O documento discute micotoxinas produzidas por fungos em alimentos e suas características. Fungos como Aspergillus, Penicillium e Fusarium produzem micotoxinas perigosas como aflatoxinas, patulina e citrinina que podem causar doenças em humanos. O controle destes fungos é importante para prevenir intoxicações alimentares.
Micotoxinas em Alimentos: Penicillium spp e Aspergillus spp
1. FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS
CURSO: BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
TURMA: 17T3A TURNO: TARDE
COMPONENTES
LANA MAURA
LUCIANE DE CASTRO
MARIA DA CRUZ
MAYSA CAVALCANTE
ROSSANA MADEIRA
STEPHANNIE RAIANE
TASSIANA PAZ
2. • Introdução
• Histórico
• Tipos de Micotoxinas;
• Fungos produtores de micotoxinas;
• Pagilhas spp;
• Penicilium spp;
• Fusarium spp;
• Claviceps spp;
• Vírus de origem alimentar
3. • Micotoxinas são metabólitos secundários
aparentemente sem qualquer função no
metabolismo normal dos fungos.
• Os fungos Fusarium, Aspergillus e Penicilium são
os principais e mais abundantes mofos que
contaminam os alimentos destinados à
alimentação de humanos e animais.
• A contaminação pode se dar das formas:
• Indireta: quando alimentos/rações são
previamente contaminados por um fungo
toxinogênico;
• Direta: ocorre quando o alimento se torna
contaminado posteriormente; durante produção,
processamento,transporte e armazenamento
(FRISVAD e SANSON, 1992).
4. • A história das micotoxinas começa em 1960,
com surto de aves no Reino Unido, devido à
ração contaminada com uma substância
produzida pelo fungo Aspergillus Flavus.
• O caso mais conhecido de contaminação por
micotoxinas é o ergotismo, que foi
responsável por milhares de mortes.
5. • A aflatoxina é a micotoxina mais
estudada, as principais aflatoxinas são B1,
B2, G1, G2, com base na fluorescência
emitidas por elas sob a luz ultravioleta; elas
são produzidas por A. flavus e A.
parasiticus, embora as espécies A. nomius,
A. bombices e A.pseutomari, também
tenham se mostrado aflatoxigênicas.
• São encontradas como contaminantes em:
amendoins,nozes, castanhas, feijão, leite,
milho,trigo, aveia, arroz etc.
6. • Esterigmatocistina: é relacionada à
aflatoxiana e, como estas possui atividade
hepatocarcinogênica.
• Fungos produtores de esterigmatocistina:
Aspegillus versicolor, A.nidulans, A. rugulous;
sob luz ultravioleta, essa toxina emite cor
vermelho -tijolo
• Ocorre em trigo,café e aveia.
7. • Rubratoxina : produzida pelo fungo P.rubrum,
provoca doenças hemorrágicas, o cereal mais
comumente envolvido é o milho.
• Patulina: é produzida pelo gênero Penicilium,
incluindo P. calviforme, P.expansum e P.
patulum. Pode ser ainda produzida pelo gênero
aspergillus como (A.clavatus, A.terreus).
• Citrina: produzido por P.citrinum e
P.ctreoviridae; é carcinogênica e têm sido
detectada em arroz polido, pão mofado,
presunto curado,trigo aveia, centeio, etc.
10. Aspergillus spp.
Fungos filamentosos;
Encontrados em todas as estações do
ano, dispersos no solo, em vegetais ou
qualquer matéria em decomposição,
o que garante a dispersão dos
conídeos, a forma infectante;
Há aproximadamente 900 espécies de
Aspergillus, os quais foram
classificadas em dezoito grupos
respeitando-se os parâmetros
morfológicos;
11. EPIDEMIOLOGIA
ASPERGILOSE PULMONARES
A forma infectante é veiculada pelo ar;
Doença de ocorrência universal;
As infecções pelas espécies de Aspergillus causam um largo
espectro de doenças nos humanos dependendo do estado imune
do hospedeiro;
O isolamento desse organismo em secreções respiratórias de
hospedeiros normais geralmente reflete colonização, e não
infecção;
As principais síndromes relacionadas à aspergilose são:
12. Forma Invasiva
Fequentemente chamada API subaguda;
Tem sido descrita em pacientes com AIDS e doença
granulomatosa crônica;
Indivíduos imunocomprometidos, alguns conídios
germinam no pulmão em forma de hifas, a forma
invasiva do fungo, o que causa infecção angioinvasiva
grave.
13. Formas Pulmonares
Em indivíduos atópicos, o fungo dispara fenômenos
imunes, incluindo rinite alérgica, asma, pneumonite
por hipersensibilidade e aspergilose broncopulmonar
alérgica (ABPA);
Em pacientes com lesões cavitárias preexistentes, o
crescimento saprofítico do fungo leva aos aspergilomas
Formas Extrapulmonares
Observa-se a sinusite, a otite, a endoftalmite e a
endocardite em valva protética.
14. Características da Doença
A aspergilose é considerada uma infecção
fúngica oportunista;
Os principais fatores de patogenicidade:
1) Pequeno tamanho dos conídeos
2) Temperatura de crescimento do fungo em torno de 37oC;
3) Capacidade de adesão ao endotélio e epitélio;
4) Invasão dos vasos sanguíneos;
5) Produção de toxinas como elastase, restrictocina,
fumigatoxina, dentre outras.
15. Aspergilose Broncopulmonar
Alérgica
Aspergilus fumigatus;
O processo patológico é caracterizado pela reação de
hipersensibilidade dos tipos I, III e IV;
O processo inicia-se com a inalação dos esporos que
migrarão para os brônquios de maior calibre;
Através de várias reações imunológicas;
Há, então, um processo de vasodilatação com aumento da
permeabilidade vascular, contração da musculatura lisa do
brônquio;
Distingue-se, portanto, das doenças auto-imunes pela
produção decomplexos antígenos-anticorpos no local.
16. Diagnóstico
Fase inicial da doença broncopulmonar alérgica é
marcado pela associação com a asma e dosagem de
IgE específica elevada;
Os exames de imagem, como a teleradiografia de
tórax, são quase patognomônicos, quando se observa
o aspergiloma ou a bola fúngica, geralmente
localizadas em ápices pulmonares
17. Medidas de Controle
O uso de corticoterapia está indicado em pacientes que
apresentam o componente alérgico;
O afastamento da fonte alérgica é desejável;
Entre os corticóides disponíveis, prefere-se a
prednisona;
É necessário o acompanhamento da dosagem de IgE
total por um ano de tratamento, já que esta é,
atualmente, considerada um marcador da fase aguda
da doença.
18. Caso Real
Uma mulher, de 42 anos de idade, arquiteta, referia tosse
havia dez anos, com início na época em que passava as
férias numa casa de praia, onde notou cheiro intenso de
mofo. Desde então vinha apresentando períodos de crise de
tosse, ora seca, ora com expectoração esverdeada e espessa.
Além do mofo, outros fatores mencionados como
desencadeantes da tosse foram poeira, tempo frio e o ato de
dar risada. Referia que durante todo o período não ocorreu
febre, dor torácica ou dispnéia, mas que esporadicamente
apresentava chiado no peito e que, certa vez, teve episódio
de expectoração com sangue.
A paciente possui antecedentes familiares de asma, rinite
alérgica e enfisema, e pessoais de rinite alérgica na
adolescência.
19. A avaliação clínica revelou roncos
e sibilos difusos bilaterais. Os
exames subsidiários mostraram:
espirometria normal, teste
alérgico cutâneo imediato (Prick
teste) positivo para A. fumigatus,
hemograma com eosinofilia
(13%), IgE sérica total maior que
1.000 ng/ml, teste sérico para
determinação de IgE específica
(RAST) para A. fumigatus classe
3. Na radiografia simples de tórax
observaram-se imagens de
opacidade em "dedo de luva" no
terço superior direito e na
tomografia computadorizada de
alta resolução, bronquiectasias
centrais .
20. Os achados de asma, eosinofilia, imagem de opacidade
pulmonar e bronquiectasias centrais associados ao IgE >
1.000 ng/ml, Prick teste e RAST classe 3 positivos para A.
fumigatus preenchem os critérios para o diagnóstico de
ABPA.
Na vigência desses dados, a paciente foi tratada com
prednisona em dose de 50 mg por dia durante quatro
semanas e salbutamol spray 100 mcg em duas inalações, de
seis em seis horas. A dose de prednisona foi diminuída
progressivamente a cada semana nas oito semanas
subseqüentes.
A paciente evoluiu com melhora da tosse, da expectoração
e do chiado, ausência de eliminação de moldes brônquicos,
ausculta pulmonar normal, RAST para A. fumigatus classe
2, diminuição da eosinofilia (4%) e da IgE sérica total 608
ng/ml.
21.
22. Característica do Microrganismo
• Sintetizam elevada quantidade de metabólitos secundários,
atingindo em certos casos, uma produção 73% superior a de
outras classes de microrganismos Estes fungos anamorfos são
representados por aproximadamente 225 espécies com 347
sinonímias.
• Espécies de Penicillium têm uma alta diversificação, tanto
morfológica quanto de metabólitos secundário, a exemplo de
antibióticos, micotoxinas, antioxidantes, anticancerígenos,
inseticidas, herbicidas, enzimas e fungicidas,reportam que
existe um grande número de extratos de fungos e/ou produtos
extracelulares com atividade antimicrobiana
• Sobre as espécies de Penicillium sp. Entre outros, P.
brevicompactum, P. carneus, P. citrinum, P. flavigenum, P.
griseofulvio, P. persicinum são espécies relatadas como fontes
de antibióticos, especialmente de penicilina e griseofulvina
23. Característica da Doença
Rubratoxina: produzida pelo P.rubrum que
provoca doenças hemorrágicas em animais.
Patulina: micotoxina produzido por algumas
espécies de fungos em geral Penicillium, é
geralmente encontrado em frutas, vegetais e outros
alimentos, principalmente em suco de maçãs.
Citrinina: produzida pelo P.citrinum e por outros
bolores. A citrinina afeta os rins e causas doenças
semelhante a nefrose tóxica em animais
experimentalmente inoculados.
24. Epidemiologia
Expressão diferencial de genes nas interações entre
sementes de milho e Aspergillus flavus, Fusarium
verticillioides e Penicillium spp.
25. •A infecção é causada crescente à medida que se aumenta o
tempo de inoculação, porém a qualidade fisiológica não é
alterada pelo patógeno. As sementes são importante meio
para a sobrevivência e para a veiculação de patógenos, que
produzem toxinas prejudiciais à saúde humana e animal.
• Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de
metodologias de detecção rápidas e seguras de patógenos em
sementes. O objetivo trabalho e detectar genes
diferencialmente expressos associados à presença de A.
flavus, F. verticillioides e Penicillium spp. em lotes de
sementes de milho.
26. Medida de Controle
A prevenção da contaminação de algumas culturas já é
possível através do controle biológico; uma raça não
toxigênica de Aspergillus flavus é introduzida no solo
através do uso de um produto formulado e, pelo princípio
da bioexclusão competitiva, reduz as populações de raças
toxigênicas a níveis que não provocam mais a
contaminação.
A técnica reduz em no mínimo 85% a contaminação ,
quanda comparado com lotes não tratados. Por ocorrer
ainda na fase agrícola, a técnica reduz o risco de
contaminações também em armazenamento. Ela não
exclui, no entanto, a necessidade de secagem dos produtos,
sendo indicada a secagem artificial em secadores estático.
27. Casos Reais
Fungos anemófilos na sala de periódicos da biblioteca de ciências da saúde da
Universidade Federal do Ceará
Os fungos anemófilos ou alergizantes pertencem a diversos gêneros e espécies e
quase todos são contaminantes, isto é,podem ser isolados facilmente do ar em placas
de ágar Sabouraud. numerosos fungos encontrados na poeira e no ar desempenham
papel importante na patologia médica, como elementos alergizantes que são. Assim
asmas e rinites ditas de “clima” estão na dependência ou em relação íntima com a
microbiota fúngica do ar. Tendo como premissa o grande número de pessoas que
sentiam algum tipo de alergia na sala de periódicos da biblioteca de Ciências da
Saúde da Universidade Federal do Ceará, teve-se como objetivo a determinação da
microbiota fúngica anemófila. Foram expostas 50 placas de Petri na referida sala,
durante quinze minutos. As placas foram levadas para o laboratório de Microbiologia
de DACT/FFOE/UFC. Após o crescimento nas placas, os fungos foram identificados
de acordo com a metodologia clássica de micologia. Das 50 exposições foram
isolados 13 gêneros fúngicos considerados anemófilos, isto é, veiculados pelo ar
atmosférico. Os fungos anemófilos mais freqüentes em ordem decrescente foram:
Aspergillus sp., Penicilliumsp., Curvularia sp., Cladosporium sp. e Myceila sterilia. De
acordo com o estudo concluímos que a sala de periódicos da Biblioteca das Ciências
da Saúde da Universidade Federal do Ceará é um local insalubre, porque possui
fungos que podem desencadear uma alergia respiratória nos freqüentadores da
referida sala.
28. Fusarium spp
Os bolores do gênero Fusarium (F. gramineum, F.
tricinctum e F. moniliforme) podem produzir pelo
menos três tipos de micotoxinas: os tricotecenos, as
fumonisinas e a zearalenona.
29. Tricotecenos
Produzidos principalmente no trigo, cevada, aveia, centeio
e milho;
Sua produção é dependente das condições climáticas,
ocorrendo principalmente quando a colheita é feita nos
meses de inverno, quando a temperatura é mais baixa;
É necessário frizar que normalmente os tricotecenos são
produzidos por Fusarium sob temperaturas abaixo de 15°C;
Os tricotecenos não são destruídos pelo aquecimento a
100°C.
30. Fumonisinas
Produzida pelo fusarium moniliforme;
Associados á LEME (leucoencefalomalácia equina) e
EPS (edema pulmonar em suínos);
31. Zearalenona
A zearalenona, produzida pelo F. graminearum,
É uma micotoxina que constitui um sério problema em
rações à base de milho, representando um sério risco à
criação de animais.
A produção deste fungo no milho e em outros cereais é
favorecida por temperaturas alternadas (dias quentes,
noites frias) e pelo excesso de umidade durante o
armazenamento de grãos.
32. Caracteristicas da Doença:
Aleucia Tóxica Alimentar (ATA)
É um doença grave;
Caracterizada por causar a destruição da médula óssea;
Poucas horas a ingestão do cereal contaminado, aparecem
sintomas de queimação na boca, faringe, esôfago e
estômago;
Seguida de gastrenterite;
Fase seguinte aparecem problemas sanguineos: leucemia,
agranulocitose, anemia e redução do número de plaquetas;
Em seguida, os pulmões são também afetados com o
surgimento de abcessos e hemorragias.
33. Epidemiologia
Os responsáveis foram os tricotecenos, micotoxinas
produzidas por espécie fusarium;
Associado ao morfo fusarium no trigo, cevada
34. Medida de Controle
Melhor método para controlar a contaminação de
micotoxinas em alimentos é prevenir o crescimento de
fungos;
O uso de inibidores de crescimento fúngico em grãos
armazenados tem sido muito utilizado como um
método preventivo.
Os métodos de detoxificação podem ser através da
remoção física de grãos ardidos, remoção de
aflatoxinas por solventes polares, destruição através do
calor ou degradação de micotoxinas por substâncias
químicas ou microorganismos;
35. Claviceps purpurea
Claviceps purpúrea também chamada Ergot ou esporão do centeio .É uma cravagem do
fungo que cresce nas espigas de centeio relacionados cereais .O Fungo de gramíneas de
diversas espécies, formando na semente um escleródio de maior tamanho ,de
consistência dura e de coloração preta ou marrom-escura(FREIRE et al., 2007).
Doença muito preocupante em vários países, pois produz um alcalóide muito
tóxico ao homem e aos animais. Em doses, esse alcalóide é usado como
medicamento abortivo. O Ergot ocorre esporadicamente em centeio, no entanto,
deve ser considerado grave. Elas também são conhecidas pelos nomes de doença
açucarada, mela das inflorescências, gota-de-mel ou secreção doce. No campo, as
doenças são identificadas pela presença de gotas de um líquido viscoso opaco e
pelos
esclerócios produzidos nas inflorescências das plantas atacadas.
36. • Da família Clavicipitaceae;
• É um fungo chamado vulgarmente de
cravagem, este fungo infecta principalmente
o centeio e outros cereais;
•
Seu corpo frutífero (escleróide), produz
alcalóides que causam o ergotismo, também
conhecido como fogo de Santo
Antônio, causando no sistema vascular,
vasoconstricção dos vasos sanguíneos, o que
pode levar à gangrena e perda de membros
devido à forte redução da circulação do
sangue.
37. • Provoca dois tipos de ergotismo:
Gangrenoso: onde ocorre queimação nos pés e
mãos (chamado de fogo de Santo Antônio),
diminui o fluxo de sangue, resultando em
gangrena e em casos mais graves, amputação.
38. • E o ergotismo convulsivo: quando ocorre
ação neurotóxica (deivido aos polipeptídeos
do ácido lisérgico), causa alucinações e até a
morte.
• É possível identificar o Claviceps ssp
através de seu aspecto, possui uma
coloração avermelhada e tem aspecto
semelhante à grânulos.
39. Epidemiologia
Claviceps purpúrea tem sido conhecida a humanidade por um longo tempo, e seu
aparecimento tem sido associado a invernos extremamente frios, e chuvosos .
A etapa de escleródios de C. purpúrea visível sobre as cabeças dos ryes e outros tais
grãos é conhecido como ergot. Escleródios germinam na primavera, após um período
de baixa temperatura. É necessária uma temperatura de 0-5 ° C durante pelo menos
25 dias (Kichhoff 1929). Temperaturas favoráveis para a produção estroma estão na
gama de 10-25 ° C. Temperaturas favoráveis para o crescimento micelial são na gama
de 20-30 ° C, com um óptimo a de 25 ° C (Mitchell 1968) .A luz solar tem um efeito
cromogênico no micélio com coloração intensa(Tulasne 1853).
40. Medidas de controle
Para o controle da doenças de centeio
causada por Claviceps purpúrea e de
outros cereais de inverno, é importante
obedecer às normas de rotação de
culturas e usar materiais resistentes e
semente de procedência.
41. Casos reais
O envenenamento devido ao efeito de alcaloides presentes no esclerócio de C.
purpúrea é conhecido desde a muito tempo, como o ocorrido na Idade Média, no ano
de 994, quando ficou conhecido como"Fogo de Santo Antonio". Nessa época, a
ingestão de grãos infestados pelo fungo, ocasionou a morte de milhares de pessoas
no oeste da Europa. Mais recentemente, em 1951, numa pequena aldeia francesa,
cerca de 30 pessoas foram intoxicadas, sendo que 5 delas morreram devido ao
consumo de farinha contaminada.Pois tem um efeito sobre o sistema circulatório ,
sendo assim provoca danos ao sistema nervoso de animais domésticos , causando
paralisia e morte .
42. VÍRUS DE ORIGEM ALIMENTAR
● Os vírus são um dos principais causadores de
doenças de origem alimentar no mundo.
● A transmissão do vírus de origem alimentar ocorre
devido a incorreta higienização de alimentos e objetos,
higiene pessoal inadequada e consumo de alimentos
crus ou mal cozidos. Tais vírus podem gerar doenças
gastrointestinais, doenças hepáticas e doença no
sistema nervoso central.
● A prevenção, em geral, é a higienização correta de
alimentos e objetos, preparo correto dos
alimentos e higiene pessoal adequada. Não há vacinas
para todas as doenças virais de origem alimentar. A
reidratação oral e o repouso são os principais
tratamentos para casos não complicados.
43. Os vírus são microrganismos que se multiplicam
somente em organismo vivo (SANTOS et al.,
2008)
Os principais patógenos causadores de doenças
transmitidas por alimentos (DTAs) de origem
viral são o rotavírus, o adenovírus entérico, o
norovírus, o astrovírus, o vírus da hepatite A, o
vírus da hepatite E o vírus da poliomielite
(TAVARES et al., 2005).
44. Os vírus são formados, geralmente, por um tipo
de ácido nucléico, RNA ou DNA, de fita simples
ou dupla. Os vírus são parasitas intracelulares
obrigatórios, pois são incapazes de gerar energia
e de se reproduzem fora de célula viva
(LEVINSON & JAWETZ, 2005).
As doenças de origem alimentar e hídrica são
doenças provenientes de alimentos ou da água
contaminados, causando ou não doença e reações
sintomáticas (FRANCO & LANDGRAF, 2005). Os
sintomas mais comuns são diarréia, dor de
estômago, vômito e febre (BRASIL, 2009).
CARACTERÍSTICAS DO MICRORGANISMO
45. CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA
As DTAs de origem viral podem causar doenças
gastrointestinais, doenças hepáticas e doença do
sistema nervoso central (TAVARES et al., 2005).
46. ALIMENTOS POTENCIALMENTE
CONTAMINADOS POR VÍRUS
FRUTAS (FRESCAS,
CONGELADAS,DESIDRATADAS…)
LEGUMES CRUS
ERVAS E ESPECIARIAS
BIVALVES (OSTRAS, MEXILHÕES,
VIEIRAS)
ALIMENTOS PREPARADOS SEM CONFECÇÃO
(SALADAS FRIAS…)
ÁGUA
SUPERFÍCIES (BANCADA DE
PREPARAÇÃO, LINHAS DE PRODUÇÃO...)
47. ROTAVÍRUS
Uma em cada 300 crianças morre por causa do rotavírus.
A transmissão do rotavírus é fecal-oral, ou seja, pelo
consumo de alimentos, de água contaminada ou ainda do
contato oral com objetos sujos. "O vírus é um dos
principais causadores da gastrenterite aguda, conhecida
popularmente como diarreia aguda e virose intestinal.
Além da diarreia, caracterizada por evacuações aquosas e
de aspecto gorduroso, outros sintomas podem
acompanhar a infecção como é o caso dos vômitos, da
febre, do mal-estar, da coriza e da tosse. "Geralmente os
sintomas duram por sete dias e regridem
espontaneamente por causa da ação do sistema
imunológico de cada indivíduo.
Período de incubação: de dois a oito dias.
48.
49. Lave as mãos cuidadosamente e com frequência,
especialmente depois de usar o banheiro e de trocar
as fraldas das crianças, antes das refeições e quando
for preparar os alimentos;
Lave bem e deixe mergulhados em solução
desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos
crus;
Use água tratada para beber e no preparo dos
alimentos;
Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e
os que são usados na cozinha;
Cuidado ao consumir alimentos e água fora de casa,
verifique as condições de higiene.
PREVENÇÃO
50. Adenovírus entérico
Os adenovírus pertencem a família Adenoviridae, e o
gênero que atinge o homem é o Mastadenovírus. O
adenovírus possui 51 sorotipos (ANDREASI, 2008).
A infecção por adenovírus tem distribuição mundial. Nas
regiões de clima tropical ocorre em todos os meses do
ano (TAVARES et al., 2005).
A infecção por adenovírus entérico apresenta como
sintomas diarréia, vômito e febre, tendo como período de
incubação 8 dias (SANTOS et al., 2008).
A prevenção é feita através de boas condições sanitárias e
higiene pessoal. O principal tratamento da infecção é a
reposição de líquidos e eletrólitos para evitar
consequências da desidratação (SANTOS et al., 2008).
O período de incubação da infecção das vias respiratórias
varia entre 2 e 14 dias; o da gastroenterite, entre 3 e 10
dias.
51. NOROVÍRUS
O norovírus pertece a família Caliviridae. São vírus
esféricos não envelopados e medem cerca de 27 a 40
nm (ANDREASI, 2008).
Segundo o CDC, (2009) o norovírus afeta pessoas de
todas as idades e pode ocorrer em diversos lugares,
tais como residências, hospitais, restaurantes,
escolas, creches, quartéis, navios. A transmissão se dá
através dos alimentos contaminados (principalmente
os alimentos marinhos como ostras, mexilhões), da
água contaminada e do contato direto entre as
pessoas (GARCÍA, 2006).
Período de incubação: 24-36 horas depois de comer
um alimento contaminado, mas pode ser 15-72 horas.
52. Em estudo do CDC, (2009) em um campus da
Universidade da Califórnia, os infectados por
norovírus apresentaram como principais sintomas
náusea (87%), fadiga (83%), vômito (78%), dores de
estômago (73%), diarréia (70%), cefaléia (61%),
dores no corpo (55%), febre (47%), tendo duração
média de 2,4 dias, sendo 64% dos pacientes do sexo
feminino, com média de idade de 20,4 anos.
Não há vacinas ou antivirais, tendo como principal
maneira de prevenir a norovirose a higiene
adequada das mãos e dos alimentos, descarte ou
desinfecção do material contaminado para evitar
propagação da doença.
53. A Organiza•‹ção Mundial de Saœúde
Selecionar cuidadosamente os alimentos;
Os alimentos devem ser completamente cozinhados;
Consumir o mais breve poss’ível os alimentos ap—ós seu
preparo.
O armazenamento dos alimentos deve ser efetuado de
acordo com as suas caracterí’sticas e corretamente
acondicionados;
O reaquecimento dos alimentos deve ser completo;
Evitar o contato entre alimentos crus e cozinhados;
Lavar as m‹ãos sempre que necessá‡rio e repetidamente;
Manter todas as superf’icies e utens’ilios que contatem com
os alimentos devidamente higienizados;
Proteger os alimentos de insetos, roedores e outros animais;
Utilizar sempre ‡água potá‡vel.
54. Casos Reais
Mais de 400 pessoas são afetadas por
gastroenterite em cruzeiros no Caribe.
Mais de cem pessoas foram contaminadas por um
vírus em um cruzeiro que viaja pelo sul da Flórida,
nos Estados Unidos, informou a companhia Princess
Cruise Lines neste domingo.De acordo com a
empresa, 92 passageiros e 13 tripulantes foram
afetados pelo norovírus, que causa vômito, diarreia e
dor de estômago. O navio, chamado Ruby Princess,
está voltando para Fort Lauderdale, de onde partiu.
No sábado, outro navio da companhia, o Crown
Princess, voltou para Fort Lauderdale após cerca de
364 passageiros e 30 tripulantes apresentarem
sintomas do norovírus. O navio levava mais de três
mil a bordo e já teria voltado ao mar, após uma
limpeza em todas as cabines e áreas comuns.
55. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, C. F. et al. Perfil epidemiológico das
intoxicações alimentares notificadas no Centro
de Atendimento Toxicológico de Campina
Grande, Paraíba . Revista Brasileira de
Epidemiologia. v. 11, n. 1, p. 139-146, 2008.
ANDREASI, M. S. A. Detecção de vírus entéricos
em crianças com gastroenterite aguda e idoso
institucionalizados em Campo Grande, MS,
2008. 88 p. Tese de doutorado em Ciências da
Saúde – Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
ANDREASI , M. S. A. et al. Adenovirus,
calicivirus and astrovirus detection in fecal
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gastroenteritis from Campo Grande, MS, Brazil.
56. ARAÚJO, E. C. et al. Segurança,
imunogenecidade e eficácia protetora de duas
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