O Contributo da Educacao

O CONTRIBUTO DA
EDUCAÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO
DA ÁFRICA E O PAPEL
DO PROFESSOR NO
SÉCULO XXI
MA. INÁCIO TARCÍSIO

INTRODUÇÃO
O tema proposto para esta reflexão alusivo ao dia do baptismo
de novos ingressos gira em torno de uma questão fundamental
para a educação e o papel do professor em pleno sec. XXI e
aqui levantam-se as seguintes questões:
. Qual o papel do professor na produção de conhecimento e na
formação da cidadania moçambicana?
•que conhecimentos devem ser desenvolvidos visando a
formação das mentes que possam responder os dasafios do sec
XXI?
•Em que perspectivas deve situar-se o professor hoje, ao lidar
com o conhecimento, numa sociedade em que a mudança é a
“única característica permanente”?
O contributo da Educação para o Desenvolvimento da África e o Papel do Professor no Século XXI 2

INTRODUÇÃO
Ao falarmos da Educação em Moçambique de modo
particular, estamos, desde já, nos referindo do ensino e da
pesquisa como seus sinónimos.
•Quais são os novos paradigmas a incorporar no nosso
sistema de ensino, nos nossos currículos e em todo o
processo de ensino a aprendizagem?
3O contributo da Educação para o Desenvolvimento da África e o Papel do Professor no Século XXI

INTRODUÇÃO
A minha abordagem enquadra-se no sistema educativo, e
tem em conta a contribuição dos agentes da educação
como a família, a escola e a sociedade em geral, nos
desafios actuais da sociedade moçambicana, como por
exemplo o desenvolvimento do próprio moçambique.
O objectivo com este tema ou com este debate é colher
dos profissionais do processo do ensino a aprendizagem,
alguns argumentos, alguns pressupostos, no intuito de
contribuir para uma resposta, aos desafios que o mundo
de hoje nos impõe. O Mundo da globalização. O mundo
que nos impõe a uma vivencia intima das variadas
simbologias exteriores às nossas Culturas.

INTRODUÇÃO
Portanto, é uma aventura para todos nós e permanece como
desafio, deste modo, aprofundamento e a continuidade do
diálogo sobre o mesmo tema.
Metodologicamente o tema será desenvolvido nos seguintes
pontos:
1. Historial da Educação e do professor em África
/Moçambique;
2. A Educação e as sociedades africanas;
3. O Papel do professor no Processo Ensino a
aprendizagem;
4. Os Desafios do professor no Século XXI
5. Conclusões (Perspectivas).

1.BREVE HISTORIAL DA EDUCAÇÃO E DO
PROFESSOR EM MOÇAMBIQUE ( TRÊS
MOMENTOS DISTINTOS )
1.1. EDUCAÇÃO E PROFESSOR DO PERÍODO
COLONIAL:
No tempo Colonial, o Professor era visto como fonte de
saber e centro do conhecimento pelas populações da
comunidade Africana. Faziam parte da elite epistémica e
ao mesmo tempo eram reprodutores da ideologia Colonial,
servindo de elo de ligação entre o Regime Político Colonial
e as populações.

1.1. EDUCAÇÃO E PROFESSOR DO PERÍODO
COLONIAL:
E a Educação, nesta perspectiva, tinha um sentido
conotado, educar o homem moçambicano ( AFRICANO)
para apenas garantir a comunicação com os colonos,
respondendo assim, os seus interesses. Interesses de
exploração das riquezas africanas e/ou moçambicanas.
Não educar o homem para instruir, ou para dotar-lhe de
ferramentas necessárias para compreensão cósmica ( nos
aspectos culturais, etno-políticos e etno-económicos) do
ente ( SER) pensante moçambicano.

1.2. EDUCAÇÃO E PROFESSOR DO PERÍODO PÓS-
COLONIAL
O Professor é repreparado para assegurar a
independência Nacional. Tinha como desafio, preparar o
homem novo. Homem de ideologia e regime políticos
completamente novos. Preparar um homem em busca do
seu verdadeiro ser, da sua legítima existência, do seu
auto- descobrimento como membro integrante de uma
sociedade.

1.2. EDUCAÇÃO E PROFESSOR DO PERÍODO PÓS-
COLONIAL
O professor desprovido de meios didácticos apropriados
(porque tratava-se de um novo modelo de educação) tinha
a missão de desmitificar a ciência e arte do conhecimento
que durante o período colonial ficou oculto, ficou reservado
a um grupo restrito, dito de estudioso. ( Explo: a Educação
nas zonas libertadas ).

1.3. PROFESSOR DO PERÍODO DE PÓS PÓS-
COLONIAL
É importante inferir que, depois da Independências
africanas, os Países conheceram um rápido
desenvolvimento no sistema educativo, e um
desenvolvimento sócio-cultural. Moçambique por exemplo,
É um Moçambique caracterizado por multiculturalismo
acentuado, como resultado da globalização.

1.3. PROFESSOR DO PERÍODO DE PÓS PÓS-
COLONIAL
Sendo assim, o professor, vendo-se confrontado com a
diversidade cultural, sócio-política, Etno-linguística,
religiosa (elementos que criam pressão na própria forma
de ser do professor), busca novas didácticas para
responder estes imperativos categóricos.

2. A EDUCAÇÃO E AS SOCIEDADES
AFRICANAS
Como sabemos, o processo de educação e socialização
começa em criança na família, e prossegue na fase adulta,
através da contribuição para a construção de uma sociedade
capaz de satisfazer as determinações políticas e sociais
legalmente instituídas.
A educação constitui um processo formativo sistemático e
sequencial que ocorre em determinados momentos, em
contextos específicos, durante períodos temporais definidos,
através de pessoas especialmente preparadas para a tarefa de
ensino – aprendizagem, segundo estruturas e esquemas
organizativos, de modo a avaliar e certificar a aquisição de
qualificações previamente definidas (conhecimentos, aptidões e
atitudes). (Ribeiro, 1990: 32) .

AFRICANAS
Segundo este autor, há duas principais funções da
educação: instrução (ou ensino) e socialização. Isto
significa que a escola para além de proporcionar ao aluno
aprendizagens formalmente estabelecidas para o processo
de ensino - aprendizagem, sistematiza a socialização
iniciada na família na forma de normas de conduta e
social.
Actualmente, o professor parece enfrentar vários desafios
na escola. A integração regional, com particular enfoque
para a livre circulação de pessoas e bens na nossa regiao,
região da SADC, constitui um exemplo concreto. Isto pode
implicar transformações curriculares com vista a
harmonização dos programas de ensino.

AFRICANAS
A livre circulação de pessoas e de bens na SADC exige
dos cidadãos dos países desta comunidade, esforços para
competirem com os outros em vários domínios da
formação profissional, como é o caso da língua.
Assim, a intervenção do professor será fundamental para
garantir competências linguísticas e comunicativas dos
alunos. No que diz respeito aos bens, considerando a
existência de uma zona de livre circulação, os
consumidores preferirão logicamente produtos de melhor
qualidade.

AFRICANAS
Isto implica que a escola tem de estar preparada para
formar cidadãos capazes de produzir bens de qualidade.
Neste sentido, caberá ao professor incentivar a busca de
conhecimentos para ajudar o aluno a sair da escola com
competências para produzir com qualidade.
A escola deve abrir-se ao mundo e permitir a interacção, a
partilha de saberes e a sua divulgação. Estes
procedimentos, constituem elementos integrantes para o
desenvolvimento da África e de Moçambique.

AFRICANAS
Neste processo de ensino a aprendizagem, todas
as formas de conhecimento e capacidades
cognitivas estão contextualizadas em situações
sociais. Assim, o professor, enquanto alguém
comprometido com a difusão do conhecimento,
em todos os níveis do ensino, (primário,
secundário e superior), deve ser também um
produtor do mesmo conhecimento. Deve ser
pesquisador.

AFRICANAS
O professor deve fazer da pesquisa um princípio
educativo, aliando a este a criatividade e visando
atingir no educando a autonomia intelectual.
Isso traz implicações e responsabilidades, como:
a)Avaliar a capacidade de questionamento do aluno;
b)Fazer com que o aluno saiba identificar as fontes de
informação e conhecimento que podem ser utilizadas
para levar o processo de pesquisa a bom termo
(bibliotecas, acervos culturais, museus, internet etc);
c)Incentivar o trabalho do aluno com o uso da
tecnologia disponível;

AFRICANAS
O professor deve fazer da pesquisa um princípio
educativo, aliando a este a criatividade e visando
atingir no educando a autonomia intelectual.
Isso traz implicações e responsabilidades, como:
d) Possibilitar o estabelecimento de uma postura
de trabalho no tratamento metodológico dos
aspectos científicos.

AFRICANAS
O professor deve ter uma postura filosófico-hermenêutica
diante do conhecimento, da cultura e da sociedade.
Isto significa que, em relação à postura do professor diante
dos desafios da produção do conhecimento, referem-se a
dois pontos centrais:
O amor à sabedoria( vontade de saber mais ) e;
A capacidade de interpretação do conhecimento de forma
interactiva, tanto de sua área de formação, quanto no sentido amplo
do conhecimento, além da capacidade de interpretação da cultura e
da sociedade da época em que ele vive.
O conhecimento produzido e difundido pelo professor deve
ter um compromisso com a melhoria da qualidade de vida
da sociedade em geral.

3. O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO
ENSINO E APRENDIZAGEM.
Neste ponto, proponho-me a reflectir não só sobre «o
papel do professor na educação em Moçambique»
mas num contexto generalizado. A minha abordagem
enquadra-se no sistema educativo, e tem em conta a
contribuição dos agentes da educação como a família,
a escola e a sociedade em geral, nos desafios actuais
da sociedade moçambicana, e do mundo, como por
exemplo o combate à pobreza, como me referi
anteriorimente. Esta opção deve-se ao facto de a
actividade do professor ser regulada pela sociedade e
reflectir as actividades que o homem realiza, seus
desejos, seu comportamento e atitudes.

Neste ponto avanço as seguintes perguntas:
 O que podemos dizer do papel do professor?
 Sua influência sobre o desenvolvimento da personalidade do aluno
é relevante?
A tarefa relevante nesta era de rápida mudança
social, intelectual e tecnológica é tornarmo-nos
conscientes das bases sobre as quais avançamos;
tornar o nosso próprio pensamento educativo tão
explícito quanto possível e expandi-lo para um
diálogo social mais amplo.

Os professores estão envolvidos num papel
central em tudo isto, pois é sobre eles que recai a
tarefa de pôr em prática qualquer forma de
educação que procuremos desenvolver. Neste
ambiente moderno, os professores já não podem
ser funcionários cegos; a sua tarefa está a tornar-
se crescentemente mais difícil, de muitas
maneiras.

Quer a teoria quer a bibliografia moderna acerca da
educação aumenta continuamente a um ritmo cada
vez mais acelerado, pelo que somos agora
confrontados com a difícil situação de que quanto
mais sabemos acerca do processo educativo mais
exigente se torna a tarefa de avaliar as diferentes
alternativas e os diferentes paradigmas.
Isto traz consequências sérias. Em primeiro lugar,
significa que o estudo da educação como um
processo social fundamental se está a transformar
numa actividade extremamente sofisticada,
especialmente dado que a educação se está a tornar
cada vez mais institucional e formal.

E isto significa, por sua vez, que todos aqueles
que participam no processo educativo, e
particularmente quem é responsável por fornecer
liderança — principalmente os professores, no
sentido mais lato do termo — têm de alcançar um
elevado grau de consciencialização e de
compreensão das questões em causa.

Geralmente, pensamos que um professor é uma pessoa
que se situa diante de uma turma de alunos, no processo
formal, e instrui a partir de uma posição de autoridade
intelectual e social.
Mas nesta época de transformação rápida da sociedade e
de gradual extensão e formalização do processo educativo,
seria bom que compreendêssemos que há várias maneiras
pelas quais uma pessoa pode actuar como professor.
Quando os arquitectos, por exemplo, nos falam das
consequências ambientais de determinados edifícios e nos
impelem a actuar de determinada maneira estão a actuar
como professores.

À medida que a nossa sociedade se torna mais complexa
e independente, a vocação para ensinar, sejam quais
forem as finalidades e os estilos do ensino, tornar-se-á
mais importante. Por isso, os professores actuais precisam
de muito mais do que apenas a aquisição de um conjunto
de técnicas e de um corpo de conhecimento relevante.
Precisam de um ponto de vista pessoal acerca da sua
função como professores e da razão de ser que subjaz à
sua função.
Os professores de hoje estão obrigados a organizar por si
o que é importante na educação e qual o papel que ela
deve desempenhar para o desenvolvimento da sociedade.

4. OS DESAFIOS DE SER PROFESSOR NO
SÉCULO XXI
“ O Século XXI está apenas começando, mas por
enquanto ele ainda tem a mesma cara do século
passado. No curto prazo, as orientações que
desejamos para a formação dos professores não
diferem radicalmente daquelas que foram propostas
há cinco anos. Quanto ao tipo de professores que
devem ser formados para 2100, ou mesmo 2050,
seria preciso ser adivinho para responder a essa
questão. No futuro, a escola pode desaparecer e o
ensino pode ser mencionado como uma daquelas
profissões do passado, tão comoventes por terem
caído no desuso.(…)

SÉCULO XXI
Podemos imaginar que em 2100 não haverá mais
escola porque a humanidade terá finalmente
conseguido destruir o planeta, ou estará sob o
controle de extraterrestres que dispõem de
recursos mais sofisticados para dominar actos e
espíritos.De forma menos dramática, podemos
imaginar que os seres humanos, por meio da
genética ou da informática, terão podido livrar-se
da laboriosa aprendizagem que conhecemos nos
dias de hoje e que as neurociências permitirão
dominar a memória de maneira mais directa e
menos aleatória.

SÉCULO XXI
Também podemos imaginar que encontraremos
salas de aulas um pouco mais bem equipadas que
as salas de hoje, porém, as práticas continuarão
baseando-se fundamentalmente na palavra e nas
trocas entre um professor e um grupo de alunos,
mesmo no caso de uma classe virtual, em que os
alunos encontram-se fisicamente dispersos por
todos o cantos do planeta, cada um deles falando
sua própria língua e compreendendo todos as
outras graças a um chip de tradução simultânea
…” ( PERRENOUD, 2002:11).

SÉCULO XXI
Na hermenêutica deste trecho, surgem perguntas
axiológicas, tais como:
Como lidar com o acúmulo de informação, com a
velocidade da tecnologia, com a transformação
constante da prática pedagógica e como
descobrir o papel do professor no século XXI? Ou
simplesmente,
O que é ser professor no século XXI?

SÉCULO XXI
Estas são algumas perguntas para as quais não há
resposta fácil. Mas uma coisa é certa, o nosso tempo,
caracterizado por mudanças constantes e velozes,
traz desafios para o professor e o estimula a repensar
continuamente sua prática. Para isso, o professor do
Século XXI deve ser caracterizado de pelo menos de
6 aspectos fundamentais:
1. TER UMA BOA FORMAÇÃO (manutenção do
conhecimento);
2.USAR AS NOVAS TECNOLOGIAS DE ENSINO
(acompanhar a dinâmica dos meios didácticos);

SÉCULO XXI
3.ACTUALIZAR-SE NAS NOVAS DIDÁCTICAS
(informar-se sobre novos paradigmas do sistema
educativo);
4. TRABALHAR EM EQUIPE (partilha do
conhecimento e da concepção dos modelos
pedagógicos);

SÉCULO XXI
5. PLANEAR E AVALIAR SEMPRE (monitoria de todo
processo de ensino aprendizagem);
6. TER ATITUDE E POSTURA PROFISSIONAIS
(apropriar-se da deontologia professoral, ética de
trabalho, respeito pelos direitos humanos e dos
valores da cultura).

SÉCULO XXI
O Professor logo a prior, deve ter em conta que a rapidez
das mudanças, no mundo de hoje, é quase sufocante e é
preciso descobrir como lidar com o acúmulo de
conhecimento. O professor do século XXI deve incorporar
toda a produção intelectual dos séculos passados e seu
desafio será de se formar e transformar sua prática
constantemente, levando em conta as produções culturais
e históricas actuais.
O professor do século XXI está enraizado no presente
dinâmico e no processo de constituição de conhecimentos
e valores éticos, estéticos e políticos que emergem na
realização da prática educativa, presencial ou à distância,
a partir de interacções recorrentes com o meio.

SÉCULO XXI
Neste contexto, os diferentes sectores da sociedade
também têm responsabilidades, como mobilizar o poder
público a promover acções concretas, ou seja, políticas
públicas, tornando-se co-responsável. Também lhes cabe
denunciar formas de controle, que utilizem as tecnologias
para concentrar poder e conter a criatividade e a
inventividade.
Em suma, o presente século traz questões que demandam
novas atitudes por parte do docente. Ele deve estar aberto
às novas tecnologias e linguagens, mas sem perder as
suas raízes, seus valores, sua vivência. O professor deve
pensar quais são seus desafios frente à velocidade e frente
às novas tecnologias.

5. CONCLUSÕES (PERSPECTIVAS)
O conhecimento tem presença garantida em qualquer
projecção que se faça do Futuro. Nesse contexto, as
perspectivas para a educação no Século XXI são
optimistas. As perguntas que devem ser fitas são:
qual educação? qual escola?, qual aluno?, qual
professor?, qual currículo?, qual sistema de ensino?
A velocidade das mudanças e as transformações
sociais, nos leva compreender a educação no
contexto da Globalização e na sua alternativa como
um fenómeno humano. Deve-se pensar numa
educação voltada para um outro mundo possível, uma
educação para a sustentabilidade.

No Século XXI, numa sociedade que utiliza cada vez mais
as tecnologias da informação, a educação tem um papel
decisivo na criação de outros mundos possíveis, mais
justos, produtivos e sustentáveis para todos.
Educar para um outro mundo possível significa que a
própria educação supõe que o projecto de mudança do
mundo implica uma visão educacional.
Educar para um outro mundo possível é educar para
dissolver o poder, para democratizá-lo radicalmente.
Educar para um outro mundo possível é tornar visível o
que foi escondido para oprimir, é dar voz aos que não são
escutados.

Educar para um outro mundo possível deve incluir
uma pedagogia das ausências, isto é, mostrar o
que foi ausentado historicamente pelas culturas
dominantes, é recuperar a dimensão humanista
da educação, através da formação para a
consciência crítica.
É educar para produzir formas cooperativas de
produção e reprodução da existência humana,
educar para a autodeterminação.

FIM
O contributo da Educação para o Desenvolvimento da
África e o Papel do Professor no Século XXI
39

MUITO OBRIGADO
NACALA, AOS 09 DE MAIO DE 2015
MA. INÁCIO TARCÍSIO
40

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