A segunda geração modernista representou a consolidação dos ideais modernistas apresentados na Semana de 1922 durante a Era Vargas e a Segunda Guerra Mundial. Dois artistas importantes nesta fase foram a poetisa Cecília Meireles, conhecida por suas obras que exploram temas como a passagem do tempo e a perda, e o poeta e compositor Vinicius de Morais, que se destacou com suas poesias eróticas e de amor.
2. A segunda geração modernista representa o segundo
momento do movimento modernista no Brasil que se estende
de 1930 a 1945. essa fase foi marcada pela consolidação dos
ideais modernistas, apresentados na Semana de 1922.
Aconteceu durante a Era Vargas e a Segunda Guerra
Mundial.
Dois artistas que foram importantes nesta fase do movimento
modernista, são eles: Cecília Meireles e Vinicius de
Morais.
3. Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de
Novembro de 1901. Na Tijuca, RJ. De quatro filho dos pais
de Cecília, ela foi a única sobrevivente, seus pai morreu 3
meses antes de seu nascimento e sua mãe posteriormente.
Cecília foi criada pela sua avó D. Jacinta Garcia Benevides.
Foi poetisa, pintora, professora e jornalista. E é um Grande
nome da literatura na língua portuguesa.
Em 1919, ela publicou seu primeiro livro de poesias
“Espectro”.
Cecília Meireles morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de
novembro de 1964
5. Encomenda
Desejo uma fotografia
como esta — o senhor vê? — como esta:
em que para sempre me ria
como um vestido de eterna festa.
Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.
Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia...
Não... Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.
6. Encomenda
Inserido no livro Vaga Música (1942), o poema parte de uma
experiência profundamente biográfica. Trata-se de um poema
autocentrado: que fala das dores, das angústias e dos medos do
eu-lírico.
O poema Encomenda tem um tom sombrio, de amargura, apesar
do eu-lírico aceitar e acatar passagem do tempo.
7. Elegia
Neste mês, as cigarras cantam
e os trovões caminham por cima da terra,
agarrados ao sol.
Neste mês, ao cair da tarde, a chuva corre pelas montanhas,
e depois a noite é mais clara,
e o canto dos grilos faz palpitar o cheiro molhado do chão.
Mas tudo é inútil,
porque os teus ouvidos estão como conchas vazias,
e a tua narina imóvel
não recebe mais notícias
do mundo que circula no vento.
8. Foi um poema dedicado a sua falecida avó materna. A
portuguesa Jacinta Garcia Benevides foi a mulher que a
criou, devido a morte de seus pais.
No poema dá para se notar um começo feliz e depois
somente “escuridão” e tristeza.
Ultimo poema de Mar absoluto e outros poemas (1945),
de Cecília Meireles. ... O poema fora escrito entre os anos de
1933 e 1937, e, durante sua leitura, sentimos a mudança das
estações do ano e da relação do sujeito com o luto.
9. Vinicius de Moraes foi um poeta, dramaturgo, escritor,
compositor e diplomata brasileiro.
Suas poesias eróticas e de amor ganharam destaque durante a
segunda fase do modernismo.
Em 09 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro,
nasceu Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes. Filho de
Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira de Moraes.
Estudou musica e por volta dos 15 anos de idade realizou a
composição de seu primeiro sucesso, com a ajuda de seus
amigos Haroldo e Paulo.
Sua primeira obra foi lançada no ano de 1933, O caminho
para a distância.
Infelizmente, Vinicius morreu em 9 de julho de 1980, na
cidade do Rio de Janeiro.
10.
11. Com forte interesse pelas ideias dos intelectuais
católicos e metafísicos do Rio de Janeiro de
então, o poeta emprega em longos versos sobre
tormentas de sua alma e conflitos espirituais
internos que davam o tom do grupo.
Foi seu primeiro LIVRO publicado, em 1933.
12. Autorretrato
Nome: Vinicius. Por quê?
O Quo Vadis, saído em 13
Ano em que também nasci.
Sobrenome: de Moraes
De Pernambuco, Alagoas
E Bahia (que guardo em mim).
Sou carioca da Gávea
Bairro amado, de onde nunca
Deveria ter saído.
Fui, sou e serei casado
E apesar do que se diz
Não me acho tão mau marido.
Filhos: três e um a caminho
Altura: um metro e setenta
Meão, pois. O colarinho
Trinta e nove e o pé quarenta
Peso: uns bons setenta e três
(precisam ser reduzidos...)
Dizem-me poeta; diplomata
Eu o sou, e por concurso
Jornalista por prazer
Nisso tenho um grande orgulho
Breve serei cineasta
(Ativo). Sou materialista.
Deito mais tarde do que devo
E acordo antes do que gosto.
Fui auxiliar de cartório
Censor cinematográfico
Funcionário (incompetente)
Do Instituto dos Balcários.
Atualmente sou segundo
Secretário de Embaixada.
Formei-me em Direito, mas
Sem nunca ter feito prática.
Infância: pobre mas linda
Tão linda que mesmo longe
Continua em mim ainda.
Prefiro vitrola a rádio
Automóvel a trem, trem
A navio, navio a avião
(De que já tive um desastre).
Se voltasse a vida atrás
Gostaria de ser médico
Pois sou médico nato.
Minhas frutas prediletas
Por ordem de preferência:
Caju, manga e abacaxi.
Foi com meu pai, Clodoaldo
De Moraes, poeta inédito
Que aprendi a fazer versos
(Um dia furtei-lhe um
Para dar à namorada).
Tinha dezenove anos
Quando estreei com meu livro
“O Caminho para a Distância”
Meu preferido é o último:
“Poema, Sonetos e Baladas”.
Toco violão, de ouvido
13. E faço sambas de bossa
Garoto, lutei “jiu-jitsu”
Razoavelmente. No tiro
Sobretudo em carabina
Sou quase perfeito. As coisas
Que mais detesto: viagens
Gente fiteira, fascistas,
Racistas, homem avarento
Ou grosseiro com a mulher.
As coisas que mais gosto:
Mulher, mulher e mulher
(Com prioridade a minha)
Meus filhos e meus amigos.
Ajudo bastante em casa
Pois sou bom cozinheiro
Moro em Paris, mas não há nada
Como o Rio de Janeiro
Para me fazer feliz
(E infeliz). Desde os sete anos
Venho fazendo versinhos
Gosto muito de beber
E bebo bem (hoje menos
Do que há dez anos atrás).
Minha bebida é o uísque
Com pouca água e muito gelo.
Gosto também de dançar
E creio ser esta coisa
A que chamam de boêmio.
Em Oxford, na Inglaterra
Estudei Literatura
Inglês, o que foi
Para mim fundamental.
Gostaria de morrer
De repente, não mais que
De repente, e se possível
De morte bem natural.
E depois disso, ao amigo
João Conde nada mais digo.
(Vinicius de Moraes, 1956)
14. Quando a luz dos olhos
meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é,
meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos
teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais lararará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar.
15. Musica escrita por Vinicius de Morais, que fala sobre
amor, uma de seus principais temas escritos. A
musica foi publicada em 1960.