O documento discute o papel do professor universitário e do aluno universitário. Resume que o professor precisa ter uma formação diferenciada para promover a aprendizagem mediada, enquanto o aluno universitário precisa estar atualizado e desenvolver competências emocionais para o mercado de trabalho. Também aborda estilos de aprendizagem de adultos e como a abordagem andragógica busca compreender as necessidades do aluno adulto.
2. Quem é o professor universitário?
Introduzindo a Questão...
O profissional que atua como docente
fi i
l
t
d
t
na Educação Superior, no início deste
século, necessita de uma articulação
diferenciada
dife enciada com os sabe es
saberes
pedagógicos, sociais e políticos ao
assumir seu papel na Sociedade do
Conhecimento.
Conhecimento
As mudanças educacionais não podem
ignorar a construção da ciência no
modelo cartesiano, que produziu uma
educação conservadora, fragmentada
e reprodutora. Esse paradigma não
responde mais às demandas da
sociedade atual.
3. Quem é o professor universitário?
O ensino contribui para o p
p
processo de transformação social
ç
promovendo um movimento crítico-reflexivo.
O papel do professor universitário vem se modificando para
acompanhar o processo de transformação social. Esse novo olhar
exige uma formação diferenciada e a preparação adequada para
atuar como docente universitário
Conceito de professor mediador, que promove a
aprendizagem mediada.
Professores e alunos são parceiros no processo de
construção do conhecimento.
4. Quem é o professor universitário?
As novas possibilidades e necessidades de atuar como docente na
Educação Superior têm, hoje, um significado que está inserido nos
cursos de pós-graduação, no que se refere às competências para
ensinar.
i
Segundo a descrição de Perrenoud:
Competência é a aptidão para enfrentar um conjunto de situações
análogas, mobilizando de uma forma correta, rápida, pertinente e
criativa,
criativa múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades
saberes capacidades,
microcompetências, informações, valores, atitudes, esquemas de
percepção, de avaliação e de raciocínio” (Perrenoud e Thurler,
2002:19).
2002:19)
5. São competências básicas do
professor universitário:
Estar inserido no diálogo com diferentes fontes de saber e
pesquisa;
Ter uma atitude de compartilhamento dos saberes;
Estabelecer novos pa âmet os
Estabelece no os parâmetros na relação professor-alunoelação p ofesso al no
conhecimento;
Estar em permanente formação;
Utilizar se
Utilizar-se dos recursos tecnológicos para acessar e produzir
conhecimento;
Atuar de forma contextualizada aos movimentos políticoeducacionais;
Estabelecer vínculos entre o ensino e o mundo do trabalho;
Implementar um trabalho pedagógico interdisciplinar;
Construir uma ação pedagógica investigativa por intermédio da
p q
pesquisa;
;
Desenvolver ações pedagógicas que possibilitem o olhar críticoreflexivo,
Contribuindo para a promoção social e política.
6. Alguns pontos relevantes da formação
de um professor universitário.
O que é considerado importante no processo de formação do
professor universitário?
-Ser competente em determinada área do conhecimento;
Ser
-Atualizar, constantemente, seus conhecimentos e suas práticas
profissionais;
-Ser pesquisador em sua área e socializar suas produções no
Ser
ambiente acadêmico por intermédio de publicações, simpósios,
congressos, incorporando e promovendo reflexões a partir de suas
idéias ao seu fazer pedagógico;
-Ter domínio pedagógico;
-Ter postura e compromisso ético e político diante do
conhecimento e da ação de ensinar;
ç
;
-Dominar as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação
7. O professor pesquisador
Um ensino estático e mecânico não se adéqua aos
princípios pós-modernos de uma educação de qualidade. A
função do professor reflexivo permite entender o papel da
ação investigativa como foco principal da atividade docente.
O professor pesquisador compreende o lócus de atuação
pedagógica como espaço privilegiado de formação.
8. Quem é o aluno Universitário?
Q
l
U i
itá i ?
Para inicio de conversa, podemos dizer que o
aluno universitário é aquele que foi aprovado
á
f
no vestibular e matriculou-se numa faculdade,
logo é um acadêmico.
Nesse sentido, poderíamos dizer ao invés de
acadêmico, aquele que se arrisca num curso
em uma faculdade poderia ser mais bem
descrito como estudante.
Vamos então, buscar algumas características
então
do estudante. E por que não relembrar a
atitude de Sócrates, que caracteriza o
estudante como aquele que andar pelas ruas
e praças em busca dos saberes, aprendendo
na gratuidade do puro gosto e sabor do saber.
9. Quem é o aluno Universitário?
Mas,
Mas não podemos nos esquecer que estamos
em um novo século. E ele nos apresenta novas
exigências. Daí que nos vem a questão: o que
é ser estudante nos dias atuais?
estudante,
Vejamos algumas características do estudante
de hoje
hoje.
Podemos afirmar que a primeira seja a
atitude de quem é inconformado com o que
está pronto; um inconformado em busca das
novidades.E as novidades não nos procuram.
Nós é que precisamos p
q
p
procurar p elas; correr
por
;
atrás delas. Principalmente nos dias atuais em
que as novidades tornam-se obsoletas muito
rapidamente.
10. Quem é o aluno Universitário?
Uma outra característica do estudante, são as atitudes que lhe
estudante
permitem transformar-se, diariamente, em alguém melhor.
O estudante precisa ser alguém antenado no seu cotidiano e
no mundo. Quem não está por dentro do que anda
acontecendo, está fora. Não tem espaço no mundo social e
nem no mercado de trabalho
trabalho.
Existem tantas outras características como a solidariedade, a
persistência e perseverança...
Mas como lidar com esse aluno?
Como promover uma formação universitária que atenda
às suas expectativas?
11. Quem é o aluno Universitário?
O mercado de trabalho é um espaço aberto para quem tem
além de capacidade racional, capacidade emocional. Os
estudantes precisam desenvolver essas competências ,
embora o ambiente seja, na maioria das vezes, racional.
Cabe ao professor, criar situações de aprendizagem, que
favoreçam o desenvolvimentos dessas habilidades e
competências, para que o estudante possa desenvolver suas
capacidades emocionais.
“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível
aos olhos”, dizia a raposa ao Pequeno Príncipe.
olhos”
Príncipe
12. Como o aluno universitário
aprende ?
•Diferentemente do modelo pedagógico ( ensino de crianças), os
adultos são motivados a aprender quando possuem necessidades e
interesses que a aprendizagem satisfará
satisfará.
•A orientação de adultos para a aprendizagem é centrada na vida;
portanto, as unidades apropriadas para organizar a aprendizagem
de adulto são as situações da vida, não os assuntos.
•Experiência é o recurso mais rico para a aprendizagem de adultos,
então a metodologia básica da educação de adultos é a análise da
experiência.
•As diferenças individuais entre as pessoas aumentam com a idade;
portanto, a educação de adultos deve considerar as diferenças de
estilo, tempo, local e ritmo de aprendizagem.
13. Abordagem andragógica
A palavra Andragogia deriva das palavras
gregas andros (homem) + agein (conduzir)
+ logos (tratado ciência), referindo-se à
(tratado, ciência) referindo se
ciência da educação de adultos, em oposição
à Pedagogia e foi originalmente formulada
por um professor alemão Alexander Kapp
alemão,
Kapp,
em 1833.
Um caminho educacional que busca compreender o adulto desde
todos os componentes humanos, e definir como um ente
psicológico, biológico e social.
Busca promover o aprendizado através da experiência, fazendo com
experiência
que a vivência estimule e transforme o conteúdo, impulsionando a
assimilação. É o aprender através do fazer, o “aprender fazendo”.
15. Os estilos e aprendizagem
Estilos de aprendizagem representam as competências
pessoais dos aprendizes para processar informação
em ambiente de aprendizado. Cada indivíduo
tem sua própria capacidade p
p p
p
para receber e p
processar
informação, que pode ser resultante de experiências
prévias ou de outros fatores cognitivos.
Os estilos de aprendizagem podem ser vistos
como um meio pelo qual as pessoas:
•Coletam i f
C l t
informação
ã
•Selecionam certas informações para posterior processamento
•Usam significados, valores, habilidades e
estratégias para solucionar problemas e criar novos significados
(Mac Keracher)
16. Os estilos e aprendizagem
O estilo de aprendizagem
representa a maneira
preferencial de um
indivíduo aprender.
A falta de alinhamento
entre o estilo do facilitador
e o dos aprendizes pode
resultar em problemas no
di
processo d aprendizagem.
de
17. Classificação dos estilos de
aprendizagem
Domínios de
Aprendizagem
( g
(Cognitivo, físico e emocional)
,
)
Cognitivos
Delineador de Estilos,
de A h
d Anthony Gregorc
G
Instrumentos de Avaliação de
Estilos, de David Kolb
Transversais
(físico e emocional)
Inteligências Múltiplas
de Howard Gardner
18. Domínio cognitivo (Anthony G
D
í i
i i
(A h
Gregorc)
)
Principais processos cognitivos
abstrato
aleatório
concreto
sequencial
20. Aprendizes com o estilo Concreto
– sequencial (CS)
Características:
•Precisam contar com uma abordagem estruturada
para aprender
•É necessário que sejam definidas expectativas claras
de desempenho
•Eles se sentirão mais confortáveis se os trabalhos
forem conduzidos passo a passo, com um esquema de
validação contínua ao longo de todo o processo e
utilizando exemplos da vida real
21. Aprendizes com o estilo Abstrato A
di
til Ab t t
sequencial (AS)
Características:
•Sentem-se extremamente confortáveis em ambientes
acadêmicos e, normalmente, saem-se muito bem em
seus estudos universitários. Seu lema é “conhecimento é
conhecimento
poder”
•Trabalham melhor de modo independente e preferem
materiais bem organizados
• Gostam de abordagens escritas, verbais e visuais de
aprendizagem. Não gostam de distrações
•Só aceitam mudanças após muita discussão e
deliberação
22. Aprendizes com o estilo Concreto
- aleatório (CR)
Características:
•Podem trabalhar com mesmo desempenho tanto em
grupos como individualmente
•Dificilmente se sentem confortáveis em ambientes
Difi il
t
t
f tá i
bi t
acadêmicos, uma vez que sentem muita necessidade de
experiências abertas e vivências de aprendizagem
•São pensadores divergentes e implementadores de
mudanças, com grande tendência à impulsividade
23. Aprendizes com o estilo Abstrato aleatório (AR)
Características:
•Os relacionamentos desempenham papel
fundamental para uma aprendizagem eficaz, o que faz
f d
l
d
f
f
com que eles trabalhem melhor em grupo
•Gostam de interagir com outros aprendizes e pessoas
Gostam
e, por isso, podem se sentir desconfortáveis com a
modalidade de educação a distância
• Aprendem melhor com o esclarecimento de seu
pensamento por meio de discussões com outras
pessoas
•Trabalham com afinco para obter a aprovação de
seus facilitadores
27. Aprendizes com estilo divergente
Características:
•Gostam de atividades imaginativas e inovadoras
•Geram ampla gama de idéias e discussões
•São sensíveis aos sentimentos das outras pessoas e
aos seus próprios
•Identificam problemas e coletam informações
relevantes com facilitadores
•Envolvem-se de maneira pessoal no processo de
aprendizagem
•Gostam de atividades e grupo
29. Aprendizes com estilo assimilador
Características:
•Gostam de ideias e conceitos abstratos
Gostam
•Criam modelos conceituais
•Desenham experimentos
p
•Resolvem problemas, frequentemente considerados
soluções alternativas
•Gostam de ler, refletir e participar de atividades
estruturadas
•Analisam informações quantitativas
30. Habilidades
H bilid d
-Organização de informações
-Construção de modelos conceituais
-Teste de teorias e ideias
-Análise de dados quantitativos
31. Aprendizes com estilo convergente
Características:
•Gostam de encontrar utilizações práticas e de p a
ç
p
por
‘mão na massa’
•Avaliam consequências e selecionam soluções para os
problemas
•Gostam de receber objetivos claros e uma sequência
lógica para a execução de atividades
•Sentem-se confortáveis com abordagens tipo
‘tentativa e erro’
•Não apresentam bom desempenho – relacionamentos
Nã
t
b
d
h
l i
t
interpessoais
32. Habilidades
H bilid d
-Criação de novas formas de
pensar e agir
-Vivência d novas id i
Vi ê i de
ideias
-Escolha de uma melhor solução
p
para um p
problema
-Definição de metas
-Tomada de decisões
33. Aprendizes com estilo acomodador
Características:
•Gostam de experiências práticas
•Tem uma postura propícia para a aprendizagem ativa
•São implementadores de soluções
•Assumem riscos
•São flexíveis e compartilham informações
•Não gostam de estrutura de autoridade
•Trabalham bem com outras pessoas
aba a be co out as
• Destacam–se quando assumem posição de liderança
34. Habilidades
H bilid d
-Comprometimento pessoal com
objetivos e metas
-Busca de novas oportunidades
Busca
Influência e liderança sobre outras
pessoas
-Envolvimento pessoal
-Interação com pessoas
35. Domínios transversais e
integrados ( Haward Gardner)
VerbalVerbal-lingüística
Capacidade de manipular a linguagem
LógicoLógico-matemática
Capacidade d d t t padrões, d raciocinar forma ló i
C
id d de detectar
d õ
de
i i
f
lógica
VisualVisual-espacial
Capacidade de manipular e criar imagens mentais
CorporalCorporal-sinestésica
Capacidade de coordenar seus próprios movimentos
MusicalMusical-rítmica
Competência para reconhecer e compor tons musicais
Intrapessoal
I t
l
Capacidade de entender os próprios sentimentos e motivações
Interpessoal
Capacidade de entender os sentimentos e as intenções dos outros
p
ç
Avaliação da Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas (Haward
Gardner – 1980)
36. Considerações
C
id
õ
Para a aumentar a capacidade de aprendizagem, a
melhor escolha seria incluir quantas inteligências
diferentes forem possíveis, porém sem conturbar e/ou
confundir o próprio processo de aprendizagem.
REFLEXÃO
Uma das coisas mais difíceis na vida de um aprendiz
é mudar hábitos que já estejam profundamente
á
á
f
arraigados. A maioria de nós, não temos o hábito de
planejar nem de reconhecer recursos que estão bem
próximos e disponíveis para ajudar o processo de
ó i
di
í i
j d
d
aprendizagem. Será que conseguimos fazer isso em
nossa própria vida?
37. Referências
DE AQUINO, C. T. E, Como aprender: andragogia e as
habilidades de aprendizagem São Paulo: Person
Pretenci H ll 2007
P t
i Hall,
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência Pedagógica do
Professor Universitário. 4ª. Reimpressão; Editora
á
ã
Sammus editorial; São Paulo, 2003.
ARGENTO. H. Pedagoga , Mestre em Educação – UNESA (2004) , Especialista em Psicopedagogia
Diferencial - PUC RJ (1998) e Especialista em Gestão de Educação a distância - UFJF (2003). Graduada
em Pedagogia. Coordenadora de Informática na Educação - Colégio de São Bento Rio de Janeiro.
Coordenadora Pedagógica do Centro Universitário Augusto Motta UNISUAM Supervisora Pedagógica de
UNISUAM,
EAD da UNISUAM Online.
Out/2010