1) O documento discute a importância de repensar o paradigma da docência universitária, colocando o foco na aprendizagem dos alunos em vez do ensino pelo professor.
2) Ele propõe que a ênfase deve ser colocada na aprendizagem dos alunos através do desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e habilidades, assim como atitudes e valores.
3) Isso requer uma organização curricular integrada, professores comprometidos com a mediação do aprendizado, e métodos participativos que motivem a apre
Este documento descreve um projeto de pesquisa sobre gestão pedagógica estratégica com ênfase na emancipação do indivíduo. Ele discute a importância do planejamento estratégico nas instituições de ensino e propõe que um Plano de Desenvolvimento Institucional poderia integrar esse planejamento. O objetivo é conhecer as ferramentas de gestão estratégica utilizadas por escolas e como elas aprimoram a qualidade do ensino com foco na emancipação do aluno. A metodologia proposta envolve pesqu
A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico!guest21256d9
O documento discute a evolução do conhecimento científico e como os paradigmas dominantes influenciam a pedagogia e a construção do conhecimento. A pedagogia conservadora visava a reprodução do conhecimento enquanto a emergência de novos paradigmas promove uma abordagem mais progressista e centrada no aluno. Isso requer mudanças nas práticas pedagógicas para adotar uma visão sistêmica e relacional do conhecimento.
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaFátima Noronha
1. O documento discute as teorias da aprendizagem de Gestalt, humanismo e behaviorismo, explicando seus princípios e aplicações na educação.
2. A teoria behaviorista vê a aprendizagem como um processo condicionado onde respostas são associadas a estímulos através de tentativas e erros.
3. As teorias destacam a importância de considerar fatores cognitivos e afetivos no ensino e aprendizagem, especialmente na matemática.
Este documento discute a aplicação dos Sete Princípios para a Boa Prática na Educação de Ensino Superior em uma faculdade particular em Minas Gerais, com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Os resultados indicaram que os professores precisam investir mais em estratégias de ensino alinhadas com as necessidades e interesses dos alunos, especialmente aquelas relacionadas à aprendizagem ativa, feedback rápido e tempo de tarefa. Os sete princípios se mostraram aplicáveis como instrumento de
O documento discute o papel do professor universitário e do aluno universitário. Resume que o professor precisa ter uma formação diferenciada para promover a aprendizagem mediada, enquanto o aluno universitário precisa estar atualizado e desenvolver competências emocionais para o mercado de trabalho. Também aborda estilos de aprendizagem de adultos e como a abordagem andragógica busca compreender as necessidades do aluno adulto.
O documento discute princípios pedagógicos para ensinar de forma efetiva. Aborda a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, organizar os conteúdos de forma significativa, estabelecer metas alcançáveis e promover a autoestima dos alunos. Também discute a organização da sala de aula, dos conteúdos curriculares e dos materiais didáticos.
O documento discute conceitos-chave sobre ensino e aprendizagem no nível superior, incluindo: (1) Ensinar é criar condições para a aprendizagem, não apenas transmitir conhecimento; (2) A aprendizagem envolve a aquisição de novos padrões de pensamento e ação, não apenas informação; (3) No ensino superior, o foco deve ser na aprendizagem do estudante para desenvolver habilidades intelectuais e profissionais.
O documento discute estratégias de ensino na educação superior. Define estratégia como a arte de aplicar os meios disponíveis para atingir objetivos pedagógicos. Argumenta que métodos tradicionais como aulas expositivas já não são suficientes diante da complexidade atual e propõe o uso de estratégias que desenvolvam habilidades de pensamento em estudantes.
Este documento descreve um projeto de pesquisa sobre gestão pedagógica estratégica com ênfase na emancipação do indivíduo. Ele discute a importância do planejamento estratégico nas instituições de ensino e propõe que um Plano de Desenvolvimento Institucional poderia integrar esse planejamento. O objetivo é conhecer as ferramentas de gestão estratégica utilizadas por escolas e como elas aprimoram a qualidade do ensino com foco na emancipação do aluno. A metodologia proposta envolve pesqu
A Prática Pedagógica e a Construção do Conhecimento Científico!guest21256d9
O documento discute a evolução do conhecimento científico e como os paradigmas dominantes influenciam a pedagogia e a construção do conhecimento. A pedagogia conservadora visava a reprodução do conhecimento enquanto a emergência de novos paradigmas promove uma abordagem mais progressista e centrada no aluno. Isso requer mudanças nas práticas pedagógicas para adotar uma visão sistêmica e relacional do conhecimento.
Apostila teorias da aprendizagem para a prática pedagógicaFátima Noronha
1. O documento discute as teorias da aprendizagem de Gestalt, humanismo e behaviorismo, explicando seus princípios e aplicações na educação.
2. A teoria behaviorista vê a aprendizagem como um processo condicionado onde respostas são associadas a estímulos através de tentativas e erros.
3. As teorias destacam a importância de considerar fatores cognitivos e afetivos no ensino e aprendizagem, especialmente na matemática.
Este documento discute a aplicação dos Sete Princípios para a Boa Prática na Educação de Ensino Superior em uma faculdade particular em Minas Gerais, com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Os resultados indicaram que os professores precisam investir mais em estratégias de ensino alinhadas com as necessidades e interesses dos alunos, especialmente aquelas relacionadas à aprendizagem ativa, feedback rápido e tempo de tarefa. Os sete princípios se mostraram aplicáveis como instrumento de
O documento discute o papel do professor universitário e do aluno universitário. Resume que o professor precisa ter uma formação diferenciada para promover a aprendizagem mediada, enquanto o aluno universitário precisa estar atualizado e desenvolver competências emocionais para o mercado de trabalho. Também aborda estilos de aprendizagem de adultos e como a abordagem andragógica busca compreender as necessidades do aluno adulto.
O documento discute princípios pedagógicos para ensinar de forma efetiva. Aborda a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, organizar os conteúdos de forma significativa, estabelecer metas alcançáveis e promover a autoestima dos alunos. Também discute a organização da sala de aula, dos conteúdos curriculares e dos materiais didáticos.
O documento discute conceitos-chave sobre ensino e aprendizagem no nível superior, incluindo: (1) Ensinar é criar condições para a aprendizagem, não apenas transmitir conhecimento; (2) A aprendizagem envolve a aquisição de novos padrões de pensamento e ação, não apenas informação; (3) No ensino superior, o foco deve ser na aprendizagem do estudante para desenvolver habilidades intelectuais e profissionais.
O documento discute estratégias de ensino na educação superior. Define estratégia como a arte de aplicar os meios disponíveis para atingir objetivos pedagógicos. Argumenta que métodos tradicionais como aulas expositivas já não são suficientes diante da complexidade atual e propõe o uso de estratégias que desenvolvam habilidades de pensamento em estudantes.
Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Ceará – UFC – como requisito parcial para a realização de dissertação no Mestrado em Filosofia.
Linha de pesquisa: Ensino de Filosofia.
O documento discute a importância da interdisciplinaridade e da autoestima elevada em professores. Ele explica que um professor com autoestima elevada serve como um modelo positivo, inspirador e encorajador para os alunos, e que cursos de capacitação para professores devem enfatizar o desenvolvimento da autoestima. Além disso, a interdisciplinaridade é importante para integrar diferentes saberes e enfocar questões de forma holística em vez de disciplinar.
O documento discute conceitos-chave da aprendizagem e do ensino no contexto escolar. Aprendizagem é definida como um processo de mudança de comportamento através da experiência, enquanto ensino caracteriza-se pela atividade de transmitir conhecimentos escolares. Aprendizagem significativa envolve o indivíduo como um todo, e ensino e aprendizagem estão interligados no processo educacional, onde conteúdos, objetivos e avaliação devem estar alinhados para promover a aprendizagem dos alunos.
O documento discute métodos e técnicas de ensino, definindo-os como sequências organizadas de ações para atingir objetivos educacionais. Ele explora o método de ensino individualizado, focado nas diferenças individuais de cada aluno, e o método de ensino socializado, que envolve trabalho em grupo para promover integração social e capacidade de trabalho em equipe. Além disso, apresenta princípios orientadores e objetivos dos métodos de ensino.
O documento discute vários métodos e técnicas de ensino. Apresenta métodos tradicionais que exigem comportamento passivo dos alunos versus métodos modernos que consideram o aprendizado ativo e participante. Também discute objetivos, seleção de conteúdos, fontes de conteúdos, métodos de exposição, trabalho independente, perguntas e respostas, solução de problemas, visitas de campo, ditado e uso de recursos humanos.
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...ANGRAD
O documento discute estratégias de ensino e aprendizagem no curso de administração. Ele propõe várias estratégias como aula expositiva dialogada, estudo de texto, mapa conceitual e aprendizagem baseada em problemas. O objetivo é engajar os alunos ativamente no processo de aprendizagem de forma significativa.
1) O documento discute estratégias de aprendizagem e a importância de ensinar alunos a "aprender a aprender".
2) É destacado que alunos devem ser preparados metodologicamente para usar estratégias de aprendizagem de forma ativa e independente.
3) Estudos mostram que alunos eficientes usam estratégias metacognitivas para monitorar seu processo de aprendizagem.
O documento discute a formação do educador e como lidar com as mudanças trazidas pela tecnologia. A formação deve preparar os professores a atuarem no contexto contemporâneo, considerando as realidades e possibilidades dos alunos. Isso requer que a formação seja contínua e baseada na reflexão sobre a prática, em vez de mera transmissão de conhecimento. A tendência reflexiva valoriza o desenvolvimento pessoal e profissional contínuo dos professores.
Este documento discute o uso de "Árvores de Conhecimento" como uma estratégia para melhorar a prática pedagógica de professores. A pesquisa envolveu questionários com professores de escolas públicas, particulares e profissionais no Paraná, Brasil. Os resultados mostraram que as árvores de conhecimento podem ajudar os professores a compartilhar conhecimento, lidar com a velocidade da mudança e mapear os saberes de diferentes grupos.
O documento discute os desafios da avaliação da aprendizagem no sistema educacional brasileiro. Ele argumenta que a avaliação atualmente é focada em produtos ao invés de processos, gera insegurança nos estudantes e reproduz desigualdades sociais ao invés de promover o desenvolvimento do ser humano. Ele defende uma abordagem de avaliação que valorize os processos de aprendizagem e sirva para melhorar o ensino.
Zabala, antonio a pratica educativa, como ensinarmarcaocampos
O documento discute estratégias de ensino e aprendizagem. Ele descreve (1) diferentes unidades de análise para planejamento de aulas, como atividades, sequências didáticas e conteúdos; (2) abordagens pedagógicas como construtivismo; e (3) formas de organizar estudantes em sala de aula, como grupos grandes, pequenos e flexíveis.
O documento discute o papel do professor na criação de situações de aprendizagem. Argumenta que o professor deve agir como um mediador do processo de aprendizagem do aluno, ao invés de apenas transmitir informações. Uma boa situação de aprendizagem deve proporcionar ao aluno aprender fazendo e construindo algo significativo por meio da interação. Isso requer que o professor dimensione seu papel para observar, articular e orientar o aluno no processo de aprendizagem.
O professor, seus saberes e suas crençasEzio Souza
1. O documento discute como professores constroem seus saberes e crenças ao longo da vida, na escola e na formação acadêmica.
2. Os professores constroem visões de mundo como indivíduos e são influenciados pela cultura escolar e sociedade.
3. A formação acadêmica inicial e contínua dos professores deve questionar seus saberes prévios e ensinar teorias pedagógicas.
A prática reflexiva no ofício do professorHelenice Silva
O documento discute a importância da prática reflexiva para professores exercerem seu ofício de maneira consciente e profissional. A prática reflexiva envolve refletir sobre experiências em sala de aula para melhorar continuamente, estabelecendo vínculos com alunos e resolvendo problemas do dia a dia. Escolas de formação de professores devem ensinar prática reflexiva, não apenas teoria, para desenvolver competências necessárias para o trabalho docente.
Estratégia de ensino e aprendizagem por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
Este documento discute estratégias de ensino e aprendizagem, definindo termos como estratégia, procedimentos de ensino, dinâmica e técnicas de ensino. A autora argumenta que as estratégias devem desenvolver funções mentais superiores através da ação pedagógica e que diferentes estratégias envolvem vários componentes do conhecimento.
1. O documento discute diferentes metodologias ativas de ensino e aprendizagem como aprendizagem baseada em problemas, projetos e pesquisa.
2. Essas metodologias colocam o estudante como sujeito do processo de aprendizagem e utilizam a problematização como estratégia.
3. O documento também fornece exemplos de como implementar o ensino com pesquisa, que envolve etapas como elaboração de projeto, coleta e análise de dados.
Tardif, maurice saberes docentes e formação profissioanalmarcaocampos
O livro analisa os saberes dos professores, provenientes da formação, experiência e cultura pessoal. Defende que o saber docente é plural e social, construído ao longo da carreira. Critica a visão do professor como mero transmissor de conhecimento e defende a valorização de sua prática e saber profissional.
Este documento apresenta um resumo de uma pesquisa sobre o uso de mídias sociais no processo de ensino-aprendizagem em uma instituição de ensino superior privada. O objetivo é investigar como as mídias sociais podem ser utilizadas como recurso pedagógico por professores. A pesquisa envolverá levantamento bibliográfico e entrevistas com três professores sobre suas experiências com ferramentas como YouTube, Flickr e Google Docs.
Fundamentos historiocos e epistemologicosCarmen Campos
O documento discute a importância da reflexão dos professores sobre suas concepções de conhecimento e como essas concepções influenciam sua prática pedagógica. A autora apresenta um livro sobre os fundamentos históricos e epistemológicos da educação e suas implicações na prática pedagógica. O objetivo é possibilitar momentos de estudo e questionamento que levem os professores a refletirem criticamente sobre o processo de ensinar e aprender.
Este documento discute as contribuições de Skinner e Bloom para as tendências tecnicistas na educação. Descreve que Skinner propôs o condicionamento operante e a instrução programada, enquanto Bloom desenvolveu uma taxonomia dos objetivos educacionais com seis níveis cognitivos. O documento também explica os métodos e limitações propostos por cada autor.
O documento discute a importância de mudar o paradigma do ensino superior de um foco no ensino para um foco na aprendizagem do estudante. Isso envolve alterar os papéis dos professores para mediadores e dos alunos para sujeitos ativos de seu próprio aprendizado. Também requer mudanças na organização curricular, no corpo docente e nas metodologias para apoiar melhor a aprendizagem dos estudantes.
O documento discute a importância do planejamento do ensino superior. Aprender a aprender é essencial para a educação moderna, permitindo a renovação do aprendizado. Os currículos precisam ser flexíveis e fundamentados no perfil profissional desejado. Um plano de ensino envolve reflexão sobre o papel da disciplina na formação do aluno e conhecimento da realidade do curso e necessidades formativas.
Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Ceará – UFC – como requisito parcial para a realização de dissertação no Mestrado em Filosofia.
Linha de pesquisa: Ensino de Filosofia.
O documento discute a importância da interdisciplinaridade e da autoestima elevada em professores. Ele explica que um professor com autoestima elevada serve como um modelo positivo, inspirador e encorajador para os alunos, e que cursos de capacitação para professores devem enfatizar o desenvolvimento da autoestima. Além disso, a interdisciplinaridade é importante para integrar diferentes saberes e enfocar questões de forma holística em vez de disciplinar.
O documento discute conceitos-chave da aprendizagem e do ensino no contexto escolar. Aprendizagem é definida como um processo de mudança de comportamento através da experiência, enquanto ensino caracteriza-se pela atividade de transmitir conhecimentos escolares. Aprendizagem significativa envolve o indivíduo como um todo, e ensino e aprendizagem estão interligados no processo educacional, onde conteúdos, objetivos e avaliação devem estar alinhados para promover a aprendizagem dos alunos.
O documento discute métodos e técnicas de ensino, definindo-os como sequências organizadas de ações para atingir objetivos educacionais. Ele explora o método de ensino individualizado, focado nas diferenças individuais de cada aluno, e o método de ensino socializado, que envolve trabalho em grupo para promover integração social e capacidade de trabalho em equipe. Além disso, apresenta princípios orientadores e objetivos dos métodos de ensino.
O documento discute vários métodos e técnicas de ensino. Apresenta métodos tradicionais que exigem comportamento passivo dos alunos versus métodos modernos que consideram o aprendizado ativo e participante. Também discute objetivos, seleção de conteúdos, fontes de conteúdos, métodos de exposição, trabalho independente, perguntas e respostas, solução de problemas, visitas de campo, ditado e uso de recursos humanos.
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...ANGRAD
O documento discute estratégias de ensino e aprendizagem no curso de administração. Ele propõe várias estratégias como aula expositiva dialogada, estudo de texto, mapa conceitual e aprendizagem baseada em problemas. O objetivo é engajar os alunos ativamente no processo de aprendizagem de forma significativa.
1) O documento discute estratégias de aprendizagem e a importância de ensinar alunos a "aprender a aprender".
2) É destacado que alunos devem ser preparados metodologicamente para usar estratégias de aprendizagem de forma ativa e independente.
3) Estudos mostram que alunos eficientes usam estratégias metacognitivas para monitorar seu processo de aprendizagem.
O documento discute a formação do educador e como lidar com as mudanças trazidas pela tecnologia. A formação deve preparar os professores a atuarem no contexto contemporâneo, considerando as realidades e possibilidades dos alunos. Isso requer que a formação seja contínua e baseada na reflexão sobre a prática, em vez de mera transmissão de conhecimento. A tendência reflexiva valoriza o desenvolvimento pessoal e profissional contínuo dos professores.
Este documento discute o uso de "Árvores de Conhecimento" como uma estratégia para melhorar a prática pedagógica de professores. A pesquisa envolveu questionários com professores de escolas públicas, particulares e profissionais no Paraná, Brasil. Os resultados mostraram que as árvores de conhecimento podem ajudar os professores a compartilhar conhecimento, lidar com a velocidade da mudança e mapear os saberes de diferentes grupos.
O documento discute os desafios da avaliação da aprendizagem no sistema educacional brasileiro. Ele argumenta que a avaliação atualmente é focada em produtos ao invés de processos, gera insegurança nos estudantes e reproduz desigualdades sociais ao invés de promover o desenvolvimento do ser humano. Ele defende uma abordagem de avaliação que valorize os processos de aprendizagem e sirva para melhorar o ensino.
Zabala, antonio a pratica educativa, como ensinarmarcaocampos
O documento discute estratégias de ensino e aprendizagem. Ele descreve (1) diferentes unidades de análise para planejamento de aulas, como atividades, sequências didáticas e conteúdos; (2) abordagens pedagógicas como construtivismo; e (3) formas de organizar estudantes em sala de aula, como grupos grandes, pequenos e flexíveis.
O documento discute o papel do professor na criação de situações de aprendizagem. Argumenta que o professor deve agir como um mediador do processo de aprendizagem do aluno, ao invés de apenas transmitir informações. Uma boa situação de aprendizagem deve proporcionar ao aluno aprender fazendo e construindo algo significativo por meio da interação. Isso requer que o professor dimensione seu papel para observar, articular e orientar o aluno no processo de aprendizagem.
O professor, seus saberes e suas crençasEzio Souza
1. O documento discute como professores constroem seus saberes e crenças ao longo da vida, na escola e na formação acadêmica.
2. Os professores constroem visões de mundo como indivíduos e são influenciados pela cultura escolar e sociedade.
3. A formação acadêmica inicial e contínua dos professores deve questionar seus saberes prévios e ensinar teorias pedagógicas.
A prática reflexiva no ofício do professorHelenice Silva
O documento discute a importância da prática reflexiva para professores exercerem seu ofício de maneira consciente e profissional. A prática reflexiva envolve refletir sobre experiências em sala de aula para melhorar continuamente, estabelecendo vínculos com alunos e resolvendo problemas do dia a dia. Escolas de formação de professores devem ensinar prática reflexiva, não apenas teoria, para desenvolver competências necessárias para o trabalho docente.
Estratégia de ensino e aprendizagem por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
Este documento discute estratégias de ensino e aprendizagem, definindo termos como estratégia, procedimentos de ensino, dinâmica e técnicas de ensino. A autora argumenta que as estratégias devem desenvolver funções mentais superiores através da ação pedagógica e que diferentes estratégias envolvem vários componentes do conhecimento.
1. O documento discute diferentes metodologias ativas de ensino e aprendizagem como aprendizagem baseada em problemas, projetos e pesquisa.
2. Essas metodologias colocam o estudante como sujeito do processo de aprendizagem e utilizam a problematização como estratégia.
3. O documento também fornece exemplos de como implementar o ensino com pesquisa, que envolve etapas como elaboração de projeto, coleta e análise de dados.
Tardif, maurice saberes docentes e formação profissioanalmarcaocampos
O livro analisa os saberes dos professores, provenientes da formação, experiência e cultura pessoal. Defende que o saber docente é plural e social, construído ao longo da carreira. Critica a visão do professor como mero transmissor de conhecimento e defende a valorização de sua prática e saber profissional.
Este documento apresenta um resumo de uma pesquisa sobre o uso de mídias sociais no processo de ensino-aprendizagem em uma instituição de ensino superior privada. O objetivo é investigar como as mídias sociais podem ser utilizadas como recurso pedagógico por professores. A pesquisa envolverá levantamento bibliográfico e entrevistas com três professores sobre suas experiências com ferramentas como YouTube, Flickr e Google Docs.
Fundamentos historiocos e epistemologicosCarmen Campos
O documento discute a importância da reflexão dos professores sobre suas concepções de conhecimento e como essas concepções influenciam sua prática pedagógica. A autora apresenta um livro sobre os fundamentos históricos e epistemológicos da educação e suas implicações na prática pedagógica. O objetivo é possibilitar momentos de estudo e questionamento que levem os professores a refletirem criticamente sobre o processo de ensinar e aprender.
Este documento discute as contribuições de Skinner e Bloom para as tendências tecnicistas na educação. Descreve que Skinner propôs o condicionamento operante e a instrução programada, enquanto Bloom desenvolveu uma taxonomia dos objetivos educacionais com seis níveis cognitivos. O documento também explica os métodos e limitações propostos por cada autor.
O documento discute a importância de mudar o paradigma do ensino superior de um foco no ensino para um foco na aprendizagem do estudante. Isso envolve alterar os papéis dos professores para mediadores e dos alunos para sujeitos ativos de seu próprio aprendizado. Também requer mudanças na organização curricular, no corpo docente e nas metodologias para apoiar melhor a aprendizagem dos estudantes.
O documento discute a importância do planejamento do ensino superior. Aprender a aprender é essencial para a educação moderna, permitindo a renovação do aprendizado. Os currículos precisam ser flexíveis e fundamentados no perfil profissional desejado. Um plano de ensino envolve reflexão sobre o papel da disciplina na formação do aluno e conhecimento da realidade do curso e necessidades formativas.
O documento discute os benefícios do trabalho com projetos interdisciplinares para alunos e professores, argumentando que eles promovem aprendizagem significativa e o desenvolvimento de habilidades. Também descreve os passos para elaborar um projeto bem-sucedido, incluindo a definição da área, tema e problema, estabelecimento de hipóteses e objetivos, revisão bibliográfica e avaliação.
O documento discute vários tópicos relacionados à didática e métodos de ensino, incluindo: 1) teorias sobre como os alunos aprendem (empirismo vs construtivismo); 2) objetivos de ensino gerais e específicos; 3) tipos de conteúdos (fatuais, conceituais, procedimentais, atitudinais); 4) métodos de ensino como exposição, trabalho independente, elaboração conjunta e trabalho em grupo.
1) O documento discute a formação de professores iniciantes e o desenvolvimento de sua identidade profissional.
2) É descrita uma pesquisa com professores iniciantes da educação infantil que utiliza narrativas autobiográficas para refletir sobre o "ser e estar" na profissão docente.
3) Os achados iniciais mostram que os professores desejam ser reconhecidos por seu compromisso com as crianças e contribuir para seu crescimento e aprendizagem.
Concurso Para Docentes Da See Sp Geografia E HistoriaFabio Santos
O documento descreve as competências e conhecimentos esperados para professores da rede pública de ensino de São Paulo. Ele inclui seções sobre: 1) cultura geral e profissional necessárias; 2) conhecimentos sobre desenvolvimento humano, crianças e alunos; 3) dimensão cultural, social e econômica da educação. Também descreve competências como entender o processo de ensino-aprendizagem e promover práticas educativas considerando características dos alunos.
Metodologias Ativas como proposta estratégica para a o desenvolvimento de apr...LindsaiSantosAmaralB
Os três documentos fornecem informações sobre as qualificações acadêmicas e experiência profissional de três professores. Eles discutem o uso de metodologias ativas para promover aprendizagens significativas, enfatizando a importância de considerar os conhecimentos prévios dos alunos e o desenvolvimento de habilidades.
O documento discute a importância da formação reflexiva de professores para o desenvolvimento de competências que promovam a aprendizagem significativa dos alunos, como a capacidade de adaptar ações educativas às necessidades emergentes e propiciar que os alunos pensem por si mesmos. Também enfatiza que a avaliação deve considerar não apenas resultados, mas o progresso individual de cada aluno.
O documento discute a formação contínua de professores com base em um seminário realizado na Suíça. A palestrante defendeu que os professores devem questionar constantemente suas práticas e relações profissionais para melhorar o ensino, trabalhando de forma colaborativa em vez de individual. Ela também destacou a importância de avaliações formativas para acompanhar o progresso dos alunos.
O documento discute estratégias de ensino para a educação superior. Em 3 frases:
1) Apresenta diferentes conceitos de estratégias, técnicas e dinâmicas e argumenta que estratégias se referem à arte de aplicar os melhores meios para facilitar a aprendizagem dos estudantes.
2) Discute que estratégias devem considerar a lógica interna do conteúdo, as operações mentais dos estudantes, e o contexto institucional e objetivos de aprendizagem.
3) Propõe um
Apresentação currículo para o curso PAA e PACesar Eduardo
O documento discute os princípios que norteiam o currículo oficial da rede estadual de São Paulo. Ele explica que o currículo deve ir além de uma seleção de matérias e transmitir o legado histórico e social da sociedade. O currículo é constituído de saberes, práticas, acompanhamento da aprendizagem e recursos usados. Ele deve levar em conta o "porquê" dos conhecimentos ensinados, não apenas o "o que" e "como".
TEXTO3.2-Percepção acerca do prof reflexivo.pdfDrikaSato
O documento discute as concepções do professor reflexivo, sua formação e prática docente com base na literatura. Aponta que o professor reflexivo é aquele capaz de refletir criticamente sobre sua prática para melhorá-la, considerando os contextos socioculturais. Defende que a formação docente deve incluir elementos que promovam a reflexão e a pesquisa. Também ressalta a importância da interdisciplinaridade e da visão complexa nos processos formativos de professores.
O documento discute o papel do professor pesquisador, enfatizando que os educadores devem estar em constante busca por conhecimento, refletir sobre sua prática pedagógica e estar abertos a mudanças. Defende que os professores devem estimular a curiosidade dos alunos e tornar a sala de aula um espaço de investigação.
O documento descreve diferentes tendências pedagógicas, incluindo: (1) a tradicional, que enfatiza a transmissão de conhecimento pelo professor; (2) a escolanovista, que foca na aprendizagem ativa e experiencial; e (3) a tecnicista, que vê a educação como meio de atingir objetivos predeterminados de forma eficiente.
O documento discute os requisitos básicos para a formação de professores da educação superior, incluindo a compreensão do papel do professor, conhecimento da legislação educacional, e habilidades para usar tecnologias digitais de forma efetiva no ensino.
Relatório_Formação de Professores (Educação Especial)Adriana Melo
Este documento resume uma capacitação para professores sobre educação inclusiva. A capacitação teve como objetivo principal disponibilizar informações sobre como gerenciar diferenças na sala de aula e condições para implementar práticas inclusivas com sucesso. A metodologia incluiu discussões, estudos de caso, visitas a escolas inclusivas e reflexões para ajudar os professores a desenvolverem estratégias de ensino inclusivas.
O documento descreve cinco métodos de ensino: 1) exposição pelo professor, 2) trabalho independente, 3) elaboração conjunta, 4) trabalho em grupo e 5) atividades especiais. Também discute a importância de levar em conta as concepções prévias dos alunos e proporcionar a apropriação dos conteúdos de maneira plural.
O documento discute a qualidade do ensino universitário e as concepções de docência. Afirma que a sala de aula é onde ocorre a materialização dos desafios do ensino superior e que deve ser um espaço de construção conjunta do conhecimento entre professores e alunos. Também critica o ensino tradicional centrado na transmissão de informação e defende que a aprendizagem deve ser significativa.
Este documento discute a seleção e organização de conteúdos pedagógicos de modo a converter conhecimento científico em conhecimento curricular. Apresenta quatro tipos de conteúdos - factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais - e sugere formas de ensiná-los, como exercícios de repetição para fatos, atividades significativas para conceitos, exercitação múltipla para procedimentos e interiorização de valores.
Este documento discute a seleção e organização de conteúdos pedagógicos de modo a converter conhecimento científico em conhecimento curricular. Apresenta quatro tipos de conteúdos - factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais - e sugere formas de ensiná-los, como exercícios de repetição para fatos, atividades significativas para conceitos, exercitação múltipla para procedimentos e interiorização de valores.
1. 1
MASETTO, Marcos T. Docência universitária: repensando a aula. In:
TEODORO, Antônio. Ensinar e aprender no ensino superior: por
uma epistemologia pela curiosidade da formação
universitária. Ed. Cortez: Mackenzie, 2003.
Docência Universitária - Repensando a Aula
Prof.Dr.Marcos T.Masetto
INTRODUÇÃO
Em geral, nós professores universitários consumimos grande parte do
tempo de nossas atividades em sala de aula, e, ao menos, teoricamente
estamos sempre a nos interrogar como poderiam ser melhor aproveitadas
estas aulas pelos nossos alunos. Ao mesmo tempo que nos perguntamos, vem
à nossa lembrança um conjunto de técnicas que poderíamos usar, de que
ouvimos falar algum dia, mas que não achamos serem tão importantes quanto
o domínio do conteúdo para o exercício da docência. E,em geral, nossas
preocupações se voltam mais uma vez para alguma especialização
conteudística..
Ao nos preocuparmos com melhorar a docência, não podemos nos
esquecer que por detrás do modo de lecionar existe um paradigma que precisa
ser explicitado, analisado, discutido afim de que a partir dele possamos pensar
em fazer alterações significativas em nossas aulas.
I - Que paradigma é este? Como ele se manifesta?
A grande preocupação no Ensino Superior é com o próprio ensino, no
seu sentido mais comum: o professor entra em aula para transmitir aos alunos
informações e experiências consolidadas para ele através de seus estudos e
atividades profissionais, esperando que o aprendiz as retenha, absorva e
reproduza por ocasião dos exames e provas avaliativas.
Esta preocupação se apóia em três pilares:
- na organização curricular que privilegia disciplinas conteudísticas e técnicas,
estanques e fechadas, transmitindo conhecimentos próprios de sua área, nem
sempre em consonância perfeita com as necessidades e exigências do
profissional que se pretende formar naquele curso;
- na constituição de um corpo docente altamente capacitado do ponto de vista
profissional, com Mestrado e Doutorado em sua área de conhecimento, mas
nem sempre com competência na área pedagógica, pois, o importante para ser
professor é dominar com profundidade e atualização os conteúdos que deverão
ser transmitidos;
2. 2
- em uma metodologia, que, em primeiro lugar deve dar conta de um programa
a ser cumprido, em determinado tempo, com a turma toda; por isso mesmo,
uma metodologia que se esgota em 90% das atividades em aulas expositivas;
e a avaliação se realiza como verificação, em determinados momentos, da
apreensão ou não dos conteúdos ou práticas esperados.
Neste paradigma, o sujeito do processo é o professor, uma vez que ele
ocupa o centro das atividades e das diferentes ações: é ele quem transmite,
quem comunica, quem orienta, quem instrui, quem mostra, quem dá a última
palavra, quem avalia, quem dá a nota. Sua grande e constante pergunta é: que
devo ensinar aos meus alunos? E o aluno como aparece? Como o elemento
que segue, receptor, assimilador, repetidor. Ele só reage em resposta a alguma
ordem ou pergunta do professor.
Pode parecer que exagero nesta descrição. Mas, se olharmos com
objetividade nossas aulas, vamos verificar que, se não tudo, pelo menos
grande parte do que aqui descrevo acontece.
Por isso, disse acima, para repensar a aula é fundamental rever o
paradigma que sustenta seu esquema atual, e propor outro paradigma. Qual?
O paradigma que propomos é substituir a ênfase no ensino pela ênfase
na aprendizagem. Simples troca de palavras? Não.
Quando falamos em aprendizagem estamos nos referindo ao
desenvolvimento de uma pessoa, e no nosso caso, de um universitário nos
diversos aspectos de sua personalidade:
- desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensar, de
raciocinar, de refletir, de buscar informações, de analisar, de criticar, de
argumentar, de dar significado pessoal às novas informações adquiridas,
de relacioná-las, de pesquisar e de produzir conhecimento;
- desenvolvimento de habilidades humanas e profissionais que se esperam
de um profissional atualizado: trabalhar em equipe, buscar novas
informações, conhecer fontes e pesquisas, dialogar com profissionais de
outras especialidades dentro de sua área e com profissionais de outras
áreas que se complementam para realização de projetos ou atividades
em conjunto, comunicar-se em pequenos e grandes grupos, apresentar
trabalhos. Quanto às habilidades próprias de cada profissão, embora
saiba que elas são conhecidas dos professores de cada curso e os
currículos, em geral, com elas se preocupem, queria lembrar que é
importante também fazer uma investigação para se verificar se, de fato,
os currículos permitem que todas as habilidades profissionais possuem
espaço para aprendizagem, ou se grande parte delas é preterida em
função dos conteúdos teóricos;
- desenvolvimento de atitudes e valores integrantes à vida profissional : a
importância da formação continuada, a busca de soluções técnicas que,
juntamente com o aspecto tecnológico, contemplem o contexto da
3. 3
população, do meio ambiente, as necessidades da comunidade que será
atingida diretamente pela solução técnica ou suas conseqüências, as
condições culturais, políticas e econômicas da sociedade, os princípios
éticos na condução de sua atividade profissional e que estão presentes
em toda decisão técnica que se toma. Pretendemos formar um
profissional não apenas competente, mas compromissado com a
sociedade em que vive, buscando meios de colaborar com a melhoria da
qualidade de vida de seus membros, formar u profissional competente e
cidadão.
A ênfase na aprendizagem como paradigma para o Ensino Superior
alterará o papel dos participantes do processo: ao aprendiz cabe o papel
central, de sujeito que exerce as ações necessárias para que aconteça sua
aprendizagem : buscar as informações, trabalhá-las, produzir um
conhecimento, adquirir habilidades, mudar atitudes e adquirir valores. Sem
dúvida, que essas ações serão realizadas com os outros participantes do
processo : com os professores e com os colegas, pois, a aprendizagem não
se faz isoladamente, mas em parceria, em contato com os outros e com o
mundo. O professor terá substituído seu papel exclusivo de transmissor de
informações para o de mediador pedagógico ou de orientador do processo
de aprendizagem de seu aluno. Donde sua pergunta agora será: o que meu
aluno precisa aprender de todo o conhecimento que tenho e de toda a
experiência que tenho vivido para que ele possa desenvolver sua formação
profissional? O ângulo é outro. A variação foi de 180 graus.
A docência universitária voltada para a aprendizagem também se apóia
nos mesmos três pilares indicados acima, só que agora com outros
conteúdos. Assim:
- a organização curricular se apresenta integrando atividades e disciplinas
que colaboram para a formação do profissional, com o conhecimento
sendo tratado de forma integrada; uma organização curricular aberta,
flexível, atualizada, interdisciplinar, facilitando e incentivando os mais
diversos modos de integrar teoria e prática, universidade e situações
profissionais, disciplinas básicas e as profissionalizantes;
- o corpo docente é formado por professores que, além de serem
excelentes profissionais, também são pesquisadores em suas áreas
específicas de conhecimento e desenvolvem uma formação continuada
com relação à competência pedagógica. Professores que se entendem
primeiramente educadores, que assumem que a aprendizagem se
constrói num relacionamento interpessoal dos alunos com outros
colegas, dos alunos com os professores, dos alunos com outros
profissionais de sua área, dos alunos com os diferentes locais onde
deverá exercer sua atividade profissional. Um corpo docente que
assume seu papel de mediador pedagógico entre o conhecimento e
seus alunos. Por fim, um corpo docente que entende que a
aprendizagem se faz com colaboração, participação dos alunos, com
respeito mútuo e trabalhos em conjunto;
4. 4
- a metodologia busca a redefinição dos objetivos da aula e de seu espaço,
o uso de técnicas participativas e variadas e a implantação de um
processo de avaliação como feedback motivador da aprendizagem.
E quais as características da aprendizagem no ensino universitário?
1. A aprendizagem universitária pressupõe, por parte do aluno, aquisição e
domínio de um conjunto de conhecimentos, métodos e técnicas
científicas de forma crítica. Iniciativa para buscar informações, relacioná-
las, conhecer e analisar várias teorias e autores sobre determinado
assunto, compará-las, discutir sua aplicação em situações reais com as
possíveis consequências para a população, do ponto de vista ambiental,
ecológico, social, político e econômico.
Faz parte desta aprendizagem adquirir progressiva autonomia na
aquisição de conhecimentos ulteriores, desenvolvendo sua capacidade de
reflexão e a valorização de uma formação continuada, que se inicia já na
universidade e se prolongará por toda sua vida. Só que esta valorização não se
fará com advertências apenas, mas com atividades que permitam ao aluno
aprender como se faz efetivamente esta formação continuada.
2. Integrar o processo ensino-aprendizagem com a atividade de
pesquisa tanto do aluno como do professor. O aluno começar a se
responsabilizar por buscar as informações, aprender a localizá-las, analisá-las,
relacionar as novas informações com seus conhecimentos anteriores, dando-
lhes significado próprio, redigir conclusões, observar situações de campo e
registrá-las, trabalhar com esses dados e procurar chegar a solução de
problemas, etc.
Dificilmente o aluno incluirá a investigação em seu processo de
aprendizagem se o professor também não o fizer em sua atividade de docente:
isto é, se o professor não aprender ele também a atualizar seus conhecimentos
através de pesquisas, de leituras, de reflexões pessoais, de participação em
congressos.
Produção de artigos e trabalhos que reflitam as reflexões pessoais do
professor e suas contribuições para alguns dos assuntos de sua área e
permitam uma comunicação em revistas, em capítulos de livros, em trabalhos
de congressos, em apostilas que permitam um debate e uma crítica de seus
pares ou mesmo de seus alunos sobre eles faz parte integrante da docência
preocupada com um processo de ensino-aprendizagem integrando atividade de
pesquisa.
3. Toda aprendizagem para que realmente aconteça precisa ser
significativa para o aprendiz, Isto é, precisa envolvê-lo como pessoa,
como um todo: ideias, inteligência, sentimentos, cultura, profissão,
sociedade.
Este processo exige:
5. 5
a) O processo de avaliação deverá estar integrado ao processo de
aprendizagem, de tal modo que funcione como elemento
motivador da aprendizagem, e não como um conjunto de provas
e/ou trabalhos que apenas verifiquem se o aluno passou ou não
b) que se dê importância a motivar e interessar o aluno pelas novas
aprendizagens com uso de estratégias apropriadas. Muitos
entendem que este aspecto esteja ultrapassado e que no ensino
universitário já não tenha sentido se falar e muito menos se
preocupar com a motivação dos alunos, porque já são adultos e a
motivação deve partir deles mesmos. Grande engano! Trabalhar
com a motivação de aprendizes em qualquer idade e tempo é
exigência básica para que a formação continuada possa se
efetivar, inclusive conosco mesmos. Só aprendemos coisas novas
quando nos apercebemos que elas tem um interesse especial
para nós mesmos;
c) que incentive a formular perguntas e questões que de algum
modo digam respeito ao aprendiz, que lhe interessem;
d) que permita ao aprendiz entrar em contato com situações
concretas e práticas de sua profissão, e da realidade que o
envolve;
e) que o aprendiz assuma o processo de aprendizagem como seu e
possa fazer transferências do que aprendeu na universidade para
outras situações profissionais.
4. Porque coloca o aprendiz mais em contato com sua realidade
profissional, em geral, a aprendizagem se realiza mais facilmente e com
maior compreensão e retenção quando acontece nos vários ambientes
profissionais, fora de sala de aula, do que nas aulas tradicionais.
5. Teoricamente, hoje, há um consenso de que "Aprender a aprender" é o
papel mais importante de qualquer Instituição Educacional. O que me
parece imprescindível destacar é que "aprender a aprender" é mais do
que uma técnica de como se faz. É a capacidade do aprendiz de refletir
sobre sua própria experiência de aprender, identificar os procedimentos
necessários para aprender, suas melhores opções, suas potencialidades
e suas limitações.
Estas reflexões iniciais procuraram demonstrar que para repensarmos
nossas aula não podemos deixar de analisar e discutir o paradigma que
as orientará. Com estas considerações iniciais feitas, poderemos
aprofundar um pouco mais as demais questões a que nos referimos:
espaço "aula", e as diferentes atividades que poderemos realizar para
modificá-lo.
II - Conceito de sala de aula universitária
6. 6
Tradicionalmente a sala de aula nos cursos de ensino superior tem se
constituído como um espaço físico e um tempo determinado durante o qual o
professor transmite seus conhecimentos e experiências aos seus alunos.
Poderíamos dizer que se trata de um tempo e espaço privilegiados para uma
ação do professor, cabendo ao aluno atividades como "copiar a matéria", ouvir
as preleções do mestre, à vezes fazer perguntas, no mais das vezes repetir o
que o mestre ensinou. É verdade que temos também as aulas práticas, ora
demonstrativas quando o professor assume um papel de mostrar como é o
fenômeno, ora de aplicação de conceitos aprendidos nas aulas teóricas nos
laboratórios ou em estágios. Estas são mais raras.
Compreender a aula como espaço e tempo de aprendizagem por parte
do aluno modifica completamente este quadro. Com efeito, sala de aula é
espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um processo de aprendizagem
(professor e alunos) se encontram para juntos realizarem uma série de ações
(na verdade inter-ações) como estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor,
consultar e trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de conferências
de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, solucionar dúvidas, orientar
trabalhos de investigação e pesquisa, desenvolver diferentes formas de
expressão e comunicação, realizar oficinas e trabalhos de campo.
Este conceito de aula universitária faz com que ela transcenda seu
espaço corriqueiro de acontecer: só na universidade. Onde quer que possa
haver uma aprendizagem significativa buscando atingir intencionalmente
objetivos definidos aí encontramos uma "aula universitária". Assim, tão
importante como a sala de aula onde se ministram aulas teóricas na
universidade e os laboratórios onde se realizam as aulas práticas, são os
demais locais onde, por exemplo, se realizam as atividades profissionais
daquele estudante: empresas, fábricas, escolas, posto de saúde, hospital,
fórum, escritórios de advocacia e de administração de empresas, casas de
detenção, canteiro de obras,plantações, hortas, pomares, instituições públicas
e particulares, laboratórios de informática, ambulatórios, bibliotecas, centros de
informação, exploração da internet, congressos, seminários, simpósios
nacionais e internacionais, etc.
Estes "novos" espaços de aula são muito mais motivadores para a
aprendizagem dos alunos, muito mais instigantes para o exercício da docência
porque envolvem a realidade profissional de ambos e como tal são complexos,
facilitam a integração teoria e prática, são imprevistos, exigem inter-relação de
disciplinas e especialidades, desenvolvimento de competências e habilidades
profissionais, bem como atitudes de ética, política e cidadania. E por esta
mesma razão são preferíveis aos espaços tradicionais de aula.
III - A aula universitária no dia-a-dia.
Apresentado o paradigma de Ensino Superior que se volta para o
desenvolvimento da aprendizagem, e levantadas algumas idéias sobre como
conceber hoje a "aula universitária, em seu novo espaço e tempo", parece-me
7. 7
necessário avançarmos para um campo que é dos mais difíceis, e sobre o qual
não dispomos de tanta literatura: como se transpõe essa teoria para a prática
pedagógica na aula universitária?
Nos mais diferentes contatos que tive com professores do Ensino
Superior, sempre encontrei a mesma demanda: como se colocam estes
princípios na prática? Como mudar o modo, a forma de lecionar?
Penso que é importante enfrentar este desafio, e procurar responder a
estas questões com exemplos práticos do uso de várias técnicas que podem
nos ajudar a trabalhar visando a aprendizagem.
1. Um primeiro exemplo: como iniciar um curso apresentando o plano
de trabalho e procurando envolver o aluno na discussão do próprio
plano e motivá-lo para a aprendizagem que é necessária?
No primeiro encontro com os alunos, iniciar o contato deixando claro que
o sucesso daquela disciplina vai depender de um trabalho em equipe entre
professor e alunos, um trabalho de parceria e co-responsabilidade e que irá
começar naquele mesmo instante, quando, o grupo classe vai procurar se
conhecer melhor e se manifestar sobre quais são suas expectativas sobre a
disciplina, o que já ouviram falar sobre ela, que comentários de colegas
ouviram, o que pensam que vão estudar e para que serve aquela disciplina.
Quais nossos objetivos com esta atividade? Criar oportunidade para um início
de integração entre os membros da turma visando formação de um grupo de
trabalho e envolver os alunos com a disciplina, criarmos espaços para
podermos explicar nossa disciplina e procurar que eles se interessem por ela.
Vamos gastar tempo com isto, mas ganharemos depois quando nossos alunos
se mostrarem motivados para aprender o que pretendemos que aprendam.
Para este primeiro encontro poderemos usar algumas técnicas como a
tempestade cerebral ; as discussões em pequenos grupos; o desenho em
grupo (com turmas muito numerosas) quando os pequenos grupos são
convidados a colocar em uma cartolina, não usando palavras escritas, mas
outras formas de comunicação (desenho) suas idéias sobre a disciplina a partir
de uma questão relevante que o professor apresente para todos. Em seguida,
estes desenhos são apresentados e o professor vai reunindo deles os
elementos necessários para sua explicação inicial sobre sua disciplina.
Juntamente com os alunos, o professor procurará conversar sobre os
objetivos da disciplina, os conteúdos que serão estudados e suas relações com
outras disciplinas e com a formação profissional que se pretende, sua
importância para a vida profissional, quais estratégias serão usadas, qual a
bibliografia, e como será o processo de avaliação, de tal modo que ao final os
alunos assumam com o professor que aquele plano de trabalho realmente é
interessante para eles e se comprometam em levá-lo para frente.
A continuidade deste primeiro encontro deverá ser o cumprimento do
que foi combinado no encontro seguinte e nos demais, para que os alunos não
8. 8
entendam que o que se fez no encontro primeiro foi apenas uma conversa sem
conseqüência. A confiança se conquista a partir daqui.
2. Outro exemplo: como organizar a seqüência de uma aula que
coloque o aluno e o professor trabalhando juntos durante o
tempo da aula e em tempo extra classe, de forma a envolver
aluno e professor?
Um autor, Antoni Zabala em seu livro "A Prática Educativa" (1998-pp.58)
nos oferece um caminho para analisarmos.
Diz o autor que uma sequência de aula poderia ser esta:
- Apresentação pelo professor de uma situação problemática
relacionada com um tema, destacando aspectos importantes e para
a qual se procura uma solução científica.
- Os alunos, individual ou coletivamente, orientados pelo professor
procuram possíveis respostas nos seus conhecimentos, para a
situação ou apresentarão dúvidas, perguntas, questões
- Indicação de fontes de informação: orientados pelo professor, os
alunos propõe fontes de informação mais apropriadas para cada
questão e problema levantado: o próprio professor, uma pesquisa
bibliográfica, uma experiência, uma observação, uma visita a uma
situação real, uma entrevista, um trabalho de campo.
- Busca da informação: os alunos individual ou coletivamente, orientados
pelo professor realizam a coleta de dados e informações das
diferentes fontes indicadas e selecionadas. Selecionam, organizam e
classificam o resultado desta coleta de dados.
- Resposta para a situação problemática. Juntos os alunos, socializando
as informações obtidas, procuram resolver a questão debatendo-a
com os colegas, com o professor, aprofundando aspectos teóricos,
desenvolvendo a habilidade de aplicação das teorias às situações
concretas.
- Generalização das conclusões e síntese. Com as contribuições do
grupo, o professor faz uma síntese do problema, das possíveis e
diversas soluções e de suas aplicações.
Evidente que este não é o único esquema de aula. Há outros muitos e
este mesmo pode sofrer inúmeras adaptações. O que interessa no
momento é que possamos visualizar uma sequência de atividades
pedagógicas que poderão ocorrer em aula universitária e que permitem
a participação do aluno como sujeito do processo de aprendizagem, sua
parceria com o professor e os colegas na aula, uma atitude de
participação ativa buscando informações, dando significado a elas,
comparando-as com seu mundo intelectual, o desenvolvimento de uma
9. 9
habilidade de integrar teoria e prática que lhe permita encontrar solução
para um a situação concreta e aprender atitudes e valores importantes a
serem considerados quando de uma atuação profissional.
3. Em geral, costumamos pedir aos nossos alunos que façam
leituras em casa para a próxima aula, e, conforme depoimentos dos
próprios professores, de um modo geral também, os alunos não o
fazem. Teríamos algumas estratégias que mostrassem ao aluno quão
importante é a leitura individual,ou preparação par o encontro com o
professor e os colegas na próxima aula?
Ao fazermos indicações de leituras para próxima aula, poderemos cuidar
de que o tamanho do texto seja possível de ser lido de uma semana para outra,
ou de uma aula para outra; e que o texto seja pertinente e atualizado com
relação ao tema estudado; procurar que cada solicitação de leitura seja
acompanhada de uma atividade diferente orientada pelo professor que possa
motivar o aluno para a leitura e para a atividade que será realizada em aula
com o material produzido fora de sala de aula.
Assim, posso solicitar que numa semana os alunos leiam um texto e
façam dele um resumo; em outra, que leia respondendo algumas questões;
numa terceira que leia levantando perguntas ou dúvidas para serem discutidas
ou esclarecidas no encontro seguinte; em outra oportunidade ler identificando
argumentos da teoria exposta e apresentando sua reflexão pessoal
fundamentada sobre eles; outra vez ler procurando resolver um caso; e assim
por diante. Deste modo, a atividade de leitura não fica apenas como "uma lição
de casa" sem conseqüência, mas uma preparação para as atividades que
serão realizadas em aula com o professor e outros colegas.
Este é um ponto importante a se pensar quando se propõe uma leitura
fora de classe: que atividade será realizada com a leitura feita e o material
produzido e o que se fará com os alunos que não tiverem realizado a leitura e
se preparado para a aula. A resposta me parece clara : ter planejado atividades
pedagógicas coletivas que dêem continuidade em aula ao estudo individual,
mas que só serão realizadas pelos alunos que tiverem realizado a atividade
individual como preparação para elas. Os alunos que não tiverem feito a leitura
deverão fazê-lo no primeiro momento de aula, individualmente, e
separadamente dos demais, preparando-se para a seqüência das demais
atividades. Os alunos perceberão a importância do trabalho individual para
participação no coletivo, o que significa ter respeito ao outro quando de uma
participação em grupo, e a própria atividade coletiva deixa de ser um "bate
papo entre amigos", para se tornar uma atividade séria de construção de
conhecimento e de aprendizagem.
4. A aula expositiva é uma das técnicas mais usadas por nós
professores. Será que num paradigma que valoriza a aprendizagem essa
técnica ainda tem lugar? Alguns pensam que não, que ela estaria abolida. No
meu entender, não se trata disso; mas, sim de se usar a aula expositiva como
uma técnica, isto é quando ela for adequada aos objetivos que temos. Isto quer
dizer que ela cabe, por exemplo, no início de um assunto para motivar os
10. 10
alunos a estudá-lo ou para apresentar um panorama geral do tema que será
estudado posteriormente; ou como síntese de um estudo feito individual ou
coletivamente, ao final dos trabalhos. Sempre usando de 20 a 30 minutos (não
mais do que isso), pois é um tempo no qual conseguimos manter a atenção
dos alunos, e assim mesmo com alguns recursos adicionais, como por
exemplo: usar slides, vídeos, retroprojetor, apresentar casos, chamar atenção
pra notícias recentes que tenham a ver com o que estamos falando, provocar o
diálogo com os alunos, fazer perguntas, solicitar a participação dos alunos, por
vezes convidar algum professor colega nosso da mesma Universidade para
discutir o assunto com os alunos e assim por diante.
Dentro do paradigma que privilegia a aprendizagem, transmitir
informações através da técnica da aula expositiva não é aconselhável, uma vez
que buscar informação e trabalhar com ela é muito mais importante que ouvir
as informações já organizadas, absorvê-las e depois, reproduzi-las.
5. Poderíamos considerar agora algumas técnicas de dinâmica de
grupo que favorecessem a interação grupal e facilitasse o processo de
aprendizagem, uma vez que defendemos a proposta de que nós aprendemos
na relação com os outros e com o mundo.
.Atividades pedagógicas coletivas são profundamente diferentes de
atividades individuais, porque envolvem um grupo de pessoas
trabalhando de forma diferente que o indivíduo, com objetivos e regras
diferentes, e com resultados esperados também diferentes. Mas porque
tanta diferença?
Em primeiro lugar, precisamos ter clareza de que qualquer atividade
pedagógica coletiva deve trazer contribuições mais significativas e mais
avançadas que as produzidas pelo indivíduo isolado. Portanto, um primeiro
princípio a ser observado: atividade pedagógica coletiva não se destina apenas
para se justaporem colaborações individuais. Para isto não precisamos dessas
atividades. O mínimo que se espera é que um grupo, além de tomar
conhecimento das colaborações dos seus participantes possa discuti-las,
analisá-las, e com este debate avance os estudos afim de que se transcenda
aqueles já apresentados pelos participantes.
São exemplos de atividades pedagógicas coletivas: seminário,
excursões, atividades em grupos as mais diversas como G.O G.V, painel
integrado, grupos de oposição, pequenos grupos de formular questões ou
solucionar casos, projetos.
Seminário entendido como atividade que se compõe de dois momentos:
o primeiro no qual pequenos grupos realizam uma pesquisa sobre um
determinado tema proposto pelo professor, orientada pelo professor e que
deverá seguir todos os passos de uma pesquisa: coletar dados, organizá-los,
analisá-los e produzir um trabalho conclusivo com características de um
trabalho científico. Mas, observe-se bem: estes procedimentos, além de
atividades individuais preparatórias, deverão ser realizados coletivamente, de
tal forma que se aprenda a pesquisar e produzir conhecimento de forma
11. 11
coletiva. Observe-se que esta pesquisa vai consumir de dois a três meses de
trabalho fora de sala de aula, orientado pelo professor, enquanto o plano da
disciplina prossegue. A monografia, ou trabalho científico produzido poderá ser
socializado entre os colegas de classe de diversas maneiras: distribuindo-se
cópias, fazendo-se apresentações, organizando-se pôster, etc.
Mas, para que possamos falar de seminário, há que se realizar o
segundo momento: marca-se uma data, na qual se fará uma mesa redonda
coordenada pelo professor, sobre um novo tema que não tenha sido
diretamente pesquisado por nenhum grupo, mas para cuja discussão todos os
grupos de pesquisa dispõe de dados. O professor escolhe de cada grupo de
pesquisa um representante que durante a discussão do novo assunto deverá
trazer contribuições a partir de seu grupo de pesquisa. Com isso, após a mesa
redonda teremos um novo tema estudado e debatido a partir de dados de
pesquisa, com produção coletiva.
G.O G.V. ou Grupo de Observação e Grupo de Verbalização: dois
círculos concêntricos na sala, um com 5 ou 6 elementos que discutirão um
tema por tempo determinado, não maior que 15 minutos e outro maior (o
restante do grupo classe) que no primeiro momento observará a discussão e
no segundo momento passará a debater, ficando o primeiro como observador
do debate. Realizada a primeira discussão que é observada pelo grupo maior,
em seguida, este grupo completa, corrige, debate o que foi trabalhado levando
a frente a discussão.
É o tipo de atividade pedagógica que serve tanto para introduzir um
assunto, explorando as experiências pessoais dos alunos, ou seus
conhecimentos primeiros sobre um assunto, como para debater um caso ou um
assunto sobre o qual já se leu anteriormente.
Na primeira hipótese, a técnica funciona como um recurso de motivação
par um estudo mais aprofundado a seguir, com outras técnicas, ou uma
atividade surpresa que chame a atenção par um assunto; na segunda situação,
visando algum aprofundamento de um tema, sempre será precedido de uma
leitura ou estudo sobre o tema.
Painel integrado é uma técnica muito interessante e incentiva a uma
grande participação por parte dos alunos. É mais apropriada para
aprofundamento de um assunto e desenvolvimento de habilidades, como
trabalhar em grupo, e desenvolvimento de atitudes de responsabilidade e
crítica.
Divide-se a turma em grupos de 5 participantes e para cada grupo dá-se
um tema, uma pergunta, ou um artigo, ou um capítulo de livro diferentes que
deverão ser lidos individualmente antes da aula e coletivamente trabalhados no
primeiro tempo da aula. Este primeiro grupo recebe uma tarefa a realizar, todos
os participantes deverão ter mãos uma cópia do relatório final e distribuírem-se
um número de 1 a 5.
No segundo tempo, organizam-se novos grupos, agora agrupados pelos
12. 12
números 1,2,3,4,5 e para este novo grupo, nova atividade com característica de
intercâmbio de informações entre eles (uma vez que cada um provem de um
grupo diferente), integração dos conhecimentos produzidos e novo resultado
esperado.
Por fim, o professor que esteve presente em um dos grupos do segundo
momento, fará os comentários que julgar pertinentes a partir de tudo o que
ouviu.
Grupos de oposição: atividade coletiva muito interessante para ajudar
os alunos a desenvolver sua habilidade de argumentação e estudo dos
fundamentos das teorias. Formam-se grupos que apresentem argumentos pró
e contra determinada teoria ou princípio, debatendo um tema, discutindo um
caso, resolvendo uma situação, resolvendo um problema, sempre
apresentando argumentos que justifiquem a decisão de cada grupo.
Mediados pelo professor, os grupos são se alternando na apresentação
de argumentos que defendem ou atacam a questão proposta e os debates se
farão discutindo-se a validade e importância dos argumentos apresentados.
Para desenvolver a habilidade de argumentar, às vezes, o professor
pode trocar os participantes de grupo; por exemplo, solicitando que os que são
a favor passem a atacar e os que atacam, passem a defender determinada
posição.
Pequenos grupos para formular questões. Esta é uma técnica
coletiva que colabora com o aluno para a adequada compreensão de um
assunto, desenvolvendo sua capacidade de perguntar. Fazer perguntas
inteligentes a partir de um texto procurando esclarecimentos, ou resolução de
dúvidas, ou trazer tópicos mais atuais, ou instigantes, ou provocadores é uma
qualidade importante que ajuda o aluno inclusive a aprender a ler bem um
texto.
Solicita-se que cada aluno, em casa, antes da aula, prepare 2 ou 3
questões que no seu entender sejam importantes para um debate em classe.
No dia da aula, divide-se a turma em pequenos grupos de 5 componentes cada
um para num tempo de 10 minutos,partindo das questões levantadas em casa,
elaborarem duas ou três questões relevantes para o estudo de um assunto.
Cada grupo encaminha suas perguntas a um outro grupo que terá 10 ou
15 minutos no máximo para estudar as questões e respondê-las por escrito.
Nos próximos 10 minutos, um segundo grupo estuda as mesmas questões,
analisa as respostas do primeiro grupo, corrige o que acha que está errado,
completa, amplia as respostas e passa essas perguntas para um próximo
grupo, e assim por diante até que pelo menos quatro grupos estudem as
perguntas formuladas. Após esse giro, as questões voltam ao grupo que as
formulou que deverá analisar as respostas recebidas, dar a sua resposta e
encaminhar esta resposta para o plenário.
Trata-se de uma atividade coletiva que ajuda o aluno a trabalhar com
13. 13
informações, permite o desenvolvimento de habilidades como a de perguntar,
responder e analisar respostas, e permite que se construa atitude de
curiosidade, de crítica, de relacionamento entre pares e de respeito por
opiniões ou propostas diferentes da sua.
Projetos, sem dúvida, uma das mais completas e envolventes
atividades pedagógicas coletivas. Elaboração de um projeto sempre está
relacionada a uma situação profissional, a uma situação real. O grupo de
alunos poderá identificar uma situação problemática, descrevê-la, levantar
perguntas, fazer o diagnóstico do problema, levantar aspectos teóricos que
sirvam de fundamentação para se compreender adequadamente aquela
situação, indicação dos procedimentos a serem realizados, implementá-los,
buscar solução para as questões, enfim resolver o projeto proposto.
Trabalhar com projetos é uma forma muito especial de se desenvolver
tanto o ensino com pesquisa, como se experimentar uma situação de uma
equipe de trabalho profissional que se reúne para desenvolver um projeto em
uma firma ou em uma empresa ou em uma instituição.Tais situações exigem
equipe, exigem o coletivo, exigem saber trabalhar em grupo, partilhar idéias e
sugestões, respeitar idéias dos outros, colaborar, por vezes, desprender-se de
suas próprias idéias em prol de uma proposta melhor.
6. Outro conjunto de atividades pedagógicas que hoje já começam a
fazer parte do cotidiano da sala de aula universitária se refere à mídia
eletrônica que no dizer de Moran "é prazerosa - ninguém obriga que ela
ocorra; é uma relação feita através da sedução, da emoção, da exploração
sensorial....Ela fala do cotidiano, dos sentimentos, das novidades.... educa
enquanto estamos entretidos. Imagem, palavra e música integram-se dentro de
um contexto comunicacional de forte impacto emocional, que predispõe a
aceitar mais facilmente as mensagens". (Moran,2000,pp.33-34)
A mídia eletrônica envolvendo o computador, a telemática, a internet, o
chat, o e-mail, a lista de discussão, a teleconferência pode colaborar
significativamente para tornar o processo e aprendizagem mais eficiente e mais
eficaz, mais motivador e mais envolvente. Ela rompe definitivamente com o
conceito de espaço "sala de aula" na universidade para afirmar sua existência
desde que haja professor e aluno estudando, pesquisando, trocando
informações, em qualquer tempo, tendo entre eles apenas um computador.
Os recursos eletrônicos facilitam a pesquisa, a construção do
conhecimento em conjunto ou em equipe, a intercomunicação entre alunos e
entre estes e seus professores. Apresentam um novo modo de se fazer
projetos, de simular situações reais, de discutir possíveis resultados ou
produtos esperados, de analisar diversas alternativas de solução. Facilitam
grandemente o contato com especialistas através de e-mails ou tele-
conferências.
Embora saibamos que estas metodologias estão mais voltadas para
encaminhar problemas de educação à distância, no entanto, elas podem
auxiliar também em nossas aulas presenciais tornando-as ainda mais
14. 14
dinâmicas e interessantes.
A teleconferência nos coloca a possibilidade de entrar em contato com
algum professor ou especialista que se encontra em local fisicamente
longínquo, mas que poderá dialogar conosco sobre determinado assunto.
Realização de estudos sobre o tema, bem como informações sobre o
conferencista e suas posições científicas antes da conferência ajudarão a
compreender melhor as informações, fazer perguntas mais adequadas e
proveitosas, e aproveitar mais do contato com o especialista. Uma
teleconferência sempre precisará ser seguida de outras atividades que a
aprofundem.
O chat ou bate-papo on - line funciona como uma técnica do
brainstorming. É um momento em que todos os participantes estão no ar,
ligados, e são convidados a expressar suas idéias e associações de forma
livre. Esta técnica permite conhecer as manifestações espontâneas dos
participantes sobre determinado tema, aquecendo um posterior estudo e
aprofundamento desse assunto.
Listas de discussão. Esta técnica cria a possibilidade de grupos de
pessoas poderem se manifestar sobre um tema que vem sendo estudado pelos
grupos. Seu objetivo é fazer uma discussão que avance os conhecimentos e
experiências para além da somatória de opiniões do grupo. Esta lista pode ficar
no ar por uma dou duas semanas, até que se entenda que o as contribuições já
se esgotaram. Durante esse tempo, o debate entre todos os membros dessa
lista é contínuo, em qualquer tempo e "hora".
Correio eletrônico. Pensando no processo de aprendizagem e na
interação professor -aluno e aluno-aluno, o correio eletrônico se apresenta
como um recurso muito forte para favorecer a multiplicação desses encontros
entre uma aula e outra, para sustentar a continuidade do processo de
aprendizagem e se realizar um atendimento e orientação que se façam
necessários antes da próxima aula. Da mesma forma, o professor pode achar
conveniente comunicar-se com um ou todos os alunos antes da aula com
informações novas. Este recurso é fundamental para o processo de
aprendizagem porque incentiva a inter-aprendizagem entre os alunos, a troca
de materiais e a produção de textos em conjunto.
Internet. Com a Internet dispomos de um recurso dinâmico, atraente e
atualizadíssimo, de fácil acesso que possibilita a aquisição de um número
ilimitado de informações e dá oportunidade de contatar várias bibliotecas de
universidades. Aprende-se a criticar as informações acessadas, escolher o
melhor, organizar informações, e fontes, produzir textos pessoais e trabalhos
monográficos. Mas, para que isto aconteça é fundamental a orientação do
professor.
7. Por último, não poderíamos deixar de comentar as possibilidades de
dinamizar nossas aulas, lançando mão do uso de situações reais de atuação
profissional como condições extremamente favoráveis à aprendizagem
15. 15
dos alunos.
Queremos chamar a atenção para as possibilidades de aprender em
enfermarias, em postos de saúde, nos ambulatórios, nos hospitais, em
consultórios, nas indústrias, nas fábricas, nas empresas, em escritórios de
administração, contabilidade ou advocacia, nos fóruns, nos escritórios modelos,
nas escolas, nas obras, nos projetos assistenciais, nos partidos, nos sindicatos,
nas secretarias de governo, e em outras situações semelhantes a estas.
Em contato com a realidade profissional, os alunos sentem-se
profundamente interessados em estudar e resolver problemas, em pesquisar e
buscar saídas para as questões que se põem em seu trabalho. Sentem-se
adultos, responsáveis, curiosos, satisfeitos com os resultados obtidos. Quase
arriscaria dizer que, em contato com a realidade, os alunos aprendem por eles
mesmos; mais do que em outras circunstâncias talvez, se comportam como
sujeitos de suas aprendizagens.
Termos coragem de usar estes espaços para dinamizar nossos cursos,
motivar os alunos a se dedicarem a seus estudos na busca de uma profissão
competente e co-responsável pela sociedade, atualizarmos os currículos, e
integrarmos universidade e sociedade é a ousadia que ainda nos falta para
efetivamente repensarmos nossas aulas dentro de um novo paradigma.
8. Não poderíamos encerrar estas reflexões sobre as atividades
pedagógicas em sala de aula universitária sem nos referirmos a uma outra
atividade pedagógica que é fundamental desenvolvermos em nossa docência:
chama-se avaliação.
Com efeito, não entendemos a avaliação como uma atividade que tem
por finalidade apenas medir e controlar os resultados de um processo de
aprendizagem, verificar o que foi aprendido e dar um julgamento sobre os
resultados.
Avaliação para nós é em primeiro lugar a capacidade de se refletir sobre
o processo de aprendizagem, buscando informações ( feedback) que ajudem
os alunos a perceber o que estão aprendendo, o que está faltando, o que
merece ser corrigido, o que é importante ser ampliado ou completado, como os
aprendizes poderão fazer melhor isto ou aquilo, e principalmente como motivá-
los para desenvolverem seu processo de aprendizagem.
A avaliação pode ser considerada como a grande atividade pedagógica
desde que entendida como explicamos acima, pois ela acompanha todas as
demais atividades, incentiva o aluno a progredir e realizar cada vez melhor as
atividades subseqüentes.
No livro "Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica", há um capítulo
escrito por mim, no qual destaco alguns pontos sobre o processo de avaliação
que me parecem oportuno serem aqui retomados, uma vez que eles
demonstram como a avaliação pode modificar nossas aulas universitárias.
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a) O processo de avaliação deverá estar integrado ao processo de
aprendizagem, de tal modo que funcione como elemento motivador da
aprendizagem, e não como um conjunto de provas e/ou trabalhos que
apenas verifiquem se o aluno passou ou não.
b) Uma característica básica da avaliação é seu caráter de feedback ou
de retro-alimentação, que traga ao aprendiz informações necessárias,
oportunas e no momento em que ele precisa para que desenvolva sua
aprendizagem.
c) Tanto no uso de técnicas presenciais como no uso de tecnologia à
distância, encontram-se embutidas informações que permitem ao
professor e aos alunos se avaliarem com relação aos objetivos
pretendidos. Basta explorá-las.
d) Os vários participantes do processo de aprendizagem precisam de
feedback: o aluno, o professor, os colegas ou grupo de alunos, e o
programa que está sendo desenvolvido. Todos estão implicados na
aprendizagem e na aula universitária. Todos precisam saber se estão
colaborando para a consecução dos objetivos acordados.
e)Tem sentido desenvolver-se a auto-avaliação, quando o próprio aluno
aprende a diagnosticar o que aprendeu, quais são suas dificuldades no
processo, e quais são suas capacidades que lhe facilitam aprender.
Estas percepções o ajudarão por toda a vida.
f) A aula universitária, então, passa a ser também um espaço de
avaliação: um espaço para o diagnóstico da aprendizagem, bem como
de diálogo, discussões e sugestões para o seu desenvolvimento.
Encerrando estas reflexões sobre o repensar a docência universitária
focalizada na transformação da aula no Ensino Superior, pretendo retomar o
ponto inicial de nosso diálogo: por detrás do modo como geralmente
acontecem as aulas na Universidade há um paradigma de ensino, muito
consolidado e estruturado por muitas décadas e que sustentam a docência
universitária como ela aparece, e que precisa ser substituído por um novo
paradigma que permita e dê fundamentação para as inovações que queremos
fazer em nossas aulas.
Só assim poderemos falar de mudar, de dinamizar as aulas, de
tornarmos estas "aulas vivas", de tornarmos as aulas um espaço privilegiado
de aprendizagem, de formação de profissionais competentes e cidadãos.
Só assim obteremos resposta para uma questão que nos persegue já há
algum tempo a nós professores: qual o novo papel dos professores
universitários nestes tempos, junto aos jovens alunos que procuram a
universidade?
RECOMENDAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS.
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A complementação deste texto e das idéias que ele apresenta poderá
ser feita com algumas leituras que recomendo vivamente àqueles que se
interessaram por estes assuntos:
1.Zabala, Antoni - A Prática Educativa - ArtMed, Porto Alegre, 1998
2.Perrenoud, Philippe - Novas Competências para Ensinar - Art Méd,
Porto Alegre,2000
3.Hernández, Fernando - Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto
de trabalho - ArtMed, Porto Alegre, 2000
4.Moran, J.M., Masetto, M.T. e Behrens, M.ª - Novas Tecnologias e
Mediação Pedagógica - Papirus, Campinas/SP, 2000
5.Masetto,M. - "Aulas Vivas" - M.G. Ed. - São Paulo,1992
6. Masetto, M.T e Abreu,M.C._ O professor Universitário em Aula - M.G.
Ed. S.P.11a
.ed.1999
7. Valente, J. A (Org.)- O Computador na Sociedade do Conhecimento -
Unicamp/Nied-Campinas/SP - 1999
8. Castanho, Maria Eugênia (Org.) - Pedagogia Universitária -A Aula em
Foco - Papirus, Campinas/SP - 2000
9. Castanho, Maria Eugênia e Castanho, Sérgio - O Que Há de Novo na
Educação Superior - Papirus, Campinas/SP -2000
10.Benedito,Vicenç et alii - La Formación Universitária a debate -
Universitat de Barcelona - Barcelona - 1995
11. Meirieu, Philippe - Aprender...sim, mas como? - ArtMed-Porto Alegre
-1998
12. Perrenoud, Philippe - Avaliação - ArtMed.-Porto Alegre - 1999