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Clube de Estudos Fima´s
Licenciatura em Enfermagem
Nome: Filipe Francisco Gerente Gustavo, ENF.
Mestrando em promoção da saúde e da saude comunitária.
E-mail: filiperancisco833@gmail.com
CONTEUDOS
• Conceito de Sono;
• Conceito de Vigilia;
• Tipos de Sono;
• Estagios do sono;
• Teorias do sono;
• Mecanismos de sono.
DEFINIÇÃO DO SONO E ALERTA
Segundo o dicionario origem da palavra, 2024, sono vem do Latim somnus,
“sono”, do Indo-Europeu swep-, “dormir”. Em termos fisiologicos o sono é
definido como o estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser
despertada por estímulo sensorial ou por outro estímulo. Deve ser
distinguido do coma, que é estado de inconsciência do qual a pessoa não
pode ser despertada. (Guyton & Hall, 2018).
Vigilia: estado no qual respondemos facilmente aos estímulos sensoriais; a
função cortical é operante (percepção, planejamento de movimentos
voluntários, raciocínio, aprendizagem usando memória explicita, sentimento,
etc.)
TIPOS DE SONO
Qualquer pessoa percorre estágios de dois tipos de sono, que
se alternam um com o outro (Figura 60-1). Esses tipos são
chamados:
(1) sono com movimentos rápidos dos olhos (sono REM),
no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a
pessoa ainda estar dormindo;
(2) sono de ondas lentas ou não REM (NREM), no qual as
ondas cerebrais são fortes e de baixa frequência, como
discutiremos adiante.
Sono REM (Sono Paradoxal, Sono Dessincronizado)
Esse tipo de sono é também chamado sono paradoxal, porque é
um paradoxo em que a pessoa possa ainda estar. O
eletroencefalograma (EEG) mostra padrão de ondas cerebrais
semelhante ao que ocorre durante o estado de vigília.
Em noite normal de sono, é comum que episódios de sono
REM, durando de 5 a 30 minutos, apareçam em média a cada
90 minutos nos adultos jovens.
A secreção de acetilcolina na formação reticular da porção
superior do tronco cerebral pode causar o sono REM.
Características Importantes do Sono REM
1. É a forma ativa de sono, geralmente associada a sonhos e a movimentos
musculares corporais ativos.
2. É mais difícil despertar o indivíduo por estímulo sensorial do que durante o
sono de ondas lentas.
3. O tônus muscular está excessivamente reduzido.
4. Comumente, as frequências cardíaca e respiratória ficam irregulares, o que é
característica dos sonhos.
5. Apesar da inibição extrema dos músculos periféricos, movimentos musculares
irregulares podem ocorrer. Isso acontece em superposição aos movimentos
rápidos oculares.
6. O cérebro fica muito ativo no sono REM, e o metabolismo cerebral global
pode estar aumentado por até 20%.
Sono de Ondas Lentas ou Não REM (NREM)
A maioria de nós pode entender as características do
profundo sono de ondas lentas, lembrando da última vez
em que ficamos acordados por mais do que 24 horas, e,
então, o sono profundo que ocorreu durante a primeira hora
após irmos dormir. Esse sono é excepcionalmente relaxante
e está associado às diminuições do tônus vascular periférico
e a muitas outras funções vegetativas do corpo.
ESTAGIOS O SONO
Estágio 1: Dura cerca de 5 minutos (5% do tempo total de sono) é muito leve.
No EEG predominam as ondas α e o individuo está subconsciente, ie, com
estado de consciência baixo; responde a perguntas mas não se lembra do que
disse ou ouviu.
Estágio 2: ainda é um sono leve e dura de 10 a 20 minutos no primeiro ciclo de
sono; (50% do tempo total de sono). O EEG mostra fusos de sono e
ocasionalmente complexos K, ondas bifásicas de grande amplitude.
Estágios 3 e 4: o sono já é profundo e dura de 20 a 40 minutos no primeiro
ciclo de sono (20% do tempo total de sono).
TEORIAS BÁSICAS DO SONO
O Sono é Causado por um Processo Inibitório Ativo.
Uma das primeiras teorias sobre o sono postulava que as áreas excitatórias da parte superior
do tronco cerebral, o sistema ativador reticular, simplesmente se fatigavam durante o dia de
vigília, tornando-se em consequência inativas.
o Sono — Possível Papel Específico para a Serotonina
A estimulação de diversas áreas específicas do encéfalo pode produzir sono, com
características quase semelhantes ao sono natural. Algumas dessas áreas são as seguintes:
1. A área de estimulação mais conspícua para causar um sono quase natural compreende os
núcleos da rafe situados na metade inferior da ponte e no bulbo.
2. A estimulação de algumas áreas no núcleo do trato solitário também pode causar sono.
3. O sono pode ser promovido por estimulação de diversas regiões no diencéfalo, incluindo
(1) a parte rostral do hipotálamo, principalmente a área supraquiasmática; e (2) área
ocasional nos núcleos talâmicos de projeção difusa.
MECANISMO DO SONO
Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos mesencefálico e reticular
pontino superior ativador são liberados de sua inibição, o que permite que os
núcleos reticulares ativadores fiquem espontaneamente ativos. Essa atividade
espontânea, por sua vez, excita tanto o córtex cerebral, como o sistema nervoso
periférico e ambos mandam inúmeros sinais de feedback positivo de volta para
o mesmo núcleo reticular ativador para ativá-lo ainda mais. Consequentemente,
após o início do estado de vigília, ele tem tendência natural de se manter por si
só, devido a essa atividade de feedback positivo. Então, após o cérebro
permanecer ativado por muitas horas, os neurônios do sistema ativador
presumivelmente ficam fatigados. Por conseguinte, o ciclo de feedback positivo
entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex desaparece e os efeitos
promotores do sono, dos centros de sono, tomam conta, levando à transição
rápida da vigília de volta para o sono.
FUNÇÕES DO SONO
O sono causa dois tipos principais de efeitos fisiológicos:
primeiro, efeitos no sistema nervoso e, segundo, efeitos em
outros sistemas funcionais do corpo.
Sistema nervoso:
1. Maturação neural;
2. Facilitação do aprendizado e da memória;
3. Cognição;
4. Eliminação dos produtos metabólicos de resíduos
produzidos pela atividade nervosa no cérebro desperto;
5. Conservação de energia metabólica.
Referencias bibliograficas
• Guyton, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica.
Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.
• LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos
fundamentais de neurociência. Rio de Janeiro:
Atheneu, 2004. LENT, R. (Coord.) Neurociência da
mente e do comportamento. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.

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  • 2. CONTEUDOS • Conceito de Sono; • Conceito de Vigilia; • Tipos de Sono; • Estagios do sono; • Teorias do sono; • Mecanismos de sono.
  • 3. DEFINIÇÃO DO SONO E ALERTA Segundo o dicionario origem da palavra, 2024, sono vem do Latim somnus, “sono”, do Indo-Europeu swep-, “dormir”. Em termos fisiologicos o sono é definido como o estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou por outro estímulo. Deve ser distinguido do coma, que é estado de inconsciência do qual a pessoa não pode ser despertada. (Guyton & Hall, 2018). Vigilia: estado no qual respondemos facilmente aos estímulos sensoriais; a função cortical é operante (percepção, planejamento de movimentos voluntários, raciocínio, aprendizagem usando memória explicita, sentimento, etc.)
  • 4. TIPOS DE SONO Qualquer pessoa percorre estágios de dois tipos de sono, que se alternam um com o outro (Figura 60-1). Esses tipos são chamados: (1) sono com movimentos rápidos dos olhos (sono REM), no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a pessoa ainda estar dormindo; (2) sono de ondas lentas ou não REM (NREM), no qual as ondas cerebrais são fortes e de baixa frequência, como discutiremos adiante.
  • 5. Sono REM (Sono Paradoxal, Sono Dessincronizado) Esse tipo de sono é também chamado sono paradoxal, porque é um paradoxo em que a pessoa possa ainda estar. O eletroencefalograma (EEG) mostra padrão de ondas cerebrais semelhante ao que ocorre durante o estado de vigília. Em noite normal de sono, é comum que episódios de sono REM, durando de 5 a 30 minutos, apareçam em média a cada 90 minutos nos adultos jovens. A secreção de acetilcolina na formação reticular da porção superior do tronco cerebral pode causar o sono REM.
  • 6. Características Importantes do Sono REM 1. É a forma ativa de sono, geralmente associada a sonhos e a movimentos musculares corporais ativos. 2. É mais difícil despertar o indivíduo por estímulo sensorial do que durante o sono de ondas lentas. 3. O tônus muscular está excessivamente reduzido. 4. Comumente, as frequências cardíaca e respiratória ficam irregulares, o que é característica dos sonhos. 5. Apesar da inibição extrema dos músculos periféricos, movimentos musculares irregulares podem ocorrer. Isso acontece em superposição aos movimentos rápidos oculares. 6. O cérebro fica muito ativo no sono REM, e o metabolismo cerebral global pode estar aumentado por até 20%.
  • 7. Sono de Ondas Lentas ou Não REM (NREM) A maioria de nós pode entender as características do profundo sono de ondas lentas, lembrando da última vez em que ficamos acordados por mais do que 24 horas, e, então, o sono profundo que ocorreu durante a primeira hora após irmos dormir. Esse sono é excepcionalmente relaxante e está associado às diminuições do tônus vascular periférico e a muitas outras funções vegetativas do corpo.
  • 8. ESTAGIOS O SONO Estágio 1: Dura cerca de 5 minutos (5% do tempo total de sono) é muito leve. No EEG predominam as ondas α e o individuo está subconsciente, ie, com estado de consciência baixo; responde a perguntas mas não se lembra do que disse ou ouviu. Estágio 2: ainda é um sono leve e dura de 10 a 20 minutos no primeiro ciclo de sono; (50% do tempo total de sono). O EEG mostra fusos de sono e ocasionalmente complexos K, ondas bifásicas de grande amplitude. Estágios 3 e 4: o sono já é profundo e dura de 20 a 40 minutos no primeiro ciclo de sono (20% do tempo total de sono).
  • 9.
  • 10. TEORIAS BÁSICAS DO SONO O Sono é Causado por um Processo Inibitório Ativo. Uma das primeiras teorias sobre o sono postulava que as áreas excitatórias da parte superior do tronco cerebral, o sistema ativador reticular, simplesmente se fatigavam durante o dia de vigília, tornando-se em consequência inativas. o Sono — Possível Papel Específico para a Serotonina A estimulação de diversas áreas específicas do encéfalo pode produzir sono, com características quase semelhantes ao sono natural. Algumas dessas áreas são as seguintes: 1. A área de estimulação mais conspícua para causar um sono quase natural compreende os núcleos da rafe situados na metade inferior da ponte e no bulbo. 2. A estimulação de algumas áreas no núcleo do trato solitário também pode causar sono. 3. O sono pode ser promovido por estimulação de diversas regiões no diencéfalo, incluindo (1) a parte rostral do hipotálamo, principalmente a área supraquiasmática; e (2) área ocasional nos núcleos talâmicos de projeção difusa.
  • 11.
  • 12. MECANISMO DO SONO Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos mesencefálico e reticular pontino superior ativador são liberados de sua inibição, o que permite que os núcleos reticulares ativadores fiquem espontaneamente ativos. Essa atividade espontânea, por sua vez, excita tanto o córtex cerebral, como o sistema nervoso periférico e ambos mandam inúmeros sinais de feedback positivo de volta para o mesmo núcleo reticular ativador para ativá-lo ainda mais. Consequentemente, após o início do estado de vigília, ele tem tendência natural de se manter por si só, devido a essa atividade de feedback positivo. Então, após o cérebro permanecer ativado por muitas horas, os neurônios do sistema ativador presumivelmente ficam fatigados. Por conseguinte, o ciclo de feedback positivo entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex desaparece e os efeitos promotores do sono, dos centros de sono, tomam conta, levando à transição rápida da vigília de volta para o sono.
  • 13.
  • 14.
  • 15. FUNÇÕES DO SONO O sono causa dois tipos principais de efeitos fisiológicos: primeiro, efeitos no sistema nervoso e, segundo, efeitos em outros sistemas funcionais do corpo. Sistema nervoso: 1. Maturação neural; 2. Facilitação do aprendizado e da memória; 3. Cognição; 4. Eliminação dos produtos metabólicos de resíduos produzidos pela atividade nervosa no cérebro desperto; 5. Conservação de energia metabólica.
  • 16. Referencias bibliograficas • Guyton, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. • LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos fundamentais de neurociência. Rio de Janeiro: Atheneu, 2004. LENT, R. (Coord.) Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.