2. Meio de contraste, em diagnósticos
por imagem, são substâncias administradas
ao paciente com a finalidade de facilitar a
distinção de estruturas anatômicas em seu
estado normal ou patológico.
A depender da técnica de obtenção de
imagens podem ser utilizadas diferentes
substâncias.
O que é meio de contraste?
3. O estudo de possíveis meios de
contraste começou apenas um ano após
a descoberta do raio X, que rendeu um
Prêmio Nobel de Física ao alemão
Wilhelm Conrad Roentgen, em 1901.
Em 1895, o físico compartilhou sua
descoberta no artigo “Sobre uma nova
espécie de Raios”.
Naquele mesmo ano, Roentgen fez
a primeira radiografia, que durou cerca
de 15 minutos e mostrou a mão esquerda
de sua esposa.
Um pouco de história ...
4. A possibilidade de visualizar partes
internas do corpo humano sem recorrer à
cirurgia exploratória causou grande
impacto na medicina mundial.
Mas, logo, cientistas e médicos
perceberam que havia limitações nas
imagens radiográficas, principalmente por
causa da sobreposição e diferenças na
densidade dos tecidos.
5. Se a ideia era observar os ossos, por exemplo,
as imagens eram mais nítidas; o mesmo não valia
para os órgãos e vasos sanguíneos.
Assim, um ano depois da publicação do artigo
de Roentgen, foi feito o primeiro teste utilizando o
realce do contraste.
6. Era um raio X que mostrou o estômago e intestino
de um porco, realizado com os órgãos cheios de
subacetato de chumbo (é um sal orgânico sólido, branco e
inodoro que é obtido pela dissolução de chumbo em
ácido acético. Sua fórmula molecular é (CH3COO)2Pb.)
Em 1897, um estudo pioneiro sobre a
radiopacidade de agentes de contraste foi publicado.
O material resultou da comparação de substâncias
como iodeto de potássio e subnitrato de bismuto.
Adicionando subnitrato de bismuto, foi criado um
alimento que permitia a observação do processo
digestivo, tanto a fisiologia quanto a atividade dos órgãos
envolvidos.
7. Em 1918, o primeiro contraste iodado, com
iodeto de sódio, foi administrado por via
intravenosa.
Agentes de contraste continuaram sendo
testados, desde o ferro até um pó explosivo
chamado tântalo.
Até que, em 1960, três compostos passaram
a ser usados em conjunto: ácido metrizóico,
triiodado e metal acetamido benzóico.
Mais tarde, eles integrariam o chamado
contraste iodado padrão.
8. Os meios de contraste podem ser classificados a
partir de propriedades como a capacidade de absorção e
composição química.
Agentes de contraste RADIOPACOS OU
POSITIVOS: aumentam a capacidade de absorção de
radiação ionizante e aparecem na imagem em tonalidades
de cinza claro – branco.
Já os RADIOTRANSPARENTES OU NEGATIVOS:
diminuem essa capacidade e aparecem em tonalidades em
cinza escuro- preto.
Tipos de Meios de Contrastes
9. Quanto as substâncias ...
Temos meios de contrastes a base de:
Iodo;
Sulfato de bário;
Gadolínio;
10. O bário é um meio de contraste positivo (
branco) enquanto o ar é negativo ( preto).
Classificando as substâncias por composição
química, existem os contrastes iodados, que contém
iodo em sua composição, e os não iodados.
Bário e gadolínio são os principais exemplos de
meios de contraste não iodados.
11. Administrado por via oral ou intravenosa, pode
ser utilizado para realçar diversos órgãos do aparelho
digestivo, urinário, vasos sanguíneos em qualquer
parte do corpo e útero.
O contraste iodado se apresenta em compostos
iônicos ou não iônicos.
Os compostos iônicos têm alta concentração
do contraste, podendo levar a reações adversas.
Já os compostos não iônicos têm concentração
de contraste menor que a do sangue, e raramente
provocam alguma reação adversa.
12. * SULFATO DE BÁRIO: Indicado para estruturas
do trato digestivo, não costuma provocar reações
adversas.
Pode ser administrado via oral ou retal e,
inclusive, junto a outro meio de contraste (negativo),
como o ar.
*GADOLÍNIO: É a substância utilizada em
exames contrastados de ressonância magnética.
O elemento não costuma provocar reações,
além de ser útil na identificação de males como
tumores e infecções.
13. Contraste iodado
Administrado por via oral ou
intravenosa, pode ser utilizado para realçar
diversos órgãos do aparelho digestivo,
urinário, vasos sanguíneos em qualquer
parte do corpo e útero.
O contraste iodado se apresenta em
compostos iônicos ou não iônicos.
14. Os compostos iônicos têm alta
concentração do contraste, podendo levar a
reações adversas que detalharei nos próximos
tópicos.
Já os compostos não iônicos têm
concentração de contraste menor que a do
sangue, e raramente provocam alguma reação
adversa.
15. Como saber se o paciente é
alérgico ou não ao meio de contraste?
16.
17. Anamnese é uma entrevista
realizada pelo profissional de saúde ao
seu paciente, que tem a intenção de ser
um ponto inicial no diagnóstico de uma
doença, ou uma resposta humana aos
processos vitais no caso.
18. Reações ao meio de contraste
As reações podem ter graus variados de
gravidade:
*Leves (p. ex., tosse, prurido, congestão nasal);
*Moderadas (p. ex., dispneia, sibilos, alterações
ligeiras no pulso e pressão);
*Graves (p. ex., desconforto respiratório arritmias
como bradicardia, convulsões, choque e parada
cardiopulmonar).
19. O que fazer se o paciente tiver uma
reação alérgica?
20.
21. O tratamento é iniciado pela interrupção
da injeção de contraste.
Para reações leves a moderadas
geralmente a injeção intravenosa de 25 a 50
mg de difenidramina é geralmente eficaz.
O tratamento das reações graves
depende do tipo de reação e pode ser feito
com a administração de oxigênio, adrenalina,
hidratação venosa e, possivelmente, atropina
(em caso de bradicardia).
22. Sulfato de bário
Indicado para estruturas do trato
digestivo, não costuma provocar reações
adversas.
Pode ser administrado via oral ou retal
e, inclusive, junto a outro meio de contraste
(negativo), como o ar.
23. Gadolínio
É a substância utilizada em exames
contrastados de ressonância magnética.
O elemento não costuma provocar
reações, além de ser útil na identificação de
males como tumores e infecções.
24. Uma solução pode ter natureza iônica ou
não-iônica conforme sua estrutura química,
mas todas apresentam algumas propriedades
que estão relacionadas à concentração do
soluto:
- Densidade
- Viscosidade
- Osmolalidade
Meio de contraste naTC
25. • Densidade: número de átomos de iodo por
mililitro de solução;
• Viscosidade: “força” necessária para injetar a
substância através de um cateter, aumenta com a
concentração da solução e com o peso molecular. A
viscosidade é menor quanto maior a temperatura;
• Osmolalidade: representa o poder osmótico que
a solução exerce sobre as moléculas de água.
O que influência no paciente...
26. • Densidade e viscosidade: quanto maior a
densidade e a viscosidade, mais dificuldades
terá a solução de
misturar-se ao plasma e aos fluidos corporais;
• Osmolalidade: quanto maior a osmolalidade,
maior a vasodilatação (redução da PA
agudamente – ativa
barroceptores – aumenta contratilidade
cardíaca e o consumo de O2 pelo miocárdio,
menor fluxo coronariano – sofrimento para o
miocárdio).
27. Aplicação manual
• Injeção descontínua;
• Velocidade oscilante;
• Velocidade máxima de 2 ml/seg.
Utilizar quando não for possível o uso da
bomba injetora, injetar em “bolus” com a maior
velocidade possível.
29. • Injeção contínua;
• Velocidade programada;
• Adequada via de acesso.
Bomba injetora
30. TC do Abdome
• Pré Contraste – “Fase Oral”
• Arterial
• Portal
• Equilíbrio
Sequências de aquisição
31. • Aproximadamente 24 imagens do abdome superior,
varrendo-se desde as cúpulas diafragmáticas até a
bifurcação da artéria aorta em aquisição axial com cortes
de 10mm de espessura.
Pré-contraste
32. • É a fase de contraste com a concentração do MC nos
seguimentos arteriais. Aproximadamente 20 cortes no
abdome superior, varrendo-se em aquisição helicoidal,
com cortes de 10 mm de espessura. Após o início da
infusão do meio de contraste, a fase arterial poderá ser
obtida entre 30 e 40 segundos.
Fase arterial
33.
34. • Fase intermediária de contrastação, com maior
opacificação do sistema portal.
O mesmo planejamento na fase arterial é
repetido, adquirindo-se os cortes entre 60 e 70 do início
do contraste. Neste momento, torna-se evidente o
contraste do sistema portal.
Fase portal
35.
36.
37. Fase de equilíbrio/ Excretora
• É feita em todo o abdome, desde as cúpulas do
assoalho pélvico, iniciando-se de 2 a 3 minutos
contados a partir do início da injeção de contraste.
38.
39. Vias de administração
Os contrastes podem ser administrados por
diferentes vias:
• Oral
• Endovenosa
• Retal
• Intratecal
40. E utilizado em exames abdominais, para que as
alças intestinais sejam preenchidas e permitam melhor
visualização de todas as estruturas e até de patologias
do sistema digestório ou regiões adjacentes. Em
algumas instituições utiliza-se o sulfato de bário, que e
apropriado para a TC, ou o contraste iodado, diluído
em torno de 3% em água. A quantidade ingerida e de
cerca de 1.000ml, que deve ser administrada em torno
de duas horas antes do inicio do exame.
Meio de contraste oral
41. Por sua capacidade de absorver radiação, os meios
de contraste podem ser classificados em:
NEGATIVOS: absorvem menos radiação que os tecidos
adjacentes (radiotransparentes).
Ex: água, ar e gordura.
POSITIVOS: absorvem mais radiação que os tecidos
adjacentes (radiopacos). Ex: Iodo e
Bário.
42. Meio de contraste retal
E utilizado nos estudos pélvicos, quando o
contraste oral não teve uma boa progressão ou não foi
ingerido. Ele tem a finalidade de preencher o cólon
sigmoide e a ampola retal.
A quantidade injetada esta em torno de 200ml,
sendo mais utilizado o contraste iodado diluído a 3%.
Essa injeção e feita através de sondagem retal em
procedimento adequado por um profissional qualificado.
Após a injeção do MC o paciente e colocado em decúbito
dorsal para aquisição das imagens
43. No uso de contraste venoso o preparo do paciente
é indispensável e deve ser realizado em jejum de
aproximadamente seis horas. Contudo, pode estar
associado a medicamentos preventivos que são de
critério de cada serviço. Antes do uso deve ser analisado
o estado clínico do paciente, considerando se há ou não
condições do uso de MC venoso, relacionando a
hipótese diagnóstica e a sintomatologia do paciente
com o benefício do uso do contraste venoso. E muito
importante salientar que a decisão de uso de MC venoso
e a critério médico, não cabendo essa decisão a nenhum
outro profissional.
Meio de contraste venoso.
45. • Avaliar a história e condição clínica, avaliar o
uso do contraste e considerar outras alternativas
diagnósticas;
• Realizar uma anamnese para obter informações
sobre eventuais reações alérgicas do paciente em
relação a substâncias que contenham iodo;
• Checar medicações em uso, agentes
nefrotóxicos, antihiperglicemiantes orais;
• Esclarecer para o paciente as possíveis reações
adversas evitando ansiedade.
Antes do contraste
46. • Impossível prever que pacientes terão as
reações adversas,TODOS OS PACIENTES DEVES SER
CONSIDERADOS DE RISCO!!
• Identificar fatores de risco x benefício
potencial de uso;
• Outros métodos de imagem que dão o
mesmo diagnóstico;
• Certeza da indicação do meio de contraste;
• Informar o paciente; • Saber a política no
caso de complicações.