2. Editorial
Na música “Timidez”, lançada na década de 80, a banda
Biquini Cavadão falou sobre a agonia de ser tímido, da
dificuldade em não ter voz e do medo em se declarar. A
poetisa brasileira, Cecília Meireles, considerada uma das
mais importantes representantes da literatura modernista,
também escreveu um texto sobre a timidez, em que ela
revelou o medo em dizer o que sentia ao seu amado. O
acanhamento é uma característica que qualquer um de nós
apresenta em algum momento da vida. Mas timidez em
excesso ou exibida de forma descontrolada pode prejudicar
o sucesso em qualquer área da vida. Sendo assim, a revista
Bem-Estar deste domingo traz uma reportagem que
desvenda a timidez. Especialistas ainda dão algumas dicas
para o tímido se libertar da timidez, que pode ser resumida
como um aprisionamento. Boa Leitura.
11
Psicólogo fala sobre a socidade consumista
e a cultura que nutre a infelicidade entre
homens e mulheres
12
Divulgação
Cria do teatro, Giulia Gam fala da
dificuldade para compor sua nova
personagem, Carlota, de "Boogie Oogie"
24
O centro-sul do Chile encanta pelos
lagos de Pucón e geleiras
na Patagônia
Poesia
ENTRE AMIGOS
Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha,
recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no
shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso
não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade",
que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para
a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e
diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai
além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem
a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não
valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas
pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se
serão varridos numa chuva de verão. Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro,
experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o
ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda
um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa
conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o
Réveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra
contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura
uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
MarthaMedeiros
Agência O Globo
Turismo
Rubens Cardia
Televisão
Como superar
a timidez
Josinel B.
Carmona
DIÁRIO DA REGIÃO
Diretor de Redação
Décio Trujilo
decio.trujilo@diariodaregiao.com.br
Editor-chefe
Fabrício Carareto
fabricio.carareto@diariodaregiao.com.br
Coordenação
Ligia Ottoboni
ligia.ottoboni@diariodaregiao.com.br
Editor de Bem-Estar e TV
Igor Galante
igor.galante@diariodaregiao.com.br
Editora de Turismo
Cecília Demian
cecilia.demian@diariodaregiao.com.br
Editor de Arte
César A. Belisário
cesar.belisario@diariodaregiao.com.br
Pesquisa de fotos
Mara Lúcia de Sousa
Diagramação
Cristiane Magalhães
Tratamento de Imagens
Edson Saito, Luciana Nardelli
e Luis Antonio
Matérias
Agência Estado
Agência O Globo
2 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
3. Comportamento
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 3
POSTAROU
NÃOPOSTAR
Um futuro cada vez mais cheio de amigos, mas com pouca privacidade
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Acredite, o que você posta nas redes sociais pode,
sim, influenciar no seu trabalho. Essa questão é cada
vez mais usual para as pessoas, em função da amplitude
que esses meios de comunicações tomaram. "O que você
coloca em suas redes sociais pode ter reflexo em sua vi-da
pessoal", diz o consultor em gestão de projetos Ricar-do
Barbosa, diretor executivo da Innovia Training &
Consulting .
E a explicação de Barbosa é simples: vivemos uma
realidade na qual o que se fala, o que se curte ou quem
segue, e tudo mais, pode ser usado a favor e contra pro-fissionalmente.
"Vejo muito isso em contratações, em
que as áreas de recursos humanos já utilizam desse arti-fício",
complementa.
Frases mal postadas, preconceito, xingamentos e de-clarações
desnecessárias pegam muito mal. Sem contar
que sempre se deve buscar escrever de forma correta.
Pense sempre que as redes sociais segue a vida real,
assim, pense quais situações não seriam adequadas to-mar
na frente de seus pares do trabalho e reproduza esse
conceito para as redes socais.
São inúmeras as situações a serem evitadas. Para pos-tar,
basta ter bom senso e utilizar as redes sociais com
inteligência, tendo a consciência do impacto das suas
ações. Coloque em uma balança, os pontos positivos e
negativos de uma postagem. As pessoas hoje tem acesso
ao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem.
Baladas e Bebedeiras
Exemplos recorrentes são os impactos de constantes
fotos no Facebook - ou outras redes - de bebedeiras, ba-ladas
e 'pegação'. Não cabe a ninguém julgar o estilo de
vida das pessoas, mas expor o mesmo de forma inade-quada
trará consequências negativas para imagem de
um profissional. O compartilhamento de informações é
muito rápido, e com isso também é muito fácil ser visto
e ser alvo de entendimentos errôneos nas redes sociais,
não que isso seja correto, mas é recorrente as pessoas
avaliarem os profissionais pelo que observam em fotos.
Antes de tirar qualquer foto tenha em mente que você
será julgado por ela. Um erro comum é a pessoa blo-quear
o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociais
e achar com isso que está segura. Outras pessoas pode-rão
compartilhar a mesma foto.
Adicionar ou não adicionar superiores
Ponto bastante complexo, a respostas dependerá da
relação que se tem com a pessoa. Tenha uma posição
passiva, mas, caso seja convidado pelo chefe, reco-mendo
que o adicione, pois, mais do que o lado pro-fissional,
estamos sempre lidando com indivíduos,
que possuem em suas personalidades características
diversas. Tenha em mente que o fato de não aceitar
uma solicitação pode ser levado como uma ofensa,
ou com o fato que tem muito a esconder, criando um
desconforto não adequado.
Se não quer adicionar, deixe claro de forma indi-reta
que não gosta de ter colegas de trabalho em suas
redes sociais. Outro ponto é também se conter. Não
é porque começou um novo emprego ou tem uma no-va
rede social que deve chamar todos para serem
seus amigos. A pessoa também pode não gostar de
ser adicionado e ficar assim em uma saia justa. Bus-que
convidar para suas redes pessoas com quem real-mente
tenha relacionamento.
Uma rede profissional e outra pessoal
Criar duas redes sociais é uma boa saída para quem
quer privacidade, mas não é garantia nenhuma, de acor-do
com Ricardo Barbos. Sempre haverá os que vão que-rer
participar das duas redes e também os que irão aces-sar
todas, buscando saber o que você faz de sua vida.
“Não se iluda com soluções simplistas, a postura preven-tiva
é a melhor saída.”
4. Casos extraconjugais costumam
ocorrer quando um parceiro não
dá aquilo de que o outro mais
precisa. Sendo assim, como
blindar essa relação?
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Quando um homem e uma mulher se casam, ambos
têm grandes expectativas. Eles se comprometem a satis-fazer
as necessidades um do outro de forma exclusiva.
Ambos concordam em ser fieis, não dando a mais nin-guém
o direito de atender a essas demandas íntimas.
Isso não significa que tudo o que precisa será satis-feito
pelo cônjuge, mas há algumas necessidades bási-cas
que a maioria de nós reserva estritamente para o re-lacionamento
conjugal.
Quase todos os que se casam esperam que o parcei-ro
(ou parceira) o satisfaça. Mas geralmente, a ignorân-cia
contribui para o fracasso, porque homens e mulhe-res
têm muita dificuldade de entender e reconhecer o
valor e a necessidade um do outro. Ambos costumam
tentar atender às necessidades que eles valorizam para
si próprio e não conseguem fazer o outro feliz.
Maridos e mulheres têm carências (não necessaria-mente
sexuais) que, quando não são atendidas dentro
do casamento, acabam buscando alguém fora para
satisfazê-las. E isso parece o fim de tudo.
Muitas pessoas podem acreditar que não existem
maneiras de salvar um casamento em crise, mas o
Relacionamento
CASAMENTO
À PROVA
DE
TRAIÇÃO
4 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
5. psicólogo norte-americano
Willard F. Harley Jr., mostra
que não apenas é possível sair da
crise como também evitar que
ela aconteça.
Em seus quase 30 anos de ex-periência
como terapeuta de ca-sais,
o autor descobriu o que faz
uma relação dar certo - e o que
pode fazê-la dar completamente
errado.
No livro Casamento à Prova
de Traição, lançado em julho pe-la
editora Sextante, o autor expli-ca
que todas as pessoas têm algu-mas
necessidades emocionais bá-sicas,
e elas esperam que essas ne-cessidades
sejam supridas pelo
parceiro depois do casamento. Se
isso não acontece, inicia-se um
processo de frustração, mágoa e
desencantamento que muitas ve-zes
dá origem às relações extra-conjugais
ou ao divórcio.
Na obra, o autor apresenta as
10 necessidades emocionais mais
comuns de homens e mulheres, en-tre
elas a satisfação sexual, conver-sa
íntima, companheirismo no la-zer,
honestidade, franqueza, atra-ção
física, apoio financeiro, apoio
doméstico, compromisso com a fa-mília
e admiração. Ele garante ain-da
que reconhecer as próprias ne-cessidades
e estar disposto a suprir
as do parceiro, são os principais in-gredientes
de um relacionamento
longo e feliz.
Evitar o risco de um caso extra-conjugal
não é o único fator que de-ve
ser levado em consideração na
hora de atender as necessiddes
emocionais do parceiro. Elas de-vem
ser atendidas, segundo o au-tor,
primeiro porque o casamento
é uma relação muito especial e
quando satisfazem as necessidades
emocionais um do outro, vocês
criam e sustentam um sentimento
de amor mútuo, que é essencial pa-ra
um casamento bem-sucedido.
Talvez você ainda esteja se per-guntando:
devo temer que meu
cônjuje tenha um caso extraconjul-gal
se eu não estiver satisfazendo
suas necessidades? Ele deve temer
que eu tenha um caso se minhas ne-cessidades
não forem supridas? Se
estiver se referindo as necessida-des
descritas neste livro, a resposta
é sim, diz o autor.
Isso pode não ser uma boa notí-cia.
Mas e o compromisso e a con-fiança,
você pode perguntar. Co-mo
um casamento pode funcionar
se os parceiros não confiam um no
outro? O próprio autor responde.
Sou totalmente favorável ao com-promisso
e concordo que confian-ça
é um elo vital no casamento mas
se qualquer uma das necessidades
emocionais básicas de um cônjuje
não for atendida, essa pessoa fica
vulnerável à tentação de um caso
extraconjugal, explica
Traduzido para mais de 20
idiomas e com três milhõeões
de exemplares vendidos no
mundo, o livro traz questioná-rios,
exercícios, estratégias prá-ticas
e histórias reais para aju-dar
os leitores as vencer esses
obstáculos e fortalecer sua
união, de forma que nenhum
dos dois se sinta tentado a bus-car
numa terceira pessoa algo
que falta em casa.
O livro vai diretamente ao
cerne da questão, àquilo que tor-na
um casamento bem sucedido
- o sentimento de amor. Em to-dos
esses anos que trabalhei co-mo
terapeuta, nunca aconse-lhei
um casal apaixonado que
quisesse realmente se separar,
mas já trabalhei com muitos ca-sais
a ponto de se divorciar,
mas que tinham carinho um pe-lo
outro e uma excelente capaci-dade
de resolver problemas, ga-rante
o autor.
Willard F. Harley Jr é psicólogo,
terapeuta de casais e autor de
vários livros sobre
relacionamentos. Ele e sua
mulher, Joyce, apresentam um
programa de rádio chamado
Marriage Builders e moram em
White Bear Lake, Minnesota.
OHOMEMIRRESISTÍVEL
1 - Carinho
Omarido diz à esposa que gosta dela
por meio de palavras, cartões, flores,
presentes e outras gentilezas. Ele a abraça e a
beija várias vezes por dia, criandoum
atmosfera de carinho que repetidamente
expressa o amor por ela
2 - Conversa
Ele reservaumtempo todos os dias para
conversar a sós com ela. Eles podem
conversar sobre o que está acontecendoem
suas vidas, sobre os filhos, sobre seus
sentimentos e planos. Mas, qualquer que seja
o tópico, ela gosta das conversas porque o
tom nunca é de reclamação, crítica ou raiva, e
sim de informação construtiva. Ele pode trocar
ideias com o marido quando quiser, e ele
responde com interesse. Ele nunca está
ocupado demais para bater papo
3 - Honestidade e franqueza
Ele conta tudo a ela, sem esconder nada
que possa surpreendê-laumdia. Ele descreve
seus sentimentos positivos e negativos,
coisas que aconteceramemseu passado, as
atividades de sua agenda diária e seus planos
para o futuro. Ele nunca permite que ela tenha
umafalsa impressão dele e é sincero sobre
seus pensamentos, sentimentos, intenções e
comportamentos
4 - Apoio financeiro
Ele assume a responsabilidade de
sustentar a casa, sendo capaz de pagar por
alimentação, moradia e vestuário da família.
Se a renda é insuficiente para manter esse
sustento essencial, ele resolve o problema
obtendo qualificações paraumsalário mais
alto.Ohorário de trabalho não lhe toma tempo
demais - o que o manteria afastado da família.
Embora apoie a esposa caso ela queira ter a
própria carreira, ele não irá depender do
salário dela para pagar as despesas básicas
da família
5 - Compromisso com a família
Ele dedica tempo e energia suficientes
para o desenvolvimento moral e educacional
dos filhos. Lê para eles, ensina-os a praticar
esportes e os leva para muitos passeios.Com
a esposa, ele lê livros e assiste palestras
sobre desenvolvimento infantil, a fim de
aprender a educar melhor os filhos. Eles
discutem métodos e objetivos de treinamento
e a disciplina, até concordarememtudo
A MULHER IRRESISTÍVEL
1 - Satisfação sexual
A esposa atende a essa
necessidade, tornando-se uma excelente
parceira sexual. Juntos, aprendem a ter
um a relação sexual que ambos
consideram prazerosa e gratificante
2 - Companheirismo no lazer
Ela desenvolve interesse pelas
atividades relativas a lazer de que o
marido mais gosta e tenta praticar e
saber mais sobre elas. Se não gosta
dessas atividades, ela o estimula a
considerar outros que ambos possam
apreciar e executar juntos. Ela se torna a
companheira favorita do marido nas
horas de lazer e ele a associa a seus
momentos mais divertidos e relaxantes
3 - Atração física
Ela se mantém em boa forma física
com dieta balanceada e exercícios, e usa
o cabelos, as roupas e a maquiagem do
jeito que ele considera atraente e de bom
gosto. Ele se sente atraído por ela entre
quatro paredes e se orgulja da aparência
dela em público
4 - Apoio doméstico
Ela cria no lar um refúgio das
preocupações da vida. A esposa
administra as responsabilidades da
casa, de forma a fazê-lo passar mais
tempo em casa com a família
5 - Admiração
Ela entende e valoriza o marido mais
do que qualquer outra pessoa. Ela
continua a lembrá-lo de seu valor e de
suas realizações, ajudando-o a manter
sua autoconfiança. Ela evita criticá-lo.
Tem orgulho dele, não por obrigação,
mas pelo profundo respeito que sente
pelo homem que ela passou a conhecer
mais do que qualquer pessoa
Raio-X
COMO RESGATAR A IINTIIMIIDADE
E A ALEGRIIA DA ÉPOCA DO NAMORO
Identifique as suas necessidades emocionais e a do seu parceiro, e, a partir daí,
trace estratégias específicas para que vocês dois consigam suprir os anseiosumdo outro
Evite fazer exigências, desrespeitar o outro, expressar raiva e remoer
os mesmos erros passados ou presentes
Aprenda a demonstrar seu amor de modo mais criativo e eficaz,
eliminando os problemas que dão origem às crises conjugais
Fonte: extraído do livro Casamento à Prova de Traição, de Willard F. Harley Jr.
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 5
6. Romances e alguns dramas trazem cenas inesquecíveis e
servem para inspirar e reacender a paixão dos casais
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Quer fazer seu relacionamento
dar certo? A ciência garante que tem
uma fórmula mágica para que isso
aconteça: veja pelo menos cinco fil-mes
por mês junto com seu amor. Is-so
diminui pela metade o risco de se-paração.
Bem, pelo menos é o que ga-rante
um estudo da Universidade
de Rochester, nos Estados Uni-dos,
que mostra que os filmes sen-timentais
feitos em Hollywood po-dem
ajudar a fortalecer relaciona-mentos
na vida real (o que seria
uma média de aproximadamente
um filme por final de semana), e
terem umas discussão de cerca de
35 minutos para treinarem a com-preensão
diante das dificuldades.
Os resultados mostram que a
abordagem barata, divertida e rela-tivamente
simples, pode ser tão
eficaz quanto outros métodos
mais intensivos conduzidos por te-rapeutas
que reduzem a taxa de di-vórcio
ou separação de 24% para
11%, depois de três anos. Nós
achávamos que o tratamento
com filmes ajudaria, mas não
tanto quanto os outros progra-mas,
diz Ronald D. Rogge,
professordepsicologianaUniver-sidade
de Rochester e principal
autor do estudo.
Os cientistas convidaram
para a pesquisa 174 recém-casa-dos
e descobriu que aqueles que
assistiram e conversaram sobre
questões levantadas em filmes como
Flores de Aço e Love Story, por
exemplo, tinham menos chances de
se separar do que casais em um gru-po
de controle. Surpreendentemen-te,
a intervenção de Love Story foi
tão eficiente em manter casais jun-tos
quanto dois métodos intensivos
conduzidos por terapeutas.
Apesar de os resultados serem preli-minares,
os pesquisadores dizem que
têm implicações importantes para o
aconselhamento de casais com proble-mas
de relacionamento. A intervenção
com filmes pode se tornar uma opção
de autoajuda para os que relutam em
iniciar sessões formais de terapia, ou
àqueles que moram em áreas com me-nos
acesso a terapeutas.
Um filme é uma maneira não
ameaçadora de iniciar a conversa,
disse Ronald D. Rogge, professor de
psicologia na Universidade de Ro-chester
e principal autor do estudo.
Isso é realmente empolgante - ressal-ta-
pois torna muito mais fácil atin-gir
os casais e ajudá-los a fortalecer
seus relacionamentos em ampla esca-la.
Os resultados - garantem os pes-quisadores-
sugerem que os maridos
e esposas têm noção de que pode-riam
estar fazendo de certo e errado
em seus relacionamentos. Assim, vo-cê
pode não precisar lhes ensinar
um monte de habilidades para redu-zir
a taxa de divórcio. Você só preci-sa
fazê-los pensar sobre como estão
se comportando. É incrível que cin-co
filmes nos deem uma vantagem
que dura por mais de três anos, co-memora
Rogge.
Rogge e o autor sênior Thomas
N. Bradbury, diretor do Rela-tionship
Institute da University of
California, em Los Angeles, publica-ram
as descobertas na edição da re-vista
The Journal of Consulting
and Clinical Psychology em dezem-bro
do ano passado.
Filmes úteis
Ao determinar a lista de filmes
que poderiam ser úteis a casais, os
pesquisadores eliminaram comédias
românticas populares como Sinto-nia
de Amor ou Harry e Sally - Fei-tos
um para o Outro. Em vez disso,
eles fizeram uma lista de filmes que
mostram casais em pontos altos e
baixos de suas relações. Segundo Ro-gge,
Hollywood pode colocar expec-tativas
bastante irreais nos relaciona-mentos
românticos. A ideia de que
você precisa se apaixonar de forma
fácil e instantânea não é uma realida-de,
e não é relevante para a maioria
dos casais que estão em um relacio-namento
há dois, três ou quatro
anos, explica.
A ideia de ver filmes é incrivel-mente
boa. É mais sensível e bem
mais barata, diz Thomas Bradbury,
um dos autores do estudo. Pois é, pa-rece
fácil melhorar um pouquinho
seu relacionamento. Da próxima vez
que for assistir a qualquer filme, fi-que
atento. Você poderá reconhecer
seus erros no casal da telinha. E o
que é melhor: poderá consertá-los.
Relacionamento
ÁGUA COM
AÇÚCAR
Stock images/Divulgação
6 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
7. Romances e alguns dramas trazem cenas inesquecíveis e
servem para inspirar e reacender a paixão dos casais
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Quer fazer seu relacionamento
dar certo? A ciência garante que tem
uma fórmula mágica para que isso
aconteça: veja pelo menos cinco fil-mes
por mês junto com seu amor. Is-so
diminui pela metade o risco de se-paração.
Bem, pelo menos é o que ga-rante
um estudo da Universidade
de Rochester, nos Estados Uni-dos,
que mostra que os filmes sen-timentais
feitos em Hollywood po-dem
ajudar a fortalecer relaciona-mentos
na vida real (o que seria
uma média de aproximadamente
um filme por final de semana), e
terem umas discussão de cerca de
35 minutos para treinarem a com-preensão
diante das dificuldades.
Os resultados mostram que a
abordagem barata, divertida e rela-tivamente
simples, pode ser tão
eficaz quanto outros métodos
mais intensivos conduzidos por te-rapeutas
que reduzem a taxa de di-vórcio
ou separação de 24% para
11%, depois de três anos. Nós
achávamos que o tratamento
com filmes ajudaria, mas não
tanto quanto os outros progra-mas,
diz Ronald D. Rogge,
professordepsicologianaUniver-sidade
de Rochester e principal
autor do estudo.
Os cientistas convidaram
para a pesquisa 174 recém-casa-dos
e descobriu que aqueles que
assistiram e conversaram sobre
questões levantadas em filmes como
Flores de Aço e Love Story, por
exemplo, tinham menos chances de
se separar do que casais em um gru-po
de controle. Surpreendentemen-te,
a intervenção de Love Story foi
tão eficiente em manter casais jun-tos
quanto dois métodos intensivos
conduzidos por terapeutas.
Apesar de os resultados serem preli-minares,
os pesquisadores dizem que
têm implicações importantes para o
aconselhamento de casais com proble-mas
de relacionamento. A intervenção
com filmes pode se tornar uma opção
de autoajuda para os que relutam em
iniciar sessões formais de terapia, ou
àqueles que moram em áreas com me-nos
acesso a terapeutas.
Um filme é uma maneira não
ameaçadora de iniciar a conversa,
disse Ronald D. Rogge, professor de
psicologia na Universidade de Ro-chester
e principal autor do estudo.
Isso é realmente empolgante - ressal-ta-
pois torna muito mais fácil atin-gir
os casais e ajudá-los a fortalecer
seus relacionamentos em ampla esca-la.
Os resultados - garantem os pes-quisadores-
sugerem que os maridos
e esposas têm noção de que pode-riam
estar fazendo de certo e errado
em seus relacionamentos. Assim, vo-cê
pode não precisar lhes ensinar
um monte de habilidades para redu-zir
a taxa de divórcio. Você só preci-sa
fazê-los pensar sobre como estão
se comportando. É incrível que cin-co
filmes nos deem uma vantagem
que dura por mais de três anos, co-memora
Rogge.
Rogge e o autor sênior Thomas
N. Bradbury, diretor do Rela-tionship
Institute da University of
California, em Los Angeles, publica-ram
as descobertas na edição da re-vista
The Journal of Consulting
and Clinical Psychology em dezem-bro
do ano passado.
Filmes úteis
Ao determinar a lista de filmes
que poderiam ser úteis a casais, os
pesquisadores eliminaram comédias
românticas populares como Sinto-nia
de Amor ou Harry e Sally - Fei-tos
um para o Outro. Em vez disso,
eles fizeram uma lista de filmes que
mostram casais em pontos altos e
baixos de suas relações. Segundo Ro-gge,
Hollywood pode colocar expec-tativas
bastante irreais nos relaciona-mentos
românticos. A ideia de que
você precisa se apaixonar de forma
fácil e instantânea não é uma realida-de,
e não é relevante para a maioria
dos casais que estão em um relacio-namento
há dois, três ou quatro
anos, explica.
A ideia de ver filmes é incrivel-mente
boa. É mais sensível e bem
mais barata, diz Thomas Bradbury,
um dos autores do estudo. Pois é, pa-rece
fácil melhorar um pouquinho
seu relacionamento. Da próxima vez
que for assistir a qualquer filme, fi-que
atento. Você poderá reconhecer
seus erros no casal da telinha. E o
que é melhor: poderá consertá-los.
Relacionamento
ÁGUA COM
AÇÚCAR
Stock images/Divulgação
6 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
TUDO POR AMOR
(Dying Young)
Direção: Joel Schumacher
Elenco: Julia Roberts,
Campbell Scott Michael, Vincent
D'Onofrio
Ano de produção: 1991
Duração: 1h51min
Gênero: Drama, romance
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Victor Geddes (Campbell
Scott) é um jovem de uma
família rica, que faz
tratamento quimioterápico por
ter leucemia. Ele se apaixona
por Hillary O'Neil (Julia
Roberts), que cuida dele, mas
este amor pode gerar
consequências trágicas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 7
A HISTÓRIA DE NÓS DOIS
(The Story of Us)
Direção: Rob Reiner
Elenco: Bruce Willis, Michelle
Pfeiffer, Paul Reiser
Ano de produção: 1999
Duração: 1h35min
Gênero: Romance, drama,
comédia
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Após 15 anos o casamento de
Ben (Bruce Willis) e Katie Jordan
(Michelle Pfeiffer) entraemcrise.
Assim, eles se separam namesma
épocaemque seus filhos Josh (Jake
Sandvig), de 12 anos, e Erin (Colleen
Rennison), de 10, estãoemum
acampamento de verão. Separados,
cadaumtenta recomeçar sua vidaem
cantos neutros, aproveitando o período
para avaliar e refletir sobre a vida que
tiveram juntos, com seus altos e
baixos, e tentam concluir se ainda há
algo de sólido nesta relação, que
permita umareaproximação
ALGUÉM TEM QUE CEDER
(Something's Gotta Give)
Direção: Nancy Meyers
Elenco: Jack Nicholson, Diane
Keaton, Amanda Peet
Ano de produção: 2003
Duração: 2h8min
Gênero: Romance/comédia
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Harry Sanborn (Jack Nicholson)
é um executivo que trabalha no
ramo da música e que namora Marin
(Amanda Peet), que tem idade para
ser sua filha. Harry e Marin decidem
ir até a casa de praia da mãe dela,
Erica (Diane Keaton), para visitá-la.
Lá Harry sofre uma parada cardíaca,
ficando sob os cuidados de Erica e
de Julian (Keanu Reeves), um jovem
médico local. Aos poucos Harry
percebe que está se interessando
cada vez mais por Erica, mas tenta
esconder seus sentimentos. Julian
também sente atração por ela,
tornando-se um rival de Harry
QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER
(When a Man Loves a Woman)
Direção: Luis Mandoki
Elenco: Andy Garcia, Meg Ryan, Ellen
Burstyn
Ano de produção: 1994
Duração: 2h5min
Gênero: Drama
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Michael Green (Andy Garcia) éumpiloto de avião apaixonado por sua esposa Alice (Meg
Ryan). Juntos, eles têm duas filhas, Jessica (Tina Majorino) e Casey (Mae Whitman), e fazem de
tudo para construir uma vida agradável para elas. Quando umsegredo do passado de Alice vêm
a tona e ela é obrigada a se internaremuma clínica, a relação deles é abalada, e tudo pelo o que
eles lutaram pode ser destruído, inclusive a integridade deles próprios como indivíduos,
amantes e família. Resta saber se o amor entre Michael e Alice poderá superar essa situação
FLORES DE AÇO
(Steel Magnolias)
Diretor: Herbert Ross
Elenco: Sally Field, Dolly Parton, Shirley
MacLaine
Ano de produção: 1989
Duração: 1h58min
Gênero: Comédia dramática, romance
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Shelby Eatenton (Julia Roberts) está prestes a se casar comumrico advogado. Para
se preparar para o casamento ela vai com sua mãe, M'Lynn (Sally Field), até o salão de
cabaleireiro de Truvy Jones (Dolly Parton). Sabendo que por causa da festa terá serviço
extra, Truvy contratou de imediato Annelle Dupuy (Daryl Hannah), para que ambas possam
dar conta do trabalho.Ofato de ser diabética faz com que Shelby saiba de antemão que ter
umfilho é tambémumgrande risco para sua saúde. Portanto, quando meses mais tarde
ela anuncia que está grávida, M'Lynn passa a temer que o corpo da filha não aguente a
gestação. Apesar do risco, Shelby decide seguir adiante com a gravidez
LOVE STORY - UMA HISTÓRIA
DE AMOR
(Love Story)
Direção: Arthur Hiller
Elenco: Ali McGraw, Ryan
O'Neal, Ray Milland
Ano de produção: 1970
Duração: 1h39min
Gênero: Romance, drama
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Oliver Barrett IV (Ryan O'Neal),um
estudante de Direito de Harvard, conhece
Jenny Cavilleri (Ali MacGraw),uma
estudande de música de Radcliffe.Um
rápido envolvimento surge entre eles,
sendo que logo decidem se casar. No
entanto, Oliver Barrett III (Ray Milland), o
pai do jovem, que éummultimilionário,
não aceita tal união e deserda o filho.
Algum tempo depois de casados, ela não
consegue engravidar e, ao fazer alguns
exames, se constata que Jenny está
muito doente
ALGUNS FILMES QUE PODEM AJUDAR O CASAL A REFLETIR
8. TUDO POR AMOR
(Dying Young)
Direção: Joel Schumacher
Elenco: Julia Roberts,
Campbell Scott Michael, Vincent
D'Onofrio
Ano de produção: 1991
Duração: 1h51min
Gênero: Drama, romance
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Victor Geddes (Campbell
Scott) é um jovem de uma
família rica, que faz
tratamento quimioterápico por
ter leucemia. Ele se apaixona
por Hillary O'Neil (Julia
Roberts), que cuida dele, mas
este amor pode gerar
consequências trágicas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 7
A HISTÓRIA DE NÓS DOIS
(The Story of Us)
Direção: Rob Reiner
Elenco: Bruce Willis, Michelle
Pfeiffer, Paul Reiser
Ano de produção: 1999
Duração: 1h35min
Gênero: Romance, drama,
comédia
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Após 15 anos o casamento de
Ben (Bruce Willis) e Katie Jordan
(Michelle Pfeiffer) entraemcrise.
Assim, eles se separam namesma
épocaemque seus filhos Josh (Jake
Sandvig), de 12 anos, e Erin (Colleen
Rennison), de 10, estãoemum
acampamento de verão. Separados,
cadaumtenta recomeçar sua vidaem
cantos neutros, aproveitando o período
para avaliar e refletir sobre a vida que
tiveram juntos, com seus altos e
baixos, e tentam concluir se ainda há
algo de sólido nesta relação, que
permita umareaproximação
ALGUÉM TEM QUE CEDER
(Something's Gotta Give)
Direção: Nancy Meyers
Elenco: Jack Nicholson, Diane
Keaton, Amanda Peet
Ano de produção: 2003
Duração: 2h8min
Gênero: Romance/comédia
País de origem: Estados
Unidos
Sinopse:
Harry Sanborn (Jack Nicholson)
é um executivo que trabalha no
ramo da música e que namora Marin
(Amanda Peet), que tem idade para
ser sua filha. Harry e Marin decidem
ir até a casa de praia da mãe dela,
Erica (Diane Keaton), para visitá-la.
Lá Harry sofre uma parada cardíaca,
ficando sob os cuidados de Erica e
de Julian (Keanu Reeves), um jovem
médico local. Aos poucos Harry
percebe que está se interessando
cada vez mais por Erica, mas tenta
esconder seus sentimentos. Julian
também sente atração por ela,
tornando-se um rival de Harry
QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER
(When a Man Loves a Woman)
Direção: Luis Mandoki
Elenco: Andy Garcia, Meg Ryan, Ellen
Burstyn
Ano de produção: 1994
Duração: 2h5min
Gênero: Drama
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Michael Green (Andy Garcia) éumpiloto de avião apaixonado por sua esposa Alice (Meg
Ryan). Juntos, eles têm duas filhas, Jessica (Tina Majorino) e Casey (Mae Whitman), e fazem de
tudo para construir uma vida agradável para elas. Quando umsegredo do passado de Alice vêm
a tona e ela é obrigada a se internaremuma clínica, a relação deles é abalada, e tudo pelo o que
eles lutaram pode ser destruído, inclusive a integridade deles próprios como indivíduos,
amantes e família. Resta saber se o amor entre Michael e Alice poderá superar essa situação
FLORES DE AÇO
(Steel Magnolias)
Diretor: Herbert Ross
Elenco: Sally Field, Dolly Parton, Shirley
MacLaine
Ano de produção: 1989
Duração: 1h58min
Gênero: Comédia dramática, romance
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Shelby Eatenton (Julia Roberts) está prestes a se casar comumrico advogado. Para
se preparar para o casamento ela vai com sua mãe, M'Lynn (Sally Field), até o salão de
cabaleireiro de Truvy Jones (Dolly Parton). Sabendo que por causa da festa terá serviço
extra, Truvy contratou de imediato Annelle Dupuy (Daryl Hannah), para que ambas possam
dar conta do trabalho.Ofato de ser diabética faz com que Shelby saiba de antemão que ter
umfilho é tambémumgrande risco para sua saúde. Portanto, quando meses mais tarde
ela anuncia que está grávida, M'Lynn passa a temer que o corpo da filha não aguente a
gestação. Apesar do risco, Shelby decide seguir adiante com a gravidez
LOVE STORY - UMA HISTÓRIA
DE AMOR
(Love Story)
Direção: Arthur Hiller
Elenco: Ali McGraw, Ryan
O'Neal, Ray Milland
Ano de produção: 1970
Duração: 1h39min
Gênero: Romance, drama
País de origem: Estados Unidos
Sinopse:
Oliver Barrett IV (Ryan O'Neal),um
estudante de Direito de Harvard, conhece
Jenny Cavilleri (Ali MacGraw),uma
estudande de música de Radcliffe.Um
rápido envolvimento surge entre eles,
sendo que logo decidem se casar. No
entanto, Oliver Barrett III (Ray Milland), o
pai do jovem, que éummultimilionário,
não aceita tal união e deserda o filho.
Algum tempo depois de casados, ela não
consegue engravidar e, ao fazer alguns
exames, se constata que Jenny está
muito doente
ALGUNS FILMES QUE PODEM AJUDAR O CASAL A REFLETIR
9. 8 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
TÍMIDO, EU?
Um pouco de timidez pode ser até saudável, já que torna o indivíduo menos impulsivo.
No entanto, em grau exagerado, ela pode causar queda na qualidade de vida.
Veja algumas formas de vencer a timidez
Gisele Bortoleto
gisele.bortoleto@diariodaregiao.com.br
Você consegue lembrar-se de co-mo
era fazer um discurso na frente
de todos os colegas da escola? Ou
chegar em uma festa, entrar em
uma sala cheia de estranhos e fi-car
com a sensação que todas as
pessoas estão te observando? Pro-vavelmente
a sua boca tenha fica-do
seca, as mãos começaram a
suar, você se sentiu agitado e como
coração cada vez mais rápido.
Não importa se introvertidos ou
extrovertidos, todos nós podemos
experienciar esse sentimento de ti-midez
em algum momento das nos-sas
vidas. Talvez você hesite em fa-zer
um telefonema ou abordar al-guém
para pedir uma orientação. Às
vezes isso pode prejudicar mais do
que ajudá-lo. Você começa a evitar
algumas situações, evita ir a lugares,
evita constrangimentos, pode evitar
defender a sua opinião por receio do
confronto e da exposição.
A timidez é uma característica
que qualquer um de nós apresenta
em algum momento da vida. Mas ti-midez
em excesso ou exibida de for-ma
descontrolada pode prejudicar o
sucesso em qualquer área da vida,
desde pessoal, social e até mesmo
profissional. Pode impedir uma pro-moção;
impedir que você tome um
passo mais ousado, mas necessário.
Devido à sensação de ameaça,
interpretada pelo cérebro, os meca-nismos
de defesa do organismo se ar-mam
e preparam o corpo para uma
possível fuga. A sensação, descrita
pelos tímidos, é a de estar sendo jul-gado,
o que gera uma boa dose de
nervosismo, tremor, pensamento de-sorganizado,
frio na barriga e sudo-rese,
explica o psicólogo cognitivo-comportamental
Alexandre Caprio.
A adrenalina acelera o batimen-to
cardíaco e a respiração, fazendo
com que os músculos se preparem
para a ameaça. Com esses efeitos, a
pessoa literalmente engole seco. Is-so
tudo faz com que o momento não
seja uma das experiências mais agra-dáveis
do mundo.
Como o cérebro aprende a evitar
situações interpretadas como perigo-sas,
o tímido passa a se isolar da so-ciedade
e até mesmo afetivamente
por temer seu próprio descontrole
frente à análise dos outros. Quando
crianças ou adolescentes, passam
uma boa parte do tempo em suas ca-sas
ou quartos, desenvolvendo pou-cas
amizades. Ou quando adultos, li-mitam-
se a trabalhar e fogem de con-fraternizações,
festinhas ou rodas de
debates sempre que possível. O tí-mido
tem medo de expressar uma
opinião que não seja bem aceita pe-los
demais. Desenvolvem passatem-pos
solitários como coleções, cine-ma,
jogos eletrônicos e podem tor-nar-
se dependentes de redes sociais,
que acabam funcionando como uma
espécie de proteção contra julgamen-tos
e exposições não planejadas,
complementa Caprio.
Como o isolamento só aumenta
o problema, o indivíduo pode aca-bar
tendo uma vida bastante restri-ta.
A timidez pode evoluir e se tor-nar
uma fobia social ou até mesmo
um ataque de pânico. A agorafo-bia
(medo de lugares públicos,
movimentados ou abertos) tam-bém
pode se manifestar. Tudo de-pende
do nível de ameaça interpre-tado
pelo cérebro.
O tímido, no entanto, ainda po-de
escolher se aproximar, embora
haja resistência. Essa escolha é im-portante
para o combate da timidez.
Ao participar e interagir com grupi-nhos
no trabalho ou em uma sim-ples
festa, a pessoa pode começar a
perceber que a experiência não é tão
desgastante como pensava.
Mas para que isso dê certo, o me-do
de ser rotulado, analisado ou jul-gado
deve cair. E isso só acontece
quando a pessoa aprende a olhar
para dentro de si e começa a en-contrar
as verdadeiras causas des-sa
resistência. Quando nos ve-mos
como pessoas sem alguns va-lores
que consideramos importan-tes,
passamos a pensar que os ou-tros
nos verão da mesma forma.
Quando nos enxergamos com fa-lhas
que disparam nossos precon-ceitos,
passamos a pensar que os
outros também as verão e desen-volverão
esses mesmos preconcei-tos,
explica Caprio.
Em resumo, o tímido acredi-ta
que os outros o verão da mes-ma
maneira que ele se vê. Se sua
autoimagem não é boa, ele se sen-tirá
exposto e julgado. Mas só pen-sa
assim porque é o primeiro a fa-zer
isso.
Segundo Bernard Carducci,
professor titular de psicologia e
diretor do Instituto de Pesquisas
sobre a Timidez da Universidade
de Indiana, nos Estados Unidos,
75% das pessoas apresentam condu-tas
tímidas diante de estranhos. Isso
quer dizer que três entre quatro pes-soas
têm dificuldade para se relacio-nar
plena e objetivamente na socie-dade.
Portanto, seguindo essa linha
de raciocínio, os tímidos não são ex-ceção
no quadro geral, ao contrário,
eles compõem a grande maioria da
humanidade.
Todos nós somos, em algum mo-mento
de nossas vidas, afetados pela
timidez. Ela funciona como uma es-pécie
de regulador social que nos
permite avaliar situações novas por
meio de uma atitude de cautela e
buscar a resposta adequada para a si-tuação,
diz a psicóloga Karina You-nan.
Pode significar uma preocupa-ção
exagerada com o pensamento e
o sentimento do outro, inibindo
as ações e a expressão de quem
sente, mas não é considerada um
transtorno se não estiver prejudi-cando
ou empobrecendo a quali-dade
de vida, trabalho e relaciona-mentos.
Em grau moderado pode
ser considerada um atrativo, espé-cie
de charme sedutor.
A timidez pode ser uma caracte-rística
do temperamento da pessoa,
que a acompanha desde a infância,
ou uma característica aprendida, se
os pais forem tímidos, como uma
percepção depreciada de si mesmo,
que é transferida para o filho. Pes-soas
bastante criticadas podem ima-ginar
que os outros também lhe se-jam
bastante hostis, complementa
Karina.
Deve ser combatida desde cedo,
estimulando a confiança e a autoesti-ma
das crianças e conduzindo-as a
falar, exprimindo pensamentos e
sentimentos, para que esta vergo-nha
que ela sente não determine o
posterior desenvolvimento de sua
personalidade, emotividade e con-duta
social.
Comportamento
10. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 9
11. Seis dicas para se libertar da timidez
ASSUMA O QUE VOCÊ QUER
Mudar comportamentos não é algo
fácil. Requer disciplina, força de vontade e
muito foco. É comum, em meio a processos
de mudança de comportamentos, que a
vontade de desistir apareça, mas é preciso
que a força de vontade vença sempre. Para
isso, faça um acordo com você mesmo.
Prometa que deseja mudar. A cada
pensamento de desistência, lembre-se do
que deseja deixar para trás (a timidez), e o
que deseja alcançar: a liberdade de
expressão, a espontaneidade. Assim
manterá força motivacional para continuar a
seguir em frente
BAIXE O SENSO CRÍTICO INTERNO
As pessoas tímidas normalmente são
muito rígidas consigo mesmas. Não se
permitem errar e, quando erram tendem a
punir a si mesmas (como sou burra; que
idiota eu fui! etc). Seu crítico interno é
muito severo. Pessoas tímidas só se
aceitam se forem perfeitas, mas ninguém é.
Aceite que é um ser humano como todos os
outros e que pode errar. Tire o poder do
crítico interno. Toda vez que achar que
errou, ou que falou algo indevido, ou passou
algum vexame, seja compreensivo.
Desenvolva a humildade. Assuma que fez o
melhor que pode e que na próxima vez, irá
melhorar. Trate-se como trataria uma
criança, dê força a si mesma, diga a si
mesma que irá conseguir que está ótima etc
VALORIZE SEUS PONTOS POSITIVOS
Pessoas tímidas conhecem bem seus
pontos negativos e raramente conhecem os
pontos positivos. Faça uma lista de dez
coisas que você faz bem e faça delas seus
diferenciais. Saber que carrega em si coisas
positivas aumenta a autoconfiança e
autoestima. Conheça também os assuntos
de que gosta, leia sobre eles, veja filmes,
isso lhe ajudará a puxar e manter conversas
em eventos sociais ou encontro com amigos
CUIDE DA AUTOIMAGEM
Arrume-se. Penteie os cabelos, apare
as unhas, cuide das roupas, aprenda a
gostar de cuidar de si mesma. Além disso,
uma boa imagem ajuda a manter a
autoconfiança
ENFRENTE
Aproveite cada chance que a vida lhe
oferece para se testar: aceite convites para
festas, happy hours, cumprimente pessoas
desconhecidas mesmo que com um simples
sorriso e aceno de cabeça, se alguém puxar
conversa ,procure mantê-la. Timidez se
vence com esforço
SEJA PERSISTENTE
Encontros sociais causam muita
ansiedade nos tímidos e a vontade é sempre
de sair correndo e se esconder. Quando isso
acontecer, mantenha a calma. Quanto mais
enfrentar o medo, mais fraco o medo se
tornará. Para mudar efetivamente um
comportamento, ele deve ser transformado
em hábito. Isso significa que ele deve ser
repetido diariamente, de forma consciente,
por pelo menos trinta dias. Após esse
período, você verá que os desafios se
tornarão mais fáceis de transpor porque
você já terá se habituado a eles
Fonte: Meiry Kamia, psicóloga
Habilidades como ser so-ciável,
comunicativo e apresen-tar
projetos estão sendo cada
vez mais valorizadas nas empre-sas.
E, a timidez pode atrapa-lhar,
e muito, o seu desempe-nho
no trabalho ou até mesmo
empacar seu sucesso profissio-nal,
além disso, pode ser um
grande empecilho para as con-quistas
amorosas e relaciona-mentos
sociais, diz a psicóloga
Meiry Kamia, palestrante e
consultora organizacional.
Cada pessoa tem sua perso-nalidade
construidapor meio
das experiências que vivencia,
por meio da aprendizagem, das
influências do meio ambiente e
até mesmo das influências ge-néticas
e a timidez é uma das ca-racterísticas
da personalidade
de algumas pessoas, devido a es-te
conjunto de influências.
Muitas pessoas se sentem
confortáveis com a timidez e
não se incomodam. Mas aque-las
que querem mudar podem
faze-lo construindo um novo
eu, diz a psicóloga Kátia Ricar-di
de Abreu, especialista em
análise transacional. É preciso
desenvolver um estilo diferen-te
de comunicação interpessoal
no qual elas enviam estímulos
e respondam aos estímulos en-viados
acentuando os encon-tros
relacionados. O ponto de
vista intrapsíquicos ocasiona o
autorreforçamento e a pessoa
vai se encorajando cada vez
mais a expor suas ideias, opi-niões,
pertencer a grupos e fa-zer
novos amigos. Mas seu grau
de motivação precisa estar ele-vado
para superar os obstácu-los
internos e externos.
Isso não acontece rapida-mente.
As forças internas vão
trabalhar contra esta mudança
trazendo a tona as gravações
projetadas no inconsciente pa-ra
seguir adiante o seu script.
Diálogos internos conflitantes
vão surgir e quem vai ganhar es-ta
briga interna será o lado
mais predisposto a mudança
ou a acomodação, complemen-ta
Kátia. É uma escolha muitas
vezes não consciente.
Para que a timidez seja rom-pida
de uma vez por todas, uma
reformulação da própria imagem
é necessária. Nós só podemos
perceber olhares amigos, quando
deixamos de ser nosso próprio ini-migo.
Trata-se de uma regra anti-ga,
mas atual, e que deve ser
aprendida para garantir nosso lu-gar
ao sol junto àqueles que estão
bem ali, na nossa estrada, apenas
esperando um passo ou um abra-ço,
para se tornarem importantes
para nós, e nós para eles, diz Ale-xandre
Caprio.
10 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
12. Josinel B. Carmona
psicólogo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 11
A SOCIEDADE
DOS INFELIZES
Vivemos em um mundo baseado no consumo e influenciado pelo
marketing das empresas. Mas comprar não garante a felicidade
Quanto e quanto mais, a
sociedade de consumo vai
nos tirar?
Que paradoxo!
Esse capitalismo baseado
na produção e no consumo está
nos afastando cada vez mais de
nós mesmos, da capacidade de
admirar e valorizar a própria
beleza, habilidades, os perten-ces
já conquistados e até a pró-pria
vida.
Lenta e silenciosamente,
nem sei se de caso pensado
(prefiro pensar que não), es-ta
sociedade vai nos conta-minando
com um sentimen-to
de falta, uma necessidade
constante de algo que ainda
não temos ou outro exem-plar
daquilo que já temos.
Nada escapa aos olhos
ávidos dos cegos que nos tor-namos.
Adquirimos muito de tudo.
Compramos, hipnotizados
por novos detalhes, não raro in-significantes
em relação ao que
já temos. roupas, relógios, sapa-tos,
jóias, bijuterias, carros, ca-sas,
motos, telefones, beleza,
boa forma, conhecimento, títu-los,
viagens etc, etc.
Muito interessante é o fato
de que por mais que compre-mos,
continuamos doentes…
necessitados em tempo inte-gral,
amargamos a busca cons-tante
por uma felicidade pro-metida
que nunca conquista-mos,
no máximo experimen-tamos
a fugaz sensação de eu-foria
que o ato de comprar
nos proporciona.
O novo modelo, a nova
versão, a moda ditada sem es-crúpulos
é devorada sem a
menor cerimônia. qualquer
nova tendência vira regra
que se torna lei e ai daquele
que ousar descumpri-la.
A base consumista de nossa
cultura se nutre da infelicidade
de seus membros, advinda da
sensação de falta, da carência
que carregamos por tudo aqui-lo
que não temos. insatisfeitos
e descontentes com o que te-mos,
olhos grandes o tempo to-do;
como brilha aquilo que não
temos!
Assim que desejamos um
bem qualquer, este assume
uma importância urgente, im-periosa
que tem levado a tantas
e tantas parcelas, a saldos nega-tivos,
uma vida onerosa que
nos exige mais e mais trabalho
e recursos. como podemos le-var
isso adiante sem mudar na-da
e nem mesmo perceber? É
assustador!
Muitos dos sentimentos de
infelicidade e incapacidade
que temos que administrar em
nosso cotidiano estão ligados a
desejos impostos pela propa-ganda,
pela comparação que fa-zemos
entre o que temos e o
que o outro tem; uma competi-ção
surda que é ao mesmo tem-po
causa e efeito de muita in-quietação.
Que vida difícil essa, quan-to
sofrimento gerado pelo ex-cesso
que não possuimos.
Rubens Cardia
Stock Images/Divulgação
13. TV - 12 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Agência Estado
Não deu tempo nem para
descansar. Adriana Birolli mal
saiu da pele da Maria Marta da
primeira fase de Império
(Globo) e já está de volta como
a designer Amanda, sobrinha
da mulher de José Alfredo
(Alexandre Nero), agora vivi-da
por Lília Cabral.
Depois de viver na Europa e
com ares de vilã, a personagem
chega para ameaçar o relaciona-mento
de José Pedro (Caio Blat)
e Danielle (Maria Ribeiro). Ela
é uma mulher bem-sucedida e já
namorou o primo José Pedro,
lembra a atriz.
Em seu quarto papel em no-velas,
Adriana, de 26 anos, come-mora
a parceria com o autor
Aguinaldo Silva, com quem já
trabalhou em Fina Estampa,
em 2011. Na época, ela ganhou
destaque ao interpretar Patrícia,
filha de Tereza Cristina (Chris-tiane
Torloni).
O convite para um segundo
personagem em Império veio
no início do ano, quando a atriz
ainda estudava a composição de
Maria Marta. Aguinaldo avisou
que gostaria que eu fizesse a so-brinha
dela no futuro, no caso, a
Amanda. Foi o melhor dia da mi-nha
vida!, dispara a curitibana.
Segundo a atriz, que estreou
nas novelas em 2008, como a Vi-viane,
de Beleza Pura (Globo),
a composição da nova persona-gem
tem inspiração em vilãs do
passado. Mas não gosto de con-tar
meus segredos, brinca.
Só que a lista de musas inspi-radoras
na área pode dar uma
pista. A atriz diz preferir as vilãs
com motivações fortes. Nas no-velas
brasileiras, suas favoritas
são Nazaré Tedesco, de Renata
Sorrah (em Senhora do Desti-no),
e Odete Roitman, de Bea-triz
Segall (em Vale Tudo).
Também tenho uma queda
especial pela Tereza Cristina
(Christiane Torloni), afinal fui
filha dela em 'Fina Estampa',
completa. Se ela gosta de viver
vilãs? Amo. Ainda mais uma
criada por Aguinaldo. Vai ser lu-xo
total!, comemora.
Pergunta - Você volta à no-vela
como Amanda. O que já sa-be
da personagem?
Adriana Birolli - Sei que ela vi-ve
na Europa e é designer de sa-patos.
Além disso, é uma mu-lher
bem-sucedida e já namo-rou
o primo José Pedro, o fi-lho
mais velho do casal José Al-fredo
e Maria Marta.
Pergunta - Ficou surpresa
ao ser chamada para outro pa-pel
na mesma novela? Como
foi o convite?
Adriana - Logo no começo
dos laboratórios para compor a
Maria Marta, o Aguinaldo avi-sou
que gostaria que eu fiz esse a
sobrinha dela no futuro, no caso,
a Amanda. Foi o melhor dia da
minha vida!
Pergunta - Acha que o ator
precisa de um tempo para se
desvincular de um personagem
e entrar em outro? Como foi is-so
para você?
Adriana - No meu caso, esta-va
sem fazer novelas desde mar-ço
de 2012, dedicando-me ao tea-tro.
Portanto, minha imagem po-deria
passar por uma situação
dessas sem muitas trepidações.
E havia um espaço grande de
tempo para minha entrada. Cla-ro
que Aguinaldo pensou nis-so...
Tudo vai dar certo!
Pergunta - Interpretar a
Lília Cabral jovem te desafiou
pela responsabilidade?
Adriana - A Lília virou uma
verdadeira obsessão para mim
durante a preparação. Soar como
ela, reagir como ela, olhar como
ela, pensava muito nisso durante
Globo
Atriz curitibana mal saiu da pele da Maria Marta da
primeira fase de Império (Globo) e já está de volta
como a designer Amanda, sobrinha da mulher de
José Alfredo (Alexandre Nero)
TV Globo/Divulgação
Vai ser luxo
total, diz
Adriana Birolli
14. os ensaios. Ser amiga dela não
facilitou em nada minha tarefa.
Acho que vi quase todas as ce-nas
da Lília disponíveis na in-ternet.
Que atriz fantástica!
Foi muito enriquecedor esse
trabalho, o paraíso mesmo.
Pergunta - Aguinaldo disse
que Amanda terá algo de vilã.
Gosta de viver esses tipos?
Adriana - Amo. Ainda
mais uma criada por ele. Vai
ser luxo total!
Pergunta - Inspira-se em al-guém
ou em outra persona-gem
para compor a Amanda?
Adriana - Sim, mas não gos-to
de contar meus segredos...
Pergunta - Quais são suas
vilãs favoritas?
Adriana - Gosto de vilãs
com motivações fortes, como a
Eve Harrington, vivida por An-ne
Baxter, no filme A Malva-da
(1951), que queria ser uma
grande atriz e não media esfor-ços
para isso. As vilãs da Jean-ne
Moreau são fascinantes. Em
filmes como A Noiva Estava
de Preto (1968) e Mademoisel-le
(1966), ela deu show. Que
atriz original! Mesmo em Ju-les
e Jim - Uma Mulher para
Dois (1961), ela era um pouco
vilã. Gosto bastante também
de Gene Tierney em Amar
Foi Minha Ruína. Nas nove-las
brasileiras, minhas favori-tas
são Nazaré Tedesco e Odete
Roitman Também tenho uma
queda especial pela Tereza Cris-tina,
afinal fui filha dela em Fi-na
Estampa (Globo).
Pergunta - Tem preferên-cia
por ser mocinha ou vilã?
Adriana - Não, gosto de
bons papéis. Personagens reais,
com questões e suas complexi-dades.
A Patrícia de Fina Es-tampa
era mocinha e uma per-sonagem
maravilhosa! Cheia
de momentos memoráveis,
muito bem criada. Algumas
pessoas criticam as mocinhas,
mas interpretar uma é muito
gratificante. Com a Patrícia ga-nhei
um público novo: em to-dos
os lugares, menininhas de
11 a 13 anos me cercavam, me
abraçavam, era ótimo. E me
acompanham até hoje! Percebo
isso pelo meu Instagram.
Pergunta - Acha que os
atores ficam frustrados quan-do
participam apenas da fase
inicial de uma novela? Como
foi isso para você?
Adriana - Como disse, des-de
o começo fiquei sabendo
que faria as duas personagens
na novela. Mas um papel como
a Marta, a Cora, a Eliane e o Zé
Alfredo da primeira fase po-dem
transformar uma carreira.
Vários atores já se consagraram
em primeiras fases de novela.
Patricia França, em Renas-cer;
e Adriana Esteves, como a
Nazaré da primeira parte de
Senhora do Destino, por
exemplo O mais importante é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 13 - TV
dar o melhor de si.
Pergunta - O que mudou pa-ra
você desde que estreou
nas novelas?
Adriana - Muitas coisas, ain-da
mais nessa fase de início da vi-da
adulta, digamos assim. Em
2013, pude fazer uma turnê do
Sul ao Nordeste do Brasil, emui-to
graças ao meu trabalho nas no-velas.
O público compareceu, os
teatros lotavam. Tenho consciên-cia
de que as novelas divulgaram
meu trabalho de atriz. Sou mui-to
grata por isso.
Pergunta - Tem vontade de
fazer algo no cinema ou prefe-re
se dedicar às novelas?
Adriana - Tenho vontade de
fazer cinema, sim! Já recebi al-guns
roteiros, propostas e, in-clusive,
cheguei a aceitar uma
delas. Estudei uma obra inteira
para interpretar o papel. De-pois
de aceitar, fiquei sabendo
que outra atriz faria a persona-gem
para a qual fui convidada,
porque eu estava gravando no-vela
na época e não daria tem-po
de conciliar os dois traba-lhos.
No fim das contas, quan-do
assisti ao longa, descobri
que a personagem tinha sido
cortada... Enfim, as coisas sem-pre
são como devem ser. Te-nho
certeza de que o convite pa-rafazer
o papel certo vai chegar
na hora certa.
Pergunta - Você é curitiba-na,
mas mora no Rio. Adaptou-se
à cidade?
Adriana - Amo muito o que
faço. Pela minha arte, sempre
me adapto. O que mais amo no
Rio é o calor. E o que menos
gosto é que minha família não
está aqui.
Pergunta - Você é vista em
eventos relacionados à moda,
em desfiles. E a Amanda será
designer. É um assunto que
te agrada?
Adriana - Adoro moda, mi-nha
irmã é estilista. Moda é ar-te,
é expressão. Tenho um
stylist que me ajuda muito,
pois me deixa por dentro de tu-do
o que rola. Amo desfilar tam-bém.
Nunca imaginei que iria
gostar tanto, sempre me divir-to
muito desfilando.
Pergunta - Acha-se vaido-sa
ou apenas o suficiente?
Adriana - Tem dias que
sou bastante e tem dias que
sou até de menos, mas acho
que é equilibrado em geral.
Acada dia, a gente acorda de
um jeito, mas minha vaidade
veio um pouco mais com a ma-turidade
também.
Pergunta - Preocupa-se
em sair muito arrumada ou
sem maquiagem de casa, por
exemplo?
Adriana - Em eventos, gos-to
de estar sempre o mais im-pecável
possível, são momen-tos
que posso ousar nas rou-pas,
penteados e maquiagem.
Eu me divirto escolhendo co-mo
será o look para cada
evento, mas, no dia a dia, não
uso maquiagem, dou um des-canso
para a pele. Tento sem-pre
deixar o cabelo ao natural.
Pergunta - Tem algum so-nho
não realizado?
Adriana - Tenho muitos so-nhos
pessoais e profissionais,
várias peças de teatro que já es-tão
na fila para produzir e
ter meus filhos. Materialmen-te
falando, ainda quero a mi-nha
casa dos sonhos. Assisto
a muitos programas sobre ca-sas,
e amo esse assunto. Meu
pai trabalha com construção,
pode ser por isso.
15. Assim como seu personagem em Império, ator Rafael Cardoso é apaixonado
por gastronomia. Gaúcho de Porto Alegre, ele vai abrir um restaurante no Rio de Janeiro
Agência Estado
Mocinho de carteirinha, mas com fa-lhas
humanas como as de muita gente
da vida real, e com o objetivo de vencer
na vida e ser feliz ao lado de seu amor - a
doce Cristina (Leandra Leal) -, o ínte-gro
e apaixonado chef de cozinha Vicen-te,
personagem da novela do horário no-bre
da Globo, Império, de Aguinaldo
Silva, é a consagração do ator Rafael
Cardoso.
Gaúcho de Porto Alegre, aos 28
anos, ele conta que tudo tem sido muito
maravilhoso e sincrônico: Eu também
estou vivendo esse momento chef na mi-nha
vida, e esse prazer de abrir um res-taurante,
diz, adiantando que o novo es-tabelecimento
se chamará Puro, nome
parecido com o do seu blog (Puramesa -
www puramesa.com.br), e que tem pre-visão
para abrir as portas numa bela ca-sa
no bairro do Jardim Botânico, Zona
Sul carioca, no final de setembro.
O que aconteceu foi muito louco,
porque estou há três anos nesse movi-mento
de querer abrir um espaço gastro-nômico.
Quase trouxe para o Rio uma fi-lial
do restaurante que um amigo meu
tem na França, mas não aconteceu e tu-do
veio de uma forma que tinha, talvez,
muito mais a ver comigo, explica Ra-fael,
dando mais detalhes: Acabei en-trando
de sócio com um grupo de pes-soas
que estava querendo abrir um lu-gar
com uma proposta diferente: a de só
usar produtos frescos. Logo depois sur-giu
o convite para fazer o Vicente, um
chef de cozinha. Só tenho a agradecer,
porque as coisas se encaixaram meio
que mostrando que eu estava no cami-nho
certo.
Quanto aos rumos do seu persona-gem
em Império, Rafael revela que
muitas coisas podem acontecer, princi-palmente
por se tratar de uma obra aber-ta,
mas que, além de Vicente lutar pelo
amor de Cristina, algo pode se desenro-lar
com Maria Clara (Andreia Horta).
Vai ter esse lance de ele se envolver
com as duas irmãs, porque até então o
que se sabe é que elas podem ser irmãs,
mas não é certo também, enfim... Esse é
um cenário que está se desenhando e
acho que esse envolvimento com a Ma-ria
Clara vai rolar, mas não sei até onde
vai e quando vai acontecer Deve ser
mais para frente, entrega ele.
Já quando o assunto é o que ele pen-sa
sobre o amor e a vida, traçando um
paralelo com o personagem, Rafael não
economiza: Acho que sempre vale a pe-na
lutar por amor, porque acredito que
o amor é o que importa. Se você não es-tá
amando, tem alguma coisa errada,
porque nem que você ame uma pedra,
esse sentimento tem que existir dentro
do ser humano.
Confira abaixo um pouco mais do ba-te-
papo com o ator.
Pergunta - O autor de Império,
Aguinaldo Silva, chegou a dizer que o
Vicente era o personagem com o qual
ele mais se identificava. Em relação a
isso, como você encontrou o seu Vi-cente
sabendo dessa proximidade do
personagem com o autor?
Rafael Cardoso - É uma 'responsa',
mas fiquei muito honrado. Porque o Vi-cente
é um cara apaixonado pela gastro-
Personalidade
Chef de
cozinha em
casa e na
televisão
TV - 14 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
16. nomia como eu. O Aguinaldo também
tem o estabelecimento dele, enfim... Tu-do
isso acabou sendo um grande presen-te!
É muito bom poder falar desse uni-verso
e do outro lado dos chefs que não
é só de glamour
Pergunta - O que você acha des-se
sentimento entre a Cristina e o
Vicente?
Cardoso - Tudo é muito do instinto
dos dois, pois é um amor muito antigo
que acabou se transformando numa
energia que fica latente, só esperando
seu momento para explodir. E quando
ele e a Cristina se encontram, a energia
de uma relação muito antiga, de muita
intimidade, aparece e eles ficam com a
sensação que o tempo não passou. E, tu-do
vem à tona. O fato é que eles estão vi-vendo
esse amor novamente. E é assim
na vida. Acho que todo mundo já viveu
algo parecido, de chegar perto daquele
alguém e sentir aquele nervoso, aquele
frio na barriga e pensar: 'Ai, meu Deus,
o que vai ser'.
Pergunta - Como foi que a gastro-nomia
entrou na sua vida?
Cardoso - Quando eu vim para o
Rio de Janeiro, acabei dividindo apar-tamento
com mais cinco caras e nin-guém
sabia cozinhar... Então, resolvi
fazer alguma coisa a respeito disso (ri-sos).
Busquei umas receitinhas com
aminha avó, outras com a minha ma-drasta
e, depois disso, comecei a ex-perimentar
tudo, preparar pratos e
buscar informação. Cheguei a pegar
a lista dos livros de uma faculdade
de gastronomia de Porto Alegre para
pesquisar.
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 15 - TV
Pergunta - Com tantos vértices
com o Vicente, o que você fez para se-pará-
lo do mundo do Rafael? Como foi
a construção de um personagem que
tem tanto a ver com você?
Cardoso - Fiquei quebrando a ca-beça
sobre onde eu colocaria estas di-ferenças,
onde eu poderia buscar is-so,
epercebi que o Vicente é mais ex-pansivo
do que eu. Ele tem esse lado
explosivo. E ele é do nordeste. Então
também busquei um sotaque que fica
no meio do caminho e é só dele... En-fim,
acho o Vicente mais emocional.
Eu, apesar de já ter me mudado bastan-te,
ainda trago na minha essência uma
coisa mais fria do gaúcho, que é aquela
postura mais fechada, aquele tom calmo
de distância.
Pergunta - Sua esposa, a Maria-na
(Bridi), também gosta de gastro-nomia?
Cardoso - Ela foi uma das minhas
grandes incentivadoras. Mariana cozi-nha
muito bem e foi ela quem me deu
os melhores livros que eu tenho sobre
gastronomia. As dicas da culinária me-diterrânea
também foi ela quem me pas-sou.
Mariana fez um curso bacana de
gastronomia na China, quando morou
oito meses lá, então sabe muito mesmo
desse assunto.
Pergunta - Ser um mocinho e um
personagem tão querido pelo autor e
ser horário nobre é um peso?
Cardoso -Não sinto como peso, por-que
acredito que a gente está sempre
plantando para colher lá na frente e eu
estou na hora da colheita, seja no traba-lho
ou na vida...
Quando eu vim
para o Rio
de Janeiro,
acabei
dividindo
apartamento
com mais
cinco caras e
ninguém sabia
cozinhar...
Então, resolvi
fazer alguma
coisa a
respeito
disso (risos)
Fotos: Divulgação
17. O tom certo de Carlota
em Boogie Oogie
Giulia Gam assume ter sentido certo
bloqueio para criar sua nova personagem,
Carlota, devido à proximidade entre o final
de Sangue Bom e o começo da
trama das 18 horas
Globo
Agência Estado
Cria do teatro, Giulia Gam, 47
anos, sempre gostou de intercalar
papéis na televisão com trabalhos
nos palcos ou no cinema. Mas des-sa
vez foi diferente, e a atriz con-fessa
ter sentido dificuldade para
compor sua nova personagem,
Carlota, devido à proximidade en-tre
o término de Sangue Bom
(Globo), em novembro do ano pas-sado,
e o início de Boogie Oogie
(Globo), com a qual está no ar.
Apesar de serem tramas e épo-cas
bem distintas, Giulia fala que
enxergou semelhanças entre Car-lota
e a excêntrica Bárbara Ellen,
que interpretou na novela ante-rior.
São duas mulheres fortes,
com um humor cruel e dificulda-des
no trato com a filha. No pri-meiro
momento, isso me confun-diu
um pouco, assume.
Carlota é casada com o empre-sário
Fernando, interpretado por
Marco Ricca. Mas, por culpa da
vingativa Susana, papel de Ales-sandra
Negrini, sua filha foi troca-da
na maternidade. Além disso, a
personagem guarda um mistério
sobre seu passado, diretamente re-lacionado
ao descolado Amaury,
dono da discoteca que dá nome à
novela e interpretado pelo ator
Junno Andrade.
A seguir, os melhores trechos
da conversa com a atriz.
Pergunta - Dancin' Days é
citada como referência para
Boogie Oogie. Chegou a as-sistir
a alguns capítulos para se
inspirar?
Giulia Gam - Sei que muita gen-te
do elenco viu, mas confesso que
não assisti porque passa muito tar-de
(no canal pago Viva). Lembro
um pouco de quando foi exibida,
embora fosse muito nova. O que
foi bastante importante para mim
- e acredito que para o resto dos
atores também - foi uma palestra
com o Nelson Motta (criado rda
boate Frenetic Dancin? Days).
Também vimos o documentário
Rio Anos 70, do Maurício Bran-co
e da Patrícia Faloppa, que mos-tra
muito dessa época. O ano de
1978 é especial, já que não é a déca-da
de 1950, da ditadura pesada e
violenta, nem a de 1980, do início
da democracia. Vivi essa fase ain-da
criança e nunca parei para estu-dá-
la. Quando fui participar de al-gum
movimento, já estávamos nas
Diretas Já. É um período muito
atraente.
Pergunta - Quando começou
a interagir com o trabalho de di-reção
e produção de arte da no-vela
teve algum revival?
Giulia - Entrei no cenário e ti-ve
lembranças sensoriais. Veio-me
o cheiro daquelas casas, o tipo
de cultura, as madeiras que eram
usadas, tudo. Eu me recordei dos
amigos dos meus pais, de todas as
pessoas com quem convivi naque-la
época. Talvez o elenco jovem en-xergue
aquelas peças como obje-
Fotos: Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
18. tos de estudo, mas vi todas
com o olhar de uma criança.
Eu ia às matinês. Além disso,
a fase da discoteca durou mui-to
no Brasil, e sempre gostei
de dançar.
Pergunta - Você ainda gos-ta
de dançar? Costuma sair à
noite?
Giulia - Parei quando veio a
onda da música eletrônica.
Não há música, letra, movimen-to
ou mesmo um líder de uma
banda, por exemplo. Mas sinto
que agora está acontecendo um
certo revival dos anos 1970.
Vejo pela moda e pela cultura
de maneira geral. Talvez a no-vela
dê mais impulso para que
ela ganhe força.
Pergunta - Você gravou ce-nas
de discoteca. Curtiu?
Giulia - Curti, sim. Mas é
uma pena, porque Carlota pas-sa
longe de ser uma persona-gem
que dança ou se diverte
nesse ambiente. Minha fun-ção
ali é outra. Represento a
parte da censura, aquela pes-soa
que quer controlar a festa
e até o incontrolável. Mas va-mos
ter muitas surpresas boas
pela frente.
Pergunta - É a primeira no-vela
do Rui Vilhena (autor
moçambicano). Acha impor-tante
essa renovação?
Giulia - Vivemos um mo-mento
de muita mudança em
todas as áreas e em todos os lu-gares
por conta da internet.
Não é só a dramaturgia, tem
a questão do formato de folhe-tim
também. Se a tevê aberta
vai sobreviver ou nãojá não é
mais um assunto para daqui a
décadas. Acredito que, em uns
cinco anos, vamos montar nos-sa
programação na hora que
quisermos, baixando tudo da
web. Os próprios seriados ame-ricanos
ganharam prestígio.
Antes,fazer televisão nos Esta-dos
Unidos não trazia respeito
e agora é o contrário, os atores
estão indo para a TV. Acho
que essa movimentação cria,
naturalmente, uma necessida-de
de renovação. E a julgar
por Boogie Oogie, o Rui é
um grande trunfo nessa vira-da
porque tem frescor e, ao
mesmo tempo, já sabe escre-ver
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 17 - TV
novelas e tem experiência
no ramo em Portugal.
Pergunta - Nos últimos
anos, você tem feito mais te-levisão.
Por quê?
Giulia - Foram convites ba-canas.
Mas conta também o fa-to
de o meu filho estar crescido
(Theo, fruto do casamento com
o jornalista Pedro Bial, tem 16
anos). Sinto que agora posso
me dedicar realmente a um tra-balho
da maneira e na carga de
energia que gosto. Antes, até
aceitava uma coisa menor e que
não me ocupasse tanto,porque
precisava ter mais disponibili-dade
para ele. E a televisão sem-pre
me aceitou muito bem, des-de
que surgi como Jocasta na fa-se
inicial de Mandala (Glo-bo),
em 1987.
Pergunta - Depois de mui-tas
mocinhas, hoje você faz
papéis mais maduros e estra-tégicos
na TV. Como encara
essa mudança?
Giulia - Comecei como mo-cinha,
sim, mas nunca as vi sob
essa perspectiva romântica.
Não que não goste, ao contrá-rio,
adoraria fazer uma bem me-losa.
Mas acabei pegando perso-nagens
com um lado mais he-roico.
Às vezes,até um tanto re-belde.
Mas a teledramaturgia
hoje aborda personagens inte-ressantíssimos
do universo fe-minino.
O espaço não é farto
apenas para as jovens protago-nistas.
Estou tentando aprovei-tar
bem essa fase.
Sinto que agora posso
me dedicar realmente
a um trabalho da
maneira e na carga de
energia que gosto
19. Longe da aposentadoria
Avó de quatro netos, Betty Faria, 73 anos, esbanja vitalidade na hora de gravar suas cenas como a
ousada Madalena de Boogie Oogie, novela das 18 horas da Globo.
Nesta entrevista ela fala sobre a personagem e a carreira
Agência Estado
Aos 73 anos e avó de quatro
netos, Betty Faria afirma que
está longe de pensar em aposen-tadoria.
A atriz esbanja vitalida-de
na hora de gravar suas cenas
como a ousada Madalena de
Boogie Oogie, novela das 18
horasda Globo.
Betty não hesita em respon-der
quais são as cenas que mais
lhe empolgam na história assi-nada
por Rui Vilhena. Adoro
as sequências de discoteca. Não
tenho espírito saudosista, mas,
nessas horas, eu me transporto
um pouco para aquele período
e me divirto demais, conta.
A trama se passa em 1978,
ano em que Betty estampava,
pela primeira vez, a capa da re-vista
Playboy. A boaforma,
aliás, ainda é uma de suas mar-cas
e fica evidente em suas ce-nas.
Resultado, jura, apenas de
um controle bem feito da ali-mentação.
Estou fazendo fisio-terapia,
então nem tenho ma-lhado.
Tenho horror a ficar gor-da.
Seguro a onda mesmo. Não
fico comendo mal, diz.
Boogie Oogie se passa
no final da década de 1970.
Você se sente revivendo essa
época durante as gravações?
Betty Faria - É uma delícia
rever muita coisa desse tempo
da novela. Mas, sinceramente,
não me sinto revivendo a déca-da.
Estou interpretando uma
personagem que vive nessa épo-ca,
mas não me envolvo a esse
ponto. Talvez tenha me tocado
mais gravar as cenas da discote-ca,
por causa das músicas e das
danças. Sempre fui uma atriz
apaixonada por esse ambiente,
fiz alguns musicais e, por esse
aspecto, Boogie Oogie me em-polga
bastante.
Pergunta - Essa é a primei-ra
novela que o Rui Vilhena as-sina
na televisão brasileira.
Você já o conhecia?
Betty - Na verdade, eu até o
conheci pessoalmente, porque
fui ao lançamento do curta-metragem
Atrás da Porta,
de autoria dele, no ano passa-do.
Mas só nos falamos rapi-damente
e eu nem sabia que
faria essa novela.
Pergunta - Como você vê
essa renovação de autores pe-la
qual a televisão nacional
passa hoje?
Betty - A vida é uma renova-ção
constante. As mocinhas de
hoje são outras, tudo muda. E
estou muito satisfeita com o re-sultado
que tenho visto, não só
de renovação no texto e nas
atuações, mas também na dire-ção.
Tenho assistido a O Re-bu.
É um trabalho maravilho-so,
assim como Boogie Oogie.
A história do Rui é muito boa,
e a direção do Ricardo Wa-ddington
bastante caprichada
A TV não tem muito do que re-clamar
atualmente.
Pergunta - Madalena faz
coisas consideradas avança-das
para uma mulher da idade
dela em 1978. Há algo repri-mido
ali sendo jogado fora?
Betty - Eu a vejo como uma
mulher que foi feliz com o ma-rido,
mas sabe que teve um ca-samento
bem reprimido.
Pergunta - Então, a partir
do momento em que ficou viú-va,
resolveu fazer tudo o que
queria e não podia. Ou, pelo
menos, não fica se policiando
tanto. Esse acaba sendo um
tema atual, porque ainda se
fala muito de mulheres que vi-vem
só em função do casa-mento
ou da família...
Betty - Acho uma maravi-lha,
justamente por ser atual
mesmo. Muitas mulheres se
acostumam com uma relação
dependente no casamento e,
quando ficam sozinhas, per-dem-
se e deixam de viver. E a
Madalena não, ela fica comvon-tade
de fazer muitas coisas que
não conseguiu antes. Todo
mundo conhece gente assim.
Mas se eu puder passar algum
exemplo para essas mulheres,
independentemente da época
em que estamos hoje ou da que
se aborda na novela, vou ficar
muito orgulhosa.
Pergunta - Apesar desse
clima alegre e festeiro, estão
previstos muitos dramas para
a Madalena?
Betty - Todo mundo tem se-gredos,
dramas, alegrias, fes-tas...
Alguns têm um pouco
mais de uma dessas coisas,ou-tros
têm menos. Acho que ela
tem um approach de ver a vi-da,
pega as situações ruins e
transforma em coisas boas.
Pergunta - Você falou de
dançar e do período de disco-tecas.
Frequentava esse tipo
de lugar?
Betty - Sempre adorei dan-çar.
Ia bastante. Bom, normal-mente,
quem curte sai mesmo.
E dança, namora... (risos) Bons
tempos.
Pergunta - Você tem 73
anos e quase 50 de carreira
na televisão. O que ainda es-pera
desse veículo?
Betty - Espero tudo o que a
TV pode me dar. E é uma infi-nidade
de coisas. Tive papéis
maravilhosos recentemente.
Entrei em Avenida Brasil
(Globo) para fazer uma partici-pação
pequena e fiquei até o fi-nal,
foi um trabalho espetacu-lar.
Agora, veio esse convite
que me cativou de uma forma
incrível. Adoro fazer tevê, amo
gravar novelas.
Pergunta - Mas suas apari-ções
nos folhetins têm anda-do
um tanto espaçadas..
Betty - Sim, porque faço ou-tras
coisas. Passei dois anos e
meio em cartaz com a peça
Shirley Valentine, quando
corri o Brasil e caí na estrada.
Cuidei da minha vida, viajei.
Não estou na fissura de pegar
qualquercoisa. Quero trabalhar
com gente que goste de mim e
em produtos que me agradem.
Boogie Oogie, por exemplo, é
um projeto que já está no meu
coração. O Ricardo Wadding-ton
era um jovem diretor quan-do
trabalhamos juntos em um
dos meus papéis mais marcan-tes,
que foi Tieta (novela exi-bida
pela Globo em 1990).
Acho lindo poder reencontrá-lo
nesse clima bom de agora.
Globo
TV Globo/Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
20. DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 19 - TV
Band
Ana Paula Padrão abre
o leque de atuação
Apresentadora se reinventa à frente do MasterChef e conta que levou um
susto ao ser convidada para apresentar um programa de culinária na Band
Agência Estado
Ana Paula Padrão trilha um novo ca-minho
na TV desde o início deste mês.
A jornalista comanda pela primeira vez
um programa de entretenimento na
Band: o MasterChef. Com carreira con-solidada
no telejornalismo, ela conta
que levou um susto ao ser convidada pa-ra
apresentar um reality show de culiná-ria,
mas afirma que está se reinventan-do
nele. Porém, essa não é a primeira
vez que Ana Paula abre o seu leque de
atuação. A jornalista virou empresária
em 2005 e foi para se dedicar às suas
duas empresas (a Touareg Contéudo e a
Tempo de Mulher) que ela deixou a Re-cord
em março do ano passado.
Nesta entrevista, a apresentadora re-lembra
tudo que aprendeu no jornalis-mo
televisivo, mas afirma que não pre-tende
voltar para a área. Agora, o desa-fio
é outro e ela se diz muito empolgada
em mudar de foco aos 48 anos de idade.
Bancada nem pensar. Se quiserem, re-pito
isso 25 vezes. Ninguém acredita,
mas é verdade, diz Ana Paula.
Pergunta - O público está acostu-mado
a ver você como âncora de tele-jornal.
Como foi essa mudança de
área?
Ana Paula Padrão - Não estranhei
porque muito do que faço no Master-
Chef é jornalismo. Eu faço a ponte en-tre
os participantes e o júri. Dou as re-gras
do jogo no dia, faço muito os perfis
dos participantes, que é uma espécie de
reportagem. Quem são, de onde eles vie-ram,
o que o público não está vendo por
trás do fogão.
Pergunta - Quando você deixou a
Record, disse que gostaria de se dedi-car
a outros projetos. Eles continuam
como prioridade?
Ana Paula - Passei exatamente um
ano e um mês fora do vídeo (da televi-são).
Foi o tempo que fiquei cuidando-das
minhas duas empresas, a Touareg
Contéudo e a Tempo de Mulher. A
Touareg é uma empresa que trabalha ba-sicamente
com o mercado corporativo.
Este ano que passei na empresa fez mui-to
bem. Num ano difícil, muito retraído
em termos de meta publicitária, cresce-mos
bastante. Ampliei a empresa e isso
é fruto de eu estar lá. Fiz uma remodela-gem
financeira. A Tempo de Mulher é
uma empresa que ainda depende muito
da minha imagem. É um dos projetos
da minha vida porque fala com a mu-lher.
Ela cresceu muito neste último
ano também. O MasterChef é um pro-duto
por um período específico. São
três meses de gravação. Depois, vejo o
que vai acontecer. Eu não tenho ne-nhum
plano para depois, embora eu es-teja
na Band definitivamente.
Pergunta - Você aprendeu algo
com os chefs? Está com mais intimi-dade
com a cozinha?
Ana Paula - Gosto de cozinhar. Sou
uma cozinheira amadora, mas tenho
aprendido para caramba com eles.
Aprendo com o desenvolvimento das re-ceitas,
no tratamento que é dado a cada
alimento.
Pergunta - Você já tinha se imagi-nado
em um programa assim?
Ana Paula - De jeito nenhum, eu le-vei
um susto. Eu falei: master o quê?
Eu já tinha visto, mas não sabia que se
chamava MasterChef porque tem Su-perChef,
TopChef e eu não tinha
ideia de que o MasterChef era a mãe
de todos. A minha primeira reação foi
de estranheza. Comecei a estudar o pro-grama
e entendi que eraum grande for-mato
mundial. Em vários países, a figu-ra
do apresentador não existe. Pensei o
que eu faria basicamente, já que o forma-to
depende dos participantes e dos jura-dos.
A atração não precisa de um apre-sentador,
mas, do jeito que foi feita no
Brasil, ficou interessante. Sou uma cro-nista
do formato, aquela pessoa que tem
intimidade com quem está em casa e
que vai apresentando aos poucos os per-sonagens
e as regras do jogo. Acabei me
colocando no formato com aquilo que
eu sei fazer, que é ser repórter, aí eu cur-ti
muito.
Pergunta - Você se envolve de algu-ma
maneira emocional?
Ana Paula - O tempo inteiro eu so-fro!
É impressionante. Conheço cada
um dos participantes muito bem. Sei
quem faz doce melhor do que salgado,
quem cozinha melhor carne de porco
do que peixe... É uma montanha russa
emocional porque você se envolve e sa-be
o quanto vai ser duro para essa pes-soa
ser eliminada.
Pergunta - Você passou pelas gran-des
emissoras do país. O que apren-deu
ao longo de sua trajetória?
Ana Paula - Na Globo, eu aprendi a
ser jornalista. Fiquei 18 anos na emisso-ra
e tudo que eu sei sobre jornalismo
aprendi lá. No SBT, aprendi sobre tele-visão
porque fui para lá para remontar o
departamento de jornalismo. Isso envol-via
a área técnica, as câmeras e os satéli-tes
que íamos usar para transmissões in-ternacionais.
Aprendi como funciona a
área comercial do jornalismo. Ampliei
omeu leque de interesses e virei empre-sária
Abri a minha primeira empresa
quando eu estava no SBT. Na Re-cord,
a coisa mais importante que eu
aprendi foi ampliar meu leque de con-tato
com o telespectador. Na Globo,
eu tive muito contato com as classes
A e B, falava com a elite brasileira.
Na Record, eu falava basicamente
com as classes menos favorecidas.
Pergunta - O que você espera des-sa
sua nova fase, na Band?
Ana Paula - Estou na produção e en-tretenimento.
Bancada nem pensar. Se
quiserem, eu repito isso umas 25 vezes.
Ninguém acredita, mas é verdade. Essa
experiência está sendo muito interessan-te
porque estou vendo outro lado que eu
não conhecia. Jamais imaginei que eu
fosse trabalhar num estúdio do tama-nho
do que temos no MasterChef. São
dez câmeras e 70 pessoas envolvidas no
projeto. Nas externas, são mais 100 pes-soas
na produção. Estou aprendendo co-mo
é esse tipo de produção, e estou su-per
empolgada.
Divulgação
21. Seriado
INSPIRADA EM SÉRIES
POLICIAIS ESTRANGEIRAS
Os suspenses psicológicos e os serial killers invadiram a televisão mundial nos últimos anos. Agora, no
Brasil, um psicopata dá origem a Dupla Identidade, série que a Globo estreia no próximo dia 19
Agência Estado
Os suspenses psicológicos e
os assassinatos em série invadi-ram
a televisão mundial nos úl-timos
anos. Dexter, Crimi-nal
Minds, Hannibal, The
Mentalist e outros seriados co-nhecidos
investem nesse filão.
Telespectadora do gênero, a au-tora
Glória Perez cansou de ver
brasileiros recorrerem aos pro-gramas
estrangeiros ao busca-rem
esse tipo de programação.
E decidiu criar um psicopata as-sassino,
dando origem à Du-pla
Identidade, que a Globo es-treia
no próximo dia 19, após o
Globo Repórter.
Asérie tem 13 capítulos e gira
em torno de Edu, um advogado e
estudante de Psicologia aparente-mente
acima de qualquer suspeita,
interpretado por Bruno Gagliasso.
Sóqueele abusadocharmepara se-duzir
todos ao seu redor.Ese mos-tra,
já nas primeiras sequências,
umespecialistaemmatar pelo sim-ples
desejo de poder. Seja para con-seguir
ascensão social ou unica-mente
para se sentir capaz de defi-nir
que alguém não merece
mais estar nesse mundo.
Todos me perguntam o
que leva uma pessoa a fazer as
coisas que o Edu faz. Mas nos-so
intuito é problematizar mes-mo.
O Edu se sente um Deus. Pa-ra
ele, não tem diferençauma me-nos
vivendo, adianta Bruno, que
fez testes para o papel. Isso não
aconteciahá uns dez anos emeins-tigou
demais, afirma ele, que che-gou
a ser considerado novo de-mais
para o trabalho, por ter ape-nas
32 anos.
Na trama, Edu é um ho-mem
na faixa dos 35 anos e dis-posto
a chegar ao topo em tudo.
Já no primeiro capítulo,conse-gue
uma vaga como assessor do
senador Oto Veiga, papel de
Aderbal Freire Filho. Mas sua
meta é se tornar governador do
Rio de Janeiro para, depois, al-cançar
a Presidência da Repú-blica.
Tanto que fala isso seria-mente
para a sensível Ray, vivi-da
por Débora Falabella, com
quem inicia um namoro. Ele a
conhece na praia,no mesmo dia
em a jovem divorciada e mãe
de uma menina de cinco anos
reconhece o corpo de uma das
vítimas de Edu no Instituto
Médico Legal. Ray é portadora
do transtorno de personalidade
borderline, caracterizado pela
hiperatividade emocional, e lo-go
se derrete pelo vilão. São
pessoas que vivem uma entrega
total ao outro, ou seja, perfeitas
para um psicopata se relacio-nar,
conta Glória Perez.
Os crimes de Edu são inves-tigados
pela equipe do delega-do
Dias, personagem de Marce-lo
Novaes. Mas a Secretaria de
Segurança Pública do Rio de Ja-neiro,
preocupada em prender
o serial killer que assusta a po-pulação
às vésperas de uma elei-ção,
reforça o grupo, requisitan-do
a psicóloga forense Vera, in-terpretada
por Luana Piovani,
especializada em Ciência Com-portamental
em curso realiza-do
nada menos que no FBI (Fe-deral
Bureau of Investigation)
- a polícia federal dos Estados
Unidos. É no núcleo policial
também que o romance ganha
espaço na trama, já que Vera e
Dias têm um passado amoroso
que começa a aflorar durante as
investigações. E, a partir do sex-to
episódio, Edu começa a en-volver
a adolescente Tati, pa-pel
de Brenda Sabryna Mac e fi-lha
do delegado Dias, em seu jo-go
de sedução e morte.
Edu não precisa de moti-vos
para cometer seus crimes.
Mas é claro que, dependendo
da situação, ele pode agir por
interesses mais específicos,
desconversa Bruno.
Outra personagem que se
deixa enganar pelo atraente ad-vogado
é Sylvia, que marca o
primeiro trabalho de drama de
Marisa Orth na TV. Acostuma-da
a figurar como nome de des-taque
em núcleos cômicos de
novelas e seriados, a atriz vive a
mulher do senador Oto. Como
não gosta dos outros assessores
do marido, ela se encanta por
Edu. Mas ainda não se sabe se
os dois terão algum envolvi-mento
íntimo, já que Glória Pe-rez
deixou os últimos episódios
para serem escritos depois que
a série estrear. Eu li até o capí-tulo
dez, quando ela já está
completamente de quatro pelo
cara, mas nada rolou. Como a
história é de suspense e a onda
dele é o poder, tudo pode acon-tecer
até o 13°, supõe Marisa,
que garante nunca ter usado fi-gurinos
tão elegantes na televi-são.
Estou chiquérrima. Vejo
o guarda-roupa dela e fico bo-ba,
brinca a atriz.
Ultra definição
Gravada com duas câmeras,
Dupla Identidade é a primei-ra
produção da Globo a ser to-talmente
rodada em 4K. A tec-nologia
oferece quatro vezes
mais pixels que o HD e resulta
em uma textura ainda mais pró-xima
do real para quem assiste.
Com ela, o diretor-geral Mauro
Mendonça Filho, que foi quem
insistiu para contar com esse
avanço, ganha mais liberdade e
instrumentos para trabalhar deta-lhes
específicos na pós-produção.
Isso nos possibilita mudar intei-ramente
a fotografia depois que o
material já está filmado. Posso
transformar dia em noite, por
exemplo, ou vice-versa, explica
Mauro, que garante gravar 90%
das cenas de Dupla Identidade
em externas.
Para ambientar a história,
Mauro escolheu Copacabana,
região tradicional da Zona Sul
carioca. Além de misturar cons-truções
novas e clássicas, como
o prédio do Hotel Copacabana
Palace e as pacatas ruas do Bair-ro
Peixoto, a área foi a mesma
definida por Dias Gomes para
servir quase que de persona-gem
em As Noivas de Copaca-bana,
que em 1992 também ti-nha
um psicopata como princi-pal
personagem. Isso não foi
proposital. Copacabana é uma
amostra de pessoas e cenários
dos mais variados tipos. E que
pode ser identificado como um
bairro qualquer do mundo,
avalia o diretor.
Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
22. DEPOIS QUE
QUASE MORRI,
TUDO FICOU TÃO
PEQUENO.
Isis Valverde, atriz, à revista Glamour
Frases
DÁ VONTADE DE
SORRIR. NÃO DÁ
VONTADE DE
CHORAR, NÃO.
Pedro Cardoso, ator, sobre o fim de A Grande Fa-mília
(Globo), ao Vídeo Show (Globo)
É MUITO BOM
FAZER PAPEL DE
BICHA LOUCA, MAS
TEM MUITO
ESPECIALISTA.
Paulo Betti, ator, no Mais Você (Globo)
É CRUEL PARA
UMA MULHER
ENVELHECER E
NÃO
ENLOUQUECER.
Claudia Abreu, atriz, no
GloboNews Play (GloboNews)
TEATRO EU FAÇO
DE GRAÇA. É UMA
MISSÃO.
Fafy Siqueira, humorista, no
Programa Raul Gil (SBT)
NÃO VENDO A
MINHA VIDA
PESSOAL. NÃO SOU
CELEBRIDADE. SOU
ATOR.
Caio Castro, ator, ao site do programa Encontro
com Fátima Bernardes (Globo)
TENHO QUE FAZER
GINÁSTICA PARA
TRATAR DE
ALGUNS TEMAS
(NA TV ABERTA).
Miguel Falabella, autor, ao jornal O Globo (RJ)
NENHUMA
VIOLÊNCIA É
JUSTIFICADA.
Angela Sousa, bailarina do Domingão do
Faustão (Globo), que denunciou o namorado, o ex-
BBB Yuri Fernandes, por agressão, no Instagram
PRECISO DORMIR
E ACORDAR TODOS
OS DIAS, NÃO DÁ
PARA SER
NOSTÁLGICA E
SAUDOSISTA.
Marlene Mattos, diretora de TV,
ao jornal Extra (RJ)
VENDO AS
ROUPAS, PAGO AS
MINHAS CONTAS E
DOO O RESTANTE
PARA OS POBRES.
NÃO PASSO
MAIS FOME.
Neuza Borges, atriz que
abriuumbrechó
na Bahia, ao
site Purepeople
Agência Estado
Fotos: Divulgãção
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 / 21 - TV
23. MALHAÇÃO - 17H45
TV - 22 / São José do Rio Preto, 14 de setembro de 2014 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Davi conta para
Manuela o que descobriu sobre
Jonas. Gláucia confessa a Jonas
por que nunca conseguiu desem-penhar
o papel de mãe. Rita e
Dante contam para Davi e Matias
que vão se separar. Lara e Brian
se preocupamcom a aproximação
de Chang e Tomás. Brian afirma a
Jonas que Verônica pode arruinar
o plano dos dois Verônica decide
terminar seu romance com Jonas.
Davi e Verônica descobrem a iden-tidade
da pessoa que mandou os
e-mails anônimos sobre Jonas.
Terça-feira - Davi e Verônica se
surpreendem com as novas reve-lações
sobre Jonas. Arthur enga-na
Murphy, para que Manu invada
o computador de Jonas. Manuela
ouve Jonas contar para Brian que
pretende fugir após o lançamento
dos projetos. Verônica descobre
por que foi escolhida para escre-ver
a biografia de Jonas. Jonas
decide contar a verdade sobre
Gláucia para Sílvio. Herval reve-la
a Davi que tentou impedi-lo
de entrar no Geração Brasil. Da-vi
descobre que Manuela foi for-çada
a mentir para ele. Jonas
vai atrás de Verônica. Verônica
procura Pamela.
Quarta-feira - Manuela sente alí-vio
ao saber que Davi descobriu
seu segredo. Pamela expulsa
Verônica de sua casa. Davi e Ma-nuela
se beijam. Jonas mente pa-ra
Brian. Lara pergunta por Shin
para Moreira, que se surpreende
ao ver Chang se aproximar. Ma-nuela
avisa a Arthur que contou a
verdade para Davi. Jonas afirma a
Verônica que não desistirá dela.
Manuela revela a Davi que Jonas
pode ser preso. Dorothy se encon-tra
com Cidão. Chega o mandado-de
prisão contra Jonas, e
Verônica pensa em alertar o em-presário.
Quinta-feira - Edna impede
Verônica de alertar Jonas sobre o
mandado de prisão. Davi não con-segue
convencer Megan a ir embo-ra
com ele. Começa a apresenta-ção
de Jonas e Brian. Murphy avi-sa
a Jonas que Gláucia quer falar
com ele. Davi e Ernesto se preocu-pam
ao ver Zac Vírus na Marra. Jo-nas
se emociona com a declara-ção
de Megan. Gláucia engana
Tommy e consegue falar com Jo-nas.
Pamela se surpreende ao ver
Herval na Marra. Manuela e Ar-thur
terminam sua apresentação
e convidam Jonas para subir ao
palco. Jonas foge do local.
Sexta-feira - Todos procuram por
Jonas. Zac Vírus apresenta um ví-deo
em que desmascara Jonas, e
Pamela e Megan ficam atônitas.
Brian esconde o envelope grená
da Polícia Federal. Davi avisa a
Herval que cruzou com Gláucia lo-go
depois que falou com Jonas.
Davi pede para falar com Megan,
e Arthur percebe o incômodo de
Manuela. Manuela conta para a
família o que aconteceu na
Califórnia e as informações sobre
Jonas. Rita confessa a Valdeci
quenão consegue parar de pen-sar
em Fred. Brian garante a Pa-mela
que Jonas está doente. Her-val
descobre que Jonas mentiu so-bre
sua doença. Davi procura Me-gan.
Herval decide contar a verda-de
para Pamela.
Sábado - Davi tenta se explicar pa-ra
Megan. Pamela se sensibiliza
com as revelações de Herval. Her-val
conversa com Gláucia sobre
Jonas. Murphy fica indignado ao
saber que Manuela ficará à frente
da Marra Brasil. Verônica exige
destaque para sua matéria sobre
Jonas no Fato na Rede. Manuela
decide ficar com Arthur. Dante faz
uma serenata para Rita, sem sa-ber
que ela está com Fred em sua
casa. Brian fica revoltado ao des-cobrir
que foi enganado por Jo-nas.
Manuela e Davi pensam um
no outro. Verônica publica sua ma-téria
sobre Jonas, e Herval apro-va.
Brian se encontra com Jonas.
BOOGIE OOGIE - 18H15
Segunda-feira - Susana diz a Ma-dalena
que inventou a história da
troca de bebês para ficar com Fer-nando.
Daniele avisa a Gilda que
Fernando a demitiu por causa de
seu namoro com Rodrigo. Sebas-tiana
vê Homero e o aponta para
Leonorcomo o homem que fugiu
logo após os tiros na discoteca.
Madalena avisa a Fernando que
Susana está trabalhando na loja
de Vitória. Ricardo pede a Luisa
para contar a verdade sobre seus
pais a Madalena. Sandra revelaa
Rafael que Gilda e Fernando são
amantes. Beatriz avisa a Célia
que Elísio não aceitou o convite
para jantar em sua casa. Fernan-do
promete a Susana que termina-rá
com Carlota durante uma via-gem
que fará com a mulher a Ro-ma.
Serginho conta para Vitória
que Fernando é amante de Gilda.
Terça-feira - Vitória convida Ra-fael
para ser seu par no concurso
de dança da discoteca Boogie Oo-gie.
Célia descobre que Susana é
amante de Fernando. Vitória lê a
mensagem do cartão que Gilda re-cebeu
de Fernando. Sandra acei-ta
oconvite de Pedro para dançar
no concurso. Madalena insiste, e
Augusta e Vicente acabam concor-dando
em participar do concurso
de dança da Boogie Oogie. Vitória
leva Gilda para sua casa e comuni-ca
a todos da família que Gilda e
Fernando são amantes.
Quarta-feira - Gilda confessa que
é amante de Fernando. Carlota de-cide
ir para a casa de Leonor. Elí-sio
estranha o fato deBeatriz não
ter lhe contado que Paulo voltará
do exílio. Rafael recrimina Vitória
por ela ter espalhado queGilda
era amante de Fernando. Gilda
avisa a Susana que ela é apenas
mais uma das amantes de Fernan-do
Susana invade a casa de Fer-nando
à procura do empresário.
Quinta-feira - Fernando diz a Gilda
que não é amante de Susana. Car-lota
comenta com Leonor que a
traição de Fernando acabou com
seu casamento. Fernando pede a
Susana mais tempo até ficarem
juntos. Cristina diz a Fernando
que irá ajudá-lo a reconquistar
Carlota. Carlota pede a Leonor
que vá com ela para Roma. Vitória
incentiva Gilda a ficar com Fernan-do.
Fernando tenta impedir Carlo-ta
de pegar o avião para a Itália.
Sexta-feira - Fernando propõe a
Carlota que os dois retomem seu
casamento e saiam da mansão.
Vitória incentiva Fernando a ficar
com Gilda. Sandra conta a Beatriz
que Rafael propôs que os dois mo-rassem
juntos. Sandra decide de-sistir
do concurso de dança, após
uma discussão com Pedro. Elísio
afirma a Pedro que não permitirá
que Sandramore com Rafael. Au-gusta
se acidenta e fica impedida
de participar do concurso. Elísio
sai à procura de Beatriz na Boogie
Oogie. Madalena substitui Augus-ta
e dança com Vicente. Vitória
não consegue chegar a tempo na
discoteca, e Sandra decide partici-par
do concurso com Rafael. Fer-nando
questiona Gilda sobre o fu-turo
dosdois.
Sábado - Gilda pede a Fernando
que ele assuma a paternidade de
Rodrigo. Pedro e Rafael brigam na
pista de dança, e Ricardo ameaça
expulsá-los da discoteca. Vitória
chega atrasada à Boogie Oogie e
decide participar do concurso
com Pedro. Madalena dá para Au-gusta
o dinheiro que ela e Vicente
ganharam como prêmio pelo pri-meiro
lugar no concurso. Glória
demite Susana da loja. Gilson ten-ta
convencer Luisa a contar a ver-dade
sobre ele e Zuleika à família
de Ricardo. Cristina questiona
Sandra.
Segunda-feira - Karina quebra o al-to-
falante do carro de som que Pe-dro
contratou Dalva tenta desco-brir
quem foi a última namorada
de Alan. Nat liga para Dalva, mas
Duca impede a moça de falar com
sua avó. João pega o celular de
Gael escondido. Sol faz uma de-claração
para Wallace durante a
aula. João pede para René ensiná-lo
a operar uma câmera. João ob-serva
Bianca e Bárbara separa-rem
as roupas para o falso video-book.
Pedro avisa à banda que
não conseguirá o dinheiro para pa-gar
o estúdio. Lobão coloca Cobra
para treinar com Nat. Duca fala so-bre
a namorada misteriosa de
Alan, e Heideguer avisa que ela
precisa ser encontrada. Nat sur-preende
Cobra e vence a luta.
Terça-feira - João filma o video-book
de Bianca. Heideguer man-da
Cobra descobrir a identidade
da suposta namorada de Alan.Pe-dro
sugere a Bianca que pague a
segunda parcela do acordo, se
ele conseguir que Karina o abra-ce.
Pedro beija Karina, mas acaba
machucado. Marcelo vê Delma
conversando com Roberta. Duca
pede para fechar a banca deDal-va,
e ela desconfia. João decide
editar o videobook de Bianca na
QG. Nat chega para o encontro
com Duca,e Cobra a intercepta.
Quarta-feira - Nat discute com Du-ca
para despistar Cobra e vai com
ele para o QG. Jade flagra Nat e
Cobra conversando e sente ciú-mes.
Franz liga para Mari, no mo-mento
em que ela chega para fa-lar
com Jeff. Duca entrega dinhei-ro
para Bianca. Nando cobra a le-tra
da música para Pedro. Jeff de-cide
contar a verdade para Lin-coln.
Mari dispensa Franz para
ajudar Jeff. Pedro escreve a le-tra
de sua música pensando em
Karina. Lucrécia flagra Jade e Co-bra
juntos.
Quinta-feira - Lucrécia exige que
Cobra se afaste de Jade. Cobra
faz uma cópia do videobook de
Bianca sem que João perceba.
Tomtom pede que Karina a leve
ao parque de diversões. Bianca e
Duca se reconciliam. Wallace e
Sol levam Dalva para passear. Du-ca
encontra um bilhete nos per-tences
de Alan e fica intrigado. Ja-de
posta o videobook de Bianca
na internet. Pedro chega ao par-que
onde estão Karina e Tomtom.
Sexta-feira - Karina, Pedro e
Tomtom se divertem no parque.
Jeff entrega a Mari o anel que Lin-coln
comprou para ela. Ducaques-tiona
Bianca sobre o vídeo divulga-do
na internet, e a menina se enfu-rece
com João. Jade confirma a
Bianca que foi ela quem postou
o vídeo na internet. Mari vê o
carro de Franz e se afasta de Je-ff.
Tomtom pede aum funcioná-rio
do parque que pare a roda-gi-gante
quando seu irmão e Kari-na
estiverem no alto. Pedro de-clamaa
música para Karina,
que tenta disfarçar sua como-ção.
Pedro passa mal.
Resumo das novelas
GLOBO
GERAÇÃO BRASIL - 19H30