1. JB NEWS
Informativo Nr. 414
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 19 de outubro de 2011
Índice desta quarta-feira*
1. Almanaque
2. O caminho é difícil, a porta é estreita (Ir. Valdemar
Sansão)
3. Nos bastidores da Independência (Marco Morel &
Françoise Jean)
4. Fraternidade e Igualdade em decisão judicial (pesquisa JB
News)
5. Perguntas e Respostas (Ir Pedro Juk)
6. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
2. Livros Indicados
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de
empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
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3. 1 – Almanaque
Hoje, 19 de outubro de 2011,
é o 292º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 73 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
202 a.C. - Batalha de Zama: batalha decisiva da Segunda guerra púnica em que o
exército romanos derrota os cartagineses.
1765 - Os vinte e sete delegados de nove colónias americanas redigem uma
declaração de direitos e liberdades após participarem no Congresso do Acto do
Selo.
1781 - Revolução Americana de 1776: o exército britânico, sob o comando de
Lord Cornwallis, rendeu-se em Yorktown para as forças rebeldes americanas
lideradas por George Washington.
1813 - Napoleão Bonaparte é vencido pelos aliados na Batalha das Nações, que
envolveu 500 mil homens.
1822 - A Câmara da Vila de São João da Parnaíba proclamou sua emancipação
em relação a Portugal, marcando a adesão do Piauí à independência do Brasil.
1848 - Fundação do município de Pouso Alegre (Minas Gerais, Brasil).
1890 - Fundação do município de Ijuí.
1901 - Santos Dumont convoca jurados do Aeroclube de Paris para testemunhar
a volta do seu dirigível nº 6 em torno da Torre Eiffel e arrematar o prêmio
Deutsch.
1902 - Na sua primeira partida oficial, o Fluminense Football Club goleou o Rio
Football Club por 8-0.
1921 - António Granjo, líder do Partido Liberal Republicano é assassinado no
episódio conhecido como Noite Sangrenta.
1945 - Iugoslávia é o primeiro país a ratificar a carta da ONU e permaneceu
como Estado-Membro até seu desmembramento em 1990.
1960 - Daisaku Ikeda desembarca em São Paulo e funda o Distrito Brasil o
Primeiro fora do Japão. Dava-se início ao que seria a BSGI
1964 - Criação do município de Ivoti (Rio Grande do Sul, Brasil).
1967 - Sonda Mariner 5 sobrevoa Vênus.
1974 - É criado o território de Niue, pertencente à Nova Zelândia.
1979 - Brasil, Argentina e Paraguai assinam acordo tripartite para recursos
hidráulicos no trecho do Rio Paraná desde as Sete Quedas até a foz do Rio da
Prata.
2003 - Beatificação de Madre Teresa de Calcutá.
Feriados e Eventos cíclicos:
Dia do Profissional de Informática
Dia do guarda noturno.
4. Dia Mundial do Comerciário.
Dia da Inovação, no Brasil, segundo a Lei 12.193 de 14 de janeiro de 2010
Dia do Piauí
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1810:
A Loja de Promulgação (para união dos Antigos e Modernos) resolve que
a Cerimônia da Instalação dos Mestres deve ser observada
1888:
Fundada a Loja Maçônica Cataguense, em Cataguazes-MG, do Grande
Oriente do Brasil.
1927:
Criado o Grande Oriente do Estado do Paraná
1933:
Criação da Grande Loja de Portugal, por ocasião da reconsagração do
Supremo Conselho de Portugal, em Washington.
1971:
Arquivado como improcedente o processo calunioso contra diversos irmãos
do Grande Oriente de São Paulo, entre eles José Castellani.
5. 2 – O Caminho é difícil, a porta é estreita
Ir Valdemar Sansão –M.’. M.’.
vsansao@uo9l.com.br
O CAMINHO É DIFÍCIL, A PORTA É ESTREITA.
“Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda,
os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho,
andai por ele”. (Isaias 30:21).
Deus deixa ao homem a
escolha do caminho. Tanto pior se
tomar o mau; sua peregrinação será
maior. Se não houvesse
montanhas, o homem não
compreenderia que se pode subir e
descer.
Para o Maçom, o trabalho é o
caminho da humildade. É na porta
estreita do serviço humilde que
encontramos o espírito das
individualidades superiores, já
despidos de vaidades e
preconceitos.
A humildade é o caminho do perdão. O perdão é o caminho do
amor. O amor é o caminho da perfeição. A perfeição é o caminho
da divinização. A Maçonaria é o caminho do homem justo e perfeito.
A Maçonaria tem como um de seus Princípios Básicos o
melhoramento moral, espiritual e intelectual do homem, visando
tornar melhor a humanidade.
A força da Maçonaria está no agrupamento de seus Iniciados, que
atuam isolados e conjuntamente, para “cavar masmorras ao vício e
erguer templos à virtude”.
Na grande caminhada há pedras e tropeços que nos impedem
continuar a viagem. Mas outras existem que nos ajudam a
prosseguir mais rapidamente; observe quantos ao seu lado
caminham, com o mesmo objetivo que o seu, e oferece-lhes a mão
benéfica que ajuda e sustenta.
6. Louvado no que lhe foi prometido naquele dia de glória da
Iniciação na Sublime Instituição, proclamado Maçom, reconhecido
como tal, pois veio para auxiliar nos trabalhos, cultivar afeições
fraternais e também socorrer seus Irmãos necessitados, tudo
devemos decidir com firmeza. Porém, enquanto não puder
caminhar com as próprias pernas, deve usar muletas, que no
sentido comum, equivale recorrer ou aceitar o incentivo prometido,
o alento, o auxílio e o socorro em todas as ocasiões que necessitar.
Um Templo Maçônico possui apenas a Porta de entrada
colocada na parte ocidental da Loja; essa Porta permanece
constantemente vigiada por dentro pelo Cobridor Interno e, do lado
de fora, pelo Cobridor Externo. Diz-se que a Loja está a coberto
quando a porta estiver fechada, isso no sentido material; “estar a
coberto” significa, porém, que no Templo está presente o Grande
Arquiteto do Universo, com seu poder protetor que a todos “cobre”.
O mês de Janeiro, derivado de Janus, o poderoso deus da
Mitologia, significa “porta”; janeiro é a porta do ano. No sentido
espiritual, Jesus, o Cristo, foi considerado, porque assim se
autodenominava, a “porta”, significando que somente por Ele o ser
humano alcança o Pai, ou seja, o Reino dos Céus.
Larga é a porta de entrada e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e há muitos que por ela entram; e como a porta para a
vida maçônica é pequena e o caminho que a ela conduz é estreito,
poucos a encontram.
Muitos arriscam o caminho difícil, a caminhada pedregosa da
ascensão; mas só os melhores alcançam o fim, porque possuem
fôlego para a subida íngreme.
Nem todo caminho que leva ao lugar desejado é o certo.
Homens há que por vezes seguiram caminhos tortuosos, íngremes,
escuros, pedregosos e movediços; mataram e foram mortos por
suas crenças e segredos; conspiraram, amaram e odiaram;
inquiriram e foram inquiridos; subornaram e convenceram; falaram e
foram ouvidos; torturaram e foram torturados. Mas, exauridos e
esgotados à entrada pela porta estreita, e apesar de extraordinários
esforços, não tiveram ânimo, energia de vontade e virtudes para
bom êxito.
Não esqueçamos que nossa trajetória pelo mundo segue dois
caminhos: o da materialidade e o da espiritualidade. Não são
caminhos paralelos, mas de qualquer forma, unidos de forma
mística.
Cuidar do espírito significa cuidar dos valores que dão rumo à
nossa caminhada e praticar virtudes que encham de sentido nossa
vida.
7. É sempre a Dualidade, caráter ou propriedade do que é duplo,
do que contém em si, duas naturezas, duas substâncias, ou dois
princípios. Representa, pois, o antagonismo, a negação e, por
conseguinte, o obstáculo, as forças de resistência, o mal, mas
representa também a diferenciação de dois princípios
complementares, como o macho e a fêmea, a força e a matéria, etc.
É sempre a dualidade maçônica que todo maçom deve observar.
Ambos os caminhos percorrem linhas retas. Procure o seu caminho.
Mas não magoe ninguém nessa procura. Esse é um passo para
trilhar o caminho da perfeição que o maçom deve perseguir com
pertinácia, investigação, pesquisa, busca e assim, obterá
resultados. Espera e crê porque entrever e compreender o infinito é
caminhar para a perfeição.
A Maçonaria abre o caminho para a Iniciação, isto e, ao
Conhecimento, e seus símbolos dão ao Maçom a possibilidade
tanto de acesso quanto de entendimento dessa cultura.
Pode acontecer, e não é incomum, que certos candidatos depois
de terem sido Iniciados, infelizmente, continuem na condição de
profanos, mas tais casos não devem fazer perder de vista o caráter
sublime da Maçonaria.
O Maçom não poderá jamais desviar-se do caminho correto para
alcançar qualquer objetivo. Seu caminho deve ser o da retidão de
caráter, pela honestidade de atos, colaborando para a grandeza do
grupo em que está inserido.
Os que transpuseram esse acesso, o fizeram com grandes
esforços sobre si mesmos para vencer suas paixões e más
tendências, tomaram seus lugares no Oriente e no Ocidente, na
Coluna do Norte (Setentrião) e na do Sul (Meio-Dia) e poucos a isso
se resignam; é o complemento da máxima: “Há muitos os
chamados e poucos escolhidos”.
Jamais um Maçom deverá praticar atos desonestos, impuros,
denegrir a imagem de outrem, obstruir o caminho de alguém em
proveito próprio, utilizar meios de aliciamento de opiniões,
corromper consciências, aproveitar de ligações pessoais a seus
superiores para buscar seu crescimento em detrimento de um
colega ou de todo o grupo. Em tempo nenhum deverá praticar atos
que levantem suspeitas de seu procedimento moral ou da conduta
da Ordem.
Por que essa porta tão estreita, que é dada ao menor número
transpor?
Porque nem todos aqueles que são admitidos, e fazem parte do
grupo, têm consciência daquilo para que foram chamados e em
8. seus corações não “despertou”, uma “nova criatura”, destinada a
uma “nova vida” ou “vivência”, entre Irmãos, ou seja, entre iniciados.
O Iniciado não sobrevive isoladamente; tem necessidade de
manter contato com um grupo, pois tem deveres a cumprir em Loja,
dentro do cerimonial. Iniciado, não permanece um “anônimo”, não
se oculta, mas sobressai pelas suas virtudes; ele difere do homem
comum, uma vez que assumiu um novo modo de vida, uma novel
filosofia de comportamento.
O destino nos apresenta a amigos que nos fazem felizes pela
simples casualidade de haverem cruzado nosso caminho. Alguns
percorrem o caminho ao nosso lado. Muitos deles denominamos
“amigos de alma, de coração...“ São sinceros e verdadeiros. Sabem
quando estamos bem, sabem o que nos deixa felizes. Mas também
têm aqueles amigos só por um tempo, talvez por umas férias, ou
uns dias, umas horas.
Um Maçom que atenta contra a moral, é dado à extravagâncias,
a atos que lhe comprometem o nome e deslustram a família, não
cumprindo seus deveres e obrigações na vida profana, é leviano e
perdulário, não é bom pai, não é bom esposo, leva uma vida
desregrada, embora assíduo às reuniões de sua Loja e contribua
com seus auxílios financeiros a quem a Maçonaria procura
amparar, não é digno do nome de Maçom, nem de pertencer aos
seus quadros de Obreiros. Infelizmente não há como saber quais
dos Iniciados são especiais e fazem a diferença. Só o tempo é
capaz de mostrar isso.
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em
tudo que fazemos; se não tentarmos fazer tudo o melhor possível;
se não cultivarmos os princípios morais e a filosofia social e
espiritual; se não comparecermos assiduamente aos trabalhos e se
deles não participarmos com entusiasmo, de nada serve crer, pois a
vivência maçônica não será aproveitável apenas com a leitura
mecânica dos Rituais e a frequência formal às Sessões.
Nunca fazemos nada em segredo. Duas testemunhas nos
observam sempre: O Grande Arquiteto do Universo e a nossa
consciência.
9. 3 – Nos Bastidores da Independência
NOS BASTIDORES DA INDEPENDÊNCIA
Marco Morel & Françoise Jean
FONTE - Compilado do Livro “O Poder da Maçonaria – A História de
Uma Sociedade Secreta no Brasil” - de Marco Morel e Françoise
Jean de Oliveira Souza, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008.
Os 94 homens, que se reuniram no dia 24 de junho de 1822,
num sítio no porto do Méier, na Praia Grande (atual Niterói-RJ), e
fundaram o Grande Oriente do Brasil (GOB), sonhavam alto, mas
tinham os pés no chão. O dia inteiro de exaustivos trabalhos foi
encerrado com um lauto banquete, e a comida, que sobrou, foi
distribuída aos pobres das redondezas, reforçando, assim, a filantropia
tão presente nas preocupações maçônicas.
Congregados naquele momento, não poderiam imaginar
que,meses depois, teriam seus destinos individuais tão separados,nem
tinham certeza dos rumos políticos que ajudavam a transformar.
A formação, que originou o GOB, veio da Loja Comércio e Artes,
a mesma que surgira em 1815, se dissolvera com a repressão de 1818
e reaparecera sob as bênçãos do
10. Grande Oriente Luso-Brasileiro e sob os novos ares do
liberalismo em 1821. Agora, em 1822, a Comércio e Artes crescera
demais, e nela não cabiam tantos integrantes que
pretendiam entrar. Os maçons então, resolveram, numa solução
salomônica, subdividir a Loja em três, mantendo a Comércio e Artes e
criando mais duas: União e Tranquilidade
e a Esperança de Niterói. A distribuição dos integrantes em
cada uma foi feita por sorteio, tradicionalmente, visto como uma
instância igualitária, ou seja, que evitava favoritismo e deixava, nas
mãos da Providência Divina, o destino dos envolvidos. Além disso, os
iniciados deveriam portar uma roseta ou laço em forma de flor no
braço esquerdo: branco para a primeira Loja, azul para a segunda e
vermelho para a terceira. Todos juntos criavam, assim, o azul,
vermelho e branco, caracterizadores da Revolução Francesa,
paradigma da modernidade política, mas, ao mesmo tempo, repudiada
em seus "excessos" pelos liberais do nascente século XIX.
O GOB adotou o Rito Francês Moderno, criado em1783 e
composto por sete graus: 1. Aprendiz; 2. Companheiro;3. Mestre (Lojas
Azuis);- 4. Mestre Eleito (Primeira Ordem de Rosa-Cruz); 5. Mestre
Escocês (Segunda Ordem de Rosa-Cruz); 6. Cavalheiro Rosa-Cruz
(Terceira Ordem de Rosa-Cruz); 7. Soberano Príncipe Rosa-Cruz
(Quarta Ordem de Rosa-Cruz).
O maçom, que presidiu a instalação dos trabalhos do GOB, foi o
capitão engenheiro João Mendes Viana, na condição de Venerável da
Loja Comércio e Artes. Qual o destino de Mendes Viana? Eleito Segundo
Grande Vigilante do GOB, foi enviado a Pernambuco como emissário na
missão estratégica para articular a Independência.
Acabou aproximando-se dos chamados liberais exaltados, que
assumiram o poder provincial e proclamariam a Confederação do
Equador contra o centralismo imperial.
Detido por ordem de D. Pedro I, Mendes Viana passaria sete
anos do Primeiro Reinado como preso político nos cárceres do Rio de
Janeiro, ao lado de Cipriano Barata. Ao ser solto, em1830, Mendes
Viana estava com a saúde irremediavelmente debilitada pelas
precárias condições em que foi forçado a viver e faleceu logo depois.
Mais uma trajetória de vida destruída devido ao engajamento
maçônico. Mas, naquele momento de otimismo e entusiasmo da
fundação do GOB e preparação da Independência, tal previsão trágica
parecia impensável.
Estavam presentes, entre os 94 fundadores, uma verdadeira
galeria de Pais da Pátria: alguns antigos maçons,como José Bonifácio, o
Coronel Luiz Pereira da Nóbrega e o Padre Belchior de Oliveira, além
11. de Domingos Alves Branco Muniz Barreto, Frei Francisco Sampaio,
Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Clemente Pereira e Joaquim
Gonçalves Ledo. Outros, apesar de terem os nomes
registrados,tornaram-se ilustres desconhecidos e se apagaram, ainda,
na poeira do próprio tempo em que viviam. O Tenente-Coronel e
Cirurgião Manuel Joaquim de Menezes, um destes fundadores, lançou,
três décadas depois, um pequeno livro,que, até hoje, é uma das
principais fontes de informação sobre tais episódios, embora, também,
envolvido nos jogos de ocultações e revelações tão próprios da Ordem
dos Pedreiros-Livres. Um dos mais destacados e convictos do grupo, o
Major Albino dos Santos Pereira, teria um fim trágico, como se verá a
seguir.
O sítio em Niterói fora decorado à maneira de um templo
maçônico, sem faltar a Sala dos Passos Perdidos. A comissão de
organização era composta pelos Irmãos Manoel dos Santos Portugal,
João da Silva Lomba e Antônio José de Souza, que se encarregaram do
banquete maçônico e das demais providências, como levar apetrechos
e a decoração do local com os símbolos adequados.
Nas primeiras reuniões do GOB, a clandestinidade (ou segredo,
como, então, se dizia) era fundamental não só por uma questão de
fidelidade ritualística, mas também pela própria segurança de seus
membros, por estarem tramando a Independência do Brasil.
Entretanto, logo se percebeu que tudo, discutido no recinto, acabava
vazando para Portugal e para os comandantes das tropas portuguesas
sediadas no Brasil. Daí resultou, no encontro de 2 de agosto de 1822, a
exclusão de seis irmãos do círculo maçônico, após investigações
internas que levaram aos nomes dos que foram considerados
delatores.
Uma das tarefas marcantes do GOB foi enviar emissários às
mais importantes províncias brasileiras, para articularem,
politicamente, a Independência na forma como estava sendo
concebida: unidade territorial brasileira,monarquia constitucional e
governada pelo Príncipe da Dinastia de Bragança. Note-se que, desse
modo, os maçons contribuíram mais efetivamente para a criação de
laços de tipo nacional e de um modelo de Estado centralizado, mas
poucos colaboraram para a consolidação da própria Maçonaria como
Instituição de nível nacional, naquele momento.
É precipitado apontar esse GOB como embrião de um partido
político, pois suas características se diferenciavam bastante da
máquina partidária típica do século XX.
Entretanto, não se deve desprezar a Maçonaria como uma
forma de agrupamento e organização.
12. Quando se falava, já naquela época, de "partidos", era mais do
que tomar um partido ou formar facções descartáveis: havia modos de
agrupamento em torno de um líder, através de palavras de ordem e da
imprensa, em determinados espaços associativos e a partir de
interesses ou motivações específicas, além de se delimitarem por
lealdades ou afinidades (intelectuais, econômicas, culturais, etc.) entre
seus participantes. Tais agrupamentos eram identificados por rótulos,
símbolos ou nomeações, pejorativos ou não. A Maçonaria era uma
dentre as várias formas existentes de sociabilidade.
Pode-se perceber que o nó da questão, em que se envolveu a
Maçonaria em 1822, foram as presenças de José Bonifácio e D. Pedro I
em seus quadros como dirigentes máximos (Grão-Mestres). Daí
resultou, num primeiro momento, a força e a vitória da entidade, com a
Independência proclamada, como seus membros queriam.
Daí resultou, logo depois, a destruição dos trabalhos maçônicos
e até da vida pública de vários irmãos.
Se, do ponto de vista externo, o GOB serviu, no tempo e na hora
certa, como espaço aglutinador, tal papel foi efêmero. As dissensões
internas e as intervenções externas acabaram destruindo, naquele
momento, esse núcleo de associação. A recriação do GOB e das
Potências posteriores já pertenciam a outro contexto, com outros
objetivos e horizontes.
13. 4 – Fraternidade e Igualdade em decisão judicial
(Pesquisa JB News)
O Judiciário está cada vez mais desprestigiado. Ah! Que
saudades de um tempo que não tem volta, onde magistrado e
magistratura eram referências de decência.
É difícil a imprensa falhar um dia sem que o judiciário não seja
alvo de desmoralização. CNJs, corrupções, falcatruas,
nepotismo, até vendagem de sentenças.
Entrementes, pouco se conhece das grandes decisões.
Exemplos de vida que se escondem no anonimato, ignorando-
se a empatia debruçada na personalidade viva do justo.
Como a de incontáveis casos adormecidos nos escaninhos de
Varas e Tribunais, aflora-se a decisão do presente caso, quiçá
maçônica, de um desembargador do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, vindo em socorro de um pobre garoto
que perdeu o pai em um acidente de trânsito e que teve
negado o amparo da Justiça Gratuita, por um juiz singular.
A negativa por si só já comove. Mas a decisão em Instância
superior compensa. Emociona.
Foi uma decisão inspirada do desembargador José Luiz
Palma Bisson, proferida num Recurso de Agravo de
Instrumento ajuizado contra despacho de um Magistrado da
cidade de Marília (SP) que negou os benefícios da Justiça
Gratuita a um menor, filho de um marceneiro, que morreu
depois de ser atropelado por uma motocicleta.
14. O menor ajuizou ação de indenização contra o causador do
acidente pedindo pensão de um salário mínimo mais danos
morais decorrentes do falecimento do pai.
Por não ter condições financeiras para pagar as custas do
processo o menor pediu a gratuidade prevista na Lei
1060/50. O Juiz negou-lhe o direito dizendo não ter
apresentado prova de pobreza e, também, por estar
representado no processo por "advogado particular".
A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo com
base no voto do desembargador Palma Bisson, é daquelas que
merecem ser relidas diariamente.
Transcrição do voto:
“VOTO:
Que sorte a sua, menino,
depois do azar de perder o pai
e ter sido vitimado por um filho de coração duro
- ou sem ele -,
com o indeferimento da gratuidade que você perseguia.
Um dedo de sorte apenas,
é verdade,
mas de sorte rara, que a loteria do distribuidor,
perversa por natureza, não costuma proporcionar.
Fez caber a mim, com efeito,
filho de marceneiro como você,
a missão de reavaliar a sua fortuna.
Aquela para mim maior, aliás, pelo meu pai
- por Deus ainda vivente e trabalhador –
legada, olha-me agora.
É uma plaina manual feita por ele em paubrasil,
e que, aparentemente enfeitando o meu gabinete de trabalho,
a rigor diuturnamente avisa quem sou,
15. de onde vim e com que cuidado extremo,
cuidado de artesão marceneiro,
devo tratar as pessoas que me vêm a julgamento disfarçados de
autos processuais,
tantos são os que nestes vêem apenas papel repetido.
É uma plaina que faz lembrar, sobretudo,
meus caros dias de menino,
em que trabalhei com meu pai
e tantos outros marceneiros como ele,
derretendo cola coqueiro
- que nem existe mais - num velho fogão a gravetos que nunca
faltavam na oficina de marcenaria em que cresci;
fogão cheiroso da queima da madeira e do pão com manteiga,
ali tostado no paralelo da faina menina.
Desde esses dias,
que você menino desafortunadamente não terá,
eu hauri a certeza de que os marceneiros não são ricos não,
de dinheiro ao menos.
São os marceneiros nesta Terra até hoje,
menino saiba, como aquele José,
pai do menino Deus,
que até o julgador singular deveria saber quem é.
O seu pai, menino, desses marceneiros era.
Foi atropelado na volta a pé do trabalho,
o que, nesses dias em que qualquer um é motorizado,
já é sinal de pobreza bastante.
E se tornava para descansar em casa posta
no Conjunto Habitacional Monte Castelo,
no castelo somente em nome habitava,
sinal de pobreza exuberante.
Claro como a luz, igualmente,
é o fato de que você, menino,
no pedir pensão de apenas um salário mínimo,
16. pede não mais que para comer.
Logo, para quem quer e consegue ver
nas aplainadas entrelinhas da sua vida,
o que você nela tem de sobra, menino,
é a fome não saciada dos pobres.
Por conseguinte um deles é,
e não deixa de sê-lo, saiba mais uma vez,
nem por estar contando com defensor particular.
O ser filho de marceneiro me ensinou inclusive
a não ver nesse detalhe um sinal de riqueza do cliente;
antes e ao revés a nele divisar
um gesto de pureza do causídico.
Tantas, deveras, foram as causas pobres que patrocinei quando
advogava, em troca quase sempre de nada,
ou, em certa feita, como me lembro com a boca cheia d'água,
de um prato de alvas balas de coco,
verba honorária em riqueza jamais superada
pelo lúdico e inesquecível prazer que me proporcionou.
Ademais, onde está escrito que pobre que se preza
deve procurar somente
os advogados dos pobres para defendê-lo?
Quiçá no livro grosso dos preconceitos...
Enfim, menino,
tudo isso é para dizer que você merece sim a gratuidade,
em razão da pobreza que, no seu caso,
grita a plenos pulmões para quem quer e consegue ouvir.
Fica este seu agravo de instrumento então provido;
mantida fica, agora com ares de definitiva, a antecipação da
tutela recursal.
É como marceneiro que voto.
José Luiz Palma Bisson – Desembargador Relator Sorteado”
17. 5 – Perguntas e Respostas - Ir Pedro Juk
O Respeitável Irmão Paulo Martins, Loja
Luz e Fraternidade, 3.018, Rito Escocês
Antigo e Aceito, GOB, sem declinar o nome
da Cidade e Estado, apresenta a seguinte
questão:
paulo_netcgr@hotmail.com
Temos algumas dúvidas na nossa Loja que gostaríamos
do importante parecer dos estimados Irmãos que compõem
esta Grande Secretaria para dirimi-las.
a) Uma delas é se o Cobridor Interno quando sentado, em
Sessão em andamento deveria estar segurando sempre a
espada na mão ou ela pode estar apoiada sobre a cadeira ou
em um suporte? Às vezes o ritual do REAA não é muito claro, e
vimos algumas publicações que são conflitantes.
b) No caso de se formar uma comissão para acompanhar um
Irmão (no caso de sessão para Regularização, por exemplo)
eles devem portar espada, pois no ritual também não
especifica.
18. RESPOSTA:
1 – O Cobridor Interno só empunha a espada por dever de Ofício.
Assim estando ele sentado, a espada deve ficar presa a um suporte
na cadeira ou mesmo embainhada caso a Loja possua esse
dispositivo.
Há ainda a opção de trazê-la presa ao dispositivo denominado
presilha previsto na fita (faixa do Mestre), onde está assim escrito
no Ritual de Mestre Maçom, REAA, Edição 2.009 em vigor, página
22, ao final do parágrafo único existente: “Na extremidade interna
da faixa, existe uma presilha que serve de suporte para a espada”.
Obviamente essa observação está no Ritual do Grau 03, pelo
simples fato de que cargos de Oficiais só serão ocupados por
Mestres.
Por assim ser, o Cobridor não terá indiscriminadamente a espada
segura pela mão, nem mesmo sobre as coxas quando sentado.
2 – Se não está previsto no Ritual que essa comissão porte
espadas, evidentemente que eles não as portarão. Essa comissão
não pode ser confundida com aquela que compõe a Abóbada de
Aço, nem mesmo a que recepciona o Pavilhão Nacional.
Por motivos óbvios uma Abóbada de Aço em Maçonaria é
composta por espadas.
Também há que se compreender que os três elementos que
acompanham o Porta Bandeira compõem a Guarda de Honra e não
uma comissão.
No caso da Cerimônia de Regularização, a comissão solicitada é
apenas para acompanhar o Irmão Regularizando até a porta da
Sala da Loja, já que o mesmo aguarda providências na Sala dos
Passos Perdidos.
Essa comissão também tem o objetivo de dar um caráter solene ao
momento.
Ingressando o Irmão e conduzido ao Altar dos Juramentos pelo
Mestre de Cerimônias os integrantes da comissão tomam
normalmente os seus lugares em Loja.
Outro exemplo de comissão é aquela que acompanha o Venerável
Mestre à porta de entrada do Templo para passar o Malhete ao
Grão-Mestre.
Nessa oportunidade os Irmãos Orador e Secretário acompanham o
dirigente da Loja para o ato solene da entrega. Note que esses não
estarão portando espadas.
Não é regra que toda a comissão careça do porte da espada. Em
sendo necessário, o atributo estará escrito.
19. T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2011
NÃO FIQUE NA DÚVIDA.
Pergunte ao jbnews@floripa.com.br
Não esqueça de mencionar nome completo, Loja,
Oriente, Rito praticado e Obediência.
O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro
Juk e através do JB News.
20. 6 – Destaques JB
Sessão de Exaltação
A Loja Cavaleiros da Luz nr. 64, programou para às 20h00 desta
quarta-feira (19), Sessão Magna em que serão Exaltados os Irmãos
Carlos Alberto Lima Clóvis Nicanor Kassike e Marthin Leo
Mallmann.
A cerimônia de acesso ao Terceiro Grau começa às 20h00 no
Condomínio Monte Verde.
Palestra
O Ir. Édio Coan confirmando que A Loja Templários da Nova Era
estará na quinta-feira com a palestra do Ir. Wilson Filomeno, MI da
Loja Pedreiros da Liberdade nr. 79. Vai discorrer sobre “O que
significa ser Mestre Maçom”. Será às 20h00 no Templo Obreiros
da Paz, em Canasvieiras.
ARLS Acácia Riosluense tem Sessão de
Iniciação
O Ir. Telmo Tadeu Cardoso Vieira, Venerável Mestre da Loja Acácia
Riosulense nr. 95, de Rio do Sul, informando que no sábado (22)
serão iniciados os candidatos Paulo José Fiamoncini, Pierri Muzart e
Volmar Ferrari Bonaldo.
A Sessão começa às 16h00 e será no Templo da Loja Plácido Olímpio
de Oliveira, à rua Bom Pastor nr. 33 em Rio do Sul SC.
21. É uma Loja ainda em formação e suas sessões são quinzenais. Trabalha
no REAA e possui diversos Irmãos fundadores do Oriente de Blumenau
que para lá se deslocam a cada sessão, nestes quatro anos de
atividades, incluindo o seu atual Venerável Mestre.
Com as três iniciações de sábado a Loja passará a contar com 21
obreiros.
Parabéns pela dedicação e perseverança. Maçonaria é isso mesmo.
Agora, silêncio, por favor, eu estou ouvindo a
www.radiosintonia33.com.br
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Uma dobradinha incrível.
Rede Catarinense de Informações Maçônicas
22. E o Rio de Janeiro continua lindo.... para os que
gostam de emoções fortes, vejam o Tour Virtual
com 6 visões bem especiais do Cristo Redentor:-)
<http://multimedia.odiaonline.net/cristo/>
23. Mosteiro el Escorial - Espanha.
Expressão de força, de beleza e sabedoria
dos predecessores dos maçons modernos.
24. Agora é a vez do
Maracanã
VEJA O NOVO MARACANÃ.
http://tvig.ig.com.br/esporte/futebol/copadomundo/odebrecht+aprese
nta+maracana+em+projecao+3d-
8a49800e323d3ade0132726c8031070b.html?