2. SURGIMENTO
Cenário: Europa, séc. XIX
Freud (1856), neuroanatomia, trabalho com
Breuer
Sintomas das mulheres histéricas atendidas:
paralisia, ausência de memória, náuseas, problemas
na fala e visão
Fingimento? Encenação? Sofrimento?
Tratamento naquele momento:
Internação
Passeios em instâncias climáticas
3. Para Freud os sintomas querem “dizer algo”
Nenhum vestígio de problemas físicos levaram
Freud a pensar em uma lógica psíquica
Hipnose: recordar as experiências vividas para
eliminar os sintomas
Sob hipnose e contando sobre os fatos que geraram os
sintomas, as pacientes não mais apresentavam esses
sintomas
Catarse: descarregar os afetos ligados às idéias
Problema com o método: nem todos pacientes eram
hipnotizáveis
4. Ao abandonar a hipnose, Freud adota a “associação livre
de idéias”: entende que através da fala é possível ter
acesso a idéias inconscientes, e que tais idéias causam os
sintomas de sofrimento mental
“Associação livre” : “Método que consiste em exprimir
indiscriminadamente todos os pensamentos que
ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado
(palavra, número, imagem de um sonho, qualquer
representação), quer de forma espontânea.” (Dicionário
Laplanche , p.38)
5. Para Freud:
“As palavras que [uma paciente] me dirige [...]
não são tão inintencionais como parecem;
reproduzem antes com fidelidade as
recordações e as novas impressões que agiram
sobre ela desde a nossa última conversa e
emanam muitas vezes, de modo inesperado, de
reminiscências patogênicas de que ela se liberta
espontaneamente pela palavra.” (Freud, 1895)
6. Estuda sintomas e sonhos
Nem sempre as pacientes recordavam-se do
que causara o sintoma – Resistência em
recordar: O Psiquismo funciona de acordo
com o “Princípio do Prazer” (PP)
O que gerou o sintoma foi esquecido, pois
trazia sofrimento
O sintoma representa algo = algo que se quer
esquecer
8. As associações são lembradas de acordo com
o PP: se geram prazer serão lembradas, se
geram desprazer, “esquecidas” (recalque)
“A interpretação dos sonhos” (1900)
Sonhos são realizações de desejos
Sonhos parecem-se com sintomas porque têm
um sentido, mas precisam ser decifrados
Sonhos como modelo para estudar sintomas
neuróticos
Conteúdo manifesto (relatado) x Conteúdo
latente (sentido oculto buscado por Freud)
9. A partir de 1923, Freud coloca a 2ª Tópica: Id,
Ego, Superego
Id: inconsciente, reservatório de libido
Ego: surge a partir do Id, modificado pelo mundo
externo e funciona pelo Princípio da Realidade
Superego: autocrítica, consciência moral e ideais,
que surge a partir do Ego
ID Ego Superego
10. ID – busca o prazer
SUPEREGO – busca a perfeição
EGO – expressar e satisfazer desejos do ID de
acordo com a realidade e com o SUPEREGO
11. Fonte/reservatório de toda a energia psíquica (pulsão)
Não conhece a realidade objetiva, só o mundo interno
Frustração intolerável
Desconsidera a realidade
Busca satisfação pela ação ou imaginação
Sem lógica, moral, ética
Aumento de energia ou tensão: desconfortável – busca
descarregar energia/tensão (princípio do prazer)
12. Aspectos morais
Ideais e punições (culpas) – código ético ou regras da
sociedade embasam comportamento humano
Recompensas por bom comportamento: orgulho, amor
–próprio
Punições: culpa, inferioridade
Funcionamento primitivo: incapaz de testar a realidade
(pensamento = ação) – busca de perfeição
– superego severo (tudo ou nada) versus funcionamento
compreensivo e flexível (capacidade para perdoar)
13. Opera de acordo com PRINCÍPIO DA REALIDADE: é
possível postergar a obtenção do prazer até o
momento em que conseqüências negativas estejam
minimizadas
Energia do ID pode ser bloqueada, desviada ou
liberada gradualmente pelo EGO de acordo com o
Princípio da Realidade
Separa desejo de fantasia
Tolera tensões
Muda com o passar do tempo
Para Freud – EGO: estrutura que serve a três senhores:
Id, realidade e superego
Relação Ego com Id: cavalo-cavaleiro
14. A Psicanálise rompe com o conhecimento
predominante na época (por estudar o
inconsciente, por seu caráter hermenêutico)
Freud tem influências mecanicistas: busca leis
gerais sobre o funcionamento humano (ex:
fases), o que o aproxima de um modelo causal