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JOHN RAWLS
Sociedade Justa e a Justiça como Equidade
LeonorSousa nº6 11ºE
• Nasceu nos Estados Unidos da América e foi professor de filosofia política e social
na Universidade de Harvard.
• Foi uma das personalidades de maior destaque da filosofia política na segunda
metade do século XX,
• A ligação da sua mãe a movimentos feministas fez como que este filósofo, desde
cedo, constatasse as desigualdades económicas e sociais da sociedade norte-
americana.
• A sua obra « Uma Teoria da Justiça ». Jonh Rawls opõe-se vivamente ao
utilitarismo clássico e desenvolve uma teoria sistemática e global de justiça.
John Rawls (1921-2002)
• Como é possível construir uma sociedade justa?
• Como deve uma sociedade justa distribuir os seus bens pelos diferentes
cidadãos?
• Qual a forma mais correta e ética de fazer essa distribuição?
Quais as questões sociais a que esta Teoria de Rawls
pretende responder?
• Contratualismo: estabelecimento de um contrato social tendo em vista a
pessoa como um fim em si mesmo e não como um meio para esse fim,
estando subjacente a influência Kantiana neste contexto e a oposição deste
filósofo ao utilitarismo.
• Os princípios de justiça definidos a partir da posição original deverão ser
equitativos, formando a base desse contrato e surgem da eleição racional e
voluntária de todos os atores sociais.
• Uma conceção de justiça pública e aceite por todos os envolvidos constituirá
uma sociedade humana justa e bem organizada (primado da justiça).
Base da Conceção da Teoria de Rawls
• Uma sociedade justa implica ser regida por princípios justos.
• A implementação dos princípios justos será feita por decisões racionais
universais.
• Justiça Social: igualdade de direitos e liberdades entre o povo.
• «Numa sociedade justa os direitos garantidos pela justiça não estão
dependentes da negociação política ou do cálculo dos interesses sociais».
Base da Conceção da Teoria de Rawls
• São definidos pela posição original que corresponde a uma situação
hipotética e imaginária dum cenário social sem instituições e em que todos
sem exceção são iguais e não sabem qual o seu lugar na sociedade (véu da
ignorância).
• Neste contexto do véu da ignorância os sujeitos colocados na posição
original estão aptos a formalizar um contrato/acordo hipotético e decidir
racional e imparcialmente os princípios de justiça rumo ao bem-comum e
sem egoísmos e preconceitos.
Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
• Em suma:
 A posição original é a base do contrato/acordo hipotético.
 Este contrato pressupõe que todas pessoas estejam em situação de igualdade.
 O véu da ignorância conduz à imparcialidade pois não permite quaisquer situações injustas;
 O véu da ignorância garante equidade e universalidade:
• Como os atores sociais desconhecem todas as suas características naturais individuais e
condições económicas e sociais em que estão ou virão a estar, vão procurar proteger o seu
próprio interesse que nestas circunstâncias é o interesse de todos também.
Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
• Em suma:
• Os princípios de justiça nascerão:
o da eleição racional e voluntária dos atores sociais em situação de absoluta
equidade e cooperação onde se definem direitos e divisão equitativa dos
bens primários (rendimentos, liberdade, dignidade e oportunidades).
• Os princípios justos partem da estratégia maximin que significa maximizar o
mínimo, ou seja considerando, por hipótese, o pior cenário possível faculta-se as
melhores condições possíveis para os mais necessitados da sociedade (princípio
racional de escolha).
Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
A partir da posição original são definidos racionalmente dois princípios, o da liberdade
e o da igualdade:
Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da Igualdade
• Princípio da Liberdade: Todas as pessoas têm o
direito às liberdades básicas o qual deve ser igual para
todos. Exige-se a igualdade na atribuição de direitos e
deveres.
• Exemplos de liberdades básicas: a liberdade de
expressão, a liberdade religiosa, a liberdade de
associação, a liberdade de voto.
• Princípio da Igualdade: Igualdade social e política e estipula os limites da
desigualdade justa.
• Este princípio subdivide-se, por sua vez, nos princípios da diferença e da
oportunidade justa.
• De acordo com John Rawls, estes princípios determinariam uma sociedade
justa construída de modo racional e imparcial.
Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da
Igualdade
• Princípio da Diferença: consagra que as desigualdades sociais e
económicas só devem ser toleradas se constituírem um maior benefício
para os mais desfavorecidos. Por exemplo, o pagamento de impostos será
um meio de redistribuir a maior riqueza de uns em benefício de todos.
• Princípio da Oportunidade Justa: consagra que as desigualdades sociais
e económicas a nível do meio laboral só devem ser toleradas se os
trabalhos, funções ou cargos, estiverem disponíveis para todos no mesmo
contexto de igualdade e de oportunidades equitativas.
Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da
Igualdade
• Segundo Rawls, em caso de conflito entre o princípio de liberdade e o
princípio de igualdade, o primeiro ( das liberdades básicas), deverá
ser sempre prioritário.
• Neste contexto, Rawls opõe-se completamente aos sistemas totalitários.
• Relativamente ao segundo princípio, o da igualdade, este filósofo
também defende que o princípio da oportunidade justa deverá ser
prioritário relativamente ao princípio da diferença.
Hierarquia dos Princípios de Justiça
• Segundo Rawls, em caso de conflito entre o princípio de liberdade e o
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ser sempre prioritário.
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também defende que o princípio da oportunidade justa deverá ser
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• Exemplo: segundo Rawls, a escravatura é inaceitável pois é oposta ao
princípio de liberdade, mesmo que por hipótese pudesse dar melhores
condições de vida aos escravos (ter um abrigo e comida) do que se estes
estivessem em liberdade.
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estivessem em liberdade.
• «Cada pessoa beneficia de uma inviolabilidade que decorre da justiça, a
qual nem sequer em benefício do bem-estar da sociedade como um todo
poderá ser eliminada» - J. Rawls, Uma teoria da Justiça, Presença, 2001.
Hierarquia dos Princípios de Justiça
Objeções à Teoria de Rawls
• A teoria da justiça de Rawls é alvo de objeções, tais como:
• Incentivo: terão as pessoas mais competentes e talentosas motivação para
trabalhar mais e progredir se só podem beneficiar dos seus talentos em favor
dos mais desfavorecidos?
• Mérito/Empenho: Quem mais se esforça não deverá ser reconhecido e
usufruir de uma recompensa por isso?
Segundo Rawls, a luta por alcançar um objetivo e mesmo os talentos escapam ao
controlo individual sendo condicionados por fatores externos naturais e sociais.
Objeções à Teoria de Rawls
• A teoria da justiça de Rawls é alvo de objeções, tais como:
• Incentivo: terão as pessoas mais competentes e talentosas motivação para
trabalhar mais e progredir se só podem beneficiar dos seus talentos em favor
dos mais desfavorecidos?
• Os opositores afirmam que é justo distribuir os bens em função dos contributos
de cada pessoa para a produção desses bens – não se deve tirar aos ricos para
dar aos pobres.
Objeções à Teoria de Rawls
• Mérito/Empenho: Quem mais se esforça não deverá ser reconhecido e
usufruir de uma recompensa por isso?
Segundo Rawls, não faz sentido em falar de merecimento pois a luta por alcançar
um objetivo e mesmo os talentos escapam ao controlo individual sendo
condicionados por fatores externos naturais e sociais.
Os opositores de Rawls constatam que segundo esta teoria a intervenção estatal
não estimula nem o desenvolvimento nem a iniciativa porque não proporciona
motivação e estímulos para as pessoas trabalharem mais.
Objeções à Teoria de Rawls
• Outro opositor desta Teoria, Nozick (1938-2002), um filósofo libertarista
(colega de Rawls na Universidade de Harvard), aceita o princípio da liberdade
de Rawls mas critica o princípio da diferença onde se estabelece um padrão de
distribuição da riqueza, o que obrigaria a uma constante intervenção do Estado
e ao sacrifício dos direitos das pessoas. O Estado agiria abusivamente na vida
individual de cada um, tratando os bens das pessoas como se não fossem delas.
Segundo Nozick, tirar a uns para dar aos outros sem a permissão dos primeiros é
eticamente inaceitável, é uma forma de instrumentalizar as pessoas violando a sua
autonomia e os seus direitos.
Objeções à Teoria de Rawls
Riscos: Como garantir que todas as pessoas face à posição original não optem
arricar ao invés de escolherem a solução mais segura e conservadora de Rawls?
Acresce que o filósofo Sandel opõe-se à posição original onde se estabelece o véu
da ignorância, defendendo que não basta as escolhas serem imparciais para serem
boas, pois para as classificar como boas ou más ter-se-á que colocar a questão
moral primeiro.
Bibliografia e Infografia
• Carlos Amorim e Catarina Pires – Clube das Ideias Filosofia 10ºano. (2016) –
1ª edição. Areal Editores
• Fotocópias de apoio facultadas pelo Professor da disciplina.
• www.youtube.com/watch?v=uClYAmpnPmU
• www.youtube.com/watch?v=pjJIvRcsUl4

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Rawls Teoria Justiça Sociedade

  • 1. JOHN RAWLS Sociedade Justa e a Justiça como Equidade LeonorSousa nº6 11ºE
  • 2. • Nasceu nos Estados Unidos da América e foi professor de filosofia política e social na Universidade de Harvard. • Foi uma das personalidades de maior destaque da filosofia política na segunda metade do século XX, • A ligação da sua mãe a movimentos feministas fez como que este filósofo, desde cedo, constatasse as desigualdades económicas e sociais da sociedade norte- americana. • A sua obra « Uma Teoria da Justiça ». Jonh Rawls opõe-se vivamente ao utilitarismo clássico e desenvolve uma teoria sistemática e global de justiça. John Rawls (1921-2002)
  • 3. • Como é possível construir uma sociedade justa? • Como deve uma sociedade justa distribuir os seus bens pelos diferentes cidadãos? • Qual a forma mais correta e ética de fazer essa distribuição? Quais as questões sociais a que esta Teoria de Rawls pretende responder?
  • 4. • Contratualismo: estabelecimento de um contrato social tendo em vista a pessoa como um fim em si mesmo e não como um meio para esse fim, estando subjacente a influência Kantiana neste contexto e a oposição deste filósofo ao utilitarismo. • Os princípios de justiça definidos a partir da posição original deverão ser equitativos, formando a base desse contrato e surgem da eleição racional e voluntária de todos os atores sociais. • Uma conceção de justiça pública e aceite por todos os envolvidos constituirá uma sociedade humana justa e bem organizada (primado da justiça). Base da Conceção da Teoria de Rawls
  • 5. • Uma sociedade justa implica ser regida por princípios justos. • A implementação dos princípios justos será feita por decisões racionais universais. • Justiça Social: igualdade de direitos e liberdades entre o povo. • «Numa sociedade justa os direitos garantidos pela justiça não estão dependentes da negociação política ou do cálculo dos interesses sociais». Base da Conceção da Teoria de Rawls
  • 6. • São definidos pela posição original que corresponde a uma situação hipotética e imaginária dum cenário social sem instituições e em que todos sem exceção são iguais e não sabem qual o seu lugar na sociedade (véu da ignorância). • Neste contexto do véu da ignorância os sujeitos colocados na posição original estão aptos a formalizar um contrato/acordo hipotético e decidir racional e imparcialmente os princípios de justiça rumo ao bem-comum e sem egoísmos e preconceitos. Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
  • 7. • Em suma:  A posição original é a base do contrato/acordo hipotético.  Este contrato pressupõe que todas pessoas estejam em situação de igualdade.  O véu da ignorância conduz à imparcialidade pois não permite quaisquer situações injustas;  O véu da ignorância garante equidade e universalidade: • Como os atores sociais desconhecem todas as suas características naturais individuais e condições económicas e sociais em que estão ou virão a estar, vão procurar proteger o seu próprio interesse que nestas circunstâncias é o interesse de todos também. Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
  • 8. • Em suma: • Os princípios de justiça nascerão: o da eleição racional e voluntária dos atores sociais em situação de absoluta equidade e cooperação onde se definem direitos e divisão equitativa dos bens primários (rendimentos, liberdade, dignidade e oportunidades). • Os princípios justos partem da estratégia maximin que significa maximizar o mínimo, ou seja considerando, por hipótese, o pior cenário possível faculta-se as melhores condições possíveis para os mais necessitados da sociedade (princípio racional de escolha). Princípios de Justiça: Posição Original e Véu da Ignorância
  • 9. A partir da posição original são definidos racionalmente dois princípios, o da liberdade e o da igualdade: Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da Igualdade • Princípio da Liberdade: Todas as pessoas têm o direito às liberdades básicas o qual deve ser igual para todos. Exige-se a igualdade na atribuição de direitos e deveres. • Exemplos de liberdades básicas: a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a liberdade de associação, a liberdade de voto.
  • 10. • Princípio da Igualdade: Igualdade social e política e estipula os limites da desigualdade justa. • Este princípio subdivide-se, por sua vez, nos princípios da diferença e da oportunidade justa. • De acordo com John Rawls, estes princípios determinariam uma sociedade justa construída de modo racional e imparcial. Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da Igualdade
  • 11. • Princípio da Diferença: consagra que as desigualdades sociais e económicas só devem ser toleradas se constituírem um maior benefício para os mais desfavorecidos. Por exemplo, o pagamento de impostos será um meio de redistribuir a maior riqueza de uns em benefício de todos. • Princípio da Oportunidade Justa: consagra que as desigualdades sociais e económicas a nível do meio laboral só devem ser toleradas se os trabalhos, funções ou cargos, estiverem disponíveis para todos no mesmo contexto de igualdade e de oportunidades equitativas. Princípios de Justiça: Princípio da Liberdade e Princípio da Igualdade
  • 12. • Segundo Rawls, em caso de conflito entre o princípio de liberdade e o princípio de igualdade, o primeiro ( das liberdades básicas), deverá ser sempre prioritário. • Neste contexto, Rawls opõe-se completamente aos sistemas totalitários. • Relativamente ao segundo princípio, o da igualdade, este filósofo também defende que o princípio da oportunidade justa deverá ser prioritário relativamente ao princípio da diferença. Hierarquia dos Princípios de Justiça
  • 13. • Segundo Rawls, em caso de conflito entre o princípio de liberdade e o princípio de igualdade, o primeiro ( das liberdades básicas), deverá ser sempre prioritário. • Neste contexto, Rawls opõe-se completamente aos sistemas totalitários. • Relativamente ao segundo princípio, o da igualdade, este filósofo também defende que o princípio da oportunidade justa deverá ser prioritário relativamente ao princípio da diferença. Hierarquia dos Princípios de Justiça
  • 14. • Exemplo: segundo Rawls, a escravatura é inaceitável pois é oposta ao princípio de liberdade, mesmo que por hipótese pudesse dar melhores condições de vida aos escravos (ter um abrigo e comida) do que se estes estivessem em liberdade. Hierarquia dos Princípios de Justiça
  • 15. • Exemplo: segundo Rawls, a escravatura é inaceitável pois é oposta ao princípio de liberdade, mesmo que por hipótese pudesse dar melhores condições de vida aos escravos (ter um abrigo e comida) do que se estes estivessem em liberdade. • «Cada pessoa beneficia de uma inviolabilidade que decorre da justiça, a qual nem sequer em benefício do bem-estar da sociedade como um todo poderá ser eliminada» - J. Rawls, Uma teoria da Justiça, Presença, 2001. Hierarquia dos Princípios de Justiça
  • 16. Objeções à Teoria de Rawls • A teoria da justiça de Rawls é alvo de objeções, tais como: • Incentivo: terão as pessoas mais competentes e talentosas motivação para trabalhar mais e progredir se só podem beneficiar dos seus talentos em favor dos mais desfavorecidos? • Mérito/Empenho: Quem mais se esforça não deverá ser reconhecido e usufruir de uma recompensa por isso? Segundo Rawls, a luta por alcançar um objetivo e mesmo os talentos escapam ao controlo individual sendo condicionados por fatores externos naturais e sociais.
  • 17. Objeções à Teoria de Rawls • A teoria da justiça de Rawls é alvo de objeções, tais como: • Incentivo: terão as pessoas mais competentes e talentosas motivação para trabalhar mais e progredir se só podem beneficiar dos seus talentos em favor dos mais desfavorecidos? • Os opositores afirmam que é justo distribuir os bens em função dos contributos de cada pessoa para a produção desses bens – não se deve tirar aos ricos para dar aos pobres.
  • 18. Objeções à Teoria de Rawls • Mérito/Empenho: Quem mais se esforça não deverá ser reconhecido e usufruir de uma recompensa por isso? Segundo Rawls, não faz sentido em falar de merecimento pois a luta por alcançar um objetivo e mesmo os talentos escapam ao controlo individual sendo condicionados por fatores externos naturais e sociais. Os opositores de Rawls constatam que segundo esta teoria a intervenção estatal não estimula nem o desenvolvimento nem a iniciativa porque não proporciona motivação e estímulos para as pessoas trabalharem mais.
  • 19. Objeções à Teoria de Rawls • Outro opositor desta Teoria, Nozick (1938-2002), um filósofo libertarista (colega de Rawls na Universidade de Harvard), aceita o princípio da liberdade de Rawls mas critica o princípio da diferença onde se estabelece um padrão de distribuição da riqueza, o que obrigaria a uma constante intervenção do Estado e ao sacrifício dos direitos das pessoas. O Estado agiria abusivamente na vida individual de cada um, tratando os bens das pessoas como se não fossem delas. Segundo Nozick, tirar a uns para dar aos outros sem a permissão dos primeiros é eticamente inaceitável, é uma forma de instrumentalizar as pessoas violando a sua autonomia e os seus direitos.
  • 20. Objeções à Teoria de Rawls Riscos: Como garantir que todas as pessoas face à posição original não optem arricar ao invés de escolherem a solução mais segura e conservadora de Rawls? Acresce que o filósofo Sandel opõe-se à posição original onde se estabelece o véu da ignorância, defendendo que não basta as escolhas serem imparciais para serem boas, pois para as classificar como boas ou más ter-se-á que colocar a questão moral primeiro.
  • 21. Bibliografia e Infografia • Carlos Amorim e Catarina Pires – Clube das Ideias Filosofia 10ºano. (2016) – 1ª edição. Areal Editores • Fotocópias de apoio facultadas pelo Professor da disciplina. • www.youtube.com/watch?v=uClYAmpnPmU • www.youtube.com/watch?v=pjJIvRcsUl4