3.
A origem do Arcadismo
O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, razão
por que também é denominada como setecentismo ou neoclassicismo.
O nome "arcadismo" é uma referência à Arcádia, região campestre
do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.
4.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo
o que lhe diz respeito.
O arcadismo, setecentismo(a estética dos anos 1700) ou neoclassicismo é o
período que caracteriza a segunda metade do século XVII, tingido as artes
de uma nova tonalidade burguesa. Vive-se agora, o século das luzes, o
iluminismo burguês, que prepara caminho para a revolução francesa.
Por essa razão muitos poetas do arcadismo adotaram pseudônimos de
pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas
rítmicos mais graciosos.
Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos
da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime.
Adicionalmente os burgueses cultuam o mito do homem natural em
oposição ao homem corrompido pela sociedade, conceito originalmente
expresso por Jean-Jacques Rousseau, na figura do “bom selvagem”.
Características
5.
1.Os árcades rejeitaram a linguagem
rebuscada da poesia barroca e buscaram
inspiração na Antiguidade (grega e
romana) e em Camões.
As histórias da mitologia
grega voltaram a inspirar
os pintores, como esta obra
do francês François
Gérard(1770-1837), O
primeiro beijo de Amor em
Psiquê, 1798.
Observe que o artista
pintou as duas figuras
como se fossem estátuas
de mármore, lembrando
assim a arte dos antigos
escultores gregos
2. O nome Arcadismo
deriva de Arcádia,
região da Grécia.
6.
Além da Arcádia, o
Parnaso também era,
para os gregos, local de
reunião de artistas e
poetas. No século XIX,
os poetas parnasianos
tentaram resgatar o
ideal do Parnaso.
Parnassus, de Nicolas
Poussin, séc. XVII. Óleo
sobre tela
No século XVIII, Arcádia passa a designar as
agremiações de poetas que se reuniam para restaurar o
estilo dos poetas clássico-renascentistas. Nas Arcádias
Literárias, observava-se um principio fundamental: a
poesia ali produzida deveria seguir as regras clássicas,
por isso, a expressão Neoclassicismo passou a ser
utilizada muitas vezes como sinônimo do Arcadismo
7.
O bucolismo (integração serena entre o indivíduo e a paisagem física)
torna-se um imperativo social, e os neoclássicos franceses retornam às
fontes da antiguidade que definiam a poesia como cópia da natureza.
Bucolismo
O modelo de vida ideal
adotado pelos autores do
período envolve a
representação idealizada
na natureza com um espaço
acolhidos, primeiramente,
alegre. Os poemas
apresentam cenários em
que a vida rural é sinônima
de tranquilidade e
harmonia.
8.
Harmonia entre os homens e os animais (pastoralismo) e a referência
arquitetônica à Grécia - concluindo ser esta uma representação da Arcádia
Pastoralismo
Um dos aspectos mais
artificiais da estética
árcade são o fato de os
poetas e de suas musas e
amadas serem
identificados como
pastores e pastoras.
A troca dos nomes dos
membros das Arcádia era
uma forma eficiente de
eliminar as marcas de sua
origem nobre ou plebeia.
9.
O Arcadismo
O Arcadismo se inicia no início
do ano de 1700 e por isso recebe
o nome também de
Setecentismo, ou ainda
neoclassicismo. Esta última
denominação surgiu do fato
dos autores do período
imitarem, não de uma forma
pura, mas alguns aspectos da
antiguidade greco-romana ou o
chamado Classicismo, e
também os escritores do
Renascimento, os quais vieram
logo após a idade clássica.
10.
A influência do classicismo
O classicismo é caracterizado
por elementos como o
equilíbrio, a harmonia,
objetividade, proporção,
serenidade, luminosidade e
transparência, racionalidade e
retorno a ambiguidade greco-
romana. E a natureza concebia
essencialmente em termo da
razão, regidos por leis que
refletissem tal harmonia.
11.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização
das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as
mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista.
O classicismo compreende a época
literária do Renascimento, no qual o
homem tem a visão antropocêntrica do
mundo, ou seja, o homem como centro
de todas as coisas. Os renascentistas
prezavam as obras clássicas, já que
tinham a convicção de que a arte tinha
alcançado sua perfeição. Assim como
os renascentistas, os escritores árcades
pretendiam retomar o estilo clássico,
contudo com uma nova maneira,
denominada de Neoclássica, de
observar as considerações artísticas
abordadas naquele período, como a
razão e a ciência, conceitos oriundos
do Iluminismo.
13.
O Iluminismo é determinado pela revolução
intelectual ocasionada por volta dos séculos XVII e
XVIII, o qual trazia como lema: liberdade, igualdade
e fraternidade, o que influenciou os pensamentos
artísticos da época na Europa, e principalmente a
Revolução Francesa, a independência das colônias
inglesas da América Anglo-Saxônica e no Brasil, a
Inconfidência Mineira.
O Iluminismo
14.
O Iluminismo
"O Iluminismo representa a
saída dos seres humanos de
uma tutela que estes mesmos
impuseram-se a si. Tutelados
são aqueles que se encontram
incapazes de fazer uso da
própria razão
independentemente da
direcção de outrem.
15.
O novo modo de analisar a cientificidade e a racionalidade da época
árcade fugia das convenções artísticas da época, já que os escritores
retomam as características clássicas, como: bucolismo (busca de uma
vida simples, pastoril), exaltação da natureza (refúgio poético, em
oposição à vida urbana), pacificidade amorosa (relacionamentos
tranquilos), a mitologia pagã, clareza na escrita com utilização de
períodos curtos e versos sem rima. Os poetas árcades são
frequentemente citados como fingidores poéticos, pois escrevem sobre
temas que não correspondem com a realidade do período histórico,
visto anteriormente.
Um dos principais escritores árcades foi o poeta latino Horácio, que
viveu entre 68 a.C. e 8 a.C., e foi influenciador do pensamento do
“carpe diem”, viver agora, desfrutar do presente, adotado pelo
Arcadismo e permanente até os dias de hoje.
Os principais autores do Arcadismo brasileiro são: Tomás Antônio
Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Santa Rita Durão.
16.
» no mundo
Revolução Gloriosa (Inglaterra, 1688);
Revolução Industrial (Inglaterra, 1760);
Independência dos EUA (1776);
Revolução Francesa (1789);
Progressivo descrédito das monarquias absolutas;
decadência da aristocracia feudal;
crescimento do poder da burguesia.
» no Brasil
Inconfidência Mineira (1789).
MOMENTO
HISTÓRICO
17. Iluminismo: O uso da razão como meio para satisfazer as
necessidades do homem. Os movimentos pela independência
do Brasil, como a Inconfidência Mineira, por exemplo,
inspiraram-nas nas ideias iluministas.
Laicismo: Estado e igreja devem ser independentes, e as
funções do Estado, como a política, a economia, a educação,
exercidas por leigos.
Liberalismo: ideologia política que defende os sistemas
representativos, os direitos civis e a igualdade de
oportunidades para os cidadãos.
Empirismo: corrente filosófica que atribui à experiência
sensível a origem de todo conhecimento humano.
PENSAMENTOS DA
ÉPOCA
18.
- Ausência de subjetividade. O autor não expressa o seu próprio eu, adota uma forma
pastoril (era comum os escritores usarem pseudônimos em seus poemas,sonetos e obras,
como exemplo: Cláudio Manuel da Costa é Glauceste Satúrnio, Tomás Antônio Gonzaga
é Dirceu, Basílio da Gama é Termindo Sipílio)
- Amor galante. O amor é entendido como um conjunto de fórmulas convencionais.
Fugere urbem (fuga da cidade): Os árcades defendiam o bucolismo como ideal de vida, isto
é, uma vida simples e natural, junto ao campo, distante dos centros urbanos. Tal princípio
era reforçado pelo pensamento do filósofo francês Jean Jacques Rousseau – “a civilização
corrompe os costumes do homem, que nasce naturalmente bom.”
Aurea mediocritas (vida medíocre materialmente mais rica em realizações espirituais): A
idealização de uma vida pobre e feliz no campo, em oposição à vida luxuosa e triste na
cidade.
Convencionalismo amoroso: na poesia árcade, as situações são artificiais; não é o próprio
poeta quem fala de si e de seus reais sentimentos. No plano amoroso, por exemplo, quase
sempre é um pastor que confessa o seu amor por uma pastora e a convida para aproveitar
a vida junto à natureza. Porém, ao se lerem vários poemas, de poetas árcades diferentes,
tem-se a impressão de que se trata sempre de um mesmo homem, de uma mesma mulher
e de um mesmo tipo de amor. Não há variações emocionais. Isso ocorre devido ao
convencionalismo amoroso, que impede a livre expressão dos sentimentos. O que mais
importava ao poeta árcade era seguir a convenção, fazer poemas de amor como faziam os
poetas clássicos, e não expressar os sentimentos. A mulher é vista como um ser superior,
inalcançável e imaterial.
Carpe diem: o desejo de aproveitar o dia e a vida enquanto é possível. Essa ideia é
retomada pelos árcades e faz parte do convite amoroso.
CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO
19.
O Arcadismo no Brasil teve início no ano de 1768,
com a publicação do livro “Obras” de Cláudio
Manuel da Costa.
Arcadismo no Brasil
20. QUADRO DE CARACTERÍSTICAS
QUANTO À FORMAQUANTO À FORMA QUANTO AO CONTEÚDOQUANTO AO CONTEÚDO
Vocabulário simplesVocabulário simples PastoralismoPastoralismo
Frases em ordem diretaFrases em ordem direta BucolismoBucolismo
Ausência quase total de figuras de Ausência quase total de figuras de
linguagem linguagem
Fugere urbem Fugere urbem
(fugir da cidade)(fugir da cidade)
Manutenção do verso decassílabo, do Manutenção do verso decassílabo, do
soneto e de outras formas clássicas soneto e de outras formas clássicas
Aurea mediocritas Aurea mediocritas
(vida simples)(vida simples)
Elementos da cultura greco-latina Elementos da cultura greco-latina
(deuses pagãos) (deuses pagãos)
Convencionalismo amoroso Convencionalismo amoroso
(pseudônimos) (pseudônimos)
Idealização amorosaIdealização amorosa
Racionalismo Racionalismo
Idéias iluministas Idéias iluministas
Carpe diem Carpe diem
(viver o presente)(viver o presente)
21. CONTEXTO HISTÓRICO
Marco introdutório do Arcadismo em Portugal: Fundação da Arcádia Lusitana
(1756).
Academias Literárias: Agremiações que tinham por objetivo promover um debate
permanente sobre criação artística, avaliar criticamente a produção de seus filiados
e facilitar a publicação de suas obras. Academias árcades mais importantes:
Arcádia Lusitana e Nova Arcádia (1790).
Na primeira metade do século
O reinado suntuoso de D. João V vive as grandes riquezas do ciclo do ouro de Minas
Gerais;
Desperdício, obra monumentais;
Manutenção da Inquisição;
Influência aristocrática e clerical;
Monarquia absolutista.
Na segunda metade do século (1750-1777)
O déspota esclarecido Marquês de Pombal, ministro de D. José I, procurou, com
reformas, alinhar Portugal com a Europa iluminista. O Neoclassicismo corresponde
ao período do governo pombalino. Em 1759, Pombal expulsa os jesuítas dos
domínios portugueses. Tal fato acelera a marginalização do clero na vida lusitana e
estabelece o fim da influência e do ensino jesuítico.
ARCADISMO EM PORTUGAL
22.
Pseudônimo: Elmano Sadino ( Elmano – anagrama de seu primeiro nome Sadino –
referência ao rio Sado em Setúbal)
Nasceu em Setúbal. Os quarenta anos de vida de Bocage foram marcados tanto
pelo sofrimento e pelos insucessos de toda ordem quanto pelas agitações da
aventura, das polêmicas e da boêmia.
Aos 15 anos de idade ingressou no serviço militar, no regimento de Setúbal. Aos
21, incorporado à Marinha Real, foi para Goa, na Ìndia, onde serviu por três anos. Em
1789, não aceitando sua transferência para Damão, desertou e fugiu para a China. Ao
retornar a Portugal, em 1790, sofreria a grande decepção de ver a namorada,
Gertrudes, que ele deixara em Setúbal, casada com seu irmão, Gil Bocage.
Sua carreira literária não foi menos acidentada. Por mais de três anos, participou
da Nova Arcádia, da qual foi expulso depois de violenta polêmica com seus
membros. Passou na prisão os anos de 1797 a 1799, por causa de suas sátiras,
consideradas ofensivas ao governo e à Igreja. Libertado, os últimos anos de sua vida
foram de arrependimento. Faleceu em 1805.
MANUEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE( 1765-1805)
23.
Foi na lírica, em especial nos sonetos, que Bocage atingiu o
ponto alto de sua obra, embora também tenha se destacado
como poeta satírico e erótico.
Bocage é considerado o melhor escritor português do século
XVIII e, ao lado de Camões e de Antero de Quental, um dos
três maiores sonetistas de toda a literatura portuguesa. Isso
ocorreu porque sua obra traduz o momento transitório que
viveu (1765-1805), ou seja, um período marcado por mudanças
profundas, como a Revolução Francesa (1789) e o florescimento
do Romantismo. Assim, a obra de Bocage, em sua totalidade,
não é árcade nem romântica: é uma obra de transição, que
apresenta simultaneamente aspectos dos dois movimentos
literários.
MANUEL MARIA BARBOSA DU
BOCAGE
24.
Tomás Antônio Gonzaga
Pseudônimo: Dirceu
Nascido no Porto, em Portugal, de pai brasileiro, estudou na Bahia e formou-se
em Coimbra. Jurista de rara habilidade, já em 1782 era designado Ouvidor de Vila Rica.
Envolvido no processo da Inconfidência, é preso em 1789 e, em, 1792, condenado ao
degredo em Moçambique, onde logo se casa com a rica herdeira Juliana Mascarenhas. Na
África, recupera a fortuna e a influência perdidas, e morre, provavelmente em 1810.
Embora tenha escrito alguns poemas antes da estada em Vila Rica e apesar de ter
produzido algumas obras menores durante o exílio, como o poemeto épico A Conceição,
foi durante o curto período vivido em Minas Gerais que Gonzaga produziu alguns dos
mais significativos poemas do arcadismo luso-brasileiro. Apaixonado pela jovem Maria
Joaquina Dorotéia de Seixas, Gonzaga dedicou-lhe os poemas líricos de Marília de
Dirceu, em que se retrata como Dirceu e à amada como Marília. O estudioso Rodrigues
Lapa provou serem dele também as Cartas Chilenas, conjunto de poemas anônimos que
satirizavam o governador Luís da Cunha Menezes, seu desafeto.
Obra lírica: Marília de Dirceu
A obra se divide em duas partes (há uma terceira, cuja autenticidade é contestada por
alguns críticos):
ARCADISMO NO BRASIL
26.
1ª parte: contém os poemas escritos na época anterior à prisão de Gonzaga. Nela
predominam as composições convencionais: o pastor Dirceu celebra a beleza de Marília. Em
algumas liras, entretanto, as convenções mal disfarçam a confissão amorosa do amor: a
ansiedade de um quarentão apaixonado por uma adolescente; a necessidade de mostrar que
não é um qualquer e que merece sua amada; os projetos de uma sossegada vida futura,
rodeado de filhos e bem cuidado por suas mulher etc.
2ª parte: escrita na prisão da ilha das Cobras. Os poemas exprimem a solidão de Dirceu,
saudoso de Marília. Nesta segunda parte, encontramos a melhor poesia de Gonzaga. As
convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom
confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico.
Obra satírica: Cartas Chilenas (principal obra satírica do século XVIII, atribuída a
Gonzaga)
Cartas Chilenas são poemas satíricos, em versos decassílabos brancos, que circularam em
Vila Rica poucos anos antes da Inconfidência Mineira, em 1789. Revelando seu lado satírico,
num tom mordaz, agressivo, jocoso, pleno de alusões e máscaras, o poeta satiriza
ferinamente a mediocridade administrativa, os desmandos dos componentes do governo, o
governador de Minas e a Independência do Brasil.
São uma coleção de treze cartas, assinadas por Critilo (Tomás Antônio Gonzaga) e
endereçadas a Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), residente em Madri.
Critilo é um habitante de Santiago do Chile (na verdade Vila Rica), narra os desmandos
despóticos e narcisistas do governador chileno Fanfarrão Minésio (na realidade, Luís da
Cunha Menezes, governador de Minas até a Inconfidência Mineira).
ARCADISMO NO BRASIL
27.
O Uraguai (1769) – José Basílio da Gama.
Melhor realização no gênero épico no Arcadismo Brasileiro.
Temática: Luta dos portugueses e espanhóis contra índios e jesuítas que, instalados nas missões jesuíticas do
atual Rio Grande do Sul, não queriam aceitar as decisões do Tratado de Madri.
O Uraguai é um poema épico escrito por
Basílio da Gama em 1769, conta de forma
romanceada a história da disputa entre
jesuítas, índios (liderados por Sepé Tiaraju) e
europeus (espanhóis e portugueses) nos Sete
Povos das Missões, no Rio Grande do Sul. O
poema épico trata da expedição mista de
portugueses e espanhóis contra as missões
jesuíticas do Rio Grande, para executar as
cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756.
Tinha também o intuito de descrever o
conflito entre ordenamento racional da
Europa e o primitivismo do índio. Esse
poema é também um marco na literatura
brasileira representando uma quebra com o
modelo clássico do poema épico.
28.
Caramuru (1781) – Frei José de Santa Rita Durão.
É considerado um poema inferior a O Uraguai e, de certa forma, um retrocesso do ponto de vista temático e
estilístico.
Temática: Poema narra as aventuras, em parte históricas, em parte lendárias, do náufrago português Diogo
Álvares Correia, o Caramuru. Em meio às aventuras do protagonista, o autor aproveita para fazer uma longa
descrição das qualidades da terra.
Integrado no espírito do classicismo pré-
romântico, Frei Santa Rita Durão descreveu
lendas e cenas do Brasil colônia, e sua
fauna e flora, seus índios e costumes.
Caramuru (1781), sua única obra, de feição
camoniana, tem importância histórica,
graças ao sentimento nacionalista que
inspirou às gerações. O poema épico é
construído em dez cantos; seu tema é o
descobrimento da Bahia. O autor conta a
lenda de Diogo Álvares Correial, o
Caramuru, aventureiro português que,
depois de naufragar nas costas da Bahia,
teria conquistado a amizade dos indígenas
graças à perplexidade causada por sua
arma de fogo ao disparar contra uma ave.
Obra com texto integral.
29.
De Nicola, José
Português: ensino médio, volume2/ José de Nicola.
São Paulo: Scipione, 2005
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@jairjlnasciment
Bibliografia