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Capítulo 5
ALQUIMIA CHINESA
A combinação da habilidade técnica e filosófica que levou aos
desenvolvimentos iniciais da Alquimia Alexandrina encontrou uma
contraparte na China que resultou em um desenvolvimento similar em
um período ligeiramente anterior.
Apesar de a Alquimia ter tomado uma forma diferente no Oriente
distante, existiam suficientes semelhanças com a variedade Ocidental
para que fosse causadas muitas disputas entre historiadores em relação
a possíveis empréstimos em uma ou outra direção.
Isso não pode ser definitivamente estabelecido com a informação
disponível atualmente, mas parece ser mais provável que o
desenvolvimento da Alquimia no Egito e na China prosseguiu
independentemente. As artes técnicas chinesas envolviam Química
desde os períodos mais primordiais da civilização Chinesa.
Cobre, ouro, e prata eram os primeiros metais conhecidos.
O Ouro não era tão comum nos primórdios do Egito e Mesopotâmia.
Os outros metais importantes tornaram-se familiares por volta do século
IV AC.
Vários compostos metálicos foram preparados, especialmente a partir
do Chumbo e do Mercúrio, que era metais particularmente interessantes
para os Alquimistas.
A fabricação de objetos de metal e de porcelana foi executada com um
alto grau de habilidade.
Li discutiu muitas das artes Químicas da China e mostrou o extenso
conhecimento dos artesãos Chineses.
Os Chineses são conhecidos há tempos por suas especulações
filosóficas.
Mesmo nos primeiros tempos eles tinham uma teoria da constituição da
material baseada nos elementos (wu hsing): metal, madeira, terra, água,
e fogo.
A combinação desses elementos promovia o surgimento de todas as
substâncias materiais.
Fig. 5. Chinese still for preparing mercury. (From Li, Chemical Arts of
Old China.)
Tão importante era esse conceito que praticamente tudo, incluindo
planetas, cores, virtudes, eram classificadas nessas cinco categorias.
Um pouco mais tarde, uma outra ideia importante apareceu.
Era a doutrina do Yin e Yang, os dois contrários.
A ideia parecia completamente desenvolvida na época em que
apareceu.
Isso levou à crença de que ele foi trazida do Oriente, onde, como já foi
visto, ela era de maior significância nas cosmologias primordiais.
Na China essa doutrina assumiu uma importância maior que aquele do
Ocidente.
Ao invés de um número de contrários, como na Física de Heráclito,
todas as propriedades opostas eram somadas em dois grandes
contrários: yin, o princípio fêmea, a lua, negativo, pesado, terreno, seco
e simbolizando as propriedades menos desejáveis de frio, escuridão,
morte; e yang, o princípio masculino, o sol, positivo, ativo, fogoso, e
contendo as características mais desejáveis.
Esses conceitos atingiram seu pleno desenvolvimento na filosofia do
Taoísmo nos séculos imediatamente anteriores a Cristo.
O Taoísmo originou-se como uma filosofia altamente abstrata durante o
VI século AC.
Seu fundador foi Lao Tsé (“O Visconde Venerável), cujo livro, Tao Te
Ching, o Clássico que tratava do Caminho e dos Valores, é a base do
Taoismo.
O conceito central na sua filosofia era que tudo é controlado por uma
força passiva que ele chamava de Tao, uma palavra significando “via”
ou “caminho”. O homem deveria procurar o Tao pela inação, pela
solitude, e por várias práticas espirituais.
O Taoísmo primordial era uma filosofia muito pessimista e difícil, ela não
tinha um amplo apelo, mas começou a mudar seu caráter logo após a
morte do seu fundador.
A ideia metafísica de que o Tao tornou-se mais concreto com a
passagem do tempo. Veio a se tornar “O Caminho da Natureza”, as
maneiras físicas pelas quais o cosmo opera.
Como tal ele incorporou as ideias do Yin e Yang e dos cinco elementos.
Seus devotos começaram a procurar pelo Caminho e não por métodos
espirituais e mentais, como fez Lao Tsé, mas por operações físicas.
Conceitos mágicos foram introduzidos, e os adeptos tentavam controlar
a natureza para sua própria vantagem.
Diversos séculos antes do surgimento da Alquimia Alexandrina, os
Taoístas introduziram um sistema alquímico caracteristicamente chinês.
A cosmologia dos Taoístas estava bem resumida no Huai-nan-tzu,
escrito por Liu An (morreu em 122 AC), Rei de Huai-nan, e um ardente
taoísta.
Antes do universo tomar forma definida, ele era absolutamente sem
forma e transparente, e era então chamado de Grande Esplendor.
O Tao se originou do vazio e da tranquilidade. O vazio e a tranquilidade
criaram o espaço e o tempo, e o espaço e tempo criaram a essência
etérea (Ch’i).
A essência tinha limites. A porção que era leve e volátil flutuou para
formar o céu, e a porção pesada e densa condensou-se e coagulou
para se tornar a terra.
Desde que é mais fácil as coisas voláteis se agruparem que os
materiais pesados e densos se condensarem e coagularem.
Yin-yang resultaram da concentração da essência do céu e da terra.
A essência do Yin-yang por sua concentração formaram as quatro
estações, e a essência das quatro estações pela sua própria distribuição
formaram a multitude das coisas.
A acumulação dos elementos quentes em Yang originou o fogo, a
essência que se tornou Sol.
A acumulação dos elementos frios em Yin criou a água, a essência do
que se tornou Lua.
Pela interação do sol e da lua, os corpos pesados foram produzidos.
Enquanto os céus recebiam as estrelas e planetas, a terra recebeu a
água e a poeira.
Por essa época, a Alquimia se tornou suficientemente bem estabelecida
para incorrer nas suspeitas das autoridades, tal como ocorreu no
Ocidente.
Em 144 AC um édito foi dirigido contra os fabricantes de “ouro falso.”
Isso resultou em um desfavor ainda maior para os alquimistas, tanto que
as referências à Arte sumiram da literatura por essa época.
Os alquimistas, entretanto, evidentemente continuaram seu trabalho.
Por volta de 142 DC, apareceu o T’san T’ung Chi de Wei Po-yang.
Davis chama esse de o primeiro trabalho conhecido inteiramente
devotado à Alquimia.
Ele contém muito material de caráter místico e oculta muitos dos seus
métodos e reagentes sob nomes fantasiosos, tal como feito no
Ocidente. Entretanto, ele evidencia que seu autor era um Químico
prático.
A seguinte descrição relata algum processo no qual a volatilização e
cristalização tomam lugar, e apela a cada químico que tenha assistido a
uma reação violenta ocorrer:
Acima, cozimento e destilação tomam lugar no caldeirão; abaixo tremula
a chama urrante. Dantes vai o Tigre Branco, liderando o caminho; em
seguida vai o Dragão Cinza. O esvoaçante Pássaro Escarlate deixa
escapar as cinco cores.
Encontrando armadilhas enganadoras, é impotentemente e
inamovivelmente pressionada para baixo, e chora com emoção, como
uma criança que encontra sua mãe. De uma forma descuidada e não
planejada ela é colocada no caldeirão de fluido quente em detrimento de
suas penas.
Quando metade do tempo tiver passado, Dragões aparecerão com
rapidez e em grande número. As cinco cores deslumbrantes mudam
incessantemente. Turbulentamente ebulindo o fluido no caldeirão.
Um após outro, eles parecem formar uma lista tão irregular como os
dentes de um cachorro. Estalagmitas que são como pendentes de gelo
de meio-inverno são cuspidos horizontalmente e verticalmente.
Cumes rochosos sem regularidade aparente fazem sua aparição,
suportando um ao outro. Quando Yin e Yang estão propriamente
combinados, a tranquilidade prevalece.”
Esse livro também contém uma passagem que explica o propósito
central da Alquimia Chinesa, um propósito que claramente a distingue
da Alexandrina, com seu objetivo de fazer imitações de metais
preciosos:
Longevidade é de primária importância no grande trunfo, Huan-tan
(medicamento retornado) é comestível. O ouro é não-corruptível, e
portanto a mais valiosa das coisas.
O homem de arte, alimentando-se dele, atinge longevidade. A Terra,
viajando por todas as estações, delineia fronteiras e formula regras a se
observar.
O pó de ouro, tendo entrado nos órgãos internos vivos, espalha-se
nebularmente, como uma chuva carregada pelo vento.
Vaporizando e permeando, ele atinge os quatro membros.
Logo após a tez se torna rejuvenescida, cabelo embranquecido
recupera sua cor escura, e novos dentes crescem onde os caídos
costumavam ficar.
Se um homem velho, ele mais uma vez se tornará jovem, se uma velha,
ela recuperará sua virgindade.
Tais transformações tornam alguém imune das misérias mundanas, e
aquele que é assim transformado é chamado pelo nome de chen-jun
(verdadeiro homem).
O Alquimista Chinês desejava fabricar ouro, isso é verdade, mas não
meramente por causa do ouro em si.
Ele acreditava que ao comer ouro, ou alguma preparação similar, ele
podia obter vida eterna, e tornar-se um ​hsien​, um imortal com poderes
quase ilimitados.
Enquanto o ouro natural servia ao seu propósito, ele era difícil de obter,
e muitos Alquimistas eram pobres.
Era assim mais conveniente para eles fazer o ouro eles mesmos.
Assim a literatura alquímica Chinesa é dividida em duas partes: a
preparação do outro a partir de metais mais básicos, e métodos de
consumi-lo para adquirir imortalidade. O segundo propósito estava
completamente ausente da Alquimia Alexandrina.
O maior trabalho alquímico da China é o Pao-p’u-tzu de Ko Hung (cerca
281-361 DC).
O título foi traduzido tanto por “O Mestre que Preserva Simplicidade
Prístina” quanto por “O Aparentemente Solene Filósofo”.
Este foi o nome adotado pelo próprio Ko Hung. O livro é longo, mas em
parte ele dá uma descrição muito completa da Alquimia Chinesa.
Ko Hung explica o valor do ouro para a Medicina (Chin Tan).
Quanto mais o Medicamento de Ouro é aquecido, mais esquisita a
transformação pela qual ele passa.
O ouro amarelo não sofrerá mudança mesmo após longo aquecimento
no fogo, nem apodrecerá após longo tempo enterrado no solo.
A ingestão desses dois medicamentos (Huan tan, medicamento
retornado, e Chin i, ouro fluido, ou ouro feito fluido) portanto fortalecerá
o corpo de uma pessoa de tal forma que ele não mais crescerá e nem
morrerá.
Este é o caso de obter a força de uma substância externa, comparável à
manutenção do fogo pelo óleo e a proteção de uma perna contra o
apodrecimento.”
O livro contém descrições elaboradas da da preparação de um número
de diferentes formas de medicamentos.
Por exemplo, O Quarto Medicamento é chamado Huun tan
(medicamento retornado).
A imortalidade virá ao que se alimenta em cem dias. Acima dele
pairarão faisões, pavões, e pássaros vermelhos, e ao seu lado estarão
fadas.
O ouro amerelo se formará imediatamente pelo aquecimento de uma
espátula cheia do medicamento admisturado com meio kilograma de
mercúrio (a pedra dos filósofos).
Aquele que tem seu dinheiro pintado com ele terá ele de volta no
mesmo dia que o gasta. Palavras pintadas com esse medicamento nos
olhos das pessoas comuns manterão espíritos afastados delas.
Além desse material mágico, Ko Hung também descreve operações
químicas práticas tais como a preparação de um sulfeto estanhoso,
“ouro mosaico,” que lembra ouro na aparência e que ele obviamente
acreditava resultar da transmutação do estanho:
Folhas de estanho, cada uma medindo seis polegadas quadradas de
área e oito polegadas de espessura, são cobertas com uma camada de
um décimo de polegada de espessura de uma mistura lamacenta de sal
vermelho e Hui Chih (água potássica, água de cal), dez libras
de estanho para cada quarto de sal vermelho. Eles estão então
colocados em um pote de argila vermelha propriamente selado. Após
aquecer por trinta dias com estrume de cavalo, todo o estanho se torna
como cinzas e intercaladas com
Como resultado das recentes traduções dos clássicos Taoístas, os
princípios gerais da Alquimia Chinesa são agora bastante claros. A
Alquimia estava sob o controle da Deidade do Forno, uma bela mulher
vestida de vermelho.
Ele estava a cargo de cozinhas e de preparar medicamentos, e assim
também da Alquimia.
Sacrifícios eram feitos a ela antes de iniciar o trabalho. Os alquimistas
estavam bem familiarizados com o mercúrio, o qual eles tratavam como
uma substância distintiva.
Eles sabiam da sua preparação a partir de minério vermelho, cinábrio, e
esse mineral também era tratado com especial reverência. De fato, em
algumas épocas o cinábrio era muito mais bem considerado que o ouro
como um medicamento
Diversos Imperadores possuem reputação de ter morrido após ingestão
de compostos de mercúrio numa tentativa de assegurar a imortalidade.
O Alquimista Chinês também acreditava que um medicamento especial
podia ser usado para provocar a transmutação. Frequentemente ela era
a mesma substância que produzia a imortalidade:
Como um exemplo de tempos recentes, podemos considerar o caso de
Hua Ling Ssu, um talentoso, sabido, e bem informado estudioso que era
cético sobre coisas não encontradas nos Clássicos. Entretanto, ele uma
vez se deparou com um Tao-shih (buscador do caminho) que
professava ter o conhecimento do método do Amarelo e do Branco.
Ele pediu ao Tao-shih para cumprir suas palavras com atos, as quais
eram como se segue: ​chumbo era tratado em um vaso de ferro com um
certo medicamento pulverizado e prata era obtida. A prata era então
tratada posteriormente com algum outro medicamento, e ouro era
produzido.
Como na citação referente ao Huan tan previamente feita, essa
obviamente se refere ao que os Alquimistas Europeus chamavam de
Pedra Filosofal.
Como os Alexandrinos, os Alquimistas Chineses usavam uma ampla
variedade de aparatos.
Provavelmente sua peça mais importante de equipamento era o Ting,
um caldeirão que comumente se apoiava sobre três pernas, e que
servia como um vaso reacional para os experimentos.
Um bom número de fornos e banhos diferentes existia, bem como
cadinhos e alambiques.
A mais clara exposição da Alquimia da China é encontrada no
Pao-p’u-tzu. Após esse período, como na Alexandria, as fases mística e
mágica começaram a predominar.
A filosofia Taoísta estava firmemente se degenerando em uma religião
mágica e supersticiosa, e a Alquimia seguia o mesmo caminho. Pelo
sexto século ela tinha
se separado em dois ramos: alquimia exotérica (wai tan), que era ainda
baseada nos métodos químicos, e a mais predominante alquimia
esotérica (nei tan), na qual a terminologia das operações químicas e
laboratoriais era usada para expressar conceitos místicos e filosóficos.
O Wu Chén P’im (Ensaio sobre a Compreensão da Verdade) de Chang
Po-tuan (98301082) é um trabalho desse tipo.
Gradualmente mesmo a alquimia exotérica perdeu-se em superstições,
e assim, na China, a Alquimia falhou em contribuir para quaisquer
avanços posteriores.
O caráter conservador da cultura Chinesa e a falha do Taoísmo
degenerado em apelar aos intelectuais foram não sem dúvida as causas
principais dessa falha.
Se a Alquimia Chinesa teve pouca influência sobre a cultura da China,
seus ensinamentos não estavam perdidos. Durante os anos nos quais
ela floresceu, a China não era uma nação isolada.
É possível que algumas rotas de comércio ao longo da Ásia existissem
mesmo nos tempos babilônicos. Isso poderia explicar a transmissão da
doutrina dos contrários para a China em um período antigo. Em tempos
posteriores, contatos entre China e o Ocidente estavam bem
estabelecidos.
Em 150-140 AC, uma tribo de nômades do norte da China, os Yiieh-Chi,
foram expulsos dos seus lares.
Após muitas peregrinações eles finalmente se estabeleceram na
Báctria, a província mais oriental do Império Persa
Onde Merv estava localizada. Em 128, o general e diplomata Chinês,
Chang K’ien visitou essa tribo e enviou um relatório ao Imperador Han
Wu-ti.
O caminho foi aberto para comércio entre esses territórios. Isso foi de
grande importância, pois a Báctria também tinha um florescente
comércio com o Império Romano.
Em 106 AC, a primeira caravana que passou ao longo dessa “rota da
seda” atingiu a Pérsia, e subsequentemente um tráfego regular passou
entre o Ocidente Romano e o Oriente Chinês.
Esse tráfego foi intensificado quando a Báctria tornou-se um grande
centro Budista sob o reinado do Rei Kanishka (120-153 DC).
Não apenas mercadores mas também sacerdotes e peregrinos agora
faziam a jornada da China para a Pérsia.
Registros de tais jornadas foram deixados por Fa Hsien (405-410), I
ching (671-695), e outros, mostrando que o caminho foi mantido aberto
por séculos.
A viagem na direção reversa também era comum.
Marcus Aurelius enviou um embaixador à China em 166 DC.
Os Nestorianos levaram sua atividade missionária até a China, e em
781 erigiram o famoso monumento a Sian em Shensi que porta uma
inscrição tanto em Chinês quanto em Siríaco.
Viajantes árabes e comerciantes continuaram o tráfego após as
conquistas árabes.
As contas do Sulaiman o Mercador e o geógrafo Abu Zaid contam das
visitas à China no nono século.
A história de Aladdin nas Mil e Uma Noites mostram que a China era
conhecida dos Árabes.
Índia, que permanecia entre a Pérsia e a China, não podia evitar a
influência de ambos países. O Budismo, que se originou na Índia, se
espalhou para a China que se tornou seu lar.
Os muçulmanos invadiram a Índia e introduziram o Maometanismo
como uma de suas religiões-chefe logo após as conquistas árabes
começar.
Os Indianos desenvolver profundas filosofias desde tempos antigos, e
eles indubitavelmente estiveram em contato com o pensamento
Helenista do tempo de Alexandre o Grande, mas a Índia desenvolveu
pouca química e menos alquimia até o século XI.
Muito da ciência da Índia estava conectada com os ensinamentos
médicos. Quando a Alquimia surgiu, ela estava em contato próximo com
a ideia de curar.
Essa escola iatroquímica, que buscava remédios para os males,
alcançou seu pico entre 1300 e 1550 DC, em um tempo que um
movimento similar estava começando no Ocidente.
Parece aparente dos estudos de Ray que a alquimia Indiana era uma
importação, tanto do Oriente quanto do Ocidente.
É evidente então que as ideias da Alquimia Chinesa podem ter
alcançado o Ocidente por vários caminhos. O estudo da Alquimia árabe
claramente mostra que elas o fizeram.
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Capítulo 5 - alquimia chinesa

  • 1. Capítulo 5 ALQUIMIA CHINESA A combinação da habilidade técnica e filosófica que levou aos desenvolvimentos iniciais da Alquimia Alexandrina encontrou uma contraparte na China que resultou em um desenvolvimento similar em um período ligeiramente anterior. Apesar de a Alquimia ter tomado uma forma diferente no Oriente distante, existiam suficientes semelhanças com a variedade Ocidental para que fosse causadas muitas disputas entre historiadores em relação a possíveis empréstimos em uma ou outra direção. Isso não pode ser definitivamente estabelecido com a informação disponível atualmente, mas parece ser mais provável que o desenvolvimento da Alquimia no Egito e na China prosseguiu independentemente. As artes técnicas chinesas envolviam Química desde os períodos mais primordiais da civilização Chinesa. Cobre, ouro, e prata eram os primeiros metais conhecidos. O Ouro não era tão comum nos primórdios do Egito e Mesopotâmia. Os outros metais importantes tornaram-se familiares por volta do século IV AC. Vários compostos metálicos foram preparados, especialmente a partir do Chumbo e do Mercúrio, que era metais particularmente interessantes para os Alquimistas.
  • 2. A fabricação de objetos de metal e de porcelana foi executada com um alto grau de habilidade. Li discutiu muitas das artes Químicas da China e mostrou o extenso conhecimento dos artesãos Chineses. Os Chineses são conhecidos há tempos por suas especulações filosóficas. Mesmo nos primeiros tempos eles tinham uma teoria da constituição da material baseada nos elementos (wu hsing): metal, madeira, terra, água, e fogo. A combinação desses elementos promovia o surgimento de todas as substâncias materiais. Fig. 5. Chinese still for preparing mercury. (From Li, Chemical Arts of Old China.)
  • 3. Tão importante era esse conceito que praticamente tudo, incluindo planetas, cores, virtudes, eram classificadas nessas cinco categorias. Um pouco mais tarde, uma outra ideia importante apareceu. Era a doutrina do Yin e Yang, os dois contrários. A ideia parecia completamente desenvolvida na época em que apareceu. Isso levou à crença de que ele foi trazida do Oriente, onde, como já foi visto, ela era de maior significância nas cosmologias primordiais. Na China essa doutrina assumiu uma importância maior que aquele do Ocidente. Ao invés de um número de contrários, como na Física de Heráclito, todas as propriedades opostas eram somadas em dois grandes contrários: yin, o princípio fêmea, a lua, negativo, pesado, terreno, seco e simbolizando as propriedades menos desejáveis de frio, escuridão, morte; e yang, o princípio masculino, o sol, positivo, ativo, fogoso, e contendo as características mais desejáveis. Esses conceitos atingiram seu pleno desenvolvimento na filosofia do Taoísmo nos séculos imediatamente anteriores a Cristo. O Taoísmo originou-se como uma filosofia altamente abstrata durante o VI século AC. Seu fundador foi Lao Tsé (“O Visconde Venerável), cujo livro, Tao Te Ching, o Clássico que tratava do Caminho e dos Valores, é a base do Taoismo.
  • 4. O conceito central na sua filosofia era que tudo é controlado por uma força passiva que ele chamava de Tao, uma palavra significando “via” ou “caminho”. O homem deveria procurar o Tao pela inação, pela solitude, e por várias práticas espirituais. O Taoísmo primordial era uma filosofia muito pessimista e difícil, ela não tinha um amplo apelo, mas começou a mudar seu caráter logo após a morte do seu fundador. A ideia metafísica de que o Tao tornou-se mais concreto com a passagem do tempo. Veio a se tornar “O Caminho da Natureza”, as maneiras físicas pelas quais o cosmo opera. Como tal ele incorporou as ideias do Yin e Yang e dos cinco elementos. Seus devotos começaram a procurar pelo Caminho e não por métodos espirituais e mentais, como fez Lao Tsé, mas por operações físicas.
  • 5. Conceitos mágicos foram introduzidos, e os adeptos tentavam controlar a natureza para sua própria vantagem. Diversos séculos antes do surgimento da Alquimia Alexandrina, os Taoístas introduziram um sistema alquímico caracteristicamente chinês. A cosmologia dos Taoístas estava bem resumida no Huai-nan-tzu, escrito por Liu An (morreu em 122 AC), Rei de Huai-nan, e um ardente taoísta. Antes do universo tomar forma definida, ele era absolutamente sem forma e transparente, e era então chamado de Grande Esplendor. O Tao se originou do vazio e da tranquilidade. O vazio e a tranquilidade criaram o espaço e o tempo, e o espaço e tempo criaram a essência etérea (Ch’i). A essência tinha limites. A porção que era leve e volátil flutuou para formar o céu, e a porção pesada e densa condensou-se e coagulou para se tornar a terra. Desde que é mais fácil as coisas voláteis se agruparem que os materiais pesados e densos se condensarem e coagularem. Yin-yang resultaram da concentração da essência do céu e da terra. A essência do Yin-yang por sua concentração formaram as quatro estações, e a essência das quatro estações pela sua própria distribuição formaram a multitude das coisas. A acumulação dos elementos quentes em Yang originou o fogo, a essência que se tornou Sol. A acumulação dos elementos frios em Yin criou a água, a essência do que se tornou Lua.
  • 6. Pela interação do sol e da lua, os corpos pesados foram produzidos. Enquanto os céus recebiam as estrelas e planetas, a terra recebeu a água e a poeira. Por essa época, a Alquimia se tornou suficientemente bem estabelecida para incorrer nas suspeitas das autoridades, tal como ocorreu no Ocidente. Em 144 AC um édito foi dirigido contra os fabricantes de “ouro falso.” Isso resultou em um desfavor ainda maior para os alquimistas, tanto que as referências à Arte sumiram da literatura por essa época. Os alquimistas, entretanto, evidentemente continuaram seu trabalho. Por volta de 142 DC, apareceu o T’san T’ung Chi de Wei Po-yang. Davis chama esse de o primeiro trabalho conhecido inteiramente devotado à Alquimia. Ele contém muito material de caráter místico e oculta muitos dos seus métodos e reagentes sob nomes fantasiosos, tal como feito no Ocidente. Entretanto, ele evidencia que seu autor era um Químico prático. A seguinte descrição relata algum processo no qual a volatilização e cristalização tomam lugar, e apela a cada químico que tenha assistido a uma reação violenta ocorrer: Acima, cozimento e destilação tomam lugar no caldeirão; abaixo tremula a chama urrante. Dantes vai o Tigre Branco, liderando o caminho; em seguida vai o Dragão Cinza. O esvoaçante Pássaro Escarlate deixa escapar as cinco cores. Encontrando armadilhas enganadoras, é impotentemente e inamovivelmente pressionada para baixo, e chora com emoção, como
  • 7. uma criança que encontra sua mãe. De uma forma descuidada e não planejada ela é colocada no caldeirão de fluido quente em detrimento de suas penas. Quando metade do tempo tiver passado, Dragões aparecerão com rapidez e em grande número. As cinco cores deslumbrantes mudam incessantemente. Turbulentamente ebulindo o fluido no caldeirão. Um após outro, eles parecem formar uma lista tão irregular como os dentes de um cachorro. Estalagmitas que são como pendentes de gelo de meio-inverno são cuspidos horizontalmente e verticalmente. Cumes rochosos sem regularidade aparente fazem sua aparição, suportando um ao outro. Quando Yin e Yang estão propriamente combinados, a tranquilidade prevalece.” Esse livro também contém uma passagem que explica o propósito central da Alquimia Chinesa, um propósito que claramente a distingue da Alexandrina, com seu objetivo de fazer imitações de metais preciosos: Longevidade é de primária importância no grande trunfo, Huan-tan (medicamento retornado) é comestível. O ouro é não-corruptível, e portanto a mais valiosa das coisas. O homem de arte, alimentando-se dele, atinge longevidade. A Terra, viajando por todas as estações, delineia fronteiras e formula regras a se observar. O pó de ouro, tendo entrado nos órgãos internos vivos, espalha-se nebularmente, como uma chuva carregada pelo vento. Vaporizando e permeando, ele atinge os quatro membros.
  • 8. Logo após a tez se torna rejuvenescida, cabelo embranquecido recupera sua cor escura, e novos dentes crescem onde os caídos costumavam ficar. Se um homem velho, ele mais uma vez se tornará jovem, se uma velha, ela recuperará sua virgindade. Tais transformações tornam alguém imune das misérias mundanas, e aquele que é assim transformado é chamado pelo nome de chen-jun (verdadeiro homem). O Alquimista Chinês desejava fabricar ouro, isso é verdade, mas não meramente por causa do ouro em si. Ele acreditava que ao comer ouro, ou alguma preparação similar, ele podia obter vida eterna, e tornar-se um ​hsien​, um imortal com poderes quase ilimitados. Enquanto o ouro natural servia ao seu propósito, ele era difícil de obter, e muitos Alquimistas eram pobres. Era assim mais conveniente para eles fazer o ouro eles mesmos. Assim a literatura alquímica Chinesa é dividida em duas partes: a preparação do outro a partir de metais mais básicos, e métodos de consumi-lo para adquirir imortalidade. O segundo propósito estava completamente ausente da Alquimia Alexandrina.
  • 9. O maior trabalho alquímico da China é o Pao-p’u-tzu de Ko Hung (cerca 281-361 DC). O título foi traduzido tanto por “O Mestre que Preserva Simplicidade Prístina” quanto por “O Aparentemente Solene Filósofo”. Este foi o nome adotado pelo próprio Ko Hung. O livro é longo, mas em parte ele dá uma descrição muito completa da Alquimia Chinesa. Ko Hung explica o valor do ouro para a Medicina (Chin Tan). Quanto mais o Medicamento de Ouro é aquecido, mais esquisita a transformação pela qual ele passa. O ouro amarelo não sofrerá mudança mesmo após longo aquecimento no fogo, nem apodrecerá após longo tempo enterrado no solo. A ingestão desses dois medicamentos (Huan tan, medicamento retornado, e Chin i, ouro fluido, ou ouro feito fluido) portanto fortalecerá o corpo de uma pessoa de tal forma que ele não mais crescerá e nem morrerá. Este é o caso de obter a força de uma substância externa, comparável à manutenção do fogo pelo óleo e a proteção de uma perna contra o apodrecimento.” O livro contém descrições elaboradas da da preparação de um número de diferentes formas de medicamentos. Por exemplo, O Quarto Medicamento é chamado Huun tan (medicamento retornado). A imortalidade virá ao que se alimenta em cem dias. Acima dele pairarão faisões, pavões, e pássaros vermelhos, e ao seu lado estarão fadas.
  • 10. O ouro amerelo se formará imediatamente pelo aquecimento de uma espátula cheia do medicamento admisturado com meio kilograma de mercúrio (a pedra dos filósofos). Aquele que tem seu dinheiro pintado com ele terá ele de volta no mesmo dia que o gasta. Palavras pintadas com esse medicamento nos olhos das pessoas comuns manterão espíritos afastados delas. Além desse material mágico, Ko Hung também descreve operações químicas práticas tais como a preparação de um sulfeto estanhoso, “ouro mosaico,” que lembra ouro na aparência e que ele obviamente acreditava resultar da transmutação do estanho: Folhas de estanho, cada uma medindo seis polegadas quadradas de área e oito polegadas de espessura, são cobertas com uma camada de um décimo de polegada de espessura de uma mistura lamacenta de sal vermelho e Hui Chih (água potássica, água de cal), dez libras de estanho para cada quarto de sal vermelho. Eles estão então colocados em um pote de argila vermelha propriamente selado. Após aquecer por trinta dias com estrume de cavalo, todo o estanho se torna como cinzas e intercaladas com Como resultado das recentes traduções dos clássicos Taoístas, os princípios gerais da Alquimia Chinesa são agora bastante claros. A Alquimia estava sob o controle da Deidade do Forno, uma bela mulher vestida de vermelho. Ele estava a cargo de cozinhas e de preparar medicamentos, e assim também da Alquimia.
  • 11. Sacrifícios eram feitos a ela antes de iniciar o trabalho. Os alquimistas estavam bem familiarizados com o mercúrio, o qual eles tratavam como uma substância distintiva. Eles sabiam da sua preparação a partir de minério vermelho, cinábrio, e esse mineral também era tratado com especial reverência. De fato, em algumas épocas o cinábrio era muito mais bem considerado que o ouro como um medicamento Diversos Imperadores possuem reputação de ter morrido após ingestão de compostos de mercúrio numa tentativa de assegurar a imortalidade. O Alquimista Chinês também acreditava que um medicamento especial podia ser usado para provocar a transmutação. Frequentemente ela era a mesma substância que produzia a imortalidade: Como um exemplo de tempos recentes, podemos considerar o caso de Hua Ling Ssu, um talentoso, sabido, e bem informado estudioso que era cético sobre coisas não encontradas nos Clássicos. Entretanto, ele uma vez se deparou com um Tao-shih (buscador do caminho) que professava ter o conhecimento do método do Amarelo e do Branco. Ele pediu ao Tao-shih para cumprir suas palavras com atos, as quais eram como se segue: ​chumbo era tratado em um vaso de ferro com um certo medicamento pulverizado e prata era obtida. A prata era então tratada posteriormente com algum outro medicamento, e ouro era produzido.
  • 12. Como na citação referente ao Huan tan previamente feita, essa obviamente se refere ao que os Alquimistas Europeus chamavam de Pedra Filosofal. Como os Alexandrinos, os Alquimistas Chineses usavam uma ampla variedade de aparatos. Provavelmente sua peça mais importante de equipamento era o Ting, um caldeirão que comumente se apoiava sobre três pernas, e que servia como um vaso reacional para os experimentos. Um bom número de fornos e banhos diferentes existia, bem como cadinhos e alambiques. A mais clara exposição da Alquimia da China é encontrada no Pao-p’u-tzu. Após esse período, como na Alexandria, as fases mística e mágica começaram a predominar. A filosofia Taoísta estava firmemente se degenerando em uma religião mágica e supersticiosa, e a Alquimia seguia o mesmo caminho. Pelo sexto século ela tinha se separado em dois ramos: alquimia exotérica (wai tan), que era ainda baseada nos métodos químicos, e a mais predominante alquimia esotérica (nei tan), na qual a terminologia das operações químicas e laboratoriais era usada para expressar conceitos místicos e filosóficos.
  • 13. O Wu Chén P’im (Ensaio sobre a Compreensão da Verdade) de Chang Po-tuan (98301082) é um trabalho desse tipo. Gradualmente mesmo a alquimia exotérica perdeu-se em superstições, e assim, na China, a Alquimia falhou em contribuir para quaisquer avanços posteriores. O caráter conservador da cultura Chinesa e a falha do Taoísmo degenerado em apelar aos intelectuais foram não sem dúvida as causas principais dessa falha. Se a Alquimia Chinesa teve pouca influência sobre a cultura da China, seus ensinamentos não estavam perdidos. Durante os anos nos quais ela floresceu, a China não era uma nação isolada. É possível que algumas rotas de comércio ao longo da Ásia existissem mesmo nos tempos babilônicos. Isso poderia explicar a transmissão da doutrina dos contrários para a China em um período antigo. Em tempos posteriores, contatos entre China e o Ocidente estavam bem estabelecidos. Em 150-140 AC, uma tribo de nômades do norte da China, os Yiieh-Chi, foram expulsos dos seus lares. Após muitas peregrinações eles finalmente se estabeleceram na Báctria, a província mais oriental do Império Persa Onde Merv estava localizada. Em 128, o general e diplomata Chinês, Chang K’ien visitou essa tribo e enviou um relatório ao Imperador Han Wu-ti. O caminho foi aberto para comércio entre esses territórios. Isso foi de grande importância, pois a Báctria também tinha um florescente comércio com o Império Romano.
  • 14. Em 106 AC, a primeira caravana que passou ao longo dessa “rota da seda” atingiu a Pérsia, e subsequentemente um tráfego regular passou entre o Ocidente Romano e o Oriente Chinês. Esse tráfego foi intensificado quando a Báctria tornou-se um grande centro Budista sob o reinado do Rei Kanishka (120-153 DC). Não apenas mercadores mas também sacerdotes e peregrinos agora faziam a jornada da China para a Pérsia. Registros de tais jornadas foram deixados por Fa Hsien (405-410), I ching (671-695), e outros, mostrando que o caminho foi mantido aberto por séculos. A viagem na direção reversa também era comum. Marcus Aurelius enviou um embaixador à China em 166 DC. Os Nestorianos levaram sua atividade missionária até a China, e em 781 erigiram o famoso monumento a Sian em Shensi que porta uma inscrição tanto em Chinês quanto em Siríaco. Viajantes árabes e comerciantes continuaram o tráfego após as conquistas árabes. As contas do Sulaiman o Mercador e o geógrafo Abu Zaid contam das visitas à China no nono século. A história de Aladdin nas Mil e Uma Noites mostram que a China era conhecida dos Árabes. Índia, que permanecia entre a Pérsia e a China, não podia evitar a influência de ambos países. O Budismo, que se originou na Índia, se espalhou para a China que se tornou seu lar.
  • 15. Os muçulmanos invadiram a Índia e introduziram o Maometanismo como uma de suas religiões-chefe logo após as conquistas árabes começar. Os Indianos desenvolver profundas filosofias desde tempos antigos, e eles indubitavelmente estiveram em contato com o pensamento Helenista do tempo de Alexandre o Grande, mas a Índia desenvolveu pouca química e menos alquimia até o século XI. Muito da ciência da Índia estava conectada com os ensinamentos médicos. Quando a Alquimia surgiu, ela estava em contato próximo com a ideia de curar. Essa escola iatroquímica, que buscava remédios para os males, alcançou seu pico entre 1300 e 1550 DC, em um tempo que um movimento similar estava começando no Ocidente. Parece aparente dos estudos de Ray que a alquimia Indiana era uma importação, tanto do Oriente quanto do Ocidente. É evidente então que as ideias da Alquimia Chinesa podem ter alcançado o Ocidente por vários caminhos. O estudo da Alquimia árabe claramente mostra que elas o fizeram.