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Avaliação e
tratamento
fisioterapêutico do
paciente
queimado na
atenção terciária
Docente: Andrieli Bouvier
Queimaduras
• Lesões comuns de ocorrerem.
• Já foram consideradas, nos Estados Unidos, a quarta causa de morte por injúria
unidirecional segundo a Organização mundial da saúde
• Idade => independente.
• Crianças que derrubam algo do fogão e se queimam, adultos que se queimam ao realizar
churrasco, idosos se queimam por desequilíbrio enquanto cozinham.
Epidemiologia
• No Brasil, estima-se que há :
 1.000.000 de acidentes por ano.
 100.000 destes procuram atendimento hospitalar.
 2.500 evoluem para óbito
 2/3 destes ocorrem em casa, atingindo geralmente
crianças
 O grande queimado tem um custo diário em torno de
R$1200,00 a R$ 1500,00.
Fatores
causais
Fatores físicos = vapor, água quente e
chamas.
Eletricidade = corrente elétricas ou raios.
Radiação = queimaduras de sol, aparelhos
de raio x ou queimaduras nucleares.
Fatores químicos = ácidos, álcool e gasolina.
Fatores biológicos = animais (exemplo água-
viva).
• Queimadura por água-viva. Queimadura por
eletricidade. Queimadura por temperatura baixa.
Lesão de
primeiro grau
• Muito tempo sob o sol, ,atinge somente a
epiderme. Nesse grau de lesão é possível
encontrar hiperemia e edema, a sensação de dor
também pode estar presente.
1º Grau
• Não sangra, geralmente seca
• Rosa e toda inervada
• Não passam da Epiderme
• Queimadura de Sol(exemplo)
• Hiperemia
• Dolorosa
• Cicatrização em geral rápida e sem fibrose
• Normalmente não chega na emergência
Segundo grau
• Atingem epiderme e derme. Flictenas (bolhas).
• Não há destruição (apesar de atingir uma camada mais
profunda), de folículos pilosos e glândulas sudoríparas.
• Eritema, dor, flictenas (quando se rompem expõe superfície
rósea e úmida).
2º Grau
• Atinge epiderme e derme
• Úmida
• Presença de Flictenas (Bolhas)
• Rosa, Hiperemia e exsuda
• líquido.
• Dolorosa
• Cura espontânea mais lenta,
• com possibilidade de formação de cicatriz
• hipertrófica.
Terceiro grau
=> destruição quase
total da derme.
Coloração mais pálida,
menos dolorosa, se for
mais profunda leva a
alteração sistêmica.
Dependendo da lesão =
enxerto.
Tecido subcutâneo,
músculos e ossos
podem ser atingidos.
Aspecto esbranquiçado
ou marmóreo.
Perda elasticidade
tecidual.
3º Grau
• Atinge todos os apêndices da pele
• Ossos, músculos, nervos, vasos
• Pouca ou nenhuma dor
• Úmida
• Cor Branca, Amarela ou Marrom,
• não clareiam quando pressionadas.
• Não cicatriza espontaneamente,
• necessita de enxerto cutâneos.
• Ocorre maior desequilíbrio hidreletrolítico.
Classificação queimaduras =
percentual área lesão
• Pode se classificar a
gravidade de uma queimadura
pela porcentagem da área
corporal lesada. Nesses casos,
são classificadas como leves,
moderadas e graves.
Fatores que podem influenciar no prognóstico: idade,
fator causal lesão, e se há lesão em vias aéreas.
Não é comum que os pacientes apresentem
complicações do quadro geral.
Devido a destruição da epiderme e da derme, nosso
corpo perde uma de suas barreiras contra
microrganismos que podem causar infecções, assim
como a elevada temperatura da fumaça, quando
inalada, pode
provocar lesões graves no sistema respiratório,
podendo até levar
a necessidade do uso de suporte ventilatório invasivo.
Por isso, durante a nossa avaliação é muito importante
se atentar a presença de sinais dessas complicações.
Dessa forma, mais uma vez, as alterações dos sistemas respiratórios
e cardíacos devem ser observadas.
História clínica do paciente também é muito importante.
Informações como o fator causal da lesão, o tempo que passou do
momento da lesão até a chegada dos primeiros socorros e como foram
esses primeiros socorros são muito importantes.
As vezes a história clínica não poderá ser colhida diretamente do paciente
=> busca de informação nos prontuários e em conjunto com a equipe
multidisciplinar importante para uma adequada coleta desses dados.
Edema
• O trauma térmico causa uma exposição das fibras colágenas, o que vai levar ao aumento
da permeabilidade capilar por meio de uma resposta que envolve mastócitos e
fosfolipases, por exemplo.
• O aumento da permeabilidade capilar causa uma diminuição da pressão coloidosmótica
(pressão dentro dos vasos exercida pelas proteínas), causando o edema.
• Esse processo pode levar a uma diminuição da volemia, podendo levar esses pacientes
ao desenvolvimento de choque hipovolêmico.
• Nesses casos, a reposição volêmica vai ser utilizada para manter ou melhorar a perfusão
dos tecidos, para evitar a morte de tecidos por isquemia.
No entanto, além da formação do
edema decorrente das alterações
provocadas pela queimadura, a
reposição volêmica pode também
contribuir para a formação do
edema.
Outro fator que pode levar a
formação do edema é a
hipoalbuminemia, que é quando
diminui a quantidade de
albumina, uma proteína no
sangue.
Quando o edema pode ser
clinicamente visualizado já
aconteceu o aumento de 100%
do volume de líquido intersticial.
Avaliação do Edema
• Observar a velocidade de progressão da sua formação, se foi rápido ou lento, o local de
início, se está aumentando para locais próximos e se está generalizando, ou se está
concentrado em um local específico.
• Observar cor, temperatura, sensibilidade e a presença ou não de cacifo.
• Cirtometria => método usado com fita métrica para medir o tamanho do edema e
também seu diâmetro. Usa-se referências ósseas anatômicas para se realizar a medida
no mesmo exato local todas as vezes.
• Por exemplo, para a realização da cirtometria da parte distal da perna, o maléolo lateral
pode ser utilizado como referência, e a medida ser realizada sempre três centímetros
acima dele.
Complicações Sistema
Musculoesquelético
• Dor => pode levar ao desuso do membro/região acometido => paciente pode apresentar
contraturas, retrações/deformidades e ↓ da ADM.
• Acompanhar através da goniometria se há presença de diminuição de movimento => a
diminuição pode ser um indicativo de falta de elasticidade de tecidos musculares e cutâneos.
• Goniometria passiva ou ativa.
• Fatores que podem levar à diminuição da amplitude de movimento de uma articulação: dor,
edema e os próprios curativos sobre a lesão provocada pela queimadura.
Avaliação
• Lembrar sempre que a avaliação de uma articular isolada nem sempre reflete em uma
compensação/limitação de ADM funcional.
• Como vários músculos no nosso corpo atuam em mais de uma articulação, a avaliação da
amplitude de movimento de uma articulação isolada pode não refletir as perdas
funcionais que podem aparecer durante a realização de atividades, como pentear os
cabelos ou se alimentar.
• Para melhor coleta de dados, solicite ao paciente que realize determinados movimentos
e os avalie de forma global.
• Por ex. = pcte que queima a mão tem dificuldade para atividades como se alimentar ou
pentear o cabelo.
Avaliação do Sistema Respiratório:
Queimaduras graves e extensas podem apresentar queimaduras e
intercorrências.
Alterações do sistema respiratório: obstrução das vias aéreas superiores,
desenvolvimento de tampões de muco nas vias aéreas, disfunção muco
ciliar, diminuição da mobilidade da caixa torácica e atelectasias.
Vítimas de queimaduras podem apresentar aumento da resistência pulmonar e diminuição da complacência pulmonar e torácica.
O aumento da resistência pulmonar pode ser provocado pela redução do calibre da árvore traqueobrônquica, por broncoespasmo e
por hipersecreção.
Já a redução da complacência pulmonar pode ser causada por edema pulmonar, atelectasias e síndrome compartimental. ,
Essa redução tbm pode ser devido há alguns casos pcte apresentar dor, curativos na região torácica e por cicatriz retrátil também no
tórax.
Lesão de VAS
• Causada pela dissipação do calor a temperaturas >150°, surgindo eritema, ulcerações de
mucosas e, em casos extremos, desencadear obstrução mecânica em região glótica.
Lesão de VAS
• Causada pela dissipação do calor a temperaturas
>150°, surgindo eritema, ulcerações de mucosas e,
em casos extremos, desencadear obstrução
mecânica em região glótica.
Lesões das vias aéreas inferiores
• Exposição à fumaça tóxica provoca lesão química do epitélio, com formação de infiltrado
neutrofílico que pode provocar desolamento do epitélio ciliar e um preenchimento das vias
aéreas por exsudato, que por ser rico em fibrina, solidifica-se gerando verdadeiros tampões.
• Além de ocluir a passagem de ar, podem agir como mecanismo de válvula, formando áreas de
pressão localizadas que eventualmente evoluem com broquiectasia e até pneumotórax.
• Os sinais clínicos deste problema pode estar ausente durante até 72 horas após a exposição, e
radiografias de tórax iniciais são pacientes geralmente normal.
Lesões das vias aéreas
inferiores
• Exposição à fumaça tóxica provoca lesão química do
epitélio, com formação de infiltrado neutrofílico que
pode provocar desolamento do epitélio ciliar e um
preenchimento das vias aéreas por exsudato, que por
ser rico em fibrina, solidifica-se gerando verdadeiros
tampões.
• Além de ocluir a passagem de ar, podem agir como
mecanismo de válvula, formando áreas de pressão
localizadas que eventualmente evoluem com
broquiectasia e até pneumotórax.
• Os sinais clínicos deste problema pode estar ausente
durante até 72 horas após a exposição, e radiografias
de tórax iniciais são pacientes geralmente normal.
Tratamento
fisioterapêutico do
paciente queimado
Docente: Andrieli Bouvier
35
Fisioterapia
• Atuará de forma global nos pacientes queimados, abrangendo os sistemas acometidos e/ou que
precisem de reabilitação.
• A variabilidade de atuação se deve a alguns fatores como, local da lesão, extensão da lesão,
gravidade da queimadura, tipo de queimadura, evolução do quadro clínico, entre outros.
• Fatores psicológicos = podem influenciar tratamento.
36
Atuação do Fisioterapeuta
37
Primeiro dia internação = iniciar a fisioterapia => dor pode limitar a conduta realizada.
Medo da dor = medo dos exercícios = limitante da evolução geral.
Trabalho em equipe IMPORTANTE = relacionado aos cuidados gerais, dor do pcte, evolução do
quadro apresentado.
Horário atendimento = preferencialmente aqueles em que o paciente encontra-se com a
analgesia otimizada.
Terapia adequada => exercícios mais leves inicialmente => preparação p/ exercícios mais
evoluídos que posteriormente irão aumentar a dor do paciente.
Pontos Importantes
• Sempre considerar a dor do paciente.
• Técnicas desobstrutivas e reexpansivas precisam ser consideradas quando houver queimadura de vias
aéreas.
• Devido ao tempo de internação ser longo, há possibilidade desses pacientes desenvolverem
complicações respiratórias = cuidado.
• Recursos como órteses para manutenção da posição articular após procedimento de enxerto são
necessários serem usados.
• Malha de compressão: evitar a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóides.
38
39
40
41
Fisioterapia
• Avaliar o pcte e interpretar seus achados =
antes de escolher a técnica a ser aplicada.
• Após eleita a técnica, sempre aplicar a que
tem mais capacidade para reverter,
melhorar ou até mesmo manter as
alterações encontradas.
42
Mobilização passiva
• Mobilização utilizada pelo fisioterapeuta sem auxílio do pcte.
• Mais usada no início da terapia.
• “Aquecimento” da terapia = mostra ao pcte atividades que o mesmo pode
realizar e que até então julgava não ser capaz.
• Mobilização passiva demonstra ao pcte sua capacidade de movimentar a
articulação lesionada => prepara músculo/tendão/pele p/ exercícios que
exijam mais de suas propriedades elásticas.
• Inicialmente pequenas amplitudes que evoluirão p/ arco completo do
movimento.
43
Mobilização passiva
• Esclarecer a importância da técnica = evitar aparecimento de
encurtamentos, contraturas e também auxílio na maneira correta de
cicatrização.
• EXPLICAR SEMPRE = presença de dor (mesmo em horários de analgesia), e
a diminuição dela ao longo do tempo.
• Participação e Cooperação do pcte = IMPRESCÍNDIVEL.
• Evoluir de pequenas amplitudes para o arco total do movimento =>
ATENÇÃO quanto a direção de mobilização => SENTIDO CONTRÁRIO A
DIREÇÃO DA RETRAÇÃO (inicialmente).
44
Mobilização Passiva Alongamento
45
Sentido desejado. Pode
ser mantido tbm na
posição para o ganho do
mesmo.
Dor não pode ser limite
para alongamento =
SENSIBILIDADE DO
PROFISSIONAL.
Compensações = podem
ocorrer, sempre ficar
atento.
Movimentos
compensatórios reduzem
a efetividade da terapia e
os benefícios não são
atingidos.
Exemplos = mobilização
de ombro, pcte aumenta
a lordose lombar.
Mobilização ativa
46
Diferentes tipos de exercícios possuem essa categoria.
Mais usados são: exercício ativo, exercício resistido, alongamentos e fortalecimentos
musculares => podem ser usados de modo individual ou associados.
Escolha do exercício baseado nos achados da avaliação, objetivos da terapia,
conhecimento da técnica, evolução do pcte, entre outros.
Alongamento passivo ou ativo = passivo pode associar com a mobilização passiva =
ativo cuidar com posturas compensatórias.
Alongamento ativo
47
Podem ser realizados em momentos onde o pcte não esta recebendo a terapia.
Quando prescritos, importante: prescrever detalhes exercícios (posição, repetições, series, tempo de
execução, tempo de repouso e cuidados a serem tomados).
Posição do alongamento = sempre respeitar o intuito em se alongar, afastamento de origem e
inserção.
Duração alongamento = 30 segundos, 3 x cada.
Exercícios ativos são aqueles realizados contra a gravidade e sem auxilio do fisioterapeuta.
Exercícios resistidos
• Manutenção e ganho de força muscular (tecidos lesionados e tecidos não
lesionados) => utilizados em fases mais avançadas do tratamento.
• SEMPRE SÃO REALIZADOS DE FORMA PROGRESSIVA (sobrecarga gera força
muscular).
• Tempo de internação diminui sobrecarga imposta aos músculos periféricos.
• Regiões não lesionadas sofrem alterações pelo imobilismo
• Medicações também alteram a força muscular do paciente.
48
Exercícios de resistência
• Manuais, pesos, alteres, faixa elástica, dentre outros.
• Escolha do exercício depende: condição do paciente, conhecimento do
terapeuta, instrumentos disponíveis, adaptação e evolução.
• Isometria ou isotonia = avaliar qual é o mais ideal p/ cada caso
individualmente.
49
Uso de Próteses e Órteses
50
Utilizadas p/ manutenção
do posicionamento,
evitando retrações e
aparecimento de cicatrizes
hipertróficas.
Auxiliar na prevenção da
perda ou da diminuição da
amplitude de movimento e
encurtamentos e
contraturas musculares.
Materiais mais utilizados:
gesso e termomoldável.
A escolha do material vai
depender da
disponibilidade no serviço
e da experiência da equipe.
Malha compressiva =
utilizada de 12 a 36 meses
em média.
Prevenção de Atelectasias e Infecções
Respiratórias
51
Complicações respiratórias = atelectasias e pneumonia.
Queimaduras de vias aéreas ou a inalação de partículas oriundas do processo de combustão, aumentam ainda
mais os riscos de complicações do sistema respiratório.
Exercícios reexpansivos = ventilar vias aéreas que diminuíram sua ventilação por imobilismo = prevenindo
atelectasias.
Exercícios desobstrutivos = limpeza de vias aéreas = eliminação possíveis agentes infecciosos = diminuindo riscos
de pneumonia.
Prevenção de Atelectasias e Infecções
Respiratórias
52
Além da prevenção de atelectasias e infecções respiratórias, esses exercícios vão mobilizar os tecidos da
caixa torácica.
Auxiliam também na prevenção das complicações cutâneas e musculares na região.
O uso de pressão positiva nas vias aéreas também pode auxiliar na ventilação de áreas que não estavam
sendo recrutadas ou reexpansão de áreas que estavam colapsando => melhora a relação ventilação
perfusão, diminui o trabalho respiratório, diminui a frequência respiratória e melhora a expansão
torácica.
Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação
e a Deambulação
53
Pcte estável e com prescrição não restringindo ao leito => estímulo a realizar exercícios desde o
primeiro dia de internação.
Casos de enxerto são necessários serem acompanhados desde o primeiro dia de intervenção
cirúrgica = evitando assim a necessidade de nova intervenção.
Sempre estimular pcte há um comportamento ativo, desde que não haja contraindicações, desde o
primeiro momento de internação.
Decúbito dorsal por tempo prolongado pode levar alterações como diminuição da força muscular,
diminuição da capacidade do sistema cardíaco e pulmonar e osteoporose, entre outros.
Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação
e a Deambulação
54
É importante que o pcte tenho uma poltrona ao lado de sua maca, tanto p/ a necessidade e a
possibilidade de uma troca de decúbito, levando o pcte a se sentar na mesma.
O fato de ter a poltrona já pode estimular o paciente a querer sair do leito e fazer um esforço físico para
levantar do leito, se manter em pé, dar poucos passos e sentar na poltrona.
Quando pcte tiver independência o próprio ira fazer a troca de decúbito da maca para a poltrona sem
supervisão.
Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação e
a Deambulação
• Durante a terapia, você pode evoluir os exercícios também
nas diferentes posturas, sentado, em pé e durante a deambulação.
• Inserir exercícios na posição sentada e evoluir p/ posição ortostática =
avaliando sempre a estabilidade clínica do mesmo.
• Cuidado ao evoluir as terapias.
• Após boa resposta ortostática = evoluir p/ deambulação, iniciando com
curtas distâncias e progredindo.
55
Melhorar a Elasticidade Músculotendínea e a
Nutrição dos Tecidos Articulares e Funcionais
• Os exercícios de modo geral irão atuar melhorando a elasticidade músculo-tendínea e a nutrição dos
tecidos articulares.
• O alongamento vai “direcionar” o crescimento das fibras de colágeno e dos fibroblastos de maneira
adequada, evitando que elas se entrelacem e prejudiquem a elasticidade do tecido.
• Os exercícios ativos vão aumentar o fluxo sanguíneo local, aumentando
o aporte de oxigênio e nutrientes, além de aumentar a remoção de possíveis metabolitos da queimadura
e trabalhar a função cardiorrespiratória.
56
Estímulo à Postura de Sentar, a
Bipedestação e a Deambulação
• O exercício resistido, além de aumentar a força, ainda traz o
benefício de manter as propriedades específicas dos tecidos
músculo-tendíneo e tecidos articulares, o que vai garantir a
manutenção das propriedades específicas dos tecidos
músculotendíneo e dos tecidos articulares, que vai garantir a
liberdade articular para realização das atividades do dia a dia,
garantindo a independência funcional desses pacientes no retorno à
sociedade.
57
Recursos
fisioterapêuticos para
o tratamento do
paciente queimado
Relembrando...
CLASSIFICAÇÃO
DE
QUEIMADURAS
COMPLICAÇÕES
EM VÁRIOS
SISTEMAS
IMPORTÂNCIA
DA
FISIOTERAPIA
TÉCNICAS
TRADICIONAIS
Utilização do “Wii
reabilitação”
• Recursos terapêuticos considerados lúdicos, além de
promover os benefícios que são atingidos por meio das
técnicas tradicionais, faz com que o paciente tenha prazer e
se entretenha durante a realização dos exercícios.
• Jogos ou atividades recreativas - tem o objetivo de
promover, além dos benefícios esperados, diversão e
distração para o paciente.
Recursos Lúdicos
ESCOLHA - vai depender das preferências e dos conhecimentos do paciente.
Jogos de damas ou xadrez, com a atividade de pintar com um pincel, ele pode obter benefícios semelhantes.
Duração dos exercícios - conforme adaptação do paciente e o planejamento da sua terapia;
ADAPTAÇÕES NOS MATERIAIS
ATIVIDADES ARTISTICAS
DIVERSAS ATIVIDADES – SESSÕES DIFERENTES
CRIATIVIDADE - EXPERIENCIA
JOGOS E BRINCADEIRAS - são recursos que devem ser executados com um objetivo e de maneira a promover os benefícios que o paciente necessita, como
melhora/manutenção da mobilidade e da força muscular.
FISIOTERAPEUTA - é responsável por garantir que durante a realização da atividade, o paciente realize os movimentos de maneira correta ou evitar
compensações.
Recursos Lúdicos • Atividades que além de beneficiar o paciente se diverte
• Podem ser indicadas para a realização em outros períodos
durante o dia.
TECNOLOGIA
• O Nintendo Wii - videogame que possui controles sem fio
e um acelerômetro tridimensional, que permite ao
console identificar o movimento realizado pela pessoa que
segura o controle.
Utilização de malhas compressivas
• As malhas compressivas são utilizadas em pacientes
queimados para o tratamento das cicatrizes que podem se
desenvolver em decorrência da lesão e do processo de reparo
tecidual provocado pela queimadura.
• BENEFÍCIOS - são obtidos pela pressão exercida na pele devido
a compressão causada pela malha.
Realizada individualmente
Medidas específicas para a região a qual será utilizada;
Material composto por náilon (67%) e látex;
Pressão exercida - > 25 mmHg, superior a pressão capilar.
Utilização de malhas compressivas
• Auxilia no processo de drenagem linfática, que favorece a diminuição do edema e por meio de
isquemia tissular acontece um melhor remodelamento das fibras de colágeno, aumentando a
degeneração de fibroblastos por meio da maior atividade da enzima colagenase, o que causaria
uma diminuição do processo inflamatório e da síntese de colágeno.
• É indicado que o uso inicie de maneira precoce, logo após a epitelização completa, por um
período de 23 horas por dia, deve ser retirado somente para higiene pessoal.
• O paciente deverá usar a malha por cerca de 12 – 36 meses.
• Ajustar nas medidas da malha podem ser necessários com o passar do tempo, no caso de
aumento ou diminuição do peso do paciente.
Recursos para a prevenção e Tratamento das
contraturas
• As contraturas são sequelas comuns em pacientes vítimas de
queimaduras.
• A restrição ao leito, que pode acontecer em casos de
pacientes com queimaduras em grandes áreas corporais, a
dor, que pode impedir o paciente de realizar movimentos
articulares, e o desenvolvimento de cicatrizes são fatores
que podem contribuir para o aparecimento das contraturas.
• Exercícios de mobilização, e alongamentos (ativos ou
passivos);
• Posicionamento - o posicionamento adequado irá
proporcionar maior mobilidade articular, diminuir o edema e
a pressão intraescapular e prevenir compensações posturais
geradas pela lesão do paciente.
Recomendações sobre o posicionamento articular adequado para
pacientes queimados
• Coluna cervical - Hiperextensão;
• Coluna vertebral - Evitar o cruzamento de uma coxa sobre a outra
• Mãos - Posição de concha palmar; afastamento interdigital.
• Membros superiores e inferiores - Evitar posturas antálgicas; abdução máxima.
• Pés - Posicionamento neutro do tornozelo.
Recursos para a prevenção e tratamento de
cicatrizes hipertróficas
• ENXERTIA - também conhecido como transplante de pele, é utilizado em pacientes
vítimas de queimaduras com grandes áreas corporais queimadas com lesões de 2º/3º
graus
• Pode ser realizado com peles de outras áreas corporais do mesmo paciente ou mesmo
de outras pessoas e com peles de outros animais.
Transplantes de pele
• Enxertia autóloga: o doador é o próprio receptor; a pele é retirada de outra área corporal
e transplantada na área lesada.
• Enxertia homologa: transplante realizado com pele doada por outro doador da mesma
espécie, por exemplo, com pele de um banco de peles.
• Enxertia heteróloga: transplante realizado com pele de doador de outra espécie, por
exemplo, com pele de peixe.
Transplantes de pele
• Procedimento importante na redução das perdas hidroeletrolíticas e proteicas, na
prevenção a dessecação da ferida, no controle da proliferação bacterina, na redução da
dor, na diminuição das perdas metabólicas, na promoção da neovascularização local e
indução da epitelização entre outros.
• Evolução – primeiros relatos entre 1870-1874, o desenvolvimento de cicatrizes ainda é
um grande risco para os pacientes que passam por esses procedimentos.
• Impacto psicológico
• O aparecimento dessas cicatrizes pode estar associado a complicações osteomusculares,
como as contraturas, que podem interferir na funcionalidade de pacientes vítimas de
queimaduras.
Evolução do
processo de
reparo tecidual
REVERSÃO DA CICATRIZ -
os recursos de
eletrotermofototerapia
APLICAÇÃO DA
COMPRESSÃO - uso da
malha compressiva,
Posicionamento -
prevenção do
aparecimento das
cicatrizes que podem levar
A retrações, uso de talas
Exercícios de alongamento
– estimular a disposição
adequada do colágeno
Os exercícios de
mobilização, realizados de
maneira passiva como
ativa.
A massoterapia, por meio
da realização de diferentes
técnicas de massagem;
• Técnicas como o deslizamento, a fricção e
o amassamento podem ser utilizadas com
o objetivo de prevenir ou tratar o
aparecimento das cicatrizes. As
massagens, por meio da estimulação
mecânica rítmica de pressão e do
estiramento dos tecidos, vão provocar
um aumento da perfusão e do
metabolismo dos tecidos, mobilização de
líquidos teciduais, auxílio da reabsorção
de restos metabólicos, vasodilatação e
analgesia, entre outros.
Exemplos de
cicatrizes possam
impedir que os
pacientes executem
as atividades
cotidianas
Como essas cicatrizes podem
interferir no psicológicos desses
pacientes?
Orientação de exercícios domiciliares
• Preparar o paciente para realizar os exercícios em casa.
• Exercícios de alongamento e mobilização ativos.
• Atividades funcionais, como alcançar locais elevados para guardar objetos etc.
• Alta hospitalar - esses exercícios devem ser prescritos para o paciente, e de preferência
entregues para que ele possa levar para casa e seguir os exercícios conforme prescritos: nº de
repetições, tempo de execução, quantas vezes fazer por dia e demais cuidados com
compensações e demais orientações.
• Continuidade dos exercícios que você realiza com o paciente durante o período de internação.
• CUIDADORES - possam auxiliar e supervisionar na execução dos exercícios, de forma a
garantir que eles sejam executados como prescrito.
Dúvidas
Como prevenir/tratar o aparecimento de cicatrizes hipertróficas no paciente queimado?
O aparecimento de cicatrizes hipertróficas pode ser prevenido e tratado por meio de posicionamento, alongamentos,
mobilizações e massagens.
Como prevenir/tratar o aparecimento de contraturas no paciente queimado após a alta do setor de queimados?
Além disso, devem ser prescritos exercícios para realização após a alta, para que o paciente continue estimulando os
tecidos e assim prevenindo e tratando o aparecimento dessas cicatrizes.
Como orientar esses pacientes para auxiliar no tratamento fisioterápico?
Essas orientações devem dar continuidade aos objetivos das sessões fisioterapêuticas, na prescrição devem constar
número de repetições, tempo de realização e demais variáveis envolvidas, conforme cada exercício específico.
Obrigada 

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  • 1. Avaliação e tratamento fisioterapêutico do paciente queimado na atenção terciária Docente: Andrieli Bouvier
  • 2. Queimaduras • Lesões comuns de ocorrerem. • Já foram consideradas, nos Estados Unidos, a quarta causa de morte por injúria unidirecional segundo a Organização mundial da saúde • Idade => independente. • Crianças que derrubam algo do fogão e se queimam, adultos que se queimam ao realizar churrasco, idosos se queimam por desequilíbrio enquanto cozinham.
  • 3. Epidemiologia • No Brasil, estima-se que há :  1.000.000 de acidentes por ano.  100.000 destes procuram atendimento hospitalar.  2.500 evoluem para óbito  2/3 destes ocorrem em casa, atingindo geralmente crianças  O grande queimado tem um custo diário em torno de R$1200,00 a R$ 1500,00.
  • 4. Fatores causais Fatores físicos = vapor, água quente e chamas. Eletricidade = corrente elétricas ou raios. Radiação = queimaduras de sol, aparelhos de raio x ou queimaduras nucleares. Fatores químicos = ácidos, álcool e gasolina. Fatores biológicos = animais (exemplo água- viva).
  • 5. • Queimadura por água-viva. Queimadura por eletricidade. Queimadura por temperatura baixa.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Lesão de primeiro grau • Muito tempo sob o sol, ,atinge somente a epiderme. Nesse grau de lesão é possível encontrar hiperemia e edema, a sensação de dor também pode estar presente.
  • 11. 1º Grau • Não sangra, geralmente seca • Rosa e toda inervada • Não passam da Epiderme • Queimadura de Sol(exemplo) • Hiperemia • Dolorosa • Cicatrização em geral rápida e sem fibrose • Normalmente não chega na emergência
  • 12. Segundo grau • Atingem epiderme e derme. Flictenas (bolhas). • Não há destruição (apesar de atingir uma camada mais profunda), de folículos pilosos e glândulas sudoríparas. • Eritema, dor, flictenas (quando se rompem expõe superfície rósea e úmida).
  • 13. 2º Grau • Atinge epiderme e derme • Úmida • Presença de Flictenas (Bolhas) • Rosa, Hiperemia e exsuda • líquido. • Dolorosa • Cura espontânea mais lenta, • com possibilidade de formação de cicatriz • hipertrófica.
  • 14. Terceiro grau => destruição quase total da derme. Coloração mais pálida, menos dolorosa, se for mais profunda leva a alteração sistêmica. Dependendo da lesão = enxerto. Tecido subcutâneo, músculos e ossos podem ser atingidos. Aspecto esbranquiçado ou marmóreo. Perda elasticidade tecidual.
  • 15. 3º Grau • Atinge todos os apêndices da pele • Ossos, músculos, nervos, vasos • Pouca ou nenhuma dor • Úmida • Cor Branca, Amarela ou Marrom, • não clareiam quando pressionadas. • Não cicatriza espontaneamente, • necessita de enxerto cutâneos. • Ocorre maior desequilíbrio hidreletrolítico.
  • 16. Classificação queimaduras = percentual área lesão • Pode se classificar a gravidade de uma queimadura pela porcentagem da área corporal lesada. Nesses casos, são classificadas como leves, moderadas e graves.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Fatores que podem influenciar no prognóstico: idade, fator causal lesão, e se há lesão em vias aéreas. Não é comum que os pacientes apresentem complicações do quadro geral. Devido a destruição da epiderme e da derme, nosso corpo perde uma de suas barreiras contra microrganismos que podem causar infecções, assim como a elevada temperatura da fumaça, quando inalada, pode provocar lesões graves no sistema respiratório, podendo até levar a necessidade do uso de suporte ventilatório invasivo. Por isso, durante a nossa avaliação é muito importante se atentar a presença de sinais dessas complicações.
  • 21. Dessa forma, mais uma vez, as alterações dos sistemas respiratórios e cardíacos devem ser observadas. História clínica do paciente também é muito importante. Informações como o fator causal da lesão, o tempo que passou do momento da lesão até a chegada dos primeiros socorros e como foram esses primeiros socorros são muito importantes. As vezes a história clínica não poderá ser colhida diretamente do paciente => busca de informação nos prontuários e em conjunto com a equipe multidisciplinar importante para uma adequada coleta desses dados.
  • 22.
  • 23. Edema • O trauma térmico causa uma exposição das fibras colágenas, o que vai levar ao aumento da permeabilidade capilar por meio de uma resposta que envolve mastócitos e fosfolipases, por exemplo. • O aumento da permeabilidade capilar causa uma diminuição da pressão coloidosmótica (pressão dentro dos vasos exercida pelas proteínas), causando o edema. • Esse processo pode levar a uma diminuição da volemia, podendo levar esses pacientes ao desenvolvimento de choque hipovolêmico. • Nesses casos, a reposição volêmica vai ser utilizada para manter ou melhorar a perfusão dos tecidos, para evitar a morte de tecidos por isquemia.
  • 24. No entanto, além da formação do edema decorrente das alterações provocadas pela queimadura, a reposição volêmica pode também contribuir para a formação do edema. Outro fator que pode levar a formação do edema é a hipoalbuminemia, que é quando diminui a quantidade de albumina, uma proteína no sangue. Quando o edema pode ser clinicamente visualizado já aconteceu o aumento de 100% do volume de líquido intersticial.
  • 25. Avaliação do Edema • Observar a velocidade de progressão da sua formação, se foi rápido ou lento, o local de início, se está aumentando para locais próximos e se está generalizando, ou se está concentrado em um local específico. • Observar cor, temperatura, sensibilidade e a presença ou não de cacifo. • Cirtometria => método usado com fita métrica para medir o tamanho do edema e também seu diâmetro. Usa-se referências ósseas anatômicas para se realizar a medida no mesmo exato local todas as vezes. • Por exemplo, para a realização da cirtometria da parte distal da perna, o maléolo lateral pode ser utilizado como referência, e a medida ser realizada sempre três centímetros acima dele.
  • 26.
  • 27. Complicações Sistema Musculoesquelético • Dor => pode levar ao desuso do membro/região acometido => paciente pode apresentar contraturas, retrações/deformidades e ↓ da ADM. • Acompanhar através da goniometria se há presença de diminuição de movimento => a diminuição pode ser um indicativo de falta de elasticidade de tecidos musculares e cutâneos. • Goniometria passiva ou ativa. • Fatores que podem levar à diminuição da amplitude de movimento de uma articulação: dor, edema e os próprios curativos sobre a lesão provocada pela queimadura.
  • 28. Avaliação • Lembrar sempre que a avaliação de uma articular isolada nem sempre reflete em uma compensação/limitação de ADM funcional. • Como vários músculos no nosso corpo atuam em mais de uma articulação, a avaliação da amplitude de movimento de uma articulação isolada pode não refletir as perdas funcionais que podem aparecer durante a realização de atividades, como pentear os cabelos ou se alimentar. • Para melhor coleta de dados, solicite ao paciente que realize determinados movimentos e os avalie de forma global. • Por ex. = pcte que queima a mão tem dificuldade para atividades como se alimentar ou pentear o cabelo.
  • 29. Avaliação do Sistema Respiratório: Queimaduras graves e extensas podem apresentar queimaduras e intercorrências. Alterações do sistema respiratório: obstrução das vias aéreas superiores, desenvolvimento de tampões de muco nas vias aéreas, disfunção muco ciliar, diminuição da mobilidade da caixa torácica e atelectasias.
  • 30. Vítimas de queimaduras podem apresentar aumento da resistência pulmonar e diminuição da complacência pulmonar e torácica. O aumento da resistência pulmonar pode ser provocado pela redução do calibre da árvore traqueobrônquica, por broncoespasmo e por hipersecreção. Já a redução da complacência pulmonar pode ser causada por edema pulmonar, atelectasias e síndrome compartimental. , Essa redução tbm pode ser devido há alguns casos pcte apresentar dor, curativos na região torácica e por cicatriz retrátil também no tórax.
  • 31. Lesão de VAS • Causada pela dissipação do calor a temperaturas >150°, surgindo eritema, ulcerações de mucosas e, em casos extremos, desencadear obstrução mecânica em região glótica.
  • 32. Lesão de VAS • Causada pela dissipação do calor a temperaturas >150°, surgindo eritema, ulcerações de mucosas e, em casos extremos, desencadear obstrução mecânica em região glótica.
  • 33. Lesões das vias aéreas inferiores • Exposição à fumaça tóxica provoca lesão química do epitélio, com formação de infiltrado neutrofílico que pode provocar desolamento do epitélio ciliar e um preenchimento das vias aéreas por exsudato, que por ser rico em fibrina, solidifica-se gerando verdadeiros tampões. • Além de ocluir a passagem de ar, podem agir como mecanismo de válvula, formando áreas de pressão localizadas que eventualmente evoluem com broquiectasia e até pneumotórax. • Os sinais clínicos deste problema pode estar ausente durante até 72 horas após a exposição, e radiografias de tórax iniciais são pacientes geralmente normal.
  • 34. Lesões das vias aéreas inferiores • Exposição à fumaça tóxica provoca lesão química do epitélio, com formação de infiltrado neutrofílico que pode provocar desolamento do epitélio ciliar e um preenchimento das vias aéreas por exsudato, que por ser rico em fibrina, solidifica-se gerando verdadeiros tampões. • Além de ocluir a passagem de ar, podem agir como mecanismo de válvula, formando áreas de pressão localizadas que eventualmente evoluem com broquiectasia e até pneumotórax. • Os sinais clínicos deste problema pode estar ausente durante até 72 horas após a exposição, e radiografias de tórax iniciais são pacientes geralmente normal.
  • 36. Fisioterapia • Atuará de forma global nos pacientes queimados, abrangendo os sistemas acometidos e/ou que precisem de reabilitação. • A variabilidade de atuação se deve a alguns fatores como, local da lesão, extensão da lesão, gravidade da queimadura, tipo de queimadura, evolução do quadro clínico, entre outros. • Fatores psicológicos = podem influenciar tratamento. 36
  • 37. Atuação do Fisioterapeuta 37 Primeiro dia internação = iniciar a fisioterapia => dor pode limitar a conduta realizada. Medo da dor = medo dos exercícios = limitante da evolução geral. Trabalho em equipe IMPORTANTE = relacionado aos cuidados gerais, dor do pcte, evolução do quadro apresentado. Horário atendimento = preferencialmente aqueles em que o paciente encontra-se com a analgesia otimizada. Terapia adequada => exercícios mais leves inicialmente => preparação p/ exercícios mais evoluídos que posteriormente irão aumentar a dor do paciente.
  • 38. Pontos Importantes • Sempre considerar a dor do paciente. • Técnicas desobstrutivas e reexpansivas precisam ser consideradas quando houver queimadura de vias aéreas. • Devido ao tempo de internação ser longo, há possibilidade desses pacientes desenvolverem complicações respiratórias = cuidado. • Recursos como órteses para manutenção da posição articular após procedimento de enxerto são necessários serem usados. • Malha de compressão: evitar a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóides. 38
  • 39. 39
  • 40. 40
  • 41. 41
  • 42. Fisioterapia • Avaliar o pcte e interpretar seus achados = antes de escolher a técnica a ser aplicada. • Após eleita a técnica, sempre aplicar a que tem mais capacidade para reverter, melhorar ou até mesmo manter as alterações encontradas. 42
  • 43. Mobilização passiva • Mobilização utilizada pelo fisioterapeuta sem auxílio do pcte. • Mais usada no início da terapia. • “Aquecimento” da terapia = mostra ao pcte atividades que o mesmo pode realizar e que até então julgava não ser capaz. • Mobilização passiva demonstra ao pcte sua capacidade de movimentar a articulação lesionada => prepara músculo/tendão/pele p/ exercícios que exijam mais de suas propriedades elásticas. • Inicialmente pequenas amplitudes que evoluirão p/ arco completo do movimento. 43
  • 44. Mobilização passiva • Esclarecer a importância da técnica = evitar aparecimento de encurtamentos, contraturas e também auxílio na maneira correta de cicatrização. • EXPLICAR SEMPRE = presença de dor (mesmo em horários de analgesia), e a diminuição dela ao longo do tempo. • Participação e Cooperação do pcte = IMPRESCÍNDIVEL. • Evoluir de pequenas amplitudes para o arco total do movimento => ATENÇÃO quanto a direção de mobilização => SENTIDO CONTRÁRIO A DIREÇÃO DA RETRAÇÃO (inicialmente). 44
  • 45. Mobilização Passiva Alongamento 45 Sentido desejado. Pode ser mantido tbm na posição para o ganho do mesmo. Dor não pode ser limite para alongamento = SENSIBILIDADE DO PROFISSIONAL. Compensações = podem ocorrer, sempre ficar atento. Movimentos compensatórios reduzem a efetividade da terapia e os benefícios não são atingidos. Exemplos = mobilização de ombro, pcte aumenta a lordose lombar.
  • 46. Mobilização ativa 46 Diferentes tipos de exercícios possuem essa categoria. Mais usados são: exercício ativo, exercício resistido, alongamentos e fortalecimentos musculares => podem ser usados de modo individual ou associados. Escolha do exercício baseado nos achados da avaliação, objetivos da terapia, conhecimento da técnica, evolução do pcte, entre outros. Alongamento passivo ou ativo = passivo pode associar com a mobilização passiva = ativo cuidar com posturas compensatórias.
  • 47. Alongamento ativo 47 Podem ser realizados em momentos onde o pcte não esta recebendo a terapia. Quando prescritos, importante: prescrever detalhes exercícios (posição, repetições, series, tempo de execução, tempo de repouso e cuidados a serem tomados). Posição do alongamento = sempre respeitar o intuito em se alongar, afastamento de origem e inserção. Duração alongamento = 30 segundos, 3 x cada. Exercícios ativos são aqueles realizados contra a gravidade e sem auxilio do fisioterapeuta.
  • 48. Exercícios resistidos • Manutenção e ganho de força muscular (tecidos lesionados e tecidos não lesionados) => utilizados em fases mais avançadas do tratamento. • SEMPRE SÃO REALIZADOS DE FORMA PROGRESSIVA (sobrecarga gera força muscular). • Tempo de internação diminui sobrecarga imposta aos músculos periféricos. • Regiões não lesionadas sofrem alterações pelo imobilismo • Medicações também alteram a força muscular do paciente. 48
  • 49. Exercícios de resistência • Manuais, pesos, alteres, faixa elástica, dentre outros. • Escolha do exercício depende: condição do paciente, conhecimento do terapeuta, instrumentos disponíveis, adaptação e evolução. • Isometria ou isotonia = avaliar qual é o mais ideal p/ cada caso individualmente. 49
  • 50. Uso de Próteses e Órteses 50 Utilizadas p/ manutenção do posicionamento, evitando retrações e aparecimento de cicatrizes hipertróficas. Auxiliar na prevenção da perda ou da diminuição da amplitude de movimento e encurtamentos e contraturas musculares. Materiais mais utilizados: gesso e termomoldável. A escolha do material vai depender da disponibilidade no serviço e da experiência da equipe. Malha compressiva = utilizada de 12 a 36 meses em média.
  • 51. Prevenção de Atelectasias e Infecções Respiratórias 51 Complicações respiratórias = atelectasias e pneumonia. Queimaduras de vias aéreas ou a inalação de partículas oriundas do processo de combustão, aumentam ainda mais os riscos de complicações do sistema respiratório. Exercícios reexpansivos = ventilar vias aéreas que diminuíram sua ventilação por imobilismo = prevenindo atelectasias. Exercícios desobstrutivos = limpeza de vias aéreas = eliminação possíveis agentes infecciosos = diminuindo riscos de pneumonia.
  • 52. Prevenção de Atelectasias e Infecções Respiratórias 52 Além da prevenção de atelectasias e infecções respiratórias, esses exercícios vão mobilizar os tecidos da caixa torácica. Auxiliam também na prevenção das complicações cutâneas e musculares na região. O uso de pressão positiva nas vias aéreas também pode auxiliar na ventilação de áreas que não estavam sendo recrutadas ou reexpansão de áreas que estavam colapsando => melhora a relação ventilação perfusão, diminui o trabalho respiratório, diminui a frequência respiratória e melhora a expansão torácica.
  • 53. Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação e a Deambulação 53 Pcte estável e com prescrição não restringindo ao leito => estímulo a realizar exercícios desde o primeiro dia de internação. Casos de enxerto são necessários serem acompanhados desde o primeiro dia de intervenção cirúrgica = evitando assim a necessidade de nova intervenção. Sempre estimular pcte há um comportamento ativo, desde que não haja contraindicações, desde o primeiro momento de internação. Decúbito dorsal por tempo prolongado pode levar alterações como diminuição da força muscular, diminuição da capacidade do sistema cardíaco e pulmonar e osteoporose, entre outros.
  • 54. Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação e a Deambulação 54 É importante que o pcte tenho uma poltrona ao lado de sua maca, tanto p/ a necessidade e a possibilidade de uma troca de decúbito, levando o pcte a se sentar na mesma. O fato de ter a poltrona já pode estimular o paciente a querer sair do leito e fazer um esforço físico para levantar do leito, se manter em pé, dar poucos passos e sentar na poltrona. Quando pcte tiver independência o próprio ira fazer a troca de decúbito da maca para a poltrona sem supervisão.
  • 55. Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação e a Deambulação • Durante a terapia, você pode evoluir os exercícios também nas diferentes posturas, sentado, em pé e durante a deambulação. • Inserir exercícios na posição sentada e evoluir p/ posição ortostática = avaliando sempre a estabilidade clínica do mesmo. • Cuidado ao evoluir as terapias. • Após boa resposta ortostática = evoluir p/ deambulação, iniciando com curtas distâncias e progredindo. 55
  • 56. Melhorar a Elasticidade Músculotendínea e a Nutrição dos Tecidos Articulares e Funcionais • Os exercícios de modo geral irão atuar melhorando a elasticidade músculo-tendínea e a nutrição dos tecidos articulares. • O alongamento vai “direcionar” o crescimento das fibras de colágeno e dos fibroblastos de maneira adequada, evitando que elas se entrelacem e prejudiquem a elasticidade do tecido. • Os exercícios ativos vão aumentar o fluxo sanguíneo local, aumentando o aporte de oxigênio e nutrientes, além de aumentar a remoção de possíveis metabolitos da queimadura e trabalhar a função cardiorrespiratória. 56
  • 57. Estímulo à Postura de Sentar, a Bipedestação e a Deambulação • O exercício resistido, além de aumentar a força, ainda traz o benefício de manter as propriedades específicas dos tecidos músculo-tendíneo e tecidos articulares, o que vai garantir a manutenção das propriedades específicas dos tecidos músculotendíneo e dos tecidos articulares, que vai garantir a liberdade articular para realização das atividades do dia a dia, garantindo a independência funcional desses pacientes no retorno à sociedade. 57
  • 60. Utilização do “Wii reabilitação” • Recursos terapêuticos considerados lúdicos, além de promover os benefícios que são atingidos por meio das técnicas tradicionais, faz com que o paciente tenha prazer e se entretenha durante a realização dos exercícios. • Jogos ou atividades recreativas - tem o objetivo de promover, além dos benefícios esperados, diversão e distração para o paciente.
  • 61. Recursos Lúdicos ESCOLHA - vai depender das preferências e dos conhecimentos do paciente. Jogos de damas ou xadrez, com a atividade de pintar com um pincel, ele pode obter benefícios semelhantes. Duração dos exercícios - conforme adaptação do paciente e o planejamento da sua terapia; ADAPTAÇÕES NOS MATERIAIS ATIVIDADES ARTISTICAS DIVERSAS ATIVIDADES – SESSÕES DIFERENTES CRIATIVIDADE - EXPERIENCIA JOGOS E BRINCADEIRAS - são recursos que devem ser executados com um objetivo e de maneira a promover os benefícios que o paciente necessita, como melhora/manutenção da mobilidade e da força muscular. FISIOTERAPEUTA - é responsável por garantir que durante a realização da atividade, o paciente realize os movimentos de maneira correta ou evitar compensações.
  • 62. Recursos Lúdicos • Atividades que além de beneficiar o paciente se diverte • Podem ser indicadas para a realização em outros períodos durante o dia. TECNOLOGIA • O Nintendo Wii - videogame que possui controles sem fio e um acelerômetro tridimensional, que permite ao console identificar o movimento realizado pela pessoa que segura o controle.
  • 63. Utilização de malhas compressivas • As malhas compressivas são utilizadas em pacientes queimados para o tratamento das cicatrizes que podem se desenvolver em decorrência da lesão e do processo de reparo tecidual provocado pela queimadura. • BENEFÍCIOS - são obtidos pela pressão exercida na pele devido a compressão causada pela malha. Realizada individualmente Medidas específicas para a região a qual será utilizada; Material composto por náilon (67%) e látex; Pressão exercida - > 25 mmHg, superior a pressão capilar.
  • 64. Utilização de malhas compressivas • Auxilia no processo de drenagem linfática, que favorece a diminuição do edema e por meio de isquemia tissular acontece um melhor remodelamento das fibras de colágeno, aumentando a degeneração de fibroblastos por meio da maior atividade da enzima colagenase, o que causaria uma diminuição do processo inflamatório e da síntese de colágeno. • É indicado que o uso inicie de maneira precoce, logo após a epitelização completa, por um período de 23 horas por dia, deve ser retirado somente para higiene pessoal. • O paciente deverá usar a malha por cerca de 12 – 36 meses. • Ajustar nas medidas da malha podem ser necessários com o passar do tempo, no caso de aumento ou diminuição do peso do paciente.
  • 65. Recursos para a prevenção e Tratamento das contraturas • As contraturas são sequelas comuns em pacientes vítimas de queimaduras. • A restrição ao leito, que pode acontecer em casos de pacientes com queimaduras em grandes áreas corporais, a dor, que pode impedir o paciente de realizar movimentos articulares, e o desenvolvimento de cicatrizes são fatores que podem contribuir para o aparecimento das contraturas. • Exercícios de mobilização, e alongamentos (ativos ou passivos); • Posicionamento - o posicionamento adequado irá proporcionar maior mobilidade articular, diminuir o edema e a pressão intraescapular e prevenir compensações posturais geradas pela lesão do paciente.
  • 66. Recomendações sobre o posicionamento articular adequado para pacientes queimados • Coluna cervical - Hiperextensão; • Coluna vertebral - Evitar o cruzamento de uma coxa sobre a outra • Mãos - Posição de concha palmar; afastamento interdigital. • Membros superiores e inferiores - Evitar posturas antálgicas; abdução máxima. • Pés - Posicionamento neutro do tornozelo.
  • 67. Recursos para a prevenção e tratamento de cicatrizes hipertróficas • ENXERTIA - também conhecido como transplante de pele, é utilizado em pacientes vítimas de queimaduras com grandes áreas corporais queimadas com lesões de 2º/3º graus • Pode ser realizado com peles de outras áreas corporais do mesmo paciente ou mesmo de outras pessoas e com peles de outros animais.
  • 68. Transplantes de pele • Enxertia autóloga: o doador é o próprio receptor; a pele é retirada de outra área corporal e transplantada na área lesada. • Enxertia homologa: transplante realizado com pele doada por outro doador da mesma espécie, por exemplo, com pele de um banco de peles. • Enxertia heteróloga: transplante realizado com pele de doador de outra espécie, por exemplo, com pele de peixe.
  • 69. Transplantes de pele • Procedimento importante na redução das perdas hidroeletrolíticas e proteicas, na prevenção a dessecação da ferida, no controle da proliferação bacterina, na redução da dor, na diminuição das perdas metabólicas, na promoção da neovascularização local e indução da epitelização entre outros. • Evolução – primeiros relatos entre 1870-1874, o desenvolvimento de cicatrizes ainda é um grande risco para os pacientes que passam por esses procedimentos. • Impacto psicológico • O aparecimento dessas cicatrizes pode estar associado a complicações osteomusculares, como as contraturas, que podem interferir na funcionalidade de pacientes vítimas de queimaduras.
  • 70. Evolução do processo de reparo tecidual REVERSÃO DA CICATRIZ - os recursos de eletrotermofototerapia APLICAÇÃO DA COMPRESSÃO - uso da malha compressiva, Posicionamento - prevenção do aparecimento das cicatrizes que podem levar A retrações, uso de talas Exercícios de alongamento – estimular a disposição adequada do colágeno Os exercícios de mobilização, realizados de maneira passiva como ativa. A massoterapia, por meio da realização de diferentes técnicas de massagem;
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  • 72. • Técnicas como o deslizamento, a fricção e o amassamento podem ser utilizadas com o objetivo de prevenir ou tratar o aparecimento das cicatrizes. As massagens, por meio da estimulação mecânica rítmica de pressão e do estiramento dos tecidos, vão provocar um aumento da perfusão e do metabolismo dos tecidos, mobilização de líquidos teciduais, auxílio da reabsorção de restos metabólicos, vasodilatação e analgesia, entre outros.
  • 73. Exemplos de cicatrizes possam impedir que os pacientes executem as atividades cotidianas Como essas cicatrizes podem interferir no psicológicos desses pacientes?
  • 74. Orientação de exercícios domiciliares • Preparar o paciente para realizar os exercícios em casa. • Exercícios de alongamento e mobilização ativos. • Atividades funcionais, como alcançar locais elevados para guardar objetos etc. • Alta hospitalar - esses exercícios devem ser prescritos para o paciente, e de preferência entregues para que ele possa levar para casa e seguir os exercícios conforme prescritos: nº de repetições, tempo de execução, quantas vezes fazer por dia e demais cuidados com compensações e demais orientações. • Continuidade dos exercícios que você realiza com o paciente durante o período de internação. • CUIDADORES - possam auxiliar e supervisionar na execução dos exercícios, de forma a garantir que eles sejam executados como prescrito.
  • 75. Dúvidas Como prevenir/tratar o aparecimento de cicatrizes hipertróficas no paciente queimado? O aparecimento de cicatrizes hipertróficas pode ser prevenido e tratado por meio de posicionamento, alongamentos, mobilizações e massagens. Como prevenir/tratar o aparecimento de contraturas no paciente queimado após a alta do setor de queimados? Além disso, devem ser prescritos exercícios para realização após a alta, para que o paciente continue estimulando os tecidos e assim prevenindo e tratando o aparecimento dessas cicatrizes. Como orientar esses pacientes para auxiliar no tratamento fisioterápico? Essas orientações devem dar continuidade aos objetivos das sessões fisioterapêuticas, na prescrição devem constar número de repetições, tempo de realização e demais variáveis envolvidas, conforme cada exercício específico.