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Microbiologia da
decomposição
cadavérica
Após a morte
Inicia-se um um processo complexo, a
putrefação que abrange a degradação
química e autólise das células
Na medicina legal, a área que estuda o
processo de decomposição cadavérica é a
Tanatologia
Tanatologia
Tanatologia é o estudo científico da
morte.
Tânato (do grego transl. Thánatos,
"morte"), logia = estudo
É uma área que investiga os mecanismos
e aspectos forenses da morte, tais como
as mudanças corporais que acompanham
o período após a morte, bem como
aspectos sociais e legais mais amplos.
Tanatologia
Na mitologia grega, Tânato (do grego transl.
Thánatos, "morte"), também referido como Tânatos,
era a personificação da morte.
Era conhecido por ter o coração de ferro e as
entranhas de bronze.Tânatos era filho de Nix, a
noite, e Érebo, a noite eterna do Hades.
A Medicina Legal presta uma homenagem a Tânatos,
através da Tanatologia Forense, que é o estudo da
morte e dos fenômenos cadavéricos, ou seja, auxilia
os peritos e a investigação no diagnóstico da "causa
morte'.
Tanatologia
O processo de decomposição, decorre de FENÔMENOS TRANSFORMADORES
DESTRUIDORES, os fenômenos cadavéricos.
 dependem da atuação de fatores diversos que podem funcionar como
impulsionadores ou inibidores da decomposição, o que irá resultar em adiamento
ou atraso do processo de decomposição.
 Em média tem duração de duas a seis semanas em temperatura ambiente.
 Depende do estado como o corpo é conservado e das condições as quais o
corpo é exposto
Cronotanatognose
 Cronotanatognose é o conhecimento ou a determinação do tempo decorrido entre a morte e
encontro do cadáver e esta é pautada em:
 avaliações subjetivas do cadáver (observacional) – cada detalhe importa (presença de
alimentos/conteúdo gástrico...etc
 análise e estudo das alterações e fenômenos que ocorrem em cada estágio após a morte, ou
seja, de fatores externos
 temperatura,
 umidade
 ação de animais ou
 fatores inerentes ao próprio cadáver.
Fenômenos Post-mortem
FENOMÊNOS DESTRUTIVOS
Os fenômenos destrutivos vão dar origem ao declínio da matéria orgânica
através da autólise, putrefação e maceração.
FENOMÊNOS CONSECUTIVOS
envolve formação de hipóstases, rigidez cadavérica, resfriamento
cadavérico.
Fenômenos Post-mortem
Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles
que se tornam evidentes logo após a morte do
indivíduo, ainda antes da proliferação
bacteriana, e têm curta duração.
 arrefecimento corporal – expressão
 aparecimento de livores,
 rigidez cadavérica e
 dessecamento tegumentar.
FENOMÊNOS DESTRUTIVOS
IMEDIATOS
sinais abióticos imediatos que insinuam
a morte, são:
 parada cardiovascular,
 parada respiratória,
 perda da consciência,
 atonia muscular com imobilidade,
 perda da sensibilidade,
 relaxamento dos esfíncteres,
 fáceis hipocrática,
 pálpebras parcialmente cerradas,
 midríase
Fenômenos Post-mortem
Fenômenos consecutivos ou Tríade da morte:
Algor Mortis – Arrefecimento corporal
Resfriamento Cadavérico, perceptível inicialmente em extremidades
Livor Mortis – manchas ou placas de deposição de sangue em regiões de
maior gravidade – diferente de equimose ação violenta- extravasamento ou
sangue ex. morte por afixia
Se o corpo for movimentado em até 12h, os livores mudam de lugar
Rigor Mortis - Rigidez Cadavérica– endurecimento (céfalo-caudal) – rigidez –
cabeça, mandíbula, pescoço e posteriormente extremidades – pode demorar
até 8 horas
Fenômenos Post-mortem
Arrefecimento corporal
Termorregulação - corpo apresenta a tendência
de atingir o equilíbrio térmico com o meio
ambiente.
 Ocorre logo após o fim das funções vitais do
organismo, ou seja, após o corpo parar de
respirar e de circular sangue.
 A circulação sanguínea e o metabolismo
mantém a temperatura de 36ºc
 Corpo humano perca em torno de 1ºc por hora
após a morte.
Fenômenos Post-mortem
Livores
Acúmulo de sangue nas regiões mais baixas, mais próximas do solo,
devido à ação da força gravitacional.
Coloração intensa de tons arroxeados.
Regiões mais elevadas perderão o sangue e irão sofrer uma
descoloração, denominada de lividez cadavérica.
Os livores permanecem no indivíduo por até 12 a 15 horas.
Fenômenos Post-mortem
Rigidez Cadavérica
 A rigidez cadavérica é um dos
últimos fenômenos cadavéricos
de curta duração.
 Tem início de 2 a 4 horas após
a morte e apresenta duração
média de 12 e 24 horas até que
se dê o início aos fenômenos
de putrefação.
Fenômenos Post-mortem
Rigidez Cadavérica
Ocorre quando a célula muscular recebe um sinal do sistema nervoso, o
concentração de íons de cálcio aumentam, mudando a conformação de certas
proteínas regulatórias encurtando e contraindo o músculo.
 O estado de rigidez máxima se estabelece por volta da 12a hora post mortem,
cessando gradativamente até 36h da morte;
 o rigor mortis pode ser prolongado por baixar temperaturas (há relatos de
corpos em rigidez por 16 a 28 dias quando mantidos à 4 graus Celsius).
Fenômenos Post-mortem
A rigidez é desfeita?
 Os tecidos, de maneira geral, entram em degradação natural após algum tempo de
inatividade do metabolismo. Uma vez degradados os componentes dos músculos
perdem a rigidez anteriormente adquirida.
 baixas temperaturas prolongam o rigor mortis: nessa situação, a velocidade das
reações é reduzida e, portanto, demandam mais tempo para a degradação dos
tecidos.
Fenômenos cadavéricos
transformativos – destrutivos
Autólise
Maceração
Putrefação
Fenômenos cadavéricos
transformativos – destrutivos
Autólise
É a destruição das células provocada por enzimas
intracelulares que são ativadas pela falta de oxigênio.
A autólise consiste na ruptura dos lisossomos, com a
liberação das enzimas digestivas no citoplasma e
destruindo todo o conteúdo celular.
Autólise é auto digestão da célula.
Fenômenos cadavéricos
transformativos – destrutivos
Autólise
primeira fase da decomposição de um cadáver
 Ela começa cerca de uma hora após a morte e consiste na interrupção da
circulação sanguínea.
Fenômenos cadavéricos
transformativos – destrutivos
Maceração
 Fenômeno destrutivo que acomete
nos corpos submersos
 Este compreende uma rápida
sucessão da putrefação e tem como
consequência o desprendimento dos
tecidos moles.
 É um processo que ocorre quando o
cadáver fica em meio líquido
estagnado, sob ação de bactérias
Fenômenos transformadores
destruidores
 • Maceração no feto
 Processo especial de
putrefação que afeta o
concepto morto e retido
intrauterinamente a partir
do 5° ou 6º mês de
gestação (maceração
asséptica – sem presença
de germes)
 aborto retido - degeneração
do feto retido no útero,
Fenômenos transformadores
destruidores
Putrefação
 Nesta etapa, os microrganismos aeróbios, anaeróbios e
facultativos, (bacilo coli, o bacilo proteus, o bacilo ¨sibtillis¨, o
bacilo butírico, o bacilo ¨perfringens¨, o bacilo ¨purificus¨).
 Invadem o organismo por meio dos intestinos, onde podem
existir habitualmente, através das mucosas dos orifícios
naturais, e também através da pele
 O desenvolvimento da putrefação se faz em quatro
períodos: de coloração, gasoso, coliquativo e
esqueletização.
FENÔMENOS CONSERVADORES
Mumificação
 ocorre pela dessecação do cadáver, sendo ela naturalmente ou
artificialmente, devendo ser de forma muito rápida e acentuada
 A mumificação natural acontece em cadáveres insepultos, em
regiões de clima quente e seco, com um arejamento intensivo
que impeça a ação microbiana, responsável pelos fenômenos
putrefativos previamente descritos
FENÔMENOS CONSERVADORES
Mumificação
 ocorre pela dessecação do
cadáver
FENÔMENOS CONSERVADORES
Saponificação
 Evolução do corpo para uma consistência mole, semelhante ao sabão, ou
queijo, e cor amarelo-pardacenta e os fatores influenciam na ocorrência desse
fenômeno
 idade jovem,
 a obesidade,
 as intoxicações pelo fósforo e álcool
 umidade
 terrenos argilosos,
 impermeáveis e
 saturados d’água.
FENÔMENOS CONSERVADORES
Saponificação
 Evolução do corpo para
uma consistência mole,
semelhante ao sabão.
As 4 fases da Putrefação
 Fase cromática ou de coloração.
 Fase enfisematosa ou gaseificação.
 Fase redutora ou de coliquação.
 Fase de esqueletização.
As 4 fases da Putrefação
 Período de coloração: inicia-se pela mancha verde abdominal, que vai
se espalhando pelo corpo e deixando o cadáver com um aspecto azul
esverdeado e vai escurecendo até o verde-enegrecido.
Tal tonalidade é causada pela formação de hidrogênio sulfurado.
As 4 fases da Putrefação
As 4 fases da Putrefação
As 4 fases da Putrefação
Fase enfisematosa ou gaseificação
 Período gasoso: No período gasoso ou enfisematoso é aquele em que do
interior do corpo os gases da putrefação vão formando bolhas na epiderme
causando o inchaço.
 Gás sulfídrico – H2S (enxofre) • Reage com a hemoglobina originando
cor esverdeada. • Forma a mancha verde abdominal . • Causa?
Sulfoxiemoglobina que impregna os tecidos cutâneos, os mais
superficiais.
 Há projeção dos olhos e da língua, bem como a distensão do abdômen.
As 4 fases da Putrefação
As 4 fases da Putrefação
Período Coliquativo
O período coliquativo ou de liquefação
é aquele em que as partes moles se
decompõem, a derme se descola da
epiderme e o corpo perde sua forma.
Nesta fase há a presença de larvas e
insetos necrófagos em grande número.
As 4 fases da Putrefação
 Estes acontecimentos marcam o início do período de decomposição ativa,
que progride rapidamente e onde há aumento da intervenção de insetos
 A decomposição avançada é caracterizada por um aumento da atividade
entomológica
Fase redutora ou
de coliquação
As 4 fases da Putrefação
Período de Esqueletização:
Na Esqueletização, os ossos se apresentam quase livres, unidos por algumas
articulações.
O crânio se destaca do restante do corpo e pode ainda restar uma massa
denominada putrilagem, composta pelas vísceras decompostas.
Este período dura de 3 a 5 anos, os ossos resistem muito tempo, porém vão
perdendo sua estrutura e peso com o passar do tempo.
 Observação: Cadáveres desse tipo não se faz necropsia. Eles são encaminhados
para o setor de antropologia, para estudo da estrutura óssea e identificação de
alguma alteração.
As 4 fases da Putrefação
As 4 fases da Putrefação
FATORES QUE INFLUENCIAM A
DECOMPOSIÇÃO DE UM CADÁVER
Presença ou ausência de vestuário,
Pxistência de ferimentos no corpo,
Atividade de animais carnívoros,
Atividade de insetos,
Doenças do indivíduo,
Percentagem de massa gorda do corpo,
Presença de vegetação nas regiões circundantes;
Presença de agentes químicos, entre outros
MICROBIOTA PÓS-MORTE
As comunidades microbianas presentes no
intestino grosso são dominadas por colônias de:
 Bacterioidetes (Bacteroides spp), Firmicutes
(Lactobacillus spp.).
 Proteobacteria (Escherichia spp.) e
 Actinobacteria (Bifidobacterium spp).
 Após a morte, devido à autólise, libera-se
substrato para as bactérias comensais, que
vão fermentar os subprodutos da autólise
causando o inchaço cadavérico.
 A maioria das bactérias no corpo
humano após a morte são
anaeróbicas obrigatórias
(Clostridium spp.)
 Bactérias anaeróbias
obrigatórias reproduzem-se em
local de baixo potencial de
oxirredução, como no tecido
necrótico e não vascularizado.
 Não necessitam de O2, para
reprodução.
MICROBIOTA PÓS-MORTE
A microbiota está presente em todo corpo, e em maior
quantidade na boca, no estômago, no intestino, nos tratos
geniturinários e respiratório, nos olhos, na pele.
a maior parte da colonização (cerca de 70%) ocorre no
trato gastrointestinal.
No estômago, são comuns bactérias dos gêneros
 Lactobacillus,
 Veillonella e
 Helicobacter.
No intestino delgado, predominam
 estreptococos,
 actinobactérias
 e corinebactérias.
No intestino grosso, algumas das bactérias mais abundantes
são os gêneros Bacteroides e Clostridium.
Células humanas após a morte
Diminuição da taxa de
oxigênio
quebra na membrana se
degradar por causa de
enzimas autolíticas
liberado ao meio
extracelular
nutrientes como
aminoácidos,
gorduras, água e sais
minerais.
alteração no padrão de
fermentação de
fermentação aeróbia
para anaeróbica
na fermentação anaeróbica
ocorrem altas concentrações
de gases como metano,
dióxido de carbono, dióxido
de enxofre e hidrogênio.
Gráfico elaborado pela pesquisadora Gulnaz Javan mostra os 20 gêneros de bactérias que foram
encontrados nas amostras coletadas nos cadáveres, de acordo com o sexo e local de coleta: sangue
(blood), fígado (liver), cérebro (brain), tecido bucal (mouth swab), coração (heart) e baço (spleen)
Thanatomicrobioma
 Thanatomicrobioma: objetivo - avaliar através da microbiota a
estimativa post-mortem
 PMI - em inglês, ou IPM = Intervalo pós-morte
 microbiologistas forenses estão pesquisando sobre as mudanças
dinâmicas no microbioma humano após a morte, sua estrutura e
função, que passaram a ter denominações específicas como
thanatomicrobioma (thanato vem de thanatos, que em grego
significa morte) e comunidades epinecróticas, que são
microorganismos específicos de restos que estão em processo de
decomposição.
THANATOMICROBIOMA COMO BIOMARCADOR DE
ESTIMATIVA DE INTERVALO PÓS-MORTE.
O uso do thanatomicrobioma
como biomarcador de estimativa
de intervalo pós-morte.
 No ramo da ciência forense e investigação de locais de morte suspeita:
 Ponto crucial - de toda investigação é o levantamento desse intervalo da morte
 Estabelecer o tempo mínimo e máximo que passou desde a morte até o
encontro do corpo pela equipe de investigação Intervalo pós-morte.
 Significa dizer que:
 o intervalo post-mortem é inversamente proporcional à sua estimativa, ou seja,
quanto maior o intervalo, menor a possibilidade de obter uma estimativa precisa
Thanatomicrobioma
 Thanatomicrobioma refere-se
aos microrganismos que
habitam o baço, coração,
cérebro e fígado.
 As comunidades epinecróticas
são o microbioma que habita
superfícies como o torso,
cavidades abdominais, oral e a
pele
Os materiais cadavéricos são rapidamente integrados no solo, o que resulta na
formação de locais altamente férteis, denominados ilhas de decomposição
cadavérica (CDI – cadaver decomposition island), que contribuem para a
biodiversidade do ambiente.
A presença de microrganismos do solo tem o potencial de ser utilizada em
investigações criminais para estimativa do IPM ou para identificação de locais
de enterro clandestinos
ATÉ A
PROXIMA
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  • 2. Após a morte Inicia-se um um processo complexo, a putrefação que abrange a degradação química e autólise das células Na medicina legal, a área que estuda o processo de decomposição cadavérica é a Tanatologia
  • 3. Tanatologia Tanatologia é o estudo científico da morte. Tânato (do grego transl. Thánatos, "morte"), logia = estudo É uma área que investiga os mecanismos e aspectos forenses da morte, tais como as mudanças corporais que acompanham o período após a morte, bem como aspectos sociais e legais mais amplos.
  • 4. Tanatologia Na mitologia grega, Tânato (do grego transl. Thánatos, "morte"), também referido como Tânatos, era a personificação da morte. Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.Tânatos era filho de Nix, a noite, e Érebo, a noite eterna do Hades. A Medicina Legal presta uma homenagem a Tânatos, através da Tanatologia Forense, que é o estudo da morte e dos fenômenos cadavéricos, ou seja, auxilia os peritos e a investigação no diagnóstico da "causa morte'.
  • 5. Tanatologia O processo de decomposição, decorre de FENÔMENOS TRANSFORMADORES DESTRUIDORES, os fenômenos cadavéricos.  dependem da atuação de fatores diversos que podem funcionar como impulsionadores ou inibidores da decomposição, o que irá resultar em adiamento ou atraso do processo de decomposição.  Em média tem duração de duas a seis semanas em temperatura ambiente.  Depende do estado como o corpo é conservado e das condições as quais o corpo é exposto
  • 6. Cronotanatognose  Cronotanatognose é o conhecimento ou a determinação do tempo decorrido entre a morte e encontro do cadáver e esta é pautada em:  avaliações subjetivas do cadáver (observacional) – cada detalhe importa (presença de alimentos/conteúdo gástrico...etc  análise e estudo das alterações e fenômenos que ocorrem em cada estágio após a morte, ou seja, de fatores externos  temperatura,  umidade  ação de animais ou  fatores inerentes ao próprio cadáver.
  • 7. Fenômenos Post-mortem FENOMÊNOS DESTRUTIVOS Os fenômenos destrutivos vão dar origem ao declínio da matéria orgânica através da autólise, putrefação e maceração. FENOMÊNOS CONSECUTIVOS envolve formação de hipóstases, rigidez cadavérica, resfriamento cadavérico.
  • 8. Fenômenos Post-mortem Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles que se tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, ainda antes da proliferação bacteriana, e têm curta duração.  arrefecimento corporal – expressão  aparecimento de livores,  rigidez cadavérica e  dessecamento tegumentar. FENOMÊNOS DESTRUTIVOS IMEDIATOS sinais abióticos imediatos que insinuam a morte, são:  parada cardiovascular,  parada respiratória,  perda da consciência,  atonia muscular com imobilidade,  perda da sensibilidade,  relaxamento dos esfíncteres,  fáceis hipocrática,  pálpebras parcialmente cerradas,  midríase
  • 9. Fenômenos Post-mortem Fenômenos consecutivos ou Tríade da morte: Algor Mortis – Arrefecimento corporal Resfriamento Cadavérico, perceptível inicialmente em extremidades Livor Mortis – manchas ou placas de deposição de sangue em regiões de maior gravidade – diferente de equimose ação violenta- extravasamento ou sangue ex. morte por afixia Se o corpo for movimentado em até 12h, os livores mudam de lugar Rigor Mortis - Rigidez Cadavérica– endurecimento (céfalo-caudal) – rigidez – cabeça, mandíbula, pescoço e posteriormente extremidades – pode demorar até 8 horas
  • 10. Fenômenos Post-mortem Arrefecimento corporal Termorregulação - corpo apresenta a tendência de atingir o equilíbrio térmico com o meio ambiente.  Ocorre logo após o fim das funções vitais do organismo, ou seja, após o corpo parar de respirar e de circular sangue.  A circulação sanguínea e o metabolismo mantém a temperatura de 36ºc  Corpo humano perca em torno de 1ºc por hora após a morte.
  • 11. Fenômenos Post-mortem Livores Acúmulo de sangue nas regiões mais baixas, mais próximas do solo, devido à ação da força gravitacional. Coloração intensa de tons arroxeados. Regiões mais elevadas perderão o sangue e irão sofrer uma descoloração, denominada de lividez cadavérica. Os livores permanecem no indivíduo por até 12 a 15 horas.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Fenômenos Post-mortem Rigidez Cadavérica  A rigidez cadavérica é um dos últimos fenômenos cadavéricos de curta duração.  Tem início de 2 a 4 horas após a morte e apresenta duração média de 12 e 24 horas até que se dê o início aos fenômenos de putrefação.
  • 15. Fenômenos Post-mortem Rigidez Cadavérica Ocorre quando a célula muscular recebe um sinal do sistema nervoso, o concentração de íons de cálcio aumentam, mudando a conformação de certas proteínas regulatórias encurtando e contraindo o músculo.  O estado de rigidez máxima se estabelece por volta da 12a hora post mortem, cessando gradativamente até 36h da morte;  o rigor mortis pode ser prolongado por baixar temperaturas (há relatos de corpos em rigidez por 16 a 28 dias quando mantidos à 4 graus Celsius).
  • 16. Fenômenos Post-mortem A rigidez é desfeita?  Os tecidos, de maneira geral, entram em degradação natural após algum tempo de inatividade do metabolismo. Uma vez degradados os componentes dos músculos perdem a rigidez anteriormente adquirida.  baixas temperaturas prolongam o rigor mortis: nessa situação, a velocidade das reações é reduzida e, portanto, demandam mais tempo para a degradação dos tecidos.
  • 17. Fenômenos cadavéricos transformativos – destrutivos Autólise Maceração Putrefação
  • 18. Fenômenos cadavéricos transformativos – destrutivos Autólise É a destruição das células provocada por enzimas intracelulares que são ativadas pela falta de oxigênio. A autólise consiste na ruptura dos lisossomos, com a liberação das enzimas digestivas no citoplasma e destruindo todo o conteúdo celular. Autólise é auto digestão da célula.
  • 19. Fenômenos cadavéricos transformativos – destrutivos Autólise primeira fase da decomposição de um cadáver  Ela começa cerca de uma hora após a morte e consiste na interrupção da circulação sanguínea.
  • 20. Fenômenos cadavéricos transformativos – destrutivos Maceração  Fenômeno destrutivo que acomete nos corpos submersos  Este compreende uma rápida sucessão da putrefação e tem como consequência o desprendimento dos tecidos moles.  É um processo que ocorre quando o cadáver fica em meio líquido estagnado, sob ação de bactérias
  • 21. Fenômenos transformadores destruidores  • Maceração no feto  Processo especial de putrefação que afeta o concepto morto e retido intrauterinamente a partir do 5° ou 6º mês de gestação (maceração asséptica – sem presença de germes)  aborto retido - degeneração do feto retido no útero,
  • 22. Fenômenos transformadores destruidores Putrefação  Nesta etapa, os microrganismos aeróbios, anaeróbios e facultativos, (bacilo coli, o bacilo proteus, o bacilo ¨sibtillis¨, o bacilo butírico, o bacilo ¨perfringens¨, o bacilo ¨purificus¨).  Invadem o organismo por meio dos intestinos, onde podem existir habitualmente, através das mucosas dos orifícios naturais, e também através da pele  O desenvolvimento da putrefação se faz em quatro períodos: de coloração, gasoso, coliquativo e esqueletização.
  • 23. FENÔMENOS CONSERVADORES Mumificação  ocorre pela dessecação do cadáver, sendo ela naturalmente ou artificialmente, devendo ser de forma muito rápida e acentuada  A mumificação natural acontece em cadáveres insepultos, em regiões de clima quente e seco, com um arejamento intensivo que impeça a ação microbiana, responsável pelos fenômenos putrefativos previamente descritos
  • 24. FENÔMENOS CONSERVADORES Mumificação  ocorre pela dessecação do cadáver
  • 25. FENÔMENOS CONSERVADORES Saponificação  Evolução do corpo para uma consistência mole, semelhante ao sabão, ou queijo, e cor amarelo-pardacenta e os fatores influenciam na ocorrência desse fenômeno  idade jovem,  a obesidade,  as intoxicações pelo fósforo e álcool  umidade  terrenos argilosos,  impermeáveis e  saturados d’água.
  • 26. FENÔMENOS CONSERVADORES Saponificação  Evolução do corpo para uma consistência mole, semelhante ao sabão.
  • 27. As 4 fases da Putrefação  Fase cromática ou de coloração.  Fase enfisematosa ou gaseificação.  Fase redutora ou de coliquação.  Fase de esqueletização.
  • 28. As 4 fases da Putrefação  Período de coloração: inicia-se pela mancha verde abdominal, que vai se espalhando pelo corpo e deixando o cadáver com um aspecto azul esverdeado e vai escurecendo até o verde-enegrecido. Tal tonalidade é causada pela formação de hidrogênio sulfurado.
  • 29. As 4 fases da Putrefação
  • 30. As 4 fases da Putrefação
  • 31. As 4 fases da Putrefação Fase enfisematosa ou gaseificação  Período gasoso: No período gasoso ou enfisematoso é aquele em que do interior do corpo os gases da putrefação vão formando bolhas na epiderme causando o inchaço.  Gás sulfídrico – H2S (enxofre) • Reage com a hemoglobina originando cor esverdeada. • Forma a mancha verde abdominal . • Causa? Sulfoxiemoglobina que impregna os tecidos cutâneos, os mais superficiais.  Há projeção dos olhos e da língua, bem como a distensão do abdômen.
  • 32. As 4 fases da Putrefação
  • 33.
  • 34. As 4 fases da Putrefação Período Coliquativo O período coliquativo ou de liquefação é aquele em que as partes moles se decompõem, a derme se descola da epiderme e o corpo perde sua forma. Nesta fase há a presença de larvas e insetos necrófagos em grande número.
  • 35. As 4 fases da Putrefação  Estes acontecimentos marcam o início do período de decomposição ativa, que progride rapidamente e onde há aumento da intervenção de insetos  A decomposição avançada é caracterizada por um aumento da atividade entomológica
  • 36. Fase redutora ou de coliquação
  • 37. As 4 fases da Putrefação Período de Esqueletização: Na Esqueletização, os ossos se apresentam quase livres, unidos por algumas articulações. O crânio se destaca do restante do corpo e pode ainda restar uma massa denominada putrilagem, composta pelas vísceras decompostas. Este período dura de 3 a 5 anos, os ossos resistem muito tempo, porém vão perdendo sua estrutura e peso com o passar do tempo.  Observação: Cadáveres desse tipo não se faz necropsia. Eles são encaminhados para o setor de antropologia, para estudo da estrutura óssea e identificação de alguma alteração.
  • 38. As 4 fases da Putrefação
  • 39. As 4 fases da Putrefação
  • 40. FATORES QUE INFLUENCIAM A DECOMPOSIÇÃO DE UM CADÁVER Presença ou ausência de vestuário, Pxistência de ferimentos no corpo, Atividade de animais carnívoros, Atividade de insetos, Doenças do indivíduo, Percentagem de massa gorda do corpo, Presença de vegetação nas regiões circundantes; Presença de agentes químicos, entre outros
  • 41.
  • 42. MICROBIOTA PÓS-MORTE As comunidades microbianas presentes no intestino grosso são dominadas por colônias de:  Bacterioidetes (Bacteroides spp), Firmicutes (Lactobacillus spp.).  Proteobacteria (Escherichia spp.) e  Actinobacteria (Bifidobacterium spp).  Após a morte, devido à autólise, libera-se substrato para as bactérias comensais, que vão fermentar os subprodutos da autólise causando o inchaço cadavérico.  A maioria das bactérias no corpo humano após a morte são anaeróbicas obrigatórias (Clostridium spp.)  Bactérias anaeróbias obrigatórias reproduzem-se em local de baixo potencial de oxirredução, como no tecido necrótico e não vascularizado.  Não necessitam de O2, para reprodução.
  • 43. MICROBIOTA PÓS-MORTE A microbiota está presente em todo corpo, e em maior quantidade na boca, no estômago, no intestino, nos tratos geniturinários e respiratório, nos olhos, na pele. a maior parte da colonização (cerca de 70%) ocorre no trato gastrointestinal. No estômago, são comuns bactérias dos gêneros  Lactobacillus,  Veillonella e  Helicobacter.
  • 44. No intestino delgado, predominam  estreptococos,  actinobactérias  e corinebactérias. No intestino grosso, algumas das bactérias mais abundantes são os gêneros Bacteroides e Clostridium.
  • 45. Células humanas após a morte Diminuição da taxa de oxigênio quebra na membrana se degradar por causa de enzimas autolíticas liberado ao meio extracelular nutrientes como aminoácidos, gorduras, água e sais minerais. alteração no padrão de fermentação de fermentação aeróbia para anaeróbica na fermentação anaeróbica ocorrem altas concentrações de gases como metano, dióxido de carbono, dióxido de enxofre e hidrogênio.
  • 46. Gráfico elaborado pela pesquisadora Gulnaz Javan mostra os 20 gêneros de bactérias que foram encontrados nas amostras coletadas nos cadáveres, de acordo com o sexo e local de coleta: sangue (blood), fígado (liver), cérebro (brain), tecido bucal (mouth swab), coração (heart) e baço (spleen)
  • 47. Thanatomicrobioma  Thanatomicrobioma: objetivo - avaliar através da microbiota a estimativa post-mortem  PMI - em inglês, ou IPM = Intervalo pós-morte  microbiologistas forenses estão pesquisando sobre as mudanças dinâmicas no microbioma humano após a morte, sua estrutura e função, que passaram a ter denominações específicas como thanatomicrobioma (thanato vem de thanatos, que em grego significa morte) e comunidades epinecróticas, que são microorganismos específicos de restos que estão em processo de decomposição.
  • 48. THANATOMICROBIOMA COMO BIOMARCADOR DE ESTIMATIVA DE INTERVALO PÓS-MORTE. O uso do thanatomicrobioma como biomarcador de estimativa de intervalo pós-morte.
  • 49.  No ramo da ciência forense e investigação de locais de morte suspeita:  Ponto crucial - de toda investigação é o levantamento desse intervalo da morte  Estabelecer o tempo mínimo e máximo que passou desde a morte até o encontro do corpo pela equipe de investigação Intervalo pós-morte.  Significa dizer que:  o intervalo post-mortem é inversamente proporcional à sua estimativa, ou seja, quanto maior o intervalo, menor a possibilidade de obter uma estimativa precisa
  • 50. Thanatomicrobioma  Thanatomicrobioma refere-se aos microrganismos que habitam o baço, coração, cérebro e fígado.  As comunidades epinecróticas são o microbioma que habita superfícies como o torso, cavidades abdominais, oral e a pele
  • 51. Os materiais cadavéricos são rapidamente integrados no solo, o que resulta na formação de locais altamente férteis, denominados ilhas de decomposição cadavérica (CDI – cadaver decomposition island), que contribuem para a biodiversidade do ambiente. A presença de microrganismos do solo tem o potencial de ser utilizada em investigações criminais para estimativa do IPM ou para identificação de locais de enterro clandestinos