1. PARMÉNIDES
“ DA NATUREZA “
12ºANO
Ano Lectivo 2003/2004
Prof. Isabel Duarte
FRAG. 2 ( recapitulação)
Jovem ( destemido ) Objectivo: Pensar, investigar
1) 1- VIA ( é /ser ); via afirmativa
Parménides “ homem racionalmente
( afirmar ) VERDADEIRA/
Sabedor por todas as ESCOLHA/DECISÃO Racional
REALIDADE ( aletheia )
Cidade ” ---uso da ( KRINAI )
Razão segundo os
( duas vias logicamente exclusivas,
Princípios lógicos
se optarmos por uma temos de
Rejeitar a outra )
2) 2- VIA ( não é /não ser ); via
negativa ( negar )
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3) 3- VIA ( VIA DE COMPROMISSO
entre a 1 e a 2 ), é a via do é e
do não é ( Mistura = ser e não
ser )
= APARÊNCIA
• Onde vagueiam os
MORTAIS ( MENTE
ERRANTE )
1
2. • comum dos mortais
“ bicéfalos “ são
incapazes de decidir
( discernir )entre o “é ” e
o “não é”, tratando-os
como iguais, confundindo-
os. O que resulta do facto
de não obedecerem ao
princípio da Não
contradição ( Uma coisa
não pode
simultaneamente ser e
não ser ).Os mortais não
julgam com base no
exercício lógico da razão
mas no testemunho dos
sentidos, o que os conduz
a afirmar:que o “é”, é
2
3. RETRATO DOS MORTAIS ( Frag. 6 /7 )
Multidões censuradas pela deusa ( “ hordas sem discernimento “
) que vagueiam na terceira via, da aparência ( que é e não é ).
A razão pela qual a deusa não faz nenhuma referência a este
caminho no frag.2 é a de que estava a apontar, nesse passo,
alternativas logicamente coerentes entre o que os “ homens
sabedores “ ( investigadores racionais ) devem decidir. Ora, o 3
caminho é a via em cujo percurso se acha quem não tomar essa
decisão por incapacidade de usar as faculdades críticas
(exercício da razão)
Crença: “julgam que ser e não ser são e não são a mesma
coisa”; o que os conduz a afirmar a existência de
multiplicidade, de movimento , de transformação ( devir ) e da
predicação.
ANALOGIA entre os Mortais e os prisioneiros da CAVERNA DE
PLATÃO que “trilham” a via da aparência ( que é e não é )
identificando-a com a realidade.
Analogia entre o “ prisioneiro da caverna que se liberta/é
libertado “ e Parménides. Como? Pelo exercício da razão.
OS MORTAIS
1- IGNORANTES: “ NADA SABEM “
2- GENTE BICÉFALA: ( duas cabeças, Mente errante que não
lhes permite escolher racionalmente entre o é o não é,
tratando-os como iguais )
3- ACRÍTICOS: Sem capacidade crítica/RAZÃ: denominados
pela deusa de “hordas sem discernimento”
4- MEROS “ANIMAIS”: conduzem-se pelo hábito ( testemunho
dos sentidos----OPINIÃO/DOXA )
5- CEGOS, SURDO E MUDOS: CEGOS: quando crêem ver
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4. ( visão )
SURDOS: quando crêem ouvir
(audição )
MUDOS: quando crêem que ao
falar dizem algo
CRÍTICA AO EXERCÌCIO DA SENSIBILIDADE
6- SERES ILÓGICOS: conduzem-se por raciocínios “reversíveis”
= contraditórios. Exemplo: Pensar
É afirmar e negar ao mesmo tempo
7- SUJEITOS DE UM DISCURSO ABSURDO: conduzem-se por
uma prática sensível, o que lhes leva a afirmaram proposições
absurdas, tais como, o real é múltiplo, está sujeito ao
movimento e à transformação ( devir ).
CONCLUSÃO:
Os “ insultos “ ( censura da deusa ) têm um duplo sentido: 1)
DUPLA NATUREZA (gente bicéfala, duas cabeças, Mente errante
), 2) CAUSA DA SUA INCAPACIDADE ( conduzem-se pela prática
sensível, pelos sentidos “ costume muito experimentado “
( hábito ).
LIÇÃO A EXTRAIR:
Evitamos o erro ( vaguear na 3 via/ pensar é e não é ) se
evitarmos a hesitação ( indecisão ) entre o é e o não é
(Mistura entre as duas primeiras vias/“ confundindo um
com o outro “) produto do “ costume muito
experimentado “, da prática da sensibilidade ( a visão, o
ouvido e a comunicação verbal ).
COMO?
- Julgando ou decidindo ( Krinai ) pela “ prova muito disputada
“: o exercício da razão ( argumentativa ) a quem compete a
correcção dos costumes dos homens. ( Frag. 4 “ longe, pela
mente se torna presente” )
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