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Informativo Nr. 256
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era, 91 (GLSC)
Quintas-feiras 20h00 Templo: “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC), 11 de maio de 2011
Índice desta quarta-feira:
1. Almanaque
2. O Caminho Maçônico de Compostela – De Aprendiz a Mestre-Maçom (Ir.
Francisco Pucci)
3. O perfil e o segredo de um Venerável Mestre Justo e Perfeito (Ir. Denilson
Forato)
4. Propósitos da primeira Grande Loja de Londres (Ir. Ailton Branco)
5. Destaques
 824 - É eleito o Papa Eugénio II.
 1749 - Fundação da cidade de Alexandria, no estado da Virgínia, Estados Unidos.
 1822 - Jardim Botânico do Rio de Janeiro é aberto à visitação.
 1852 - Inauguração do telégrafo no Brasil.
 1858 - Minnesota torna-se o 32º estado norte-americano.
 1862 - Ferdinand Carré inventa a primeira geladeira.
 1867 - A independência de Luxemburgo é reconhecida.
 1926 - Roald Amundsen, Lincoln Ellsworth e Umberto Nobile partem de Spitzbergen
para a primeira travessia do Ártico em um dirigível.
 1927 - Fundação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo
Oscar.
 1928 - Inauguração da WGY, primeiro serviço analógico de televisão do mundo.
 1938 - Levante Integralista, no Brasil.
 1949
o Israel é admitido na Organização das Nações Unidas.
o O Sião muda de nome para Tailândia.
 1960 - Adolf Eichmann, um organizador do Holocausto, é raptado na Argentina por uma
equipe de agentes secretos israelitas da Mossad, que o trouxeram para Israel, onde foi
julgado, condenado (1961) e executado (1962).
 1962 - Emancipação do município de Bom Jesus (Rio Grande do Norte).
 1988 - Emancipação do município de Machadinho d'Oeste, em Rondônia.
 2001 - Lançamento da edição em português da Wikipédia.
o A porto-riquenha Denise Quiñones é eleita Miss Universo, no concurso realizado
em Porto Rico, tonando-se a 4ª de seu país a obter o título.
 2007 - Canonização do 1º santo brasileiro, Frei Galvão, em São Paulo, pelo Papa Bento
XVI.
 Dia do Barbeiro (Brasil)
 Santos do dia: Santa Joana e Santo Antônio de Sant'Ana Galvão
 Dia da Integração do Telégrafo (Brasil)
 Anjo do dia: Nanael
(Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
O CAMINHO MAÇÔNICO DE COMPOSTELA - De Aprendiz a Mestre Maçom
Ir Francisco Pucci
O caminho de Compostela, na Espanha, ficou famoso como sinônimo de
caminho de peregrinação. Dessa tradição, podemos tirar algumas lições.
Só extraímos valor daquilo que nos custa algo. A idéia não é de sacrifício,
mas de experienciar aquilo que se faz. Ir a Compostela de avião ou num carro de
luxo, nos mostra o resultado final, o ponto de chegada, mas não nos permite
incorporar – e incorporar significa tornar parte de nosso corpo – cada passo, cada
gota de suor, cada esquina do caminho, cada árvore florida, cada córrego fresco,
cada canto de pássaro, cada entardecer ou cada amanhecer. Chegamos a
Compostela, mas ela não fará parte de nós.
Se o caminho é tão importante quanto o ponto de chegada, o tempo deixa de
ser importante. Quando temos pressa de chegar, o caminho não tem a menor
importância. O tempo, sim. Os veículos, também. Nesse caso, os fins justificam os
meios. Quando o experienciar é que é importante, os meios passam a ter valor em
si mesmos. O tempo passa a ser secundário, pois cada passo é um chegar. Cada
pequena experiência se soma à grande experiência que é o caminhar.
Estar lá é fundamental. Se vamos a Compostela por avião, as esquinas do
caminho, as árvores floridas, os córregos frescos, o canto dos pássaros, o
entardecer e o amanhecer continuarão lá. Mas não farão parte de nós. Não farão
parte de nossa bagagem. Quando, ao entardecer dos anos, nos sentarmos à frente
da lareira, examinando em silêncio a bagagem de nossa vida, essas coisas não
estarão lá. Estaremos, incontestavelmente, mais pobres.
Há alguns anos, eu e os IIrMestres aqui presentes éramos Aprendizes.
Curiosos e apressados como todos os Aprendizes. Após um tempo, começamos a
achar que não havia nada no grau de Aprendiz que correspondesse àquela
expectativa que tínhamos quando fomos iniciados. Púnhamos, então, nossas
esperanças no grau de Companheiro. Quando fôssemos elevados, os segredos nos
seriam revelados e o que tínhamos vindo buscar nos seria entregue. Após algum
tempo, novamente a rotina se instala e passamos a desejar sermos Mestres. Aí, sim,
a Maçonaria seria desvendada e encontraríamos o pote de ouro no fim do arco-íres.
Creio que essa pressa, tão típica do espírito moderno, é normal. Afinal,
vivemos uma época onde o importante é chegar. Muitas vezes até de forma escusa,
arrancando de forma ilegítima as "palavras de passe", os "sinais", os "toques" e as
"palavras" de cada posição social. Como os maus companheiros o fizeram.
Mas que valor, então, teve o nosso caminhar? Eu e os MMaqui presentes,
meus IIr, estivemos lá. Estivemos presentes em cada passo, vertemos cada gota
de suor, paramos em cada esquina do caminho, admiramos cada árvore florida,
bebemos em cada córrego fresco, ouvimos cada canto de pássaro, admiramos cada
entardecer e cada amanhecer. Estivemos presentes a cada sessão. Ouvimos cada
palavra, as boas e as más, as inspiradas e as chatas. Hoje, o caminho faz parte de
cada um de nós. Cada experiência está em nossa bagagem. Somos mais ricos. E
descobrimos que o grande segredo da Maçonaria não está no onde se chega, mas
no caminhar juntos, com-partilhando nossa humanidade no que ela tem de melhor
e de pior.
Dizem os místicos que "quando o discípulo está pronto o Mestre aparece".
Para que isso aconteça, é necessário que o discípulo esteja pronto, quer dizer,
esteja lá e esteja atento. Não façamos, meus IIr, como as dez virgens da parábola
evangélica, que, quando o noivo chegou, estavam dormindo e não tinha mais azeite
em suas lâmpadas.
É estando presentes que veremos que o verdadeiro tesouro da Maçonaria nos
é dado, sim, mas não na chegada. A cada sessão nos é dada uma moeda. Jogamo-la
na bolsa sem muita consideração. Um dia, meus IIr - e isso tantos Irmãos mais
vividos nos têm testemunhado -, acordamos e descobrimos, entre espantados e
extasiados, que temos um tesouro acumulado.
Nesse dia, cada vez que declamarmos: "Ó, quão bom e quão suave é
viverem os Homens em união. É como o perfume que desce sobre a cabeça e sobre
a barba de Aarão", as palavras nos farão sentido e nossas almas exultarão.
Hoje eu rogo ao GADU que os Irmãos que estão sendo elevados
tenham guardado e continuem guardando cada uma das medalhas cunhadas que
aqui receberem.
Ir Denilson Forato, MI
Ex-VM da ARLS Fraternidade e Amizade-321-GOP-COMAB-CMI
Economista e Perito Judicial - denilsonforato@gmail.com>
Adaptado (de forma muito livre) de texto escrito pelo Grande Ir:. Valdemar Sansão,
a quem eu tanto admiro e respeito

Antes de mais, importa esclarecer que o cargo de V:. M:. não deve ser
encarado como um passo inevitável no percurso de um maçom. Pretendo
com isto dizer que, eventualmente, nem todos os maçons chegarão a ser
VV:. MM:., já que o critério de escolha deve ser o da capacidade e
competência e nunca o da antiguidade ou outros critérios usados em
muitas Lojas por ai..
Anualmente é eleito pelos seus pares um novo Venerável Mestre que,
entusiasmado pelo cargo, cheio de enorme boa vontade e responsabilidade, prepara
o seu programa de atividades, nem sempre o conseguindo cumprir com o êxito
desejado. Isso pode ser visto através da forma como a Loja evolui ao longo do
Veneralato:
 pelo nível de envolvimento e adesão dos IIr:. às atividades da Loja,
 pelo nível de indiferença ou ausências às Sessões;
 pelo nível de não cumprimento de compromissos junto do Tes:.,
 pela falta de apoio, comprometimento, incompreensão e afastamento de
alguns Irmãos.
 pelo descaso do próprio V:.M:. em suas atribuições,
 desarmonias,falta de comunicação e outros problemas.
Formalmente falando, o V:.M:. deve ser um homem sensato, de conduta
irrepreensível, sem envolvimento com nada de errado, conduta ilibada, postura
exemplar, honesto e exemplo de homem dentro e fora da Maçonaria , com as
qualificações para ensinar e para aprender a desempenhar muito bem a sua função.
É preciso iniciar a jornada pela base, pelo estudo, de modo a não nos faltar a paz, o
equilíbrio e a tolerância para discernir quem será o melhor candidato.
Um brilhante orador, professor, empresário, médico, juiz ou advogado, nem
sempre pode ser qualificado para "guia dos Irmãos" de uma Loja Maçónica. Ter
um nome famoso, riqueza e posição social, dispor de força ou de autoridade, não
são qualificações para este fim.
Devemos ter a certeza de que ele possui conhecimentos maçónicos, compreensão e
prática da fé raciocinada que deverá utilizar para facilitar a jornada evolutiva de
todo o quadro de obreiros da Loja. Devemos também assegurar-nos de que tem a
vontade "correcta" para desempenhar este cargo.
A vaidade pode conduzir um homem a considerar-se poderoso e infalível; porém,
os mais avisados sabem que na Maçonaria não existem "poderosos e infalíveis" e,
sendo uma fraternidade, não há outra Instituição onde melhor se aplique o lema:
"liberdade, igualdade, fraternidade".
Um dos problemas internos das Lojas é que muitos Irmãos mais presunçosos e
despreparados, depois de serem exaltados, deixam de estudar, achando que
atingiram a "Plenitude Maçónica".
Estes são os primeiros a tentar encontrar vias rápidas e alternativas para serem
candidatos ao cargo de V:.M:., tendo sucesso em Lojas que, sem critérios ou
cuidados, promovem a sua eleição, propiciando o desrespeito pelas tradições da
Ordem por pura omissão, conivência ou até cobardia. Outras vezes Irmãos, por
melindres, intrigas, ou apenas pela satisfação de vaidades pessoais ou birra,
indicam candidatos para o "trono de Salomão", somente em função dos seus
relacionamentos.
Estes candidatos, uma vez eleitos e empossados, pouco contribuem para a Ordem
Maçónica e/ou para a Loja, tendem a banalizar a ritualística, ou a achar que mudar
e inventar futilidades é sinónimo de modernização e inovação.
É necessário que meditem sobre a disciplina que envolve o estudo, a reflexão em
torno dos princípios maçónicos, e o empenho responsável de renovação do
verdadeiro maçon.
O que devemos fazer para ajudar a impedir o sucesso desses insensatos que faltam
à fé jurada?
 Percebendo qual será o seu "programa administrativo ou de trabalho";
 Vendo o modo como se comportaram nos cargos exercidos nos últimos
anos;
 Avaliando se aprenderam a lidar com o diferente;
 Percebendo que grau e que tipo de envolvimento têm com a Loja e com os
IIr:..
 Considerando o seu carisma, ou seja, as suas qualidades de liderança.
É imprescindível ter também em consideração aspectos como, o conhecimento
doutrinário; se chefia a sua família de forma ajustada; se dispõe de tempo
disponível que possa dedicar à Loja e à Ordem, sem com isso prejudicar a sua
atividade profissional e familiar, etc. Quanto mais claramente conseguirmos ver as
qualidades do candidato, mais valioso ele se torna para nós.
Somando o conjunto destas e de outras qualidades, podemos avaliar se, no seu
conjunto, o candidato reúne o necessário para assumir este desafio.
Uma escolha apressada de alguém desqualificado poderá trazer resultados muitas
vezes desastrosos. Não bastam anos de frequência às reuniões ou a leitura de
alguns livros maçónicos, para se dominar o conhecimento exigido.
Para desempenhar este cargo, é preciso estudar - única forma de alcançar o
conhecimento necessário - porque aprender é, evidentemente, um acto de
humildade. Mas para adquirir sabedoria, é preciso observar. Só assim
conseguiremos, ao invés de colocar o homem no centro de tudo, descobrir o tudo
que está no centro do homem.
Para desempenhar este cargo, é preciso também "estarmos envolvidos"; é preciso
preocuparmo-nos com os nossos IIr:., com a Loja em si mesma, com a Ordem, etc.
Em resumo, é preciso sentirmos que o nosso percurso está intimamente ligado a
todos os que de alguma forma se relacionam, directa ou indirectamente, com a
Loja. Desempenhar as funções de V:. M:. implica em investir no reforço das suas
ligações à Loja e entre eles próprios.
O candidato, quando preparado e com o perfil adequado, pode desempenhar esta
missão, conduzindo-a com mãos suficientemente fortes para afagar e aplaudir;
sabedoria para ensinar e modéstia para aprender, e por este conhecimento, fazer-se
paciente, puro, pacífico e justo; adquirindo a aptidão para reconhecer o seu
limitado poder e abundantes erros; a sua capacidade e suas falhas; os seus direitos
e deveres; dispor de força para, ciente de tudo isso, libertar-se das paixões humanas
e assim adquirir a antevisão e o equilíbrio necessários para se livrar dos obstáculos
no seu Veneralato, levando Paz, Amor Fraternal e Progresso à sua Loja.
O V:. M:. escolhido tem que ser um líder agregador que entusiasme os seus Irmãos
pela sua dedicação e abnegação à Maçonaria. Os grandes Mestres sabem ser
severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita benevolência. Tratam os Ilr:. da
forma como desejam ser tratados e ajudam-nos a serem o que são capazes de ser:
filhos amados do Grande Arquiteto do Universo, portanto IRMÃOS.
O V:. M:. precisa compreender que assiste ao outro o direito de ter uma opinião
divergente da sua. Deve procurar criar uma empatia com o crítico, ver o assunto do
ponto de vista dele, manifestando entender o seu sentimento. Sendo todos iguais,
ninguém é mais forte ou mais fraco e deixa que perceba isso. Só assim ele
compreenderá que o seu direito de opinar (participar) está a ser respeitado.
Quando um Irmão necessita falar ouve-o; quando acha que vai cair, ampara-o;
quando pensa em desistir, estimula-o.
A bondade e a confiança dos seus pares que o elevaram a essa posição de destaque,
exige ser usada com sabedoria, aplicando-a no comprometimento da justiça, nunca
na causa da opressão.
No desempenho de sua função terá sempre em consideração que ninguém vence
sozinho, mas jamais permanecerá ofuscado pelas influências dos que o apoiaram
ou se deixará dominar por qualquer tentativa de predominância.
Ele, como V:.M:., é responsável por tudo o que acontecer de certo ou de errado em
sua Loja. Por mais que se queixe da "herança perversa recebida" do seu antecessor;
de Iniciações de candidatos mal seleccionados, fardos que agora estão a seu cargo;
de Irmãos que faltam ao sigilo, à disciplina; da desorganização da Secretaria e da
Tesouraria da Loja, que motivam contrariedades, causam prejuízos de ordem moral
e monetária de difícil reajustamento. Perante um cenário destes, deve concentrar-se
antes no que tem feito para modificar, agilizar e melhorar este quadro.
A condução de uma Loja dá trabalho, requer paciência, é como se fossemos tecer
uma colcha de retalhos, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. Deve ser feita
com destreza, dedicação, vontade e habilidade.
Importa também perceber que temos nos nossos Irmãos os reflexos de nós
mesmos. Cabe-nos, por isso mesmo tentar compreendê-los, pela própria
consciência, para poder extirpar espinhos, separar as coisas daninhas, ruins, que
surgem entre as boas que semeamos no solo bendito do tempo e da vida, já que que
se não forem bem cuidadas serão corrompidas.
A atitude do V:. M:. pode ser descrita como um conjunto de diversos aspectos
complementares:
 Fraternidade - quando o V:. M:. lança a semente da união.
 Consciência - quando nos convida a analisar os nossos feitos para
reconhecer erros cometidos.
 Indulgência - quando aos defeitos alheios pede paciência.
 Amor - quando floresce um sentimento puro de amizade aos olhos de todos.
 Bondade - quando convive com os nossos erros, incompreensões, medos,
desânimos, perdoando de boa vontade.
 Justiça - quando deixa que cada um receba segundo os seus actos.
 Felicidade - quando nos lábios de um Irmão aparecer um sorriso, e outro
sorri também, mesmo de coisas pequenas para provar ao mundo que quer
oferecer o melhor.
 Instrutor - quando valoriza a ritualística, o simbolismo, utilizando as Sessões
Ordinárias como uma forma objectiva de instruir o Irmão, incentivando o
estudo e a discussão de tudo que seja relevante para a Ordem em particular e
para a sociedade em geral.
 Mestria - quando estimula os II:. a apresentarem trabalhos de conteúdo,
elaborados por eles, e recusa simplesmente cópias retiradas de livros,
revistas ou Internet, e o que é ainda mais inconveniente, insensato e
desastroso, o recurso do plágio, ou seja, à cópia ou imitação do trabalho
alheio, sem menção do legitimo autor.
Mestre sim, porque, sempre independente, nunca perde a alegria, nunca se
acomoda e, como fiel condutor que representa o grupo, que ocupa a primeira
posição de comando, isto é, comanda (manda com) os seus liderados em qualquer
linha de ideia, se assume como o líder. Quando ao sair das reuniões cada um de
nós se sentir fortalecido na prática da Arte Real, do bem e do amor ao próximo,
podemos apelidar o local de Loja Maçónica Regular, Justa e Perfeita.
Acabando a tristeza e a preocupação, surge então a força, a esperança, a alegria, a
confiança, a coragem, o equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância, o bom humor,
de modo que a veemência e a determinação se tornam contagiantes, mas não
esquecendo o perigo que representa a falta do entusiasmo que também contagia.
E, finalmente, quando se aproximar o final do seu Veneralato, deve fazer uma
reflexão sobre quais foram as atitudes reais de beneficência que tomou; referimo-
nos não só ao auxílio financeiro a alguma Instituição filantrópica, mas também ao
"ombro amigo" na hora necessária, ou o empréstimo do seu ouvido para que as
queixas fossem depositadas.
O V:. M:. nunca deve deixar de agradecer por ter sido a ferramenta, o instrumento
de trabalho criado por Deus, usado como símbolo da moralidade, para trazer luz,
calor, paz, sabedoria, beleza para muitos corações e amor sem medida no caminho
de tantos Irmãos.
Ao encerrar o se mandato, é importante que consiga afirmar a todos os obreiros de
sua Loja: "não sinto que caminhei só. Obrigado por estarem comigo. Obrigado por
me demonstrarem quanto bem me querem. Eu também vos quero bem. Gostaria de
continuar, mas é tempo de "passar o malhete" e dizer: MISSÃO CUMPRIDA!"
Nas nossas reflexões, que o amor desperte nos nossos corações e juntos, com os
olhos voltados para frente, consigamos tenacidade para construir o presente e
audácia para arquitectar o futuro, por isso, NUNCA DEVEMOS DEIXAR O
NOSSO VENERÁVEL LUTAR E CAMINHAR SÓ!
Esta não é a enumeração exaustiva de todas as qualidades que distinguem o
Venerável Mestre ideal, mas todo aquele que se esforce em possuí-las, estará no
caminho que conduz a todas as outras.
Este humilde mestre instalado e ex-V.:M;., encontrou uma forma bastante eficaz
de assegurar a continuidade na qualidade, dos seus VV:. MM:. - estabeleceu um
percurso que leva os candidatos designados a percorrerem diversas funções na
Loja, até chegarem ao cargo de V:. M:.. No meu entender, esta solução permite
atingir diversos fins igualmente importantes:
1. O futuro V:. M:. desempenha diversas funções cujo conhecimento contribui
e é importante para o seu trabalho como V:. M:.
2. O futuro V:. M:. é envolvido progressivamente na actividade de gestão da
Loja, chegando a V:. M:. já com algum domínio sobre os problemas que a
Loja possa ter.
3. Os mestres mais antigos (normalmente antigos VV:. MM:.), podem
acompanhar a progressão do futuro V:. M:., aconselhando-o e apoiando-o na
sua progressão.
4. "Permite detectar precocemente" se o candidato vai ou não vai conseguir ser
V:. M:. e, em casos extremos, tomar decisões.
Paradoxalmente, no meu caso pessoal, serei eventualmente V:. M:. dentro de
algum tempo, o que significa que o sistema que temos não é perfeito - permite
ainda erros de "casting". Tenho contudo esperança que, se necessário, haja a
coragem de aplicar o ponto 4 (acima), sendo assim a loja consequente com o inicio
deste texto - o critério de escolha tem de ser o da capacidade e competência e
nunca o da antiguidade. A Loja prevalece sobre os IIr:. (embora a Loja seja o
conjunto dos IIr:.) e o conjunto destes prevalece sobre cada um, mesmo que possa
vir a ser V:. M:..
Se o pretenso V:.M:., não reunir as condições mínimas necessárias, ai a Loja
pagará um alto preço pela má escolha, poderá haver uma explosão de insatisfações,
saídas inexplicáveis de IIr:. do quadro, sessões frias e monótonas, os visitantes
deixarão de ir a esta Loja.
Isto tem acontecido e muito, por ai, no afã de agradar o V.:M.: e suas condições, as
Lojas tomam decisões erradas, são levadas ao desgaste de seus membros, brigas
fúteis e até abatimento de colunas.
Meu Irmão se você não reúne as condições mínimas necessárias, não se candidate
a V:.M:., pois ao invés de ajudar, você atrapalhará os bons andamentos dos
trabalhos. Trabalhe na pedra bruta mais um pouco, pois um Irmão para se honrar
ser chamado de Venerável deve merece-lo ser. Ter apenas o título, isso qualquer
um pode ter. Mas ter sido um bom V:.M:., para que as gerações futuras lembre de
você, como um bom V:.M:., isso é para poucos.
Caro leitor, espero tê-lo ajudado a entender "O perfil e o Segredo de um
Venerável Justo e Perfeito..."
Ir. Ailton Branco -
ex-V.M Glmergs –
Semear Colégio de Estudos do Rito Schröder –
Oficina de Restauração do REAA - 19/04/2011
Por que surgiu a primeira Grande Loja de Londres? Quais os interesses
não revelados que detonaram iniciativa tão marcante? Nos anos que antecederam
esse “landmark” na história da maçonaria mundial, a confraria na Inglaterra
mostrava duas realidades distintas: os maçons católicos, que faziam suas reuniões
em locais cedidos pela Igreja e os maçons não católicos que se reuniam em locais
públicos, como tavernas e hospedarias. As Lojas que reuniam maçons cristãos
obedeciam à ritualística simples organizada para as recepções aos candidatos e
para as trocas de grau. Eram lideradas pela pujante Loja de York. As lojas
constituídas por maçons judeus, muçulmanos e budistas e que se reuniam em
tavernas, eram informais. As reuniões, em ágapes, se destinavam às trocas de
idéias variadas e às relações sociais.
A concorrência entre os dois segmentos da maçonaria britânica era
acirrada, até com episódios de violência contra o patrimônio. Historiadores não
comprometidos com a versão oficial revelam a campanha sistemática de maçons
filiados à Grande Loja de Londres contra documentos de qualquer espécie que
informassem algo sobre a existência das Lojas católicas mais antigas.
A Grã-Bretanha, desde o Ato de Supremacia proclamado por Henrique
VIII, em 1534, para romper com Roma e estabelecer a Reforma religiosa, viu-se
dividida entre catolicismo e protestantismo. Esse último ainda contribuiu com o
puritanismo; movimento de confissão calvinista que rejeitava tanto a Igreja
Romana como a Igreja Anglicana. Em 1649, a Revolução Puritana, sob a liderança
de Oliver Cromwell, saiu-se vencedora contra a Monarquia. Protagonizou a prisão
e decapitação do Rei Carlos I e proclamou a República na Grã-Bretanha. Com a
morte de Cromwell, abriu-se um período de crise, que conduziu à restauração dos
Stuart, em 1660. Quando Jaime II pretendeu restabelecer o catolicismo,
desprezando os interesses da maioria protestante, eclodiu a Revolução Gloriosa,
em 1688. O Stuart foi facilmente vencido, refugiando-se na França de Luís XIV. A
partir de 1714, reinaram os Hannover, alemães, protestantes, pouco interessados na
gestão do país e que, por isso, favoreceram e reforçaram a importância dos
“Whigs”, adeptos de uma Monarquia limitada pelo Parlamento.
Os intelectuais e cientistas da Royal Society, dentre eles vários maçons,
eram contra a influência da Igreja porque essa pregava a idéia do criacionismo para
explicar o surgimento do mundo. A Igreja apoiava sua posição nas teses dos
filósofos antigos, nas Sagradas Escrituras e na autoridade de fé e de santidade dos
padres. Os integrantes da Royal Society adotaram o lema: Nullius in Verba, para
mostrar que acreditam na verdade dos fatos, obtida através da experiência
científica e não ditada pela palavra de alguma autoridade. Combatiam também a
Escolástica, que era uma linha dentro da filosofia medieval com elementos
notadamente cristãos. A Escolástica surgiu da necessidade de responder às
exigências de fé, ensinada pela Igreja, acrescentando ao universo do pensamento
grego os temas: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada.
O ambiente político estava favorável para os maçons não cristãos
prestigiarem sua atividade, substituindo as finalidades mundanas das suas reuniões
nas tavernas por encontros com formalidades específicas para uma sociedade que
pretendia parecer cultural e filantrópica.
A esse respeito escreve John J. Robinson, em “Nascidos do Sangue - Os
Segredos Perdidos da Maçonaria”: “Enquanto a Maçonaria continental estava
ocupada em tecer mais e mais padrões complexos de rituais, a Maçonaria
britânica original de três graus enfrentava seus próprios problemas. Como todo o
conhecimento de qualquer propósito anterior desaparecera, a Maçonaria emergiu
como uma sociedade glutona e beberrona, com, talvez, uma sombria ênfase
exagerada na última. Todos os Maçons ingleses provavelmente lamentavam que
seu Irmão moralista, William Hogarth, houvesse imortalizado o estado da
Maçonaria londrina do século XVIII em sua pintura intitulada A Noite, que retrata
um Mestre Maçom bêbado como um gambá sendo carregado para casa pelo
Guarda da Loja, ambos com as insígnias maçônicas.”
Era preciso encontrar uma solução para esse comportamento. Os maçons
ligados à Royal Society, liderados por John Theophilus Desaguliers, filósofo,
assistente e divulgador de Isaac Newton, idealizaram fundar uma associação de
Lojas para planejar e organizar melhor o desempenho da maçonaria não atrelada
aos eventos da Igreja. Reuniram quatro Lojas de tavernas e criaram a Grande Loja
de Londres, em 1717.
A história da fundação da primeira Grande Loja no mundo mostra uma
dupla motivação para o evento: combater as Lojas que conservaram a influência
dos temas católicos na sua ritualística e ajudar a expandir o sionismo entre as
elites. A emigração de judeus sefarditas (de origem espanhola e portuguesa) e
asquenazes (de origem alemã e polonesa), sobretudo oriundos da Holanda e da
Alemanha para a Grã-Bretanha, ganhou intensidade na segunda metade do século
XVII. A Grã-Bretanha proporcionou à sua minoria judia condições próximas do
ideal para cultivar seus rituais religiosos. A regularização social dos judeus teve
lugar em geral sem obstáculos, ao longo de um período prolongado. Oliver
Cromwell deu permissão para o culto público a um pequeno grupo de sefarditas,
em 1656, e a licença manteve-se após a restauração da monarquia em 1660.
A geografia e a história colocaram a Grã-Bretanha de certo modo fora da
Europa continental e a experiência judaica ali, por sua vez, foi algo especial. Os
judeus foram admitidos tardiamente, mas, quando o foram, desfrutaram das
liberdades básicas durante um tempo mais prolongado que em qualquer outro país
europeu. A composição heterogênea da sociedade britânica produziu crescente
liberdade de culto. Embora a vigência da Declaração de Direitos (1689) que, entre
outras regulamentações, restringiu a liberdade religiosa ao culto protestante, os
preconceitos contra grupos religiosos minoritários foram tênues.
Apesar de ser uma das comunidades menos importantes e menores na
Grã-Bretanha, os judeus aproveitaram a generosa tolerância reinante e destacaram-
se na política, no comércio, nas artes e nas ciências, enfim, em todos os aspectos da
vida nacional inglesa. A posição dominante da Grã-Bretanha no mundo dotou os
líderes judeus de um papel preponderante internacional, como no desenvolvimento
inicial do sionismo.
E a maçonaria fez parte do processo sendo um dos meios de difusão do
sionismo. Os primeiros rituais surgidos da existência da Grande Loja de Londres
elegeram o Templo de Jerusalém construído por Salomão, o símbolo da obra
perfeita. Serviu de referência na analogia com o trabalho da maçonaria de
aprimoramento do caráter humano. O texto do ritual reproduziu passagens bíblicas
dos hebreus nas explanações aos maçons. A resistência ao retorno do catolicismo
na maçonaria e a divulgação do sionismo conjugaram-se numa corrente que
sufocou as Lojas cristãs remanescentes. A influência dos judeus maçons com
posições de destaque na marinha, no comércio de armas e no mercado de negócios
bancários levou o poderio político e institucional da maçonaria inglesa para além
fronteiras da Grã-Bretanha. A estratégia de fazer constar que a Grande Loja de
Londres inaugurou uma nova maçonaria, a especulativa, em substituição à
operativa, deu certo. O mundo maçônico acreditou. A eliminação dos documentos
relativos às atividades anteriores a 1717 deu veracidade à tese. A maçonaria
britânica tornou-se forte e respeitada. Os maçons ingleses mantiveram-se
suficientemente poderosos para ditarem ao mundo, cem anos mais tarde, as oito
regras para a regularidade das Lojas e dos maçons no universo.
 Chegando da Editora Maçônica “A Trolha” o livro do mês. “José Álvares Maciel –
Conjurado e Maçom” sua época, legado e exemplo é a obra escrita pelo Ir. José
Clei Gomes Filho do Círculo mensal do Livro.
 O Ir. Suenon Mafra da Loja Pitágoras (GLSC) deve estar com boas lembranças
ao ler “O Caminho Maçônico de Compostela, do Ir. Francisco Pucci. Suenon já
percorreu este percurso tendo proferido várias palestras sobre suas experiências.
 A Loja Orvalho do Hermon, 2859, de Brusque-SC que trabalha no Rito
Adonhiramita, completa 16 anos de bons trabalhos prestados à Maçonaria
Universal. Cumprimentos ao VM Ir. Antonio Marcos Monsores da Fonseca.
 Convite: A Loja Hermann Blumenau convidando para a Sessão Magna de
Instalação do Ir.´.José Rinaldo de Melo e Silva, ao cargo de V .´. M.´. no dia 07
de junho do corrente ano às 20:00, no Templo da Rua Londrina, n. 199, bairro da
Velha em Blumenau – SC. A mensagem vem assinada pelo Ir. Jocely Xavier
Araujo V.´. M.´.
 No próximo dia 17 de junho haverá a Instalação de todos os novos e veneráveis
reeleitos para o período administrativo 2011/2012, cuja eleição acontecerá neste
mês de maio. A cerimônia será às 19h00. Paralelamente, no mesmo horário, haverá
reunião da Associação Beneficente Mosaico para as esposas dos atuais e futuros
Veneráveis Mestres.
 A Loja Sabedoria, Luz e União nr. 2561 de Feira de Santana (BA) através de
seu VM Ir. Alexandre Monteiro, comunicando a nova diretoria da Loja em eleição
realizada dia 9 e assim constituída:
Venerável - Audenor Gonçalves de Araujo;
1º Vig.'. - Roberto Azevedo Aquino;
2º Vig.'. - Antonio Carlos Batista Neves;
Orador - Manoel Oliveira França;
Sec.'. - Ivamberg dos Santos LIma;
Tes.'. - Manoel Luciano Portugal da Silva;
Chanc.'. - Halailton Soares Santana.
Deputado Estadual:
Pedro Carlos de Amorim
Suplente - Fabiano de Castro Araujo Pizzani
A mensagem vem assinada pelo Ir Edward, Secretário.
 Do professor Gabriel Campos de Oliveira, sobre os fatos Maçônicos ocorridos
neste 11 de maio:
1865 - Fundada a GL de West Virgínia, USA.
1875 - Fundado o GC MRA do Colorado, USA.
1887 - Nasce o Ir.'.Juan Gris, pintor espanhol, figura importante do movimento
cubista. Foi iniciado na Loja Voltaire, de Paris.
1929 - O GO do Brasil incorpora o GO de São Paulo, após dissidência causada
em 1921 pelas irregularidades nas eleições para o Grão-Mestrado.
1939 - Liderada pelos Maçons IIr.'. Bento Gonçalves e David Canabarro a
República Riograndense, originada pela Revolução Farroupilha, liberta os escravos.
 O Ir. Laurindo Gutierrez já está por Lisboa, Nas suas andanças já encontrou o
Ir Luiz Roberto da Loja Fé e Perseverança de Jaboticabal SP que a partir de
hoje começa a receber os informativos diários do JB News. Um TFA aos felizes
peregrinos que se encontram desfrutando das belezas lusitanas.
 Florianópolis acolheu no final de semana (6 e 7) a XIIIa. Convenção Nacional do
Rito Brasileiro, noticiado inúmeras vezes pelo JB News. Numa colaboração do Ir.
Robson Gouveia de Brasília, seguem as fotos do marcante evento:
https://picasaweb.google.com/112592067384442867903/FotosXIIIConvencaoNacionalDo
RitoBrasileiroFlorianopolisSC08E09052011?authkey=Gv1sRgCMCv3uyYzMHm2wE#
slideshow/5604734749848862498
 Agende-se para esta quarta-feira:
O Venerável Mestre da A.R.L.S. Cavaleiros da Luz, n 3657,
tem a satisfação de convidar para o lançamento do livro
"FRAGMENTOS DO ESQUADRO, DO COMPASSO E DA CULTURA"
de autoria de Walter Celso de Lima,
a realizar-se no dia 11 de maio de 2011
a partir das 19:00 horas, na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho,
Palácio Barriga Verde, Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

As jóias dos vigilantes perpetuam-se em ERRO por mais de 200 ANOS,
ninguém contesta. Este ERRO estamos convertendo-o em uma 'verdade'
inconteste. Creio não ser difícil confirmar observando-se
o PAINEL acima.
Mais comentários na ÁREA RESTRITA do MUSEU MAÇÔNICO
PARANAENSE.
Na ÁREA RESTRITA assim como na Biblioteca desta, encontrarão farto
material disponível para estudo, proporcionando ao buscador outro
ângulo de visão sobre o simbolismo da Ordem, voltado para o
relacionado com a ciência e o significado simbólico em si.
Para o acesso da ÁREA RESTRITA a maçons, deverá ser preenchido um
cadastro
Por favor, verifiquem se conhece alguém como maçom, neste link
(solicitaram acesso na ÁREA RESTRITA do Museu Maçônico
Paranaense): http://www.museumaconicoparanaense.com/Cadast_liberar/ind_lib_cadast.php
Abraço-os FRATERNALMENTE.
Hiran Luiz Zoccoli
Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com
Curitiba - Paraná - Brasil.
Templo Maçônico de Formiga - MG
O tempo passa, o tempo voa. Para os saudosistas de
Florianópolis veja o vídeo “Notícias de Santa
Catarina”. Entre outras, o Clube 12 de Agosto e o
baile de debutantes do ano de 1967 de saudosa
memória de muitas vovós de hoje, com narração do
colega e amigo Eleazar Nascimento.
Valeu Mano Waldemar Henrique Dias. Manda mais!
http://www.youtube.com/watch?v=Pn7QtmwtdYA&feature=share

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 256 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era, 91 (GLSC) Quintas-feiras 20h00 Templo: “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC), 11 de maio de 2011 Índice desta quarta-feira: 1. Almanaque 2. O Caminho Maçônico de Compostela – De Aprendiz a Mestre-Maçom (Ir. Francisco Pucci) 3. O perfil e o segredo de um Venerável Mestre Justo e Perfeito (Ir. Denilson Forato) 4. Propósitos da primeira Grande Loja de Londres (Ir. Ailton Branco) 5. Destaques
  • 2.
  • 3.  824 - É eleito o Papa Eugénio II.  1749 - Fundação da cidade de Alexandria, no estado da Virgínia, Estados Unidos.  1822 - Jardim Botânico do Rio de Janeiro é aberto à visitação.  1852 - Inauguração do telégrafo no Brasil.  1858 - Minnesota torna-se o 32º estado norte-americano.  1862 - Ferdinand Carré inventa a primeira geladeira.  1867 - A independência de Luxemburgo é reconhecida.  1926 - Roald Amundsen, Lincoln Ellsworth e Umberto Nobile partem de Spitzbergen para a primeira travessia do Ártico em um dirigível.  1927 - Fundação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar.  1928 - Inauguração da WGY, primeiro serviço analógico de televisão do mundo.  1938 - Levante Integralista, no Brasil.  1949 o Israel é admitido na Organização das Nações Unidas. o O Sião muda de nome para Tailândia.  1960 - Adolf Eichmann, um organizador do Holocausto, é raptado na Argentina por uma equipe de agentes secretos israelitas da Mossad, que o trouxeram para Israel, onde foi julgado, condenado (1961) e executado (1962).  1962 - Emancipação do município de Bom Jesus (Rio Grande do Norte).  1988 - Emancipação do município de Machadinho d'Oeste, em Rondônia.  2001 - Lançamento da edição em português da Wikipédia. o A porto-riquenha Denise Quiñones é eleita Miss Universo, no concurso realizado em Porto Rico, tonando-se a 4ª de seu país a obter o título.  2007 - Canonização do 1º santo brasileiro, Frei Galvão, em São Paulo, pelo Papa Bento XVI.  Dia do Barbeiro (Brasil)  Santos do dia: Santa Joana e Santo Antônio de Sant'Ana Galvão  Dia da Integração do Telégrafo (Brasil)  Anjo do dia: Nanael (Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
  • 4. O CAMINHO MAÇÔNICO DE COMPOSTELA - De Aprendiz a Mestre Maçom Ir Francisco Pucci O caminho de Compostela, na Espanha, ficou famoso como sinônimo de caminho de peregrinação. Dessa tradição, podemos tirar algumas lições. Só extraímos valor daquilo que nos custa algo. A idéia não é de sacrifício, mas de experienciar aquilo que se faz. Ir a Compostela de avião ou num carro de luxo, nos mostra o resultado final, o ponto de chegada, mas não nos permite incorporar – e incorporar significa tornar parte de nosso corpo – cada passo, cada gota de suor, cada esquina do caminho, cada árvore florida, cada córrego fresco, cada canto de pássaro, cada entardecer ou cada amanhecer. Chegamos a Compostela, mas ela não fará parte de nós. Se o caminho é tão importante quanto o ponto de chegada, o tempo deixa de ser importante. Quando temos pressa de chegar, o caminho não tem a menor
  • 5. importância. O tempo, sim. Os veículos, também. Nesse caso, os fins justificam os meios. Quando o experienciar é que é importante, os meios passam a ter valor em si mesmos. O tempo passa a ser secundário, pois cada passo é um chegar. Cada pequena experiência se soma à grande experiência que é o caminhar. Estar lá é fundamental. Se vamos a Compostela por avião, as esquinas do caminho, as árvores floridas, os córregos frescos, o canto dos pássaros, o entardecer e o amanhecer continuarão lá. Mas não farão parte de nós. Não farão parte de nossa bagagem. Quando, ao entardecer dos anos, nos sentarmos à frente da lareira, examinando em silêncio a bagagem de nossa vida, essas coisas não estarão lá. Estaremos, incontestavelmente, mais pobres. Há alguns anos, eu e os IIrMestres aqui presentes éramos Aprendizes. Curiosos e apressados como todos os Aprendizes. Após um tempo, começamos a achar que não havia nada no grau de Aprendiz que correspondesse àquela expectativa que tínhamos quando fomos iniciados. Púnhamos, então, nossas esperanças no grau de Companheiro. Quando fôssemos elevados, os segredos nos seriam revelados e o que tínhamos vindo buscar nos seria entregue. Após algum tempo, novamente a rotina se instala e passamos a desejar sermos Mestres. Aí, sim, a Maçonaria seria desvendada e encontraríamos o pote de ouro no fim do arco-íres. Creio que essa pressa, tão típica do espírito moderno, é normal. Afinal, vivemos uma época onde o importante é chegar. Muitas vezes até de forma escusa, arrancando de forma ilegítima as "palavras de passe", os "sinais", os "toques" e as "palavras" de cada posição social. Como os maus companheiros o fizeram. Mas que valor, então, teve o nosso caminhar? Eu e os MMaqui presentes, meus IIr, estivemos lá. Estivemos presentes em cada passo, vertemos cada gota de suor, paramos em cada esquina do caminho, admiramos cada árvore florida, bebemos em cada córrego fresco, ouvimos cada canto de pássaro, admiramos cada entardecer e cada amanhecer. Estivemos presentes a cada sessão. Ouvimos cada palavra, as boas e as más, as inspiradas e as chatas. Hoje, o caminho faz parte de cada um de nós. Cada experiência está em nossa bagagem. Somos mais ricos. E descobrimos que o grande segredo da Maçonaria não está no onde se chega, mas no caminhar juntos, com-partilhando nossa humanidade no que ela tem de melhor e de pior. Dizem os místicos que "quando o discípulo está pronto o Mestre aparece". Para que isso aconteça, é necessário que o discípulo esteja pronto, quer dizer, esteja lá e esteja atento. Não façamos, meus IIr, como as dez virgens da parábola
  • 6. evangélica, que, quando o noivo chegou, estavam dormindo e não tinha mais azeite em suas lâmpadas. É estando presentes que veremos que o verdadeiro tesouro da Maçonaria nos é dado, sim, mas não na chegada. A cada sessão nos é dada uma moeda. Jogamo-la na bolsa sem muita consideração. Um dia, meus IIr - e isso tantos Irmãos mais vividos nos têm testemunhado -, acordamos e descobrimos, entre espantados e extasiados, que temos um tesouro acumulado. Nesse dia, cada vez que declamarmos: "Ó, quão bom e quão suave é viverem os Homens em união. É como o perfume que desce sobre a cabeça e sobre a barba de Aarão", as palavras nos farão sentido e nossas almas exultarão. Hoje eu rogo ao GADU que os Irmãos que estão sendo elevados tenham guardado e continuem guardando cada uma das medalhas cunhadas que aqui receberem. Ir Denilson Forato, MI Ex-VM da ARLS Fraternidade e Amizade-321-GOP-COMAB-CMI Economista e Perito Judicial - denilsonforato@gmail.com>
  • 7. Adaptado (de forma muito livre) de texto escrito pelo Grande Ir:. Valdemar Sansão, a quem eu tanto admiro e respeito  Antes de mais, importa esclarecer que o cargo de V:. M:. não deve ser encarado como um passo inevitável no percurso de um maçom. Pretendo com isto dizer que, eventualmente, nem todos os maçons chegarão a ser VV:. MM:., já que o critério de escolha deve ser o da capacidade e competência e nunca o da antiguidade ou outros critérios usados em muitas Lojas por ai.. Anualmente é eleito pelos seus pares um novo Venerável Mestre que, entusiasmado pelo cargo, cheio de enorme boa vontade e responsabilidade, prepara o seu programa de atividades, nem sempre o conseguindo cumprir com o êxito desejado. Isso pode ser visto através da forma como a Loja evolui ao longo do Veneralato:  pelo nível de envolvimento e adesão dos IIr:. às atividades da Loja,  pelo nível de indiferença ou ausências às Sessões;  pelo nível de não cumprimento de compromissos junto do Tes:.,  pela falta de apoio, comprometimento, incompreensão e afastamento de alguns Irmãos.  pelo descaso do próprio V:.M:. em suas atribuições,  desarmonias,falta de comunicação e outros problemas. Formalmente falando, o V:.M:. deve ser um homem sensato, de conduta irrepreensível, sem envolvimento com nada de errado, conduta ilibada, postura exemplar, honesto e exemplo de homem dentro e fora da Maçonaria , com as qualificações para ensinar e para aprender a desempenhar muito bem a sua função. É preciso iniciar a jornada pela base, pelo estudo, de modo a não nos faltar a paz, o equilíbrio e a tolerância para discernir quem será o melhor candidato. Um brilhante orador, professor, empresário, médico, juiz ou advogado, nem sempre pode ser qualificado para "guia dos Irmãos" de uma Loja Maçónica. Ter um nome famoso, riqueza e posição social, dispor de força ou de autoridade, não são qualificações para este fim. Devemos ter a certeza de que ele possui conhecimentos maçónicos, compreensão e prática da fé raciocinada que deverá utilizar para facilitar a jornada evolutiva de
  • 8. todo o quadro de obreiros da Loja. Devemos também assegurar-nos de que tem a vontade "correcta" para desempenhar este cargo. A vaidade pode conduzir um homem a considerar-se poderoso e infalível; porém, os mais avisados sabem que na Maçonaria não existem "poderosos e infalíveis" e, sendo uma fraternidade, não há outra Instituição onde melhor se aplique o lema: "liberdade, igualdade, fraternidade". Um dos problemas internos das Lojas é que muitos Irmãos mais presunçosos e despreparados, depois de serem exaltados, deixam de estudar, achando que atingiram a "Plenitude Maçónica". Estes são os primeiros a tentar encontrar vias rápidas e alternativas para serem candidatos ao cargo de V:.M:., tendo sucesso em Lojas que, sem critérios ou cuidados, promovem a sua eleição, propiciando o desrespeito pelas tradições da Ordem por pura omissão, conivência ou até cobardia. Outras vezes Irmãos, por melindres, intrigas, ou apenas pela satisfação de vaidades pessoais ou birra, indicam candidatos para o "trono de Salomão", somente em função dos seus relacionamentos. Estes candidatos, uma vez eleitos e empossados, pouco contribuem para a Ordem Maçónica e/ou para a Loja, tendem a banalizar a ritualística, ou a achar que mudar e inventar futilidades é sinónimo de modernização e inovação. É necessário que meditem sobre a disciplina que envolve o estudo, a reflexão em torno dos princípios maçónicos, e o empenho responsável de renovação do verdadeiro maçon. O que devemos fazer para ajudar a impedir o sucesso desses insensatos que faltam à fé jurada?  Percebendo qual será o seu "programa administrativo ou de trabalho";  Vendo o modo como se comportaram nos cargos exercidos nos últimos anos;  Avaliando se aprenderam a lidar com o diferente;  Percebendo que grau e que tipo de envolvimento têm com a Loja e com os IIr:..  Considerando o seu carisma, ou seja, as suas qualidades de liderança. É imprescindível ter também em consideração aspectos como, o conhecimento doutrinário; se chefia a sua família de forma ajustada; se dispõe de tempo
  • 9. disponível que possa dedicar à Loja e à Ordem, sem com isso prejudicar a sua atividade profissional e familiar, etc. Quanto mais claramente conseguirmos ver as qualidades do candidato, mais valioso ele se torna para nós. Somando o conjunto destas e de outras qualidades, podemos avaliar se, no seu conjunto, o candidato reúne o necessário para assumir este desafio. Uma escolha apressada de alguém desqualificado poderá trazer resultados muitas vezes desastrosos. Não bastam anos de frequência às reuniões ou a leitura de alguns livros maçónicos, para se dominar o conhecimento exigido. Para desempenhar este cargo, é preciso estudar - única forma de alcançar o conhecimento necessário - porque aprender é, evidentemente, um acto de humildade. Mas para adquirir sabedoria, é preciso observar. Só assim conseguiremos, ao invés de colocar o homem no centro de tudo, descobrir o tudo que está no centro do homem. Para desempenhar este cargo, é preciso também "estarmos envolvidos"; é preciso preocuparmo-nos com os nossos IIr:., com a Loja em si mesma, com a Ordem, etc. Em resumo, é preciso sentirmos que o nosso percurso está intimamente ligado a todos os que de alguma forma se relacionam, directa ou indirectamente, com a Loja. Desempenhar as funções de V:. M:. implica em investir no reforço das suas ligações à Loja e entre eles próprios. O candidato, quando preparado e com o perfil adequado, pode desempenhar esta missão, conduzindo-a com mãos suficientemente fortes para afagar e aplaudir; sabedoria para ensinar e modéstia para aprender, e por este conhecimento, fazer-se paciente, puro, pacífico e justo; adquirindo a aptidão para reconhecer o seu limitado poder e abundantes erros; a sua capacidade e suas falhas; os seus direitos e deveres; dispor de força para, ciente de tudo isso, libertar-se das paixões humanas e assim adquirir a antevisão e o equilíbrio necessários para se livrar dos obstáculos no seu Veneralato, levando Paz, Amor Fraternal e Progresso à sua Loja. O V:. M:. escolhido tem que ser um líder agregador que entusiasme os seus Irmãos pela sua dedicação e abnegação à Maçonaria. Os grandes Mestres sabem ser severos e rigorosos sem renegarem a mais perfeita benevolência. Tratam os Ilr:. da forma como desejam ser tratados e ajudam-nos a serem o que são capazes de ser: filhos amados do Grande Arquiteto do Universo, portanto IRMÃOS. O V:. M:. precisa compreender que assiste ao outro o direito de ter uma opinião divergente da sua. Deve procurar criar uma empatia com o crítico, ver o assunto do
  • 10. ponto de vista dele, manifestando entender o seu sentimento. Sendo todos iguais, ninguém é mais forte ou mais fraco e deixa que perceba isso. Só assim ele compreenderá que o seu direito de opinar (participar) está a ser respeitado. Quando um Irmão necessita falar ouve-o; quando acha que vai cair, ampara-o; quando pensa em desistir, estimula-o. A bondade e a confiança dos seus pares que o elevaram a essa posição de destaque, exige ser usada com sabedoria, aplicando-a no comprometimento da justiça, nunca na causa da opressão. No desempenho de sua função terá sempre em consideração que ninguém vence sozinho, mas jamais permanecerá ofuscado pelas influências dos que o apoiaram ou se deixará dominar por qualquer tentativa de predominância. Ele, como V:.M:., é responsável por tudo o que acontecer de certo ou de errado em sua Loja. Por mais que se queixe da "herança perversa recebida" do seu antecessor; de Iniciações de candidatos mal seleccionados, fardos que agora estão a seu cargo; de Irmãos que faltam ao sigilo, à disciplina; da desorganização da Secretaria e da Tesouraria da Loja, que motivam contrariedades, causam prejuízos de ordem moral e monetária de difícil reajustamento. Perante um cenário destes, deve concentrar-se antes no que tem feito para modificar, agilizar e melhorar este quadro. A condução de uma Loja dá trabalho, requer paciência, é como se fossemos tecer uma colcha de retalhos, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. Deve ser feita com destreza, dedicação, vontade e habilidade. Importa também perceber que temos nos nossos Irmãos os reflexos de nós mesmos. Cabe-nos, por isso mesmo tentar compreendê-los, pela própria consciência, para poder extirpar espinhos, separar as coisas daninhas, ruins, que surgem entre as boas que semeamos no solo bendito do tempo e da vida, já que que se não forem bem cuidadas serão corrompidas. A atitude do V:. M:. pode ser descrita como um conjunto de diversos aspectos complementares:  Fraternidade - quando o V:. M:. lança a semente da união.  Consciência - quando nos convida a analisar os nossos feitos para reconhecer erros cometidos.  Indulgência - quando aos defeitos alheios pede paciência.  Amor - quando floresce um sentimento puro de amizade aos olhos de todos.
  • 11.  Bondade - quando convive com os nossos erros, incompreensões, medos, desânimos, perdoando de boa vontade.  Justiça - quando deixa que cada um receba segundo os seus actos.  Felicidade - quando nos lábios de um Irmão aparecer um sorriso, e outro sorri também, mesmo de coisas pequenas para provar ao mundo que quer oferecer o melhor.  Instrutor - quando valoriza a ritualística, o simbolismo, utilizando as Sessões Ordinárias como uma forma objectiva de instruir o Irmão, incentivando o estudo e a discussão de tudo que seja relevante para a Ordem em particular e para a sociedade em geral.  Mestria - quando estimula os II:. a apresentarem trabalhos de conteúdo, elaborados por eles, e recusa simplesmente cópias retiradas de livros, revistas ou Internet, e o que é ainda mais inconveniente, insensato e desastroso, o recurso do plágio, ou seja, à cópia ou imitação do trabalho alheio, sem menção do legitimo autor. Mestre sim, porque, sempre independente, nunca perde a alegria, nunca se acomoda e, como fiel condutor que representa o grupo, que ocupa a primeira posição de comando, isto é, comanda (manda com) os seus liderados em qualquer linha de ideia, se assume como o líder. Quando ao sair das reuniões cada um de nós se sentir fortalecido na prática da Arte Real, do bem e do amor ao próximo, podemos apelidar o local de Loja Maçónica Regular, Justa e Perfeita. Acabando a tristeza e a preocupação, surge então a força, a esperança, a alegria, a confiança, a coragem, o equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância, o bom humor, de modo que a veemência e a determinação se tornam contagiantes, mas não esquecendo o perigo que representa a falta do entusiasmo que também contagia. E, finalmente, quando se aproximar o final do seu Veneralato, deve fazer uma reflexão sobre quais foram as atitudes reais de beneficência que tomou; referimo- nos não só ao auxílio financeiro a alguma Instituição filantrópica, mas também ao "ombro amigo" na hora necessária, ou o empréstimo do seu ouvido para que as queixas fossem depositadas. O V:. M:. nunca deve deixar de agradecer por ter sido a ferramenta, o instrumento de trabalho criado por Deus, usado como símbolo da moralidade, para trazer luz, calor, paz, sabedoria, beleza para muitos corações e amor sem medida no caminho de tantos Irmãos.
  • 12. Ao encerrar o se mandato, é importante que consiga afirmar a todos os obreiros de sua Loja: "não sinto que caminhei só. Obrigado por estarem comigo. Obrigado por me demonstrarem quanto bem me querem. Eu também vos quero bem. Gostaria de continuar, mas é tempo de "passar o malhete" e dizer: MISSÃO CUMPRIDA!" Nas nossas reflexões, que o amor desperte nos nossos corações e juntos, com os olhos voltados para frente, consigamos tenacidade para construir o presente e audácia para arquitectar o futuro, por isso, NUNCA DEVEMOS DEIXAR O NOSSO VENERÁVEL LUTAR E CAMINHAR SÓ! Esta não é a enumeração exaustiva de todas as qualidades que distinguem o Venerável Mestre ideal, mas todo aquele que se esforce em possuí-las, estará no caminho que conduz a todas as outras. Este humilde mestre instalado e ex-V.:M;., encontrou uma forma bastante eficaz de assegurar a continuidade na qualidade, dos seus VV:. MM:. - estabeleceu um percurso que leva os candidatos designados a percorrerem diversas funções na Loja, até chegarem ao cargo de V:. M:.. No meu entender, esta solução permite atingir diversos fins igualmente importantes: 1. O futuro V:. M:. desempenha diversas funções cujo conhecimento contribui e é importante para o seu trabalho como V:. M:. 2. O futuro V:. M:. é envolvido progressivamente na actividade de gestão da Loja, chegando a V:. M:. já com algum domínio sobre os problemas que a Loja possa ter. 3. Os mestres mais antigos (normalmente antigos VV:. MM:.), podem acompanhar a progressão do futuro V:. M:., aconselhando-o e apoiando-o na sua progressão. 4. "Permite detectar precocemente" se o candidato vai ou não vai conseguir ser V:. M:. e, em casos extremos, tomar decisões. Paradoxalmente, no meu caso pessoal, serei eventualmente V:. M:. dentro de algum tempo, o que significa que o sistema que temos não é perfeito - permite ainda erros de "casting". Tenho contudo esperança que, se necessário, haja a coragem de aplicar o ponto 4 (acima), sendo assim a loja consequente com o inicio deste texto - o critério de escolha tem de ser o da capacidade e competência e nunca o da antiguidade. A Loja prevalece sobre os IIr:. (embora a Loja seja o conjunto dos IIr:.) e o conjunto destes prevalece sobre cada um, mesmo que possa vir a ser V:. M:..
  • 13. Se o pretenso V:.M:., não reunir as condições mínimas necessárias, ai a Loja pagará um alto preço pela má escolha, poderá haver uma explosão de insatisfações, saídas inexplicáveis de IIr:. do quadro, sessões frias e monótonas, os visitantes deixarão de ir a esta Loja. Isto tem acontecido e muito, por ai, no afã de agradar o V.:M.: e suas condições, as Lojas tomam decisões erradas, são levadas ao desgaste de seus membros, brigas fúteis e até abatimento de colunas. Meu Irmão se você não reúne as condições mínimas necessárias, não se candidate a V:.M:., pois ao invés de ajudar, você atrapalhará os bons andamentos dos trabalhos. Trabalhe na pedra bruta mais um pouco, pois um Irmão para se honrar ser chamado de Venerável deve merece-lo ser. Ter apenas o título, isso qualquer um pode ter. Mas ter sido um bom V:.M:., para que as gerações futuras lembre de você, como um bom V:.M:., isso é para poucos. Caro leitor, espero tê-lo ajudado a entender "O perfil e o Segredo de um Venerável Justo e Perfeito..."
  • 14. Ir. Ailton Branco - ex-V.M Glmergs – Semear Colégio de Estudos do Rito Schröder – Oficina de Restauração do REAA - 19/04/2011 Por que surgiu a primeira Grande Loja de Londres? Quais os interesses não revelados que detonaram iniciativa tão marcante? Nos anos que antecederam esse “landmark” na história da maçonaria mundial, a confraria na Inglaterra mostrava duas realidades distintas: os maçons católicos, que faziam suas reuniões em locais cedidos pela Igreja e os maçons não católicos que se reuniam em locais públicos, como tavernas e hospedarias. As Lojas que reuniam maçons cristãos obedeciam à ritualística simples organizada para as recepções aos candidatos e para as trocas de grau. Eram lideradas pela pujante Loja de York. As lojas constituídas por maçons judeus, muçulmanos e budistas e que se reuniam em tavernas, eram informais. As reuniões, em ágapes, se destinavam às trocas de idéias variadas e às relações sociais. A concorrência entre os dois segmentos da maçonaria britânica era acirrada, até com episódios de violência contra o patrimônio. Historiadores não
  • 15. comprometidos com a versão oficial revelam a campanha sistemática de maçons filiados à Grande Loja de Londres contra documentos de qualquer espécie que informassem algo sobre a existência das Lojas católicas mais antigas. A Grã-Bretanha, desde o Ato de Supremacia proclamado por Henrique VIII, em 1534, para romper com Roma e estabelecer a Reforma religiosa, viu-se dividida entre catolicismo e protestantismo. Esse último ainda contribuiu com o puritanismo; movimento de confissão calvinista que rejeitava tanto a Igreja Romana como a Igreja Anglicana. Em 1649, a Revolução Puritana, sob a liderança de Oliver Cromwell, saiu-se vencedora contra a Monarquia. Protagonizou a prisão e decapitação do Rei Carlos I e proclamou a República na Grã-Bretanha. Com a morte de Cromwell, abriu-se um período de crise, que conduziu à restauração dos Stuart, em 1660. Quando Jaime II pretendeu restabelecer o catolicismo, desprezando os interesses da maioria protestante, eclodiu a Revolução Gloriosa, em 1688. O Stuart foi facilmente vencido, refugiando-se na França de Luís XIV. A partir de 1714, reinaram os Hannover, alemães, protestantes, pouco interessados na gestão do país e que, por isso, favoreceram e reforçaram a importância dos “Whigs”, adeptos de uma Monarquia limitada pelo Parlamento. Os intelectuais e cientistas da Royal Society, dentre eles vários maçons, eram contra a influência da Igreja porque essa pregava a idéia do criacionismo para explicar o surgimento do mundo. A Igreja apoiava sua posição nas teses dos filósofos antigos, nas Sagradas Escrituras e na autoridade de fé e de santidade dos padres. Os integrantes da Royal Society adotaram o lema: Nullius in Verba, para mostrar que acreditam na verdade dos fatos, obtida através da experiência científica e não ditada pela palavra de alguma autoridade. Combatiam também a Escolástica, que era uma linha dentro da filosofia medieval com elementos notadamente cristãos. A Escolástica surgiu da necessidade de responder às exigências de fé, ensinada pela Igreja, acrescentando ao universo do pensamento grego os temas: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada. O ambiente político estava favorável para os maçons não cristãos prestigiarem sua atividade, substituindo as finalidades mundanas das suas reuniões nas tavernas por encontros com formalidades específicas para uma sociedade que pretendia parecer cultural e filantrópica. A esse respeito escreve John J. Robinson, em “Nascidos do Sangue - Os Segredos Perdidos da Maçonaria”: “Enquanto a Maçonaria continental estava ocupada em tecer mais e mais padrões complexos de rituais, a Maçonaria britânica original de três graus enfrentava seus próprios problemas. Como todo o
  • 16. conhecimento de qualquer propósito anterior desaparecera, a Maçonaria emergiu como uma sociedade glutona e beberrona, com, talvez, uma sombria ênfase exagerada na última. Todos os Maçons ingleses provavelmente lamentavam que seu Irmão moralista, William Hogarth, houvesse imortalizado o estado da Maçonaria londrina do século XVIII em sua pintura intitulada A Noite, que retrata um Mestre Maçom bêbado como um gambá sendo carregado para casa pelo Guarda da Loja, ambos com as insígnias maçônicas.” Era preciso encontrar uma solução para esse comportamento. Os maçons ligados à Royal Society, liderados por John Theophilus Desaguliers, filósofo, assistente e divulgador de Isaac Newton, idealizaram fundar uma associação de Lojas para planejar e organizar melhor o desempenho da maçonaria não atrelada aos eventos da Igreja. Reuniram quatro Lojas de tavernas e criaram a Grande Loja de Londres, em 1717. A história da fundação da primeira Grande Loja no mundo mostra uma dupla motivação para o evento: combater as Lojas que conservaram a influência dos temas católicos na sua ritualística e ajudar a expandir o sionismo entre as elites. A emigração de judeus sefarditas (de origem espanhola e portuguesa) e asquenazes (de origem alemã e polonesa), sobretudo oriundos da Holanda e da Alemanha para a Grã-Bretanha, ganhou intensidade na segunda metade do século XVII. A Grã-Bretanha proporcionou à sua minoria judia condições próximas do ideal para cultivar seus rituais religiosos. A regularização social dos judeus teve lugar em geral sem obstáculos, ao longo de um período prolongado. Oliver Cromwell deu permissão para o culto público a um pequeno grupo de sefarditas, em 1656, e a licença manteve-se após a restauração da monarquia em 1660. A geografia e a história colocaram a Grã-Bretanha de certo modo fora da Europa continental e a experiência judaica ali, por sua vez, foi algo especial. Os judeus foram admitidos tardiamente, mas, quando o foram, desfrutaram das liberdades básicas durante um tempo mais prolongado que em qualquer outro país europeu. A composição heterogênea da sociedade britânica produziu crescente liberdade de culto. Embora a vigência da Declaração de Direitos (1689) que, entre outras regulamentações, restringiu a liberdade religiosa ao culto protestante, os preconceitos contra grupos religiosos minoritários foram tênues. Apesar de ser uma das comunidades menos importantes e menores na Grã-Bretanha, os judeus aproveitaram a generosa tolerância reinante e destacaram- se na política, no comércio, nas artes e nas ciências, enfim, em todos os aspectos da vida nacional inglesa. A posição dominante da Grã-Bretanha no mundo dotou os
  • 17. líderes judeus de um papel preponderante internacional, como no desenvolvimento inicial do sionismo. E a maçonaria fez parte do processo sendo um dos meios de difusão do sionismo. Os primeiros rituais surgidos da existência da Grande Loja de Londres elegeram o Templo de Jerusalém construído por Salomão, o símbolo da obra perfeita. Serviu de referência na analogia com o trabalho da maçonaria de aprimoramento do caráter humano. O texto do ritual reproduziu passagens bíblicas dos hebreus nas explanações aos maçons. A resistência ao retorno do catolicismo na maçonaria e a divulgação do sionismo conjugaram-se numa corrente que sufocou as Lojas cristãs remanescentes. A influência dos judeus maçons com posições de destaque na marinha, no comércio de armas e no mercado de negócios bancários levou o poderio político e institucional da maçonaria inglesa para além fronteiras da Grã-Bretanha. A estratégia de fazer constar que a Grande Loja de Londres inaugurou uma nova maçonaria, a especulativa, em substituição à operativa, deu certo. O mundo maçônico acreditou. A eliminação dos documentos relativos às atividades anteriores a 1717 deu veracidade à tese. A maçonaria britânica tornou-se forte e respeitada. Os maçons ingleses mantiveram-se suficientemente poderosos para ditarem ao mundo, cem anos mais tarde, as oito regras para a regularidade das Lojas e dos maçons no universo.  Chegando da Editora Maçônica “A Trolha” o livro do mês. “José Álvares Maciel – Conjurado e Maçom” sua época, legado e exemplo é a obra escrita pelo Ir. José Clei Gomes Filho do Círculo mensal do Livro.  O Ir. Suenon Mafra da Loja Pitágoras (GLSC) deve estar com boas lembranças ao ler “O Caminho Maçônico de Compostela, do Ir. Francisco Pucci. Suenon já percorreu este percurso tendo proferido várias palestras sobre suas experiências.  A Loja Orvalho do Hermon, 2859, de Brusque-SC que trabalha no Rito Adonhiramita, completa 16 anos de bons trabalhos prestados à Maçonaria Universal. Cumprimentos ao VM Ir. Antonio Marcos Monsores da Fonseca.
  • 18.  Convite: A Loja Hermann Blumenau convidando para a Sessão Magna de Instalação do Ir.´.José Rinaldo de Melo e Silva, ao cargo de V .´. M.´. no dia 07 de junho do corrente ano às 20:00, no Templo da Rua Londrina, n. 199, bairro da Velha em Blumenau – SC. A mensagem vem assinada pelo Ir. Jocely Xavier Araujo V.´. M.´.  No próximo dia 17 de junho haverá a Instalação de todos os novos e veneráveis reeleitos para o período administrativo 2011/2012, cuja eleição acontecerá neste mês de maio. A cerimônia será às 19h00. Paralelamente, no mesmo horário, haverá reunião da Associação Beneficente Mosaico para as esposas dos atuais e futuros Veneráveis Mestres.  A Loja Sabedoria, Luz e União nr. 2561 de Feira de Santana (BA) através de seu VM Ir. Alexandre Monteiro, comunicando a nova diretoria da Loja em eleição realizada dia 9 e assim constituída: Venerável - Audenor Gonçalves de Araujo; 1º Vig.'. - Roberto Azevedo Aquino; 2º Vig.'. - Antonio Carlos Batista Neves; Orador - Manoel Oliveira França; Sec.'. - Ivamberg dos Santos LIma; Tes.'. - Manoel Luciano Portugal da Silva; Chanc.'. - Halailton Soares Santana. Deputado Estadual: Pedro Carlos de Amorim Suplente - Fabiano de Castro Araujo Pizzani A mensagem vem assinada pelo Ir Edward, Secretário.  Do professor Gabriel Campos de Oliveira, sobre os fatos Maçônicos ocorridos neste 11 de maio: 1865 - Fundada a GL de West Virgínia, USA. 1875 - Fundado o GC MRA do Colorado, USA. 1887 - Nasce o Ir.'.Juan Gris, pintor espanhol, figura importante do movimento cubista. Foi iniciado na Loja Voltaire, de Paris. 1929 - O GO do Brasil incorpora o GO de São Paulo, após dissidência causada em 1921 pelas irregularidades nas eleições para o Grão-Mestrado. 1939 - Liderada pelos Maçons IIr.'. Bento Gonçalves e David Canabarro a República Riograndense, originada pela Revolução Farroupilha, liberta os escravos.
  • 19.  O Ir. Laurindo Gutierrez já está por Lisboa, Nas suas andanças já encontrou o Ir Luiz Roberto da Loja Fé e Perseverança de Jaboticabal SP que a partir de hoje começa a receber os informativos diários do JB News. Um TFA aos felizes peregrinos que se encontram desfrutando das belezas lusitanas.  Florianópolis acolheu no final de semana (6 e 7) a XIIIa. Convenção Nacional do Rito Brasileiro, noticiado inúmeras vezes pelo JB News. Numa colaboração do Ir. Robson Gouveia de Brasília, seguem as fotos do marcante evento: https://picasaweb.google.com/112592067384442867903/FotosXIIIConvencaoNacionalDo RitoBrasileiroFlorianopolisSC08E09052011?authkey=Gv1sRgCMCv3uyYzMHm2wE# slideshow/5604734749848862498  Agende-se para esta quarta-feira: O Venerável Mestre da A.R.L.S. Cavaleiros da Luz, n 3657, tem a satisfação de convidar para o lançamento do livro "FRAGMENTOS DO ESQUADRO, DO COMPASSO E DA CULTURA" de autoria de Walter Celso de Lima, a realizar-se no dia 11 de maio de 2011 a partir das 19:00 horas, na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, Palácio Barriga Verde, Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
  • 20.
  • 21. As jóias dos vigilantes perpetuam-se em ERRO por mais de 200 ANOS, ninguém contesta. Este ERRO estamos convertendo-o em uma 'verdade' inconteste. Creio não ser difícil confirmar observando-se o PAINEL acima. Mais comentários na ÁREA RESTRITA do MUSEU MAÇÔNICO PARANAENSE. Na ÁREA RESTRITA assim como na Biblioteca desta, encontrarão farto material disponível para estudo, proporcionando ao buscador outro ângulo de visão sobre o simbolismo da Ordem, voltado para o relacionado com a ciência e o significado simbólico em si. Para o acesso da ÁREA RESTRITA a maçons, deverá ser preenchido um cadastro Por favor, verifiquem se conhece alguém como maçom, neste link (solicitaram acesso na ÁREA RESTRITA do Museu Maçônico Paranaense): http://www.museumaconicoparanaense.com/Cadast_liberar/ind_lib_cadast.php Abraço-os FRATERNALMENTE. Hiran Luiz Zoccoli Museu Maçônico Paranaense http://www.museumaconicoparanaense.com Curitiba - Paraná - Brasil.
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  • 23. Templo Maçônico de Formiga - MG
  • 24. O tempo passa, o tempo voa. Para os saudosistas de Florianópolis veja o vídeo “Notícias de Santa Catarina”. Entre outras, o Clube 12 de Agosto e o baile de debutantes do ano de 1967 de saudosa memória de muitas vovós de hoje, com narração do colega e amigo Eleazar Nascimento. Valeu Mano Waldemar Henrique Dias. Manda mais! http://www.youtube.com/watch?v=Pn7QtmwtdYA&feature=share