SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
O AMOR GERA A FÉ, A FÉ GERA O TESTEMUNHO
                             BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
                                                * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
                                   ANO: A, B e C – TEMPO LITÚRGICO: DOMINGO DA PÁSCOA – COR: BRANCO


I. INTRODUÇÃO GERAL                                                     ma: "Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o
                                                                        colocaram" (v. 2b).
1.   Anseios de vida nova, busca de um sentido para a
própria existência, medo da morte enquanto fracasso,                    b. Os dois discípulos: Corre mais quem ama mais (vv.
esperança do amor que tudo renova… tudo isso encontra                   3-8)
sua razão de ser na ressurreição de Jesus (Evangelho, Jo
20,1-9). Ela é o dinamismo que impulsiona a vida e ação                 6.    Também os dois discípulos representam a comuni-
dos que se comprometem com Cristo, de modo que se                       dade que não assimilou a morte de Jesus. O evangelista
atue hoje a prática de Jesus de Nazaré (1ª leitura, At                  dá a entender que a comunidade tinha se dispersado (cf.
10,34a.37-43). Essa prática exige discernimento, desa-                  16,32). Por isso Maria Madalena encontra os dois a sós.
pego, para que o cristão, ressuscitado com Cristo no                    A intenção de João é bem clara: a comunidade não sub-
Batismo, caminhe para a plena realização (2ª leitura, Cl                siste sem a vivência da fé em Cristo ressuscitado.
3,1-4). A ressurreição de Jesus é demonstração de como                  7.   Os dois discípulos são Simão Pedro e "aquele que
pode ser plena a vida de todos os cidadãos que se empe-                 Jesus amava". Eles saem correndo em direção ao túmulo.
nham em transformar nossa sociedade desigual.                           É uma verdadeira maratona. Quem corre mais? Quem
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS                                      chega em primeiro lugar? Certamente não é quem está
                                                                        em melhores condições físicas, e sim aquele que tem as
Evangelho (Jo 20,1-9): O amor gera a fé                                 autênticas disposições em correr. Em outros termos,
                                                                        quem ama corre mais e chega primeiro. De fato, o "outro
2.   O texto é um ensino sobre a ressurreição de Jesus,                 discípulo" não traz nome, mas um apelido: "aquele que
própria da comunidade em que nasceu o IV Evangelho.                     Jesus amava" (v. 2). Foi esse discípulo quem esteve per-
Com esse trecho, visa-se responder à pergunta: com que                  to de Jesus por ocasião do julgamento e da morte. Com
disposições deve o cristão encarar o túmulo vazio do                    isso, João mostra quais são as disposições do cristão em
domingo da Páscoa? Serão ainda necessários "sinais"                     relação à morte de Jesus. Mas isso não é tudo.
que suscitem a fé em Jesus? De fato, o trecho cita sete
vezes a palavra túmulo. É uma insistência martelante que   8.   O discípulo amado chega antes. "Abaixando-se, ele
provoca tomadas de posição. O texto pode ser dividido      viu os panos de linho estendidos, mas não entrou" (v. 5).
em três pequenas cenas: a. Maria Madalena junto ao         Ele percebe que há sinais de vida, mas ainda não alcança
túmulo e com os discípulos (vv. 1-2); b. Os dois discípu-  a plena compreensão do que aconteceu. Os panos de
los junto ao túmulo (vv. 3-8); c. Explicação da increduli- linho (e os perfumes) podem ser uma tênue referência à
dade (v. 9).                                               cama nupcial: para João e para o discípulo amado que
                                                           vê, o túmulo não é o lugar da morte, e sim do encontro
a. Maria Madalena: A comunidade que ainda não assi- do Senhor da vida com sua esposa, a comunidade.
milou a morte de Jesus (vv. 1-2)
                                                           9.   Chega Simão Pedro. O fato de deixar que Pedro
3.   A cena inicia com uma indicação de tempo, que não entre antes no túmulo é, da parte do discípulo amado, um
é mera datação formal: "No primeiro dia da semana". gesto de reconciliação e de amor, gesto que repete o de
Nesse primeiro dia da semana (domingo), iniciou-se a Jesus. O discípulo amado não se considera superior a
nova criação nascida da morte e ressurreição de Jesus.     Pedro pelo fato de ter estado perto de Jesus nas horas de
4.   Maria Madalena é figura simbólica. Representa a abandono, disposto a morrer com ele. Pedro entrou no
comunidade sem a perspectiva da fé, incapaz de assimi- túmulo, "viu os panos de linho estendidos, e o lenço que
lar a morte de Jesus. Ela é figura representativa de todos tinha estado sobre a cabeça de Jesus não estava com os
os que pensam que o túmulo seja o lugar do fracasso do panos de linho estendidos, mas estava dobrado num lu-
projeto de Deus. No v. 2 ela fala na primeira pessoa do gar à parte" (vv. 6b-7). A descrição da cena quer de-
plural ("não sabemos"), denotando que é figura represen- monstrar claramente que não houve violação de sepulcro
tativa de um todo. Já é de madrugada (nasceu o novo nem roubo de cadáver, pois os ladrões não se teriam
dia), mas para ela ainda é trevas. As trevas representam preocupado em dobrar o sudário.
o "mundo", a negação da vida, que não aderiu a Jesus                    10.  Aconteceu algo de inaudito que só o discípulo que
(1,5; 3,19; 6,17; 12,35). O gesto de Maria indo ao túmu-                ama é capaz de descobrir e tornar objeto de sua fé (v. 8):
lo sintetiza as buscas da comunidade cristã, ansiosa de                 Jesus não continuava prisioneiro das malhas da morte.
vida e amor, mas que às vezes os procura em lugar erra-                 Ele estava vivo. (Comparar a cena com a ressurreição de
do.                                                                     Lázaro, 11,44: "Desatai-o e deixai-o ir embora".)
5.   Diante da pedra rolada ela pensa em roubo de cadá- c. Explicação da incredulidade (v. 9)
ver. Para ela, a morte havia interrompido a vida, para
sempre. E o relato que faz aos dois discípulos o confir- 11. Pedro é figura representativa da comunidade que
                                                         ainda não fez o salto de qualidade para passar da dúvida
à fé. Por isso o evangelista lembra um texto da Escritura           tem seu fundamento no mandato de Jesus (v.
que diz: "Os teus mortos tornarão a viver, os teus cadá-            42a; cf. Mt 28,19-20; Mc 16,15; Lc 24,47-48).
veres ressurgirão… Porque Javé está para sair do seu
domicílio" (Is 26,19.21a).                                       • O conteúdo do testemunho cristão é o anúncio
                                                                   de que Jesus é o juiz dos vivos e dos mortos, ou
1ª leitura (At 10,34a.37-43): A fé em Cristo ressuscita-           seja, ele é o critério para sabermos se uma ação,
do gera o testemunho                                               como a de Pedro, vem de Deus ou não (v. 42b).
12.  No plano de Lucas, os Atos dos Apóstolos são a              • Cumpre-se assim o que foi anunciado pelos pro-
continuação do evangelho do mesmo autor. Neste, ele                fetas, isto é, Jesus é a realização cabal do projeto
relatou o caminho de Jesus; nos Atos, apresenta o cami-            de Deus. Quem adere a ele, pela fé, recebe o
nho da Igreja que procura reproduzir as palavras e ações           perdão dos pecados e passa a fazer parte do seu
do Cristo. A caminhada da Igreja é, portanto, o prolon-            povo (v. 43).
gamento da prática do Filho de Deus.
                                                             2ª leitura (Cl 3,1-4): Viver a ressurreição entre o já e o
13.   Em At 10 temos uma situação histórica nova para a ainda não
Igreja: a do contato com os gentios. O contato com os
pagãos era proibido pela legislação judaica. Quem con- 16. Paulo escreveu aos cristãos de Colossas provavel-
vivesse com eles tornava-se impuro.                          mente quando estava preso em Éfeso (anos 55-57) para
                                                             corrigir algumas teorias que admitiam uma série de seres
14.   Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema celestes, intermediários entre Deus e as pessoas. Esses
elitista, salientando o modo de ser Igreja. De fato, ele seres celestes comandariam o ritmo do universo, com-
está hospedado em casa de um curtidor de peles de nome prometendo assim a supremacia de Cristo.
Simão (pura coincidência de nomes, ou sinal de identifi-
cação com os marginalizados?). Os curtidores de peles 17. A carta aos Colossenses tem duas partes. A primei-
eram tidos como pessoas impuras por parte dos judeus. ra, além do endereço, saudação, ação de graças e súplica
Devia-se evitar o contato com tais pessoas.                  (1,1-14), é de caráter doutrinal e expositivo. É nela que
                                                             Paulo combate os erros infiltrados na comunidade (1,15-
15.   Cornélio, militar romano, vivia em Cesaréia, nos 2,23). A segunda parte é de caráter prático e exortativo,
confins do território judaico. Ele manda chamar Simão na qual o Apóstolo move os cristãos a serem coerentes
Pedro para que vá à sua casa. Pedro, portanto, leva a com o nome que trazem (3,1-4,1), seguida de notícias
comunidade cristã para fora do território judaico. No seu pessoais e saudações finais (4,2-18).
discurso na casa de Cornélio, salienta os seguintes pon-
tos:                                                         18.   O cristão, pelo batismo, condivide a sorte de Cristo
                                                             morto e ressuscitado (2,12). Cristo ressuscitado está à
      • Deus não faz distinção de pessoas. O novo povo direita de Deus, ou seja, é o Senhor universal (cf. Sl
          de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O 110). O cristão já participa dessa vida nova de Cristo,
          critério para ser povo de Deus é temê-lo e prati- mas ainda não plenamente, porque está neste mundo. A
          car a justiça (v. 34). Isso encontra seu fundamen- tarefa do cristão é pensar e procurar as coisas do alto.
          to na ação de Jesus de Nazaré, ao qual Deus un- Em outras palavras, trata-se de discernir o que é confor-
          giu com o Espírito Santo e com poder. A ação de me ou não ao projeto de Deus, ao qual o cristão está
          Jesus é sintetizada nas seguintes palavras: "Ele associado pelo batismo. Paulo contrapõe as coisas do
          andou por toda parte, fazendo o bem e curando alto às coisas da terra para alertar o cristão não avisado
          todos os que estavam dominados pelo demônio" do perigo que pode correr, levando uma vida ambígua
          (v. 38).                                           que não manifeste o Cristo ressuscitado. O cristão já
                                                             participa da vida de Cristo, mas o que ele deve fazer
      • A função da comunidade cristã é ser testemunha: concretamente ainda não é claro e exige discernimento
          anunciar e praticar o que Jesus fez (note-se que a constante, até que Cristo, pela prática dos cristãos, se
          palavra testemunhar aparece quatro vezes: vv. manifeste definitivamente, levando as pessoas à plena
          39.40.42.43). A função da comunidade cristã comunhão com ele.

                                         III. PISTAS PARA REFLEXÃO
      19.  O amor gera a fé na ressurreição de Cristo. Comunidade sem fé não é comunidade cristã (evan-
      gelho, Jo 20,1-9). O que significa ser discípulo amado em nossos dias? Como testemunhar a ressur-
      reição de Cristo em meio a uma sociedade marcada por sinais de morte e opressão?
      20. A fé em Cristo ressuscitado suscita o testemunho. Ser cristão é fazer o que Jesus fez (1ª leitura,
      At 10,34a.37-43). Nossas comunidades têm a coragem de Pedro "que se hospeda na casa de um im-
      puro e convive com ele"?
      21.  O cristão vive na tensão entre o já pertencer a Cristo e o ainda não estar com ele definitivamente
      (2ª leitura, Cl 3,1-4). Daí nasce a práxis para um mundo melhor.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Comentário: 2° domingo de pascoa
Comentário: 2° domingo de pascoaComentário: 2° domingo de pascoa
Comentário: 2° domingo de pascoaJosé Lima
 
44 1, 2 e 3 joão
44  1, 2 e 3 joão44  1, 2 e 3 joão
44 1, 2 e 3 joãoPIB Penha
 
37 1 e 2 tessalonicenses
37  1 e 2 tessalonicenses37  1 e 2 tessalonicenses
37 1 e 2 tessalonicensesPIB Penha
 
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano AJosé Lima
 
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano AComentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano AJosé Lima
 
32 i e ii corintios
32  i e ii corintios32  i e ii corintios
32 i e ii corintiosPIB Penha
 
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano BComentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano BJosé Lima
 
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano AComentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano AJosé Lima
 
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano A
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano AComentário: 1° Domingo do Advento - Ano A
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano AJosé Lima
 
De volta para jerusalém sermão lançamento reencontro
De volta para jerusalém   sermão lançamento reencontroDe volta para jerusalém   sermão lançamento reencontro
De volta para jerusalém sermão lançamento reencontroPauloRoberto71714
 
Epístolas gerais - aula 1
Epístolas gerais - aula 1Epístolas gerais - aula 1
Epístolas gerais - aula 1Moisés Sampaio
 
Polígrafo sobre as palavras da institução.doc
Polígrafo sobre as palavras da institução.docPolígrafo sobre as palavras da institução.doc
Polígrafo sobre as palavras da institução.docRicardo Cassen
 
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano B
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano BComentário: Ascensão do Senhor - Ano B
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano BJosé Lima
 

Mais procurados (20)

Comentário: 2° domingo de pascoa
Comentário: 2° domingo de pascoaComentário: 2° domingo de pascoa
Comentário: 2° domingo de pascoa
 
44 1, 2 e 3 joão
44  1, 2 e 3 joão44  1, 2 e 3 joão
44 1, 2 e 3 joão
 
29 joão
29 joão29 joão
29 joão
 
37 1 e 2 tessalonicenses
37  1 e 2 tessalonicenses37  1 e 2 tessalonicenses
37 1 e 2 tessalonicenses
 
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano AComentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano A
Comentário: 2° Domingo do Tempo Comum - Ano A
 
34 efésios
34 efésios34 efésios
34 efésios
 
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano AComentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano A
 
32 i e ii corintios
32  i e ii corintios32  i e ii corintios
32 i e ii corintios
 
Boletim cbg n°_32_10_ag_2014
Boletim cbg n°_32_10_ag_2014Boletim cbg n°_32_10_ag_2014
Boletim cbg n°_32_10_ag_2014
 
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano BComentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 3º Domingo da Páscoa - Ano B
 
Visão Panorâmica - Apocalipse
Visão Panorâmica - ApocalipseVisão Panorâmica - Apocalipse
Visão Panorâmica - Apocalipse
 
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano AComentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano A
Comentário: 3° Domingo da Pascoa - Ano A
 
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano A
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano AComentário: 1° Domingo do Advento - Ano A
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano A
 
42 1 pedro
42 1 pedro42 1 pedro
42 1 pedro
 
De volta para jerusalém sermão lançamento reencontro
De volta para jerusalém   sermão lançamento reencontroDe volta para jerusalém   sermão lançamento reencontro
De volta para jerusalém sermão lançamento reencontro
 
Epístolas gerais - aula 1
Epístolas gerais - aula 1Epístolas gerais - aula 1
Epístolas gerais - aula 1
 
Polígrafo sobre as palavras da institução.doc
Polígrafo sobre as palavras da institução.docPolígrafo sobre as palavras da institução.doc
Polígrafo sobre as palavras da institução.doc
 
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano B
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano BComentário: Ascensão do Senhor - Ano B
Comentário: Ascensão do Senhor - Ano B
 
Panorama do NT - 1Pedro
Panorama do NT - 1PedroPanorama do NT - 1Pedro
Panorama do NT - 1Pedro
 
Hebreus
HebreusHebreus
Hebreus
 

Destaque

Tabela Pernambucano Feminino 2015
Tabela Pernambucano Feminino 2015Tabela Pernambucano Feminino 2015
Tabela Pernambucano Feminino 2015FPF PE
 
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou Errada
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou ErradaEstudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou Errada
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou ErradaUnção Do Crescimento
 
35 sessions web síntesis
35 sessions web síntesis35 sessions web síntesis
35 sessions web síntesisJordi Graells
 
Calendário de pagamento jaboatão
Calendário de pagamento   jaboatãoCalendário de pagamento   jaboatão
Calendário de pagamento jaboatãoFolha de Pernambuco
 
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)Cleiton Cunha
 
Apostila anvisa03
Apostila anvisa03Apostila anvisa03
Apostila anvisa03UFRPE
 
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...carlamltavares
 
O mundo do resseguro estruturado
O mundo do resseguro estruturadoO mundo do resseguro estruturado
O mundo do resseguro estruturadoEditora Roncarati
 
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borges
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre BorgesEdital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borges
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borgesblog2012
 
Articulação do Território - Transporte Ferroviário
Articulação do Território - Transporte FerroviárioArticulação do Território - Transporte Ferroviário
Articulação do Território - Transporte FerroviárioFelipe F. Rocha
 
Ficha370
Ficha370Ficha370
Ficha3707f14_15
 

Destaque (20)

Tabela Pernambucano Feminino 2015
Tabela Pernambucano Feminino 2015Tabela Pernambucano Feminino 2015
Tabela Pernambucano Feminino 2015
 
Semáforo 13 de maio
Semáforo 13 de maioSemáforo 13 de maio
Semáforo 13 de maio
 
2ª eliminatoria classificacao 2ºciclo
2ª eliminatoria classificacao 2ºciclo2ª eliminatoria classificacao 2ºciclo
2ª eliminatoria classificacao 2ºciclo
 
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou Errada
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou ErradaEstudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou Errada
Estudo da Semana - Celebrando a Páscoa da Maneira Certa ou Errada
 
35 sessions web síntesis
35 sessions web síntesis35 sessions web síntesis
35 sessions web síntesis
 
Calendário de pagamento jaboatão
Calendário de pagamento   jaboatãoCalendário de pagamento   jaboatão
Calendário de pagamento jaboatão
 
7
77
7
 
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)
Lista de exercicios ASO 1 (1ª Unidade)
 
Entrevista - Secretário da Educação José Clóvis de Azevedo.
Entrevista - Secretário da Educação José Clóvis de Azevedo.Entrevista - Secretário da Educação José Clóvis de Azevedo.
Entrevista - Secretário da Educação José Clóvis de Azevedo.
 
Apresentação11
Apresentação11Apresentação11
Apresentação11
 
Apostila anvisa03
Apostila anvisa03Apostila anvisa03
Apostila anvisa03
 
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...
Ambientes virtuais de aprendizagem, redes de aprendizagem e comunidades de pr...
 
Ppt6 f.pptm [autoguardado]
Ppt6 f.pptm [autoguardado]Ppt6 f.pptm [autoguardado]
Ppt6 f.pptm [autoguardado]
 
O mundo do resseguro estruturado
O mundo do resseguro estruturadoO mundo do resseguro estruturado
O mundo do resseguro estruturado
 
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borges
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre BorgesEdital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borges
Edital de Atribuição - EMEF R Gil Alexandre Borges
 
Articulação do Território - Transporte Ferroviário
Articulação do Território - Transporte FerroviárioArticulação do Território - Transporte Ferroviário
Articulação do Território - Transporte Ferroviário
 
Apresentação7
Apresentação7Apresentação7
Apresentação7
 
Cartaz formação[final]
Cartaz formação[final]Cartaz formação[final]
Cartaz formação[final]
 
Ficha370
Ficha370Ficha370
Ficha370
 
Editalsenaipetrolina
EditalsenaipetrolinaEditalsenaipetrolina
Editalsenaipetrolina
 

Semelhante a A fé na ressurreição gera o testemunho cristão

Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e CComentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e CJosé Lima
 
Exaltacao da cruz de cristo ano a - 2014
Exaltacao da cruz de cristo   ano a - 2014Exaltacao da cruz de cristo   ano a - 2014
Exaltacao da cruz de cristo ano a - 2014José Lima
 
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano c
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano cRoteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano c
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano cJosé Luiz Silva Pinto
 
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptx
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptxsobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptx
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptxDiego Rocha
 
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano BComentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano BJosé Lima
 
Sobre o Apóstolo Pedro.pptx
Sobre o Apóstolo Pedro.pptxSobre o Apóstolo Pedro.pptx
Sobre o Apóstolo Pedro.pptxPriscila Puga
 
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)leniogravacoes
 
Escatologia bíblica
Escatologia bíblicaEscatologia bíblica
Escatologia bíblicaMarcos Kinho
 
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS Isaura Miike
 
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano C
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano CComentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano C
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano CJosé Lima
 
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semana
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semanaRetiro do Advento_Parte 3_primeira semana
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semanaCris Simoni
 
Lição 3 A igreja do amor esquecido
Lição 3 A igreja do amor esquecidoLição 3 A igreja do amor esquecido
Lição 3 A igreja do amor esquecidoJose Ventura
 

Semelhante a A fé na ressurreição gera o testemunho cristão (20)

Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e CComentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pascoa - Ano A, B e C
 
Exaltacao da cruz de cristo ano a - 2014
Exaltacao da cruz de cristo   ano a - 2014Exaltacao da cruz de cristo   ano a - 2014
Exaltacao da cruz de cristo ano a - 2014
 
Jesus cristo
Jesus cristoJesus cristo
Jesus cristo
 
Páscoa
Páscoa Páscoa
Páscoa
 
27 marcos
27 marcos27 marcos
27 marcos
 
P1301 a vida _venceu_a_morte
P1301 a vida _venceu_a_morteP1301 a vida _venceu_a_morte
P1301 a vida _venceu_a_morte
 
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano c
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano cRoteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano c
Roteiro homilético do domingo de páscoa da ressurreição ano c
 
A igreja que eu quero ser
A igreja que eu quero serA igreja que eu quero ser
A igreja que eu quero ser
 
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptx
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptxsobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptx
sobreoapstolopedro-230311194103-48d2ce6b.pptx
 
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano BComentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano B
Comentário: 4º Domingo da Páscoa - Ano B
 
Sobre o Apóstolo Pedro.pptx
Sobre o Apóstolo Pedro.pptxSobre o Apóstolo Pedro.pptx
Sobre o Apóstolo Pedro.pptx
 
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)
COMENTARIO BIBLICO2 joão (moody)
 
Escatologia bíblica
Escatologia bíblicaEscatologia bíblica
Escatologia bíblica
 
A vida venceu a morte
A vida venceu a morteA vida venceu a morte
A vida venceu a morte
 
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS
PÁSCOA - RESSURREIÇÃO DE JESUS
 
Páscoa
PáscoaPáscoa
Páscoa
 
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano C
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano CComentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano C
Comentário: 3° Domingo de Pascoa - Ano C
 
A Vida venceu a morte
A Vida venceu a morteA Vida venceu a morte
A Vida venceu a morte
 
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semana
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semanaRetiro do Advento_Parte 3_primeira semana
Retiro do Advento_Parte 3_primeira semana
 
Lição 3 A igreja do amor esquecido
Lição 3 A igreja do amor esquecidoLição 3 A igreja do amor esquecido
Lição 3 A igreja do amor esquecido
 

Último

As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...MiltonCesarAquino1
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 

Último (17)

As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 

A fé na ressurreição gera o testemunho cristão

  • 1. O AMOR GERA A FÉ, A FÉ GERA O TESTEMUNHO BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A, B e C – TEMPO LITÚRGICO: DOMINGO DA PÁSCOA – COR: BRANCO I. INTRODUÇÃO GERAL ma: "Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram" (v. 2b). 1. Anseios de vida nova, busca de um sentido para a própria existência, medo da morte enquanto fracasso, b. Os dois discípulos: Corre mais quem ama mais (vv. esperança do amor que tudo renova… tudo isso encontra 3-8) sua razão de ser na ressurreição de Jesus (Evangelho, Jo 20,1-9). Ela é o dinamismo que impulsiona a vida e ação 6. Também os dois discípulos representam a comuni- dos que se comprometem com Cristo, de modo que se dade que não assimilou a morte de Jesus. O evangelista atue hoje a prática de Jesus de Nazaré (1ª leitura, At dá a entender que a comunidade tinha se dispersado (cf. 10,34a.37-43). Essa prática exige discernimento, desa- 16,32). Por isso Maria Madalena encontra os dois a sós. pego, para que o cristão, ressuscitado com Cristo no A intenção de João é bem clara: a comunidade não sub- Batismo, caminhe para a plena realização (2ª leitura, Cl siste sem a vivência da fé em Cristo ressuscitado. 3,1-4). A ressurreição de Jesus é demonstração de como 7. Os dois discípulos são Simão Pedro e "aquele que pode ser plena a vida de todos os cidadãos que se empe- Jesus amava". Eles saem correndo em direção ao túmulo. nham em transformar nossa sociedade desigual. É uma verdadeira maratona. Quem corre mais? Quem II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS chega em primeiro lugar? Certamente não é quem está em melhores condições físicas, e sim aquele que tem as Evangelho (Jo 20,1-9): O amor gera a fé autênticas disposições em correr. Em outros termos, quem ama corre mais e chega primeiro. De fato, o "outro 2. O texto é um ensino sobre a ressurreição de Jesus, discípulo" não traz nome, mas um apelido: "aquele que própria da comunidade em que nasceu o IV Evangelho. Jesus amava" (v. 2). Foi esse discípulo quem esteve per- Com esse trecho, visa-se responder à pergunta: com que to de Jesus por ocasião do julgamento e da morte. Com disposições deve o cristão encarar o túmulo vazio do isso, João mostra quais são as disposições do cristão em domingo da Páscoa? Serão ainda necessários "sinais" relação à morte de Jesus. Mas isso não é tudo. que suscitem a fé em Jesus? De fato, o trecho cita sete vezes a palavra túmulo. É uma insistência martelante que 8. O discípulo amado chega antes. "Abaixando-se, ele provoca tomadas de posição. O texto pode ser dividido viu os panos de linho estendidos, mas não entrou" (v. 5). em três pequenas cenas: a. Maria Madalena junto ao Ele percebe que há sinais de vida, mas ainda não alcança túmulo e com os discípulos (vv. 1-2); b. Os dois discípu- a plena compreensão do que aconteceu. Os panos de los junto ao túmulo (vv. 3-8); c. Explicação da increduli- linho (e os perfumes) podem ser uma tênue referência à dade (v. 9). cama nupcial: para João e para o discípulo amado que vê, o túmulo não é o lugar da morte, e sim do encontro a. Maria Madalena: A comunidade que ainda não assi- do Senhor da vida com sua esposa, a comunidade. milou a morte de Jesus (vv. 1-2) 9. Chega Simão Pedro. O fato de deixar que Pedro 3. A cena inicia com uma indicação de tempo, que não entre antes no túmulo é, da parte do discípulo amado, um é mera datação formal: "No primeiro dia da semana". gesto de reconciliação e de amor, gesto que repete o de Nesse primeiro dia da semana (domingo), iniciou-se a Jesus. O discípulo amado não se considera superior a nova criação nascida da morte e ressurreição de Jesus. Pedro pelo fato de ter estado perto de Jesus nas horas de 4. Maria Madalena é figura simbólica. Representa a abandono, disposto a morrer com ele. Pedro entrou no comunidade sem a perspectiva da fé, incapaz de assimi- túmulo, "viu os panos de linho estendidos, e o lenço que lar a morte de Jesus. Ela é figura representativa de todos tinha estado sobre a cabeça de Jesus não estava com os os que pensam que o túmulo seja o lugar do fracasso do panos de linho estendidos, mas estava dobrado num lu- projeto de Deus. No v. 2 ela fala na primeira pessoa do gar à parte" (vv. 6b-7). A descrição da cena quer de- plural ("não sabemos"), denotando que é figura represen- monstrar claramente que não houve violação de sepulcro tativa de um todo. Já é de madrugada (nasceu o novo nem roubo de cadáver, pois os ladrões não se teriam dia), mas para ela ainda é trevas. As trevas representam preocupado em dobrar o sudário. o "mundo", a negação da vida, que não aderiu a Jesus 10. Aconteceu algo de inaudito que só o discípulo que (1,5; 3,19; 6,17; 12,35). O gesto de Maria indo ao túmu- ama é capaz de descobrir e tornar objeto de sua fé (v. 8): lo sintetiza as buscas da comunidade cristã, ansiosa de Jesus não continuava prisioneiro das malhas da morte. vida e amor, mas que às vezes os procura em lugar erra- Ele estava vivo. (Comparar a cena com a ressurreição de do. Lázaro, 11,44: "Desatai-o e deixai-o ir embora".) 5. Diante da pedra rolada ela pensa em roubo de cadá- c. Explicação da incredulidade (v. 9) ver. Para ela, a morte havia interrompido a vida, para sempre. E o relato que faz aos dois discípulos o confir- 11. Pedro é figura representativa da comunidade que ainda não fez o salto de qualidade para passar da dúvida
  • 2. à fé. Por isso o evangelista lembra um texto da Escritura tem seu fundamento no mandato de Jesus (v. que diz: "Os teus mortos tornarão a viver, os teus cadá- 42a; cf. Mt 28,19-20; Mc 16,15; Lc 24,47-48). veres ressurgirão… Porque Javé está para sair do seu domicílio" (Is 26,19.21a). • O conteúdo do testemunho cristão é o anúncio de que Jesus é o juiz dos vivos e dos mortos, ou 1ª leitura (At 10,34a.37-43): A fé em Cristo ressuscita- seja, ele é o critério para sabermos se uma ação, do gera o testemunho como a de Pedro, vem de Deus ou não (v. 42b). 12. No plano de Lucas, os Atos dos Apóstolos são a • Cumpre-se assim o que foi anunciado pelos pro- continuação do evangelho do mesmo autor. Neste, ele fetas, isto é, Jesus é a realização cabal do projeto relatou o caminho de Jesus; nos Atos, apresenta o cami- de Deus. Quem adere a ele, pela fé, recebe o nho da Igreja que procura reproduzir as palavras e ações perdão dos pecados e passa a fazer parte do seu do Cristo. A caminhada da Igreja é, portanto, o prolon- povo (v. 43). gamento da prática do Filho de Deus. 2ª leitura (Cl 3,1-4): Viver a ressurreição entre o já e o 13. Em At 10 temos uma situação histórica nova para a ainda não Igreja: a do contato com os gentios. O contato com os pagãos era proibido pela legislação judaica. Quem con- 16. Paulo escreveu aos cristãos de Colossas provavel- vivesse com eles tornava-se impuro. mente quando estava preso em Éfeso (anos 55-57) para corrigir algumas teorias que admitiam uma série de seres 14. Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema celestes, intermediários entre Deus e as pessoas. Esses elitista, salientando o modo de ser Igreja. De fato, ele seres celestes comandariam o ritmo do universo, com- está hospedado em casa de um curtidor de peles de nome prometendo assim a supremacia de Cristo. Simão (pura coincidência de nomes, ou sinal de identifi- cação com os marginalizados?). Os curtidores de peles 17. A carta aos Colossenses tem duas partes. A primei- eram tidos como pessoas impuras por parte dos judeus. ra, além do endereço, saudação, ação de graças e súplica Devia-se evitar o contato com tais pessoas. (1,1-14), é de caráter doutrinal e expositivo. É nela que Paulo combate os erros infiltrados na comunidade (1,15- 15. Cornélio, militar romano, vivia em Cesaréia, nos 2,23). A segunda parte é de caráter prático e exortativo, confins do território judaico. Ele manda chamar Simão na qual o Apóstolo move os cristãos a serem coerentes Pedro para que vá à sua casa. Pedro, portanto, leva a com o nome que trazem (3,1-4,1), seguida de notícias comunidade cristã para fora do território judaico. No seu pessoais e saudações finais (4,2-18). discurso na casa de Cornélio, salienta os seguintes pon- tos: 18. O cristão, pelo batismo, condivide a sorte de Cristo morto e ressuscitado (2,12). Cristo ressuscitado está à • Deus não faz distinção de pessoas. O novo povo direita de Deus, ou seja, é o Senhor universal (cf. Sl de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O 110). O cristão já participa dessa vida nova de Cristo, critério para ser povo de Deus é temê-lo e prati- mas ainda não plenamente, porque está neste mundo. A car a justiça (v. 34). Isso encontra seu fundamen- tarefa do cristão é pensar e procurar as coisas do alto. to na ação de Jesus de Nazaré, ao qual Deus un- Em outras palavras, trata-se de discernir o que é confor- giu com o Espírito Santo e com poder. A ação de me ou não ao projeto de Deus, ao qual o cristão está Jesus é sintetizada nas seguintes palavras: "Ele associado pelo batismo. Paulo contrapõe as coisas do andou por toda parte, fazendo o bem e curando alto às coisas da terra para alertar o cristão não avisado todos os que estavam dominados pelo demônio" do perigo que pode correr, levando uma vida ambígua (v. 38). que não manifeste o Cristo ressuscitado. O cristão já participa da vida de Cristo, mas o que ele deve fazer • A função da comunidade cristã é ser testemunha: concretamente ainda não é claro e exige discernimento anunciar e praticar o que Jesus fez (note-se que a constante, até que Cristo, pela prática dos cristãos, se palavra testemunhar aparece quatro vezes: vv. manifeste definitivamente, levando as pessoas à plena 39.40.42.43). A função da comunidade cristã comunhão com ele. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 19. O amor gera a fé na ressurreição de Cristo. Comunidade sem fé não é comunidade cristã (evan- gelho, Jo 20,1-9). O que significa ser discípulo amado em nossos dias? Como testemunhar a ressur- reição de Cristo em meio a uma sociedade marcada por sinais de morte e opressão? 20. A fé em Cristo ressuscitado suscita o testemunho. Ser cristão é fazer o que Jesus fez (1ª leitura, At 10,34a.37-43). Nossas comunidades têm a coragem de Pedro "que se hospeda na casa de um im- puro e convive com ele"? 21. O cristão vive na tensão entre o já pertencer a Cristo e o ainda não estar com ele definitivamente (2ª leitura, Cl 3,1-4). Daí nasce a práxis para um mundo melhor.