1. HUMANISMO
• “Valorização do ser humano” .
• “Einstein foi um grande humanista”
• “Gandhi defendeu valores humanistas”
2. • Cultura que floresceu na Europa
na passagem da Idade Média
para o Renascimento
3. Um Período de
Transição
Contexto Histórico
Aperfeiçoamento da imprensa - graças a ela impulsiona-se o saber
Inicia-se o mercantilismo “Europa” – Impulsionando a expansão marítima
A burguesia se desenvolve e expande
Na Itália - características da cultura Greco-romana são reavivadas
Teocentrismo X Antropocentrismo
Ascensão do Absolutismo
A ciência ganha espaço
4. Decadência do sistema Feudal
• As guerras pelo controle de terras
• A fome
• As epidemias
• O surgimento da Burguesia (Renascimento comercial)
• Feudalismo Mercantilismo
• Êxodo rural Surgimento de cidades portuárias
• A economia de subsistência Atividades comerciais
5. Origens do pensamento
Humanista
Trata-se de um movimento intelectual italiano - final do séc. XIII e
irradiou por quase toda a Europa
Intelectuais gregos, refugiaram-se na Itália, difundem
uma nova visão de mundo (mais antropocêntrica) de
encontro à visão teocêntrica medieval (1453).
Caracteriza-se por uma nova visão do homem em relação
a Deus e a si mesmo.
Razão: a nova realidade social e econômica da época.
Razão
Teocentrismo x Antropocentrismo
6. Na LITERATURA recupera-se os ideais clássicos e na ARTE os seus
modelos – fontes de inspiração ricas e valorizadas.
A renovação da LITERATURA, das ARTES e da CIÊNCIA – recebeu o
nome de RENASCENTISMO.
Francesco Petrarca (Arezzo, 20 de14 Versos
Inventor - SONETO - Poema Julho de
1304 - Arquà Petrarca, 19 de Julho de 1374)
Pai Inspirou a filosofia humanista que levou à
do humanismo
Renascença.
Petrarca acreditava no valor prático e na
moral dos estudos da História e da Literatura
antigas
Isto é:
O estudo do pensamento e da ação
humanas.
7. 1 A nomeação de Fernão O retorno de Francisco Sá de 1
4 Lopes a cronista-mor Miranda da Itália, quando 5
3 da Torre do Tombo, introduziu uma nova estética, o 2
4 em 1434 . Classicismo, em 1527. 7
Marco cronológico
Um movimento cultural a par
do estudo e da imitação dos
clássicos.
Fez do homem o objeto
do conhecimento, reivindicando
para ele uma posição de importância
no contexto do universo, sem,
contudo, negar o valor supremo
de Deus.
8. Um período
sincrético
Trata-se da transição entre a literatura TROVADORESCA (oral) e o
RENASCIMENTO - séc. XVI (classicismo). Conviviam entre si o velho e o
novo conviviam entre si.
Características do Renascimento
Antropocentrismo Hendoísmo
Otimismo Universalidade
racionalismo Espírito crítico
9. A produção Poética dos nobres
Historiográfica de Fernão Lopes
Atividade teatral de Gil Vicente
Historiografia Portuguesa: Fernão Lopes
• União do literário e do histórico.
• Crônica histórica.
• Imparcialidade na visão dos acontecimentos.
• Interesse pelo lado humano dos acontecimentos que
determinaram a história critica o rei e os nobres em seus
textos.
• Causas econômicas e psicológicas do processo
histórico.
• Estilo coloquial.
• Retrato psicológico dos personagens.
Fernão Lopez
10. Prosa Registravam a vida dos personagens e
Crônicas acontecimentos históricos.
Cronistas - encarregados de organizar documentos/narrativas sobre a
história de Portugal cronologicamente. Verificar a autenticidade dos fatos
históricos, suas causas ou conseqüências, até então nunca feitos.
Função de transmitir ensinamentos sobre
Prosa doutrinária
práticas diárias e a vida.
A prosa doutrinária no sentido de orientar o fidalgo no convívio social e no
adestramento físico para a guerra (escrita por monarcas).
O culto do esporte, principalmente o da caça, ocupava o primeiro lugar
nessa pedagogia pragmática.
11. Relatos dos feitos heróicos de um
Novelas de cavalaria
cavaleiro.
Poesia
As formas fixas do Trovadorismo foram abandodaas,
Perdeu-se o acompanhamento musical (Poesia recitada),
Adquiri um ritmo próprio,
Passou a ser apresentada em reuniões e e festas da corte,
Seu principal ambiente - palácio ou castelo, "Poesia Palaciana".
12. Poesia
Estrutura Predomínio - redondilhas
5 sílabas (redondilha menor), ou
formal 7 sílabas (redondilha maior)
Satíricas = os temas principais eram a vida na
TEMAS corte e as conseqüências indesejáveis da
expansão ultramarina.
De sofrimento = coita; súplica triste e
Apaixonada. (Nota-se como as características
trovadorescas ainda permanecem)
As poesias desse período foram reunidas, em
1516, por Garcia de Resende; " encontramos
O cancioneiro geral 286 poetas (dentre eles, o próprio Garcia de
Resende) com mais de mil composições.
13. Teatro Português de Gil Vicente
Encenações de caráter RELIGIOSO e PROFANO
Mistério Arremedo
Religioso Profano
Milagre Pantomima
Moralidade Farsa
14. Teatro
Gil Vicente – fundador do teatro português, atuou
na Corte de 1502 até 1537, seu trabalho
documenta as transformações pelas quais o país
Passou.
Principais obras:
- A Farsa de Inês Pereira;
-O Auto da Lusitânia;
- O auto da barca do inferno, e
- outros.
Gil Vicente
15. Características do Teatro Vicentino
Seu teatro tem caráter popular e se utiliza de
Temas da idade média. foi homem de
coragem, que não hesitou em denunciar com
lucidez, mordacidade e sentido de humor os
abusos, hipocrisias e incoerências que estavam
a sua volta. Suas personagens não apresentam
características particularizadas, ao contrário,
são generalizações, estereótipos, que
representam toda categoria profissional ou
uma classe social (personagens-tipo)
(povoam suas peças as alcoviteiras, os fidalgos,
os frades, os judeus, os médicos charlatões).
16. A produção teatral de Gil Vicente divide-se em três fases:
- Primeira Fase – marcada pelos traços medievais e pela influência
espanhola de Juan del Encina. São desta fase: O Monólogo do
Vaqueiro, o Auto Pastoril Castelhano, o Auto dos Reis Magos, entre
outros.
- Segunda Fase – aparecem a sátira dos costumes e a forte crítica
social. São desta fase: Quem tem farelos?, O Velho da Horta, o Auto
da Índia e a Exortação da Guerra.
- Terceira Fase – aprofundamento da crítica social através da
tragicomédia alegórica, da variedade temática e lingüística, é o
período da maturidade expressiva. São desta fase: A Trilogia das
Barcas(Auto da Barca do Inferno; Auto da Barca da Glória, Auto da
Barca do purgatório), a Farsa de Inês Pereira, o Auto da Lusitânia.
17. F ragmento do Auto da B arca
do Inferno
Diabo: [...] entrai! Eu tangerei! Frade: Ah corpo de Deus consagrado!
Frade: Por minha lá tenho eu Pela fé de Jesu Cristo
e sempre a tive de meu. que eu nom posso entender isto!
Diabo: Fezestes bem que é fermosa. Eu hei de ser condenado?!
e não vos punham lá grosa Um Padre tão namorado
no vosso convento santo? e tanto dado a virtude!
Frade: E eles fazem outro tanto!... Assi Deus me dê saúde
Diabo: Que cousa tão preciosa! que eu estou maravilhado!
Entrai Padre reverendo! Diabo: Nom cureis de mais detença!
Frade: Para onde levais gente? Embarcai e partiremos.
Diabo: Para aquele fogo ardente Tomareis um par de remos.
que nom temeste vivendo. Frade: Nom ficou isso na avença.
Frade: Juro a Deus que nom te entendo! Diabo: Pois dada está já a sentença
E este hábito nom me val?
Diabo: Gentil Padre mundanal,
a Berzebu vos encomendo!
18. Gil Vicente
vivo
A obra de Gil Vicente permanece viva ao
longo dos séculos. Em 1955 Ariano
Suassuna dramaturgo, romancista e poeta
brasileiro, escreve a peça o Auto da
compadecida , em forma de auto, em três
atos. Baseado na Obra de Gil Vicente.
19. O AUTO DA COMPADECIDA
COM Matheus Nachtergaele
20. O PAGADOR DE PROMESSAS (1960)
(Dias Gomes) – 1/10 títulos - Vest. 2010
Sinopse – Zé-do-Burro, homem simples, fez uma
promessa à Sta. Bárbara, curar seu burro. Nicolau fica
bom e Zé tenta cumprir a promessa (levar uma enorme
cruz ao altar da Igreja de Sta. Bárbara no dia da santa.
Chegando lá, Zé e sua mulher, Rosa, encontram-na
fechada. A partir daí, os interesses locais se voltam
para o pequeno caso, e cada segmento social da cidade
quer tomar partido da situação da forma que puder.
Dias Gomes desenvolve uma severa crítica aos rígidos
princípios de setores da Igreja e da sociedade que
julgam e condenam desconhecendo as raízes históricas
e sociais dos próprios cultos.
21. TAREFAS
• Livro – leitura – p. 94 a 101
• Livro – exercícios – p. 98 e 102
• Atividades extras:
- Assistir : “O auto da compadecida”
- Ler : “O pagador de Promessas” (Dias Gomes)
22. Glossário
• Antropocentrismo - é uma concepção que
considera que a humanidade deve permanecer
no centro do entendimento dos humanos, isto é
o universo deve ser avaliado de acordo com a
sua relação com o Homem.
24. Glossário
• Burguesia é uma classe social que surgiu na Europa
na Idade Média (séculos XI e XII) com o renascimento
comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de
mercadorias e prestação de serviços (
atividades financeiras).
• Cruzada - movimentos militares, de caráter
parcialmente cristão, que partiram da
Europa Ocidental e cujo objetivo era colocar a
Terra Santa (Palestina - Jerusalém sob a soberania
dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se entre
os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava
sob controle dos turcos muçulmanos . Os povos
locais viam estas peregrinações armadas como
25. Glossário
• Conquista de Ceuta, cidade islâmica no
Norte d'África , por tropas portuguesas sob o
comando de João I de Portugal, deu-se a
22 de Agosto de 1415.
• As causas e origens da conquista de Ceuta não
são hoje suficientemente claras: uma das
razões, a Causa Bélica, teria sido a
oportunidade dos infantes (D. Duarte,
D. Pedro e D. Henrique) serem armados
cavaleiros por um feito de guerra.
26. Glossário
• Dinastia - uma sucessão de soberanos,
pertencentes à mesma família, por diversas
gerações. A Dinastia de Avis foi a segunda
dinastia a reinar em Portugal. Teve início no
final da crise de 1383-1385 , quando o
Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho natural
de el-rei D. Pedro I, foi aclamado Rei nas
Cortes de Coimbra.
27. Glossário
• Feudalismo - um modo de organização social
e político baseado nas relações servo-
contratuais (servis). Tem suas origens na
decadência do Império Romano E predominou
na Europa durante a Idade Média.
• Os senhores feudais conseguiam as terras
porque o rei dava-as para eles. Os camponeses
cuidavam da agropecuária dos feudos e, em
troca, recebiam o direito a um pedaço de terra
para morar, além da proteção contra ataques
bárbaros .
28. Glossário
• Fidalgo ( filho-de-algo), passa então a designar a camada social
não titulada que tinha o estatuto de nobre hereditário , juntamente
com os titulares , os senhores de terras, com jurisdição. Porém é
necessário compreender que este fidalgo genérico, não titulado,
subentende "de linhagem" na coloquialidade.
• A fidalguia, na Monarquia Portuguesa, constituía uma categoria
social e jurídica própria. Depois de D. Afonso V, todos os reis
criaram categorias formais de fidalgos, inscritos nos livros reais em
três categorias diversas na sua importância, fidalgos esses que
integravam indiscutivelmente a nobreza hereditária do reino.
• Aos novos fidalgos, não de linhagem nem de solar, chegados à
fidalguia por mercê do soberano, era dado um pouco
depreciativamente pelos seus pares o nome de fidalgos do
Livro .
29. Glossário
• Período Sincrético - Na história das religiões, o
sincretismo é uma fusão de concepções ... Categoria:
Religiões sincréticas, conceitos religiosos ...
• Teocentrismo (do grego θεóς, theos, "Deus"; e
κέντρον, kentron, "centro") é a teoria segundo a qual
Deus é o centro do universo, tudo foi criado por Ele e
por Ele é dirigido. Opõe-se ao Antropocentrismo e ao
Humanismo. Pensamento que dominou a Idade Média,
sendo depois sucedido pelo pensamento
antropocêntrico.