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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
                                    PPGCOM | ECA

Disciplina: Comunicação Pública, capital social e comunicação política: da mídia
de massa às redes sociais
Docente: Profa. Dra. Heloiza Matos

Seminário sobre o texto:
“O papel da sociedade civil e da esfera
pública política”, em Direito e
Democracia – entre facticidade e validade
(Jürgen Habermas, 2003).

Alunos:
Alessandra de Castilho
Guilherme Borges da Costa
Renê Gallep
Victor Corte Real
Direito e Democracia – entre facticidade e
                validade
                      No capítulo estudado, “O papel da
Nesta obra,            sociedade civil e da esfera pública
Habermas              política”, ele discorre sobre o papel
                           destas na consolidação da
discute – entre          democracia e na circulação do
outros assuntos                   poder político.

– a proposta de
democracia                              Para tanto debate o
deliberativa                          papel e o lugar do poder
                                        em diversas teorias
                                            sociológicas
Estrutura do texto
                                               Poder Social
   PODER                                       Poder Administrativo
COMUNICATIVO                                   Teoria da Ação
                                               Teoria do Sistema

                   Objetivo de Habermas
         Revisar conceitos da sociologia política e
     discutir a relevância de constatações empíricas.


          Seção I - Revisões de John Elster sobre a Teoria Econômica da Democracia,
          relevância empírica da política deliberativa.

          Seção II - Discussões de H. Willkes sobre a Teoria da Regulação, integração da
          sociedade em sistemas funcionais; e desenvolvimento de modelo sociológico
          orientado ao peso empírico do poder do Estado de direito.

          Seção III - Apresentação dos impulsos vitais da sociedade civil através da
          esfera pública, introduzindo no sistema político conflitos da periferia.
Cidadãos estão reunidos em organizações


                                                                                    Teoria social do
                          Atores coletivos têm                                        pluralismo
                         aproximadamente as
                           mesmas chances de
                      influenciar os processos
                         de decisão relevantes
                                      para eles       Eleitores apontam o que
                                                      querem através do voto,     Teoria econômica da
                                                        enquanto que o poder
       Sociedade se constitui de rede
                                                       políticos troca voto por
                                                                                      democracia
     de sistemas parciais autônomos
       que se fecham e se relacionam                    determinadas políticas
          entre si. A interação destes
     sistemas não depende de atores
            ou organizações, mas dos                     Foco nos
        modos próprios de operação,                    complexos                  Teoria dos sistemas
              definidos internamente                organizatórios


Para Habermas, esta teoria rompe com a normatividade da
econômica, mas não cria condições para um nova teoria
democrática, pois analisa o processo político sob o ponto de
                                                                                   Teoria da escolha
vista da auto-regulação do poder administrativo e                                      racional
diferencia a política e o direito em vários sistemas
funcionais, fechados no seu próprio discurso.
Teoria da escolha
    racional                   Todo comportamento social é resultado de uma estratégia




                                  Entretanto, “as condições para uma formação
                                    política racional d vontade não devem ser
                                    procuradas apenas no nível individual das
                                  motivações e decisões de atores isolados, mas
                                       também no nível social dos processos
                                 institucionalizados de formação da opinião e de
                                                   deliberação”

 Autor vai discutir então um
 modelo de circulação do
 poder político. A princípio
 retoma a discussão sobre a              Habermas defende que é neste
 teoria dos sistemas,                     ponto em que se passaria da
 destacando que nesta há (ou             teoria da escolha racional para
 pode haver) um problema
                                             uma teoria do discurso
 comunicativo em função dos
 sistemas estarem fechados
 em si mesmos, com regras e
 semânticas próprias.
Análise Empírica de
                                     Distinção entre BARGANHA e ARGUMENTAÇÃO
    John Elster



                                 Nem todos os interesses podem ser representados
                                    publicamente, por isso a esfera pública das
                                   comunicações políticas exerce uma coerção
                                            procedimental saudável.

      Mudança de perspectiva


           Passa-se da                                      Para a
    Teoria da Escolha Racional                        Teoria do Discurso


                                              Os resultados da política deliberativa
                                             podem ser entendidos como um poder
                                                produzido comunicativamente.
“O sistema político, estruturado no Estado de direito, diferencia-se internamente em
domínios do poder administrativo e comunicativo, permanecendo aberto aos mundo
da vida. Pois a formação institucionalizada da opinião e da vontade precisa abastecer-
 se nos contextos comunicacionais informais da esfera pública, nas associações e na
    esfera privada. Isso tudo porque o sistema de ação político está embutido em
                          contextos do mundo da vida” (p.84)

 Sobre a circulação
do poder, portanto,
Habermas se apóia
  no modelo de B.
      Peters                                                   Fornecedores e
                                                               compradores


      Processos de      centro                 periferia
    comunicação e
     de decisão do                 _ administração (governo)
           sistema                 _ judiciário
            político               _ formação democrática da
                                   opinião e da vontade
     constitucional
Para implementação                       Redes complexas (administração pública,
                                         organizações provadas, grupos de interesse

                                                           Estas redes se diferenciam dos fornecedores,
                                                           que seriam os grupos, associações e ligas que
                                                           enfrentam a administração tematizando
     Para Habermas,                                        discussões e problemas sociais
       para haver a
      democracia, a
    demanda tem que                                                           A periferia consegue
      vir no sentido                                                          preencher essas
    periferia – centro                                                        expectativas na medida
                                                                              em que as redes de
                                                                              comunicação pública
  A periferia deve ser capaz e ter razões para farejar problemas              não institucionalizada
  latentes de integração social (cuja elaboração é essencialmente             possibilitam processos
  política), identificá-los, tematizá-los e introduzi-los no sistema          de formação de opinião
  político, passando pelas comportas do complexo parlamentar                  mais ou menos
  (ou dos tribunais), fazendo co, que o modo rotineiro seja                   espontâneos, que por
  quebrado
                                                                              sua vez dependem da
                                                                              ancoragem social em
                                                                              associações da
                                                                              sociedade civil
Na seção III, Habermas coloca os
   conceitos de “esfera pública”             “A esfera pública pode ser descrita como uma
   e “sociedade civil” com objetivo          rede adequada para a comunicação de
                                             conteúdos, tomadas de posição e opiniões; nela
   de esboçar algumas barreiras e
                                             os fluxos comunicacionais são filtrados e
   estruturas de poder que surgem
                                             sintetizados, a ponto de condensarem em
     no interior da esfera pública,          opiniões públicas enfeixadas em emas
     que podem ser superadas por             específicos” (p.92)
       movimentos que adquirem
   maior importância. Conclui com
     resumo desses elementos que
    formam a sociedade complexa                             Três tipos:
                                                             Três tipos:
                                                -Esferas episódicas
                                                 -Esferas episódicas
                                                -Esferas com presença organizada
                                                 -Esferas com presença organizada
Formada por movimentos,                         -Esferas públicas abstratas
                                                 -Esferas públicas abstratas
associações e organizações livres,
não estatais e não econômicas




                                      Institucionalizam discursos da esfera privada,
       Cidadãos procuram              transformando-o em questão de interesse
interpretações públicas para suas     público
experiências e interesses sociais.
Na seção III, Habermas coloca os
conceitos de “esfera pública”
e “sociedade civil” com objetivo
de esboçar algumas barreiras e     Defende que a sociedade civil pode,
estruturas de poder que surgem     em determinados momentos, ter
  no interior da esfera pública,   opiniões públicas próprias, capazes
  que podem ser superadas por      de influenciar o complexo
    movimentos que adquirem        parlamentar, obrigando o poder
maior importância. Conclui com     político a modificar o rumo do poder
  resumo desses elementos que      oficial.
 formam a sociedade complexa
                                                     X
                                   Sociologia da comunicação de
                                   massas acredita que movimentos
                                   sociais e iniciativas de sujeitos
Há autonomia das posições          privados , foros civis, uniões políticas
 tomadas pelo público a            e associações emitem sinais muito
  partir da formação da            fracos para reorientar processos de
     opinião pública?              decisão no sistema político.
Isso porque a formação da opinião pública
sobre o sistema político sofre influências do
mundo privado, da esfera pública e da mídia
(que também é palco de manifestações do
próprio sistema político).



                                                          Tarefas atribuídas à mídia no seu papel
 - Vigiar o ambiente sócio-político e
                                                          diante dos sistemas políticos
   informar os cidadãos                                   constitucionais (Gurevitch e Blumler, apud
 - Definir a agenda política
                                                          HABERMAS)
 - Permitir o diálogo entre
   representantes e representados
 - Criar mecanismos para prestação de
   contas dos eleitos                           “mesmo que conhecêssemos o peso e o modo de operar
 - Incentivar o envolvimento dos                dos meios de comunicação de massa e a distribuição de
   cidadãos no processo político                papéis entre público e atores, e mesmo que pudéssemos
 - Manter sua independência e                      opinar sobre quem dispõe do poder dos meios, não
   integridade ao servir ao público             teríamos clareza sobre o modo como os meios de massa
 - Aceitar que o público espectadores             afetam os fluxos intransparentes da comunicação da
   é capaz de entender o ambiente                             esfera pública política” p.111
   político
Esfera Pública e Democracia no Brasil




Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – UNICAMP
        Grupo de Estudo sobre Construção Democrática
Análise de duas dimensões




1 - Compreender a
  constituição da                                2 - Quais contribuições
                                                 da esfera pública para a
 esfera pública na
 democratização                                      democratização
1 - Compreender a constituição da esfera pública na democratização



                Busca da autonomia dos movimentos sociais




                   Impulso para as organizações populares




       Momento inaugural da construção da esfera pública no Brasil



Esfera pública crítica: Novas legitimidades com base nestes debates , gerando
                      pré condições para uma ação política
Vera Teles: “O sentido da esfera pública como local onde os conflitos e as diferenças podem ser
          equacionados tendo como medida comum o reconhecimento dos direitos.




                              “... a segunda metade dos anos 80
                              revelou a diversidade dos projetos
                              políticos que ela abrigava, e a
                              disputa em torno de várias
                              concepções de democracia...”
2 – Colaboração da esfera pública para a democratização


“Processo no qual TODOS os
participantes da interação tenham
condições de expressar seus pontos de                      Representatividade
vista (...) A esfera pública passa assim a
indicar dimensões da sociedade... “




                                                          “Não se trata de estabelecer ou procurar
                                                          o consenso, mas tomar como possível o
                       Bem comum                          entendimento que é fruto da
                                                          comunicação entre homens diferentes...”




   “No espaço público, os indivíduos e os
   grupos, estão sim buscando realizar seus
   interesses. Sua realização, no entanto,
   tem como parâmetro a legitimidade das                         Igualdade
   reivindicações concorrentes (...) em que o
   outro é visto como sujeito portador de
   direitos”
Dificuldades da esfera pública no Brasil


a – “... a esfera pública foi sempre confundida com o espaço estatal”


 b – “A concepção de esfera pública (...) toma como ponto de partida a suposição da igualdade
(...) enfrenta, evidentemente, dificuldades imensas em sociedades tão brutalmente desiguais
como a nossa.”
“... Essa mesma lógica, que veda o lugar da política aos setores subalternos, convence esses
“subcidadãos” que o seu exercício não lhes diz respeito, que não lhes convêm o exercícios dos
                 direitos, que seus espaços não são os do mundo público...”




     “Contrapúblicos”: Espaço aonde os grupos marginalizados afirmam sua identidade.
Espaços de co-gestão e esfera pública não-estatal




Espaço de co-gestão: “Nestes
espaços de co-gestão, o Estado
senta-se formalmente à mesa e ali
se formulam política públicas, se
estabelecem contratos, se
reconhecem direitos. “



                                      Esfera pública não-estatal: “... Termo
                                      para enfatizar a necessidade do
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                                      monopólico que tem exercido sobre a
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                                      compartilhar seu poder de decisão
                                      com a sociedade civil.”
“... viabilizem o fortalecimento da sociedade civil através da constituição de formas autônomas

de poder, que representem os complexos e múltiplos interesses de diferentes atores sociais.”

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Seminario 2011 - Cap. VIII HABERMAS

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PPGCOM | ECA Disciplina: Comunicação Pública, capital social e comunicação política: da mídia de massa às redes sociais Docente: Profa. Dra. Heloiza Matos Seminário sobre o texto: “O papel da sociedade civil e da esfera pública política”, em Direito e Democracia – entre facticidade e validade (Jürgen Habermas, 2003). Alunos: Alessandra de Castilho Guilherme Borges da Costa Renê Gallep Victor Corte Real
  • 2. Direito e Democracia – entre facticidade e validade No capítulo estudado, “O papel da Nesta obra, sociedade civil e da esfera pública Habermas política”, ele discorre sobre o papel destas na consolidação da discute – entre democracia e na circulação do outros assuntos poder político. – a proposta de democracia Para tanto debate o deliberativa papel e o lugar do poder em diversas teorias sociológicas
  • 3. Estrutura do texto Poder Social PODER Poder Administrativo COMUNICATIVO Teoria da Ação Teoria do Sistema Objetivo de Habermas Revisar conceitos da sociologia política e discutir a relevância de constatações empíricas. Seção I - Revisões de John Elster sobre a Teoria Econômica da Democracia, relevância empírica da política deliberativa. Seção II - Discussões de H. Willkes sobre a Teoria da Regulação, integração da sociedade em sistemas funcionais; e desenvolvimento de modelo sociológico orientado ao peso empírico do poder do Estado de direito. Seção III - Apresentação dos impulsos vitais da sociedade civil através da esfera pública, introduzindo no sistema político conflitos da periferia.
  • 4. Cidadãos estão reunidos em organizações Teoria social do Atores coletivos têm pluralismo aproximadamente as mesmas chances de influenciar os processos de decisão relevantes para eles Eleitores apontam o que querem através do voto, Teoria econômica da enquanto que o poder Sociedade se constitui de rede políticos troca voto por democracia de sistemas parciais autônomos que se fecham e se relacionam determinadas políticas entre si. A interação destes sistemas não depende de atores ou organizações, mas dos Foco nos modos próprios de operação, complexos Teoria dos sistemas definidos internamente organizatórios Para Habermas, esta teoria rompe com a normatividade da econômica, mas não cria condições para um nova teoria democrática, pois analisa o processo político sob o ponto de Teoria da escolha vista da auto-regulação do poder administrativo e racional diferencia a política e o direito em vários sistemas funcionais, fechados no seu próprio discurso.
  • 5. Teoria da escolha racional Todo comportamento social é resultado de uma estratégia Entretanto, “as condições para uma formação política racional d vontade não devem ser procuradas apenas no nível individual das motivações e decisões de atores isolados, mas também no nível social dos processos institucionalizados de formação da opinião e de deliberação” Autor vai discutir então um modelo de circulação do poder político. A princípio retoma a discussão sobre a Habermas defende que é neste teoria dos sistemas, ponto em que se passaria da destacando que nesta há (ou teoria da escolha racional para pode haver) um problema uma teoria do discurso comunicativo em função dos sistemas estarem fechados em si mesmos, com regras e semânticas próprias.
  • 6. Análise Empírica de Distinção entre BARGANHA e ARGUMENTAÇÃO John Elster Nem todos os interesses podem ser representados publicamente, por isso a esfera pública das comunicações políticas exerce uma coerção procedimental saudável. Mudança de perspectiva Passa-se da Para a Teoria da Escolha Racional Teoria do Discurso Os resultados da política deliberativa podem ser entendidos como um poder produzido comunicativamente.
  • 7. “O sistema político, estruturado no Estado de direito, diferencia-se internamente em domínios do poder administrativo e comunicativo, permanecendo aberto aos mundo da vida. Pois a formação institucionalizada da opinião e da vontade precisa abastecer- se nos contextos comunicacionais informais da esfera pública, nas associações e na esfera privada. Isso tudo porque o sistema de ação político está embutido em contextos do mundo da vida” (p.84) Sobre a circulação do poder, portanto, Habermas se apóia no modelo de B. Peters Fornecedores e compradores Processos de centro periferia comunicação e de decisão do _ administração (governo) sistema _ judiciário político _ formação democrática da opinião e da vontade constitucional
  • 8. Para implementação Redes complexas (administração pública, organizações provadas, grupos de interesse Estas redes se diferenciam dos fornecedores, que seriam os grupos, associações e ligas que enfrentam a administração tematizando Para Habermas, discussões e problemas sociais para haver a democracia, a demanda tem que A periferia consegue vir no sentido preencher essas periferia – centro expectativas na medida em que as redes de comunicação pública A periferia deve ser capaz e ter razões para farejar problemas não institucionalizada latentes de integração social (cuja elaboração é essencialmente possibilitam processos política), identificá-los, tematizá-los e introduzi-los no sistema de formação de opinião político, passando pelas comportas do complexo parlamentar mais ou menos (ou dos tribunais), fazendo co, que o modo rotineiro seja espontâneos, que por quebrado sua vez dependem da ancoragem social em associações da sociedade civil
  • 9. Na seção III, Habermas coloca os conceitos de “esfera pública” “A esfera pública pode ser descrita como uma e “sociedade civil” com objetivo rede adequada para a comunicação de conteúdos, tomadas de posição e opiniões; nela de esboçar algumas barreiras e os fluxos comunicacionais são filtrados e estruturas de poder que surgem sintetizados, a ponto de condensarem em no interior da esfera pública, opiniões públicas enfeixadas em emas que podem ser superadas por específicos” (p.92) movimentos que adquirem maior importância. Conclui com resumo desses elementos que formam a sociedade complexa Três tipos: Três tipos: -Esferas episódicas -Esferas episódicas -Esferas com presença organizada -Esferas com presença organizada Formada por movimentos, -Esferas públicas abstratas -Esferas públicas abstratas associações e organizações livres, não estatais e não econômicas Institucionalizam discursos da esfera privada, Cidadãos procuram transformando-o em questão de interesse interpretações públicas para suas público experiências e interesses sociais.
  • 10. Na seção III, Habermas coloca os conceitos de “esfera pública” e “sociedade civil” com objetivo de esboçar algumas barreiras e Defende que a sociedade civil pode, estruturas de poder que surgem em determinados momentos, ter no interior da esfera pública, opiniões públicas próprias, capazes que podem ser superadas por de influenciar o complexo movimentos que adquirem parlamentar, obrigando o poder maior importância. Conclui com político a modificar o rumo do poder resumo desses elementos que oficial. formam a sociedade complexa X Sociologia da comunicação de massas acredita que movimentos sociais e iniciativas de sujeitos Há autonomia das posições privados , foros civis, uniões políticas tomadas pelo público a e associações emitem sinais muito partir da formação da fracos para reorientar processos de opinião pública? decisão no sistema político.
  • 11. Isso porque a formação da opinião pública sobre o sistema político sofre influências do mundo privado, da esfera pública e da mídia (que também é palco de manifestações do próprio sistema político). Tarefas atribuídas à mídia no seu papel - Vigiar o ambiente sócio-político e diante dos sistemas políticos informar os cidadãos constitucionais (Gurevitch e Blumler, apud - Definir a agenda política HABERMAS) - Permitir o diálogo entre representantes e representados - Criar mecanismos para prestação de contas dos eleitos “mesmo que conhecêssemos o peso e o modo de operar - Incentivar o envolvimento dos dos meios de comunicação de massa e a distribuição de cidadãos no processo político papéis entre público e atores, e mesmo que pudéssemos - Manter sua independência e opinar sobre quem dispõe do poder dos meios, não integridade ao servir ao público teríamos clareza sobre o modo como os meios de massa - Aceitar que o público espectadores afetam os fluxos intransparentes da comunicação da é capaz de entender o ambiente esfera pública política” p.111 político
  • 12. Esfera Pública e Democracia no Brasil Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – UNICAMP Grupo de Estudo sobre Construção Democrática
  • 13. Análise de duas dimensões 1 - Compreender a constituição da 2 - Quais contribuições da esfera pública para a esfera pública na democratização democratização
  • 14. 1 - Compreender a constituição da esfera pública na democratização Busca da autonomia dos movimentos sociais Impulso para as organizações populares Momento inaugural da construção da esfera pública no Brasil Esfera pública crítica: Novas legitimidades com base nestes debates , gerando pré condições para uma ação política
  • 15. Vera Teles: “O sentido da esfera pública como local onde os conflitos e as diferenças podem ser equacionados tendo como medida comum o reconhecimento dos direitos. “... a segunda metade dos anos 80 revelou a diversidade dos projetos políticos que ela abrigava, e a disputa em torno de várias concepções de democracia...”
  • 16. 2 – Colaboração da esfera pública para a democratização “Processo no qual TODOS os participantes da interação tenham condições de expressar seus pontos de Representatividade vista (...) A esfera pública passa assim a indicar dimensões da sociedade... “ “Não se trata de estabelecer ou procurar o consenso, mas tomar como possível o Bem comum entendimento que é fruto da comunicação entre homens diferentes...” “No espaço público, os indivíduos e os grupos, estão sim buscando realizar seus interesses. Sua realização, no entanto, tem como parâmetro a legitimidade das Igualdade reivindicações concorrentes (...) em que o outro é visto como sujeito portador de direitos”
  • 17. Dificuldades da esfera pública no Brasil a – “... a esfera pública foi sempre confundida com o espaço estatal” b – “A concepção de esfera pública (...) toma como ponto de partida a suposição da igualdade (...) enfrenta, evidentemente, dificuldades imensas em sociedades tão brutalmente desiguais como a nossa.”
  • 18. “... Essa mesma lógica, que veda o lugar da política aos setores subalternos, convence esses “subcidadãos” que o seu exercício não lhes diz respeito, que não lhes convêm o exercícios dos direitos, que seus espaços não são os do mundo público...” “Contrapúblicos”: Espaço aonde os grupos marginalizados afirmam sua identidade.
  • 19. Espaços de co-gestão e esfera pública não-estatal Espaço de co-gestão: “Nestes espaços de co-gestão, o Estado senta-se formalmente à mesa e ali se formulam política públicas, se estabelecem contratos, se reconhecem direitos. “ Esfera pública não-estatal: “... Termo para enfatizar a necessidade do Estado brasileiro de recuar do controle monopólico que tem exercido sobre a esfera pública, passando a compartilhar seu poder de decisão com a sociedade civil.”
  • 20. “... viabilizem o fortalecimento da sociedade civil através da constituição de formas autônomas de poder, que representem os complexos e múltiplos interesses de diferentes atores sociais.”