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Manoel Neves
Naturalismo no ENEM
–	 É	 o	 diabo!...	 preguejava	 entre	 dentes	 o	 brutalhão,	 enquanto	 atravessava	 o	
corredor	ao	lado	do	Conselheiro,	enfiando	às	pressas	o	seu	inseparável	sobretudo	
de	casimira	alvadia.	–	É	o	diabo!	Esta	menina	já	devia	ter	casado!
–	Disso	sei	eu...	balbuciou	o	outro.	–	E	não	é	por	falta	de	esforços	de	minha	parte;	
creia!
–	 Diabo!	 Faz	 lástima	 que	 um	 organismo	 tão	 rico	 e	 tão	 bom	 para	 procriar	 se	
sacrifique	desse	modo!	Enfim	–	ainda	não	é	tarde;	mas,	se	ela	não	se	casar	quanto	
antes	–	hum...	hum!...	Não	respondo	pelo	resto!
–	Então	o	Doutor	acha	que...?
Lobão	 inflamou-se:	 Oh!	 o	 Conselheiro	 não	 podia	 imaginar	 o	 que	 eram	 aqueles	
temperamentozinhos	 impressionáveis!...	 eram	 terríveis,	 eram	 violentos,	 quando	
alguém	tentava	contrariá-los!	Não	pediam	–	exigiam	–	reclamavam!
AZEVEDO,	A.	O	homem.	Belo	Horizonte:	UFMG,	2003.
QUESTÃO 01
segunda aplicação do ENEM-2012
O	romance	O	homem,	de	Aluísio	Azevedo,	insere-se	no	contexto	do	Naturalismo,	
marcado	 pela	 visão	 do	 Cientificismo.	 No	 fragmento,	 essa	 concepção	 aplicada	 à	
mulher	define-se	por	uma
a)	conivência	com	relação	à	rejeição	feminina	de	assumir	um	casamento	arranjado	
pelo	pai.
b)	caracterização	da	personagem	feminina	como	um	estereótipo	da	mulher	sensual	
e	misteriosa.
c)	convicção	de	que	a	mulher	é	um	organismo	frágil	e	condicionado	por	seu	ciclo	
reprodutivo.
d)	 submissão	 da	 personagem	 feminina	 a	 um	 processo	 que	 a	 infantiliza	 e	 limita	
intelectualmente.
e)	incapacidade	de	resistir	às	pressões	socialmente	impostas,	representadas	pelo	
pai	e	pelo	médico.
SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2012
O	trecho	transcrito	apresenta	uma	discussão	entre	o	doutor	Lobão	e	o	Conselheiro	
Pinto	Marques.
Em	consonância	com	as	teorias	cientificistas	do	final	do	século	XIX,	o	médico	sugere	
que	 Magdá	 se	 case,	 pois	 ela	 deveria	 atender	 às	 necessidades	 de	 seu	 corpo	 e	
procriar.
De	acordo	com	o	médico,	o	útero	é	um	monstro	que	precisa	ter	suas	necessidades	
satisfeitas,	caso	contrário	ele	subiria	para	a	cabeça	e	a	mulher	enlouqueceria.
Tais	considerações	permitem	assinalar	a	alternativa	“c”,	na	medida	em	que	o	que	se	
infere	dessas	teorias	cientificistas	é	que	o	homem	é	fruto	tanto	dos	aspectos	sociais	
quanto	das	determinações	biológicas.
Abatidos	 pelo	 fadinho	 harmonioso	 e	 nostálgico	 dos	 desterrados,	 iam	 todos,	 até	
mesmo	os	brasileiros,	se	concentrando	e	caindo	em	tristeza;	mas,	de	repente,	o	
cavaquinho	 de	 Porfírio,	 acompanhado	 pelo	 violão	 do	 Firmo,	 romperam	
vibrantemente	com	um	chorado	baiano.	Nada	mais	que	os	primeiros	acordes	da	
música	crioula	para	que	o	sangue	de	toda	aquela	gente	despertasse	logo,	como	se	
alguém	lhe	fustigasse	o	corpo	com	urtigas	bravas.	E	seguiram-se	outras	notas,	e	
outras,	cada	vez	mais	ardentes	e	mais	delirantes.	Já	não	eram	dois	instrumentos	
que	 soavam,	 eram	 lúbricos	 gemidos	 e	 suspiros	 soltos	 em	 torrente,	 a	 correrem	
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chorados	em	frenesi	de	amor:	música	feita	de	beijos	e	soluços	gostosos;	carícia	de	
fera,	carícia	de	doer,	fazendo	estalar	de	gozo.
AZEVEDO,	A.	O	cortiço.	São	Paulo:	Ática,	1983.
QUESTÃO 02
enem-2011
No	romance	O	cortiço	(1890),	de	Aluísio	Azevedo,	as	personagens	são	observadas	
como	elementos	coletivos	caracterizados	por	condicionantes	de	origem	social,	sexo	
e	etnia.	Na	passagem	transcrita,	o	confronto	entre	brasileiros	e	portugueses	revela	
prevalência	do	elemento	brasileiro,	pois
a)	 destaca	 o	 nome	 de	 personagens	 brasileiras	 e	 omite	 o	 de	 personagens	
portuguesas.
b)	 exalta	 a	 força	 do	 cenário	 natural	 brasileiro	 e	 considera	 o	 do	 português	
inexpressivo.
c)	mostra	o	poder	envolvente	da	música	brasileira,	que	cala	o	fado	português.
e)	destaca	o	sentimentalismo	brasileiro,	contrário	à	tristeza	dos	portugueses.
e)	atribui	aos	brasileiros	uma	habilidade	maior	com	instrumentos	musicais.
SOLUÇÃO COMENTADA
enem-2011
Se,	no	início	do	fragmento,	as	personagens	mostravam-se	seduzidos	pela	tristeza	
oriunda	 da	 música	 portuguesa,	 bastam	 os	 primeiros	 acordes	 sensuais	 da	 música	
crioula	para	que	toda	aquela	gente	despertasse	logo	pelos	ais	convulsos,	chorados	
em	frenesi	de	amor.	Assinale-se,	pois,	a	alternativa	“c”.
O	MULATO
Ana	Rosa	cresceu;	aprendera	de	cor	a	gramática	do	Sotero	dos	Reis;	lera	alguma	
coisa;	sabia	rudimentos	de	francês	e	tocava	modinhas	sentimentais	ao	violão	e	ao	
piano.	Não	era	estúpida;	tinha	a	intuição	perfeita	da	virtude,	um	modo	bonito,	e	
por	vezes	lamentara	não	ser	mais	instruída.	Conhecia	muitos	trabalhos	de	agulha;	
bordava	 como	 poucas,	 e	 dispunha	 de	 uma	 gargantazinha	 de	 contralto	 que	 fazia	
gosto	de	ouvir.
Uma	 só	 palavra	 boiava	 à	 superfície	 dos	 seus	 pensamentos:	 “Mulato”.	 E	 crescia,	
crescia,	transformando-se	em	tenebrosa	nuvem,	que	escondia	todo	o	seu	passado.	
Ideia	parasita,	que	estrangulava	todas	as	outras	ideias.
AZEVEDO,	A.	O	mulato.	São	Paulo:	Ática,	1996.	Fragmento.
—	Mulato!
Esta	 só	 palavra	 explicava-lhe	 agora	 todos	 os	 mesquinhos	 escrúpulos,	 que	 a	
sociedade	 do	 Maranhão	 usara	 para	 ele.	 Explicava-lhe	 tudo:	 a	 frieza	 de	 certas	
famílias	a	quem	visitara;	as	reticências	dos	que	lhe	falavam	de	seus	antepassados;	a	
reserva	 e	 a	 cautela	 dos	 que,	 em	 sua	 presença,	 discutiam	 questões	 de	 raça	 e	 de	
sangue.
QUESTÃO 03
segunda aplicação do ENEM-2014
O	 texto	 de	 Aluísio	 Azevedo	 é	 representativo	 do	 Naturalismo,	 vigente	 no	 final	 do	
século	XIX.	Nesse	fragmento,	o	narrador	expressa	fidelidade	ao	discurso	naturalista,	
pois
a)	relaciona	a	posição	social	a	padrões	de	comportamento	e	à	condição	de	raça.
b)	apresenta	os	homens	e	as	mulheres	melhores	do	que	eram	no	século	XIX.
c)	 mostra	 a	 pouca	 cultura	 feminina	 e	 a	 distribuição	 de	 saberes	 entre	 homens	 e	
mulheres.
d)	ilustra	os	diferentes	modos	que	um	indivíduo	tinha	de	ascender	socialmente.
e)	 critica	 a	 educação	 oferecida	 às	 mulheres	 e	 os	 maus-tratos	 dispensados	 aos	
negros.
SOLUÇÃO COMENTADA
segunda aplicação do ENEM-2014
O	fragmento	em	análise	problematiza	o	modo	como	a	sociedade	brasileira	trata	os	
negros	e	os	afrodescendentes.	No	quarto	parágrafo,	o	locutor	fala	das	reações	por	
meio	 das	 quais	 seus	 interlocutores	 revelam	 o	 preconceito	 racial:	 “frieza”,	
“reticências”,	“reserva”	e	“cautela”.	Assinale-se,	pois,	a	letra	“a”.
Em	 tempo:	 o	 tema	 do	 preconceito	 racial	 apareceu	 em	 destaque	 na	 literatura	
brasileira	 pela	 primeira	 vez	 no	 Naturalismo.	 Em	 obras	 de	 movimentos	 literários	
posteriores,	como	Clara	dos	Anjos,	Ponciá	Vicêncio,	Emparedado,	Poemas	negros	
e	Negrinha,	demonstra-se	de	forma	bastante	clara	como	a	sociedade	brasileira,	ao	
longo	dos	séculos,	criou	mecanismos	para	impedir	que	o	negro	saísse	do	lugar	que	
lhe	fora	reservado	desde	fins	do	século	XVI.
Um	 dia,	 meu	 pai	 tomou-me	 pela	 mão,	 minha	 mãe	 beijou-me	 a	 testa,	 molhando-me	 de	
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Duas	vezes	fora	visitar	o	Ateneu	antes	da	minha	instalação.
Ateneu	era	o	grande	colégio	da	época.	Afamado	por	um	sistema	de	nutrido	reclame,	mantido	por	
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ofegante	e	esbaforido	concurso	de	professores	prudentemente	anônimos,	caixões	e	mais	
caixões	de	volumes	cartonados	em	Leipzig,	inundando	as	escolas	públicas	de	toda	a	pate	com	
a	sua	invasão	de	capas	azuis,	róseas,	amarelas,	em	que	o	nome	de	Aristarco,	inteiro	e	sonoro,	
oferecia-se	ao	pasmo	venerador	dos	esfaimados	de	alfabeto	dos	confins	da	pátria.	Os	lugares	
que	os	não	procuravam	eram	um	belo	dia	surpreendidos	pela	enchente,	gratuita,	espontânea,	
irresistível!	E	não	havia	senão	aceitar	a	farinha	daquela	marca	para	o	pão	do	espírito.
POMPEIA,	R.	O	Ateneu.	São	Paulo:	Scipione,	2005.
QUESTÃO 05
primeira aplicação do ENEM-2015
Ao	 descrever	 o	 Ateneu	 e	 as	 atitudes	 de	 seu	 diretor,	 o	 narrador	 revela	 um	 olhar	
sobre	a	inserção	social	do	colégio	demarcado	pela
a)	ideologia	mercantil	da	educação,	repercutida	nas	vaidades	pessoais.
b)	interferência	afetiva	das	famílias,	determinantes	no	processo	educacional.
c)	produção	pioneira	de	material	didático,	responsável	pela	facilitação	do	ensino.
d)	ampliação	do	acesso	à	educação,	com	a	negociação	dos	custos	escolares.
e)	 cumplicidade	 entre	 educadores	 e	 famílias,	 unidos	 pelo	 interesse	 comum	 do	
avanço	social.
SOLUÇÃO COMENTADA
primeira aplicação do ENEM-2015
O	 fragmento	 do	 romance	 O	 Ateneu	 transcrito	 nesta	 questão	 visa	 a	 criticar	 a	
mercantilização	do	ensino	[expressa	nas	reformas	promovidas	no	prédio	da	escola,	
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Naturalismo no enem

  • 2. – É o diabo!... preguejava entre dentes o brutalhão, enquanto atravessava o corredor ao lado do Conselheiro, enfiando às pressas o seu inseparável sobretudo de casimira alvadia. – É o diabo! Esta menina já devia ter casado! – Disso sei eu... balbuciou o outro. – E não é por falta de esforços de minha parte; creia! – Diabo! Faz lástima que um organismo tão rico e tão bom para procriar se sacrifique desse modo! Enfim – ainda não é tarde; mas, se ela não se casar quanto antes – hum... hum!... Não respondo pelo resto! – Então o Doutor acha que...? Lobão inflamou-se: Oh! o Conselheiro não podia imaginar o que eram aqueles temperamentozinhos impressionáveis!... eram terríveis, eram violentos, quando alguém tentava contrariá-los! Não pediam – exigiam – reclamavam! AZEVEDO, A. O homem. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
  • 3. QUESTÃO 01 segunda aplicação do ENEM-2012 O romance O homem, de Aluísio Azevedo, insere-se no contexto do Naturalismo, marcado pela visão do Cientificismo. No fragmento, essa concepção aplicada à mulher define-se por uma a) conivência com relação à rejeição feminina de assumir um casamento arranjado pelo pai. b) caracterização da personagem feminina como um estereótipo da mulher sensual e misteriosa. c) convicção de que a mulher é um organismo frágil e condicionado por seu ciclo reprodutivo. d) submissão da personagem feminina a um processo que a infantiliza e limita intelectualmente. e) incapacidade de resistir às pressões socialmente impostas, representadas pelo pai e pelo médico.
  • 4. SOLUÇÃO COMENTADA segunda aplicação do ENEM-2012 O trecho transcrito apresenta uma discussão entre o doutor Lobão e o Conselheiro Pinto Marques. Em consonância com as teorias cientificistas do final do século XIX, o médico sugere que Magdá se case, pois ela deveria atender às necessidades de seu corpo e procriar. De acordo com o médico, o útero é um monstro que precisa ter suas necessidades satisfeitas, caso contrário ele subiria para a cabeça e a mulher enlouqueceria. Tais considerações permitem assinalar a alternativa “c”, na medida em que o que se infere dessas teorias cientificistas é que o homem é fruto tanto dos aspectos sociais quanto das determinações biológicas.
  • 5. Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfírio, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo. AZEVEDO, A. O cortiço. São Paulo: Ática, 1983.
  • 6. QUESTÃO 02 enem-2011 No romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois a) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. b) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. c) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. e) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. e) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.
  • 7. SOLUÇÃO COMENTADA enem-2011 Se, no início do fragmento, as personagens mostravam-se seduzidos pela tristeza oriunda da música portuguesa, bastam os primeiros acordes sensuais da música crioula para que toda aquela gente despertasse logo pelos ais convulsos, chorados em frenesi de amor. Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
  • 8. O MULATO Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara não ser mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir. Uma só palavra boiava à superfície dos seus pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias. AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Ática, 1996. Fragmento. — Mulato! Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão usara para ele. Explicava-lhe tudo: a frieza de certas famílias a quem visitara; as reticências dos que lhe falavam de seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presença, discutiam questões de raça e de sangue.
  • 9. QUESTÃO 03 segunda aplicação do ENEM-2014 O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo, vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois a) relaciona a posição social a padrões de comportamento e à condição de raça. b) apresenta os homens e as mulheres melhores do que eram no século XIX. c) mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de saberes entre homens e mulheres. d) ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de ascender socialmente. e) critica a educação oferecida às mulheres e os maus-tratos dispensados aos negros.
  • 10. SOLUÇÃO COMENTADA segunda aplicação do ENEM-2014 O fragmento em análise problematiza o modo como a sociedade brasileira trata os negros e os afrodescendentes. No quarto parágrafo, o locutor fala das reações por meio das quais seus interlocutores revelam o preconceito racial: “frieza”, “reticências”, “reserva” e “cautela”. Assinale-se, pois, a letra “a”. Em tempo: o tema do preconceito racial apareceu em destaque na literatura brasileira pela primeira vez no Naturalismo. Em obras de movimentos literários posteriores, como Clara dos Anjos, Ponciá Vicêncio, Emparedado, Poemas negros e Negrinha, demonstra-se de forma bastante clara como a sociedade brasileira, ao longo dos séculos, criou mecanismos para impedir que o negro saísse do lugar que lhe fora reservado desde fins do século XVI.
  • 11. Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lagrimas os cabelos e eu parti. Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação. Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito cedo tinha consolidada crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios. O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, `à substância, atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a pate com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito. POMPEIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.
  • 12. QUESTÃO 05 primeira aplicação do ENEM-2015 Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio demarcado pela a) ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais. b) interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional. c) produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino. d) ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares. e) cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social.
  • 13. SOLUÇÃO COMENTADA primeira aplicação do ENEM-2015 O fragmento do romance O Ateneu transcrito nesta questão visa a criticar a mercantilização do ensino [expressa nas reformas promovidas no prédio da escola, nos anúncios e na produção/comercialização do material didático] e a vaidade do diretor da escola. Deve-se, pois, assinalar a alternativa “a”.