O documento discute a história da psicologia e da psicanálise, desde os primeiros registros de distúrbios mentais na pré-história até o desenvolvimento da teoria psicanalítica de Sigmund Freud. O texto descreve como Freud desenvolveu conceitos como Id, Ego e Superego para explicar a estrutura da personalidade.
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Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
1. PROF. MATHEUS MATOSO
ENFERMEIRO GENERALISTA
FORMADO PELA FACEX
DOSCENTE DO CEPRN
Breve histórico da psicologia no Brasil
e no mundo.
2. Paralelamente, mas alheio às influências da psicolo
gia acadêmica, na Europa surgia um novo
movimento chamado de Teoria Psicanalítica, onde
Sigmund Freud (1856 - 1939) foi seu precursor.
3. HISTÓRICO
• 1900: Sigmund Freud ‘o
pai da psicanálise’,
aprofundou seu trabalho
para tentar entender as
causas e sintomas de
seus pacientes.
• Freud acreditava que os
sintomas de histeria
eram derivados de
situações traumáticas,
sugerindo que o
tratamento fosse cuidar
dos aspectos afetivos e
emocionais do paciente.
(GARCIA, 2007)
4. HISTÓRICO
“Freud relata que, em um primeiro momento,
recorreu à hipnose, para ajudar o doente a
reencontrar suas lembranças patogênicas.
Mas logo abandou essa técnica [...]. Percebeu
que se pedisse ao paciente para dizer
livremente tudo o que lhe vinha à mente –
método chamado de associação livre –, o
curso espontâneo seguido por seus
pensamentos lhe permitiria não apenas
remontar às lembranças patogênicas até então
reprimidas, como também identificar as
resistências que se opunham a que o paciente
encontrasse suas lembranças a fim de supera-
las.”
(Quinodoz, 2007 p. 19)
5. HISTÓRICO
• Freud criou o método
psicanalítico,
estabelecendo que as
pessoas com mente
doente eram aquelas que
não exteriorizavam seus
sentimentos.
• Com esse método, Freud
era capaz de desvendar
sentimentos reprimidos,
após desvendá-los
estimulava-os a externar
e curar ou amenizar
muitas doenças mentais
(GARCIA, 2007)
7. Id, Ego e superego – Nos
primeiros trabalhos, Freud
sugeria a divisão da vida
mental em duas partes:
consciente e inconsciente.
A porção consciente, assim
como a parte visível do
iceberg, seria pequena e
insignificante, preservando
apenas uma visão
superficial de toda a
personalidade. A imensa e
poderosa porção
inconsciente – assim como
a parte submersa do
iceberg – conteria os
instintos, ou seja, as forças
propulsoras de todo
comportamento humano.
8. ID: Constitui o reservatório de energia psíquica, é onde
se localizam as pulsões de vida e de morte. As
características atribuídas ao sistema inconsciente. É
regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas
o prazer do indivíduo).
EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as
exigências do id, as exigências da realidade e as
ordens do superego. A verdadeira personalidade, que
decide se acata as decisões do (Id) ou do (Superego).
SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo,
apartir da internalização das proibições, dos limites e da
autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te
censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça
aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando
prejudicamos alguém, é o nosso “freio”.)
9. Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção
simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os
conceitos de Id, Ego e Superego. O “ID“, grosso modo,
correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a
parte mais primitiva e menos acessível da personalidade.
Freud afirmou: “Nós chamamos de (…) um caldeirão cheio de
excitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de
valores, o bem e o mal, a moralidade” (Freud, 1933, p. 74).
As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar
conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de
acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a
tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A
palavra em alemão usada por Freud para id era es, que
queria dizer “isso”, termo sugerido pelo psicanalista Georg
Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro
intitulado The book of it (Isbister, 1985).
10. O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a
libido, e se expressa por meio da redução de
tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa
tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às
necessidades e manter um nível confortável de
tensão, é necessário interagir com o mundo real.
Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em
busca de comida, caso queiram descarregar a
tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário
estabelecer alguma espécie de ligação adequada
entre as demandas do id e a realidade.
11. O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre
o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa
a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e
irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para
o inglês como “I” (Eu” em português). Ele não gostava da
palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia
cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da
realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id.
O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as
demandas em busca do prazer até encontrar o objeto
apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua
força do id. O ego existe para ajudar o id e está
constantemente lutando para satisfazer os instintos do id.
Freud comparava a interação entre o ego e o id com o
cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o
cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser
conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba
derrotando o ego racional.
12. A terceira parte da estrutura da personalidade definida por
Freud ,o superego, desenvolve-se desde o inicio da vida,
quando a criança assimila as regras de comportamento
ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de
recompensas e punições. O comportamento
inadequado sujeito à punição torna-se parte da consciência
da criança, uma porção do superego. O comportamento
aceitável para os pais ou para o grupo social e que
proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a
outra porção do superego. O comportamento aceitável para
os pais ou para o grupo social e que proporcione a
recompensa torna-se parte do ego- ideal, a outra porção
do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado
inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez
formado o superego, o comportamento é determinado pelo
autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias
recompensas ou punições. O termo cunhado por Freud para
o superego foi über-ich, que significa literalmente “sobre-eu”.
13. O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o
como o “defensor da luta em busca da perfeição –
o superego é, resumindo, o máximo assimilado
psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado
superior da vida humana” (Freud, 1933, p. 67). Observe-se
então, que, obviamente, o superego estará em conflito com
o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação
do id para momentos e lugares mais adequados,
o superego tenta inibir a completa satisfação do id.
Assim Freud imaginava a constante luta dentro da
personalidade quando o ego é pressionado pelas forças
contrárias insistentes. O ego deve tentar retardar os ímpetos
agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade
para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca
do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado
demais, o resultado é a condição definida por Freud como
ansiedade.
14. UM POUCO DE HISTÓRIA.
Casos de perturbações mentais estão
registrados por toda a História e são,
desde as épocas mais remotas, citados
por historiadores, poetas, pintores,
escultores e médicos.
Os Imperadores Romanos Calígula e
Nero, os reis franceses Clóvis II e Carlos
VI, este último chamado de Carlos, o
Louco, o qual acreditava ser feito de vidro
e que inseria pequenas hastes de ferro
em suas roupas a fim de prevenir que se
partisse em pedaços.
Eduard Einsten, filho do renomado físico
Albert Einstein, o lendário bailarino
ucraniano Vaslav Nijinsky, e o prêmio
Nobel de Economia Jonh Forbes Nash
Jr., sofriam de Esquizofrenia.
15. VINCENT VAN GOGH
O famoso pintor Vincent Van Gogh (1853-
1890), sofria de crises de instabilidade de
seu humor. Diversos historiadores afirmam
que Van Gogh sofria “ ataques epilépticos " o
que para alguns seria o resultado do uso
frequente de bebidas contendo absinto
(Artemisia absinthium), substância que era
utilizada para modificar a atividade cerebral e
assim “estimular" atividades artísticas.
Houve diversas tentativas de estabelecer um
diagnóstico para a doença de Van Gogh.
Atualmente, o mais aceito é o Transtorno do
Humor Bipolar, levando-se em consideração
os estados depressivos, alternados de
episódios eufóricos (ou maníacos) que lhe
faziam mergulhar em um estado de humor
de grande energia e paixão. Van Gogh
cometeu suicídio aos 37 anos de idade.
16. O QUE É LOUCURA?
Designa-se por louco aquele indivíduo
cuja maneira de ser é “diferente” em
comparação com uma outra maneira de
ser considerada pela sociedade como
“normal”.
Porém com as diferenças: culturais,
sociais, éticas, filosóficas, religiosas
existentes, como se poderia definir o
que é um indivíduo normal?
Nem sempre a loucura foi vista como
uma doença ou um problema de
integração social. Assim como a
conceituação de loucura, os cuidados
dedicados as pessoas com transtorno
de comportamento variaram no
decorrer dos tempos, sempre
influenciados por crenças, costumes,
religião.
17. A DOENÇA MENTAL NA PRÉ-HISTÓRIA
O homem primitivo atribuía
todas as doenças à ação de
forças externas, forças
sobrenaturais, maus
espíritos, bruxos, demônios,
deuses.
Acredita-se que nessa
época as pessoas com
distúrbios de
comportamento eram
atendidas em rituais tribais,
para corrigir tal distúrbio. E
em casos de insucesso, o
indivíduo era abandonado à
própria sorte.
18. ANTIGUIDADE
Na Grécia e Roma antigas
não existiam procedimentos
ou espaços sociais
destinados aos “loucos”.
Os ricos permaneciam em
suas residências e os pobres
circulavam pelas ruas, onde
recebiam caridade pública ou
realizavam pequenos
serviços. A sociedade
atribuía as crises de agitação
a forças sobrenaturais,
decorrentes de possessões
demoníacas. O indivíduo
louco era visto como um
problema familiar e não
social.
19. NA GRÉCIA DE 860 A.C.
Os sacerdotes recomendavam que os loucos
fossem tratados com bondade e que lhes fossem
proporcionadas atividade físicas.
Nessa mesma época, médicos, estudiosos tinham
grande consideração pelos doentes, estes podiam
desfrutar de ar fresco, água pura, luz solar.
Mestres, alunos e doentes faziam caminhadas,
encenações teatrais para melhorar o “humor”.
No entanto os paciente que não reagiam ao
tratamento eram submetidos à inanição e a
flagelação.
20. IDADE MÉDIA
Nessa época a loucura era
vista com grande tolerância.
Acreditava-se que o mundo
era todo organizado de
acordo com os desígnios de
Deus.
Os loucos e os miseráveis
eram considerados parte da
sociedade e alvo de
caridade.
Os doente mentais eram
chamados de lunáticos (do
latim luna=lua), pois
acreditava-se que a mente
das pessoas era influenciada
pelas fase da lua. Eram
também considerados
pecadores.
21. Desfrutavam de relativa
liberdade de ir e vir.
Doente mentais mais
graves ou agressivos
eram acorrentados,
escorraçados,
submetidos a jejuns
prolongados sob a
alegação de estarem
possuídos pelo
“demônio”.
Muitas vezes eram
submetidos a rituais
religiosos de exorcismo.
22. IDADE MODERNA
Retomada de princípios racionalistas
na observação e descrição das
doenças mentais, em oposição ao
misticismo religioso.
Nessa fase com o início do
mercantilismo, formação de cidades e
concentração da população,
começaram a surgir os problemas
sociais e sanitários, ocorrendo
aumento do número de mendigos.
Pobres e loucos eram vistos como
desocupados, como não trabalhavam,
não produziam riquezas, eram
considerados marginais improdutivos.
Os mendigos eram expulso das
cidades, os doente mentais e
mendigos sem família eram
condenados ao isolamento.
Nessa época surgem os Hospitais
Gerais (instalados nos antigos
leprosários), onde eram internados
não só os loucos, mas toda população
marginalizada na época.
23. IDADE CONTEMPORÂNEA
Final do século XVIII, denúncias contra as internações de
doentes mentais junto aos marginais e contra as torturas a
que eram submetidos. Abordagem mais humanística ao
doente mental. Construção de asilos, porém permaneciam
sob formas de violência, com ameaças e privações. A loucura
passa a ser considerada uma doença, que exigia condições e
tratamentos específicos.
Em 1793, o médico francês Philippe Pinel quebrou as
correntes que prendiam os alienados ou insanos. Nessa
época avança a descrição das doenças mentais. Século XX,
postura mais humanista no tratamento dos doente s mentais,
os asilos onde os doentes eram aprisionados foram
substituídos pelos Hospitais Psiquiátricos.
Século XX: Freud revela a concepção do homem como um
todo mente- corpo e o papel da história pessoal no
desenvolvimento dos transtornos emocionais. Compreender a
loucura não- como defeito biológico.
24. 1952: sintetizada em laboratório o primeiro
neuroléptico do mundo, a clorpromazina.
Progressos: Atitude positiva em relação à doença
mental.
Doentes crônicos melhoram.
O tratamento em casa tornou-se possível.
Expandem-se tratamentos psicoterápicos.
Hildegard Peplau – teoria do relacionamento
terapêutico enfermeiro-paciente.
Enfoque da assistência física (higiene, limpeza)
para centrar-se nas relações interpessoais
(ambiente terapêutico).
25. A PSIQUIATRIA NO BRASIL
No Brasil, o primeiro manicômio foi fundado por D. Pedro
II em 1852, no Rio de Janeiro.
26. A PSIQUIATRIA NO BRASIL
Local de confinamento da população crescente de
desocupados e loucos que vagavam pelas velhas e
grandes fazendas e recentes cidades. À partir desse
momento vários outros hospícios foram sendo fundados
( grandes centros).
27. Nas cidades interioranas, os manicômios só
surgiram quando o desenvolvimento e a
urbanização lá chegaram. Manicômios eram
construídos em locais afastados. Características
dos manicômios brasileiros – frequentados em sua
maioria pela população mais pobre.
No Brasil, o atendimento aos loucos era tarefa da
Irmandade da Misericórdia e esteve nas mãos da
Santa Casa até a proclamação da República em
1889. A partir de 1890, o Hospício Pedro II passa a
ser chamado de Hospício Nacional dos Alienados
28. A PSIQUIATRIA NO BRASIL
ERA DO TEMOR 1950-1970: Falta de leitos nos hospícios -
Expansão de leitos privados - Estado patrocinando a loucura
Os hospitais de luxo “cinco estrelas”, são em sua essência
iguais aos hospitais para pobres, porque têm a função de
excluir ou invalidar os doentes, afastando-os da sociedade.
Infraestrutura – péssimas. Higiene – banhos coletivos.
Medicação – distribuída sem critério. ECT - castigo
Tudo é organizado pensando não no doente, mas na
manutenção da ordem interna e na obtenção de lucro
(hospitais privados). Internações – superior ao número de
leitos. Ociosidade dos internos.
À partir de 1964, o governo começou a contratar
incisivamente os hospitais psiquiátricos particulares para
atender aos hospitais públicos. Como o governo pagava
pouco pelas diárias, os hospitais reduziram seus custos e
pioraram definitivamente as condições de hospedagem e
cuidados.
29. A HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
1960: Franco Basaglia (Itália) questiona a existência dos hospitais
psiquiátricos.1978: Aprovado lei proibindo a criação de novos
hospícios e sua substituição por pensões protegidas, lares
abrigados, hospital-dia, leitos psiquiátricos em hospital geral.1987:
Primeiro CAPS no Brasil em SP e NAPS em Santos (24 hs).
1990: Reforma Psiquiátrica Brasileira. Movimentos dos profissionais
e famílias- Impasses, tensões, conflitos e desafios- Lei proibindo a
criação de novos hospitais psiquiátricos e enfatizando o tratamento
ambulatorial e a reinserção social do doente junto da família e
comunidade e sua reabilitação social, profissional e cívica.
DESINTITUCIONALIZAÇÃO
1992: Movimentos sociais aprovam em vários estados brasileiros as
primeiras leis que determinam a substituição progressiva dos leitos
psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental.
2001: Lei 10.216 que redireciona a assistência em saúde mental,
privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base
comunitária.- Proteção e direitos dos doentes mentais- Rede de
atenção diária (CAPS)- Financiamento do MS para serviços abertos
e substitutivos dos hospícios.
30. DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
Deslocar o centro da atenção da instituição para a
comunidade, distrito e território.
Desinstitucionalização = Desospitalização
Oferecer espaço para que os doente sejam
atendidos fora do hospital.
Incentivo à desinstitucionalização.
Ampliação de serviços ambulatoriais Incorporação
da saúde mental na ESF Redução de leitos
psiquiátricos CAPS Residências Terapêuticas
31. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL -
CAPS
• O CAPS ou NAPS (Núcleo de atenção psicossocial) é um
serviço de saúde aberto e comunitário do SUS.
É um lugar de referência para tratamento de pessoas
portadoras de transtornos mentais, psicoses, neuroses
graves e demais quadros.
32. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL -
CAPS
• O objetivo é oferecer atendimento à população de sua
área de abrangência, realizando o acompanhamento
clínico, buscando a reinserção social dos usuários pelo
acesso ao trabalho, lazer, exercícios dos direitos civis e
incentivando sua integração social e familiar.
33. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL –
CAPS
• Os profissionais que trabalham nos CAPS integram uma
equipe multiprofissional, dentre eles: enfermeiros,
técnicos e/ou auxiliares de enfermagem, médicos,
psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais,
pedagogos, professores de educação física, técnicos
administrativos, educadores e artesãos, além de equipes
de serviços gerais e de cozinha.
34. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL -
CAPS
Existem cinco tipos de CAPS:
CAPS I: são destinados para atendimento diário de adultos com
transtornos mentais severos e persistentes, em municípios com
população entre 20 e 70 mil habitantes. Funciona em dias úteis
das 8 às 18 horas. Sua equipe mínima pode atender 20 clientes
por turno.
CAPS II: são destinados para atendimento diário de adultos com
transtornos mentais severos e persistentes, em municípios com
população entre 70 e 200 mil habitantes. Funciona em dias úteis
das 8 às 18 horas, em dois turnos, podendo haver um terceiro
turno até às 21 horas. Sua equipe pode atender até 30 clientes
por turno, sendo o limite máximo de 45 pacientes/dia.
35. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS
CAPS III: atendem municípios com populações acima de
200 mil habitantes, são destinados para atendimento de
adultos com transtornos mentais severos e persistentes,
durante 24h, diariamente,. Sua equipe técnica comporta
40 pacientes por turno, sendo o limite máximo 60
pacientes/dia.
CAPS i: destinado para atendimento diário de crianças e
adolescentes com transtornos mentais. Atendem
municípios com população acima de 200 mil habitantes.
36. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS
CAPS ad: realizam atendimento diário à população em
municípios com mais de 100 mil habitantes, destina-se a
pacientes com transtornos decorrentes do uso e
dependência de substâncias psicoativas, como álcool e
outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de
repouso com a finalidade ao tratamento de
desintoxicação.