as doenças eram uma punição divina, justa enviada por
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Deus como forma de penitência de seus pecados. O corpo e a alma eram
dominados por um mau espírito, o causador das doenças.
Porém este era um pensamento Ocidental, em culturas Orientais como da
índia e China, as doenças eram causadas por um desequilíbrio dos chamados
“humores”, este para a cultura ocidental são elementos que fazem parte do corpo
humano e que devem estar sempre em harmonia, em equilíbrio. E este estado de
equilíbrio denominado de Isomonia, é o que nós chamamos de Saúde, assim para
alguns povos ocidentais possuir Saúde significa estar em harmonia perfeita com os
quatro elementos que constituem o corpo, sendo eles: Terra, Fogo, Água e Ar.
Já os gregos buscavam justificar as doenças de forma racional, e através de
suas buscas desenvolveram a “Medicina Racional” Esta medicina era dividida em:
Alcmon, Hipócrates e Galeno. A medicina grega descartava os elementos mágicos e
divinos para a doença, elas vinham das seguintes causas: vindas do Ambiente, da
Sazonalidade, Trabalho e Posição Social.
Enquanto na a medicina Grega há muito havia progredido, no início da Idade
Média a medicina passa a retroceder, agora a função de cura não deve-se mais aos
médicos, o cristianismo promete curar seus fiéis e a estes é dado a retenção e cura.
E as doenças mais uma vez passam a ser justificadas como, no caso dos pagãos,
como sendo possessão de Lúcifer ou feitiçaria e no caso dos cristãos como
penitência aos pecados, eles estavam sendo purificados. A cura dos enfermos era
por meio de milagres, estes deveriam penitenciar-se, rezando incessantemente pela
cura.
A o pensamento que a doença e a cura provinham de causas divinas
enfraqueceram com o Renascimento Cultural, nesta época a cultura voltara-se para
a razão e ciência, o homem passou a acreditar apenas no que vê e buscando
justificativas para diversos eventos e para tal é desenvolvido a Ciência Experimental.
E assim a medicina, como a ciência num todo, progrediu significativamente, em
comparação aos retrocessos já ocorridos ao longo da história. Agora o homem
busca justificar racionalmente e de forma prática os eventos, antes não
compreendidos.
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CONCEITOS DE SAÚDE PÚBLICA
É importante sabermos sobre alguns conceitos que existe na área da saúde,
para entendermos o funcionamento dela. Para isso temos que entender,
primeiramente, o que seria uma saúde pública e seus objetivos em relação à
população. Saúde Pública tem como objetivo nos proporcionar um bem estar físico e
psicológico. Para isso ela, através do Governo e do Ministério da Saúde, recebe
verbas que são destinadas a construção e melhoria de centros hospitalares públicos,
à compra de medicamentos que terão sua distribuição gratuita nos centros médicos
públicos e a realização de concursos públicos para a contratação de médicos
especializados em várias áreas da saúde.
Podemos perceber, nesta definição, que a Saúde Pública não está apenas
relacionada à parte social. Ela também engloba a parte política e econômica, que no
caso seriam as ações do Governo juntamente com o Ministério da Saúde.
Outro conceito importante para nosso conhecimento na área da saúde é
sobre o Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde tem como foco principal planejar
ações que melhorem a qualidade da saúde, que é um direito de todos os cidadãos,
independente da classe social. Depois de planejar essas ações, ele, com a ajuda
das verbas recebidas do Governo, coloca-às em prática, melhorando os centros
hospitalares públicos, efetuando anualmente compra de medicamentos e pagando o
salário dos médicos, e entre outras ações.
Uma das ações realizadas pelo ministério e que “acaba” com a questão da
desigualdade é a criação do Sistema Único de Saúde, o também chamado SUS. Ele
tem o objetivo de conceder as pessoas carentes o direito a utilização, de graça, do
centro de saúde particular. Dentre essas utilizações se encontra a realização de
exames especializados e também atendimentos com especialistas em áreas
aprofundadas.
Como sabemos é direito de todo cidadão ter uma saúde de qualidade e essa
saúde tem que ser disponibilizada, pelo Governo, para todos. Só que não é o que
ocorre hoje no Brasil. Muitas pessoas que vão aos centros médicos públicos,
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acabam não conseguindo atendimento adequado e infelizmente acabam, na maioria
das vezes, morrendo na fila de espera para atendimento. No Brasil, o descaso é
muito grande. O Governo não planeja ações, juntamente com o Ministério da Saúde,
para melhorias da saúde. Prometem, prometem, mas resolver que é bom nada. Isso
tudo que está sendo descrito reflete na utilização da saúde de hoje. A população
acaba tirando do seu próprio bolso para garantirem atendimento de qualidade nos
centros médicos particulares e garantirem a compra de medicamentos, que na
maioria das vezes não tem nos hospitais públicos.
Então essa é a situação da nossa saúde pública e esses foram os conceitos
importantes para nosso conhecimento e para o nosso entendimento sobre saúde.
Saúde Pública: Tem por objetivo cuidar do bem estar físico e psicológico de
uma população. Para isso disponibilizam, principalmente à população carente,
centros de saúde pública com medicamentos de graça e médicos para todas as
áreas de saúde, como por exemplo, cardiologista. Mas esses procedimentos só são
realizados a partir de um financiamento do Governo que apresenta um Ministério
para a parte de saúde. Daí entra a parte econômica e política da saúde pública.
Apesar de ela ser voltada ao “ramo” social, existe a parte política e econômica, no
caso o Governo. Será ele que disponibilizará a verba destinada à saúde.
Ministério da Saúde: É um órgão responsável por administrar e elaborar
nosso sistema de saúde, visando oferecer melhor qualidade na saúde da população.
Essa administração é feita a partir da verba enviada pelo Governo e essa verba é
destinada a compra de medicamentos, ao pagamento do salário dos médicos e a
melhoria dos hospitais públicos.
O Ministério da Saúde realiza planejamentos que beneficiam a população, já
que isso é direito de todos. Colocamos como exemplo prático o Sistema Único de
Saúde, o SUS, que garante à pessoa física, no caso a população, o direito a
atendimentos, de graça, em centros de saúde particulares.
SUS: O Sistema Único de Saúde tem como objetivo permitir que pessoas
carentes encontrem auxilio médico, de graça, em centros médicos particulares. Daí
vem à questão da igualdade que a Constituição de LEI Nº 8.080, DE 19 DE
SETEMBRO DE 1990, sobre a saúde, nos informa. Esse sistema nos ajuda em
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relação a exames que não podem ser realizados nos centros públicos, em consultas
especializadas que não são realizados, na maioria das vezes, nos centros públicos e
entres outras necessidades que só podemos realizar em centros particulares. Se
esse sistema não existisse muito provavelmente a gente pagaria todas essas
consultas, todos os exames realizados e entre outros serviços. Mas não podemos
esquecer que esse sistema algumas vezes passa por problemas que precisam
urgentemente ser solucionados para que não tenha um índice muito alto de óbitos.
Utilização da Saúde Pública: A saúde pública hoje está sendo utilizada,
mas a maioria das pessoas prefere pagar, em centros de saúde particular, pelo
atendimento, do que passar pelo sufoco de um parente seu vim a óbito. Esse
pensamento ocorre porque a saúde pública está passando por vários problemas que
não estão sendo solucionados pelo Ministério da Saúde e pelo Governo. A maioria
destes problemas está relacionada com o atendimento precário, a falta de
medicamentos, forçando a população a comprar nas farmácias mais próximas de
sua casa, e a falta de médicos.
SUS - UM DIREITO QUE NOS É NEGADO
Com a criação do Ministério da Saúde em 1953, o povo começou a acreditar
que em breve teriam um sistema de saúde digno de primeiro mundo. Porém, com o
passar dos anos, viram essa fantasia se esvair rapidamente. O principal motivo de
fato é a negligência já que o sistema único de saúde, que foi implementada em 1988
continua, em 2012 tão desorganizado quanto era quando foi criado, há 24 anos ou
talvez esteja pior, já que agora não falta somente organização. Faltam agora
equipamentos, leitos hospitalares e principalmente médicos e equipes
especializadas no tratamento dos pacientes. Uma coisa é o que eles dizem que
fazem, isto é: propaganda, prevenção e atendimento médico de qualidade, e outra
completamente diferente é a realidade que são filas enormes para conseguir
somente 100 fichas para poder ser atendido, o que deixa a maioria da população no
olho da rua, doente sem ser atendida.
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Quem mais sofre com isso é o povo que acorda durante a madrugada para
pegar a fila sem ter a certeza de que serão realmente atendidos, e caso sejam
atendidos se esse atendimento será de qualidade com garantia de que não serão
enviados a outra fila como, por exemplo, a fila de transplante, na qual se morre
antes que o órgão chegue para a cirurgia, como em um caso que não veio a público
de um homem que era o primeiro da fila, porém morreu uma semana antes de que o
seu transplante fosse realizado.
Todavia de acordo com a definição, o ministério da saúde tem como função
receber a verba e distribuir entre os órgãos públicos garantindo assim a manutenção
de equipamentos e a especialização de mão de obra garantindo assim o modelo
ideal de saúde, mas na teoria tudo é fácil, e na pratica que se descobrem os
problemas que no caso do Brasil são o enriquecimento ilícito, a impunidade, o
desvio de verba, caixa dois e quantos números mais der para por aumentando assim
o lucro pessoal, o aumento de mais de 60% no salário dos senadores e os 32
ministros dos quais 10 já caíram nas malhas da lei, que de vez em quando aqui
nesse país faz jus ao ditado “Tarda, mas não falha”.
Com isso os resultados são quase instantâneos e se forma uma população
com saúde prejudicada, pois as únicas coisas que o governo se esforça em se fazer
saber são as campanhas de vacinação e os hospitais para quando se está doente.
Volta e meia aparece também uma campanha estimulando o uso de camisinha, e
essa é uma das maiores campanhas do ministério, causando assim uma diminuição
dos casos de HIV já que há um aumento no uso de métodos de proteção para as
DST’s.
Todos esses problemas não querem dizer que o Brasil não tem evoluído em
saúde, pois vem aumentando bastante as tecnologias para tais hospitais, porém
ainda se está longe do ideal, e somente quando pararem de considerar o paciente
como algo bem menos valioso do que um número é para este país teremos uma
saúde pública de qualidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Avaliação Normativa do Programa Saúde da Família
no Brasil. Brasília: Editora MS, 2004.
SCLIA, Moacyr. História e Conceito de Saúde. Disponível em:
<www.ebah.com.br>. Acessado em: 10 de março de 2012.
POLIGNANO, Marcus Vinícius. História das Políticas de Saúde no Brasil: Uma
Pequena Revisão. Disponível em: <www.medicina.ufmg.br>. Acessado em: 10 de
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CASA OSWALDO CRUZ (COC) – Memória da Tuberculose Disponível em:
<www.coc.fiocruz.br>. Acesso em: 10 de março 2012.
FINKELMAN, Jacobo. Caminhos da Saúde Pública no Brasil. Editora Fio Cruz,
2002.