PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Relacionamentos tóxicos e abusivos
1. Relacionamentos abusivos
1. Joicy 3B
2. Bruna 3B
3. Raphaela 3B
O que são relacionamentos abusivos ?
• As relações são abusivas quando existem alguma forma de violência , seja física ou verbal ,
são marcadas por humilhações , ciúme excessivo , violência psicológica, dor e sofrimento.
• Os relacionamentos abusivos não são apenas entre casais , mas também ocorrem entre
famílias e amigos.
• Quem está sofrendo esse tipo de violência não percebe , demora aceitar e buscar ajuda para
sair disso, seja por medo ou até mesmo dependência emocional ou financeira da outra pessoa.
Justificativa
Esse tema foi escolhido por ser um tema considerado “normal” e por ter muitos julgamentos ,
muitas mulheres , homens, adolescentes e crianças , sofrem por estarem em relacionamentos
abusivos , e ao invés de serem acolhidos , na verdade são julgados pela maioria das pessoas ,
não é fácil sair de um relacionamento abusivo , seja namoro , casamento , familiar etc. Através
deste trabalho viemos mostrar a dor e dificuldade que é viver isso e não conseguir escapar ,
implorar e não conseguir ajuda.
Objetivo
O objetivo deste trabalho para nós é sermos ouvidas , que seja visto , que ao lerem as pessoas
vejam e se toquem , que comecem a observar mais quem precisa de ajuda , a não julgar e sim
estender a mão , não é frescura , não importa se é pai ou mãe , se criou , se ajudou , dar
comida , lugar para morar , educação e sustento é sim o mínimo , não é por esse motivo que
crianças e adolescentes precisam se humilhar , isso é abusivo e tóxico , não são apenas
relacionamentos amorosos que são abusivos , mas esses relacionamentos entre familiares e
parentes também são abusivos.
Exemplos de relacionamentos abusivos:
Estou 300% ‘engatilhada’ vendo ‘Maid’ e lembrando de toda uma infância e adolescência com
um pai abusivo e agressor.” A expressão “engatilhada”, usada no desabafo feito no Twitter
pela secretária executiva Flávia Andrade, de 26 anos, diz respeito à maneira como a série,
lançada no começo do mês pela Netflix, a toca de modo íntimo e aciona gatilhos em sua
mente.
2. “Meus pais foram casados por 30 anos e brigavam muito. Tentava ajudar a minha mãe e, com
o tempo, meu pai começou a me culpar por todos os problemas dentro de casa”, relata.
Aos poucos, coisas aparentemente triviais na vida de um adolescente se tornaram um
verdadeiro transtorno na rotina de Flávia. “Não podia receber amigos, porque ele os tratava
mal. Também não podia cozinhar porque estar na cozinha poderia causar atritos. Quando vi,
não saía do meu quarto. Ele era muito inconstante, e qualquer coisa virava uma briga. Ficava
tensa até em falar ao telefone, porque ele usava qualquer coisa que ouvisse na conversa
contra mim depois.”
Entender que o pai tem um comportamento abusivo, reconhece a jovem, não é um caminho
fácil. “Há um momento em que você começa a questionar a própria sanidade. Pensava: ‘Será
que há algo errado que só eu não percebo?”, comenta Flávia, que não teve mais contato com
o pai depois que a mãe finalmente se separou, num processo turbulento que envolveu
ameaças de morte por parte dele. “Achamos que, se tudo der errado, teremos acolhimento na
família. Então, é muito frustrante quando isso não existe. Por causa dessa relação, tenho
problemas em aceitar uma conquista pessoal ou viver num ambiente familiar saudável. Tenho
dificuldade em entender que sou merecedora de coisas boas.”
Fonte: https://oglobo.globo.com/ela/vitimas-de-abusos-psicologicos-dentro-da-familia-
relatam-dificuldade-de-romper-com-as-relacoes-toxicas-25254435
O romance mais pessoal da carreira de Colleen Hoover, É assim que acaba discute temas como
violência doméstica e abuso psicológico de forma sensível e direta.
As flores na capa de é assim que acaba fazem referência as flores que os abusadores deram
para as vítimas para “amenizar” a situação.
Em É assim que acaba, Colleen Hoover nos apresenta Lily, uma jovem que se mudou de uma
cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é
em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e
talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente
muito atraído por ela.
Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é
o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja?
É assim que acaba é uma narrativa poderosa sobre a força necessária para fazer as escolhas
certas nas situações mais difíceis. Considerada a obra mais pessoal de Hoover, o livro aborda
3. sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e
como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos.
É Assim que Acaba não é uma leitura fácil, é dolorosa, é intensa e ao mesmo tempo sensível,
sobretudo, quando lemos no final, na “Nota da Autora” que o livro foi baseado e inspirado em
fatos reais, presenciados pela própria Colleen Hoover quando criança: vendo o pai violentando
a mãe. É triste, é real. É a realidade de muitas pessoas no mundo todo e este livro vem alertar
e sensibilizar as pessoas para que entendam que esse tipo de relacionamento abusivo não é
saudável, não é normal e que a culpa não é de quem sofre a violência. Parem de culpar as
pessoas que sofrem violência dizendo que talvez elas fizeram por merecer tal tratamento.
Ninguém merece isso!
Relacionamento abusivo amoroso
Em um relacionamento, o abuso físico é fácil de ser reconhecido, mas o abuso emocional pode
ser bastante sutil, muitas vezes passando despercebido pelos familiares, amigos e até pelas
próprias vítimas.
Em relacionamentos abusivos, os ciúmes, as chantagens e as promessas de mudança são os
principais sinais de que algo não vai bem na relação.
Quando alguém está num relacionamento abusivo, a primeira pergunta que muitos fazem é
“por que a pessoa não termina tudo e segue em frente com sua vida?”. Para alguém que
nunca passou por essa situação, até pode parecer lógico fazer esse tipo de questionamento.
No entanto, terminar um relacionamento abusivo não é tão fácil quanto as pessoas pensam. É
uma ação difícil por vários motivos.
Relacionamento abusivo
Em muitos relacionamentos o abuso emocional é utilizado para conquistar poder e controle
sobre o parceiro. Esse abuso pode ocorrer de várias formas, como insultar, criticar, ameaçar,
ignorar, ridicularizar, envergonhar, intimidar, xingar, obstruir, mentir, depreciar.
O abuso emocional é caracterizado por uma série de padrões de comportamentos em um
relacionamento. Pode-se considerar um desequilíbrio de poder, onde um dos lados exerce um
controle, muitas vezes psicológico, mas que pode ser até físico sobre o outro.
4. Mesmo assim, o abuso emocional não está intrinsicamente relacionado a uma agressão física.
Em alguns casos, curiosamente, este tipo de abuso nem sempre é fácil de se reconhecer, pois
pode partir de ações inconscientes, sem más intenções, embora muitas vezes seja.
No início da relação, o agressor pode até parecer ser atencioso e gentil. Entretanto, esse bom
comportamento é parte do “processo de preparação” do agressor. Ao fazer isso, eles
conquistam a confiança de suas vítimas, o que as torna vulneráveis a abusos posteriores.
Muitas vezes, a privação de afeto, sexo ou dinheiro são usados como forma de punição ao
abusado.
As cicatrizes de um relacionamento abusivo podem não ser visíveis, mas o efeito que ele tem
na vítima pode ser traumático. Aqueles que foram abusados emocionalmente podem mais
tarde ter problemas de ansiedade, depressão, dores crônica e até abuso de substâncias.
Os sinais de um abuso emocional
O relacionamento abusivo se resume ao fato do agressor querer manter uma vantagem no
relacionamento. Na maioria das vezes, ele declara uma realidade para a vítima, negando ou
distorcendo o modo como as coisas são, a fim de sustentar as suas opiniões. Nesse processo, a
insegurança do parceiro abusado aumenta e ele começa a concordar com as distorções do
agressor, tornando-o ainda mais vulnerável.
O parceiro pode dizer coisas ofensivas sobre o abusado disfarçadas de “piadas”. Então, quando
ele reclama, o agressor alega que estava apenas brincando e que a pessoa é sensível demais.
Ele, ainda, recusa a reconhecer os pontos fortes e diminui as conquistas da vítima.
Às vezes, o agressor enviar várias mensagens por dia para saber onde a pessoa está pode
parecer um sinal de preocupação genuína. Mas, na verdade, é uma forma de controle total da
pessoa, limitando onde ela vai ou com quem passa o tempo.
Com tudo isso, o abusado é obrigado a pisar em ovos para evitar decepcionar o seu agressor. A
pessoa se vê pedindo desculpas mesmo sabendo que não fez nada de errado. Quando o
comportamento abusivo se internaliza, a pessoa duvida de si próprio, perdendo a autonomia
sobre sua própria vida e aumentando a dependência emocional.
Segundo estudo realizado pela Universidade Federal do Ceará, 27% de mulheres no nordeste
já foram vítimas de relacionamentos abusivos. Em muitos casos, o abuso vai além do
emocional e envolve violência física e sexual.
5. A dependência emocional funciona de forma similar a outras dependências, como álcool,
drogas, comida, etc. e por isso deve ser tratada com a mesma importância.
Os emocionalmente dependentes geralmente são movidos pelo medo, por isso, assumem
comportamentos submissos, não são confiantes, têm dificuldades em decidir e em se
expressar. Essa dependência emocional é manifestada não apenas no âmbito do
relacionamento amoroso, mas também em todos os aspectos da vida (profissional, econômico,
social, sexual, etc.).
O mais comum é que esse tipo de dependência surja a partir da infância. Quando a criança,
por qualquer que seja o motivo, tenha uma defasagem de atenção e carinho, ela cresce com
um sentimento de que está faltando alguma coisa e, na maioria dos casos, busca preencher
com outros aspectos, como relacionamentos, sexo, drogas, comida, etc.
Temos que entender que, como qualquer outra dependência, a recuperação é um assunto
complicado e muitas vezes por isso, é difícil, para quem está sofrendo, sair desta condição.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, ela cria mecanismos para prevenir e coibir
a violência doméstica e familiar contra a mulher em conformidade com a Constituição Federal
(art. 226, § 8°) e os tratados internacionais ratificados pelo Estado brasileiro (Convenção de
Belém do Pará, Pacto de San José da Costa Rica, Declaração Americana dos Direitos e Deveres
do Homem e Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a
Mulher).
IO Título I determina em quatro artigos a quem a lei é direcionada, ressaltando ainda a
responsabilidade da família, da sociedade e do poder público para que todas as mulheres
possam ter o exercício pleno dos seus direitos.
IIJá o Título II vem dividido em dois capítulos e três artigos: além de configurar os espaços em
que as agressões são qualificadas como violência doméstica, traz as definições de todas as suas
formas (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral).
IIIQuanto ao Título III, composto de três capítulos e sete artigos, tem-se a questão da
assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar, com destaque para as
medidas integradas de prevenção, atendimento pela autoridade policial e assistência social às
vítimas.
IVO Título IV, por sua vez, possui quatro capítulos e 17 artigos, tratando dos procedimentos
processuais, assistência judiciária, atuação do Ministério Público e, em quatro seções (Capítulo
II), se dedica às medidas protetivas de urgência, que estão entre as disposições mais
inovadoras da Lei n. 11.340/2006.
6. VNo Título V e seus quatro artigos, está prevista a criação de Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, podendo estes contar com uma equipe de atendimento
multidisciplinar composta de profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e da
saúde, incluindo-se também destinação de verba orçamentária ao Judiciário para a criação e
manutenção dessa equipe.
VIO Título VI prevê, em seu único artigo e parágrafo único, uma regra de transição, segundo a
qual as varas criminais têm legitimidade para conhecer e julgar as causas referentes à violência
de gênero enquanto os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher não
estiverem estruturados.
VIIPor fim, encontram-se no Título VII as disposições finais. São 13 artigos que determinam
que a instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher pode ser
integrada a outros equipamentos em âmbito nacional, estadual e municipal, tais como casas-
abrigo, delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde, centros de educação e
reabilitação para os agressores etc. Dispõem ainda sobre a inclusão de estatísticas sobre a
violência doméstica e familiar contra a mulher nas bases de dados dos órgãos oficiais do
Sistema de Justiça e Segurança, além de contemplarem uma previsão orçamentária para o
cumprimento das medidas estabelecidas na lei. Um dos ganhos significativos trazidos pela lei,
conforme consta no art. 41, é a não aplicação da Lei n. 9.099/1995, ou seja, a violência
doméstica praticada contra a mulher deixa de ser considerada como de menor potencial
ofensivo
Link do documentário: https://youtu.be/AzfSljVhFeY
Link do vídeo usado no documentário: https://youtu.be/Hd5of2pnt6s