O documento fornece informações sobre um informativo maçônico, incluindo:
1) Anúncio do início do 46o Encontro do Dia do Maçom na cidade de Chapecó, Santa Catarina.
2) Breve descrição da cidade anfitriã Chapecó.
3) Editorial sobre o evento e boas-vindas aos participantes.
1. 1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.078
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Chapecó (SC) - sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Encontro do Dia do Maçom (JB News)
Bloco 3 - Ir Paulo Roberto "On Line" - O Mestre Instalado
Bloco 4 - Ir João Fernando Moreira - Nicola Aslan
Bloco 5 - IrJosé Aparecido dos Santos - O Irmão
Bloco 6 - Destaques JB
Pesquisas e artigos:
Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org
- Imagens: próprias e www.google.com.br
Hoje, 16 de agosto de 2013, 228º dia do calendário gregoriano. Faltam 137 para acabar o ano.
Dia do Filósofo
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2. 2
1097 - Casamento de Pedro I de Aragão com Berta de Itália
1519 - Após se desfazer de suas naus, Hernán Cortés desbrava o território do México com seus
homens.
1570 - Início da Inquisição nas colônias espanholas da América, estabelecida por carta assinada
nesta data em Madrid.
1661 - Firmado o tratado de paz entre Portugal e a Holanda, em Haia.
1773 - Publicação do Breve de Clemente XIV, que dissolve a Companhia de Jesus em todo o
mundo.
1852 - Fundação da Cidade Brasileira de Teresina, capital do Estado do Piauí.
1863 - A República Dominicana começa uma guerra contra a Espanha pela restauração de sua
soberania.
1869 - Batalha de Acosta Ñu, durante a Guerra do Paraguai.
1906 - A cidade de Valparaíso, no Chile, é atingida por um forte terremoto. Cerca de 1,5 mil
pessoas morrem e a costa sobe 1,5 metro de altura.
1915 - Primeira Guerra Mundial - o cruzador inglês "Baralong" afunda o submarino alemão "SM
U-27".
1921 - Alexandre I sobe ao trono na Iugoslávia, após a morte do Rei Pedro I.
1925 - Estréia em Nova York de "Em busca do ouro", primeiro longa-metragem de Charles
Chaplin.
1930 - O general Rafael Leónidas Trujillo assume a presidência da República Dominicana.
1942 - Segunda Guerra Mundial - Um submarino alemão torpedeia os navios brasileiros Aníbal
Mendonça e Aníbal Benévolo. No dia seguinte, são atingidos os navios Araxá e Itagiba.
1945 - Tratado soviético-polonês estabelece a forma e a divisão das reparações de guerra alemã.
1949 - Um terremoto deixa três mil mortos no Equador.
1950 - Federico Chávez assume a presidência do Paraguai, cargo para o qual foi eleito três anos
depois.
1956 - O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, boicota a primeira conferência sobre o canal de
Suez em Londres.
1956 - Morre aos 73 anos o ator húngaro Bela Lugosi, famoso por interpretar o vampiro Drácula no
cinema. Ele foi enterrado vestindo a capa do personagem.
1960 - Independência do Chipre.
1963 - Vidas Secas, o filme, estréia no Rio de Janeiro.
1969 - A Grã-Bretanha completa o movimento de tropas na Irlanda do Norte para pôr fim à luta
entre católicos e protestantes.
1972 - A Real Força Aérea Marroquina atira por engano no avião do rei Hassan II de Marrocos
enquanto ele voltava a Rabat, mas não consegue abater o alvo.
1974 - A Turquia completa a divisão da ilha do Chipre e declara o cessar fogo.
1977 - Elvis Presley é encontrado morto no seu quarto. Aos 42 anos e obeso, Elvis sofreu uma
arritmia cardíaca.
1980 - Fundação do Capítulo Rio de Janeiro da Ordem DeMolay, primeiro do Brasil
1985 - Madonna e Sean Penn se casam.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
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1987 - Lech Walesa, líder do movimento sindical independente polonês "Solidariedade", declara
que este movimento proscrito se encontra em atividade.
1988 - O programa Jô Soares Onze e Meia entra no ar.
1991 - Cai um avião das Linhas Aéreas da Índia, deixando 69 mortos.
1992 - Manifestantes saem às ruas de todo o Brasil para pedir a saída do presidente Fernando
Collor de Mello.
1993 - Ian Murdock funda o que inicialmente foi chamado de „The Debian Linux System‟, hoje
conhecido apenas como Debian.
1995 - Entra em vigor um tratado de paz na Chechênia, quando um pequeno contingente de
rebeldes entrega as armas e tropas russas iniciam sua retirada do front nas montanhas.
1995 - O navegador Internet Explorer, da Microsoft, dá as caras oficialmente pela primeira vez.
1997 - Aproximadamente 220 pessoas são presas na Alemanha durante marchas para comemorar o
décimo aniversário da morte do líder nazista Rudolf Hess.
2006 - O Internacional ganha a Taça Libertadores da América pela primeira vez, empatando com o
São Paulo por 2 a 2.
2008 - César Cielo Filho ganha a primeira medalha de ouro olímpica da natação brasileira em
Pequim.
2009 - Usain Bolt bate o seu próprio recorde dos 100 metros em Berlim com o tempo de 9,58.
2010 - Queda de uma aeronave Boeing 737-700 empresa Aires a cerca de 80 metros da pista no
aeroporto Gustavo Rojas Pinilla, em San Andrés quando se aproximava para pousar.
Aniversário de Jaguari, cidade do Rio Grande do Sul - Brasil.
Aniversário de Teresina, capital do Piauí - Brasil.
Aniversário de São Roque, cidade de São Paulo - Brasil.
Dia do Pálio de Siena - Itália.
Dia do filósofo (Brasil
Santos do dia
Santo Estêvão da Hungria
Festa de São Roque
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1978 Fundação da ARGBLS União do Pajéu nr. 44, de Serra Talhada/PE
(GLMPE)
1980 Fundação da Ordem DeMolay no Brasil
2005 Fundação da Loja Caminhos da Verdade nr. 92, de Blumenau (GLSC)
2013 Início do XIVI Encontro do Dia do Maçõm, em Chapecó - SC
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
4. 4
Encontro do Dia do Maçom
Começa hoje na cidade de Chapecó, Santa Catarina, o 46º Encontro do Dia do
Maçom. Considerada a capital brasileira da agroindústria, a cidade de Chapecó
será neste final de semana, a capital da maçonaria catarinense, congregando
várias centenas de irmãos e cunhadas das três Potências, em comemoração ao
Dia do Maçom.
Planejada e traçada em forma de xadrez, Chapecó, com suas ruas e avenidas
largas, foi colonizada principalmente por imigrantes de origem italiana vindos do
Rio Grande do Sul. Vários CTGs – Centros de Tradição Gaúcha – existem em
todo município.
O símbolo da cidade é o Monumento ao
Desbravador (foto ao lado) que mostra um
gaúcho empunhando o machado, representando
a luta enfrentada por seus colonizadores.
Acidade também é conhecida pelos eventos
culturais como a Romaria do Frei Bruno e
Würstfest (Festa da Lingüiça) e o Rodeio Crioulo
Interestadual. É o mais importante centro
comercial e cultural da região oeste de Santa
Catarina, com uma população estimada em 200
mil habitantes.
2 - OPINIão - Encontro do Dia do Maçom - Editorial JB Newes
5. 5
Começaram a chegar, desde ontem, algumas famílias maçônicas, principalmente
do Oeste catarinense e do vizinho Estado do Rio Grande do Sul. Mas o forte do
colosso do pessoal, começa nesta sexta-feira a superlotar os hotéis e pousadas
da cidade.
A Secretaria do Evento estará oficialmente aberta a partir das 14h00 para a
atender os participantes que continuam vindo.
Às 18h00 haverá recepção e às 19h30 será a Abertura Oficial, cujos detalhes
serão informados durante a programação da www.radiosintonia33.com.br que
transmitirá e dará cobertura ao evento, principalmente para aqueles que não
puderem comparecer.
A programação na noite desta sexta-feira prosseguirá, quando às 20h00 haverá
o Show e recepção com a Banda Fritz 4 com a Festa das Nações, desfile de
blocos caracterizados e finalmente o jantar de confraternização.
Já se encontram em Chapecó algumas autoridades maçônicas entre as quais os
Grão-Mestres da Grande Loja de Santa Catarina e Grande Oriente de Santa
Catarina -GOSC-
Acompanhe, por fim, a programação da www.radiosintonia33. com br ou nas
edições normais do JB News que serão editadas aqui de Chapecó.
Sucesso aos promotores deste evento, que anualmente é realizado em um dos
municípios catarinenses.
Irmãos e Cunhadas sejam muito BEM-VINDOS.
O XIVL Encontro do Dia do Maçom, vos saúda!
6. 6
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
O Mestre Instalado – M.: I.:
É o título atribuído ao Mestre Maçom eleito para a venerabilidade de uma Loja
e, que é submetido ao cerimonial de instalação no Trono de Salomão, como símbolo
da sabedoria, que deve possuir, para poder dirigir seus Irmãos.
Daí pode-se deduzir, evidentemente, que o título é aplicado tanto ao Venerável
Mestre em exercício, quanto ex-Venerável, que se diferencia dos demais Mestres,
por possuir certas prerrogativas que lhe são concedidas nas Oficinas em que se faz
presente.
O título de Venerável Mestre, dado ao presidente de uma Loja, tem sua origem nos
meados do século XVII, na Inglaterra, em uma época em que já havia começado a
demorada transformação da Maçonaria de Ofício (Operativa) em Maçonaria dos
Aceitos (Especulativa). Nessa época, entretanto, ainda não existia o grau de Mestre
(este, começou a ser introduzido, a partir de 1724) e o presidente da Loja era
escolhido entre os mais experientes Companheiros, ou era o próprio proprietário,
que, como dono da Oficina, era vitalício, no cargo.
Derivado da palavra inglesa “Worship”, que significa culto, adoração, reverência
(como forma de tratamento), quando usada como substantivo, e venerar, adorar,
idolatrar, quando usada como verbo transitivo, tem-se o termo “Worshipful”, que
tem o significado de adorador, reverente, ou venerável (como forma de tratamento).
Assim, na época referida, o presidente da Oficina passou a ter o título de “Worshipful
Master”, que tem o significado de Venerável Mestre e que seria adotado por todos os
grupos maçônicos, embora, inicialmente, o termo Venerável fosse utilizado apenas
pelas corporações de artesãos.
Para o ex-Venerável, nos países de língua inglesa e, principalmente, no Rito de York,
o título atribuído é o de “Past Master”, que significa “Mestre Passado” e que tem sido
indevidamente adotado por outros Ritos e por Obediências latinas.
3 - paulo roberto - " on line "
7. 7
Quanto ao ritual de Instalação, parece que a sua origem, embora não comprovada,
esteja no Rito Adonhiramita, o que não é destituído de propósito, pois muitos rituais
não se referem a Hiram Abiff (Hiram), mas, sim, a Adonhiram.
Convém, todavia, em consideração, que Adonhiram e Hiram podem não ser
personagens diferenciadas, pois, como a palavra “Adonai” significa “Meu Senhor” e
como “Adonhiram” (ou Adoniram) é termo formado pela apócope de Adonai (Adon) e
pelo nome de Hiram, ele tem o significado final de “Hiram, meu senhor” ou “Hiram,
meu pai”.
Só depois de passar pelo ritual de Instalação é que o Venerável Mestre eleito pode se
considerar empossado, empossar os membros de sua Administração e entrar na
plenitude de seus direitos exclusivos, entre os quais se inclui o de sagrar, no sentido
de conferir a dignidade do grau e não no sentido de divinizar (santificar) os
candidatos, nas sessões de Iniciação, Elevação e Exaltação.
Tão rígida é essa norma, que, quando uma dessas sessões, na ausência do
Venerável Mestre, é dirigida por um dos Vigilantes, que não seja Mestre Instalado,
ele deverá, no momento de sagrar (do latim sacrare = consagrar) o candidato,
solicitar, a um Mestre Instalado presente, que o faça, sem o que a cerimônia não
terá validade.
Isso tem origem na Cavalaria medieval, onde os cavaleiros só podiam ser sagrados
por um rei, por um príncipe, ou por um alto dignitário eclesiástico, que, para isso,
colocavam a lâmina da espada sobre o ombro do candidato (de maneira similar à
que faz o Mestre Instalado com a Espada Flamejante, que, inclusive, só pode ser
empunhada por um Mestre Instalado).
Embora muitos autores não vejam influência da Cavalaria, das Ordens Militares e dos
Cruzados sobre a Maçonaria, existe, na realidade, uma similaridade muito grande
entre as práticas maçônicas da Instalação e as práticas dessas instituições. No
apogeu da Cavalaria, no século XI, ela possuía hierarquia, graus e brasões; as
Cruzadas acabariam incrementando o prestígio dos cavaleiros, dando-lhes um forte
cunho religioso, que se exteriorizava na promessa de proteger a Igreja, defender a
cristandade e conhecer os infiéis, além do compromisso de fidelidade ao senhor
feudal, de proteção aos fracos, oprimidos, mulheres e órfãos, de respeito à
hierarquia e à disciplina, e de combate à mentira, à calúnia e aos vícios.
Nessa época, a educação do cavaleiro começava a ser cuidada já na infância; ele
deveria, depois de cuidadosamente instruído, prestar um tipo de serviço às armas
(serviço militar), dos 15 até aos 21 anos de idade, inicialmente como pagem,
atendendo ao senhor feudal em todos os afazeres domésticos do castelo, e, depois,
como escudeiro, acompanhando o seu senhor nas batalhas e lutando ao lado deste.
Portanto, aos 21 anos, era armado cavaleiro, numa cerimônia à qual a Igreja
participava com um profundo caráter de religiosidade.
8. 8
Para esse cerimonial, inicialmente, o candidato passava a noite velando as armas e
orando, na ermida do castelo; ao raiar do dia, ele era submetido à confissão,
comungava e participava da missa, onde o sermão principal destacava os seus
deveres como cavaleiro. A seguir, passava-se de fato, à cerimônia, realizada no pátio
principal do castelo, quando o cavaleiro era sagrado e armado, tendo como padrinho,
o senhor do feudo com o qual aprendera a arte militar.
A ação da Igreja, na cerimônia, durante os séculos XI e XII, no apogeu da Cavalaria,
ainda é mostrada em outras práticas: o sacerdote benzia a espada e advertia que ela
deveria ser sempre empunhada para servir à Igreja e defender os fracos, as viúvas,
os órfãos e, de maneira geral, todos os que se diziam servidores de Deus, contra a
crueldade exercida pelo paganismo.
O cavaleiro era purificado, através de um banho ritualístico e recebia um tipo de
camisa de linho, como símbolo da pureza, e uma túnica vermelha, como simbologia
expressa do sangue que deveria ser derramado a serviço de Deus.
Esses costumes mostram sem sombra de dúvida nenhuma, uma grande influência
sobre muitas das práticas maçônicas – e, não convém esquecer que a Maçonaria dita
de Ofício floresceu a sombra da Igreja – como a permanência na Câmara de
Reflexão, a purificação do candidato, a cor branca do avental inicial, a espada
(flamejante), a sagração do candidato, as preleções, o juramento, o voto em defesa
dos fracos e oprimidos etc.
Sem embargo dessas influências, entretanto, a cerimônia ritualística de Instalação é
voltada para uma fase da História hebraica, melhor lembrando, durante a construção
do templo de Jerusalém, embora a teatralidade seja muito mais embasada em lenda
do que em História real, como todo o restante; é o que acontece com a lenda do 3º
Grau.
Esse momento, que, é lembrado no ritual de Instalação, mostra a visita de Biltis
(Bilkis), a rainha de Sabá (um lendário país ao sudoeste da Arábia, há algum tempo
passado descoberto através de pesquisas arqueológicas), ao templo de Jerusalém,
durante sua permanência no reino do rei Salomão, para onde fora levada, com todo
seu séquito, pelas notícias de pompa e magnificência da corte daquele reino, assim
como, pela propalada sabedoria do referido mandatário.
9. 9
Apesar da rainha dos Sabeus ter podido, certamente, verificar que a pompa só era
mantida à custa da extorsão do povo e que a sabedoria salomônica era mais lenda
do que realidade, a Bíblia dá um grande destaque a essa visitação, que acabou por
ser abordada no cerimonial de Instalação de Veneráveis, quando o rei Salomão, a
pretexto de apresentá-lo a Biltis, chama o seu Mestre-Chefe das obras do templo,
seguindo-se o diálogo e os gestos que deram origem aos toques, sinais e palavras do
Mestre Instalado.
Apesar de M.: I.: não ser um grau, é considerado o ponto máximo da escala
iniciática da Maçonaria referida como Simbólica, com um alto e abrangente conteúdo
moral e espiritual. E, por isso mesmo, embora, às vezes, minimizado, é muito, muito
importante!
10. 10
Nicola Aslan,
uma vida dedicada à cultura maçônica
João Fernando Moreira
Academia Maçônica de Letras
do Rio Grande do Sul
Cadeira Nº 16
Introdução
Nicola Aslan é um dos mais eruditos entre os escritores maçônicos
brasileiros. Brasileiro sim, pois, apesar de ter nascido na Grécia e conservado
a nacionalidade italiana de seus pais, chegou ao Brasil com 23 anos de idade,
tendo falecido aos 74 anos, meio século, portanto, de um período de vida
laboriosa e produtiva neste país, onde educou seus filhos
e conheceu os netos .
Aos 50 anos de idade entrou para a Maçonaria. Em 24
anos de intensa atividade dentro da Ordem, deixou vários
livros publicados. Percorreu várias Lojas fazendo
conferências, pronunciando palestras, recebendo vários
títulos honoríficos e diplomas, tendo ocupado a cadeira nº
6 da Academia Maçônica de Letras, no Rio de Janeiro, da
qual foi também fundador. Ocupou vários cargos
importantes nas administrações das Lojas a que
pertenceu, bem como na Alta Administração da
Obediência, em funções ligadas à cultura e ao ensino .
O Autor e o meio
Nicola Aslan, filho de pais italianos, nasceu a 8 de junho de 1906, na
Ilha de Chios, Arquipélago do Mar Egeu, porém conservou a nacionalidade de
seus genitores . Os pais, Pedro Aslan e Josefina Carneri Aslan tinham
formação superior, ambos cirurgiões dentistas, sendo a mãe diplomada em
Atenas e em Paris. A ilha de Chios, então sob o domínio turco, guardava
recordações do domínio genovês e foi, posteriormente em 1912, conquistada
pela Grécia. Esta ilha , de aspecto árido, montanhosa, de clima saudável,
banhada pelas correntes do mar Egeu, famosa entre os antigos pela
excelência do seu vinho, na Idade Média já era alvo das disputas políticas de
árabes, turcos, gregos e europeus. Esta ilha, embora pertença à Grécia, está
a curta distância da Turquia, separada pelo estreito de Chios, cuja costa é
perfeitamente avistada. Por outro lado, a Grécia continental lhe fica a mais de
cem quilômetros de distância, separada pelo Mar Egeu. Com estes dados
compreenderemos a facilidade da Turquia em se apossar da ilha e a mesma
facilidade de seus habitantes de irem à Turquia. Centro de entreposto, capital
4 - Nicola Aslan - Ir João Fernando Moreira
11. 11
comercial do arquipélago, guarda importantes ruínas arqueológicas. Foi uma
das residências de Homero e pátria de muitos sábios e artistas, como
Aristipo, Íon, Coray, etc. Tem uma excelente biblioteca .
Por força do “ Direito das Capitulações”, então em vigor entre a Turquia
e determinadas nações européias, foi possível manter a nacionalidade italiana
dos pais. De origem católica romana, viveu os primeiros anos de sua vida
junto a seguidores grego-ortodoxos numa região onde a religião prevalecia
sobre as nacionalidades .
Aos 4 anos de idade passou a freqüentar uma escola dirigida pelos
“Frères des Écoles Chretiennes”, Lassalistas franceses, magistério dos mais
sérios e competentes .
Seus pais, ambos cirurgiões dentistas, transferiram-se para
Constantinopla em busca de melhores condições de trabalho e clientela,
ficando Nicola Aslan e seu irmão Noel, sob os cuidados do avô paterno. O
navio em que embarcaram foi um dos últimos a atravessar o Estreito de
Dardanelos, em 1914, um pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial.
Residindo, pais e filhos, em dois países inimigos e sem qualquer contato
entre eles, só conseguiram se reunir novamente após o término da guerra em
1918. O reencontro aconteceu em 1919.
Esse período de guerra se constituiu numa fase de muitas dificuldades e
provações ocasionadas pelo longo conflito, numa ilha sitiada pelo inimigo e
constantemente bombardeada por terra, mar e ar.
Chegando a Constantinopla aos 13 anos de idade, estudou em outro
colégio dirigido pelos padres Lassalistas franceses. Após algum tempo, seu
pai os matricula, a ele e o irmão, numa escola de língua italiana, a “Reggio
Scuole Médio Italiano” onde conseguiu chegar até o 2º ano técnico de um
curso de contabilidade. Não conseguiu concluir o 3º e último ano, pois novos
problemas obrigam-no a voltar para o colégio dos Lassalistas.
A Primeira Grande Guerra terminara, mas desenvolvia-se a guerra
greco-turca e a conseqüente ocupação de Constantinopla pelos turcos, até
então em mãos da forças aliadas vencedoras da Guerra Mundial. As
autoridades turcas exigiram então que os padres Lassalistas retirassem o
crucifixo das salas de aula, o que não foi aceito, tendo sido, por este motivo,
os estabelecimentos de ensino fechados pelas forças de ocupação.
Em conseqüência da situação política da época, e das dificuldades
financeira da família, aos 17 anos e meio inicia sua vida de bancário,
empregando-se no “Crédit Lyonnais”. Dois anos mais tarde entra para o
“Banque Impériale Ottomane” .
12. 12
A esta altura já falava o grego, o francês, o italiano, o inglês e o turco.
Dotado de aptidões literárias, chegou a publicar vários artigos em alguns
pequenos jornais locais. Possuía um pendor muito acentuado para a letras e,
particularmente, pela História, a cujo estudo se dedicou com verdadeira
paixão, desde a idade de 9 anos, tendo sempre se distinguido nessas 2
disciplinas. Praticamente autodidata, sempre que lhe foi possível adquiria
livros e lia incansavelmente.
Residia em Ankara, a nova capital da Turquia, parecendo ter a vida sob
controle, um magnífico salário e um futuro promissor, quando a “Lei dos
60/100” (equivalente à Lei dos 2/3 daqui) fez com que perdesse o emprego.
No novo regime, somente turcos muçulmanos podiam ter alguma chance.
Resolveu então emigrar, chegando ao Brasil em 1929, em plena crise, em
conseqüência do colapso da Bolsa de Nova York. A fim de poder sobreviver
numa terra da qual nem o idioma conhecia, exerceu várias atividades em
escritórios comerciais, dando lições de francês e, mais tarde, até de
português. Finalmente, dedicou-se ao ramo de representações comerciais.
Aqui, além de aprender o português, familiarizou-se, através de leituras, com
o espanhol. Em 1941, com 35 anos de idade, casou-se com uma brasileira, D.
Guiomar Barroso Aslan, nascendo 2 filhos dessa união. Estabeleceu-se com
uma microfábrica de artefatos de couro, em uma das dependências de sua
residência, em Niterói, estado do Rio de Janeiro. Em 1942, em plena Segunda
Guerra Mundial, por possuir a cidadania italiana, ficou preso por 19 dias, para
averiguações, pela polícia política de Getúlio Vargas, juntamente com outros
de nacionalidades alemã e japonesa, pois a Itália fazia parte do eixo Roma-
Berlim-Tóquio. Terminada a Grande Guerra, dedicou-se ao ramo de
representações comerciais, trabalhando com artigos de camisaria, de um
modo geral, e couros. Operou sempre nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói,
São Gonçalo e municípios vizinhos.
VIDA MAÇÔNICA
Ingressou na Maçonaria com 50 anos de idade, sendo iniciado em
31/8/1956 na Loja Evolução nº 2, de Niterói, jurisdicionada ao Grande
Oriente do Estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, Grande Loja Maçônica
do Estado do Rio de Janeiro. Foi elevado em 30/11/1956 e exaltado em
1/3/l957, tendo ocupado vários cargos nas administrações das Lojas, bem
como fazendo parte de várias Comissões.
Em 1957 filiou-se à Loja Libertação nº 19, de Niterói, onde assumiu o
cargo de Venerável Mestre em 1960. Em 1964 filiou-se à Loja Rei Salomão nº
41, da Grande Loja do Estado da Guanabara.
Tanto no Grande Oriente do Brasil como nas Grandes Lojas ocupou
numerosos e importantes cargos, sempre ligados à educação e à cultura
maçônica. No Filosofismo do Rito Escocês Antigo e Aceito atingiu o 33º Grau.
Foi nomeado Instrutor da “Escola Hiram” da Grande Loja da Guanabara.
Em 1965, apresentou a tese “Nossa posição em face do Concílio Vaticano II”,
13. 13
a pedido do Grão-Mestre Irmão Álvaro Palmeira. Em 1966, por autorização
expressa do Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja do Estado do Rio de
Janeiro, jurisdição a que pertencia a Loja Libertação, da qual continuou sendo
membro, foi nomeado Membro Honorário da Loja Henrique Valadares do
Grande Oriente do Brasil.
Em 1958, com dois anos de prática maçônica, publicou a “História
da Maçonaria”, com 438 páginas, iniciando a sua brilhante trajetória de
literato maçônico, constando de dezesseis livros escritos, inúmeros artigos
publicados em revistas e mais de uma centena de conferências.
Diversos outros fatos marcaram a vida do ilustre escritor e maçom: Em
1966 foi nomeado Diretor do Departamento de Propaganda Maçônica e
Cultura do Grande Oriente do Brasil;
Em 1967 foi Grande Secretário Geral de Cultura e Orientação do GOB;
Membro do Conselho Federal da Ordem; Membro da Comissão do Mérito
Maçônico; Membro da Comissão de Cultura do Conselho Federal da
Ordem;
Em 1968 foi Membro da Comissão de Liturgia do GOB; Membro da
Comissão Especial para Revisão dos Rituais Escoceses em uso; Assessor
da Comissão de Assuntos de Relações Maçônicas da Soberana
Congregação da Ordem;
Em 1969 foi Presidente da Comissão de Instalação dos Veneráveis
eleitos no Estado do Rio de Janeiro;
Em 1970 foi Grande Secretário de Inspeção de Liturgia e Ritualística do
Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro (GOERJ);Grande Secretário
e Membro do Conselho Estadual da Ordem;
Em 1971 foi Membro da Comissão de Cultura da Grande Secretaria
Geral de Cultura e Orientação do Grande Oriente do Brasil (GOB);
nomeado responsável por qualquer secretaria do GOERJ, no
impedimento do seu titular ou adjunto;
Recebeu vários títulos, medalhas e diplomas de Membro Honorário de
várias Lojas ao longo de sua vida maçônica.
Participou, em 1973, da fundação do Grande Oriente Independente do
Rio de Janeiro (GOIRJ), jurisdicionado à Confederação Maçônica do Brasil
(COMAB), Potência surgida de uma cisão no GOB em conseqüência de
desentendimentos na eleição para o Grão-Mestrado naquele ano.
Em 1974, mudou-se para a cidade de Cabo Frio (RJ), onde continuou a
trabalhar intensamente em suas obras maçônicas, concluindo várias delas.
14. 14
Em 1977, fundou nessa mesma cidade a Loja “REGENERAÇÃO E
ORDEM” jurisdicionada ao GOIRJ (COMAB).
Constituiu em sua casa uma biblioteca maçônica da mais respeitáveis e
importantes do Brasil, com livros raros, em outros idiomas como o inglês, o
francês, o italiano e o espanhol, onde estudou, pesquisou e escreveu num
trabalho intelectual dos mais vigorosos.
Em 21 de março de 1972 ajudou a fundar a Academia Brasileira Maçônica de
Letras, onde ocupou a cadeira nº 6, que tem como patrono Joaquim
Gonçalves Ledo, o pai da Independência Brasileira, e de quem escreveu uma
extensa e notável biografia, editada em dois volumes pela Editora Maçônica.
Também pela Editora Maçônica publicou “Pequenas Biografias de Grandes
Maçons Brasileiros, onde apresenta os dados biográficos de 66 grandes
personalidades da Maçonaria Brasileira. A sua cultura maçônica é, para os
padrões brasileiros, extraordinária, sobressaindo no terreno da história, da
filosofia, simbologia, da ritualística, da jurisprudência e da ética maçônica. Em
setembro de 1973 teve publicado na Revista Eclesiástica Brasileira o seu
trabalho intitulado “O Enigma da Gênese da Maçonaria Especulativa”, trabalho
este republicado nas paginas 24 à 53 do Primeiro Volume dos “ Anais do 1º
Congresso Internacional de História e Geografia” com o titulo de “Formação
Histórica da Maçonaria”, onde Nicola Aslan nos remete às nebulosas origens
da Grande Loja de Londres, analisando o papel social das tabernas na época e
a importância dos clubes na vida dos ingleses, descrevendo a organização
especulativa dos Maçons Aceitos e a fundação da primeira Grande Loja em
1717. Na Convenção Nacional do GOB, em 1965, apresentou a tese: “Nossa
posição em face do Concílio Vaticano II”. No Seminário de Mestres Maçons do
GOB, em 1971, apresentou a tese “Evolução Histórica e Missão da
Maçonaria”, publicada no Relatório da AML de 1972-1973. Publicou
numerosos trabalhos inéditos em revistas e jornais maçônicos de todo o país.
Através de proeminentes amigos da Igreja Católica Romana, promoveu
pessoalmente um maior esclarecimento sobre os fundamentos e a origem da
Maçonaria, visando a suspensão do interdito que pesa sobre esta, assunto
que conhecia como ninguém.
Brasileiro por afeição, pela constituição familiar e pelos serviços prestados à
nossa Maçonaria e às letras pátrias durante dois terços de sua existência,
Nicola Aslan teve sobre nós a vantagem da perspectiva, da pessoa que veio
de fora e enxerga muito mais do que o comum dos brasileiros, privados de
uma observação imparcial pelas tradições e os hábitos em relação aos fatos
domésticos. Sendo um cidadão do mundo tem a superioridade de perceber
tudo dentro de um contexto universal e não particular, quer no tempo, quer
no espaço. A vida lhe deu coragem, seriedade e tenacidade; a educação lhe
deu a espiritualidade e a universalidade; a profissão lhe deu a honestidade e
a meticulosidade e a vocação literária maçônica lhe deu o amor às
excelsitudes espirituais próprias da maçonaria. Seu feitio pessoal leva-o tanto
a ser sereno na meditação assim como arrebatado na defesa dos seus pontos
15. 15
de vista. Temperado com a luta e os contratempos próprios de sua vida na
Turquia, adquiriu uma forte personalidade. Foi um pensador que deu sua
mensagem, fruto de seus estudos, pesquisas e convicções pessoais, das quais
nós podemos discordar, embora fique sempre conosco o dilema irremediável
de que isto acontece em função de um melhor discernimento nosso, ou quiçá
maior ignorância. É um filósofo, ou seja, amante da sabedoria, título no
melhor sentido da palavra, que só os grandes pensadores gregos receberam
da posteridade.
Faleceu em 2 de maio de 1980, aos 74 anos incompletos, no exercício
do veneralato dessa Loja que fundou.
Por solicitação dos maçons do Oriente de Cabo Frio, a Câmara Municipal
da Cidade aprovou a consignação do seu nome a uma importante rua em um
dos bairros mais valorizados da cidade, rua esta situada ao lado do prédio da
Prefeitura local.
A revista maçônica “A Trolha” estampou sua efígie na capa de sua
edição de setembro de 2006, comemorando o Centenário de seu Nascimento,
e publicou na mesma revista, às páginas 22 e 23, artigo sobre Nicola Aslan,
de autoria de seu filho, o Irmão Ítalo Aslan, ilustrado com fotografias.
Também, para que não passasse desapercebido o registro desse
centenário, alguns admiradores da obra do autor resolveram fazer uso de um
serviço disponível nos Correios que permite a impressão, sob encomenda, de
selos comemorativos, os quais poderão ser utilizados em postagens normais
ou simplesmente guardados como lembrança. Neste caso, uma lembrança do
centenário de nascimento de um importante escritor, pesquisador e estudioso
da Arte Real e que muito contribuiu, juntamente com outros maçonólogos
brasileiros, para o desenvolvimento do estudo e do conhecimento da
Maçonaria em nossa Pátria.
Obras Publicadas
Segue-se abaixo a relação de suas obras que vieram a público, em ordem cronológica de
edição:
- História da Maçonaria, Cronologia, Documentos (Ensaio) (1959); Editora Espiritualista
Ltda. Rua Frei Caneca,19 – Rio 1959
- Estudos Maçônicos sobre Simbolismo (1969); Edições Nicola Aslan Ltda. Cabo Frio,
RJ
- Pequenas Biografias de Grandes Maçons Brasileiros (1973); Editora Maçônica – Rio
de Janeiro – GB.
- O Enigma da Gênese da Maçonaria Especulativa (estudo publicado pela Revista
Eclesiástica Brasileira) (1973); e republicado em “Formação Histórica da Maçonaria”
1º Volume – págs. 24 à 53. (Anais do 1º Congresso Internacional de História e
Geografia) Rio de Janeiro – 19 a 21 de março de 1981.
- Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia (4 vol.) (1974/1976);
Editora Artenova S. A. – Rio de Janeiro – GB.
16. 16
- Biografia de Joaquim Gonçalves Ledo (Subsídios) (2 vol.) (1973); Editora Maçônica –
Rio de Janeiro – RJ.
- Comentários ao Ritual do Aprendiz-Maçom (1977); Editora Maçônica – Rio de Janeiro
– RJ - 1977
- O Livro do Cavaleiro Rosa-Cruz (1977) Editora Artenova S.A. – São Cristóvão- Rio de
Janeiro – RJ.
- Instruções para Loja de Perfeição (o Grau 4º); Editora Maçonica – Rio de Janeiro – RJ
– 1979.
- Instruções para Loja de Perfeição (Graus 5º ao 14º); Editora Maçônica – Rio de Janeiro
– RJ – 1980.
- Instruções para Capítulos (Graus 15º ao 18º); Editora Maçônica – Rio de Janeiro – RJ -
1984.
- Instruções para Conselhos de Kadosh (Graus 19º ao 30º); Editora Maçônica – Rio de
Janeiro – R J – 1984 .
- Uma Radioscopia da Maçonaria (1979);
- Edições Nicola Aslan Ltda. Cabo Frio – Est. Do Rio – 1979.
- A Maçonaria Operativa (1979); Gráfica Editora Aurora Ltda. –
Rio de Janeiro – RJ -
- História Geral da Maçonaria – Período Operativo (1979);
Gráfica Editora Aurora Ltda. – Rio de Janeiro – R J.
- História Geral da Maçonaria (Fastos da Maçonaria Brasileira ) (1979); Gráfica Editora
Aurora Ltda. Rio de Janeiro – R J .
- Landmarques e outros problemas Maçônicos ; Gráfica Editora Aurora Limitada – Rio
de Janeiro , R J – 1979.
Nicola Aslan escreveu e publicou ainda vários artigos em revistas e boletins maçônicos ,
entre os quais destacam-se:
- Boletim dos Corpos Filosóficos da Maçonaria Escocesa do Estado do Rio de Janeiro;
- Boletim da Águia Branca e Negra ;
- Boletim do Supremo Conselho para o Rito Escocês Antigo e Aceito do Rio deJaneiro
.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
-Dados sobre Nicola Aslan enviados pelo Irmão Ítalo Aslan, filho do biografado.
-Os Maçons : Vida e Obra – Morivalde Calvet Fagundes – Editora Aurora – 1991. páginas
117 à 124.
- Revista “ A Trolha ” Nº 239, de setembro de 2006 – págs. 22 e 23.
- Dados esparsos ao longo de todos seus livros publicados.
- Atlas Geográfico Melhoramentos – Pe. Geraldo José Pauwels-
Edições Melhoramentos- 36ª Edição .
17. 17
A.´.R.´.L.´.S.´. Justiça nº 12 –
Rito R.´.E.´.A´.A.´. – Oriente de Maringá
Ir.´. José Aparecido dos Santos
O IRMÃO.´.
O que é Maçonaria? E o porquê do chamado irmão? Quando se recebe
a luz após todos os trâmites da Iniciação de profano para neófito, finda a
cerimônia e se depara com várias espadas apontadas para sua face e corpo
completo, ouve-se a voz do Venerável Mestre pedindo para que estes
abaixem suas espadas e de agora em diante não mais profano e tendo diante
de si um novo maçom e irmão, de hoje em diante somos uma única
irmandade universal, sua esposa, filhos, de hoje em diante são cunhadas,
sobrinhos ou sobrinhas.
E o primeiro gesto será o abraço fraternal, recebendo o filho pródigo
que perambulava entre profanos, ansioso para juntar-se na família maçônica.
Todos devem amar-se uns aos outros, embora isso seja uma utopia;
mas sendo todos filhos de um mesmo Criador, a Família Universal deveria
apresentar outro comportamento.
Torna-se preciosa a participação da Iniciação deste novo Amigo, Irmão;
é como assistir a um novo nascimento, a participação de acolher um novo
membro da Família Maçônica.
E no decorrer da vida maçônica, que se recebe ou se faz visitas em
Oficinas, para o crescimento espiritual, fazendo a egrégora maçônica entre
amigos, irmãos da mesma Oficina e também de outras, se vê como é grande,
espetacular viver em harmonia e fraternidade. Ao receber ou ser recebido na
sala dos passos perdidos e tendo o verdadeiro aperto de mão, o abraço
fraternal, é onde se vê a felicidade de ter se tornado Maçom, mas não sendo
somente desta forma e tendo alguns que esqueceram da fraternidade,
irmandade, que somos todos iguais e fazem colocações que este ou aquele
5 - O Irmão - IrJosé Aparecido dos Santos
18. 18
irmão, só faz visitas para estar presente no ágape fraternal, se fartando de
comidas e bebidas....
E sendo sabido que somente os Irmãos de sangue possuem
características comuns que conduzem ao afeto sólido e desinteressado,
cultivando o amor familiar.
Inexiste tratamento mais afetuoso que o de “amigo,irmão”,
maçonicamente, já no Poema Regius, do ano de 1390, o mais antigo que se
conhece recomenda o tratamento de “caro irmão” entre os maçons.
Fisiologicamente, os Irmãos provindos dos mesmos pais são
denominados de “germanos”, que em latim significa “do mesmo germe”.
Na Maçonaria não há esse aspecto; porém, a Fraternidade (frater em
latim) harmoniza os seres por meio da parte espiritual; diz-se que os maçons
são Irmãos porque provêm da mesma Iniciação; morrem na Câmara das
Reflexões para renascerem produzidos ou procriados por meio do germe
filosófico que transforma integralmente a criatura, refletindo-se no
comportamento posterior.
A essência da Fraternidade é o amor; os maçons dedicam muito amor
uns para com os outros; é essa prática que funde o sangue para que haja no
grupo uma só criatura.
O bem querer, a tolerância e a Fraternidade dentro da Loja
transformam o homem em criatura dócil, espontânea e fiel, apta a
desempenhar a cidadania no mundo profano.
A rigor, o amor fraternal deveria estender-se a toda humanidade; no
entanto, ainda não estamos preparados para isso.
A essência do ser Maçom, estar em Maçonaria, é simples e direto, nos
lembrando da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, como também nos
lembrando do “Salmo 133”.
“Salmo 133”
Oh! Quão bom e quão suave é que os Irmãos vivam em União.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a
barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de
Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.
Desta forma, não adianta estarmos presentes em todas as Sessões de
nossa ou em outras Oficinas, ler, ouvir e não praticar o que é ser Maçom, não
é somente saber se postar dentro das Lojas e sim ter a Maçonaria dentro de
cada um e o Templo é uma vida constante dentro e fora, viver amar o ser
Maçom, somente desta forma que não mais vai existir esta ou aquela
Potência e sim nos identificarmos com as Romãs encimando as colunas,
entreabertas, aparecendo suas sementes, simbolizando a União dos maçons e
representados por suas sementes unidas em blocos e ter mente como
Salomão o fez a Jeová, pedindo ao GADU, somente a sabedoria e com isto
vem a prudência, tolerância, paz e o perdão.
Temos que ter em mente, que sempre deveríamos retornar e nos
fecharmos dentro da Câmara de Reflexões, como no dia que demos inicio ao
nosso aprendizado e nos tornarmos não somente “Irmãos” e também sermos
“Amigos” e termos a Maçonaria dentro de nós e não fora de nosso viver, com
19. 19
isto, seriamos uma única família Maçônica Universal e sem ver jóias, cargos e
vida Profana.
Pensemos mais em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e vendo
sempre o lado positivo do outro e não o lado negativo, este quem o faz é nós
mesmos, o que pensamos se reflete e muito.
“Poema de Regius do ano de 1390”
"Hic incipiunt constituciones artis
Gemetriae secundum Eucyldem"
("Aqui principiam as Constituições da Arte da Geometria, segundo Euclides")
Aquele que deseja boa leitura e que busca
conhecimento pode encontrar num velho livro escrito
Sobre grandes senhores e gentis damas
Que tinham muitos filhos mui sábios.
Mas não dispunham de renda para mantê-los.
Nem na cidade, nem nos campos ou nos bosques.
Reuniram-se em conselho, por causa deles,
Para decidir, em benefício de seus filhos,
Como eles poderiam melhor ganhar a vida
sem grande desconforto, cuidado ou angústia,
Sem contar a multidão de filhos
Que viriam depois deles virarem cinzas.
Mandaram procurar grandes clérigos
Que para isso lhes ensinassem bons ofícios:
"Nós lhes rogamos, por amor a Nosso Senhor,
Que nossos filhos façam bons trabalhos.
De forma a bem poderem
ganhar a vida
Com facilidade, e também com toda
a honestidade e segurança".
Nessa época, graças à boa
geometria,
Este honesto ofício da boa
maçonaria
Foi organizada, elaborada em seu
método
E concebido pelos clérigos reunidos.
Em virtude das súplicas dos
conceberam a geometria,
Dando-lhe o nome de maçonaria,
Para fazer o mais honesto dos ofícios.
Esses filhos dos senhores foram ao clérigo
Para aprender o ofício da geometria
No qual ele se mostrou pleno de cuidado.
Por causa da súplica dos pais, bem
20. 20
como das mães,
Ele os introduziu nesse ofício honesto.
Aquele que melhor aprendia e se
mostrava honesto
Também suplantava os companheiros
em habilidade.
Caso nesse ofício ele se superasse,
Teria mais direito à honra do que o
derradeiro.
O nome desse grande clérigo era
Euclides.
Seu nome se difundiu amplamente.
Além disso, esse grande clérigo
ordenou ainda
Que aquele que estivesse num grau
mais elevado
Deveria instruir o que menos soubesse
Para o aperfeiçoar nesse honesto
ofício;
Assim devem eles se instruir
mutuamente
E se amarem juntos como irmã e
irmão.
Além disso, ordenou ele ainda
Que o mais adiantado fosse chamado
mestre;
Para que ele fosse o mais honrado,
Deveria ele assim ser chamado.
Todavia, um maçom jamais deveria
querer chamar um outro
No ofício, diante de todos os demais,
De servo ou servidor, mas sim de
"meu caro irmão".
Mesmo não sendo ele tão perfeito
como um outro,
Cada um por amor deveria chamar o
outro de companheiro,
Já que são nascidos de nobre estirpe.
O ofício da maçonaria iniciou-se
primeiro
Quando o clérigo Euclides, em sua
sabedoria, instituiu
Esse ofício da geometria na terra do
Egito.
No Egito com vigor ministrou seus
ensinamentos
Difundidos em várias terras, por toda parte.
21. 21
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
16/08 Caminhos da Verdade nr. 92 Blumenau
17/08 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis
18/08 Fraternidade de Itapema nr. 104 Itapema
20/08 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú
30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
01/09 Fraternidade Blumenauense nr. 6 Blumenau
05/09 Fraternidade Chapecoense nr. 63 Chapecó
08/09 Sentinela do Sul, nr. 29 Tubarão
PROGRAMAÇÃO QUINZENAL DAS ATIVIDADES NAS LOJAS JURISDICIONADAS
AO GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC:
O presente Quadro foi elaborado pelo Ir Roberto Borba (Borbinha)- Cel. 9116-3301
PERÍODO DE ATIVIDADES: 12/08 Á 24/08:
DIA LOJA LOCAL ATIVIDADES OBSERVAÇÕES
16 XLVI Encontro do Dia do
Maçom
CHAPECÓ Dia do Maçom -
Comemoração
em Chapecó
GM-Alaor F.
Tissot
17 ARLS Harmonia e ITAJAÍ Sessão VM - Ademar -
6 - destaques jb
22. 22
Perseverança-108 Economica G:.I:.
Palestra Sec:.
Educação do
GOSC Anesio de
Marco
47.91999540
18 ARLS JACY DAUSSEN-71 Centro Eventos
Petry -
Serrarias
9a Feijoada do
Maçom - ás
12:00 hs.
Ingressos R$
35,00 + 1kg.
Alimentos
não/Per.
VM - Adriano de
Jesus -
48.91535744
19 ARLS Lédio Martins nr. 35 Assoc. São
João de
Jerusalém -
Barreiros
Palestra Ir.
Geraldo Zanin -
"Escrita
Maçônica"
VM Marco
Antonio Vidal -
48-84889497
20 ARLS JACY DAUSSEN-71 Assoc. São
João de
Jerusalém -
Barreiros
Palestra G:.I:.
Pelo Sec:.
Educação do
GOSC - Clayton
Guisi - Tema: O
dia do Maçom
VM - Adriano de
Jesus -
48.91535744
21 ARLS Sol do Oriente-68 CAMBORIÚ Palestra do Ir:.
Flávio
Dallazzana -
Tema:Ritual e
Ritualistica do
Rito
Adonhiramita
VM - Ivens
Ortigari
47.88514048
22 ARLS Brusque Deutsche-59 BRUSQUE Sessão G:. II:.
Palestra do Ir:.
Germano com o
Tema: SER OU
ESTAR
MAÇOM
VM- Augusto
Horner
47.99834500
22 ARLS Ademar Nunes Pires-
51
Florianópolis -
Templo -
Fraternidade
Cat.
Palestra do Ir:.
Fernando Araújo
VM - Mauricio
Perin -
48.99811051
24 ARLS Brusque Deutsche-59 BRUSQUE Sessão Magna de
Iniciação
VM- Augusto
Horner
47.99834500
24 Bethel Fênix
(Apoio MRGLSC/GOSC)
Sede MRGLSC Cerimônia do s
15 anos do
Bethel - 08 -
Fênix
GOSC
24 ARLS Silencio e
Fraternidade-40
Campos Novos Loja de Mesa
Local Sede
Social
COOCAM
VM-Mário César
Fagundes -
49.91071002
23. 23
Atente para a Programação:
Hoje, Sexta-feira, 16 de agosto de 2013.
14 horas – Abertura da Secretaria.
18 horas – Recepção dos participantes.
19h30 – Abertura oficial do Encontro.
20 horas – Show e recepção com a Banda Fritz 4.
Festa das Nações.
Desfile de blocos caracterizados.
21 horas – Jantar de confraternização.
Amanhã, Sábado, 17 de agosto de 2013.
09 horas – Assembléia geral da GLSC.
12 horas – Almoço de confraternização.
Show Raízes do Samba (Grupo de Pagode).
17 horas – Sessão Comemorativa do XLVI Encontro do Dia do Maçom.
Tema: União fraternal, o esteio da ordem.
20 horas – Show George Rock e Banda.
21 horas – Jantar de Gala.
23 horas – Baile de Gala com a Banda Itamone.
25. 25
Expedição Maçônica
Brasil-Argentina-Uruguai
EXPEDIÇÃO MAÇÔNICA
BUENOS AIRES e MONTEVIDEO
4 A 11 OUTUBRO 2013
Estimado Irmão;
Faltam apenas dois casais para fecharmos o grupo da Expedição Maçônica,
nos dia 04 a 11 de outubro, a Buenos Aires e Montevidéu. A tarifa aérea está
realmente baratíssima, de US 250,00, para todo o trecho. Em roteiros
normais, o custo seria quase o dobro.
A Expedição inclui, além de reunião litúrgica, visitas a cidades históricas, zona
franca, passeios de barco, degustações de vinhos, jantares, almoços e a
alegre companhia de Irmãos e cunhadas, muitos dos quais você e a
cunhada já conhecem.
Avalie a possibilidade de você e a cunhada participarem conosco desta
gloriosa e agradável experiência internacional Maçônica.
Responda para mim por esta via ou contate diretamente o Sr. Germám, da
Zenithe Tur (31 3225 7773) e veja as condições realmente vantajosas.
Aguardo sua fraterna companhia.
TFA
Paulo Queiroga
Orador
A.R.L.S. Presidente Roosevelt n. 25
26. 26
Informações e Reservas da
Excursão Brasil-Argentina-Uruguai
ZÊNITHE TRAVELCLUB
Viagens EnoGastronômicas pelo Brasil e o Mundo
R. Sergipe 1167. 13° Andar. Edif. Savassi. SAVASSI. CEP. 30.130-171.
BELO HORIZONTE. Minas Gerais. BRASIL.
EMBRATUR: 12961.00.41.1 - ABAV-MG - 0302.SNEA: 6658.
FONE / FAX: 55(0.31) 3225-7773
E-MAIL: german@zenithe.tur.br - www.zenithe.tur.br
27. 27
1 - O Domador de cavalos
https://www.facebook.com/video/embed?video_id=2783535913626
2 - Novo invento israelense imaginado, inicialmente, para fornecer
água às forças militares na Zona de Combate e, quem sabe, poderia
ser utilizado pelas populações de uma maneira geral .
www.youtube.com/embed/A5NbrZBoPPM?rel=0
3 - Lembra?
http://www.youtube.com/watch?v=i2wmKcBm4Ik
Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas
28. 28
VERSOS PARA O
DIA DO MAÇOM EM CHAPECÓ
(Um brinde do Ir Adilson Zotovici)
Anseiam os livre pedreiros
Da Ordem Sublime e ativa,
Dos dirigentes aos canteiros
Por essa data festiva !
Afluem os tantos obreiros
De todas as Lojas e cantos
Com propósitos sobranceiros
Trazendo alegria e encantos !
São encontros motivados
Que como tais, bem sabeis,
Sempre tão comemorados
Hoje já...o “ quarenta e seis “ !
Extensa programação
Com desvelo arquitetada
Onde a tônica é a união
E a paz perpetuada !
fechando a cortina
29. 29
Esperado evento augusto
Pela obra que se tem feito
Onde o motivo é justo
E o resultado...perfeito !
Reverenciar-se-á o passado
Destarte saudando o presente
Para erigir futuro sonhado
Por nossa brava gente !
Rendamos então homenagem
Com todo vigor e afeto
Rogando luz nessa passagem
Ao nosso Grande Arquiteto !
Chapecó de braços abertos
Espera os Maçons com alegria !
Vindos, tais pássaros libertos,
Pra comemorarem “ vosso dia “ !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169