Tema do Domingo de Páscoa - Ano C
A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem nunca ser geradores de vida nova; e o discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta – a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira.
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo Baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última fronteira da nossa finitude.
2. Hoje celebramos
a FESTA DA VIDA...
O túmulo
está vazio...
Cristo está vivo
para sempre.
Como Madalena,
Pedro e João,
nós professamos
a fé no Senhor
ressuscitado.
As Leituras
aprofundam
o sentido desse
acontecimento
3. Na 1ª leitura,
temos
o testemunho e
a catequese de Pedro
em Cesareia,
na casa do centurião
romano Cornélio.
(At 10,34.37-43)
Ele expõe o essencial
da fé ("Kerigma")
e batiza Cornélio
e toda a sua família.
O episódio é importante
porque é o primeiro pagão
a ser admitido ao cristianismo
por um dos Doze.
4. KERIGMA é um resumo
da Mensagem cristã,
que leva à aceitação de Cristo e
da sua mensagem, através do Batismo:
Pedro começa evocando
os momentos principais
da vida de Jesus.
por anunciar Jesus
como "o ungido", que
tem o poder de Deus;
* depois, descreve
a atividade de Jesus,
que "passou fazendo
o bem e curando todos
os oprimidos";
5. * em seguida, dá
testemunho da morte
de Jesus na cruz
e da sua Ressurreição;
* finalmente, Pedro
tira as conclusões
de tudo isto:
"quem acredita nele,
recebe, pelo seu nome,
a remissão
dos pecados".
* Os discípulos
são chamados a ser
TESTEMUNHAS
da Ressurreição,
da Vitória da vida
sobre a morte...
6. Na 2ª Leitura,
temos o testemunho
de Paulo.
O Batismo
nos introduz
na comunhão com
Cristo Ressuscitado.
* Nossa vida deve
ser uma caminhada
coerente com essa
vida nova:
"Se ressuscitastes
com Cristo, buscai
as coisas do alto…"
(Cl 3,1-4)
7. No Evangelho, seguidores de Cristo procuram o Ressuscitado
e são convidados a manifestar a sua fé nele. (Jo 20,1-9)
- Maria Madalena, no "primeiro dia da semana" (ou de um novo
tempo), ainda "no escuro" procura no túmulo o Cristo morto.
No túmulo vazio, pensa que haviam roubado o corpo do Senhor.
8. Mas quando
ela o encontra,
a fé desponta
em seu coração.
* Ela representa
a nova comunidade,
que inicialmente
acredita
que a morte
triunfou e vai
procurar Jesus
morto no sepulcro.
Diante do sepulcro
vazio, percebe que
a morte não venceu
e que Jesus
continua vivo.
9. - Pedro,
para quem a morte
significava fracasso,
recusava aceitar que
a vida nova passasse
pela humilhação da cruz.
Para ele a Ressurreição
de Jesus era
uma hipótese absurda
e sem sentido.
Ele viu o túmulo vazio
e os panos dobrados...
Mas continuou
"no escuro":
"Viu e não creu".
* Ele representa
o discípulo que tem
dificuldade em aceitar
que a vida nova passe
pela humilhação da cruz.
10. "O Discípulo que
Jesus amava" (João),
diante do sepulcro vazio,
compreende os sinais
e percebe que a morte
não pôs fim à vida.
Jesus está vivo.
Ele "viu e acreditou".
É a primeira profissão
de fé na Ressurreição.
* Ele representa
o "discípulo ideal",
que está em sintonia
total com Jesus.
É o paradigma do homem
novo recriado por Jesus.
O "Amor" conduz o discípulo
pelo itinerário da fé...
11. * Por que não
tem nome?
Para que cada
um de nós possa
incluir o seu nome
e compreender o que
deve fazer para ser
como Jesus quer.
- E nós conseguimos
ver apenas os sinais
de morte como Pedro,
ou sabemos descobrir
os sinais
da Ressurreição?
12. - As Mulheres:
abandonam depressa
o lugar da morte e correm
para anunciar aos irmãos
que Cristo está vivo.
* Representam os que
acreditam na vitória
da vida e testemunham
aos seus irmãos essa fé.
- Os Guardas: deixam-se
corromper pelo dinheiro.
Simbolizam os que, por amor
aos bens desse mundo,
preferem mais a mentira
do que a Verdade,
mais a morte do que a Vida.
13. É o maior acontecimento celebrado pela Igreja, na Liturgia.
Mas a Páscoa não é apenas um FATO PASSADO...
Cada festa Pascal é um novo apelo de Deus,
que nos convida a morrermos com Cristo,
a nos separarmos do homem velho do pecado,
a fim de nos revestirmos do homem novo e
ressurgir para uma vida nova na graça e na santidade.
Páscoa:
14. - A Páscoa não é
só UM DIA DO ANO...
É um processo
permanente que deve
acontecer dentro de nós.
Todos os dias o cristão
celebra a Páscoa,
quando combate
o homem velho do pecado,
para se revestir do
homem novo, em Cristo.
TODO DOMINGO,
revivendo os mistérios
pascais na Eucaristia,
deve ser um momento
forte dessa Páscoa,
que parece não ter fim...
15. Prezado irmão, desejo-lhe uma FELIZ PÁSCOA...
não é a de um Cristo morto, perdido no passado,
mas sim de um Cristo vivo, glorioso, atual,
que faz vibrar o seu coração e
dar um sentido novo ao seu viver...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS- 17.04.2022
16. MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus
Meditada por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
Ilustração: Nelso Geraldo Ferronatto
• Música: Jesus Cristo nossa Páscoa
• Ir. Míria T Kolling
• Paulinas COMEP
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