O chamado à maturidade cristã na Carta aos Hebreus
1. Lição 8
CCAARRTTAA AAOSOS HH EEBBREREUSUS
ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL
CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO
PROFº: FRANCISCO TUDELA
2016
PIBPENHA -SP
Menorá – Ex 25.32
4. O NOME DA CARTA
"Hebreu" era o nome dado aos israelitas pelas nações
vizinhas, vem da raiz “a-vár”, que significa “passar,
transitar, atravessar, cruzar”.
Nome associado a viajantes, aqueles que “passam adiante”.
Os israelitas por um tempo levaram uma vida nômade.
Deriva desta raiz o nome Éber ou Héber, que significa
"homem vindo do outro lado do rio" (Jordão ou Eufrates)
Gn.10.21,24; 11.14-26; Js.24.2.
“Hebreu” era um termo que mais se referia a uma classe
social do que a uma etnia, designava um grupo sem
propriedade, dependente, imigrante (estrangeiro). Era
usado como termo pejorativo. (Bíblia de estudo arqueológica)
5. Abraão foi o primeiro a ser chamado de "hebreu“ Gn 14.13.
Há várias designações para o povo com a mesma identidade
religiosa e cultural, não é um povo no sentido racial:
- Hebreu: designa os descendentes de Abraão
- Israelita: aquele que pratica a religião.
- Judeu: o remanescente do reino de Judá.
6. Depois do cativeiro a maior parte dos que regressaram a
Canaã eram da tribo de Judá - os judeus.
Então, "judeu" tornou-se um sinônimo de israelita, já
que quase todos os israelitas eram da tribo de Judá, e
tem esse mesmo sentido genérico até hoje.
No NT, hebreu passa a designar aquele israelita que fala
aramaico e é apegado ao judaísmo ortodoxo, e
israelita aquele que fala grego, foi influenciado pela
cultura grega (helenista), e pratica o judaísmo.
Nesse sentido, em Fp 3.5 e II Co 11.22, o apóstolo Paulo
cita com orgulho o fato de ser "hebreu" , assim como
o eram seus pais.
7. Destinatários - Motivos
O título endereça a carta a toda a comunidade hebraica, ou a
um grupo específico que o autor conhecia.
Crentes antigos que já deviam ser mestres. 5.12
Não se reuniam como igreja, daí a exortação em 10.25 para
não deixarem de congregar.
Pessoas convertidas a Cristo (10.19), que tinham um passado
de vínculo com o judaísmo.
Eram levados por ensinos novos e estranhos (13.9).
São generosos (6.10) e “são lentos para aprender” (5.11).
De um modo geral a carta trata da batalha que ocorre ao se
trocar um sistema religioso por outro.
8. Contexto social
Os destinatários foram abusados por causa da sua fé
e que reagiram bem ao confisco dos seus bens
(10.33, 34);
Quando um judeu deixava a fé de seus antepassados,
poderia ser penalizado dos seguintes modos:
• Privação do direito de herança pela família;
• Excomunhão da congregação local;
• Perda de emprego;
• Perda de bens;
• Tormento mental e tortura física;
• Ridicularização pública;
• Prisão.
9. Data e local
Não se sabe a data e local certos da carta.
Alguns de seus líderes já haviam falecido (13.7).
Timóteo estava vivo (13.23).
Ao citar um sacerdócio ativo no templo de Jerusalém
(10.11), e não fazer referência ao fim do sistema
sacrificial, indica que o Templo não fora destruído,
portanto anterior ao ano 70 dC.
Estes fatos sugerem ter sido escrita em torno do ano 65.
Local da escrita: Itália (13.24).
10. É o único livro da Bíblia de autoria desconhecida.
Em alguns manuscritos antigos encontra-se o título: "Epístola
de Paulo aos Hebreus”.
Alguns "pais da igreja" atribuiram a autoria a Paulo:
- 2Pe 3.15 Informa que Paulo escreveu aos judeus.
- Há uma referência a Timóteo (13.23).
- A epístola está dividida em dois blocos: doutrinário (cap 1 a
11), e prático (cap 12 e 13), que lembra o método Paulino.
Talvez Paulo a tenha escrito e, devido ao preconceito dos
judeus contra ele, tenha ocultado a autoria.
Por alguma razão o Senhor considerou
adequado manter o autor desconhecido.
Autoria
11. O livro de hebreus foi escrito por um
hebreu para outros hebreus para dizer-
lhes que deixassem de agir como hebreus.
Crentes judeus estavam retornando aos rituais judaicos para
que a comunidade não os discriminasse.
O autor é o Espírito Santo, os destinatários são todos os que
possam estar abatidos ou desanimados com o agir cristão, e
a época em que foi escrita é todo o momento em que é lida.
12. TEOLOGIA DE HEBREUS
As religiões tem princípios e mandamentos (leis) a serem
seguidos e pesam aquilo que a pessoa fez ou não fez.
Os hebreus cristãos ainda estavam apegados a personagens
do Velho Testamento: Abraão, Moisés, profetas, anjos, etc.
O cristianismo é a única religião “sem lei”, pois a ação vem de
dentro para fora, fruto do que Jesus fez pelo homem.
A carta apresenta Cristo como sendo:
• Filho de Deus (divino) - 4.14
• Sumo sacerdote para sempre - 6.20
• Autor da salvação - 2.10.
• Autor e consumador da fé. - 12.2. etc...
Em Cristo Deus finda sua revelação que iniciara com as tábuas
da lei e “de muitas maneiras” pelos profetas.
Qualquer que fosse o método eram revelações preliminares,
progressivas e muitas.
13. Estrutura da Carta
1. Prólogo: Deus tem falado pelo seu Filho (1. 1-4)
2. A superioridade do Filho
a. O Filho, superior aos anjos (1.5 ; 2.18)
b. O Filho, superior a Moisés (3.1 ; 4.13)
3. Jesus, o grande Sumo sacerdote
a. O Filho, superior ao sacerdócio de Arão (4.14 ; 7.28)
b. Jesus, mediador de uma nova aliança (8.1 ; 10.18)
4. Fé e fortalecimento no sofrimento
a. Exortação à fidelidade (10.19 ; 11.40)
b. “Olhando para Jesus” (12.1-29)
5. A vida cristã (13.1-19)
6. Epílogo (13.20-25)
14.
15. 1.2,3. Jesus tem categoria superior a qualquer outra:
1.4 Seja dos anjos (a Lei fora dada pelos anjos At 7.53; Dt 33.2
– nos manuscritos do mar morto há textos que citam o
arcanjo Gabriel como o grande personagem no reino
messianico– Sayão 171 )
3.3 Seja de Moisés.
8.1,2 Seja do sacerdócio levítico.
1.5 Jesus é filho de Deus e foi gerado de modo diferente de
nós “filhos de Deus”.
No hebraico filho não tem o sentido literal (ex. Santos
Dumond o pai da aviação), aqui tem o sentido de divino e
não de ter sido gerado por Deus na maternidade celestial.
1.6 Jesus é o unigênito ou primogênito?
Diz respeito a Jesus ser o principal.
Não no sentido que Jesus foi gerado primeiro e depois vieram
outros, no sentido de ter o direito sobre a criação.
16. Para criar o universo, mantê-lo e guiá-lo, teve apenas de falar,
pois nenhum problema moral estava envolvido.
Para aniquilar o pecado teve de morrer na cruz.
1.3 “... Ele se assentou à direita da Majestade nas alturas,”
não indica repouso, mas que a obra da redenção foi
completada.
2.3 Negligenciar tão grande salvação é mais sério do que
transgredir a Lei.
2.9,14,15,17 Por pouco tempo Jesus se colocou apenas como
homem para receber os pecados na cruz.
Venceu aquele que tem o poder da morte, lembrando que
morte é a alienação e distanciamento de Deus.
Com o pagamento das culpas do homem abre-se-lhe o
caminho para Deus.
Como Deus pode se tornar homem está além da
17. 4.1 Entrar no descanso de Deus, diz respeito à salvação.
4.4 O descanso de Deus, o descanso Sabático.
4.9 Descansar das obras da lei: desistir dos nossos méritos.
Assim como Deus descansou de toda a obra que criara, nós
também descansamos da nossa obra incompleta que não
nos salva, pois Cristo fez a obra redentora no nosso lugar.
4.11 Roubar, matar ... Há um pecado maior que outro?
O problema sério do homem não é sua doença, mas sua
indisposição com o remédio.
O pecado mortal e grave é a rejeição da oferta redentora,
terapêutica de Deus para o pecado: a desobediência.
4.12 Verso muito citado.
5.9 Aperfeiçoado, isto é cumpriu o projeto de redenção.
5.10 Acabou a burocracia, não mais intermediários e rituais,
Jesus abriu o acesso para Deus.
Pedimos que alguém ore por nós numa condição de
fraternidade, ninguém tem acesso privilegiado à Deus.
18. 6.4-12 : Perde-se a salvação?
5.11 Estes cristão não haviam crescido no evangelho.
O texto pode estar se referindo aos não crentes que
professam um cristianismo não verdadeiro (3.14).
Calvinistas crêem que Deus conduz o processo da salvação e
as pessoas tem pouca participação nisso.
Arminianos entendem que a responsabilidade é do homem:
salvação é como passar por uma porta, mas também é um
caminho.
APOSTASIA – rejeitar claramente o evangelho, VOLTAR ATRÁZ
A palavra correspondente ao verbo "cair" (para-peiontas) é
"desviar-se do rumo", e não indica uma ação sem retorno.
19. O fato de ser "impossível" que eles de novo se arrependam
indica a natureza do arrependimento que é para sempre.
Eles não necessitam arrepender-se novamente, já que isso foi
feito uma vez e é suficiente para a "eterna redenção"(9.12).
Os que se "desviaram"(queda) não precisam se arrepender de
novo para serem salvos, assim como não é mais necessário que
Cristo morra de novo na cruz (6.6).
Basta se reconciliarem.
4.13 Deus sabe onde há fé e onde há apenas concordância
intelectual.
convencidas não convertidas
20. A descrição dessas pessoas é compatível com um crente:
6.6 Tinham experimentado o "arrependimento”, que é
condição para a salvação (At 17.30);
6.4 Refere-se àqueles "que uma vez foram iluminados, e
provaram o dom celestial”;
6.4 Eles "se tornaram participantes do Espírito Santo”;
6.5 "provaram a boa palavra de Deus”;
6.5 E também "os poderes do mundo vindouro “.
Ler a questão de Tomé nos adendos.
Obs 6.1 Atos que conduzem à Morte se refere a quem deseja
e pratica as obras da carne (da nossa natureza/do mundo),
que nos afastam de Deus (morte espiritual).
21. 8.7 A Lei é uma perfeita expressão da justiça de Deus, é um meio
imperfeito para tornar o homem justo.
Isso não é uma falha na lei nem no seu propósito.
A lei não tem o propósito de revelar o pecado.
A lei não é um meio que capacita a vencer o pecado.
8.8 Jeremias (Jr 31.31) profetiza uma nova aliança.
8.10 A velha aliança foi imposta, vem de fora para dentro, a nova
aliança tem suas leis no coração, de dentro para fora.
8.11 Na 1ª aliança conhecia-se Deus pela tábuas da lei numa forma
externa, na 2ª aliança o conhecer vem de dentro, num
convencimento que vem do Espírito Santo. Para ter este
conhecimento a pessoa deve ouvir a palavra e aprendê-la.
Não estamos mais autorizados a praticar aquilo que fazia parte da
primeira aliança: sacrifícios, rituais....,
22. 9.9 O ritual Levítico era uma ilustração, uma “figura e
sombra” (8.5) do santuário celestial.
9.11 Passa do tabernáculo terrestre para o celestial.
9.14 A consciência nos alerta para o pecado.
9.15 Cristo resgata, também, os da 1ª aliança.
9.16,17 Testamento (em grego =aliança) só após a morte.
9.23 O pecado contaminou as coisas na terra. Jesus morre
pelos pecados do homem e também pelo mal no universo.
9.27 Morremos uma vez só (para quem tem medo da morte
isso já é um alívio), a ideia da reencarnação é que a pessoa
deve sofrer para pagar seus erros e desconhece o perdão.
9.28 Cristo é sacrificado como oferta “uma vez para sempre”.
10.4,5 Deus não quer sacrifícios e ofertas pelos pecados.
23. 10.25 Não é possível ser cristão autêntico sozinho em casa.
Como perdoar, como fazer a oração do pai nosso, como exercer
os dons, como contribuir para a obra de Deus?
Deve-se ser membro ativo numa igreja evangélica.
10.26,38 Sobre apostasia: quem compreendeu o evangelho e o
abandonou tem a condenação eterna.
11.1 A fé é também concretizar o que
não vemos – orar, pregar, cantar a
Deus, confiar em Deus, obedecer a Deus.
A parte da Bíblia que creio é aquela que pratico.
11.39,40 Os 1º hebreus, como nós, não tiveram prova daquilo
que não puderam ver, prosseguiram pela fé, não apostataram.
24. Fé não é crer no que não vimos, é criar o que não vemos.
É a capacidade de elaborar, construir, identificar aquilo que
seria ausente ou inexistente no nosso cotidiano.
Pela fé reconhece-se que o temporal e material não são mais
reais do que Deus: a fé concretiza Deus.
O “firme fundamento” é a palavra de Deus.
Fé é crer que o Senhor está no comando de todas as coisas,
em quem depositamos confiança.
Para conhecer Deus e nele crer, deve-se conhecer primeiro
aquele que foi enviado por ele, e nele crer.
25. Esperança... é um estado de espera, uma expectativa, “Ah, eu
espero que melhore, que funcione, que resolva”.
E se quem espera não tem maturidade para compreender que
a dor e as perdas fazem parte da vida, e abraça a esperança
como reação ao desespero, o resultado pode ser frustração
e revolta caso a expectativa não se cumpra.
Há quem tenha a esperança que o poder espiritual vá realizar
suas vontades e operar seu milagres, e se o milagre não
vem a pessoa se sente abandonada.
Esperança como a capacidade de olhar e reagir àquilo que
parece não ter saída é muito diferente de esperar.
Esperança é não se deixar abater e perseverar na dificuldade.
Fé... quem a tem confia em Deus e entende que as
dificuldades servem como aprendizado”
Uma postura realista faz com que a pessoa não se sinta
desamparada, mesmo quando a solução não é a desejada.
26. A IMPORTÂNCIA DA FÉ
• Somos justificados pela fé (Rm 5.1);
• Recebemos o Espírito Santo pela fé (Gl 3.14);
• Somos santificados pela fé (At 26.18);
• Somos guardados das tentações pela fé (1Pe 1.5);
• Pecados perdoados pela fé (Tg 5.15);
• Andamos como cristãos pela fé (2Co 5.7);
• Vencemos as dificuldades do agir cristão pela fé (Mc 9.23);
Pedir fé?
Só há uma maneira de obter a fé: “De
sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir
pela palavra de Deus.". (Rm.10.17).
27. 12.7,8,10 As provações tem a ver com a disciplina de Deus,
por ex. ao sermos tentados pelo pecado, Deus pode, para
participarmos da sua santidade, permitir que
experimentemos as consequências deste pecado.
12.11 O pecado turva a percepção do mundo.
Ao enfrentarmos dificuldades pelo fato de sermos cristãos
achamos que, ou estamos no caminho errado ou sendo
castigados por Deus.
28. Exortações para um proceder fiel.
13.3 Ore pelos crentes que são perseguidos.
13.4 Mantenha o matrimônio honroso.
13.5 Contente-se com as coisas que tem. Não negocie valores
éticos, valores pessoais e até a fé para ter mais recursos e
comprar bens materiais.
13.6 Fazer o que deve ser feito e descansar em Deus.
13.9 Separar o ensino correto. Rituais devem ser rejeitados.
13.16 Altruísmo: fazer o bem e repartir com os outros.
30. O fabricante de todos os seres humanos, está convocando as
unidades fabricadas, independente da marca ou ano,
devido a um grave defeito no componente principal e
central do coração, ocorrido nas unidades originais
chamadas Adão e Eva, resultando na reprodução do
mesmo defeito em todas as unidades subsequentes.
Este defeito foi tecnicamente denominado, PECADO (Peça
Enfraquecida Com Anomalias Detectadas no Original), cujo
sintoma principal é a perda de julgamento moral.
31. ALGUNS OUTROS SINTOMAS:
a. Adulterar
b. Conduta desenfreada
c. Idolatria
d. Inimizades
e. Rixas
f. Acessos de ira
g. Contendas
h. Divisões
i. Ódio
j. Inveja
k. Ganância
32. O fabricante, que não é responsável ou
culpado por este defeito, fornece reparo e
serviço, gratuito, para corrigir o problema
PECADO.
O contato com o fabricante é: ORAÇÃO.
Quando estiver conectado delete o executável
PECADO utilizando a ferramenta
ARREPENDIMENTO e colocando JESUS no
coração.
Depois carregue NOVA PERSONALIDADE.
33. Não importa o tamanho do defeito PECADO, a NOVA
PERSONALIDADE (também conhecida como nascer de
novo) o substituirá por:
a. Amor
b. Alegria
c. Paz
d. Longanimidade
e. Benignidade
f. Bondade
g. Fé
h. Brandura
i. Autodomínio
34. Leia o manual de instruções, a Bíblia, para maiores detalhes.
Aviso importante:
Continuar a operar a unidade humana sem correção, anula
a garantia do fabricante, expondo o proprietário a
perigos e problemas durante o período de uma vida e
depois desse período a unidade humana será
permanentemente recolhida do mercado
e rejeitada pelo fabricante.
35. Toda a Bíblia em um ano: De Colossenses a Apocalipse;
Dusilek, Darci; 6ª Ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal,
2005
Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed.
Sociedade Bíblica do Brasil; 2008
Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão
Internacional; São Paulo; Ed. Vida; 2001
MacDonald, Willian, Comentário Bíblico Popular, São
Paulo, Ed. Mundo Cristão, 1ª edição, 2008
BRUCCE, F. F. Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed.
Vida, 1ª edição, 2008
Reflexões extraídas da World Wide Web
Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial 35
38. O céu não é o nosso destino final
Morrer não é o oposto de viver, mas o oposto de nascer.
Ao morrer o cristão vai imediatamente para o céu: “desejo
partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23).
Um lugar seguro, livre do mal e da doença, até o retorno de
Jesus, uma espécie de “sala de espera”.
Por essa razão Jesus disse ao homem crucificado ao seu lado
“Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc
23.43), ou seja, não há espera, nem purgatório, nem
reencarnação, nem hibernação da alma.
O destino final é a terra nova e aperfeiçoada (Ap 21.1-22.5).
Quando Jesus retornar os cristãos receberão novos corpos
adaptados ao novo ambiente, “ressuscitados” (1Co 15.35-37).
39. QUEM FOI MELQUISEDEQUE – meu rei justo
Gn 14 Melquisedeque é citado como sacerdote pré-levítico.
Hb 7.3 – Os atributos sacerdotais de Melquisedeque
caracterizam alguém com natureza sobrenatural, atributos
de natureza divina; o autor os destaca para mostrar a
possibilidade de haver um sacerdote não sujeito à Lei dada
aos israelitas no Monte Sinai.
7.3 Melquisedeque não era Jesus (teofania), não era Sua
reencarnação, foi "feito semelhante“ a ele. Era homem 5.1
“rei de Salém”, Salém tem sido identificada com Jerusalém
apoiada na referência bíblica de Sl. 76.2, e pela antiga citação
a essa cidade nas cartas de Tell el-Amarna, do século XIV a.C.
Inscrições assírias refere-se a ela, muito antes do povo de
Israel vincular-se a ela, com os nomes Uru-salem e Uru-
salimmu
40. Duas linhas de sacerdócio são tratadas no livro de Hebreus:
terrena e celestial
O sacerdócio no período entre o Éden e o Sinai funcionava
através do sistema da primogenitura, assim nos dias de
Abraão cada homem era o sacerdote de sua casa e era
considerado direito de primogenitura.
Neste sistema há personagens como Noé (Gn 8.20); Jó
( Jó 1.5; 42.8); e o próprio Abraão (Gn 22.13).
Entre o Sinai e Cristo, Deus escolheu a tribo levita no lugar
dos primogênitos (Nm 3.45;18.15,16).
As características do sacerdote são descritas em 5.1-3
Não são mais necessários sacerdotes, Jesus é o nosso
sacerdote.
41. A “ordem de Melquisedeque” 5.6;6.20 não se refere a
algum tipo de sociedade secreta ou mística como a
Rosa Cruz, os Maçons ou os Templários.
Não é alguma organização preservada desde a
antiguidade, nem uma classe de sacerdotes na igreja.
A expressão “segundo a ordem de Melquisedeque”
significa que o sacerdócio de Jesus é do mesmo tipo,
parecido com o sacerdócio de Melquisedeque.
7.11-17 Quando lemos que Cristo é sumo-sacerdote
conforme a ordem de Melquisedeque, devemos
entender essa relação como uma mudança do
sacerdócio levítico para o de Cristo.
42. A questão do discípulo Tomé e a apostasia
A dúvida de Tomé em Jo 20.24,25
24 ...Mas ele lhes disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas
mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a
minha mão no seu lado, não crerei”.
Como pode um apóstolo de Jesus, da época da igreja primitiva, agir e
pensar assim?
27 E Jesus disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas
mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e
creia”.
28 Disse-lhe Tomé: “Senhor meu e Deus meu!
A gravidade do pecado da incredulidade, principalmente no caso de um
apóstolo, levanta uma expectativa de grande castigo divino.
Qual seria o veredito?
Arminianos pensariam que ele deveria perder a salvação.
Já os calvinistas afirmariam que Tomé não era um eleito.
Tomé não é fulminado pelos céus, nem recebe uma maldição.
Jesus lhe dá a oportunidade de dirimir suas dúvidas.(*)
*Extraído de Luiz Saião
43. SE O CRISTÃO DESOBEDIENTE NÃO PERDE A SALVAÇÃO, O
QUE ACONTECE A ELE?
(1)O cristão pecador fica excluído da comunhão com o Senhor
e com o seu povo (1Jo1.3-7).
(2)O cristão pecador é ajudado e amado por Jesus (1Jo2.1-2).
(3)O pecador cristão é castigado pelo Pai (He 12.5-11).
(4)O pecador cristão perde irreparáveis oportunidades de
servir e frutificar (Ef 5.14-17; Mt 9.36-38; 1 Te 5.4-10). O
pecador cristão pode ser perdoado, mas não pode
recuperar as oportunidades perdidas e as feridas que
causou por seus pecados.
(5)O pecador cristão sofrerá perda no trono do julgamento de
Cristo (2Co5.10; 1Co3.11-15; 1Ti6.17-19; 1Jo2.28).
43
44. Em 7.21 Cristo é o “sumo sacerdote” e em 9.26,28; 10.10 é o
“sacrifício” pelos nossos pecados Jesus é corretamente
representado por essas duas figuras.
7.25 Sacerdote por dirigir-se a Deus em favor do homem.
7.27 É o nosso sacrifício, por ter-se oferecido na cruz por
nossos pecados.
Ele é o ofertante e também a oferta; é o
que sacrifica e o que é sacrificado.
7.24,25 Jesus é o sacerdote permanente.
Cap 7 Ler nos adendos sobre Melquisedeque