SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Sono:
Distúrbios e impacto
no desempenho escolar
Dra. Júnea Chiari
Psiquiatra e Psiquiatra Infantil
Oficina de Psicologia
Agenda da palestra
• Sono
• Aprendizagem
• Distúrbios do sono
Definição de sono
Fenômeno cíclico, caracterizado por uma
alteração reversível do estado de consciência e
da reatividade a estímulos ambientais, essencial
à vida e ao equilíbrio físico e psíquico do ser
humano.
• O sono é um processo cuja mecanismo fisiológico
ainda não está completamente definido.
• Consolidação de memórias e experiências
Aspectos do sono
O sono normal ou o ato de dormir bem envolve 3 aspectos:
• Quantidade
– tempo total de sono adequado de cada pessoa
– número de horas necessárias é uma característica individual
• Qualidade
– Como a pessoa acorda de manhã e como se sente durante o dia
• Ritmo
– Sono possui vários estágios, que traduzem diferentes níveis e
estados de consciência
– Fases que repetem em ciclos - de 4 a 5x numa noite de 8h
– Para ser mantido podem haver interferências internas ou
externas
– Cumprir um ritmo circadiano
Funções do sono
• Antigas teorias – papel do sono no aprendizado seria
proporcionar ao cérebro um momento de descanso, ao
protegê-lo das influências externas.
• Atualmente - processo muito dinâmico e vital para o
armazenamento das informações acumuladas no
decorrer do dia.
O cérebro noturno como um dínamo em atividade.
• O fisiologista Alfred Loomis (1937) - intensa atividade
elétrica noturna no cérebro e percebeu as diferentes
frequências elétricas diferentes, o que permitiria, mais
tarde, distinguir as 5 etapas do sono.
Fases do Sono
O sono é dividido em duas categorias/ 5 fases:
• sono REM ("Rapid Eye Movements")
• sono não REM ("Non-Rapid Eye Movements")
e este é classificado em 4 fases.
Ciclos repetitivos de sono duram entre 90 a 120
minutos.
HIPNOGRAMA de adulto jovem
Fases do Sono
• Vigília ou Estágio 0:
– alto grau de atividade dos neurônios corticais,
– após 5 a 15 minutos no leito, o indivíduo alcança o
primeiro estágio do sono.
• Estágio 1:
– 2-5% do tempo total do sono,
– melatonina é liberada, induzindo o sono,
– redução do tônus muscular.
• Estágio 2:
– 45-55% do sono total de sono,
– redução do grau de atividade dos neurônios corticais,
– diminuição dos ritmos cardíaco e respiratório e da
temperatura corporal, relaxamento muscular.
Fases do Sono
• Estágio 3:
– 3-8% do sono total.
– movimentos oculares raros e o tônus muscular diminui
progressivamente.
• Estágio 4:
– 10-15% do sono total,
– É o sono profundo,
– pico de liberação do GH e da leptina; o cortisol começa a ser
liberado até atingir seu pico, no início da manhã
• SONO REM (Rapid Eye Moviment):
– 20-25% do sono total,
– EEG mostra registro de um cérebro “ativo”,
– Atonia muscular, FC e FR irregulares
– ocorre a maioria dos sonhos.
HIPNOGRAMA de adulto jovem
Aprendizagem
A aprendizagem, maravilhoso e complexo processo,
efetua-se pela criação de novas memórias e pela
ampliação e transformação de redes neuronais que
“guardam” conteúdos já trabalhados
anteriormente.
PLASTICIDADE CEREBRAL
O cérebro precisa ser desafiado, estimulado e
reestruturado o tempo todo – moldável e adaptado
à várias situações
Memória e Aprendizagem
Hipocampo
Registra e apreende
o que é importante
Memória curto prazo
Memória de trabalho
Memória de procedimentos
Neocórtex
A importância do sono nos
processos cognitivos
• Sono REM – processamento e armazenagem
na memória longa dos conteúdo aprendidos
durante o dia
• Sono fragmentado = dificuldades cognitivas
(aprendizagem, capacidade de memorizar e
evocar e se concentrar em tarefas novas ou
antigas)
A importância do sono nos
processos cognitivos
Dados sobre o sono:
• Na infância – dormir menos do que 10h/por noite
reduz em 40% os problemas de concentração
• Na adolescência – passar mais de 18h sem
dormir reduz 30% os testes de raciocínio lógico
• No idoso – diminuição do sono REM – memória
A importância do sono nos
processos cognitivos
• 2007 – estudo alemão mapeou, através de RNM
o trajeto da informação recebida desde o
hipocampo (cérebro onde os dados são
armazenados temporariamente) até o neocórtex
(onde é fixado numa memória de longo prazo)
• Estudo EUA realizado com testes cognitivos, de 6
meses de acompanhamento, mostrou que a
relação entre sono e memória é de uma clareza
geométrica.
Sono e Aprendizagem
• Melatonina: hormônio secretado na pineal e na
ausência de luz produz a vontade de dormir
• Relação da melatonina x horário de aprendizagem:
– Ao amanhecer os hormônio promotores da vigília são
secretados e a pineal encerra a produção de melatonina
– 8 às 12h - bom horário para estudar: somos mais
responsivos e atentos aos estímulos externos
– Às 15h – pior horário: nível mais baixo de vigilância diurno
– De 17 às 20h – bom horário para rever a matéria
– Às 21h –recomeça a produção de melatonina = dormir!
– De 24 às 2h – sono mais profundo
Distúrbios do Sono
Distúrbios do sono
Compreender o fenômeno do sono em seus
diversos aspectos é o procedimento científico para
buscar soluções para seus distúrbios, visando
alcançar um rendimento satisfatório nas atividades
diárias.
O desconhecimento do papel fundamental que o sono
desempenha no processo cognitivo, social e
comportamental levas às pessoas a ignorarem os sinais e
sintomas na vida diária
Classificação dos Distúrbios do Sono
Insônia
Sonolência diurna:
• Apnéia, Narcolepsia.
Transtornos do Ciclo Circadiano:
• Atraso ou Avanço de fases do
sono, Jet Lag, Trabalhos em
turnos
Desordens intrínsecas do sono:
• Síndrome da Movimentação
Periódica dos Membros (PLMS) e
Síndrome das Pernas Inquietas
Parassônias:
• Desordens do despertar -
Sonambulismo, Terror Noturno
• Parassônias do sono REM -
Desordem Comportamental do
Sono REM, Paralisia do Sono e
Pesadelos.
• Distúrbios da transição sono-
vigília - Sonilóquio.
• Outras - Bruxismo e a Enurese
Noturna.
Insônia
Dificuldade iniciar e/ou manter o
sono ou uma insatisfação na
qualidade do sono – sintomas
diurnos físicos e comportamentais
• Na infância: 10 a 30% na idade pré-escolar
• Geralmente são comportamentais – diagnóstico de
exclusão (afastar causas médicas: medicamentos,
cólicas, refluxo GE)
• Dificuldade de adormecer ou manter sono –
relacionados à atitudes dos pais ou criança
Insônia na Infância
Distúrbio de associação
• condições são associadas ao início do sono e
que são necessárias para iniciar ou manter
• Positivas – a criança pode prover a si mesma
• Negativas – assistência de 3ª pessoa –
embalar, mamadeira, cama dos pais,
estorinhas
• Relacionada a acordares noturnos e menor
tempo de sono
Distúrbio da falta de limite
• recusa ou retarda de ir pra cama há hora estabelecida, prorroga por
meio de vários pedidos
• Incapacidade dos pais de criar os limites
• Depois que dorme, tem poucos despertares, mas diminui tempo de
sono
Pesadelos
• Sonhos com forte conteúdo
emocional, que geralmente
causa angústia e levam ao
despertar
• Ocorrem durante o sono REM
da segunda metade da noite.
• Frequentes entre as idades de
3 e 6 anos, com posterior
redução em sua ocorrência.
• O quadro não demanda
tratamento, exceto quando os
episódios são frequentes.
Neste caso está indicado o
estudo da condição emocional
da criança.
Sonambulismo
• Execução de
comportamentos motores
durante o sono
• Geralmente ocorre nos
estágios profundos 3 e 4, no
terço inicial da noite.
• Geralmente a pessoa
acorda ou pode até voltar
pro leito e continuar a
dormir. Pode haver amnésia
do ocorrido.
• Geralmente não precisa de
tratamento medicamentoso
Sonilóquios
• É o “conversar dormindo”.
• Distúrbio menor, comum e
sem consequências nocivas.
• Pouco se sabe a respeito.
• Geralmente dura segundos,
não tem é produto do
pensamento racional.
• Pode ocorrer junto com
pesadelos, apneias ou
estados confusionais.
• Não necessita tratamento
Terror Noturno
• Episódios de despertar parcial
do sono NREM, em que há
atividade anômala motora,
autonômica, de fala e de sonho
• A criança acorda subitamente,
com intensa angústia, tremor,
suor, senta-se na cama, grita,
pede socorro, mostra-se
aterrorizada por figuras
imaginárias, que geralmente
acabam quando se acede a luz.
• Geralmente acontece 1 a 2
horas após o início do sono.
• Frequentemente a criança não
desperta, logo se acalma e não
se lembra do episódio na
manhã seguinte.
• Presente em 3% das crianças,
principalmente em meninos.
Enurese Noturna
• Micção recorrente involuntária
durante o sono. Merece atenção por
sua complexidade, prevalência e
importância psicossocial.
• Ocorre em qualquer estágio do sono,
sendo mais frequente durante as
fases 3 e 4.
• Por definição, o quadro é
reconhecido apenas aos 5 anos de
idade, considerando que o controle
vesical noturno pode ocorrer até esta
idade.
• Muitas crianças sem doença orgânica
ou psíquica adquirem o controle
vesical entre 5 e 10 anos de idade,
com amadurecimento mais tardio do
controle vesical.
A Enurese Secundária é quando ocorre
reaparecimento do fenômeno após um
período de 3 a 6 meses de controle vesical,
em qualquer idade. É pouco frequente.
Atraso ou Avanço da Fase de Sono
• É uma incapacidade persistente em adormecer e acordar em horários
convencionais
• No Avanço, a pessoa dorme e acorda algumas horas antes do horário
estabelecido, que pode levar a imaginar uma insônia terminal
• No Atraso de fase, a pessoa dorme 3 a 6 h após o horário convencional
– relógio endógeno mais lento, com a liberação de melatonina
endógena atrasada
Na adolescência é REGRA!
O sono do adolescente
• O adolescente já tem uma
tendência social a dormir
mais tarde: vida social,
namoro, computador,
estudos.
• Nesta fase da vida há uma
alteração no ciclo do sono
do cérebro
• Essa mudança acontece por
um adiamento no horário
de secreção da melatonina,
o hormônio que gera uma
mensagem ao cérebro que
é hora de dormir.
O sono do adolescente
• Os adolescentes deveriam ir para cama e acordar mais tarde, pois
independentemente do horário eles precisam dormir de 8 a 10h.
• Estudos mostram que os adolescentes sofrem de séria privação
de sono. Uma pesquisa recente do National Sleep Foundation
mostrou que 60% dos adolescentes abaixo de 18 anos reclama
de cansaço durante o dia e 15% dormem na aula em algum
momento. A privação constante de sono leva a sérias
consequências no desempenho acadêmico, social e saúde do
adolescente.
• A escola está dessincronizada com o horário biológico dos alunos.
• Os adolescentes tendem a estar menos alertas e mais estressados
e irritados pela manhã.
• Iniciar as aulas mais tarde ou pelos menos colocar as matérias
mais difíceis e desafiadoras mais tarde favoreceria a
aprendizagem dos alunos.
O sono do adolescente
Estados americanos que atrasaram o início das aulas para mais tarde (média
9h00) mostrou diminuição da taxa de atraso, menos alunos adormeceram na
sala de aula, as notas e desempenho acadêmico aumentaram, os acidentes de
trânsito diminuíram e os sintomas auto-relatados de depressão também
diminuiram.
Concluindo
O sono afeta diretamente as funções intelectuais, regulando-as
durante o período ativo do dia e armazenando o conhecimento e
as experiências da pessoa enquanto ela dorme.
A quantidade e melhor horário de dormir varia a cada indivíduo –
observar fadiga
A generalização dos horários escolares, ao ignorar as diferentes
necessidade circadianas, e de idade impede que os alunos
desfrutem de uma qualidade de sono que seria necessário para
desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo adequados.
www.oficinadepsicologia.com
E-mail:
belo.horizonte@oficinadepsicologia.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricasAula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricasLampsi
 
Perturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasPerturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasOficina Psicologia
 
Aula PPB - SENSACAO
Aula PPB - SENSACAOAula PPB - SENSACAO
Aula PPB - SENSACAOguest8af197
 
sensação e percepção
sensação e percepçãosensação e percepção
sensação e percepçãoRoberto Nobre
 
DISTURBIOS DO SONO
DISTURBIOS DO SONODISTURBIOS DO SONO
DISTURBIOS DO SONOartemiselima
 
Transtornos depressivos
Transtornos depressivosTranstornos depressivos
Transtornos depressivosCaio Maximino
 
Intervenção em crises
Intervenção em crisesIntervenção em crises
Intervenção em crisesAroldo Gavioli
 
Funções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesFunções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesCaio Maximino
 
Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Inaiara Bragante
 
Fases do desenvolvimento - Piaget
Fases do desenvolvimento -  PiagetFases do desenvolvimento -  Piaget
Fases do desenvolvimento - PiagetElisms88
 
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIAFISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIAPaulo Cardoso
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Alexandre Simoes
 

Mais procurados (20)

Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricasAula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
 
Memória e Aprendizado
Memória e AprendizadoMemória e Aprendizado
Memória e Aprendizado
 
Perturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insóniasPerturbações do sono e insónias
Perturbações do sono e insónias
 
Aula PPB - SENSACAO
Aula PPB - SENSACAOAula PPB - SENSACAO
Aula PPB - SENSACAO
 
sensação e percepção
sensação e percepçãosensação e percepção
sensação e percepção
 
Neurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagem   Neurociências e aprendizagem
Neurociências e aprendizagem
 
Neurofisiologia
NeurofisiologiaNeurofisiologia
Neurofisiologia
 
DISTURBIOS DO SONO
DISTURBIOS DO SONODISTURBIOS DO SONO
DISTURBIOS DO SONO
 
Transtornos depressivos
Transtornos depressivosTranstornos depressivos
Transtornos depressivos
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Demências
DemênciasDemências
Demências
 
Distúrbios do Sono
Distúrbios do SonoDistúrbios do Sono
Distúrbios do Sono
 
Intervenção em crises
Intervenção em crisesIntervenção em crises
Intervenção em crises
 
Funções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesFunções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alterações
 
Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
 
Fases do desenvolvimento - Piaget
Fases do desenvolvimento -  PiagetFases do desenvolvimento -  Piaget
Fases do desenvolvimento - Piaget
 
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIAFISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
FISIOLOGIA DO SONO, MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
 
Cérebro e Funções Cognitivas
Cérebro e Funções CognitivasCérebro e Funções Cognitivas
Cérebro e Funções Cognitivas
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
 
Memoria armazenagem
Memoria armazenagemMemoria armazenagem
Memoria armazenagem
 

Semelhante a Sono e aprendizagem

TRANSTORNO DO SONO.pptx
TRANSTORNO DO SONO.pptxTRANSTORNO DO SONO.pptx
TRANSTORNO DO SONO.pptxTercioSantos7
 
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptx
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptxAULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptx
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptxEleonoraVaccarezza
 
Sono e aprendizagem semana de ic
Sono e aprendizagem semana de icSono e aprendizagem semana de ic
Sono e aprendizagem semana de icNathália Andraus
 
Sono e insónia
Sono e insóniaSono e insónia
Sono e insónianipnip1
 
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...Van Der Häägen Brazil
 
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do Sono
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do SonoTranstornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do Sono
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do SonoDiego Ribeiro
 
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoAula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoSimoneGAP
 
O sono e a sua importância
O sono e a sua importânciaO sono e a sua importância
O sono e a sua importânciaSonia Vilarinho
 
PSICO 06 Sistema Reticular.pdf
PSICO 06 Sistema Reticular.pdfPSICO 06 Sistema Reticular.pdf
PSICO 06 Sistema Reticular.pdfLuRabel
 
Sono - Drª Teresa Paiva
Sono - Drª Teresa PaivaSono - Drª Teresa Paiva
Sono - Drª Teresa Paivamaria25
 
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptx
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptxPalestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptx
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptxFilipe Francisco
 
Psicofisiologia do Sono
Psicofisiologia do SonoPsicofisiologia do Sono
Psicofisiologia do Sonomonica_lima
 
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Otavio Castello
 
Cartilha digital-do-sono
Cartilha digital-do-sono Cartilha digital-do-sono
Cartilha digital-do-sono Nivaldo Torres
 
Sono 1197373097761999 2
Sono 1197373097761999 2Sono 1197373097761999 2
Sono 1197373097761999 2Roberto Mello
 

Semelhante a Sono e aprendizagem (20)

TRANSTORNO DO SONO.pptx
TRANSTORNO DO SONO.pptxTRANSTORNO DO SONO.pptx
TRANSTORNO DO SONO.pptx
 
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptx
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptxAULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptx
AULA_2_ ESTADOS DA CONSCIÊNCIA.pptx
 
Sono e aprendizagem semana de ic
Sono e aprendizagem semana de icSono e aprendizagem semana de ic
Sono e aprendizagem semana de ic
 
Sono e insónia
Sono e insóniaSono e insónia
Sono e insónia
 
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...
Sono saudável é importante principalmente para crianças em fase de cresciment...
 
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do Sono
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do SonoTranstornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do Sono
Transtornos não orgânicos do sono ou Distúrbios do Sono
 
O sono
O sonoO sono
O sono
 
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e DepressãoAula 3 Cronobiologia e Depressão
Aula 3 Cronobiologia e Depressão
 
O sono e a sua importância
O sono e a sua importânciaO sono e a sua importância
O sono e a sua importância
 
PSICO 06 Sistema Reticular.pdf
PSICO 06 Sistema Reticular.pdfPSICO 06 Sistema Reticular.pdf
PSICO 06 Sistema Reticular.pdf
 
Sono - Drª Teresa Paiva
Sono - Drª Teresa PaivaSono - Drª Teresa Paiva
Sono - Drª Teresa Paiva
 
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptx
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptxPalestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptx
Palestra sobre Sono e Vigilia-Fisiologia pptx
 
Psicofisiologia do Sono
Psicofisiologia do SonoPsicofisiologia do Sono
Psicofisiologia do Sono
 
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
Enviando email: Aula Sono-Efeitos na Saude - AGE+ - mai08
 
Cartilha digital-do-sono
Cartilha digital-do-sono Cartilha digital-do-sono
Cartilha digital-do-sono
 
Sono
SonoSono
Sono
 
Contando Carneirinhos - O Sono
Contando Carneirinhos - O SonoContando Carneirinhos - O Sono
Contando Carneirinhos - O Sono
 
DISTÚRBIOS DO SONO
DISTÚRBIOS DO SONODISTÚRBIOS DO SONO
DISTÚRBIOS DO SONO
 
Sono 1197373097761999 2
Sono 1197373097761999 2Sono 1197373097761999 2
Sono 1197373097761999 2
 
Sono
SonoSono
Sono
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (6)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

Sono e aprendizagem

  • 1.
  • 2. Sono: Distúrbios e impacto no desempenho escolar Dra. Júnea Chiari Psiquiatra e Psiquiatra Infantil Oficina de Psicologia
  • 3. Agenda da palestra • Sono • Aprendizagem • Distúrbios do sono
  • 4. Definição de sono Fenômeno cíclico, caracterizado por uma alteração reversível do estado de consciência e da reatividade a estímulos ambientais, essencial à vida e ao equilíbrio físico e psíquico do ser humano. • O sono é um processo cuja mecanismo fisiológico ainda não está completamente definido. • Consolidação de memórias e experiências
  • 5.
  • 6. Aspectos do sono O sono normal ou o ato de dormir bem envolve 3 aspectos: • Quantidade – tempo total de sono adequado de cada pessoa – número de horas necessárias é uma característica individual • Qualidade – Como a pessoa acorda de manhã e como se sente durante o dia • Ritmo – Sono possui vários estágios, que traduzem diferentes níveis e estados de consciência – Fases que repetem em ciclos - de 4 a 5x numa noite de 8h – Para ser mantido podem haver interferências internas ou externas – Cumprir um ritmo circadiano
  • 7. Funções do sono • Antigas teorias – papel do sono no aprendizado seria proporcionar ao cérebro um momento de descanso, ao protegê-lo das influências externas. • Atualmente - processo muito dinâmico e vital para o armazenamento das informações acumuladas no decorrer do dia. O cérebro noturno como um dínamo em atividade. • O fisiologista Alfred Loomis (1937) - intensa atividade elétrica noturna no cérebro e percebeu as diferentes frequências elétricas diferentes, o que permitiria, mais tarde, distinguir as 5 etapas do sono.
  • 8. Fases do Sono O sono é dividido em duas categorias/ 5 fases: • sono REM ("Rapid Eye Movements") • sono não REM ("Non-Rapid Eye Movements") e este é classificado em 4 fases. Ciclos repetitivos de sono duram entre 90 a 120 minutos.
  • 10. Fases do Sono • Vigília ou Estágio 0: – alto grau de atividade dos neurônios corticais, – após 5 a 15 minutos no leito, o indivíduo alcança o primeiro estágio do sono. • Estágio 1: – 2-5% do tempo total do sono, – melatonina é liberada, induzindo o sono, – redução do tônus muscular. • Estágio 2: – 45-55% do sono total de sono, – redução do grau de atividade dos neurônios corticais, – diminuição dos ritmos cardíaco e respiratório e da temperatura corporal, relaxamento muscular.
  • 11. Fases do Sono • Estágio 3: – 3-8% do sono total. – movimentos oculares raros e o tônus muscular diminui progressivamente. • Estágio 4: – 10-15% do sono total, – É o sono profundo, – pico de liberação do GH e da leptina; o cortisol começa a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã • SONO REM (Rapid Eye Moviment): – 20-25% do sono total, – EEG mostra registro de um cérebro “ativo”, – Atonia muscular, FC e FR irregulares – ocorre a maioria dos sonhos.
  • 13. Aprendizagem A aprendizagem, maravilhoso e complexo processo, efetua-se pela criação de novas memórias e pela ampliação e transformação de redes neuronais que “guardam” conteúdos já trabalhados anteriormente. PLASTICIDADE CEREBRAL O cérebro precisa ser desafiado, estimulado e reestruturado o tempo todo – moldável e adaptado à várias situações
  • 14. Memória e Aprendizagem Hipocampo Registra e apreende o que é importante Memória curto prazo Memória de trabalho Memória de procedimentos Neocórtex
  • 15. A importância do sono nos processos cognitivos • Sono REM – processamento e armazenagem na memória longa dos conteúdo aprendidos durante o dia • Sono fragmentado = dificuldades cognitivas (aprendizagem, capacidade de memorizar e evocar e se concentrar em tarefas novas ou antigas)
  • 16. A importância do sono nos processos cognitivos Dados sobre o sono: • Na infância – dormir menos do que 10h/por noite reduz em 40% os problemas de concentração • Na adolescência – passar mais de 18h sem dormir reduz 30% os testes de raciocínio lógico • No idoso – diminuição do sono REM – memória
  • 17. A importância do sono nos processos cognitivos • 2007 – estudo alemão mapeou, através de RNM o trajeto da informação recebida desde o hipocampo (cérebro onde os dados são armazenados temporariamente) até o neocórtex (onde é fixado numa memória de longo prazo) • Estudo EUA realizado com testes cognitivos, de 6 meses de acompanhamento, mostrou que a relação entre sono e memória é de uma clareza geométrica.
  • 18. Sono e Aprendizagem • Melatonina: hormônio secretado na pineal e na ausência de luz produz a vontade de dormir • Relação da melatonina x horário de aprendizagem: – Ao amanhecer os hormônio promotores da vigília são secretados e a pineal encerra a produção de melatonina – 8 às 12h - bom horário para estudar: somos mais responsivos e atentos aos estímulos externos – Às 15h – pior horário: nível mais baixo de vigilância diurno – De 17 às 20h – bom horário para rever a matéria – Às 21h –recomeça a produção de melatonina = dormir! – De 24 às 2h – sono mais profundo
  • 20. Distúrbios do sono Compreender o fenômeno do sono em seus diversos aspectos é o procedimento científico para buscar soluções para seus distúrbios, visando alcançar um rendimento satisfatório nas atividades diárias. O desconhecimento do papel fundamental que o sono desempenha no processo cognitivo, social e comportamental levas às pessoas a ignorarem os sinais e sintomas na vida diária
  • 21. Classificação dos Distúrbios do Sono Insônia Sonolência diurna: • Apnéia, Narcolepsia. Transtornos do Ciclo Circadiano: • Atraso ou Avanço de fases do sono, Jet Lag, Trabalhos em turnos Desordens intrínsecas do sono: • Síndrome da Movimentação Periódica dos Membros (PLMS) e Síndrome das Pernas Inquietas Parassônias: • Desordens do despertar - Sonambulismo, Terror Noturno • Parassônias do sono REM - Desordem Comportamental do Sono REM, Paralisia do Sono e Pesadelos. • Distúrbios da transição sono- vigília - Sonilóquio. • Outras - Bruxismo e a Enurese Noturna.
  • 22. Insônia Dificuldade iniciar e/ou manter o sono ou uma insatisfação na qualidade do sono – sintomas diurnos físicos e comportamentais • Na infância: 10 a 30% na idade pré-escolar • Geralmente são comportamentais – diagnóstico de exclusão (afastar causas médicas: medicamentos, cólicas, refluxo GE) • Dificuldade de adormecer ou manter sono – relacionados à atitudes dos pais ou criança
  • 23. Insônia na Infância Distúrbio de associação • condições são associadas ao início do sono e que são necessárias para iniciar ou manter • Positivas – a criança pode prover a si mesma • Negativas – assistência de 3ª pessoa – embalar, mamadeira, cama dos pais, estorinhas • Relacionada a acordares noturnos e menor tempo de sono Distúrbio da falta de limite • recusa ou retarda de ir pra cama há hora estabelecida, prorroga por meio de vários pedidos • Incapacidade dos pais de criar os limites • Depois que dorme, tem poucos despertares, mas diminui tempo de sono
  • 24. Pesadelos • Sonhos com forte conteúdo emocional, que geralmente causa angústia e levam ao despertar • Ocorrem durante o sono REM da segunda metade da noite. • Frequentes entre as idades de 3 e 6 anos, com posterior redução em sua ocorrência. • O quadro não demanda tratamento, exceto quando os episódios são frequentes. Neste caso está indicado o estudo da condição emocional da criança.
  • 25. Sonambulismo • Execução de comportamentos motores durante o sono • Geralmente ocorre nos estágios profundos 3 e 4, no terço inicial da noite. • Geralmente a pessoa acorda ou pode até voltar pro leito e continuar a dormir. Pode haver amnésia do ocorrido. • Geralmente não precisa de tratamento medicamentoso
  • 26. Sonilóquios • É o “conversar dormindo”. • Distúrbio menor, comum e sem consequências nocivas. • Pouco se sabe a respeito. • Geralmente dura segundos, não tem é produto do pensamento racional. • Pode ocorrer junto com pesadelos, apneias ou estados confusionais. • Não necessita tratamento
  • 27. Terror Noturno • Episódios de despertar parcial do sono NREM, em que há atividade anômala motora, autonômica, de fala e de sonho • A criança acorda subitamente, com intensa angústia, tremor, suor, senta-se na cama, grita, pede socorro, mostra-se aterrorizada por figuras imaginárias, que geralmente acabam quando se acede a luz. • Geralmente acontece 1 a 2 horas após o início do sono. • Frequentemente a criança não desperta, logo se acalma e não se lembra do episódio na manhã seguinte. • Presente em 3% das crianças, principalmente em meninos.
  • 28. Enurese Noturna • Micção recorrente involuntária durante o sono. Merece atenção por sua complexidade, prevalência e importância psicossocial. • Ocorre em qualquer estágio do sono, sendo mais frequente durante as fases 3 e 4. • Por definição, o quadro é reconhecido apenas aos 5 anos de idade, considerando que o controle vesical noturno pode ocorrer até esta idade. • Muitas crianças sem doença orgânica ou psíquica adquirem o controle vesical entre 5 e 10 anos de idade, com amadurecimento mais tardio do controle vesical. A Enurese Secundária é quando ocorre reaparecimento do fenômeno após um período de 3 a 6 meses de controle vesical, em qualquer idade. É pouco frequente.
  • 29. Atraso ou Avanço da Fase de Sono • É uma incapacidade persistente em adormecer e acordar em horários convencionais • No Avanço, a pessoa dorme e acorda algumas horas antes do horário estabelecido, que pode levar a imaginar uma insônia terminal • No Atraso de fase, a pessoa dorme 3 a 6 h após o horário convencional – relógio endógeno mais lento, com a liberação de melatonina endógena atrasada Na adolescência é REGRA!
  • 30. O sono do adolescente • O adolescente já tem uma tendência social a dormir mais tarde: vida social, namoro, computador, estudos. • Nesta fase da vida há uma alteração no ciclo do sono do cérebro • Essa mudança acontece por um adiamento no horário de secreção da melatonina, o hormônio que gera uma mensagem ao cérebro que é hora de dormir.
  • 31. O sono do adolescente • Os adolescentes deveriam ir para cama e acordar mais tarde, pois independentemente do horário eles precisam dormir de 8 a 10h. • Estudos mostram que os adolescentes sofrem de séria privação de sono. Uma pesquisa recente do National Sleep Foundation mostrou que 60% dos adolescentes abaixo de 18 anos reclama de cansaço durante o dia e 15% dormem na aula em algum momento. A privação constante de sono leva a sérias consequências no desempenho acadêmico, social e saúde do adolescente. • A escola está dessincronizada com o horário biológico dos alunos. • Os adolescentes tendem a estar menos alertas e mais estressados e irritados pela manhã. • Iniciar as aulas mais tarde ou pelos menos colocar as matérias mais difíceis e desafiadoras mais tarde favoreceria a aprendizagem dos alunos.
  • 32. O sono do adolescente Estados americanos que atrasaram o início das aulas para mais tarde (média 9h00) mostrou diminuição da taxa de atraso, menos alunos adormeceram na sala de aula, as notas e desempenho acadêmico aumentaram, os acidentes de trânsito diminuíram e os sintomas auto-relatados de depressão também diminuiram.
  • 33. Concluindo O sono afeta diretamente as funções intelectuais, regulando-as durante o período ativo do dia e armazenando o conhecimento e as experiências da pessoa enquanto ela dorme. A quantidade e melhor horário de dormir varia a cada indivíduo – observar fadiga A generalização dos horários escolares, ao ignorar as diferentes necessidade circadianas, e de idade impede que os alunos desfrutem de uma qualidade de sono que seria necessário para desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo adequados.