SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
AULA 07 – LITERATURA
PROFª Edna Prado
ARCADISMO EM PORTUGAL
I - CONTEXTO HISTÓRICO
Arcadismo vem da palavra Arcádia, nome de uma região
montanhosa do Peloponeso, na Grécia. Essa região era considerada, no
plano mitológico, como o lugar de morada dos deuses. E no plano real,
Arcádia era uma região habitada por pastores, que além do pastoreio,
dedicavam-se à poesia.
Em Portugal, o Arcadismo corresponde ao período literário que
marca a segunda metade do século XVIII. Didaticamente, ele tem início
em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana e se estende até 1825
com a publicação do poema Camões, de Almeida Garrett, considerado o
texto inicial do Romantismo português.
O Arcadismo corresponde a um período de mudanças marcantes
na vida européia como um todo. Essas mudanças fazem parte de um
movimento cultural chamado Iluminismo. O Iluminismo, como o
próprio nome já sugere, era a tentativa iluminar, de atualizar os
conceitos e as verdades da época a partir da razão e da ciência. Por isso
o século XVIII é conhecido como o “século das luzes”. E, ao contrário
da tensão do período anterior, do Barroco, em muitos momentos, a
produção literária da época parece ter encontrado a síntese entre a fé e
a razão.
Nesse momento surgem as primeiras arcádias, reuniões, grupos
de poetas que se encontravam com o objetivo de restaurar a
simplicidade e a sobriedade da Antigüidade clássica e renascentista. Daí
o Arcadismo também ser chamado de Neoclassicismo (neo = novo +
classicismo)
A fundação da Arcádia Lusitana representou, entre outros
aspectos, um movimento rebeldia contra o Barroco. Vejamos o seu
símbolo:
“Inutilia truncat” é uma frase latina que significa “cortar as inutilidades”,
como sugere o desenho de um instrumento cortante, numa clara referência aos
exageros do Barroco.
II – CARACTERÍSTICAS
Os poetas árcades buscavam a recuperação dos ideais clássicos, e
como já vimos, os clássicos, foram considerados fontes de equilíbrio e
sabedoria. Daí o nome Arcadismo, pois a Arcádia, morada dos pastores,
representava o lugar ideal para a obtenção do equilíbrio e da sabedoria.
É por esse motivo que muitas vezes os poetas árcades se
autodenominavam pastores e adotavam pseudônimos gregos e latinos.
É a partir da clara reação contra os exageros do Barroco que
surgem os principais temas do Arcadismo:
• EQUILÍBRIO
• BUCOLISMO
• CONVENCIONALISMO
• CARPE DIEM
Os árcades propunham o retorno aos modelos clássicos, porque
neles encontravam o equilíbrio dos sentimentos por meio da razão,
que seria a força controladora dos excessos. Buscavam, ao contrário do
Barroco, uma linguagem simples, com períodos diretos e vocabulário
fácil, sem o uso exagerado de figuras de linguagem, cortando tudo o
que fosse inútil, desnecessário. Para eles, a literatura deveria ter um
caráter mais didático, contribuindo para a formação da consciência. Os
árcades exaltavam a virtude, a humildade, o comedimento. Seus heróis
eram sempre pastores anônimos e felizes. Essa felicidade era
basicamente conseguida através da segunda característica do
Arcadismo.
Inspirados pelo preceito do poeta latino Horácio “fugere urbem”
= “fugir da cidade, da civilização” os árcades acreditavam que
somente no contato com a natureza, com o “locus amoenus”, “lugar
ameno” o homem poderia alcançar o equilíbrio e a espiritualidade. Numa
época em acontecia o crescimento das cidades, através do acelerado
processo de industrialização, o Arcadismo pregava a volta à vida simples
do campo. Daí a freqüência de temas pastoris e cenas campestres
durante todo esse período. É importante observar que essa natureza
correspondia a um cenário artificial, criado pelo poeta, que fala de
riachos cristalinos, lindos campos, relva verde, mas que se encontra em
pleno centro urbano, é o chamado “fingimento poético no
Arcadismo”, observado por vários estudiosos.
Outra característica é o convencionalismo, ou seja, as frases
feitas, os clichês e os lugares comuns. Como: as ovelhas, os pastores e
as pastoras, os montes, as ninfas e todos os demais elementos da
natureza artificial criada pelo poeta árcade. Esse convencionalismo torna
a poesia árcade, de uma maneira geral, marcada pela pouca
expressividade e artificialismo. Além da monotonia provocada pela
repetição, por vezes exaustiva, de temas bucólicos e pastoris.
Um último aspecto marcante dessa poesia é a filosofia do Carpe
Diem – “aproveitar o dia”, o “viver intensamente os momentos”. O
tema da fugacidade da vida é muito comum em toda a literatura
ocidental, o próprio Barroco o utilizou, mas visto por um ângulo
negativo, próximo da idéia da morte. Agora o poeta árcade vai utilizá-lo
como um convite amoroso, como insinuação erótica. O pastor, o poeta,
consciente da brevidade da vida chama a pastora, a amada para que
juntos aproveitem a vida.
Dentre os vários poetas árcades de Portugal, o que mais se
destacou foi Manuel Maria Barbosa du Bocage, ou simplesmente
Bocage. Vejamos sua imagem:
Bocage teve uma vida muito conturbada, após alguns anos de
estudo dedica-se a vida boêmia e passa a freqüentar os bares
portugueses e a conviver com prostitutas, marinheiros, vagabundos e
com algumas poucas pessoas de nível social e literário mais elevado. Era
conhecido com arruaceiro e aventureiro e, assim como Camões, foi
soldado e durante alguns anos viveu e viajou pelas colônias portuguesas
no Oriente. Há várias semelhanças entre sua vida e a de Camões, a tal
ponto que em muitos momentos Bocage traça um paralelo entre elas,
como nesse soneto:
“Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co’o sacrilégio gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és ... Mas, oh tristeza! ...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.”
Bocage, assim como outros tantos poetas árcades adotou um
pseudônimo pastoril, assinava suas poesias como o nome de Elmano
Sadino. Elmano é um anagrama de Manuel, seu primeiro nome, ou seja,
uma nova palavra formada pela troca das letras de uma primeira
palavra. E Sadino é uma referência ao rio Sado, que corta a cidade de
Setúbal, onde o poeta nasceu.
Os estudiosos costumam dividir a obra de Bocage em dois
momentos: um lírico e um satírico.
Sua poesia lírica mostra-se presa aos modelos do Arcadismo,
povoada por pastores e imagens campesinas. Também se dedicou à
poesia encomiástica, que como já vimos, era destinada à exaltação, à
bajulação dos poderosos da época. Conta-se que Bocage, assim como
outros poetas da época, viveu à sombra dos nobres, como faziam os
bobos da corte durante a Idade Média.
Como poeta satírico, Bocage tinha por alvos principais os
habitantes das colônias portuguesas, o absolutismo político e religioso, e
muitas vezes os seus próprios colegas árcades.
Como poeta erótico, Bocage foi censurado em sua época e até
hoje, muitos livros escolares não trazem exemplos dessa poesia erótica,
marcada pela força poética e pela força em ser grosseira, vulgar, e
referindo-se, muitas vezes, a atos obscenos.
Mas é sua poesia pré-romântica, contrária ao impessoalismo e
ao convencionalismo, que o distingue dos demais árcades. Bocage
valorizou o subjetivo, o sentimental através de uma freqüente luta entre
a razão e a emoção, luta essa, que muitas se reflete numa visão
pessimista e fatalista da existência. Em vários poemas os riachos e os
pastores são substituídos por imagens fúnebres e sentimentos
negativos. Como nos mostra o famoso soneto “Sobre estas duras,
cavernosas fragas”.
Sobre estas duras, cavernosas fragas,
Que o marinho furor vai carcomendo,
Me estão negras paixões n’ alma fervendo
Como fervem no pego as crespas vagas.
Razão feroz, o coração me indagas,
De meus erros a sombra esclarecendo,
E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo
De agudas ânsias venenosas chagas.
Cego a meus males, surdo a teu reclamo,
Mil objetos de horror co’a idéia eu corro,
Solto gemidos, lágrimas derramo.
Razão; de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro.
Bocage
Então não se esqueça: O Arcadismo português é o movimento
literário que busca a retomada dos valores da Antigüidade greco-
romana e do Classicismo, numa clara posição de recusa aos exageros do
Barroco e tem como figura central, o grande Bocage.
III – EXERCÍCIOS
1 – (FUVEST-SP) – “... tem no temperamento a exaltação que há de
caracterizar os românticos, e foge, mais de uma vez, aos temas
literários da Arcádia, mas obedece aos princípios da estética
expressional do Neoclassicismo setecentista...”
(Hernâni Cidade)
a) Camilo Pessanha
b) Antero de Quental
c) Bernardim Ribeiro
d) João de Jesus
e) Barbosa du Bocage
R: E
2 – (FUVEST-SP)
“E em arte aos de Minerva se não rendem
Teus alvos, curtos dedos melindrosos.”
Indique a característica presente nos versos acima, de autoria de
Bocage.
a) Uso de pseudônimos
b) Rompimento com os clássicos
c) Recurso à mitologia greco-romana
d) Predominância de subjetivismo
e) Tema pastoril
R: C
3 – (FUVETS-SP)
“Razão feroz, o coração me indagas,
De meus erros a sombra esclarecendo,
E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo
De agudas ânsias venenosas chagas:”
O Pré-romantismo é uma fase de transição do Arcadismo para o
Romantismo. Aponte no fragmento deste soneto de Bocage uma
característica árcade e outra romântica.
R: A invocação da razão e a forma do poema são árcades; o pessoalismo e o sofrimento são românticos.
4 – (UM-SP)
“Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo, a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali Beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!”.
Observando as características arcádicas que se apresentam nos
quartetos acima, pode-se afirmar corretamente que são de autoria de:
a) Cláudio Manuel da Costa
b) Basílio da Gama
c) Camões
d) Tomás Antônio Gonzaga
e) Bocage
R: E

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...
Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...
Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...ma.no.el.ne.ves
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILPjasonrplima
 
Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05ma.no.el.ne.ves
 
Arcadismo brasil
Arcadismo   brasilArcadismo   brasil
Arcadismo brasilISJ
 
Arcadismo (1768 1836)
Arcadismo (1768   1836)Arcadismo (1768   1836)
Arcadismo (1768 1836)Dai Pinheiro
 
Toda a matéria de português do 10 Ano
Toda a matéria de português do 10 AnoToda a matéria de português do 10 Ano
Toda a matéria de português do 10 AnoÂngela Ada
 
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...Samiures
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assismfmpafatima
 
Arcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e NeoclassicismoArcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e NeoclassicismoTiago Lott
 
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanha
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanhaQuestões sobre clepsidra, de camilo pessanha
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanhama.no.el.ne.ves
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02ma.no.el.ne.ves
 

Mais procurados (20)

Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...
Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...
Revisando a literatura imperial 01: Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Sim...
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
 
Ssa 1 arcadismo atividades
Ssa 1  arcadismo  atividadesSsa 1  arcadismo  atividades
Ssa 1 arcadismo atividades
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
 
Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05
 
Arcadismo brasil
Arcadismo   brasilArcadismo   brasil
Arcadismo brasil
 
Arcadismo (1768 1836)
Arcadismo (1768   1836)Arcadismo (1768   1836)
Arcadismo (1768 1836)
 
Toda a matéria de português do 10 Ano
Toda a matéria de português do 10 AnoToda a matéria de português do 10 Ano
Toda a matéria de português do 10 Ano
 
Arcadismo
Arcadismo Arcadismo
Arcadismo
 
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assis
 
Arcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e NeoclassicismoArcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e Neoclassicismo
 
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanha
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanhaQuestões sobre clepsidra, de camilo pessanha
Questões sobre clepsidra, de camilo pessanha
 
Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..
 
Revisão – literatura
Revisão – literatura Revisão – literatura
Revisão – literatura
 
Arcadismo em Portugal
Arcadismo em Portugal Arcadismo em Portugal
Arcadismo em Portugal
 
Marilia De Dirceu
Marilia De DirceuMarilia De Dirceu
Marilia De Dirceu
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
 
Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02Revisando o romantismo 02
Revisando o romantismo 02
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 

Semelhante a Aula 07 arcadismo em portugal

Semelhante a Aula 07 arcadismo em portugal (20)

Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Parnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo BilacParnasianismo de Olavo Bilac
Parnasianismo de Olavo Bilac
 
39498 1322245685291
39498 132224568529139498 1322245685291
39498 1322245685291
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Neoclassicismo ou Arcadismo.pptx
Neoclassicismo ou Arcadismo.pptxNeoclassicismo ou Arcadismo.pptx
Neoclassicismo ou Arcadismo.pptx
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo IluministaArcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo Iluminista
 
Estilos literarios
Estilos literariosEstilos literarios
Estilos literarios
 
Estilos literarios
Estilos literariosEstilos literarios
Estilos literarios
 
ARCADISMO 1º A.pptx.pdf
ARCADISMO 1º A.pptx.pdfARCADISMO 1º A.pptx.pdf
ARCADISMO 1º A.pptx.pdf
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo/Neoclassicismo em Portugal e no Brasil
Arcadismo/Neoclassicismo em Portugal e no BrasilArcadismo/Neoclassicismo em Portugal e no Brasil
Arcadismo/Neoclassicismo em Portugal e no Brasil
 
Parnasianismo em ppt
Parnasianismo em pptParnasianismo em ppt
Parnasianismo em ppt
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.
 
ARCADISMO.ppt
ARCADISMO.pptARCADISMO.ppt
ARCADISMO.ppt
 
Escolas literárias-enem
Escolas literárias-enemEscolas literárias-enem
Escolas literárias-enem
 

Mais de Jonatas Carlos

Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª faseJonatas Carlos
 
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Jonatas Carlos
 
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Jonatas Carlos
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª faseJonatas Carlos
 
Aula 22 modernismo no brasil
Aula 22   modernismo no brasilAula 22   modernismo no brasil
Aula 22 modernismo no brasilJonatas Carlos
 
Aula 21 modernismo em portugal
Aula 21   modernismo em portugalAula 21   modernismo em portugal
Aula 21 modernismo em portugalJonatas Carlos
 
Aula 20 vanguarda européia
Aula 20   vanguarda européiaAula 20   vanguarda européia
Aula 20 vanguarda européiaJonatas Carlos
 
Aula 19 pré - modernismo - brasil
Aula 19   pré - modernismo - brasilAula 19   pré - modernismo - brasil
Aula 19 pré - modernismo - brasilJonatas Carlos
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assisJonatas Carlos
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasilJonatas Carlos
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismoJonatas Carlos
 
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
Aula 13   realismo - naturalismo em portugalAula 13   realismo - naturalismo em portugal
Aula 13 realismo - naturalismo em portugalJonatas Carlos
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosaJonatas Carlos
 
Aula 11 gerações românticas no brasil
Aula 11   gerações românticas no brasilAula 11   gerações românticas no brasil
Aula 11 gerações românticas no brasilJonatas Carlos
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugalJonatas Carlos
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasilJonatas Carlos
 
Aula 06 barroco no brasil
Aula 06   barroco no brasilAula 06   barroco no brasil
Aula 06 barroco no brasilJonatas Carlos
 

Mais de Jonatas Carlos (20)

Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
 
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
 
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
 
Aula 22 modernismo no brasil
Aula 22   modernismo no brasilAula 22   modernismo no brasil
Aula 22 modernismo no brasil
 
Aula 21 modernismo em portugal
Aula 21   modernismo em portugalAula 21   modernismo em portugal
Aula 21 modernismo em portugal
 
Aula 20 vanguarda européia
Aula 20   vanguarda européiaAula 20   vanguarda européia
Aula 20 vanguarda européia
 
Aula 19 pré - modernismo - brasil
Aula 19   pré - modernismo - brasilAula 19   pré - modernismo - brasil
Aula 19 pré - modernismo - brasil
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
 
Aula 17 parnasianismo
Aula 17   parnasianismoAula 17   parnasianismo
Aula 17 parnasianismo
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assis
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
 
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
Aula 13   realismo - naturalismo em portugalAula 13   realismo - naturalismo em portugal
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
 
Aula 11 gerações românticas no brasil
Aula 11   gerações românticas no brasilAula 11   gerações românticas no brasil
Aula 11 gerações românticas no brasil
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
 
Aula 09 romantismo
Aula 09   romantismoAula 09   romantismo
Aula 09 romantismo
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasil
 
Aula 06 barroco no brasil
Aula 06   barroco no brasilAula 06   barroco no brasil
Aula 06 barroco no brasil
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 

Último (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 

Aula 07 arcadismo em portugal

  • 1. AULA 07 – LITERATURA PROFª Edna Prado ARCADISMO EM PORTUGAL I - CONTEXTO HISTÓRICO Arcadismo vem da palavra Arcádia, nome de uma região montanhosa do Peloponeso, na Grécia. Essa região era considerada, no plano mitológico, como o lugar de morada dos deuses. E no plano real, Arcádia era uma região habitada por pastores, que além do pastoreio, dedicavam-se à poesia. Em Portugal, o Arcadismo corresponde ao período literário que marca a segunda metade do século XVIII. Didaticamente, ele tem início em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana e se estende até 1825 com a publicação do poema Camões, de Almeida Garrett, considerado o texto inicial do Romantismo português. O Arcadismo corresponde a um período de mudanças marcantes na vida européia como um todo. Essas mudanças fazem parte de um movimento cultural chamado Iluminismo. O Iluminismo, como o próprio nome já sugere, era a tentativa iluminar, de atualizar os conceitos e as verdades da época a partir da razão e da ciência. Por isso o século XVIII é conhecido como o “século das luzes”. E, ao contrário da tensão do período anterior, do Barroco, em muitos momentos, a produção literária da época parece ter encontrado a síntese entre a fé e a razão. Nesse momento surgem as primeiras arcádias, reuniões, grupos de poetas que se encontravam com o objetivo de restaurar a simplicidade e a sobriedade da Antigüidade clássica e renascentista. Daí o Arcadismo também ser chamado de Neoclassicismo (neo = novo + classicismo) A fundação da Arcádia Lusitana representou, entre outros aspectos, um movimento rebeldia contra o Barroco. Vejamos o seu símbolo:
  • 2. “Inutilia truncat” é uma frase latina que significa “cortar as inutilidades”, como sugere o desenho de um instrumento cortante, numa clara referência aos exageros do Barroco. II – CARACTERÍSTICAS Os poetas árcades buscavam a recuperação dos ideais clássicos, e como já vimos, os clássicos, foram considerados fontes de equilíbrio e sabedoria. Daí o nome Arcadismo, pois a Arcádia, morada dos pastores, representava o lugar ideal para a obtenção do equilíbrio e da sabedoria. É por esse motivo que muitas vezes os poetas árcades se autodenominavam pastores e adotavam pseudônimos gregos e latinos. É a partir da clara reação contra os exageros do Barroco que surgem os principais temas do Arcadismo: • EQUILÍBRIO • BUCOLISMO • CONVENCIONALISMO • CARPE DIEM
  • 3. Os árcades propunham o retorno aos modelos clássicos, porque neles encontravam o equilíbrio dos sentimentos por meio da razão, que seria a força controladora dos excessos. Buscavam, ao contrário do Barroco, uma linguagem simples, com períodos diretos e vocabulário fácil, sem o uso exagerado de figuras de linguagem, cortando tudo o que fosse inútil, desnecessário. Para eles, a literatura deveria ter um caráter mais didático, contribuindo para a formação da consciência. Os árcades exaltavam a virtude, a humildade, o comedimento. Seus heróis eram sempre pastores anônimos e felizes. Essa felicidade era basicamente conseguida através da segunda característica do Arcadismo. Inspirados pelo preceito do poeta latino Horácio “fugere urbem” = “fugir da cidade, da civilização” os árcades acreditavam que somente no contato com a natureza, com o “locus amoenus”, “lugar ameno” o homem poderia alcançar o equilíbrio e a espiritualidade. Numa época em acontecia o crescimento das cidades, através do acelerado processo de industrialização, o Arcadismo pregava a volta à vida simples do campo. Daí a freqüência de temas pastoris e cenas campestres durante todo esse período. É importante observar que essa natureza correspondia a um cenário artificial, criado pelo poeta, que fala de riachos cristalinos, lindos campos, relva verde, mas que se encontra em pleno centro urbano, é o chamado “fingimento poético no Arcadismo”, observado por vários estudiosos. Outra característica é o convencionalismo, ou seja, as frases feitas, os clichês e os lugares comuns. Como: as ovelhas, os pastores e as pastoras, os montes, as ninfas e todos os demais elementos da natureza artificial criada pelo poeta árcade. Esse convencionalismo torna a poesia árcade, de uma maneira geral, marcada pela pouca expressividade e artificialismo. Além da monotonia provocada pela repetição, por vezes exaustiva, de temas bucólicos e pastoris. Um último aspecto marcante dessa poesia é a filosofia do Carpe Diem – “aproveitar o dia”, o “viver intensamente os momentos”. O tema da fugacidade da vida é muito comum em toda a literatura ocidental, o próprio Barroco o utilizou, mas visto por um ângulo negativo, próximo da idéia da morte. Agora o poeta árcade vai utilizá-lo como um convite amoroso, como insinuação erótica. O pastor, o poeta, consciente da brevidade da vida chama a pastora, a amada para que juntos aproveitem a vida.
  • 4. Dentre os vários poetas árcades de Portugal, o que mais se destacou foi Manuel Maria Barbosa du Bocage, ou simplesmente Bocage. Vejamos sua imagem: Bocage teve uma vida muito conturbada, após alguns anos de estudo dedica-se a vida boêmia e passa a freqüentar os bares portugueses e a conviver com prostitutas, marinheiros, vagabundos e com algumas poucas pessoas de nível social e literário mais elevado. Era conhecido com arruaceiro e aventureiro e, assim como Camões, foi soldado e durante alguns anos viveu e viajou pelas colônias portuguesas no Oriente. Há várias semelhanças entre sua vida e a de Camões, a tal ponto que em muitos momentos Bocage traça um paralelo entre elas, como nesse soneto:
  • 5. “Camões, grande Camões, quão semelhante Acho teu fado ao meu, quando os cotejo! Igual causa nos fez, perdendo o Tejo, Arrostar co’o sacrilégio gigante; Como tu, junto ao Ganges sussurrante, Da penúria cruel no horror me vejo; Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, Também carpindo estou, saudoso amante. Ludíbrio, como tu, da Sorte dura Meu fim demando ao Céu, pela certeza De que só terei paz na sepultura. Modelo meu tu és ... Mas, oh tristeza! ... Se te imito nos transes da Ventura, Não te imito nos dons da Natureza.” Bocage, assim como outros tantos poetas árcades adotou um pseudônimo pastoril, assinava suas poesias como o nome de Elmano Sadino. Elmano é um anagrama de Manuel, seu primeiro nome, ou seja, uma nova palavra formada pela troca das letras de uma primeira palavra. E Sadino é uma referência ao rio Sado, que corta a cidade de Setúbal, onde o poeta nasceu. Os estudiosos costumam dividir a obra de Bocage em dois momentos: um lírico e um satírico. Sua poesia lírica mostra-se presa aos modelos do Arcadismo, povoada por pastores e imagens campesinas. Também se dedicou à poesia encomiástica, que como já vimos, era destinada à exaltação, à bajulação dos poderosos da época. Conta-se que Bocage, assim como outros poetas da época, viveu à sombra dos nobres, como faziam os bobos da corte durante a Idade Média. Como poeta satírico, Bocage tinha por alvos principais os habitantes das colônias portuguesas, o absolutismo político e religioso, e muitas vezes os seus próprios colegas árcades. Como poeta erótico, Bocage foi censurado em sua época e até hoje, muitos livros escolares não trazem exemplos dessa poesia erótica, marcada pela força poética e pela força em ser grosseira, vulgar, e referindo-se, muitas vezes, a atos obscenos.
  • 6. Mas é sua poesia pré-romântica, contrária ao impessoalismo e ao convencionalismo, que o distingue dos demais árcades. Bocage valorizou o subjetivo, o sentimental através de uma freqüente luta entre a razão e a emoção, luta essa, que muitas se reflete numa visão pessimista e fatalista da existência. Em vários poemas os riachos e os pastores são substituídos por imagens fúnebres e sentimentos negativos. Como nos mostra o famoso soneto “Sobre estas duras, cavernosas fragas”. Sobre estas duras, cavernosas fragas, Que o marinho furor vai carcomendo, Me estão negras paixões n’ alma fervendo Como fervem no pego as crespas vagas. Razão feroz, o coração me indagas, De meus erros a sombra esclarecendo, E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo De agudas ânsias venenosas chagas. Cego a meus males, surdo a teu reclamo, Mil objetos de horror co’a idéia eu corro, Solto gemidos, lágrimas derramo. Razão; de que me serve o teu socorro? Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo; Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro. Bocage Então não se esqueça: O Arcadismo português é o movimento literário que busca a retomada dos valores da Antigüidade greco- romana e do Classicismo, numa clara posição de recusa aos exageros do Barroco e tem como figura central, o grande Bocage. III – EXERCÍCIOS 1 – (FUVEST-SP) – “... tem no temperamento a exaltação que há de caracterizar os românticos, e foge, mais de uma vez, aos temas
  • 7. literários da Arcádia, mas obedece aos princípios da estética expressional do Neoclassicismo setecentista...” (Hernâni Cidade) a) Camilo Pessanha b) Antero de Quental c) Bernardim Ribeiro d) João de Jesus e) Barbosa du Bocage R: E 2 – (FUVEST-SP) “E em arte aos de Minerva se não rendem Teus alvos, curtos dedos melindrosos.” Indique a característica presente nos versos acima, de autoria de Bocage. a) Uso de pseudônimos b) Rompimento com os clássicos c) Recurso à mitologia greco-romana d) Predominância de subjetivismo e) Tema pastoril R: C 3 – (FUVETS-SP) “Razão feroz, o coração me indagas, De meus erros a sombra esclarecendo, E vás nele (ai de mim!) palpando, e vendo De agudas ânsias venenosas chagas:” O Pré-romantismo é uma fase de transição do Arcadismo para o Romantismo. Aponte no fragmento deste soneto de Bocage uma característica árcade e outra romântica. R: A invocação da razão e a forma do poema são árcades; o pessoalismo e o sofrimento são românticos. 4 – (UM-SP) “Olha, Marília, as flautas dos pastores
  • 8. Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo, a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali Beijando-se os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores!”. Observando as características arcádicas que se apresentam nos quartetos acima, pode-se afirmar corretamente que são de autoria de: a) Cláudio Manuel da Costa b) Basílio da Gama c) Camões d) Tomás Antônio Gonzaga e) Bocage R: E