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Heidegger
Breves reflexões
Vítor Vieira Ferreira
Autor e principais obras
• Martin Heidegger
• 1889 – 1976
• Assistente de Husserl
• Um dos maiores pensadores do séc. XX
• Principais questões: ontologia, técnica, o ser
• Principais obras: Ser e Tempo (1927), A carta
sobre o Humanismo (1949), A Caminho da
Linguagem (1959)
A linguagem em Heidegger
• A linguagem não é mero instrumento, a linguagem nos possui.
• A palavra é o instrumento fundante do ser.
• A linguagem não é expressão nem mera atividade do homem: a
linguagem simplesmente fala através do homem, constituindo-o
enquanto ser.
A linguagem em Heidegger
“Tradicionalmente, pensa-se a linguagem como veículo da expressão de algo
interno ao homem, isto é, como a ponte que vincula o dentro e o fora do
homem, de tal forma que o falar é pensado como uma atividade que
acontece por meio do homem. Segundo a concepção ontológica da
linguagem, não é a linguagem que pertence ao homem, mas, antes, é
o próprio homem, concebido ontologicamente como o ser-para-a-morte
resoluto (primeiro Heidegger) ou como o mortal que corresponde à
solicitação silenciosa do ser (Heidegger tardio), que pertence à linguagem.”
(DUARTE, 2005:2)
A linguagem em Heidegger
Temos em Heidegger uma “crítica das concepções tradicionais do
homem como animal que fala ou como animal racional, bem como
a sua crítica das concepções ônticas da linguagem propostas pela
lingüística e pelas filosofias da linguagem, que a concebem como
conjunto sistemático de signos determinados logicamente por meio
dos quais se dá a comunicação de mensagens (...) obscurecendo,
deste modo, o vínculo ontológico entre o ser do ente que somos
e o ser da própria linguagem”
(DUARTE, 2005:4)
A linguagem em Heidegger
“Os pensadores e poetas são os protetores por excelência do
aberto, pois são aqueles que velam para que se cumpra a
manifestabilidade do ser (Offenbarkeit des Seins), conservando-a
na linguagem. Velar por tal morada em pensamento e linguagem é
restituir ao homem sua essência, cuidar para que a humanidade do
homem não se torne in-humana e nisto consiste a tarefa de um
humanismo pós-metafísico.”
(DUARTE, 2005:16)
Linguagem
• Discurso
“O discurso articula originariamente o ser-no-mundo compreendido e sentido.
O Dasein é no mundo discursivamente: sempre segundo tal ou qual modo
pragmático, o Dasein se exprime, comunica, diz alguma coisa de alguma
coisa. Essa discursividade está além em todos os aspectos do enunciado
proposicional: o modo impróprio do discurso é o falatório (Gerede) – o modo
próprio é o apelo que faz-silêncio.”
(DUBOIS, 2005:224)
Algumas reflexões
Um retorno aos pré-socráticos
“(...) para Heidegger, aqueles pontos que tivessem uma
acepção errônea deveriam ser criticados e seria necessário
remeter a um ponto anterior em que a acepção errônea
ainda não estivesse presente na filosofia, no que seria
central um diálogo com os pré-socráticos.”
(SARTORI, 2010:27)
Heidegger e a filosofia moderna
"Heidegger vê a filosofia moderna como uma filosofia
“metafísica”, ou seja, como uma filosofia que não remete
ao ser, mas que fica presa ao ente e vem a vê-lo de
maneira manipulatória.“
(Ibid)
Heidegger e a filosofia moderna
“Para o autor alemão as noções da filosofia clássica alemã,
bem como as noções de sujeito, de objeto, de representação e
de realidade exterior seriam problemáticas, devendo se, por
meio do passo de volta, defender um apartar-se daquilo
que se apresenta imediatamente e reivindicar um
questionar sobre o próprio ser, dialogar com uma filosofia
anterior, a grega, em que as questões essenciais apareceriam
de maneira menos mediada pela razão moderna e pelas
circunstâncias modernas.”
(Ibid:28)
Heidegger e a filosofia moderna
“O raciocinar por relações de meios e fins, com o auxílio
do cálculo e das proporções seria nefasto – tratar-se-ia de
uma concepção já calcada na técnica, uma concepção que
teria seu cume na ciência moderna, que é vista sempre
com tons pessimistas, pois, para ele, a ciência “é sempre
um assalto técnico ao ente e uma intervenção tendo em
vista uma “orientação” ativa, “produtiva”, operosa e
comercial (Heidegger, 2008, p. 17).”
(Ibid:29)
Heidegger e questão da técnica
“A técnica é um modo de saber, uma forma de pensamento – e
esse é um dos pontos centrais nos quais Heidegger se debruça.
(...) Segundo Heidegger, o que caracteriza nossa era é a
dominação da técnica moderna, presente em todas as esferas
da vida. Representam essa dominação a funcionalização, a
perfeição, a automatização, a burocratização e a informação.
A técnica está em estreita relação com o ser, e acaba por
determinar, dessa forma, a humanidade.”
(VALENTI POSSAMAI, 2010:23)
Heidegger e questão da técnica
"(...) foi justamente quando o pensamento se igualou à
técnica e se fez ciência que tais “títulos” passaram a
designá-lo. Ocorre então que ao equiparar pensamento
e técnica o homem se afasta e relega ao esquecimento
aquilo que lhe é mais próximo e próprio, o sentido da
Verdade do Ser.“
(Ibid:52)
Reflexão crítica
“(...) o fato de Heidegger nunca tratar de maneira direta
das relações sociais que compõem a história está
fortemente enraizado em seu pensamento o qual vem a se
opor à atividade transformadora e permanece preso nas
mesmas antinomias que critica, pois essas são inerentes à
forma de sociabilidade desenvolvida pelo capital, que
nunca é sequer tratada pelo autor.”
(SARTORI, 2010:32)
Reflexão crítica
“Heidegger vê a alienação em meio a relações de produção
alienadas, isso é claro. Porém, tanto por seu método como
pela maneira como apresenta a questão, permanece preso a
uma concepção irracionalista que tem o desenvolvimento da
técnica como absolutamente maléfico – a técnica alienaria o
homem de seu mundo e o colocaria como aquele que busca o
“assenhoramento” e a dominação, a qual teria seu cume na
concepção moderna de ciência.”
(Ibid:33)
Reflexão crítica
“(...) a ausência da reflexão sobre a mediação social e
concreta, tornada necessária no momento em que o
trabalho é relegado à inautenticidade, leva Heidegger a
negar tout court a razão moderna, juntamente com os
progressos conseguidos na contraditória modernidade.”
(Ibid:37)
Comentários finais
• Constituição do humano que se dá através da linguagem
• Relevante crítica sobre a técnica (o preço do progresso)
• Reflexão toca no aspecto da alienação
Comentários finais
• Ausência de um aprofundamento social e histórico
• Não consideração dos aspectos positivos da modernidade
• Ausência de um projeto de emancipação ou de alguma
forma de práxis que considerem a desumanização do
homem pela alienação
Bibliografia
DUARTE, Andre de Macedo. "Heidegger e a linguagem: do acolhimento do ser ao acolhimento do outro."
Natureza humana 7 (2005): 70-100. 2005.
DUARTE, Rodrigo; NAVES, Gilzane. O ser-para-a-morte em Heidegger. Disponível em
http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosn4v2/06-filosofia.pdf Acesso em 04/06/13
DUBOIS, Christian. Heidegger: introdução a uma leitura. [s.l.]: Zahar, 2005.
HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. [s.l.]: Ed. Universitária São Francisco, 2008.
SARTORI, Vitor Bartoletti. O segundo Heidegger e Lukács: alienação, história e práxis. Verinotio: Revista on
line de Educação e Ciências Humanas, n. 11. 2010
CORRÊA, Raquel Wilma. A perspectiva ética da “Carta sobre o Humanismo” de Martin Heidegger.
Μετανόια. São João del-Rei, n. 3. p. 51-54, jul. 2001
VALENTI POSSAMAI, Fábio. A técnica e a questão da técnica em Heidegger. intuitio, v. 3, n. 1, p. 20-32,
2010.

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Heidegger - Breves reflexões iniciais

  • 2. Autor e principais obras • Martin Heidegger • 1889 – 1976 • Assistente de Husserl • Um dos maiores pensadores do séc. XX • Principais questões: ontologia, técnica, o ser • Principais obras: Ser e Tempo (1927), A carta sobre o Humanismo (1949), A Caminho da Linguagem (1959)
  • 3. A linguagem em Heidegger • A linguagem não é mero instrumento, a linguagem nos possui. • A palavra é o instrumento fundante do ser. • A linguagem não é expressão nem mera atividade do homem: a linguagem simplesmente fala através do homem, constituindo-o enquanto ser.
  • 4. A linguagem em Heidegger “Tradicionalmente, pensa-se a linguagem como veículo da expressão de algo interno ao homem, isto é, como a ponte que vincula o dentro e o fora do homem, de tal forma que o falar é pensado como uma atividade que acontece por meio do homem. Segundo a concepção ontológica da linguagem, não é a linguagem que pertence ao homem, mas, antes, é o próprio homem, concebido ontologicamente como o ser-para-a-morte resoluto (primeiro Heidegger) ou como o mortal que corresponde à solicitação silenciosa do ser (Heidegger tardio), que pertence à linguagem.” (DUARTE, 2005:2)
  • 5. A linguagem em Heidegger Temos em Heidegger uma “crítica das concepções tradicionais do homem como animal que fala ou como animal racional, bem como a sua crítica das concepções ônticas da linguagem propostas pela lingüística e pelas filosofias da linguagem, que a concebem como conjunto sistemático de signos determinados logicamente por meio dos quais se dá a comunicação de mensagens (...) obscurecendo, deste modo, o vínculo ontológico entre o ser do ente que somos e o ser da própria linguagem” (DUARTE, 2005:4)
  • 6. A linguagem em Heidegger “Os pensadores e poetas são os protetores por excelência do aberto, pois são aqueles que velam para que se cumpra a manifestabilidade do ser (Offenbarkeit des Seins), conservando-a na linguagem. Velar por tal morada em pensamento e linguagem é restituir ao homem sua essência, cuidar para que a humanidade do homem não se torne in-humana e nisto consiste a tarefa de um humanismo pós-metafísico.” (DUARTE, 2005:16)
  • 7. Linguagem • Discurso “O discurso articula originariamente o ser-no-mundo compreendido e sentido. O Dasein é no mundo discursivamente: sempre segundo tal ou qual modo pragmático, o Dasein se exprime, comunica, diz alguma coisa de alguma coisa. Essa discursividade está além em todos os aspectos do enunciado proposicional: o modo impróprio do discurso é o falatório (Gerede) – o modo próprio é o apelo que faz-silêncio.” (DUBOIS, 2005:224)
  • 9. Um retorno aos pré-socráticos “(...) para Heidegger, aqueles pontos que tivessem uma acepção errônea deveriam ser criticados e seria necessário remeter a um ponto anterior em que a acepção errônea ainda não estivesse presente na filosofia, no que seria central um diálogo com os pré-socráticos.” (SARTORI, 2010:27)
  • 10. Heidegger e a filosofia moderna "Heidegger vê a filosofia moderna como uma filosofia “metafísica”, ou seja, como uma filosofia que não remete ao ser, mas que fica presa ao ente e vem a vê-lo de maneira manipulatória.“ (Ibid)
  • 11. Heidegger e a filosofia moderna “Para o autor alemão as noções da filosofia clássica alemã, bem como as noções de sujeito, de objeto, de representação e de realidade exterior seriam problemáticas, devendo se, por meio do passo de volta, defender um apartar-se daquilo que se apresenta imediatamente e reivindicar um questionar sobre o próprio ser, dialogar com uma filosofia anterior, a grega, em que as questões essenciais apareceriam de maneira menos mediada pela razão moderna e pelas circunstâncias modernas.” (Ibid:28)
  • 12. Heidegger e a filosofia moderna “O raciocinar por relações de meios e fins, com o auxílio do cálculo e das proporções seria nefasto – tratar-se-ia de uma concepção já calcada na técnica, uma concepção que teria seu cume na ciência moderna, que é vista sempre com tons pessimistas, pois, para ele, a ciência “é sempre um assalto técnico ao ente e uma intervenção tendo em vista uma “orientação” ativa, “produtiva”, operosa e comercial (Heidegger, 2008, p. 17).” (Ibid:29)
  • 13. Heidegger e questão da técnica “A técnica é um modo de saber, uma forma de pensamento – e esse é um dos pontos centrais nos quais Heidegger se debruça. (...) Segundo Heidegger, o que caracteriza nossa era é a dominação da técnica moderna, presente em todas as esferas da vida. Representam essa dominação a funcionalização, a perfeição, a automatização, a burocratização e a informação. A técnica está em estreita relação com o ser, e acaba por determinar, dessa forma, a humanidade.” (VALENTI POSSAMAI, 2010:23)
  • 14. Heidegger e questão da técnica "(...) foi justamente quando o pensamento se igualou à técnica e se fez ciência que tais “títulos” passaram a designá-lo. Ocorre então que ao equiparar pensamento e técnica o homem se afasta e relega ao esquecimento aquilo que lhe é mais próximo e próprio, o sentido da Verdade do Ser.“ (Ibid:52)
  • 15. Reflexão crítica “(...) o fato de Heidegger nunca tratar de maneira direta das relações sociais que compõem a história está fortemente enraizado em seu pensamento o qual vem a se opor à atividade transformadora e permanece preso nas mesmas antinomias que critica, pois essas são inerentes à forma de sociabilidade desenvolvida pelo capital, que nunca é sequer tratada pelo autor.” (SARTORI, 2010:32)
  • 16. Reflexão crítica “Heidegger vê a alienação em meio a relações de produção alienadas, isso é claro. Porém, tanto por seu método como pela maneira como apresenta a questão, permanece preso a uma concepção irracionalista que tem o desenvolvimento da técnica como absolutamente maléfico – a técnica alienaria o homem de seu mundo e o colocaria como aquele que busca o “assenhoramento” e a dominação, a qual teria seu cume na concepção moderna de ciência.” (Ibid:33)
  • 17. Reflexão crítica “(...) a ausência da reflexão sobre a mediação social e concreta, tornada necessária no momento em que o trabalho é relegado à inautenticidade, leva Heidegger a negar tout court a razão moderna, juntamente com os progressos conseguidos na contraditória modernidade.” (Ibid:37)
  • 18. Comentários finais • Constituição do humano que se dá através da linguagem • Relevante crítica sobre a técnica (o preço do progresso) • Reflexão toca no aspecto da alienação
  • 19. Comentários finais • Ausência de um aprofundamento social e histórico • Não consideração dos aspectos positivos da modernidade • Ausência de um projeto de emancipação ou de alguma forma de práxis que considerem a desumanização do homem pela alienação
  • 20. Bibliografia DUARTE, Andre de Macedo. "Heidegger e a linguagem: do acolhimento do ser ao acolhimento do outro." Natureza humana 7 (2005): 70-100. 2005. DUARTE, Rodrigo; NAVES, Gilzane. O ser-para-a-morte em Heidegger. Disponível em http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosn4v2/06-filosofia.pdf Acesso em 04/06/13 DUBOIS, Christian. Heidegger: introdução a uma leitura. [s.l.]: Zahar, 2005. HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. [s.l.]: Ed. Universitária São Francisco, 2008. SARTORI, Vitor Bartoletti. O segundo Heidegger e Lukács: alienação, história e práxis. Verinotio: Revista on line de Educação e Ciências Humanas, n. 11. 2010 CORRÊA, Raquel Wilma. A perspectiva ética da “Carta sobre o Humanismo” de Martin Heidegger. Μετανόια. São João del-Rei, n. 3. p. 51-54, jul. 2001 VALENTI POSSAMAI, Fábio. A técnica e a questão da técnica em Heidegger. intuitio, v. 3, n. 1, p. 20-32, 2010.