SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Introdução ao estudo do Direito
Profª Denise Moreira
Significações do vocábulo Direito
SIMBOLÓGICA FORMA
NOMINAIS
CONTEÚDO
ETIMOLÓGICAS
SEMÂNTICAS
ETIMOLOGIA [grego] – parte da gramática que
estuda a origem/história das palavras;
composição dos vocábulos.
De acordo com o dicionário Aurélio – É a ciência
que investiga a origem (étimo) das palavras,
procurando determinar as causas e
circunstâncias de seu processo evolutivo.
ETIMOLÓGICAS
SEMÂNTICA – “é a parte da gramática que
registra os diferentes sentidos que a palavra
alcança em seu desenvolvimento. O mundo das
palavras possui vida e é dinâmico. O povo cria a
linguagem e é agente de sua evolução.” (NADER,
Paulo. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Forense,
2007, p. 75)
Significado etimológico e semântico do
vocábulo Direito
Latim = DIRECTUS; RECTUM
Reto ou colocado em linha reta.
Latim clássico = JUS; JUSSUM; JUBERE; JUSTITIA
Justo; justiça; conjunto de leis.
Grego = DIKÉ; DÍKAION
Indicar; direito; o que foi indicado.
Definição Semântica
Direito: (positivo) conjunto de normas (jurídicas)
advindas do Poder Político (Estado), que se
impõem e regulam a vida em sociedade.
Direito positivo seria o direito posto (ditado,
promulgado) pelo Estado.
As normas jurídicas advêm do Poder Político, por
intermédio do órgão produtor de leis (Legislativo)
que tem a autoridade/legitimidade para impor a
sociedade determinada conduta (fazer ou não
fazer alguma coisa).
Balança
Utensílio de origem caldeia*, símbolo místico da justiça, quer
dizer, da equivalência e equação entre o castigo e a culpa
(CIRLOT, 1984, p. 112); não é apenas um signo zodiacal, mas
em geral o símbolo da justiça e do comportamento correto,
da medida, do equilíbrio; em muitas culturas, representa a
imagem da jurisdição, da justiça terrena [...] .
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliote
caSimboloJustica&pagina=balanca
* Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do
rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície
mesopotâmica.
Martelo
Também chamado de malhete, o martelo do juiz, todo em
madeira, é [...] um dos mais fortes e conhecidos símbolos do
direito e da justiça. A origem para seu significado é controversa,
alguns autores ligam-no à mitologia grega, para a qual a figura
do martelo liga-se à do deus Hefesto, divindade do fogo, dos
metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino.
Outros autores fazem referência ao antigo cajado utilizado pelos
sacerdotes judeus e cristãos, que, quando presidindo os cultos
ou reuniões públicas, o utilizavam para chamar a atenção da
assembleia. No Direito o martelo representa o sinal de alerta,
respeito e ordem para o silêncio.
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliot
ecaSimboloJustica&pagina=martelo
Espada
Em primeiro lugar, a espada é o símbolo do estado militar e de sua
virtude, a barreira, bem como de sua função, o poderio. O poderio
tem um duplo aspecto: o destruidor (embora essa destruição possa
aplicar-se contra a injustiça, a maleficência e a ignorância, e por causa
disso, tornar-se positiva); e o construtor, pois estabelece e mantém a
paz e a justiça (CHEVALIER, 2002, p. 392). É aplicada contra a injustiça,
maleficência e ignorância. Tornando-se positiva, ela estabelece e
mantém a paz e a justiça. De acordo com Udo Becker (1999, p. 101),
quando associada com o símbolo da Justiça, simboliza a decisão, a
separação entre o bem e mal, sendo misericordiosa com o primeiro e
golpeando e punindo o segundo. É a força máxima para punir o
culpado e perdoar o inocente. (BECKER, 1999, p. 101).
Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliot
ecaSimboloJustica&pagina=espada
AS DEUSAS DA JUSTIÇA
TÊMIS
É uma divindade grega por
meio da qual a justiça é
definida, no sentido moral,
como o sentimento da verdade,
da equidade e da humanidade,
colocado acima das paixões
humanas. Por este motivo,
sendo personificada pela deusa
Têmis, é representada de olhos
vendados e com uma balança
na mão.
Ela é a deusa da justiça, da lei e
da ordem, protetora dos
oprimidos. Na qualidade de
deusa das leis eternas, era a
segunda das esposas divinas de
Zeus, e costumava sentar-se ao
lado do seu trono para
aconselhá-lo.
DIKÉ
Deusa grega, filha de Zeus e
Themis [Têmis], sua segunda
esposa.
Essa deusa é simbolizada por
uma mulher em pé, tendo
uma espada na mão direita e
uma balança na esquerda.
Ela declarava o justo quando
os pratos encontravam-se
perfeitamente nivelados, daí a
palavra díkaion (dito
solenemente pela deusa Diké)
– direito.
Diké tem os olhos abertos,
simbolizando que ela “tudo
vê”.
ASTREIA
Nome que muitos autores dão
à constelação de Virgem no
tempo em que reinava sobre a
Terra. Equivalente a Diké,
Astreia foi identificada em
múltiplas ocasiões como a
Justiça (FALCÓN MARTÍNEZ;
FERNÁNDEZ-GALIANO; LÓPEZ
MELERO, 1997, p. 70). Segundo
Grimal (1997, p. 51), “ela
espalhava entre os homens os
sentimentos de justiça e de
virtude. Isto passava-se na
tempo da Idade de Ouro. Mas
depois que os mortais
degeneraram e a inclinação
para o mal se espalhou pelo
mundo, Astreia subiu de novo
ao céu”.
FACITEC 2013
IUSTITIA ou
JUSTITIA
Divindade romana que representa a
Justiça. Conforme Grimall (1997, p.
262), não é o equivalente da Têmis
grega, mas sim de Diké e também de
Astreia.
Apresenta-se com os olhos vendados,
segurando a balança com as duas
mãos, os pratos alinhados e o fiel
bem no meio, às vezes sentada.
Ela ficava de pé e declarava o direito
(jus, significando o que a deusa diz)
quando o fiel estava completamente
vertical, direito (rectum), ou seja,
perfeitamente reto, de cima para
baixo (de+rectum).
Os olhos vendados mostram que sua
concepção do direito era mais um
saber agir, um equilíbrio entre a
abstração e o concreto. (FERRAZ
JÚNIOR, 2003, p. 32-33).
FACITEC 2013
OLHOS ABERTOS: ciência e consciência,
percepção da realidade.
OLHOS VENDADOS: percepção que dispensa a
captação das aparências, poder extra-sensorial
que percebe a realidade sem precisar vê-la.
CONCLUSÃO
• O vocábulo Direito apresenta diversas
acepções, no entanto, é preciso saber distinguir
cada um desses sentidos. É uma exigência não
apenas de ordem teórica, mas, também,
prática.
Bibliografia
BECKER, Udo. Dicionário de símbolos. São Paulo: Paulus, 1999.
BIEDERMANN, Hans. Dicionário ilustrado de símbolos com mais de 700 ilustrações. São Paulo:
Melhoramentos, 1994.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos,
formas, figuras, cores, números. 17.ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002.
CIRLOT, Juan-Eduardo. Balança. Dicionário de símbolos. São Paulo: Moraes, 1984.
FALCÓN MARTÍNEZ, Constantino; FERNÁNDEZ-GALIANO, Emilio; LÓPEZ MELERO, Raquel.
Dicionário de mitologia clássica. Lisboa: Presença, 1997.
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnicas, decisão, dominação. 4.
ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2003.
GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e romana. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1997.
Site do STF.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimb
oloJustica

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Direito público x direito privado
Direito público x direito privadoDireito público x direito privado
Direito público x direito privado
 
Ser x Dever Ser
Ser x Dever SerSer x Dever Ser
Ser x Dever Ser
 
Aula Direito Objetivo Subjetivo
Aula   Direito Objetivo   SubjetivoAula   Direito Objetivo   Subjetivo
Aula Direito Objetivo Subjetivo
 
John Rawls
John Rawls John Rawls
John Rawls
 
Estado e direito
Estado e direitoEstado e direito
Estado e direito
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Av2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Av2   INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO  Av2   INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Av2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 
Aula Apres. Do Curso E Conceito E Fontes De Direito
Aula   Apres. Do Curso E Conceito E Fontes De DireitoAula   Apres. Do Curso E Conceito E Fontes De Direito
Aula Apres. Do Curso E Conceito E Fontes De Direito
 
Aula 4 lindb
Aula 4 lindbAula 4 lindb
Aula 4 lindb
 
Teoria tridimensional do Direito - Miguel Reale
Teoria tridimensional do Direito - Miguel RealeTeoria tridimensional do Direito - Miguel Reale
Teoria tridimensional do Direito - Miguel Reale
 
Aula 5
Aula 5Aula 5
Aula 5
 
Aula 16
Aula 16Aula 16
Aula 16
 
Filosofia do direito
Filosofia do direitoFilosofia do direito
Filosofia do direito
 
Fundamentos Históricos do Direito
Fundamentos Históricos do DireitoFundamentos Históricos do Direito
Fundamentos Históricos do Direito
 
Ramos do direito publico
Ramos do direito publicoRamos do direito publico
Ramos do direito publico
 
Fontes do Direito
Fontes do DireitoFontes do Direito
Fontes do Direito
 
Aula 21 filosofia da ciência
Aula 21   filosofia da ciênciaAula 21   filosofia da ciência
Aula 21 filosofia da ciência
 
Introdução ao Estudo do Direito (FIG parte 1)
Introdução ao Estudo do Direito (FIG parte 1)Introdução ao Estudo do Direito (FIG parte 1)
Introdução ao Estudo do Direito (FIG parte 1)
 
Thomas hobbes
Thomas hobbesThomas hobbes
Thomas hobbes
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 

Destaque

Introdução ao Estudo do Direito (IED)
Introdução ao Estudo do Direito (IED)Introdução ao Estudo do Direito (IED)
Introdução ao Estudo do Direito (IED)brigidoh
 
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_i
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_iDireito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_i
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_iMarcilio Neto
 
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...A. Rui Teixeira Santos
 
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)Diego Sampaio
 
Direito na Mesopotâmia
Direito na MesopotâmiaDireito na Mesopotâmia
Direito na MesopotâmiaLyssa Martins
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercício
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercícioINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercício
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercícioibrahim junior
 
Introdução ao estudo do direito
Introdução ao estudo do direitoIntrodução ao estudo do direito
Introdução ao estudo do direitoHijo Noleto
 
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).Danilo Saravy
 
Prova de introdução ao estudo do direito
Prova de introdução ao estudo do direitoProva de introdução ao estudo do direito
Prova de introdução ao estudo do direitopernostico
 

Destaque (16)

Introdução ao Estudo do Direito (IED)
Introdução ao Estudo do Direito (IED)Introdução ao Estudo do Direito (IED)
Introdução ao Estudo do Direito (IED)
 
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_i
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_iDireito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_i
Direito fgv -_introdu_o_ao_estudo_do_direito_i
 
Slide curso introducao ao estudo do direito
Slide curso introducao ao estudo do direitoSlide curso introducao ao estudo do direito
Slide curso introducao ao estudo do direito
 
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...
Lições de Introdução ao estudo do Direito 2012/13 profesor Doutor Rui Teixeir...
 
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)
I.E.D - Integração do Direito e o Problema das Lacunas Jurídicas (4)
 
Romaquedalegadoiuscommune
RomaquedalegadoiuscommuneRomaquedalegadoiuscommune
Romaquedalegadoiuscommune
 
Apresentaçãohistdir8
Apresentaçãohistdir8Apresentaçãohistdir8
Apresentaçãohistdir8
 
Direito na Mesopotâmia
Direito na MesopotâmiaDireito na Mesopotâmia
Direito na Mesopotâmia
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercício
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercícioINTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercício
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. exercício
 
Direito grego
Direito gregoDireito grego
Direito grego
 
Curso online Direito Coletivo do Trabalho
Curso online Direito Coletivo do TrabalhoCurso online Direito Coletivo do Trabalho
Curso online Direito Coletivo do Trabalho
 
Apresentaçãohistdir9ampliada
Apresentaçãohistdir9ampliadaApresentaçãohistdir9ampliada
Apresentaçãohistdir9ampliada
 
Introdução ao estudo do direito
Introdução ao estudo do direitoIntrodução ao estudo do direito
Introdução ao estudo do direito
 
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).
Aula petição inicial, pedido e ações (introdução).
 
Prova de introdução ao estudo do direito
Prova de introdução ao estudo do direitoProva de introdução ao estudo do direito
Prova de introdução ao estudo do direito
 
Conceito direito
Conceito direitoConceito direito
Conceito direito
 

Semelhante a Introdução ao estudo do direito aula 1

texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídico
texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídicotexto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídico
texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídicoRenataOliveira338811
 
Os deuses do egito, religião
Os deuses do egito, religiãoOs deuses do egito, religião
Os deuses do egito, religiãoRobson Rocha
 
Dialtica 130820120416-phpapp01
Dialtica 130820120416-phpapp01Dialtica 130820120416-phpapp01
Dialtica 130820120416-phpapp01rayg3
 
A linguagem marilena chauí
A linguagem   marilena chauíA linguagem   marilena chauí
A linguagem marilena chauíGerson Vicente
 
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)Mitologia grega (Thayna e Lidiane)
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)Lidiane Kuster
 
Deuses e heróis gregos
Deuses e heróis gregosDeuses e heróis gregos
Deuses e heróis gregosRita Silva
 
Mitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasMitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasBruno Carrasco
 
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblica
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblicaPr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblica
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblicaPastor W. Costa
 

Semelhante a Introdução ao estudo do direito aula 1 (20)

texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídico
texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídicotexto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídico
texto_verbal_e_nao_verbal.ppt português jurídico
 
Aula 1 hermeneutica
Aula 1 hermeneuticaAula 1 hermeneutica
Aula 1 hermeneutica
 
Linguagem
LinguagemLinguagem
Linguagem
 
Os deuses do egito, religião
Os deuses do egito, religiãoOs deuses do egito, religião
Os deuses do egito, religião
 
1. o que é filosofia
1. o que é filosofia1. o que é filosofia
1. o que é filosofia
 
O que é filosofia?
O que é filosofia?O que é filosofia?
O que é filosofia?
 
Aula sobre mito
Aula sobre mitoAula sobre mito
Aula sobre mito
 
Mitologia
MitologiaMitologia
Mitologia
 
Dialtica 130820120416-phpapp01
Dialtica 130820120416-phpapp01Dialtica 130820120416-phpapp01
Dialtica 130820120416-phpapp01
 
A linguagem marilena chauí
A linguagem   marilena chauíA linguagem   marilena chauí
A linguagem marilena chauí
 
Mitologia grega
Mitologia gregaMitologia grega
Mitologia grega
 
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)Mitologia grega (Thayna e Lidiane)
Mitologia grega (Thayna e Lidiane)
 
Deuses e heróis gregos
Deuses e heróis gregosDeuses e heróis gregos
Deuses e heróis gregos
 
Mitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferençasMitologia e Filosofia - diferenças
Mitologia e Filosofia - diferenças
 
Antropologia
Antropologia Antropologia
Antropologia
 
Antropologia modificado
Antropologia modificadoAntropologia modificado
Antropologia modificado
 
Antropologia modificado
Antropologia modificadoAntropologia modificado
Antropologia modificado
 
Apo atropologia
Apo atropologiaApo atropologia
Apo atropologia
 
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblica
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblicaPr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblica
Pr. Weverton Costa - Hermenêutica bíblica
 
Religião egipcia
Religião egipciaReligião egipcia
Religião egipcia
 

Introdução ao estudo do direito aula 1

  • 1. Introdução ao estudo do Direito Profª Denise Moreira
  • 2. Significações do vocábulo Direito SIMBOLÓGICA FORMA NOMINAIS CONTEÚDO ETIMOLÓGICAS SEMÂNTICAS
  • 3. ETIMOLOGIA [grego] – parte da gramática que estuda a origem/história das palavras; composição dos vocábulos. De acordo com o dicionário Aurélio – É a ciência que investiga a origem (étimo) das palavras, procurando determinar as causas e circunstâncias de seu processo evolutivo. ETIMOLÓGICAS
  • 4. SEMÂNTICA – “é a parte da gramática que registra os diferentes sentidos que a palavra alcança em seu desenvolvimento. O mundo das palavras possui vida e é dinâmico. O povo cria a linguagem e é agente de sua evolução.” (NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 75)
  • 5. Significado etimológico e semântico do vocábulo Direito Latim = DIRECTUS; RECTUM Reto ou colocado em linha reta. Latim clássico = JUS; JUSSUM; JUBERE; JUSTITIA Justo; justiça; conjunto de leis. Grego = DIKÉ; DÍKAION Indicar; direito; o que foi indicado.
  • 6. Definição Semântica Direito: (positivo) conjunto de normas (jurídicas) advindas do Poder Político (Estado), que se impõem e regulam a vida em sociedade. Direito positivo seria o direito posto (ditado, promulgado) pelo Estado. As normas jurídicas advêm do Poder Político, por intermédio do órgão produtor de leis (Legislativo) que tem a autoridade/legitimidade para impor a sociedade determinada conduta (fazer ou não fazer alguma coisa).
  • 7.
  • 8. Balança Utensílio de origem caldeia*, símbolo místico da justiça, quer dizer, da equivalência e equação entre o castigo e a culpa (CIRLOT, 1984, p. 112); não é apenas um signo zodiacal, mas em geral o símbolo da justiça e do comportamento correto, da medida, do equilíbrio; em muitas culturas, representa a imagem da jurisdição, da justiça terrena [...] . Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliote caSimboloJustica&pagina=balanca * Caldeia era uma região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica.
  • 9. Martelo Também chamado de malhete, o martelo do juiz, todo em madeira, é [...] um dos mais fortes e conhecidos símbolos do direito e da justiça. A origem para seu significado é controversa, alguns autores ligam-no à mitologia grega, para a qual a figura do martelo liga-se à do deus Hefesto, divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Outros autores fazem referência ao antigo cajado utilizado pelos sacerdotes judeus e cristãos, que, quando presidindo os cultos ou reuniões públicas, o utilizavam para chamar a atenção da assembleia. No Direito o martelo representa o sinal de alerta, respeito e ordem para o silêncio. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliot ecaSimboloJustica&pagina=martelo
  • 10. Espada Em primeiro lugar, a espada é o símbolo do estado militar e de sua virtude, a barreira, bem como de sua função, o poderio. O poderio tem um duplo aspecto: o destruidor (embora essa destruição possa aplicar-se contra a injustiça, a maleficência e a ignorância, e por causa disso, tornar-se positiva); e o construtor, pois estabelece e mantém a paz e a justiça (CHEVALIER, 2002, p. 392). É aplicada contra a injustiça, maleficência e ignorância. Tornando-se positiva, ela estabelece e mantém a paz e a justiça. De acordo com Udo Becker (1999, p. 101), quando associada com o símbolo da Justiça, simboliza a decisão, a separação entre o bem e mal, sendo misericordiosa com o primeiro e golpeando e punindo o segundo. É a força máxima para punir o culpado e perdoar o inocente. (BECKER, 1999, p. 101). Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliot ecaSimboloJustica&pagina=espada
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. AS DEUSAS DA JUSTIÇA
  • 24. TÊMIS É uma divindade grega por meio da qual a justiça é definida, no sentido moral, como o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, colocado acima das paixões humanas. Por este motivo, sendo personificada pela deusa Têmis, é representada de olhos vendados e com uma balança na mão. Ela é a deusa da justiça, da lei e da ordem, protetora dos oprimidos. Na qualidade de deusa das leis eternas, era a segunda das esposas divinas de Zeus, e costumava sentar-se ao lado do seu trono para aconselhá-lo.
  • 25. DIKÉ Deusa grega, filha de Zeus e Themis [Têmis], sua segunda esposa. Essa deusa é simbolizada por uma mulher em pé, tendo uma espada na mão direita e uma balança na esquerda. Ela declarava o justo quando os pratos encontravam-se perfeitamente nivelados, daí a palavra díkaion (dito solenemente pela deusa Diké) – direito. Diké tem os olhos abertos, simbolizando que ela “tudo vê”.
  • 26. ASTREIA Nome que muitos autores dão à constelação de Virgem no tempo em que reinava sobre a Terra. Equivalente a Diké, Astreia foi identificada em múltiplas ocasiões como a Justiça (FALCÓN MARTÍNEZ; FERNÁNDEZ-GALIANO; LÓPEZ MELERO, 1997, p. 70). Segundo Grimal (1997, p. 51), “ela espalhava entre os homens os sentimentos de justiça e de virtude. Isto passava-se na tempo da Idade de Ouro. Mas depois que os mortais degeneraram e a inclinação para o mal se espalhou pelo mundo, Astreia subiu de novo ao céu”. FACITEC 2013
  • 27. IUSTITIA ou JUSTITIA Divindade romana que representa a Justiça. Conforme Grimall (1997, p. 262), não é o equivalente da Têmis grega, mas sim de Diké e também de Astreia. Apresenta-se com os olhos vendados, segurando a balança com as duas mãos, os pratos alinhados e o fiel bem no meio, às vezes sentada. Ela ficava de pé e declarava o direito (jus, significando o que a deusa diz) quando o fiel estava completamente vertical, direito (rectum), ou seja, perfeitamente reto, de cima para baixo (de+rectum). Os olhos vendados mostram que sua concepção do direito era mais um saber agir, um equilíbrio entre a abstração e o concreto. (FERRAZ JÚNIOR, 2003, p. 32-33). FACITEC 2013
  • 28.
  • 29. OLHOS ABERTOS: ciência e consciência, percepção da realidade. OLHOS VENDADOS: percepção que dispensa a captação das aparências, poder extra-sensorial que percebe a realidade sem precisar vê-la.
  • 30. CONCLUSÃO • O vocábulo Direito apresenta diversas acepções, no entanto, é preciso saber distinguir cada um desses sentidos. É uma exigência não apenas de ordem teórica, mas, também, prática.
  • 31. Bibliografia BECKER, Udo. Dicionário de símbolos. São Paulo: Paulus, 1999. BIEDERMANN, Hans. Dicionário ilustrado de símbolos com mais de 700 ilustrações. São Paulo: Melhoramentos, 1994. CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 17.ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002. CIRLOT, Juan-Eduardo. Balança. Dicionário de símbolos. São Paulo: Moraes, 1984. FALCÓN MARTÍNEZ, Constantino; FERNÁNDEZ-GALIANO, Emilio; LÓPEZ MELERO, Raquel. Dicionário de mitologia clássica. Lisboa: Presença, 1997. FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnicas, decisão, dominação. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2003. GRIMAL, Pierre. Dicionário da mitologia grega e romana. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. Site do STF. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimb oloJustica