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Editorial
A edição deste domingo da revista Bem-Estar começa com
um texto curto, mas de conteúdo profundo, do escritor Yehuda
Berg, mostrando, segundo suas palavras, que a Luz do Criador
sempre nos acompanha, mesmo nos momentos em que tudo
parece estar escuro. Na reportagem de capa, “Ilusão virtual”,
psicólogos discutem o uso das redes sociais como uma espécie
de “ilha da fantasia”, onde tudo parece perfeito na vida das
pessoas, o que pode denunciar problemas de comportamento
como baixa autoestima e desvalorização de si próprio. Logo
adiante, uma reportagem sobre reencontros, e as lições que se
pode tirar desta “peça” pregada pelo destino. Na área da
educação, os sites com aulas das melhores universidades do
mundo à distância de um clique. O bullying, um dos problemas
mais sérios enfrentados pela juventude e a sociedade atual, é
outro tema de reportagem desta edição, assim como o valor de
retribuir o carinho e atenção de quem um dia nos cuidou, mote
do artigo do psicólogo Josinel Carmona. Um ótimo domingo.
24
Lake Tahoe, na divisa da Califórnia
com Nevada, tem estações de esqui
para todos os gostos e bela paisagem
16
Acostumado a papéis românticos na
tevê, Murilo Rosa experimenta a pele
de um vilão no folhetim “Salve Jorge”
13
Psicólogo sugere a reflexão: “enquanto
tenho força e capacidade, tenho me
dedicado a oferecer aos que precisam
de cuidados todo o amor que posso?”
Poesia
Viagem
Lembro-me de ti sempre
que me deparo com algo interessante ou saboroso.
De perfume especial.
No almoço ou no jantar.
Da entrada à sobremesa
Ao vinho que a tudo acompanha...
E que tão bem sabes apreciar.
Viajas em mim.
Na emoção que te faz presente
em meu coração, em minha mente;
ainda que o Atlântico entre nós se interponha.
Perfumes e sabores que a mim são brindados
foram feitos para ti
Valdíria Carvalho Corrêa
RELACIONAMENTO
Reencontros, em qualquer nível
de relação, podem nos dar
pistas de que questões do
passado não estão resolvidas
Páginas 6 e 7
EDUCAÇÃO
Sites especializados oferecem
conteúdo das melhores
universidades do mundo por meio
de vídeos e aulas virtuais
Páginas 8 e 9
COMPORTAMENTO
Ridicularização, insultos e
outros tipos de violência pedem
atenção mais rígida de pais,
escola e toda a sociedade
Páginas 10, 11 e 12
PAULO COELHO
Em seu artigo, escritor fala da
importância de um profissional
que poucas vezes percebemos ao
abrirmos um livro: o tradutor
Página 32
Agência O Globo/Divulgação
Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação
Turismo
Rubens Cardia
Televisão
Sobre ilusões e
peças do destino
Josinel CarmonaDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefe
Fabrício Carareto
fabricio.carareto@diarioweb.com.br
Editora-executiva
Rita Magalhães
rita.magalhaes@diarioweb.com.br
Coordenação
Ligia Ottoboni
ligia.ottoboni@diarioweb.com.br
Editor de Bem-Estar e TV
Igor Galante
igor.galante@diarioweb.com.br
Editora de Turismo
Cecília Demian
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Editor de Arte
César A. Belisário
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Pesquisa de fotos
Mara Lúcia de Sousa
Diagramação
Cristiane Magalhães
Tratamento de Imagens
Arthur Miglionni, Humberto
Pereira e Luciana Nardelli
Matérias
Agência Estado
Agência O Globo
TV Press
2 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
ISSO TAMBÉM
É PARA O BEM
Espiritualidade
Yehuda Berg
É difícil lembrar que a Luz
do Criador está sempre conos-
co. É fácil ter certeza quando tu-
do corre bem, mas nos momen-
tos que parecem obscuros ou di-
fíceis esquecemos que a Luz ain-
da está presente.
Considere a situação de um
homem que perde um voo. Tal-
vez ele fique furioso porque tem
muitas coisas para fazer no seu
local de destino e bastante gente
depende da sua chegada. Mal sa-
be ele que sua alma gêmea está
sentada ao seu lado enquanto
aguarda desesperado para entrar
na lista de espera de outro voo.
Se ele ficar com raiva ou de-
primido, entregando-se à situa-
ção que enxerga como algo hor-
rível, pode ficar tão consumido
que talvez nunca perceba a mu-
lher sentada ao seu lado.
Se, em vez disso, escolher
ser proativo, buscar a Luz ali e
optar por render-se à situação,
lembrando-se de confiar e apre-
ciar o fato de que a Luz está tra-
balhando a seu favor, poderá
escolher ter uma conversa agra-
dável com a mulher que está
próxima a ele.
Na verdade, são momentos
como esse, realmente caóticos
ou estressantes para nós, em
que se escondem nossas maio-
res bênçãos. Quando escolhe-
mos não ser reativos e temos cer-
teza sobre a ordem do universo,
podemos descobrir o verdadei-
ro motivo de uma determinada
situação estar ocorrendo.
Um sábio kabalista sempre
dizia a seus alunos: “Isso tam-
bém é para o bem”, não importa-
va o que estivesse acontecendo.
O Criador tem sempre a in-
tenção de dar o que é melhor pa-
ra nós. Sempre. ■
Yehuda Berg é codiretor do
The Kabbalah Centre e já
escreveu mais de 30 livros sobre
assuntos que abordam desde
depressão e capacitação, até
relacionamentos e a Bíblia. Dois
de seus maiores best-sellers, O
Poder da Kabbalah e Os 72
Nomes de Deus, foram
traduzidos para 20 e 14 idiomas,
respectivamente.
www.kabbalahcentre.com.br
O Criador tem sempre a intenção
de dar o que é melhor para nós
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 3
Pessoas carentes emocionalmente e com necessidade de aceitação encontram
nas redes sociais o canal para transformar frustrações em felicidade irreal
Gisele Bortoleto
Gisele.bortoleto@diarioweb.com.br
Nas últimas semanas, neste período de férias e festas de final de ano,
possivelmente você tenha visto à exaustão na internet fotos maravilho-
sas no mar, à beira da praia, em bares e restaurantes, ceias deliciosas,
casais aos beijos e abraços. E provavelmente pode ter caído na ar-
madilha de achar que seus amigos e todos os que estão na sua
rede social estavam se divertindo muito mais do que você.
Mas já parou para pensar que a maioria das histórias e
imagens presentes ali não passa de um “conto de fa-
das”? Uma necessidade mais de mostrar felicidade
do que ser feliz de fato?
Necessidade de aceitação, falta de maturidade e
autoestima,desvalorizaçãodesipróprioestãoentre
as explicações para esse tipo de comportamento.
Mostrarapenasoladobomdacoisanãoéexclu-
sivo das redes sociais. Até mesmo quando coloca-
mosumafotoemumálbumdefotografiasescolhe-
mos só as melhores fotos.
Amaiorianãocolocacoisasquedesagradam,ame-
nosquesejaumatristezaqueelagostariadecomparti-
lhar e ter o apoio das outras pessoas. “Quando você
está em um grupo de amigos, não conta as coisas
ruinsparatodas aspessoas,sópara alguns,eo mes-
mo acontece nas redes sociais. Você só comparti-
lha aquilo que gostaria que todo mundo soubes-
se”, diz.
Ao divulgar a própria imagem nas redes so-
ciais, as pessoas se valem dos mesmos esque-
mas de comportamentos que costumam adotar
na vida real. “Quem inventa histórias vantajo-
sas aos amigos e colegas de trabalho irá mentir
também na rede. Quem acredita que existem
de fato relações maravilhosas (e deve acreditar
em Papai Noel, duendes, fadas), irá invejar in-
verdades, já aqueles que não se iludem igno-
ram ou debocham diante de tais posts”, diz a
psicóloga cognitivo-comportamental Mara
Lúcia Madureira.
“Emtermosderepresentaçãopúblicadaau-
toimagem,semprehaverá mentirosos,crédulos,
céticos,sensatos,insensatoseosinsanos.Aorela-
tar ou publicar inverdades sobre sucesso absolu-
to na vi-
da familiar, profissional, social,
sexual e amorosa, a pessoa ingenuamente acredita con-
vencer o interlocutor de experiências que ela gostaria de
ter vivido ou de um modelo de vida que ela idealiza. Ela
não considera o interlocutor um idiota, apenas não perce-
be a inconsistência ou o ridículo de seus relatos e posts”,
explica Mara Lúcia, que vai mais além: a fantasia de mui-
tos usuários das redes sociais é protagonizar uma história
desucessopessoal,familiar,profissional,socialeumpúbli-
co que os aprove.
Popularidade
Para aqueles que veem esses canais virtuais como pal-
coparaexibiçõesdesuasexperiênciasdiáriasealimentam
expectativas em relação ao público e à crítica, o Facebook
e o Twiter se tornaram medidores de popularidade. Mui-
tosusuáriospublicamalgopessoaleesperamporrepercus-
são. “Quando isso não ocorre, eles se frustram”, afirma
MaraLúcia. Muitas vezes, retiram ouocultam as publica-
ções e sentem envergonhados.
Um estudo da Universidade de Cornell, nos Estados
Unidos, feito com 63 estudantes no começo de 2011, des-
cobriu que os que passaram três minutos checando seu
perfil revelaram maior autoestima do que quem não aces-
sou a rede social. Mas nem tudo são flores. Pesquisadores
daUniversidadedeWaterloo(Canadá)publicaramumes-
tudo sugerindo que esse efeito positivo não ocorre com as
pessoasquetêmautoimagemnegativa.Naverdade,arede
social pode até piorar as coisas.
Se você, assim como outros milhões de pessoas ao re-
dor do mundo, passa boa parte do seu tempo conectado,
saiba que nas redes sociais se manifestam traços de perso-
nalidade. Por meio de seus posts e tweets, exibem traços
deinveja,porexemplo.Háquemprocurenaredemotivos
para alimentar ciúmes patológicos, brigar e ser infeliz ao
vasculhar mensagens e diálogos de pares e cônjuges. E
existemtambémdeslumbradosquefotografamecompar-
tilhamdesdeaxícara docafé matinal,ovapor do banho,o
prato do almoço até o pijama.
Ilusão virtual
Vida Digital
4 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
“Asredessociaisdisponibi-
lizamaoportunidadedaspessoasmostraremoquepre-
tendem e como podem. O problema existe quando se faz mau uso dos
meiose,com isso,temosumdesperdíciodetempo,uma formidávelfer-
ramenta de intrigas entre casais, verdadeira fonte de angústias para re-
cém-separados e muito pouco retorno que valha a pena ou signifique
realmente algo proveitoso em termos pessoais”, diz Mara Lúcia.
‘Laboratório’ comportamental
“O Facebook é a versão digital de nos-
sa sociedade. Reúne diferentes grupos em
um único lugar e tornou-se um verdadeiro
laboratório de estudo do comportamento
humano”, diz o psicólogo cognitivo-com-
portamental Alexandre Caprio. É como
uma festa que nunca acaba. As pessoas en-
tram, se procuram, se conhecem, paque-
ram, contam piadas, trocam farpas, e de-
poissaem. Enquantotomambanho, almo-
çam, dormem ou trabalham, a reunião so-
cial continua. Quando retornam, existe
um histórico em seu perfil de tudo o que
rolou na sua “ausência”.
Não demorou muito para que o Face-
book fosse comparado a um vício. Milha-
res de usuários ficam o dia todo conecta-
dos. Muitas pessoas transformaram o pró-
prio perfil em um verdadeiro diário e ali
colocam tudo que acontece em suas vidas,
por mais insignificantes que possam pare-
cer os acontecimentos. Alguns publicam
fotografias do que irão comer no jantar.
Outros postam imagens de ferimentos
que sofreram. Pessoas que utilizamo espa-
ço para defender e propagar – às vezes
agressivamente - uma ideia religiosa, en-
quanto outros preferem se apegar a ideais
políticos ou simplesmente resolver a vida
sentimental.
“A variedade é tão grande quanto a
diversidade humana. Exatamente por is-
so os desequilíbrios emocionais são fá-
ceis de ser notados”, diz.
No Facebook, geralmente, todos es-
tão sorrindo nas fotos. Os álbuns estão
recheados com festas de formaturas,
churrascos, cerimônias, encontro com
amigos, viagens e outros eventos.
Trata-se de um comportamento ins-
tintivo para sentir-se incluso e aceito.
As pessoas passam a concentrar suas
energias na construção de um perfil que
mostre para os outros tudo aquilo que
elas acham que precisam ser. Passam a
enaltecer qualidades e ocultar defeitos
com tamanha intensidade que atingem
um tom caricato. É dentro desse quadro
de extrema necessidade de aprovação e
aceitação que as funções “curtir” e
“compartilhar” se elevam a um padrão
que provavelmente não foi imaginado
pelo criador do Facebook, Mark Zucker-
berg: o de “esmola digital”.
Dependendo do grau de carência por
atenção que alguns usuários atingem -
ressalta Alexandre Caprio - chegam a pe-
dir diretamente um “curtir” ou “compar-
tilhar”. Algumas pessoas criam estraté-
gias para “chantagear” seus contatos, ape-
nas para respirar alguns segundos den-
tro de uma ilusão de popularidade.
“Quando acreditamos verdadeiramente
em nossos valores, não precisamos pro-
var isso aos outros, nem mendigar aten-
ção”, explica o psicólogo.
As redes sociais se tornaram uma es-
pécie de diário oficial das vidas de mui-
tas pessoas e, por isso, tudo que lá é pu-
blicado é considerado “prova documen-
tal da felicidade”.
“Tamanha é a força dessa ideia que
já ouvi pessoas dizerem que não haveria
graça em ir a uma festa se não pudessem
fotografá-la para publicá-la em seu per-
fil. Outras voltam para casa mais cedo
só para podercontar aos outros a expe-
riência que acabaram de ter”, diz o psi-
cólogo.
A necessidade de provar que se é feliz
tornou-se mais importante que a própria
felicidade. “Esse é o verdadeiro paradoxo
do desequilíbrio e, infelizmente, é nessa
direção que muitos estão caminhando.
Faz-se necessária uma revisão imediata de
nossos conceitos em um momento em
quea tecnologia deveria vir acrescentar fa-
cilidades à nossa existência em vez de
criar tantas dificuldades. Enquanto a opi-
nião alheia for mais importante que a nos-
sa própria, desperdiçaremos a chance de
viver nossas vidas para construir uma
mentira que, no final das contas, não fará
diferença para ninguém.” ■ (GB)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 5
Reencontros criam oportunidades de revivermos sentimentos agradáveis
ou para dar solução a algo do passado e assim evoluirmos
Gisele Bortoleto
Gisele.bortoleto@diarioweb.com.br
Ah, quantos desencontros
acontecem na vida. Não impor-
ta em qual fase dela estamos,
sempre deixamos alguém espe-
cial pelo caminho. Podem ser
pessoas as quais perdemos de
vista, amizades com as quais
perdemos contato por um mo-
tivo ou por outro. Uma mu-
dança de cidade, de escola, de
emprego. Bate a saudade. Gos-
taríamos de encontrar nova-
mente essas pessoas, mas por
diversas circunstâncias nos é
impossível fazê-lo em determi-
nado momento.
“Não chore nas despedi-
das, pois elas constituem for-
malidades obrigatórias para
que se possa viver uma das
mais singulares emoções da vi-
da: o reencontro”, já disse o es-
critor Richard Bach.
Sempre fica a vontade de fa-
zer com que as coisas voltem a
ser do jeito que eram para que
essas pessoas queridas tornem
a fazer parte de novo de nossas
vidas. E um dia, quando me-
nos esperamos, encontramos
com aquele alguém especial
que não víamos há anos e se-
quer tínhamos notícias. É o
destino aprontando mais uma
das suas, permitindo que final-
mente possamos concluir algo
que terminou antes do devido,
acertemos algumas coisas que
não foram possíveis no passa-
do. O coração bate mais forte,
as mãos começam a suar frio e
é como se tivéssemos estado
com a pessoa no dia anterior.
Mas o que permite que
reencontremos pessoas que
imaginávamos perdidas pelo
caminho? Certamente a afini-
dade, diria o escritor Arthur
da Távola (1936-2008). “A afi-
nidade não é o mais brilhante,
mas o mais sutil, delicado e pe-
netrante dos sentimentos. É o
mais independente. Não im-
porta o tempo, a ausência, os
adiamentos, as distâncias, as
impossibilidades. Quando há
afinidade, qualquer reencon-
tro retoma a relação, o diálo-
go, a conversa, o afeto no exa-
to ponto em que foi interrom-
pido”, disse ele.
“Durante nossa vida, afas-
tamo-nos de alguém sem que
haja um motivo realmente vá-
lido, talvez porque por vezes
ocorrem pequenas desinteli-
gências e, na tentativa de se
acertar as coisas, busca-se
num reencontro uma oportu-
nidade de se consertar algo
de errado que fizemos, ou
que sofremos, e que pode exi-
gir uma grande dose de hu-
mildade, pois devemos supe-
rar algo que temos muito arrai-
gado, que é o orgulho, nosso
amor-próprio, que, quando fe-
rido, nos leva a certas atitudes
das quais podemos nos arre-
pender mais tarde, levando-
nos a buscar amizades perdi-
das, por causa desses ‘trope-
ções’”, diz o poeta e escritor
Marcial Salaverry.
Segundo ele, muitas ve-
zes, esses desencontros têm
conserto. “As pessoas que
amamos são insubstituíveis
ao nosso coração. Aquele lu-
garzinho que elas ocupam fi-
ca marcado com a presença
delas, com o cheiro, com a for-
ma e até o som do riso. E
quando elas partem, forma-se
o vácuo”, diz a escritora Letí-
cia Thompson. Mas se a pre-
sença física se foi, ficam ain-
Emalgumlugar
Relacionamento
6 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
da as lembranças de tudo aqui-
lo que foi construído juntos:
os momentos vividos, as horas
compartilhadas, muitas ve-
zes as partidas e os reencon-
tros. Basta ter paciência e sa-
ber esperar. Todas as pessoas
que amamos um dia podere-
mos reencontrá-las. O reen-
contro com essas pessoas nos
traz novamente uma grande
felicidade, que deixamos de
sentir quando ficamos in-
completos quando essas pes-
soas decidiram seguir cami-
nhos diferentes. É reencon-
trar e ver de novo aquele ros-
to que nos encantou, aquela
imagem que ficou gravada
em nossas mentes.
Lições
“A questão dos reencon-
tros é realmente intrigante, es-
pecialmente da forma como al-
guns deles ocorrem. Dá a im-
pressão que ‘lá em cima al-
guém está mexendo os pauzi-
nhos’”, diz o coach e iogatera-
peuta Salvador Hernandes.
Reencontros podem nos dar
pistas de que as questões en-
volvidas com aquelas pessoas
não foram resolvidas - diz ele -
e as lições voltam a se apresen-
tar como oportunidades que
podem ou não ser aproveita-
das. O que não quer dizer que
devemos romper as relações
atuais para reatar as antigas,
mas aquela pessoa traz nova-
mente o conteúdo que precisa
revisto e, quem sabe, aprendi-
do agora, com mais maturida-
de, com mais chance de ser
produtivo.
“Diante dessas ‘coincidên-
cias’, seria legal nos perguntar-
mos: o que esta situação pode
estar querendo me ensinar?
Qual a lição?”, complementa.
Aproveitemos os reencontros,
que podem ser oportunidades
maravilhosas de crescimento
e aprendizado. Se a pessoa vai
permanecer a partir de então
na sua vida, como opção sua e
dela, ótimo. “Aprecie a rique-
za das novas/velhas relações”,
sugere Hernandes.
rdo... presente
Há uma ‘razão’
“Os reencontros aconte-
cem para que algo seja con-
cluído ou revivido de forma
adequada, ou para trazer
aprendizado e percepção de
padrões que se repetem”, diz
a terapeuta holística Vânia
Medeiros. Tudo acontece no
tempo certo e nada é por aca-
so, segundo ela. “Às vezes,
nos relacionamos afetiva-
mente com alguém em nossa
juventude ou adolescência, o
relacionamento acaba, e de-
pois de muitos anos reencon-
tramos a pessoa e nos apaixo-
namos, casamos e vivemos
imensamente felizes, ou se-
ja, quando éramos jovenzi-
nhos, não tínhamos maturi-
dade suficiente ou não fo-
mos capazes de ver a outra
pessoa de forma plena, ou
não estávamos plenos naque-
le relacionamento, mas o des-
tino nos coloca novamente
no caminho da outra pessoa
e, às vezes, ficamos até de for-
ma consciente ou incons-
ciente ligados ao outro e, des-
sa forma, sempre atraímos a
outra pessoa”, diz.
“Se observarmos os reen-
contros, perceberemos que
são sempre ricos de alguma
forma, mesmo quando as si-
tuações negativas se repetem.
Isso nos faz perceber que não
evoluímos, que somos teimo-
sos, apegados a padrões e si-
tuações negativas, e quando
aprendemos e mudamos, tu-
do muda, pessoas saem de
nossas vidas e novas chegam,
inclusive as do passado po-
dem voltar, porém agora com
novas energias, evoluídas e
plenas”, completa.
E o destino, segundo a te-
rapeuta, não se trata de algo
incontrolável por nós, total-
mente indeterminado, mas
sim das escolhas de nossa al-
ma, que tudo sabe. “E quan-
do nos permitimos, quando
nos conectamos com a vonta-
de do nosso Eu Divino, vive-
mos sempre em plenitude e
graça, tudo flui com facilida-
de, parecendo que já estava
tudo traçado pela vida.”
“Quem esquece um con-
to de fadas? Ninguém, cer-
to?”, pergunta a psicóloga
Beth Valentim, autora do li-
vro “Essa Tal Felicidade”
(ed. Elevação). Por isso as
pessoas se reencontram e
adoram reviver o passado.
Colegas de turma de colégio
ou faculdade hoje com bas-
tante idade estão se reencon-
trando e saindo, revivendo
momentos de juventude,
adolescência, relembrando o
passado, complementa. Às
vezes, o sentimento que exis-
te entre duas pessoas não é
suficiente para continuarem
juntas. No entanto, os dois
são apaixonados pela histó-
ria que viveram. Aquela his-
tória lá atrás significou mui-
to, repleta de fantasias, de en-
contros inesquecíveis e que
ficam marcados para sem-
pre. Muitas vezes as pessoas
não se encontram mais fisica-
mente, mas estão ligadas exa-
tamente por essa história.
São apaixonadas pela histó-
ria que viveram. “E como
história mexe com a gente,
pode a qualquer momento
voltar a ser relida, vivida ou
mesmo as pessoas se apaixo-
narem outra vez”, explica.
Com os amigos os senti-
mentos envolvidos no reen-
contro também não são dife-
rentes. Viveram coisas incrí-
veis, como uma viagem re-
pleta de brincadeiras, diver-
sões a toda prova. “As pes-
soas voltam para as nossas vi-
das porque foi bom. O beijo,
o abraço, o sexo, a relação, as
risadas, tudo. E quem não de-
seja reviver o que foi legal e
deixou lembranças tão signi-
ficativas?”, complementa.
Às vezes, vivemos algo
com alguém na hora errada,
é verdade. Ambos talvez
não estivessem preparados
para tal sentimento ou rela-
ção. Mas se foi bom - ressal-
ta Beth -, se foi marcante,
eles sempre vão sentir sau-
dade daquilo que não se rea-
lizou, ficou faltando uma
“pontinha”, a que faria fe-
char um ciclo, e, por algum
motivo não foi possível. Es-
tá aí a possibilidade de ser
retocado, revivido. (GB)
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 7
Internet facilita acesso às melhores
universidades do mundo por meio
de ‘aulas virtuais’
Jéssica Reis
jessica.reis@diarioweb.com.br
A internet é um meio de co-
municação que se tornou mui-
to popular nos últimos tempos.
Por meio dela, é possível se co-
municar com pessoas que estão
a milhares de quilômetros de
distância. Além disso, uma no-
vidade tem facilitado o ensino
à distância: são os sites especia-
lizados que oferecem conteú-
dos gratuitos das melhores uni-
versidades do mundo.
Os vídeos podem ser acessa-
dos de qualquer lugar, desde
que se tenha uma boa conexão
de internet. A maioria dos cur-
sos é gratuita e tem como mes-
tres os professores das princi-
pais universidades. As opções
de salas de aula virtuais são vá-
rias, só no ano passado foram
lançados a Classroom TV, que
oferece mais de 10 mil aulas, de
33 universidades; a edX, com 7
cursos e 12 universidades, en-
tre elas Harvard; e o Coursera,
considerada líder entre as plata-
formas, com mais 200 cursos
de 33 universidades.
No Brasil, o portal Veduca
tem cursos completos sobre to-
dos os grandes campos do ensi-
no superior e conta com mais
de 5 mil aulas, de 13 das princi-
pais universidades do mundo.
O acesso é gratuito e parte do
material já está legendado. O
processo de legendagem em
massa do portal teve início em
outubro do ano passado. Desde
então, mais de 50 novas legen-
das foram incluídas. Hoje, con-
siderando as aulas de universi-
dades brasileiras, já são 450 vi-
deoaulas em língua nativa. A
expectativa é de que até o fim
de 2013 esse número aumente.
O criador do Veduca, o en-
genheiro Carlos Souza, deixou
a carreira para trás com o objeti-
vo de mudar o conceito de edu-
cação on-line no País. Souza ex-
plica que todo o conteúdo das
grandes universidades do Bra-
sil e do mundo oferecido no Ve-
duca já estava disponível pelo
Youtube e pelos sites das pró-
prias universidades, mas de
uma forma não organizada, difí-
cil de ser encontrada e sem le-
gendas em português. “A pro-
posta do Veduca é, além de tor-
nar esse conteúdo acessível à
maioria dos brasileiros, que
não domina outros idiomas, se-
lecionar vídeo-aulas dentro do
que existe de melhor disponí-
vel na web e organizá-las. To-
dos os vídeos estão agrupados
de maneira simples, em cursos,
por sua vez organizados em te-
mas. Nosso acervo será gradati-
vamente alimentado, trazendo
sempre novas vídeo-aulas com
a chancela das melhores univer-
sidades. Projetamos um aumen-
to no número de vídeos e de
APRENDIZADOAPRENDIZADO
A UM CLIQUEA UM CLIQUE
Educação
8 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
universidades em cerca de 50%
em 2013, em relação ao acervo
atual”, conta.
No portal, professor e aluno
encontram de forma simples e
organizada aulas e palestras de
excelentes professores e univer-
sidades. Segundo o criador do
site, professores já recomen-
dam aulas e cursos do Veduca
em suas aulas presenciais. “Es-
tudantes têm navegado em bus-
ca de conhecimento comple-
mentar ao que já estudaram e
também como ferramenta de
descoberta de novos interesses
acadêmicos ou profissionais.
Essencialmente, nossa propos-
ta é aliar tecnologia e educação
de qualidade. Por isso, sempre
enriqueceremos o site com fun-
cionalidades e ferramentas que
facilitem os estudos na web”,
explica.
O site oferece ainda um sis-
tema de busca, em que é possí-
vel pesquisar palavras-chave
na fala do professor ou pales-
trante. Ao clicar em um dos re-
sultados da busca, o vídeo co-
meça a partir da primeira men-
ção à palavra pesquisada. Sou-
za lembra que desde de que foi
ao ar, em março de 2012, o site
recebeu pouco mais de 1,1 mi-
lhão de visitantes, sendo 602
mil visitantes únicos. São 24
mil usuários registrados no si-
te e 17 mil seguidores nas re-
des sociais (Facebook, Twitter
e Google+). Atualmente, as au-
las mais procuradas são das
áreas de ciências da computa-
ção e matemática.
De acordo com Souza, foi
projetado um aumento do nú-
mero de visitantes, usuários re-
gistrados e seguidores nas re-
des sociais em 10 vezes para
2013, em relação aos resultados
registrados no ano passado. A
projeção é baseada em três fato-
res: o lançamento da nova ver-
são do site, em fevereiro, novas
funcionalidades e ferramentas
para facilitar os estudos dos
usuários, e a possibilidade de
interação com os demais inter-
nautas. A disponibilização de
cursos pagos, com certificação,
também está entre os projetos
para este ano.
A outra novidade é o lança-
mento de uma nova ferramenta
de distribuição do conteúdo,
por meio de uma tecnologia de-
senvolvida pelo portal, chama-
da “Content Sense”. “O ‘Con-
tent Sense’ é um algoritmo que
permite relacionar textos dos
grandes sites de notícia, como
jornais e portais de conteúdo
parceiros, a aulas disponíveis
em nosso acervo. Por exemplo,
ao ler uma reportagem sobre re-
dução da taxa de juros básica
do país em um jornal on-line
parceiro do Veduca, o leitor re-
ceberá, na própria página, su-
gestões de vídeo-aulas no Vedu-
ca que ajudam a explicar os con-
ceitos citados na reportagem,
como uma aula de Macroecono-
mia em Yale, ou Matemática Fi-
nanceira no MIT”, explica.
Estudar pela internet pode
não ser fácil como parece, afi-
nal, é preciso ter disciplina e
foco para não cair nas armadi-
lhas da rede mundial de com-
putadores durante uma vídeo-
aula, por exemplo, indo para
outros sites, em especial as re-
des sociais.
Para o professor Luiz Octá-
vio Teixeira Stocco, diretor da
unidade SEBCOC Rio Preto,
os sites especializados em edu-
cação são uma oportunidade de
aprendizado. “São plataformas
importantíssimas que darão
um novo estímulo aos universi-
tários, profissionais formados e
professores. Lógico que não há
impedimento algum para que
outros perfis usufruam do servi-
ço. Com a quinta maior popula-
ção universitária do mundo
(6,1 milhões), esses portais colo-
cam o Brasil em rota de oportu-
nidade para que mais e mais
pessoas interessadas possam
aprender por meio da inter-
net”, afirma.
Segundo Stocco, os alunos
podem ser beneficiados com es-
sas plataformas em vários as-
pectos, especialmente para ver
uma abordagem dos maiores
centros de pesquisa do mundo,
como Harvard, de assuntos que
não teriam acesso no Brasil.
Carlos Souza, criador do Ve-
duca, diz que o uso da internet
com fins educacionais já é uma
realidade no Brasil. Ele afirma
que dados do Centro de Estu-
dos sobre as Tecnologias da In-
formação e da Comunicação
(CETIC) mostram que 66% dos
80 milhões de internautas brasi-
leiros entram na internet todos
os meses em busca de educação
e treinamento.
Embora esses portais espe-
cializados sejam geralmente
voltados para o conteúdo uni-
versitário, o professor do SEB-
COC diz que os alunos de cursi-
nhos ou ensino médio também
podem ser beneficiados. “Prin-
cipalmente para ampliação do
seu repertório, mas sem esque-
cer o foco de matérias de vesti-
bulares. Esses cursos devem
ser vistos como uma leitura de
uma boa revista, não deve ser o
foco principal”, recomenda.
Além disso, os professores
também podem utilizar esses
sites gratuitos como comple-
mento, por exemplo, para as
aulas. “Nossa escola, que tem
uma preocupação com educa-
ção de qualidade e tecnologia
para todas as fases da vida,
sempre está se reciclando com
treinamento continuado a
usar essas novas tecnologias
em sala de aula. É fundamen-
tal que se deixe o pragmatismo
e parta para as ousadias educa-
cionais existentes e disponíveis
no mundo”, explica. ■ (JR)
Salas de aula virtuais
Coursera -
www.coursera.org
Veduca -
www.veduca.com.br
Classroom TV -
www.classroomtv.com
edX - www.edx.org
Acesso a conteúdos
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 9
Elen Valereto
elen.valereto@diarioweb.com.br
Intimidações, violências, insul-
tos, críticas, ridicularização, perse-
guições. Essas são algumas das ma-
neiras de praticar o bullying, que
tem como principal alvo crianças
e jovens tímidos, com baixa autoes-
tima, menos idade, que se desta-
cam na aula, por escolha sexual di-
ferente dos demais ou porte físico
que chame a atenção.
O agressor não tem motivo espe-
cífico para perseguir a vítima, mas
de certa forma não aceita lidar com
qualquer pessoa que, na cabeça de-
le, representa o diferente, afirma
Nelson Pedro Silva, professor dou-
tor do Departamento de Psicologia
Evolutiva, Social e Escolar da Uni-
versidade Estadual Paulista
(Unesp). “Outro aspecto é que o di-
ferente nos incomoda, porque ele
está dentro de nós, a ponto de ser
inconsciente”.
Os ataques têm repercussões di-
ferentes para cada pessoa, princi-
palmente quando se torna algo fre-
quente. As vítimas acabam não de-
nunciando, sofrem caladas e mu-
dam o jeito de ser. “(A criança) co-
meça a apresentar comportamen-
tos opostos. Se ela gosta de ir à es-
cola, não vai querer mais, aparece
com machucados, fica isolada no
quarto, e algumas meninas come-
çam a apresentar quadro de buli-
mia e anorexia”, diz o professor.
Essas consequências são liga-
das diretamente à autoestima, de-
sencadeando ainda sentimentos
de timidez, insociabilidade e inca-
pacidade de conseguir um empre-
go no futuro ou desempenhar qual-
quer atividade. A humilhação fre-
quente, conta Silva, pode ter fim
trágico também. “A vítima pode
acabar, em um momento de insani-
dade ou vingança, pegar um arma
e matar várias pessoas (como já
ocorreu no Brasil e nos Estados
Unidos). Ou até mesmo se matar,
ingerindo drogas lícitas e ilícitas.”
BULLYING
Comportamento
10 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Problema precisa de
atenção da escola, dos pais
e da sociedade para ser
prevenido e combatido
Muitos especialistas que es-
tudam a questão são unânimes
a respeito do papel da escola
quanto ao bullying: a violência
precisa ser prevenida e o am-
biente educacional precisa cul-
tivar a paz e o respeito entre os
alunos. No entanto, muito pre-
cisa ser feito. Eles acreditam
que as escolas, privadas ou pú-
blicas, em sua maioria, não es-
tão preparadas para esse enfren-
tamento, sendo até omissas em
muitas situações.
“Falta coragem para olhar o
problema com a devida gravida-
de. Ambos precisam de atenção,
e o que normalmente acontece é
que todas as atenções se voltam
para o agressor, visto como um
marginal em potencial, e a víti-
ma é esquecida. É necessário
parcerias com psicólogos, soció-
logos e assistentes sociais para
trabalhar com pais, alunos e pro-
fessores”, diz a psicóloga e psico-
dramatista Ana Cláudia De Lu-
ca Schiaveto, de Rio Preto.
Um ponto inicial está na fal-
ta de valores e respeito com o
próximo, o que possibilita jo-
vens a por em prática ações im-
pensadas e que dão certo “po-
der” e satisfação para os agres-
sores. Outro fator somatório a
esse problema está na perda de
visão da autoridade que pais e
professores representam.
“A escola deve ser um local
de formar cidadão de direitos e
deveres, fortalecendo amiza-
des, solidariedade e coopera-
ção. E a relação entre pais e edu-
cadores precisa de laços de con-
fiança em relação ao papel que
cada um exerce, cada qual assu-
mindo a parcela de sua respon-
sabilidade”, afirma a psicóloga.
O professor da Unesp, no
entanto, pensa diferente. Para
Silva, não se pode atribuir a
responsabilidade de preven-
ção e combate do bullying ape-
nas para a escola e a família.
Novas leis também não são ne-
cessárias. “Vamos parar com a
ideia de se construir leis espe-
cíficas de combate ao bullying
e de atribuir a responsabilida-
de única e exclusivamente à es-
cola e família. Já temos legisla-
ção avançada, inclusive elogia-
da por países do primeiro
mundo - o Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente (ECA),
com algumas exceções, já dá
conta de tudo”, destaca.
Punição?
“Existe um movimento de
alguns promotores da infância
e juventude que lutam para que
o bullying seja considerado cri-
me. Mas mais importante que
nos preocuparmos com puni-
ção, devemos nos atentar à pre-
venção e educação dos jovens”,
afirma a psicóloga e psicodra-
matista Ana Cláudia.
A pedagoga Cléo Fante, es-
pecialista em bullying escolar,
autora do Programa Anti-
bullying “Educar para Paz”,
concorda com Ana. “Acredito
que a punição não gera reflexão
e aprendizagem. Em muitos ca-
sos, gera raiva e revolta”.
Enquanto não existe lei que
criminalize o bullying no Bra-
sil, o ECA trata o assunto como
ato infracional. “Poderão ser
advertidos verbalmente ou por
escrito, convocação dos pais e
até a transferência compulsória
(da escola), dependendo da gra-
vidade da ação e de acordo com
a decisão do Colegiado”, expli-
ca a pedagoga.
ANÁLISE
Cleo Fante
“O papel da escola é prevenir toda e qual-
quer forma de violência e priorizar a cultura
de paz. No entanto, se ocorrer o bullying, de-
ve agir imediatamente, uma vez que é de sua
responsabilidade a segurança de todos os estu-
dantes que estão sob sua guarda e proteção,
podendo, inclusive, ser responsabilizada por
omissão.
Sendo uma ação identificada como bullying
ou não, a escola deverá orientar os envolvidos e
encontrar alternativas que resultem em mudan-
ças comportamentais. Especificamente, em rela-
ção aos autores, deverá convocar os pais para que
juntos possam reconhecer as causas de suas atitu-
des a fim de saná-las.
Dependendo da gravidade (lesão corporal,
ameaça ou outra forma de violação de direitos
de crianças e adolescentes), a escola deverá
acionar outras instituições, como Conselho Tu-
telar, Delegacia de Polícia ou Ministério Públi-
co. Quanto às vítimas, deve-se protegê-las e en-
contrar meios de cessar as agressões. Em situa-
ções mais graves da exposição, precisa direcio-
ná-las a profissionais que deverão auxiliar no
desenvolvimento de habilidades assertivas.
O que percebo é que há muita informação,
mas equívocos na identificação e nos encami-
nhamentos. Confunde-se bullying com indisci-
plina, conflitos entre estudantes e de estudan-
tes com professores, agressões pontuais ou re-
petidas e problemas que são inerentes às rela-
ções interpessoais. Então, o que falta é conheci-
mento, capacitação profissional, além de com-
promisso de estabelecer uma educação voltada
à cultura de paz.
Existe um grande movimento contrário ao
bullying e outras formas de violências - lidera-
do por cantores, atores, apresentadores, políti-
cos, escolas, famílias - mas isso não acontece
em relação à cultura de paz. Devemos inserir
esse movimento em nosso cotidiano, e as esco-
las têm essa possibilidade: de desenvolver pro-
gramas preventivos que oportunizem não so-
mente informação, mas vivências e interioriza-
ção de valores, como respeito, solidariedade,
amizade, tolerância, amor”.
CLEO FANTE
é pedagoga especialista em Bullying Escolar, autora do
Programa Antibullying “Educar para a Paz” e de várias
publicações no Brasil e Colômbia
O quanto
a escola é
responsável?
Ocyberbullyingou bullying
virtual é mais grave e difícil de
ser combatido, se comparado ao
bullying físico. “Quando ocorri-
do de forma intencional, fica
maisfácildeseesconderportrás
de um computador ou celular”,
conta a psicóloga e psicodrama-
tista Ana Cláudia De Luca
Schiaveto.
Segundo Ana Cláudia, o
agressornãotemideiadapropor-
ção da violência que pode provo-
car com a postagem de uma foto
ou vídeo nas redes sociais, ou
mesmo de um comentário com
tom pejorativo. Eles não pensam
nas consequências e acreditam
quetudoé liberadona internet.
Durante uma pesquisa reali-
zada pela pedagoga Cléo Fante,
especialista em bullying escolar,
foidescobertoque,emumgrupo
de5.168estudantes,31%pratica-
vam bullying no ambiente vir-
tual. Outros 17% estavam envol-
vidos com a agressão no próprio
espaçofísico.
“A falsa sensação de anoni-
mato e impunidade estimula as
práticas virtuais. Acreditar que
o conteúdo postado fica restri-
to leva-os a disponibilizar fo-
tos, ofensas, calúnias, agres-
sões, etc. Isso por falta de co-
nhecimento e de informações
sobre os prejuízos que podem
atrair para si e seus familiares,
como responsabilizações finan-
ceiras por danos morais”, diz a
pedagoga. (EV)
Ataques virtuais
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 11
Verbal: insultos, ofensas, apelidos maldosos,
criticar a vítima
Física e material: prática de bater, beliscar,
dar empurrões, roubar objetos
e até comida
Psicológica e moral: humilhações,
chantagens, intimidações, discriminação
Sexual: assédios, insinuações, abusos e
até violência
Virtual/cyberbullying: uso de tecnologias,
como celulares, filmadoras, internet para
espalhar fotos, vídeos, montagens para
constranger a vítima
Os pais devem sempre
conversar com seus filhos, não
só para a superação desse
problema, mas de outros
Colocar cartazes nas
escolas com os dizeres “justiça”,
“dignidade” e “reciprocidade”.
Não mudará as condutas, mas
dará início a reflexões
Exigir condutas de boa
educação, pois é uma condição
necessária à construção das
excelências morais
Palestras com vídeos
impactantes (“Laranja Mecânica”
é um deles), seguido de
discussão em grupo coordenado
por psicopedagogos, psicólogos
ou ex-alunos que já foram vítimas
ou praticantes do bullying
Fazer reuniões com alunos e
demais pessoas que foram
vítimas de bullying - assim como
no Alcoólatras Anônimos (AA)
Convidar às reuniões do
grupo pessoas que não sofreram
bullying, mas que se sentiram
mal ou são contrárias a tais
práticas. Oferece apoio para
enfrentar o problema
Identificar os agressores e
também fazer reuniões para
refletir sobre os comportamentos
Em alguns casos, propor
terapia para vítima e agressor
Em casos mais graves,
solicitar pais e representantes do
Ministério Público e da
Segurança Pública para propor
medidas ao agressor para não
repetir a conduta. Isso deve ser
feito sem alarde
Promover um espaço
escolar pautado no exercício das
virtudes e discutir temas, vídeos
e materiais jornalísticos, pois
têm resultados melhores que
exposições orais ■
Fonte: Cartilha Bullying - projeto Justiça nas Escola, da Secretaria
de Educação do Estado de São Paulo
Fonte: Nelson Pedro Silva, professor doutor do Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Formas comuns
de bullying
Medidas para prevenir e combater
12 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Cuidar de alguém com carinho e respeito pode ser visto
como um ato de retribuição a tudo o que já recebemos
Josinel Braga Carmona
Psicólogo
Esta é uma boa época para
pensarmos na transição.
Todo o tempo estamos mu-
dando, mas existem algumas
fases da vida, do ano, etc, em
que mais percebemos isso. Co-
mo diz uma frase taoísta: todo
excesso é fonte de dor e sofri-
mento. Bem, começar alguma
coisa, estar no início de um
projeto, do ano, da vida; estar
no final de um projeto, do ano
ou da vida, essas são formas ex-
tremas, de modo especial, po-
demos compreender esses ex-
tremos como excessos.
No início, temos excesso
de não saber, de ainda não
conseguir; no final, temos ex-
cesso de saber, de já não mais
conseguir.
Fazer uma reflexão sobre a
criança e o idoso é pensar nos
excessos, nos extremos da vi-
da e suas necessidades espe-
ciais. A criança ainda não po-
de estar sozinha, por sua pró-
pria conta, necessita da cons-
tante presença do outro, de-
pende inteiramente dele; o
idoso já não pode mais estar
sozinho, depende cada vez
mais do outro, de sua ajuda,
atenção e dedicação.
Este é mesmo um bom mo-
mento para esta reflexão.
Passadas as festas, as ale-
grias e euforias, os presentes e
as presenças, podemos nos con-
centrar um pouco naquilo tu-
do que recebemos em nosso
início de vida, da dedicação da-
queles que nos cuidaram e
aquilo que possivelmente ire-
mos receber quando voltar-
mos a necessitar do outro. En-
tre essas duas fases de depen-
dências e necessidades existe a
fase em que podemos (e deve-
mos) nos dedicar e cuidar.
Cuidar de alguém com cari-
nho e respeito a suas limita-
ções e incapacidades inicial-
mente pode ser visto como um
ato de retribuição a tudo o que
já recebemos, contudo, exis-
tem ainda os aspectos existen-
cial e humano do cuidar.
Preparar e servir a comida,
banho, trocar, ajudar a subir e
a descer, entrar e sair, ensinar
a falar, ajudar a lembrar, pegar
pela mão, limpar a baba, as fe-
zes, pentear, perfumar, com-
preender de fato, sorrir, etc, is-
so tudo é trabalhoso e cansati-
vo, demanda tempo e dedica-
ção, mas com toda a certeza
posso afirmar que qualquer
uma dessas tarefas se torna
mais leve na presença do verda-
deiro entendimento do que é
cuidar e amar aquele que ain-
da não pode ou aquele que já
não consegue. Qualquer pes-
soa que se permitir olhar para
estas realidades com um pou-
co mais de cuidado vai perce-
ber o quanto precisamos apren-
der sobre essas três tão impor-
tantes fases de nossas vidas.
Uma boa pergunta para ser
respondida no silêncio da refle-
xão diária: enquanto tenho for-
ça e capacidade, tenho me dedi-
cado a oferecer aos que preci-
sam de cuidados todo o amor e
dedicação que posso? ■
VELHO E NOVO
www.sxc.hu/Divulgação
Rubens Cardia 17/6/2010
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 13
Carla Marins recorreu à psicanálise para interpretar mãe de adolescente em “Malhação”
TV Press
Experimentar a maternidade
trouxe várias mudanças à carrei-
ra de Carla Marins. Mas a princi-
pal delas talvez seja a forma co-
mo a atriz explora essa caracterís-
tica em suas personagens. Prova
disso é que fez questão de contar
com o auxílio da psicanálise as-
sim que foi escalada para viver a
retraída Alice de “Malhação”. Is-
so porque, embora seja mãe de
uma criança, ela assume que,
sem essa ajuda, talvez fosse mais
complicado encontrar a profun-
didade que os conflitos que en-
volvem a tradutora e o filho, o
mocinho Dinho, papel de Gui-
lherme Prates, exigem. “É um
universo muito distante do meu.
Precisava achar outra pegada e
esse seria o melhor caminho.
Não cabe em qualquer persona-
gem, mas ali eu senti que funcio-
naria bem”, justifica.
OutrodetalhequeajudouCar-
la na hora de construir Alice foi
a caracterização. Seu último tra-
balho na televisão foi a dissimu-
lada Amanda, participação espe-
cial que a atriz foi convidada a
fazer em “Morde & Assopra” e
acabou estendida até os últimos
capítulos da novela. Naquela
época, vivia uma vilã que se
aproveitava da boa forma física.
Mas agora, na pele de uma dona
de casa e mãe, Carla preferiu re-
laxar e, assim, ganhar um corpo
que se aproxima mais da realida-
de de Alice. “Não cheguei a ten-
tar engordar, mas deixei de es-
tar obcecada com isso. Também
parei de pegar sol e escureci o ca-
belo”, explica.
Na história, Alice é uma qua-
rentona que, depois da separação,
passou muitos anos sem se rela-
cionar com ninguém. Com isso,
se dedicou demais apenas ao fi-
lho e ao trabalho de tradutora,
exercido em sua própria casa. A
situação só começa a mudar de-
pois que o garoto engata um na-
moro e, ironicamente, ela reata
com o ex-marido. Com direito
atéa umagravideznão planejada.
“Élegal esse espaço maior que es-
tãodandoparapersonagensadul-
tos.Muitagenteachaque‘Malha-
ção’ é feita para jovens e crianças,
mas pesquisas mostram que
mães e avós são 60% do público
que assiste”, valoriza.
Hoje com 44 anos, Carla sem-
pre aparentou menos idade. Por
isso,sóexperimentouatuar como
mãe de um adolescente em “Pé
na Jaca”, aos 38 anos, quando vi-
veu a sonhadora Dorinha. E essa
maturidadecênica pareceter mo-
tivado a atriz a marcar presença
em novos trabalhos na tevê. An-
tes, passou cinco anos fazendo
aparições rápidas em pequenas
participações e se dedicando aos
palcos e ao curso de Teoria do
Teatro,queaindapretendefinali-
zarna UniRio. Mas,depoisdo re-
torno na trama de Carlos Lom-
bardi–suaúltimanovelatinhasi-
do “Porto dos Milagres”, em
2001 –, já atuou no seriado “Faça
aSuaHistória”enanovela“Mor-
de & Assopra”, na Globo, e tam-
bém em “Uma Rosa Com
Amor”, que protagonizou no
SBT, em 2009. “É difícil fazer te-
levisão direto. Novela é um com-
promisso longo demais e o ator
precisa, em algum momento, pa-
rar e se ‘limpar’ dos resquícios de
outros personagens. O teatro me
ajuda muito nisso e a faculdade
também”, opina.
“Malhação” - Globo - Segunda a sexta,
às 17h35
Perfil
Busca interior
Viagem ao passado
Trabalhar ao lado de mui-
tos jovens faz com que Carla
se lembre de uma fase impor-
tante de sua carreira. Junto
com Regina Duarte, ela prota-
gonizou “História de Amor”,
novela de Manoel Carlos que
abordava a difícil relação en-
tre a mãe Helena e sua filha,
Joyce. Na trama, a adolescen-
te rebelde engravidava do na-
morado aos 17 anos e, com is-
so, mudava a vida de todos na
família. Sendo que, na época,
Carla tinha 10 anos a mais
que sua personagem. “A
maior preocupação era tornar
aquilo possível. Então, decidi
engordar um pouco e opta-
mos por um corte de cabelo
curto e bem cacheado. Dava
um ar mais juvenil”, recorda.
Curiosamente, a atriz co-
meçou a gravar suas cenas na
mesma época em que “Malha-
ção” estreava na Globo, em
1995. E Carla acredita que, de
lá para cá, as dificuldades de
relacionamento entre pais e fi-
lhos aumentaram. Com isso,
se tornaram mais ricas na tele-
dramaturgia. “Ter autoridade
sobre um adolescente é ainda
mais complicado atualmente.
E acho um assunto muito sé-
rio falar sobre essa falta de li-
mites que a gente vê. Ainda
mais agora, que também sou
mãe. É bem diferente explo-
rar isso em cena quando você
começa a viver um pouco da-
quela realidade”, avalia. ■
Carla Marins foi capa da
edição de aniversário da revista
“Playboy” em 1992. Na época,
fez as fotos em Cancun,
no México
Aos 14 anos, a atriz foi
escolhida para fazer o papel
principal da peça “O Boi e O
Burro a Caminho de Belém”, de
Maria Clara Machado. Sua
primeira aparição na tevê foi em
um comercial do Mc Donald’s,
dois anos depois
A primeira novela de Carla
Marins foi “Hipertensão”, em
1986. O convite para fazer os
testes para interpretar Carola
veio na escola de Wolf Maya,
onde Carla fazia um curso
de interpretação
Antes de decidir se dedicar
à carreira artística, Carla
pensava em fazer faculdade de
Medicina e se especializar
em Pediatria
Instantâneas
Personagem dePersonagem de
Carla Marins emCarla Marins em
“Malhação” é“Malhação” é
bem diferente dabem diferente da
dissimuladadissimulada
Amanda”, deAmanda”, de
“Morde &“Morde &
Assopra”, seuAssopra”, seu
trabalho anteriortrabalho anterior
Luiza Dantas/Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Caminhos opostos
Em época de “Big Brother Brasil”, Gregório
Duvivier brinca com as propostas dos “reali-
ty shows” ao mostrar os bastidores de sua vi-
da em “O Fantástico Mundo de Gregório”,
do Multishow. Apesar de passar uma imagem
de produção escassa, o programa conta com
uma equipe bem grande. “A ideia era brincar
com as fronteiras do real e imaginário. A pro-
dução é bem maior do que estou acostumado.
Mas a graça do programa está em parecer
mais pobre. O excesso de capricho é um empe-
cilho”, revela. Gregório ainda continua no ro-
teiro do seriado “Louco Por Elas”, que volta
à programação da Globo no dia 22 de janeiro.
A redação é uma área que o humorista preza
muito em trabalhar. “Adoro escrever. É um
processo mais árduo e doloroso. Gosto muito
de fazer parte intelectualmente desse projeto.
Pensar naquela casa e ser um personagem
dentro dos nossos sonhos”, explica.
De família
A filha de Carlos Alberto de Nóbrega está co-
tada para integrar o elenco de “Carrossel”,
no SBT. Maria Fernanda de Nóbrega deverá
fazer um teste definitivo para saber estará no
“casting” de atores-mirins da nova versão es-
crita por Iris Abravannel. A Building Recor-
ds estaria em negociações com a emissora pa-
ra o lançamento do CD da novela. A expecta-
tiva é que o número de vendas supere o de
“Carrossel”.
À procura
A MTV realizou cerca de 40 testes em busca de novos
“Vjs” para a emissora. Além da saída de Dani Calabresa,
Marcelo Adnet, Marimoon, Jana Rosa e China deixam o
elenco. A ideia é contratar um homem e uma mulher e
lançar novos rostos para repor as perdas recentes. Por ou-
tro lado, os “VJs” Bento Ribeiro, Paulinho Serra, Didi
Effe, Titi Müller, Gaía Passarelli e Chuck Hipolitho já re-
novaram contrato com a MTV.
Faz-me rir
O “remake” de “Saramandaia” ganhará nomes de peso
em seu elenco, como Fernanda Montenegro, Tarcísio
Meira, José Mayer, Vera Holtz, Leandra Leal, Gabriel
Braga Nunes, Lília Cabral e André Bankoff. Junto com
os veteranos, o autor pretende lançar novos rostos na tele-
visão “É uma novela enxuta, de apenas 34 personagens,
contando com o elenco de apoio”, adianta o autor Ricar-
do Linhares.
Intervenção geral
Carlos Lombardi pretende abordar o homossexualismo
em sua primeira novela na Record. Com o título provisó-
rio de “Vida Bandida”, a trama terá um personagem gay,
mas o autor não pretende fazer uma abordagem caricata.
Passaporte na mão
O elenco de “Flor do Caribe” deve retornar ao Brasil no
dia 21 de janeiro. Eles estão na Guatemala gravando algu-
mas externas para a próxima novela das seis escrita
por Walther Negrão. A trama será protagonizada
por Henri Castelli e Grazi Massafera.
Mais espaço
O “Legendários”, programa comandado por Marcos
Mion na Record, voltará das férias com novo cená-
rio. A produção continuará sendo gravada. Sem
João Gordo em seu elenco, o programa terá mais es-
paço para uma plateia maior.
Praia e sol
O “Casa Brasileira” estreia sua temporada de verão
no dia 27. Com o conceito de casa de veraneio, o pro-
grama visita projetos idealizados por grandes nomes
da arquitetura brasileira não só na praia, mas tam-
bém na serra e montanha. A série apresenta pousa-
das, hotéis, fazendas e casas de veraneio preferidas
de personalidades brasileiras.
Na torcida
A Globo já trabalha na próxima temporada de “Ma-
lhação”. Intitulado de “Projeto Z”, a nova fase irá
mexer com as novas mídias. Inclusive, parte do elen-
co deve ser selecionada a partir da internet.
Mais um
Guga Coelho está no elenco de “Dona Xepa”, próxi-
ma novela da Record. O último trabalho do ator foi
em “Malhação”.
Pela mente
Leonardo Miggiorin dedicou mui-
tos anos à televisão. Após 13 anos fa-
zendo novelas, o intérprete do
‘’nerd” Leandro, de “Malhação”, pô-
de concluir, agora, a faculdade de
Psicologia, que cursava há quase dez
anos. “Fiz um ano de faculdade, mas
depois fui morar em Nova Iorque.
Fiz quatro novelas nesse período
que me tomaram tempo e não pude
finalizar mais rápido o curso. Não fi-
quei dez anos seguidos. Fui interca-
lando com outros projetos”, explica.
Para o ator, a faculdade é essencial
para sua carreira. “Fala bastante so-
bre a mente humana e as relações de
uma forma mais ampla”, valoriza.
Zapping
JorgeRodriguesJorge/Divulgação
TV Press
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 15 - TV
Depois de acumular heróis românticos, Murilo Rosa comemora o vilão Élcio, de “Salve Jorge”
TV Press
Diversificar os papéis que in-
terpreta na tevê já estava nos pla-
nos de Murilo Rosa. Depois de
emendar uma sequência de heróis
românticos – como o Solano de
“Araguaia”,oLucasde“Caminho
das Índias” e o Miguel de “Desejo
Proibido”, entre outros, – ele que-
ria mesmo era encarnar um vilão.
AssimqueatramadeWaltherNe-
grão chegou ao fim, divulgou para
todos na Globo a sua vontade. In-
clusive,para MarcosSchechtman,
que havia dirigido “Araguaia”. E
foio própriodiretorqueconvidou
Murilo para viver o capitão Élcio,
em “Salve Jorge”. “Era exatamen-
teo tipo de papel que eu queria fa-
zer”, assegura. “Estreei na Globo
como um vilão, em ‘Chiquinha
Gonzaga’.Mas,depoisdisso,fizsó
personagens engraçados ou ro-
mânticosousérios.Estavacomes-
sa vontade e aceitei de cara”, diz.
Natelevisãodesde1994,quan-
do atuou em “74.5 – Uma Onda
no Ar”, exibida pela extinta Man-
chete,eem“ConfissõesdeAdoles-
cente”,daTVCultura,Murilopro-
cura não limitar sua área de traba-
lho. Para ele, fazer cinema e teatro
influenciadiretamentenaqualida-
dedeseuspersonagensdatevêevi-
ce-versa. “Acho que o ator tem de
estar disponível para o bom papel,
apenasisso.Orestovem”,simplifi-
ca. Mas o discurso de Murilo é
bem realista no que diz respeito à
dramaturgia no Brasil. “Se você
quer ser um ator profissional, sus-
tentarseufilho,suafamília,vaiter
deacontecer em vários lugares:na
televisão, no teatro, fazer bons fil-
mes, entrar no mercado publicitá-
rio, que é uma coisa para poucos.”
Pergunta – Na trama de
Gloria Perez, Élcio é o antago-
nista do mocinho Théo, de Ro-
drigo Lombardi. Mas, apesar
disso, o personagem tem mo-
mentos de descontração e
humor. Como dosar esses
dois lados?
Murilo Rosa – O espectador
é muito preso a uma boa lágrima,
aumbombeijo,aobomhumor.E
o Élcio é mulherengo, tem hu-
mor, que é um sinal de inteligên-
cia, e dureza nas horas certas. Eu
sempre quis que esse personagem
fosse um vilão que tivesse o seu
tempero. Sempre quis ele apron-
tasse,masquetivesseseupoderde
sedução, como todo bom vilão eu
acho que tem de ter. Como diz o
Sérgio Britto (ator, diretor e rotei-
rista) quando você entra no palco:
aspessoastêmdetervontadedete
ver. O Élcio quer derrubar o
Théo. Mas eu sempre quis fazer
desse personagem um cara que as
pessoas, de uma certa forma, não
gostassem, mas que também se
sentissem atraídas.
Pergunta – Você ficou uma
semana na AMAN – Acade-
mia Militar das Agulhas Ne-
gras – para entender o univer-
so do personagem. Até que
ponto essa preparação foi im-
portante para seu trabalho de
composição?
Rosa – Foi uma base muito
importante para a construção do
personagem. O primeiro passo foi
entender como funciona o exérci-
to e essa semana que passamos lá
foi fundamental para compreen-
der a importância dele, que a gen-
te não sabe. O exército tem mais
de80 ações pelo mundo. Posso di-
zer que um capitão do exército,
que é o personagem que eu faço, é
um homem preparado, que está
pronto para um problema. Tam-
bém foi bom para fazer as aulas
práticas de tiro e hipismo.
Pergunta – Na tevê, geral-
mente, você é mais visto na pe-
le de mocinhos. A que atribui
essa escalação recorrente?
Rosa – A televisão acaba sen-
doumlugar emquequeremapro-
veitar o mais identificável. Acho
quefoidandocertoefoiserepetin-
do.Mas, ao mesmo tempo em que
existe um rótulo por fora, são per-
sonagens diferentes. Fiz o Solano,
que era um domador de cavalo;
um padre, em “Desejo Proibido”;
o Dinho, em “América”, era um
personagemmais cômico. Mas to-
dos com essa conotação de herói.
Então, acho que é bom dar uma
quebrada. No cinema, as pessoas
têm me chamado para várias ou-
tras funções.
Pergunta – O herói, geral-
mente, tem um perfil previsí-
vel dentro de uma trama.
Acredita que interpretar vi-
lões seja mais interessante?
Rosa – Não. Acho que o inte-
Capitão
EntrevistaEntrevista
João Miguel Júnior/Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
ressanteéfazerumbompapel.Vo-
cê pode fazer um mocinho, mas
ele ser tão complexo que vai ser
umpersonagemmuitointeressan-
te. Mas, com umvilão, posso fugir
do politicamente correto, fazer o
que eu quiser. Se alguém ficou
com raiva de mim, ótimo. Se gos-
tou, ótimo também. Com um mo-
cinho, tem de tomar cuidado.
Pergunta – O posto de galã,
que tanto acompanha sua traje-
tória, já incomodou você?
Rosa – Não. Nunca incomo-
dou e acho que nunca prejudicou.
Naverdade,eu tenhoumtipofísi-
co bem normal, de um cara brasi-
leiro,tendoumatendênciaaumti-
po mais europeu. Mas com o meu
perfil posso fazer qualquer perso-
nagem. Acho que o galã está mui-
to mais ligado à sedução, ao poder
quevocêtemdeseduzir,doqueao
tipo físico.
Pergunta – Você estreou na
tevê em 1994 e três anos de-
pois já estava interpretando seu
primeiro protagonista, o Tenen-
te Aquiles, em “Mandacaru”, da
Manchete. O tamanho de seus
personagens e a relevância de-
les em uma trama se tornou
mais importante para você com
o passar do tempo?
Rosa – Acho que chega uma
hora em que você não pode mais
fazerumpersonagemquenãoseja
bom.Sevocêjáfez,temdecondu-
zira carreirae tomar cuidado para
que isso não aconteça. A minha
carreirasemprefoiascendente,de-
grau por degrau. Meus persona-
gens foram evoluindo. Acho im-
portante, sim, você ser um ator
quequeira assumir a responsabili-
dade, protagonizar uma novela,
um filme, uma produção teatral.
Achoqueesseéo objetivodoator.
É só não colocar isso apenas como
o foco principal. O papel tem de
ser o foco principal.
Pergunta – Você já fez mui-
tos trabalhos de época. Entre
eles, “Xica da Silva”, pela Man-
cheteem1996,“ChiquinhaGon-
zaga”, de 1999, e “A Casa das
Sete Mulheres”, de 2003, entre
outros. Com tantas obras nesse
estilo no currículo, também era
um desejo seu atuar mais em
produções contemporâneas?
Rosa – Como eu sempre fiz
muitaépoca,semprequisfazertra-
balhos mais contemporâneos. Se
for ver meus trabalhos na Globo,
muitos são de época. Então, sem-
pre quis fazer papéis contemporâ-
neos assim como o Élcio. É mais
fácil fazer uma coisa atual.
Pergunta– Mas, por outro la-
do, não é mais difícil se distan-
ciardeumpersonagematual,de-
pendendo do perfil dele?
Rosa – É, mas tem gente que
faz época sem também mudar
muita coisa. Acho que, se você
quer fazer um bom trabalho de
época, de composição e tudo, é
mais difícil do que um contempo-
râneo, que você já mais ou menos
conhece, pega alguns elementos.
Época não. É preciso construir
uma situação.
Pergunta – Quando você
decidiu se dedicar à interpre-
tação, no início dos anos
1990, em algum momento, fa-
zer televisão passou a ser um
objetivo de carreira?
Rosa – Sim. É balela essa coi-
sa de falar: “Ah,eu só faço teatro”.
O ator que quer ser profissional
vai querer ser um ator de cinema,
de televisão e de teatro. A coisa
maishipócritaqueeu já escuteina
minhavidaéquandovejoumator
falando: “Não quero fazer televi-
são”. Até aparecer uma oportuni-
dade. E eu estou falando isso por-
quejápasseiporessafasenaescola
de teatro. Bicho grilo, barba gran-
de, estudando Tchekhov (Anton,
dramaturgo russo) e cheio de teo-
rias... A dramaturgia brasileira é a
melhor do mundo. Para mim, a
Globo faz um trabalho excepcio-
nal.Então,sósevocêforburropa-
ra não querer fazer parte disso.
Pergunta – Você se mudou
de Brasília para o Rio de Janeiro,
em 1992, para estudar teatro. E
sua estreia na tevê foi dois anos
depois – um processo, relativa-
mente, rápido. Que recordações
têm daquela época?
Rosa – Vim nacarae nacora-
gemparafazerescoladeteatroero-
lou. Vim com o apoio dos meus
pais, mas sem um emprego. Uma
prima distante do meu pai indi-
cou uma outra escola de teatro –
eu já tinha feito, durante um tem-
po, um curso profissionalizante
em Brasília. No Rio, entrei em
uma escola de teatro, fiquei um
tempo e fui parar no Tablado, on-
decomeceiafazerumapeçacoma
Maria Clara Machado. As coisas
foram acontecendo. Eu vim mui-
to focado. Meu pai e minha mãe
sempre foram exemplos de pes-
soas que ralaram muito.
Pergunta – E acredita que
chegou onde imaginava estar?
Rosa – Estou caminhando.
Mas acho que está tudo certo,
tudo indo bem.
Pergunta – Com mais de 20
trabalhos na tevê, que persona-
gem destaca em sua trajetória?
Rosa – É tão complicado isso
porque primeiro trabalho é pri-
meiro trabalho, que foi “74.5 –
UmaOnda no Ar”.Depois, a gen-
te brincava e chamava de “74.5 –
Uma Bomba no Ar”. Mas eu vesti
a camisa. Lembro até hoje que fui
assistir a uma peça, em 94, e o ator
quefaziaapeçaeradaGlobo.Eele
fezumabrincadeiranopalcosaca-
neando, falando o nome da nove-
la, menosprezando. Fiquei com
tanta raiva naquele momento. É o
seu trabalho, né? O personagem
CD – Carlos Daniel – foi meu pri-
meiro e começou a assumir res-
ponsabilidades na trama. A nove-
la não foi boa, mas foi importante
paramim.Achoquetodopersona-
gem é. Internamente, eu valorizo.
“Salve Jorge” – Globo – de segunda a
sábado, às 21h
do mal
Mudança de planos
“74.5 – Uma Onda no Ar” (Manchete, 1994) –
Carlos Daniel.
“Antônio Alves, Taxista” (SBT, 1996) – Henrique.
“Xica da Silva” (Manchete, 1996) – Martim Caldeira.
“Mandacaru” (Manchete, 1997) – Tenente Aquiles.
“Chiquinha Gonzaga” (Globo, 1999) – Amadeu.
“Força de um Desejo” (Globo, 1999) – Eugênio.
“O Cravo e A Rosa” (Globo, 2000) – Celso de Lucca.
“A Padroeira” (Globo, 2001) – Diogo.
“Brava Gente, Ariosvaldo e
O Lobisomem” (Globo, 2002) – Lobisomem.
“A Casa das Sete Mulheres” (Globo, 2003) –
Afonso Corte Real.
“Um Só Coração” (Globo, 2004) – Frederico.
“América” (Globo, 2005) – Dinho.
“Bang Bang” (Globo, 2006) – Josh Lucas.
“Desejo Proibido” (Globo, 2007) – Miguel.
“Caminho das Índias” (Globo, 2009) – Lucas.
“Araguaia” (Globo, 2010) – Solano.
“Salve Jorge” (Globo, 2012) – Capitão Élcio.
Por pouco, Murilo Rosa
não seguiu outro caminho
profissional. Ainda em Bra-
sília, sua cidade natal, ele
chegou a cursar a faculda-
de de Educação Física.
Mas não demorou muito
para descobrir que não era
apaixonado pelo curso.
“Eu fui atleta, então acha-
va que era legal. Mas perce-
bi que não queria ser pro-
fessor de Educação Física
lá na faculdade”, conta.
Foi quando se interes-
sou pelas Artes Cênicas e
resolveu investir pesado na
carreira de ator, aos 20
anos. Até então, nunca ha-
via tido nenhum contato
com a interpretação. No
ano seguinte, em 1992, se
mudou para o Rio e, em
1993, participou de uma
Oficina de Atores da Glo-
bo. Mas o material em ví-
deo de Murilo acabou su-
mindo e ele não recebeu ne-
nhuma resposta da emisso-
ra. Só depois de acumular
trabalhos na Manchete,
TV Cultura, SBT e partici-
pações em “Malhação” e
“Você Decide” é que Muri-
lo foi de vez para a Globo, a
convite de Jayme Monjar-
dim, para viver o Amadeu
de “Chiquinha Gonzaga”,
em 1999. “Estou muito fe-
liz lá. Mas a experiência
em outras emissoras foi
muito positiva. Trabalhar
com o Walter Avancini é
uma coisa única na carreira
de um ator”, exalta Murilo,
que foi dirigido por Avanci-
ni em “Xica da Silva” e
“Mandacaru”, ambas na
Manchete, e também em
“A Padroeira” e “O Cravo e
A Rosa”. ■
Trajetória televisiva
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 17 - TV
Sucesso nos cinemas, “Gonzaga - De Pai Pra Filho” será exibido na tevê como microssérie
TV Press
A temática popular do longa
“Gonzaga - De Pai Pra Filho”
conseguiu levar quase 1,5 mi-
lhão de pessoas aos cinemas do
Brasil, no final de 2012. Bilhete-
ria que lhe rendeu o posto de
quarta melhor estreia nacional
do ano. Mas o relativo sucesso
não foi suficiente para Breno Sil-
veira, diretor do longa. Seu
ideal era que a história do Rei
do Baião pudesse ser assistida
por pessoas que realmente sen-
tissem sua cultura retratada na
obra. Com isso, a produção cine-
matográfica foi adaptada para a
tevê e será exibida em formato
de microssérie a partir do dia 15
de janeiro, na Globo. “Meu fil-
me foi pensado para o brasileiro
se enxergar nele. Então, as pes-
soas que não tiveram poder aqui-
sitivo para assisti-lo no cinema,
agora vão poder vê-lo na televi-
são”, acredita Breno.
Seguindo o modelo de adap-
tação televisiva realizado por
Guel Arraes em outros longas co-
mo “Xingu” e “O Bem Amado”,
o filme de Silveira foi reeditado
paraganhar umritmo mais acele-
rado, já que quando foi gravado
não havia projeto para transfor-
má-lo em série. Também foram
acrescentadas cenas extras à mi-
crossérie, rodadas junto com o
longa, mas que sobraram na ho-
ra da edição. Além de um prólo-
go diferente do visto nas salas de
cinema. “Mesmo sem um proje-
to, a série já estava dentro de
‘Gonzaga - De Pai Pra Filho’.
Quando você vê o roteiro, perce-
be que é uma obra que comporta
ser dividida em uma semana”,
explica Guel Arraes, diretor de
núcleo da Globo.
Dividida em quatro capítu-
los, a trama se baseia na vida de
Luiz Gonzaga, explorando as di-
ferentes etapas de sua vida. Ahis-
tóriacomeça quando ele é obriga-
do a sair de sua cidade natal,
Exu, no Recife, por causa de
uma ameaça de morte feita por
um coronel,interpretado por Do-
mingos Montagner, que não
aprovava o namoro do cantor
com sua filha. Gonzaga, então,
passa nove anos no exército. Ao
sair das forças armadas, se insta-
la no Rio de Janeiro na tentativa
de se estabelecer como músico.
Lá, conhece Odaléia, de Nanda
Costa, uma cantora com a qual
se envolve e tem um filho, sem
saber ao certo se é ou não o pai
da criança. Dois anos depois,
Odaléia morre e o Rei do Baião,
que no momento já está casado
com outra mulher, decide deixar
Gonzaguinha - interpretado por
vários atores ao longo das dife-
rentes fases da história – ser cria-
do pelos padrinhos, enquanto in-
veste emsua carreira. Logo, Gon-
zaga desiste de tocar os ritmos
musicais da época e se arrisca
com as músicas nordestinas, o
que o consagra como ídolo popu-
lar. Mas o afastamento gera um
grave conflito entre pai e filho. E
a convivência entre eles passa a
ser conturbada. Uma relação de
amor e admiração, mas cheia de
ressentimentos. “A vida dele era
imensa, a gente pegou um recor-
te apenas, que saiu desse olhar
que o filho tinha dele”, explica o
diretor do filme.
Para interpretar todas as fa-
ses da vida de Gonzagão retrata-
das no longa, foram necessários
três atores. Land Vieira, o único
que já atuava antes de “Gonzaga
- De Pai Pra Filho” e participou
de novelas como “Cordel Encan-
tado” e “Cama de Gato”, foi esco-
lhido para viver a etapa dos 17
aos 23 anos do cantor.
O sanfoneiro Chambinho do
Acordeon interpretou Luiz até
os 50 anos. E Adelio Lima encar-
nou o compositor aos 70 anos.
Esse último, além de chamar a
atenção por sua semelhança físi-
ca com Gonzaga, também já era
próximo ao universo do ídolo
nordestino. Antes de participar
do longa, Adelio era guia do Mu-
seu Luiz Gonzaga em Caruaru.
“Lá de onde eu venho, nem todo
mundo tem o privilégio de ir ao
cinema, maseu já era muito reco-
nhecido pelo filme. Agora que
vai para a tevê, nem imagino co-
mo vai ser”, empolga-se Adelio
Lima. ■
“Gonzaga - De Pai Pra Filho” - A partir
do dia 15 de janeiro, às 23h, na Globo
Bastidores
Todos os públicos
Nanda Costa e Chambinho do Acordeon em cena de “Gonzaga - De Pai Pra Filho”: depois de levar 1,5 milhão de pessoas aos cinemas, filme vira microssérie na Globo
Divugação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Graças ao jeito escrachado, Mart’nália estreia na televisão como a mecânica Tamanco em “Pé na Cova”Graças ao jeito escrachado, Mart’nália estreia na televisão como a mecânica Tamanco em “Pé na Cova”
TV Press
Mart’nália ginga enquanto fa-
la.Aofinaldecadafrasedáumari-
sada. Aliás, foi justamente por po-
dersedivertirqueelaaceitoufazer
parte do elenco de “Pé na Cova” –
onde interpreta a mecânica Ta-
manco –, novo seriado da Globo,
que estreia no próximo dia 24. E
tambémporcausadoautordapro-
dução, Miguel Falabella. Os dois
já se conhecem há muito tempo e
até trabalharamjuntos no musical
“Pé da Árvore de Natal”. “Ele me
chamou: ‘Vamos fazer um negó-
cio para a gente se divertir?’. Fa-
lei: ‘Vamos embora, mas será que
consigo?’” indagou ela, que ouviu
deFalabellaquesaberiadarconta.
Mesmo assim, receosa, achou me-
lhor dar um aviso ao autor: “Fa-
lei: ‘Qualquer coisa você mata a
personagem que está tudo certo’”,
recorda.
ParaMiguelFalabella,nãopre-
cisar “matar a personagem” de
Mart’nália,acantora,eagoraatriz,
vai precisar mesmo se divertir. O
papelfoi feitosob medida peloau-
torporcontadobomhumordafi-
lha de Martinho da Vila. O que
ajudaMart’náliaéofatodequeFa-
labella, de certa forma, adapta o
personagemdeacordocom oator.
Eisso ajuda bastanteemuma difi-
culdade da atriz: memorizar os
textos. “Estou me acostumando a
decorar os textos, que é a parte
mais difícil. Eu não decoro direito
nem as minhas músicas”, brinca.
“Aí, ele coloca uns diálogos meio
malucos e eu me viro”, diverte-se.
A primeira temporada da tra-
mavai contarcom 23 episódios. A
história sedesenrolaatravés da fu-
nerária F.U.I. – Funerária Unidos
doIrajá–dafamíliaPereira.Ame-
cânicaTamancoéumadasagrega-
das da família.
A personagem namora Odete
Roitman, interpretada por Luma
Costa, filha de Ruço - dono da fu-
nerária -, personagem de Miguel
Falabella, e é irmã de Marcão, de
MaurícioXavier.“Eu,interpretan-
doaTamanco,tenhominhamecâ-
nicaeajudo afamília.Porissoque
o Ruço me libera a garota”, adian-
ta, às gargalhadas.
Mart’nália aproveita o conví-
vio com o elenco para aprender
um pouco mais sobre interpreta-
ção. Especialmente com Luma
Costa, com quem atua mais. “Ela
sempremedáumtoque,mepuxa,
porqueeumemexomuito,nãosei
ficar parada”, revela. “Tem essa
coisa de marcação que eu nunca
fiz. É confuso, mas a Luma me dá
uma força”. O entrosamento com
o restante do elenco, aliás, vem
sendo importante para evolução
deMart’nália.Aospoucos,ocanto-
ra vai se sentindo em casa. “Cada
vez mais a gente se entende. Va-
mosnos ajustandoemumsentido
de família mesmo”, confia.
Mart’nália garante que está se
divertindo com a nova fase de
atriz.Mas isso não a afasta dosmi-
crofones. “No começo, complicou
umpouco.Agoraagentejáajeitou
a agenda, trabalha até quinta e so-
bra a sexta para fazer show e ga-
nhar meu dinheirinho”, conta. As
duas atividades completam Mar-
t´náliahoje.Masapreferênciaain-
daéo amorantigo:a música.“Va-
mos ver o que dá isso aí, mas é
uma vida muito dura, é melhor
cantar”,ponderaela,quesóaceita-
ria outros trabalhos como atriz
com uma condição: “Depende do
que for, se for para me divertir, es-
toudentro.Seforcoisaséria,estou
fora”, avisa. ■
“Pé na Cova” – Globo – às quintas,
às 22h50
Inside
Por diversãoPor diversão
PedroPauloFigueiredo/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 19 - TV
Segunda
temporada do
“Mulheres Ricas”
não empolga tanto
como a primeira
TV Press
As futilidades, os gastos ex-
cêntricos e a falta de noção con-
tinuam iguais. Mas as novas
participantes da segunda tem-
porada do “Mulheres Ricas”,
da Band, não têm o mesmo ca-
risma que as da edição ante-
rior. Aeileen Varejão, Andréa
de Nóbrega, Cozete Gomes e
Mariana Mesquita ainda preci-
sam “comer muito feijão-com-
arroz”, por assim dizer, para al-
cançar o tempero de Narcisa
Tamborindeguy, única milio-
nária da primeira temporada
que garantiu vaga desta vez – a
exagerada Val Marchiori fará
apenas uma participação es-
pecial.
Com o primeiro blo-
co longo demais – quase
uma hora de duração –, o
programa perdeu ritmo
com apresentações
muito extensas de ca-
da uma das partici-
pantes. Obvia-
mente, é im-
portante que
se conheça a realidade – ainda
que aumentada – de cada uma
delas. Mas a edição tornou a ta-
refa cansativa e pouco eficien-
te.
Principalmente porque o
melhor ficou para o final. Só no
segundo bloco – já bem mais
curto, com menos de 20 minu-
tos de exibição – é que Narcisa
apareceu. Bastou a presença de-
la para o programa, que regis-
trou média de 4 pontos de au-
diência, ganhar um novo gás e
arrancar risadas com as famo-
sas frases exaustivamente ditas
pela “socialite”, como “the face
of Rio” e “ai, que badalo”.
Em apenas um episódio já
ficou claro o objetivo de cada
uma das novas participantes.
Aieleen é uma aspirante a can-
tora um tanto quanto fajuta.
Apesar de espalhar aos quatro
ventos que canta desde os 8
anos, ela desafina de tal forma
que mesmo um surdo desapro-
varia. Andréa quer falar mal do
ex-marido, Carlos Alberto de
Nóbrega.
Cozete, que é a única que
trabalha e não depende do di-
nheiro de ninguém, está à pro-
cura de um marido para formar
uma família. Mariana quer reto-
mar a carreira de atriz e assegu-
rar que não é nenhuma “Maria-
chuteira”, apesar de ser casada
com o ex-jogador Luizão. E
Narcisa é aquela já conhecida
explosão de sandices que aca-
bam sendo divertidas.
Mas o que fica ainda mais
evidente nesta segunda tempo-
rada do “Mulheres Ricas” é
que dinheiro pode até permi-
tir o acesso a bolsas caríssi-
mas e carros de luxo. Mas,
definitivamente, não tem
nenhuma relação com ele-
gância. ■
”Mulheres Ricas” – Band –
Segundas, às 22h30
Ponto de Vista
Sem
tanto
badalo
Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
“Guerra dos Sexos” minimiza o humor e aposta em tramas densas para elevar audiência
TV Press
Otompastelãochamavamuita
atenção quando o “remake” de
“GuerradosSexos”estreou,emou-
tubro. Mas agora, há pouco mais
de três meses no ar, já se nota que
Silvio de Abreu tem deixado um
poucodeladoacomédia“rasgada”
para abrir espaço às tramas mais
densas do folhetim. Atualmente,
os traços fortes de humor ficam
mesmo no sisudo Otávio, papel de
TonyRamos;noatrapalhadoFeli-
pe,vivido porEdson Celulari;e na
descaradaFrô,daestreanteMarian-
na Armellini. E a mudança tem se
mostrado positiva. Além de garan-
tirmaisagilidadeàhistória,ameni-
za também o fato de a novela ter
emsuatramacentral-enopróprio
título - uma discussão que está ul-
trapassadaejá bastante explorada.
Jádesdeosprimeiroscapítulos,
eram mesmo os personagens liga-
dos às tramas dramáticas que cha-
mavam mais atenção. Principal-
mente o triângulo formado entre
Juliana, Manoela e Fábio, papéis
de Mariana Ximenes, Guilhermi-
naGuinleePauloRocha.Aprimei-
ra carrega todas as características
que uma mocinha normalmente
tem nos folhetins. E Guilhermina
pareceterpercebidoagrandeporta
que se abriu em sua carreira ao ser
escalada para o papel. A atriz, aliás,
vemcrescendocadavezmaisnate-
vê. E, pelo que mostra em cena, se
saimuitobemnapeledemulheres
más ou desequilibradas. E sem se
repetir. Mesmo caso de Paulo Ro-
cha, quehá pouco tempo estavano
ar como o português Guaracy, de
“Fina Estampa”, e até o sotaque
perdeu para interpretar o fotógrafo
de “GuerradosSexos”.
Mesmocomalgunsajustes,Sil-
vio de Abreu e o diretor Jorge Fer-
nando ainda estão longe dos 30
pontos de audiência, meta da faixa
das19horasdaGlobo.Naverdade,
o resultado alcançado até aqui – 22
de média geral – está abaixo até do
número esperado para o horário
das18horasnaemissora.Fériases-
colares e horário de verão são des-
culpas normalmente usadas, mas
nem sempre colam. “Ti-Ti-Ti”,
tambémdirigidaporJorgeFernan-
do, fechou janeiro de 2011 acima
dos 30 pontos. Enquanto que
“GuerradosSexos”,atéagora,man-
tém índices menores que os de
“Tempos Modernos”, um dos
maiores fracassos recentes da Glo-
bo, que terminou com média geral
de24pontos às 19horas. ■
“Guerra dos Sexos” – Segunda a
sábado, às 19h20, na Globo
Crítica
Tensão entre os eixos
Mariana Ximenes e Guilhermina Guinle em cena de “Guerra dos Sexos”: novela diminui tomMariana Ximenes e Guilhermina Guinle em cena de “Guerra dos Sexos”: novela diminui tom
pastelão dos primeiros capítulos e investe mais no drama para tentar alavancar audiênciapastelão dos primeiros capítulos e investe mais no drama para tentar alavancar audiência
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H50
Segunda-feira - Felipe revela pa-
ra Roberta que Giocondo é ami-
go de Otávio. Carolina ouve as
suspeitas de Charlô contra ela.
Felipe tenta entregar a caixa de
bombom para Roberta, que rea-
ge furiosa. A empresária pede
para Dino verificar o contrato
da empresa de Giocondo. Caro-
lina fala mal de Nando para Ju-
liana, que destrata o motorista.
Nieta fala para Dino que Nando
estava traindo Roberta com Lu-
cilene. Otávio diz o que Felipe
deve fazer para conquistar Ro-
berta. Nando pede demissão.
Ulisses ouve Zenon e Carolina
falando mal dele. Giocondo insis-
te para que Roberta assine seu
contrato.
Terça-feira - Roberta decide não
assinar o contrato com Giocon-
do. Zenon afirma a Carolina que
anunciará o namoro dos dois
após a luta de Ulisses. Charlô
pede para Nando permanecer no
emprego. Juliana lembra do bei-
jo que deu em Nando. Ulisses
obriga Carolina a ir com ele até o
local de sua luta. Todos enalte-
cem o rival de Ulisses no local
da luta. Vânia afirma que Juliana
está apaixonada por Nando. Ro-
berta recepciona Charlô e ami-
gas em sua casa. Felipe invade
o apartamento de Roberta e a
beija na frente de todos.
Quarta-feira - Nando se enfurece
com Felipe. Vânia pede para Ju-
liana fazer alguma coisa para re-
verter a demissão de Nando. Ze-
non não gosta de ouvir Carolina
falar mal de seu irmão. Nando e
Roberta chegam para ver a luta
de Ulisses. Charlô repreende Fe-
lipe pela invasão à casa de Ro-
berta. Ulisses começa a reagir
na luta depois de ver Zenon. Feli-
pe tenta encontrar uma ex-namo-
rada para sair. Juliana vai atrás
de Nando e vê Otávio sair da ca-
sa de Nieta. Ulisses vence a luta
por nocaute.
Quinta-feira - Todos vibram com
a vitória de Ulisses e Carolina fi-
ca furiosa. Ulisses agride Ze-
non. Nando chega com Roberta
para a comemoração de Ulisses
e todos ficam constrangidos. Vâ-
nia leva Felipe para casa. Nando
levanta um brinde para Ulisses,
que se emociona. Zenon engana
Carolina. Olívia tem uma ideia
para descobrir o mistério de Otá-
vio. Juliana fica perturbada ao
ver Nando com Roberta. Vânia
se recusa a ficar com Felipe. Gio-
condo fala para Dino que Nando
é um agente de Otávio. Juliana
pede desculpas para Nando.
Sexta-feira - Nando aceita as
desculpa de Juliana. Charlô co-
menta com Otávio que lembrou
do baile em que dançaram jun-
tos no passado. Giocondo deixa
Dino em dúvida com suas insi-
nuações sobre Nando. Carolina
ouve Otávio dizer para Felipe
que Juliana tem um envolvimen-
to com Nando. Vânia pede para
Juliana ajudá-la a voltar a traba-
lhar na loja. Otávio engana Nan-
do para que ele siga seu plano.
Felipe pergunta a Juliana o que
existe entre ela e Nando. Dino
pergunta a Nando se foi Otávio
quem mandou ele convencer Ro-
berta a não fechar negócio com
Giocondo.
Sábado - Roberta repreende Di-
no. Nando confirma à namorada
que foi Otávio quem mandou ele
falar sobre a fábrica. Charlô não
gosta de saber que Ulisses foi
demitido por Isadora. Nando con-
versa com Roberta sobre o con-
trato de exportação da Positano.
Nieta sugere que Dino forje as
contas da Positano para obrigar
Roberta a assinar contrato com
Giocondo. Charlô se surpreende
por Vânia querer trabalhar como
vendedora da loja. Charlô ouve
Carolina ameaçando Nando. Ze-
non se encanta com Charlô. Ro-
berta fica surpresa com o balan-
ço que Dino lhe mostra.
LADO A LADO - 18H15
Segunda-feira - Zé Maria pede
Isabel em casamento. Mario
pensa em sair em excursão
com a peça e Frederico gosta
da ideia. Catarina conta a Neu-
sinha que foi convidada para se
apresentar no mesmo evento
beneficente que Isabel. Alberti-
nho e Esther ficam noivos. Ze-
naide castiga Elias. Zé Maria ar-
romba a porta da casa de Zenai-
de para libertar Elias. Constân-
cia pensa em colocar Elias no
internato. Jurema joga os bú-
zios para Isabel.
Terça-feira - Jurema aconselha
Isabel a procurar uma mãe-de-
santo. Teodoro pede Sandra em
casamento. Carlota diz a Cons-
tância que pediu ao padre Ole-
gário uma vaga no internato pa-
ra Elias. Neto fica impressiona-
do com o mapa feito por Tião.
Celinha diz a Guerra que seria
melhor Jonas não ter esperan-
ças de ficar com Alice. Teresa
aconselha Sandra a se casar
com Teodoro. Madá entrega a
Elias uma caixa de engraxate e
o mapa de parte da cidade de-
senhado por Tião. Elias foge do
morro.
Quarta-feira - Isabel pergunta a
Zenaide sobre Elias. Constân-
cia diz a Laura que Elias é um
menino pobre que ela ajuda a
criar. Isabel discute com Bereni-
ce. Zé Maria sai em busca de
Elias. Elias vaga pela rua à pro-
cura de Constância. Isabel,
Afonso e Laura colocam Cons-
tância contra a parede. Isabel
diz a Jurema que ela vai dançar
o melhor que pode no evento
beneficente.
Quinta-feira - Isabel afirma a Ju-
rema que humilhará Constância
em público. Isabel, Etelvina e Ju-
rema castigam Berenice e Zenai-
de. Catarina revela a Neusinha
que sabotará o palco para Isa-
bel escorregar. Assunção insis-
te para Constância ir ao evento
beneficente. Isabel exige que
Catarina limpe o óleo que derra-
mou no palco. Jonas fica ator-
doado ao ver Alice com Gusta-
vo. Constância é vaiada no tea-
tro. Assunção discute com Cons-
tância. Elias sente medo ao ver
Isabel.
Sexta-feira - Isabel tenta se
aproximar de Elias, mas ele a re-
jeita. Laura avisa à mãe que
Elias foi encontrado. Zé Maria
decide levar Elias para junto de
Jurema e Afonso. Constância
chama Praxedes e denuncia Isa-
bel. Esther rompe o noivado
com Albertinho. Mario avisa a
Frederico que Luciano entrará
na peça. Praxedes prende Isa-
bel por atentado ao pudor.
Sábado - Zé Maria deixa Elias
com Jurema e sai à procura de
Isabel. Luciano expulsa Neusi-
nha do teatro. Zé Maria pede aju-
da a Edgar para tirar Isabel da
cadeia. Quequé descobre que
Luciano é filho de Diva. Edgar co-
munica a Isabel que ela respon-
derá ao processo em liberdade.
Albertinho sugere à mãe que
Umberto seja seu advogado. Bo-
nifácio fica furioso ao saber que
Fernando se tornou o acionista
majoritário da fábrica.
Segunda-feira - Durante a briga
pelo buquê, Ana finge se ma-
chucar. Bruno dá atenção a ela.
Dinho consola Fatinha e ela re-
vela que sua primeira noite de
amor foi com Bruno. Dinho pe-
de para conversar com Bruno.
Ju e Dinho conversam sobre o
passado deles como namora-
dos. Bruno não resiste e fica
com Fatinha de novo, mas aca-
ba se arrependendo. Marcela
se emociona com a partida de
Leandro e Isabela e Tatá insi-
nua que a professora quer se
casar com Lorenzo. Dinho des-
cobre que Bruno ficou com Fati-
nha e confronta o rapaz.
Terça-feira - Bruno admite que
agiu mal com Fatinha, mas acu-
sa Dinho de ter feito o mesmo
com Ju. Dinho se culpa por ter
traído Lia com Valentina. Mar-
cela se emociona quando Gil
aprova seu romance com Lo-
renzo. Fatinha se irrita com Di-
nho por ter afastado Bruno.
Bruno resolve dar uma segun-
da chance ao namoro com
Ana. Ju desconfia da relação
de Dinho e Fatinha. Dinho rece-
be uma mensagem de Valenti-
na avisando que está voltando
para o Rio de Janeiro. Fatinha
descobre que Ana e Bruno rea-
taram o namoro.
Quarta-feira - Fatinha tenta
desmascarar Ana para Bruno.
Dinho envia uma mensagem
para Valentina pedindo que
ela não venha para o Rio. Bru-
no troca o nome de Ana pelo
de Fatinha. Dinho combina de
viajar com Lia para festejar
seu aniversário. Lia convoca a
turma para uma festa para Di-
nho. Rômulo combina um en-
contro com Mario para ver
apartamentos. Fatinha se sai
bem na visita dos holandeses
à comunidade. Lia, Ju, Gil e Lo-
renzo preparam a festa de Di-
nho. Bruno e Rita combinam
de ser amigos. Valentina che-
ga ao Rio.
Quinta-feira - Fatinha tenta par-
ticipar da reunião do CRAU,
mas é rejeitada por Bruno, Ana
e Rita. Lia leva Dinho para sua
festa. Valentina descobre so-
bre a festa de Dinho. Rita diz a
Fatinha que apoia sua entrada
no CRAU se ela realmente con-
tribuir com a causa. Lia toca a
canção que fez para Dinho e to-
dos se surpreendem. Valenti-
na chega à festa e Rômulo ten-
ta impedir a suposta afilhada
de se aproximar de Dinho. Fati-
nha obriga Valentina a dançar
com ela para afastá-la de Di-
nho. Lia desconfia do presente
que Valentina dá para Dinho.
Ju vê quando Valentina beija
Dinho.
Sexta-feira - Ju exige que Di-
nho conte para Lia sobre Valen-
tina. Ju conta para Gil que Di-
nho ficou com Valentina. Após
o fim da festa, Dinho pede pa-
ra conversar com Lia, mas Pau-
lina o orienta a ir para casa. Di-
nho se aconselha com Fati-
nha, que sugere que ele negue
o beijo de Valentina. Dinho ten-
ta conversar com Lia, mas pri-
meiro Robson interrompe e, de-
pois, Fatinha e Orelha o impe-
dem. No Misturama, Valentina
assiste à TV Orelha e descobre
que toda a turma vê o progra-
ma. Rita avisa a Fatinha sobre
uma nova reunião do CRAU. Va-
lentina diz a Orelha que tem
uma boa reportagem para ele.
Resumo das novelas
GUERRA DOS SEXOS - 19H15
GLOBO
TV - 22 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Isabel pergunta
se Mirela não reconhece Magno,
mas a amiga diz não ter certeza.
Norberto pede que Adriana man-
de Paulo ir embora. Isabel lê a no-
ticia sobre a sobrevivência do do-
no da lancha que matou Teresa e
Nestor. Isabel conta para Norber-
to que viu a foto de Magno e que
ele tem uma tatuagem igual à do
marido. Ele finge surpresa. Eduar-
do diz à Fabiana que poderia tê-la
ajudado, mas a ex-namorada afir-
ma que, após descobrir ser pai
de Taís, o advogado abandonou
Vitória. Norberto contrata Ar-
naud, um exímio atirador, para
matar Magno.
Terça-feira - Taís pede para ir a
Petrópolis com Eduardo e conse-
gue a autorização de Isabel. Álva-
ro e Heloisa vibram ao conhecer
Taís e afirmam que ela é como se
fosse neta para eles. Isabel per-
gunta a Norberto sobre Paulo. O vi-
lão diz que não pretende encon-
trar com uma pessoa que não co-
nhece. Diva e Dóris comemoram
a compra do apartamento onde
moram e se espantam com a visi-
ta de Paulo. Paulo conta para elas
que Norberto está fugindo dele.
Isabel conta para Eduardo sobre
as tatuagens e ele pede que Mag-
no vá até a sua casa. Arnaud vê
Magno saindo do prédio e atira.
Quarta-feira - Magno cai inerte.
Dóris e Diva se divertem com Pau-
lo, que revela ter um passado de
trambiques antes de se tornar em-
presário. Paulo resolve ligar para
Norberto. O vilão marca encontro
com o dono da lancha. Norberto
manda Arnaud memorizar o rosto
de Paulo. Paulo pede que Diva,
disfarçada, tire fotos. Paulo pede
cinco milhões de dólares pelo seu
silêncio. O dono da lancha mostra
que está com a bombinha de as-
ma usada pelo vilão. Diva fica ten-
sa e Arnaud se surpreende. Taís
se esconde na casa de Heloisa e
pede que ela não revele para nin-
guém sobre o seu paradeiro.
Quinta-feira - Taís conta para He-
loísa que fugiu de casa e pede pa-
ra morar por uns tempos em
Petrópolis. Arnaud saca sua pis-
tola de longe e Diva tenta contro-
lar as lágrimas. Norberto oferece
três milhões de dólares a Paulo,
que aceita e diz que vai encontrá-
lo depois. Arnaud e Diva acabam
se esbarrando no local. Heloisa
concorda que Taís fique, mas im-
põe a condição de avisar Isabel.
Paulo e Diva veem as fotos, quan-
do ele nota a presença de Arnaud
em uma delas. Eduardo confes-
sa que fez um exame de DNA
com Taís e que está esperando o
resultado para recorrer à guarda
judicialmente.
Sexta-feira - Eduardo fica furioso
ao saber que Norberto ameaçou
Taís e decide que a filha deve fi-
car com Heloisa. Eduardo tira sa-
tisfações com Norberto e bate no
vilão. Isabel toma as dores do ma-
rido, mas fica em estado de cho-
que quando descobre o motivo
que levou Taís a fugir de casa.
Eduardo chega com o exame de
DNA e vibra por ser realmente o
pai biológico de Taís. Paulo pede
a ajuda de Diva para agredir Nor-
berto. Mauro descobre que Dóris
estava na lancha que explodiu.
Dóris diz a Paulo que está trauma-
tizada com o mundo da bandida-
gem, mas Diva fala que o ajuda.
Segunda-feira - José diz a Cirilo
que quer um filho que saiba se
defender. Cirilo conta a Helena
que foi ao mercado trocar a bola
premiada com a foto de Cafu,
mas quase foi preso, pois a bo-
la era falsificada. Helena vai à
sala de aula e pergunta a Mário
e Paulo se eles falsificaram a bo-
la. Os dois tentam inventar uma
desculpa. Miguel conversa com
Helena e promete realizar o so-
nho de Cirilo. Helena vai conver-
sar com o empresário que de-
senvolveu a promoção das bo-
las premiadas, que é amigo de
Miguel. O empresário entrega
uma bola premiada com fotogra-
fia de Cafu a Helena.
Terça-feira - As meninas aconse-
lham Maria Joaquina a dar uma
chance a Cirilo. Na sala de aula,
Helena entrega a Cirilo a bola
premiada com a foto de Cafu. Ci-
rilo decide pegar como prêmio
uma boneca para dar à sua ama-
da. Glória comenta com Tom que
gostou de vê-lo brincar com as
meninas no parque e diz que tal-
vez esteja na hora de matricular
Tom numa escola. Cirilo pede pa-
ra Helena tirar Paulo e Mário do
castigo. Helena libera os dois e
afirma que eles têm de agrade-
cer a Cirilo.
Quarta-feira - Ao conversar com
Valéria, Carmen e Bibi a aconse-
lham a dar mais uma chance a
Davi. Helena conversa com Mar-
garida, a aluna nova que foi
transferida de uma escola mun-
dial do interior de São Paulo. He-
lena chega com Margarida à sala
de aula e a apresenta aos novos
colegas. Davi deseja as boas vin-
das a Margarida e Valéria fica en-
ciumada. Margarida se senta à
frente de Davi. Marcelina fala a
Valéira que Davi está tentando
provocá-la. Na saída da escola,
Davi se oferece para carregar a
mochila de Margarida. Os dois
passam na sorveteria e Paulo os
vê juntos.
Quinta-feira - Maria Joaquina
chega com Tom à casa abando-
nada. A patricinha se passa por
professora e os colegas, como
alunos dela, uma estratégia pa-
ra Tom vencer o medo da escola.
Maquiavélico, Mário fala a Valé-
ria que ele e Paulo tiveram uma
ideia. Os dois vão fazer Margari-
da se passar por burra e tirar no-
tas baixas se Valéria os pagar.
Valéria aceita o acordo. Na esco-
la, Mário e Paulo pegam uma gar-
gantilha de Helena, deixando um
bilhete no lugar. Eles colocam o
objeto na mochila de Margarida.
Valéria se arrepende do plano.
Helena procura a gargantilha e
encontra o bilhete.
Sexta-feira - Valéria toma o bilhe-
te das mãos de Helena e o co-
me. Helena fica perplexa com a
atitude e diz que ela não entrará
na escola no dia seguinte sem a
companhia dos pais. Mário e
Paulo ameaçam Valéria dizendo
que se ela fizer fofoca, farão de
Davi picadinho. No dia seguinte,
Rosa acompanha Valéria até a
escola. Helena e Rosa tentam
convencer Valéria a falar o que
aconteceu, mas a garota está ir-
redutível. Valéria pede a ajuda
de Helena e revela o plano de
Mário e Paulo. Valéria afirma
que Margarida roubou Davi dela.
Segunda-feira - Russo descobre
que Morena e Jéssica foram na ca-
sa de Helô. Morena e Jéssica che-
gam à casa da delegada, mas são
impedidas por Russo de subir. Pe-
peu e Drica ficam apreensivos ao
ouvir Fatma falar com Berna so-
bre o dinheiro que eles pegaram.
Fatma fala para Berna que o di-
nheiro sumiu, Mustafa ouve a con-
versa e interroga a mulher. Érica
conta para Márcia que ficará noi-
va de Théo. Théo faz a ronda no
Alemão, mas Morena não deixa
Júnior se aproximar com medo
que Russo saiba quem é o ex de-
la. Ao entrar em seu carro, Helô
sofre um atentado.
Terça-feira - Helô consegue sair
do carro incendiado. Stênio se de-
sespera com a notícia e vai até a
casa da ex. Stênio e Helô se bei-
jam. Sheila briga com Morena por-
que a amiga se recusa a lhe pas-
sar o telefone de Wanda. Berna
pede para se encontrar com Wan-
da. Jéssica e Morena entram no
prédio de Helô pela garagem.
Bianca resolve voltar para o Bra-
sil. Delzuite chega com Pescoço à
delegacia. Érica pede para conver-
sar com Théo sobre o noivado.
Helô conta para Morena e Jéssica
que Barros as viu em uma boate e
acredita que as duas se tornaram
garotas de programa.
Quarta-feira - Morena e Jéssica
não conseguem se explicar para
Helô porque são interrompidas
por Ricardo. O policial federal con-
ta que o vídeo de segurança que
mostra o responsável pelo atenta-
do foi encontrado. Haroldo conta
para Lívia que o bandido que sabo-
tou o carro de Helô foi identifica-
do. A vilã manda Russo eliminá-
lo. Demir leva Bianca ao aeropor-
to. Esma reclama de Zyah ter fica-
do sozinho depois que Ayla conse-
guiu um pretendente. Haroldo diz
para Helô e Stênio que o sabota-
dor do carro foi morto. Morena vê
Théo e Érica na rua. Morena espe-
ra por Théo na porta de casa.
Quinta-feira - Théo e Morena se
beijam. Jéssica entra no hotel de
Lívia e reconhece o local. Morena
mente para Théo e afirma que
não esteve em Copacabana. Mo-
rena afirma a Théo que não vai
mais se separar dele. Jéssica con-
ta para Morena que encontrou o
hotel para onde foram levadas.
Érica descobre que Théo não dor-
miu em casa. Théo descobre que
Érica sabia da volta de Morena e
discute com ela. Russo intimida
Morena. Sarila convida Zyah para
a festa de noivado de Ayla. Théo
encontra Morena no colégio de Ju-
nior. Théo reconhece Jéssica e
afirma que a viu com Morena em
Copacabana.
Sexta-feira - Morena confessa a
Théo que esteve na boate e fala
sobre a carta de Waleska. Ele fica
desconfiado e diz que vai até o lo-
cal entregar a carta pessoalmen-
te. Morena aborda o assunto tráfi-
co de pessoas sem dizer que foi ví-
tima, mas Théo acredita que esse
tipo de crime é lenda. Helô não
deixa que Stênio conte nada so-
bre a investigação para Lívia.
Helô exige que Berna revele o que
sabe sobre a adoção de Aisha.
Théo vai à casa de Lucimar e co-
nhece Russo. Zyah encontra Ayla
se preparando para o noivado e
os dois de beijam.
Sábado - Ayla vai embora com
Zyah de seu noivado e Ekram vê
os dois. Tamar avisa que a irmã
sumiu. Lívia proíbe Wanda de fa-
zer qualquer coisa contra Morena
até o fim das investigações. Sale-
te reclama para Stênio que Drica
e Pepeu não lhe pagam. Fatma
descobre que Pepeu pegou o di-
nheiro de Berna. Morena pede pa-
ra Théo acompanhá-la ao desfile
de Lívia. Waleska alerta
Rosângela sobre Irina. Lucimar le-
va Russo a um baile e Vanúbia
chega ao local. Berna implora que
Helô salve seu casamento.
Resumo das novelas
BALACOBACO – 22H30
[23H]CARROSSEL - 20H30[/23H]
SALVE JORGE - 21H00
GLOBO
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 23 - TV
A montanhaA montanha
mágicamágica
TURISMO
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Roteiro por
estações de esqui em
Lake Tahoe, na divisa
de Califórnia com
Nevada, combina
esportes de neve,
belos cenários,
cassinos
e clima familiar
Agência O Globo
Imagem dos pinheiros da
região podem ser captadas
no passeio de teleférico
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 25 - TURISMO
Na divisa dos estados de Califórnia e
Nevada, Lake Tahoe abriga estações de
esqui de perfis variados
Agência O Globo
O teleférico vai subindo de-
vagar, ainda bem, vencendo
calmamente a montanha co-
berta de gelo, e com uma flo-
resta de pinheiros. Quem tem
pressa? O vidro que nos prote-
ge do frio, que por ali pode fa-
cilmente chegar aos 30˚C ne-
gativos nos meses de inverno,
permite a apreciação da paisa-
gem, que vai ficando ainda
mais bela à medida em que
nos aproximamos do alto.
São cerca de mil metros de
desnível entre a base da esta-
ção de esqui de Heavenly,
uma das maiores dos Estados
Unidos, e as pistas propria-
mente, numa viagem de 15
minutos, tempo que passa
voando enquanto a paisagem
arranca comentários elogio-
sos: um lago de azul profun-
do rodeado de montanhas es-
branquiçadas pelo gelo e as fi-
leiras de árvores, cenário ilu-
minado por um sol macio que
mal é capaz de aquecer os cor-
pos. Quem quer curtir o vi-
sual com mais calma não pre-
cisa se desesperar: em posi-
ção estratégica, um mirante
garante fotos límpidas de ân-
gulos privilegiados.
Lá em cima há várias pis-
tas, para os mais diversos ní-
veis de esquiadores, e diferen-
tes meios de elevação, além de
um bar e restaurante que ser-
ve refeições ligeiras e se trans-
forma em pista de dança quan-
do as pistas de esqui se fe-
cham, às 16 horas. Os prati-
cantes mais experientes po-
dem escolher se querem des-
cer a montanha em direção à
Califórnia ou rumo a Neva-
da: Heavenly está exatamen-
te na divisa desses dois esta-
dos, separados por uma rua.
A localização estratégica con-
tribui para que essa seja uma
das estações de esqui de cará-
ter mais plural.
Há cassinos imensos, bons
restaurantes, bares e hotéis de
perfis variados, além de uma
boa estrutura de comércio,
com supermercados, cinema e
cadeias de fast-food, lojas de
conveniência. Não muito lon-
ge dali, numa viagem mar-
geando o Lake Tahoe quase to-
do o tempo, está a estação de
Northstar, que a partir desta
temporada está mais acessível
aos brasileiros, já que passou a
fazer parte do American Airli-
nes Ski Club, bem como
Killington, em Vermont, que
é uma opção para os que pre-
tendem combinar dias em
uma estação de esqui com
uma visita a Nova York e ou-
tras cidades da Costa Leste.
Turismo
Entre
dois
mundos
Subida de teleférico
é uma das opções de
passeio para quem não
pretende esquiar
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Pista em Heavenly leva rumo ao estado de Nevada
Resort Ritz-Carlton é uma das opções de hospedagem na região
Fotos: Agência O Globo
Loja de equipamentos na Califórnia e, ao fundo, hotel-cassino em Nevada
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 27 - TURISMO
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Redes sociais e ilusões de felicidade perfeita

  • 1.
  • 2. Editorial A edição deste domingo da revista Bem-Estar começa com um texto curto, mas de conteúdo profundo, do escritor Yehuda Berg, mostrando, segundo suas palavras, que a Luz do Criador sempre nos acompanha, mesmo nos momentos em que tudo parece estar escuro. Na reportagem de capa, “Ilusão virtual”, psicólogos discutem o uso das redes sociais como uma espécie de “ilha da fantasia”, onde tudo parece perfeito na vida das pessoas, o que pode denunciar problemas de comportamento como baixa autoestima e desvalorização de si próprio. Logo adiante, uma reportagem sobre reencontros, e as lições que se pode tirar desta “peça” pregada pelo destino. Na área da educação, os sites com aulas das melhores universidades do mundo à distância de um clique. O bullying, um dos problemas mais sérios enfrentados pela juventude e a sociedade atual, é outro tema de reportagem desta edição, assim como o valor de retribuir o carinho e atenção de quem um dia nos cuidou, mote do artigo do psicólogo Josinel Carmona. Um ótimo domingo. 24 Lake Tahoe, na divisa da Califórnia com Nevada, tem estações de esqui para todos os gostos e bela paisagem 16 Acostumado a papéis românticos na tevê, Murilo Rosa experimenta a pele de um vilão no folhetim “Salve Jorge” 13 Psicólogo sugere a reflexão: “enquanto tenho força e capacidade, tenho me dedicado a oferecer aos que precisam de cuidados todo o amor que posso?” Poesia Viagem Lembro-me de ti sempre que me deparo com algo interessante ou saboroso. De perfume especial. No almoço ou no jantar. Da entrada à sobremesa Ao vinho que a tudo acompanha... E que tão bem sabes apreciar. Viajas em mim. Na emoção que te faz presente em meu coração, em minha mente; ainda que o Atlântico entre nós se interponha. Perfumes e sabores que a mim são brindados foram feitos para ti Valdíria Carvalho Corrêa RELACIONAMENTO Reencontros, em qualquer nível de relação, podem nos dar pistas de que questões do passado não estão resolvidas Páginas 6 e 7 EDUCAÇÃO Sites especializados oferecem conteúdo das melhores universidades do mundo por meio de vídeos e aulas virtuais Páginas 8 e 9 COMPORTAMENTO Ridicularização, insultos e outros tipos de violência pedem atenção mais rígida de pais, escola e toda a sociedade Páginas 10, 11 e 12 PAULO COELHO Em seu artigo, escritor fala da importância de um profissional que poucas vezes percebemos ao abrirmos um livro: o tradutor Página 32 Agência O Globo/Divulgação Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação Turismo Rubens Cardia Televisão Sobre ilusões e peças do destino Josinel CarmonaDIÁRIO DA REGIÃO Editor-chefe Fabrício Carareto fabricio.carareto@diarioweb.com.br Editora-executiva Rita Magalhães rita.magalhaes@diarioweb.com.br Coordenação Ligia Ottoboni ligia.ottoboni@diarioweb.com.br Editor de Bem-Estar e TV Igor Galante igor.galante@diarioweb.com.br Editora de Turismo Cecília Demian cecilia.demian@diarioweb.com.br Editor de Arte César A. Belisário cesar.belisario@diarioweb.com.br Pesquisa de fotos Mara Lúcia de Sousa Diagramação Cristiane Magalhães Tratamento de Imagens Arthur Miglionni, Humberto Pereira e Luciana Nardelli Matérias Agência Estado Agência O Globo TV Press 2 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 3. ISSO TAMBÉM É PARA O BEM Espiritualidade Yehuda Berg É difícil lembrar que a Luz do Criador está sempre conos- co. É fácil ter certeza quando tu- do corre bem, mas nos momen- tos que parecem obscuros ou di- fíceis esquecemos que a Luz ain- da está presente. Considere a situação de um homem que perde um voo. Tal- vez ele fique furioso porque tem muitas coisas para fazer no seu local de destino e bastante gente depende da sua chegada. Mal sa- be ele que sua alma gêmea está sentada ao seu lado enquanto aguarda desesperado para entrar na lista de espera de outro voo. Se ele ficar com raiva ou de- primido, entregando-se à situa- ção que enxerga como algo hor- rível, pode ficar tão consumido que talvez nunca perceba a mu- lher sentada ao seu lado. Se, em vez disso, escolher ser proativo, buscar a Luz ali e optar por render-se à situação, lembrando-se de confiar e apre- ciar o fato de que a Luz está tra- balhando a seu favor, poderá escolher ter uma conversa agra- dável com a mulher que está próxima a ele. Na verdade, são momentos como esse, realmente caóticos ou estressantes para nós, em que se escondem nossas maio- res bênçãos. Quando escolhe- mos não ser reativos e temos cer- teza sobre a ordem do universo, podemos descobrir o verdadei- ro motivo de uma determinada situação estar ocorrendo. Um sábio kabalista sempre dizia a seus alunos: “Isso tam- bém é para o bem”, não importa- va o que estivesse acontecendo. O Criador tem sempre a in- tenção de dar o que é melhor pa- ra nós. Sempre. ■ Yehuda Berg é codiretor do The Kabbalah Centre e já escreveu mais de 30 livros sobre assuntos que abordam desde depressão e capacitação, até relacionamentos e a Bíblia. Dois de seus maiores best-sellers, O Poder da Kabbalah e Os 72 Nomes de Deus, foram traduzidos para 20 e 14 idiomas, respectivamente. www.kabbalahcentre.com.br O Criador tem sempre a intenção de dar o que é melhor para nós Quem é DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 3
  • 4. Pessoas carentes emocionalmente e com necessidade de aceitação encontram nas redes sociais o canal para transformar frustrações em felicidade irreal Gisele Bortoleto Gisele.bortoleto@diarioweb.com.br Nas últimas semanas, neste período de férias e festas de final de ano, possivelmente você tenha visto à exaustão na internet fotos maravilho- sas no mar, à beira da praia, em bares e restaurantes, ceias deliciosas, casais aos beijos e abraços. E provavelmente pode ter caído na ar- madilha de achar que seus amigos e todos os que estão na sua rede social estavam se divertindo muito mais do que você. Mas já parou para pensar que a maioria das histórias e imagens presentes ali não passa de um “conto de fa- das”? Uma necessidade mais de mostrar felicidade do que ser feliz de fato? Necessidade de aceitação, falta de maturidade e autoestima,desvalorizaçãodesipróprioestãoentre as explicações para esse tipo de comportamento. Mostrarapenasoladobomdacoisanãoéexclu- sivo das redes sociais. Até mesmo quando coloca- mosumafotoemumálbumdefotografiasescolhe- mos só as melhores fotos. Amaiorianãocolocacoisasquedesagradam,ame- nosquesejaumatristezaqueelagostariadecomparti- lhar e ter o apoio das outras pessoas. “Quando você está em um grupo de amigos, não conta as coisas ruinsparatodas aspessoas,sópara alguns,eo mes- mo acontece nas redes sociais. Você só comparti- lha aquilo que gostaria que todo mundo soubes- se”, diz. Ao divulgar a própria imagem nas redes so- ciais, as pessoas se valem dos mesmos esque- mas de comportamentos que costumam adotar na vida real. “Quem inventa histórias vantajo- sas aos amigos e colegas de trabalho irá mentir também na rede. Quem acredita que existem de fato relações maravilhosas (e deve acreditar em Papai Noel, duendes, fadas), irá invejar in- verdades, já aqueles que não se iludem igno- ram ou debocham diante de tais posts”, diz a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Madureira. “Emtermosderepresentaçãopúblicadaau- toimagem,semprehaverá mentirosos,crédulos, céticos,sensatos,insensatoseosinsanos.Aorela- tar ou publicar inverdades sobre sucesso absolu- to na vi- da familiar, profissional, social, sexual e amorosa, a pessoa ingenuamente acredita con- vencer o interlocutor de experiências que ela gostaria de ter vivido ou de um modelo de vida que ela idealiza. Ela não considera o interlocutor um idiota, apenas não perce- be a inconsistência ou o ridículo de seus relatos e posts”, explica Mara Lúcia, que vai mais além: a fantasia de mui- tos usuários das redes sociais é protagonizar uma história desucessopessoal,familiar,profissional,socialeumpúbli- co que os aprove. Popularidade Para aqueles que veem esses canais virtuais como pal- coparaexibiçõesdesuasexperiênciasdiáriasealimentam expectativas em relação ao público e à crítica, o Facebook e o Twiter se tornaram medidores de popularidade. Mui- tosusuáriospublicamalgopessoaleesperamporrepercus- são. “Quando isso não ocorre, eles se frustram”, afirma MaraLúcia. Muitas vezes, retiram ouocultam as publica- ções e sentem envergonhados. Um estudo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, feito com 63 estudantes no começo de 2011, des- cobriu que os que passaram três minutos checando seu perfil revelaram maior autoestima do que quem não aces- sou a rede social. Mas nem tudo são flores. Pesquisadores daUniversidadedeWaterloo(Canadá)publicaramumes- tudo sugerindo que esse efeito positivo não ocorre com as pessoasquetêmautoimagemnegativa.Naverdade,arede social pode até piorar as coisas. Se você, assim como outros milhões de pessoas ao re- dor do mundo, passa boa parte do seu tempo conectado, saiba que nas redes sociais se manifestam traços de perso- nalidade. Por meio de seus posts e tweets, exibem traços deinveja,porexemplo.Háquemprocurenaredemotivos para alimentar ciúmes patológicos, brigar e ser infeliz ao vasculhar mensagens e diálogos de pares e cônjuges. E existemtambémdeslumbradosquefotografamecompar- tilhamdesdeaxícara docafé matinal,ovapor do banho,o prato do almoço até o pijama. Ilusão virtual Vida Digital 4 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 5. “Asredessociaisdisponibi- lizamaoportunidadedaspessoasmostraremoquepre- tendem e como podem. O problema existe quando se faz mau uso dos meiose,com isso,temosumdesperdíciodetempo,uma formidávelfer- ramenta de intrigas entre casais, verdadeira fonte de angústias para re- cém-separados e muito pouco retorno que valha a pena ou signifique realmente algo proveitoso em termos pessoais”, diz Mara Lúcia. ‘Laboratório’ comportamental “O Facebook é a versão digital de nos- sa sociedade. Reúne diferentes grupos em um único lugar e tornou-se um verdadeiro laboratório de estudo do comportamento humano”, diz o psicólogo cognitivo-com- portamental Alexandre Caprio. É como uma festa que nunca acaba. As pessoas en- tram, se procuram, se conhecem, paque- ram, contam piadas, trocam farpas, e de- poissaem. Enquantotomambanho, almo- çam, dormem ou trabalham, a reunião so- cial continua. Quando retornam, existe um histórico em seu perfil de tudo o que rolou na sua “ausência”. Não demorou muito para que o Face- book fosse comparado a um vício. Milha- res de usuários ficam o dia todo conecta- dos. Muitas pessoas transformaram o pró- prio perfil em um verdadeiro diário e ali colocam tudo que acontece em suas vidas, por mais insignificantes que possam pare- cer os acontecimentos. Alguns publicam fotografias do que irão comer no jantar. Outros postam imagens de ferimentos que sofreram. Pessoas que utilizamo espa- ço para defender e propagar – às vezes agressivamente - uma ideia religiosa, en- quanto outros preferem se apegar a ideais políticos ou simplesmente resolver a vida sentimental. “A variedade é tão grande quanto a diversidade humana. Exatamente por is- so os desequilíbrios emocionais são fá- ceis de ser notados”, diz. No Facebook, geralmente, todos es- tão sorrindo nas fotos. Os álbuns estão recheados com festas de formaturas, churrascos, cerimônias, encontro com amigos, viagens e outros eventos. Trata-se de um comportamento ins- tintivo para sentir-se incluso e aceito. As pessoas passam a concentrar suas energias na construção de um perfil que mostre para os outros tudo aquilo que elas acham que precisam ser. Passam a enaltecer qualidades e ocultar defeitos com tamanha intensidade que atingem um tom caricato. É dentro desse quadro de extrema necessidade de aprovação e aceitação que as funções “curtir” e “compartilhar” se elevam a um padrão que provavelmente não foi imaginado pelo criador do Facebook, Mark Zucker- berg: o de “esmola digital”. Dependendo do grau de carência por atenção que alguns usuários atingem - ressalta Alexandre Caprio - chegam a pe- dir diretamente um “curtir” ou “compar- tilhar”. Algumas pessoas criam estraté- gias para “chantagear” seus contatos, ape- nas para respirar alguns segundos den- tro de uma ilusão de popularidade. “Quando acreditamos verdadeiramente em nossos valores, não precisamos pro- var isso aos outros, nem mendigar aten- ção”, explica o psicólogo. As redes sociais se tornaram uma es- pécie de diário oficial das vidas de mui- tas pessoas e, por isso, tudo que lá é pu- blicado é considerado “prova documen- tal da felicidade”. “Tamanha é a força dessa ideia que já ouvi pessoas dizerem que não haveria graça em ir a uma festa se não pudessem fotografá-la para publicá-la em seu per- fil. Outras voltam para casa mais cedo só para podercontar aos outros a expe- riência que acabaram de ter”, diz o psi- cólogo. A necessidade de provar que se é feliz tornou-se mais importante que a própria felicidade. “Esse é o verdadeiro paradoxo do desequilíbrio e, infelizmente, é nessa direção que muitos estão caminhando. Faz-se necessária uma revisão imediata de nossos conceitos em um momento em quea tecnologia deveria vir acrescentar fa- cilidades à nossa existência em vez de criar tantas dificuldades. Enquanto a opi- nião alheia for mais importante que a nos- sa própria, desperdiçaremos a chance de viver nossas vidas para construir uma mentira que, no final das contas, não fará diferença para ninguém.” ■ (GB) DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 5
  • 6. Reencontros criam oportunidades de revivermos sentimentos agradáveis ou para dar solução a algo do passado e assim evoluirmos Gisele Bortoleto Gisele.bortoleto@diarioweb.com.br Ah, quantos desencontros acontecem na vida. Não impor- ta em qual fase dela estamos, sempre deixamos alguém espe- cial pelo caminho. Podem ser pessoas as quais perdemos de vista, amizades com as quais perdemos contato por um mo- tivo ou por outro. Uma mu- dança de cidade, de escola, de emprego. Bate a saudade. Gos- taríamos de encontrar nova- mente essas pessoas, mas por diversas circunstâncias nos é impossível fazê-lo em determi- nado momento. “Não chore nas despedi- das, pois elas constituem for- malidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vi- da: o reencontro”, já disse o es- critor Richard Bach. Sempre fica a vontade de fa- zer com que as coisas voltem a ser do jeito que eram para que essas pessoas queridas tornem a fazer parte de novo de nossas vidas. E um dia, quando me- nos esperamos, encontramos com aquele alguém especial que não víamos há anos e se- quer tínhamos notícias. É o destino aprontando mais uma das suas, permitindo que final- mente possamos concluir algo que terminou antes do devido, acertemos algumas coisas que não foram possíveis no passa- do. O coração bate mais forte, as mãos começam a suar frio e é como se tivéssemos estado com a pessoa no dia anterior. Mas o que permite que reencontremos pessoas que imaginávamos perdidas pelo caminho? Certamente a afini- dade, diria o escritor Arthur da Távola (1936-2008). “A afi- nidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e pe- netrante dos sentimentos. É o mais independente. Não im- porta o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencon- tro retoma a relação, o diálo- go, a conversa, o afeto no exa- to ponto em que foi interrom- pido”, disse ele. “Durante nossa vida, afas- tamo-nos de alguém sem que haja um motivo realmente vá- lido, talvez porque por vezes ocorrem pequenas desinteli- gências e, na tentativa de se acertar as coisas, busca-se num reencontro uma oportu- nidade de se consertar algo de errado que fizemos, ou que sofremos, e que pode exi- gir uma grande dose de hu- mildade, pois devemos supe- rar algo que temos muito arrai- gado, que é o orgulho, nosso amor-próprio, que, quando fe- rido, nos leva a certas atitudes das quais podemos nos arre- pender mais tarde, levando- nos a buscar amizades perdi- das, por causa desses ‘trope- ções’”, diz o poeta e escritor Marcial Salaverry. Segundo ele, muitas ve- zes, esses desencontros têm conserto. “As pessoas que amamos são insubstituíveis ao nosso coração. Aquele lu- garzinho que elas ocupam fi- ca marcado com a presença delas, com o cheiro, com a for- ma e até o som do riso. E quando elas partem, forma-se o vácuo”, diz a escritora Letí- cia Thompson. Mas se a pre- sença física se foi, ficam ain- Emalgumlugar Relacionamento 6 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 7. da as lembranças de tudo aqui- lo que foi construído juntos: os momentos vividos, as horas compartilhadas, muitas ve- zes as partidas e os reencon- tros. Basta ter paciência e sa- ber esperar. Todas as pessoas que amamos um dia podere- mos reencontrá-las. O reen- contro com essas pessoas nos traz novamente uma grande felicidade, que deixamos de sentir quando ficamos in- completos quando essas pes- soas decidiram seguir cami- nhos diferentes. É reencon- trar e ver de novo aquele ros- to que nos encantou, aquela imagem que ficou gravada em nossas mentes. Lições “A questão dos reencon- tros é realmente intrigante, es- pecialmente da forma como al- guns deles ocorrem. Dá a im- pressão que ‘lá em cima al- guém está mexendo os pauzi- nhos’”, diz o coach e iogatera- peuta Salvador Hernandes. Reencontros podem nos dar pistas de que as questões en- volvidas com aquelas pessoas não foram resolvidas - diz ele - e as lições voltam a se apresen- tar como oportunidades que podem ou não ser aproveita- das. O que não quer dizer que devemos romper as relações atuais para reatar as antigas, mas aquela pessoa traz nova- mente o conteúdo que precisa revisto e, quem sabe, aprendi- do agora, com mais maturida- de, com mais chance de ser produtivo. “Diante dessas ‘coincidên- cias’, seria legal nos perguntar- mos: o que esta situação pode estar querendo me ensinar? Qual a lição?”, complementa. Aproveitemos os reencontros, que podem ser oportunidades maravilhosas de crescimento e aprendizado. Se a pessoa vai permanecer a partir de então na sua vida, como opção sua e dela, ótimo. “Aprecie a rique- za das novas/velhas relações”, sugere Hernandes. rdo... presente Há uma ‘razão’ “Os reencontros aconte- cem para que algo seja con- cluído ou revivido de forma adequada, ou para trazer aprendizado e percepção de padrões que se repetem”, diz a terapeuta holística Vânia Medeiros. Tudo acontece no tempo certo e nada é por aca- so, segundo ela. “Às vezes, nos relacionamos afetiva- mente com alguém em nossa juventude ou adolescência, o relacionamento acaba, e de- pois de muitos anos reencon- tramos a pessoa e nos apaixo- namos, casamos e vivemos imensamente felizes, ou se- ja, quando éramos jovenzi- nhos, não tínhamos maturi- dade suficiente ou não fo- mos capazes de ver a outra pessoa de forma plena, ou não estávamos plenos naque- le relacionamento, mas o des- tino nos coloca novamente no caminho da outra pessoa e, às vezes, ficamos até de for- ma consciente ou incons- ciente ligados ao outro e, des- sa forma, sempre atraímos a outra pessoa”, diz. “Se observarmos os reen- contros, perceberemos que são sempre ricos de alguma forma, mesmo quando as si- tuações negativas se repetem. Isso nos faz perceber que não evoluímos, que somos teimo- sos, apegados a padrões e si- tuações negativas, e quando aprendemos e mudamos, tu- do muda, pessoas saem de nossas vidas e novas chegam, inclusive as do passado po- dem voltar, porém agora com novas energias, evoluídas e plenas”, completa. E o destino, segundo a te- rapeuta, não se trata de algo incontrolável por nós, total- mente indeterminado, mas sim das escolhas de nossa al- ma, que tudo sabe. “E quan- do nos permitimos, quando nos conectamos com a vonta- de do nosso Eu Divino, vive- mos sempre em plenitude e graça, tudo flui com facilida- de, parecendo que já estava tudo traçado pela vida.” “Quem esquece um con- to de fadas? Ninguém, cer- to?”, pergunta a psicóloga Beth Valentim, autora do li- vro “Essa Tal Felicidade” (ed. Elevação). Por isso as pessoas se reencontram e adoram reviver o passado. Colegas de turma de colégio ou faculdade hoje com bas- tante idade estão se reencon- trando e saindo, revivendo momentos de juventude, adolescência, relembrando o passado, complementa. Às vezes, o sentimento que exis- te entre duas pessoas não é suficiente para continuarem juntas. No entanto, os dois são apaixonados pela histó- ria que viveram. Aquela his- tória lá atrás significou mui- to, repleta de fantasias, de en- contros inesquecíveis e que ficam marcados para sem- pre. Muitas vezes as pessoas não se encontram mais fisica- mente, mas estão ligadas exa- tamente por essa história. São apaixonadas pela histó- ria que viveram. “E como história mexe com a gente, pode a qualquer momento voltar a ser relida, vivida ou mesmo as pessoas se apaixo- narem outra vez”, explica. Com os amigos os senti- mentos envolvidos no reen- contro também não são dife- rentes. Viveram coisas incrí- veis, como uma viagem re- pleta de brincadeiras, diver- sões a toda prova. “As pes- soas voltam para as nossas vi- das porque foi bom. O beijo, o abraço, o sexo, a relação, as risadas, tudo. E quem não de- seja reviver o que foi legal e deixou lembranças tão signi- ficativas?”, complementa. Às vezes, vivemos algo com alguém na hora errada, é verdade. Ambos talvez não estivessem preparados para tal sentimento ou rela- ção. Mas se foi bom - ressal- ta Beth -, se foi marcante, eles sempre vão sentir sau- dade daquilo que não se rea- lizou, ficou faltando uma “pontinha”, a que faria fe- char um ciclo, e, por algum motivo não foi possível. Es- tá aí a possibilidade de ser retocado, revivido. (GB) DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 7
  • 8. Internet facilita acesso às melhores universidades do mundo por meio de ‘aulas virtuais’ Jéssica Reis jessica.reis@diarioweb.com.br A internet é um meio de co- municação que se tornou mui- to popular nos últimos tempos. Por meio dela, é possível se co- municar com pessoas que estão a milhares de quilômetros de distância. Além disso, uma no- vidade tem facilitado o ensino à distância: são os sites especia- lizados que oferecem conteú- dos gratuitos das melhores uni- versidades do mundo. Os vídeos podem ser acessa- dos de qualquer lugar, desde que se tenha uma boa conexão de internet. A maioria dos cur- sos é gratuita e tem como mes- tres os professores das princi- pais universidades. As opções de salas de aula virtuais são vá- rias, só no ano passado foram lançados a Classroom TV, que oferece mais de 10 mil aulas, de 33 universidades; a edX, com 7 cursos e 12 universidades, en- tre elas Harvard; e o Coursera, considerada líder entre as plata- formas, com mais 200 cursos de 33 universidades. No Brasil, o portal Veduca tem cursos completos sobre to- dos os grandes campos do ensi- no superior e conta com mais de 5 mil aulas, de 13 das princi- pais universidades do mundo. O acesso é gratuito e parte do material já está legendado. O processo de legendagem em massa do portal teve início em outubro do ano passado. Desde então, mais de 50 novas legen- das foram incluídas. Hoje, con- siderando as aulas de universi- dades brasileiras, já são 450 vi- deoaulas em língua nativa. A expectativa é de que até o fim de 2013 esse número aumente. O criador do Veduca, o en- genheiro Carlos Souza, deixou a carreira para trás com o objeti- vo de mudar o conceito de edu- cação on-line no País. Souza ex- plica que todo o conteúdo das grandes universidades do Bra- sil e do mundo oferecido no Ve- duca já estava disponível pelo Youtube e pelos sites das pró- prias universidades, mas de uma forma não organizada, difí- cil de ser encontrada e sem le- gendas em português. “A pro- posta do Veduca é, além de tor- nar esse conteúdo acessível à maioria dos brasileiros, que não domina outros idiomas, se- lecionar vídeo-aulas dentro do que existe de melhor disponí- vel na web e organizá-las. To- dos os vídeos estão agrupados de maneira simples, em cursos, por sua vez organizados em te- mas. Nosso acervo será gradati- vamente alimentado, trazendo sempre novas vídeo-aulas com a chancela das melhores univer- sidades. Projetamos um aumen- to no número de vídeos e de APRENDIZADOAPRENDIZADO A UM CLIQUEA UM CLIQUE Educação 8 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 9. universidades em cerca de 50% em 2013, em relação ao acervo atual”, conta. No portal, professor e aluno encontram de forma simples e organizada aulas e palestras de excelentes professores e univer- sidades. Segundo o criador do site, professores já recomen- dam aulas e cursos do Veduca em suas aulas presenciais. “Es- tudantes têm navegado em bus- ca de conhecimento comple- mentar ao que já estudaram e também como ferramenta de descoberta de novos interesses acadêmicos ou profissionais. Essencialmente, nossa propos- ta é aliar tecnologia e educação de qualidade. Por isso, sempre enriqueceremos o site com fun- cionalidades e ferramentas que facilitem os estudos na web”, explica. O site oferece ainda um sis- tema de busca, em que é possí- vel pesquisar palavras-chave na fala do professor ou pales- trante. Ao clicar em um dos re- sultados da busca, o vídeo co- meça a partir da primeira men- ção à palavra pesquisada. Sou- za lembra que desde de que foi ao ar, em março de 2012, o site recebeu pouco mais de 1,1 mi- lhão de visitantes, sendo 602 mil visitantes únicos. São 24 mil usuários registrados no si- te e 17 mil seguidores nas re- des sociais (Facebook, Twitter e Google+). Atualmente, as au- las mais procuradas são das áreas de ciências da computa- ção e matemática. De acordo com Souza, foi projetado um aumento do nú- mero de visitantes, usuários re- gistrados e seguidores nas re- des sociais em 10 vezes para 2013, em relação aos resultados registrados no ano passado. A projeção é baseada em três fato- res: o lançamento da nova ver- são do site, em fevereiro, novas funcionalidades e ferramentas para facilitar os estudos dos usuários, e a possibilidade de interação com os demais inter- nautas. A disponibilização de cursos pagos, com certificação, também está entre os projetos para este ano. A outra novidade é o lança- mento de uma nova ferramenta de distribuição do conteúdo, por meio de uma tecnologia de- senvolvida pelo portal, chama- da “Content Sense”. “O ‘Con- tent Sense’ é um algoritmo que permite relacionar textos dos grandes sites de notícia, como jornais e portais de conteúdo parceiros, a aulas disponíveis em nosso acervo. Por exemplo, ao ler uma reportagem sobre re- dução da taxa de juros básica do país em um jornal on-line parceiro do Veduca, o leitor re- ceberá, na própria página, su- gestões de vídeo-aulas no Vedu- ca que ajudam a explicar os con- ceitos citados na reportagem, como uma aula de Macroecono- mia em Yale, ou Matemática Fi- nanceira no MIT”, explica. Estudar pela internet pode não ser fácil como parece, afi- nal, é preciso ter disciplina e foco para não cair nas armadi- lhas da rede mundial de com- putadores durante uma vídeo- aula, por exemplo, indo para outros sites, em especial as re- des sociais. Para o professor Luiz Octá- vio Teixeira Stocco, diretor da unidade SEBCOC Rio Preto, os sites especializados em edu- cação são uma oportunidade de aprendizado. “São plataformas importantíssimas que darão um novo estímulo aos universi- tários, profissionais formados e professores. Lógico que não há impedimento algum para que outros perfis usufruam do servi- ço. Com a quinta maior popula- ção universitária do mundo (6,1 milhões), esses portais colo- cam o Brasil em rota de oportu- nidade para que mais e mais pessoas interessadas possam aprender por meio da inter- net”, afirma. Segundo Stocco, os alunos podem ser beneficiados com es- sas plataformas em vários as- pectos, especialmente para ver uma abordagem dos maiores centros de pesquisa do mundo, como Harvard, de assuntos que não teriam acesso no Brasil. Carlos Souza, criador do Ve- duca, diz que o uso da internet com fins educacionais já é uma realidade no Brasil. Ele afirma que dados do Centro de Estu- dos sobre as Tecnologias da In- formação e da Comunicação (CETIC) mostram que 66% dos 80 milhões de internautas brasi- leiros entram na internet todos os meses em busca de educação e treinamento. Embora esses portais espe- cializados sejam geralmente voltados para o conteúdo uni- versitário, o professor do SEB- COC diz que os alunos de cursi- nhos ou ensino médio também podem ser beneficiados. “Prin- cipalmente para ampliação do seu repertório, mas sem esque- cer o foco de matérias de vesti- bulares. Esses cursos devem ser vistos como uma leitura de uma boa revista, não deve ser o foco principal”, recomenda. Além disso, os professores também podem utilizar esses sites gratuitos como comple- mento, por exemplo, para as aulas. “Nossa escola, que tem uma preocupação com educa- ção de qualidade e tecnologia para todas as fases da vida, sempre está se reciclando com treinamento continuado a usar essas novas tecnologias em sala de aula. É fundamen- tal que se deixe o pragmatismo e parta para as ousadias educa- cionais existentes e disponíveis no mundo”, explica. ■ (JR) Salas de aula virtuais Coursera - www.coursera.org Veduca - www.veduca.com.br Classroom TV - www.classroomtv.com edX - www.edx.org Acesso a conteúdos DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 9
  • 10. Elen Valereto elen.valereto@diarioweb.com.br Intimidações, violências, insul- tos, críticas, ridicularização, perse- guições. Essas são algumas das ma- neiras de praticar o bullying, que tem como principal alvo crianças e jovens tímidos, com baixa autoes- tima, menos idade, que se desta- cam na aula, por escolha sexual di- ferente dos demais ou porte físico que chame a atenção. O agressor não tem motivo espe- cífico para perseguir a vítima, mas de certa forma não aceita lidar com qualquer pessoa que, na cabeça de- le, representa o diferente, afirma Nelson Pedro Silva, professor dou- tor do Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar da Uni- versidade Estadual Paulista (Unesp). “Outro aspecto é que o di- ferente nos incomoda, porque ele está dentro de nós, a ponto de ser inconsciente”. Os ataques têm repercussões di- ferentes para cada pessoa, princi- palmente quando se torna algo fre- quente. As vítimas acabam não de- nunciando, sofrem caladas e mu- dam o jeito de ser. “(A criança) co- meça a apresentar comportamen- tos opostos. Se ela gosta de ir à es- cola, não vai querer mais, aparece com machucados, fica isolada no quarto, e algumas meninas come- çam a apresentar quadro de buli- mia e anorexia”, diz o professor. Essas consequências são liga- das diretamente à autoestima, de- sencadeando ainda sentimentos de timidez, insociabilidade e inca- pacidade de conseguir um empre- go no futuro ou desempenhar qual- quer atividade. A humilhação fre- quente, conta Silva, pode ter fim trágico também. “A vítima pode acabar, em um momento de insani- dade ou vingança, pegar um arma e matar várias pessoas (como já ocorreu no Brasil e nos Estados Unidos). Ou até mesmo se matar, ingerindo drogas lícitas e ilícitas.” BULLYING Comportamento 10 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 11. Problema precisa de atenção da escola, dos pais e da sociedade para ser prevenido e combatido Muitos especialistas que es- tudam a questão são unânimes a respeito do papel da escola quanto ao bullying: a violência precisa ser prevenida e o am- biente educacional precisa cul- tivar a paz e o respeito entre os alunos. No entanto, muito pre- cisa ser feito. Eles acreditam que as escolas, privadas ou pú- blicas, em sua maioria, não es- tão preparadas para esse enfren- tamento, sendo até omissas em muitas situações. “Falta coragem para olhar o problema com a devida gravida- de. Ambos precisam de atenção, e o que normalmente acontece é que todas as atenções se voltam para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a víti- ma é esquecida. É necessário parcerias com psicólogos, soció- logos e assistentes sociais para trabalhar com pais, alunos e pro- fessores”, diz a psicóloga e psico- dramatista Ana Cláudia De Lu- ca Schiaveto, de Rio Preto. Um ponto inicial está na fal- ta de valores e respeito com o próximo, o que possibilita jo- vens a por em prática ações im- pensadas e que dão certo “po- der” e satisfação para os agres- sores. Outro fator somatório a esse problema está na perda de visão da autoridade que pais e professores representam. “A escola deve ser um local de formar cidadão de direitos e deveres, fortalecendo amiza- des, solidariedade e coopera- ção. E a relação entre pais e edu- cadores precisa de laços de con- fiança em relação ao papel que cada um exerce, cada qual assu- mindo a parcela de sua respon- sabilidade”, afirma a psicóloga. O professor da Unesp, no entanto, pensa diferente. Para Silva, não se pode atribuir a responsabilidade de preven- ção e combate do bullying ape- nas para a escola e a família. Novas leis também não são ne- cessárias. “Vamos parar com a ideia de se construir leis espe- cíficas de combate ao bullying e de atribuir a responsabilida- de única e exclusivamente à es- cola e família. Já temos legisla- ção avançada, inclusive elogia- da por países do primeiro mundo - o Estatuto da Crian- ça e do Adolescente (ECA), com algumas exceções, já dá conta de tudo”, destaca. Punição? “Existe um movimento de alguns promotores da infância e juventude que lutam para que o bullying seja considerado cri- me. Mas mais importante que nos preocuparmos com puni- ção, devemos nos atentar à pre- venção e educação dos jovens”, afirma a psicóloga e psicodra- matista Ana Cláudia. A pedagoga Cléo Fante, es- pecialista em bullying escolar, autora do Programa Anti- bullying “Educar para Paz”, concorda com Ana. “Acredito que a punição não gera reflexão e aprendizagem. Em muitos ca- sos, gera raiva e revolta”. Enquanto não existe lei que criminalize o bullying no Bra- sil, o ECA trata o assunto como ato infracional. “Poderão ser advertidos verbalmente ou por escrito, convocação dos pais e até a transferência compulsória (da escola), dependendo da gra- vidade da ação e de acordo com a decisão do Colegiado”, expli- ca a pedagoga. ANÁLISE Cleo Fante “O papel da escola é prevenir toda e qual- quer forma de violência e priorizar a cultura de paz. No entanto, se ocorrer o bullying, de- ve agir imediatamente, uma vez que é de sua responsabilidade a segurança de todos os estu- dantes que estão sob sua guarda e proteção, podendo, inclusive, ser responsabilizada por omissão. Sendo uma ação identificada como bullying ou não, a escola deverá orientar os envolvidos e encontrar alternativas que resultem em mudan- ças comportamentais. Especificamente, em rela- ção aos autores, deverá convocar os pais para que juntos possam reconhecer as causas de suas atitu- des a fim de saná-las. Dependendo da gravidade (lesão corporal, ameaça ou outra forma de violação de direitos de crianças e adolescentes), a escola deverá acionar outras instituições, como Conselho Tu- telar, Delegacia de Polícia ou Ministério Públi- co. Quanto às vítimas, deve-se protegê-las e en- contrar meios de cessar as agressões. Em situa- ções mais graves da exposição, precisa direcio- ná-las a profissionais que deverão auxiliar no desenvolvimento de habilidades assertivas. O que percebo é que há muita informação, mas equívocos na identificação e nos encami- nhamentos. Confunde-se bullying com indisci- plina, conflitos entre estudantes e de estudan- tes com professores, agressões pontuais ou re- petidas e problemas que são inerentes às rela- ções interpessoais. Então, o que falta é conheci- mento, capacitação profissional, além de com- promisso de estabelecer uma educação voltada à cultura de paz. Existe um grande movimento contrário ao bullying e outras formas de violências - lidera- do por cantores, atores, apresentadores, políti- cos, escolas, famílias - mas isso não acontece em relação à cultura de paz. Devemos inserir esse movimento em nosso cotidiano, e as esco- las têm essa possibilidade: de desenvolver pro- gramas preventivos que oportunizem não so- mente informação, mas vivências e interioriza- ção de valores, como respeito, solidariedade, amizade, tolerância, amor”. CLEO FANTE é pedagoga especialista em Bullying Escolar, autora do Programa Antibullying “Educar para a Paz” e de várias publicações no Brasil e Colômbia O quanto a escola é responsável? Ocyberbullyingou bullying virtual é mais grave e difícil de ser combatido, se comparado ao bullying físico. “Quando ocorri- do de forma intencional, fica maisfácildeseesconderportrás de um computador ou celular”, conta a psicóloga e psicodrama- tista Ana Cláudia De Luca Schiaveto. Segundo Ana Cláudia, o agressornãotemideiadapropor- ção da violência que pode provo- car com a postagem de uma foto ou vídeo nas redes sociais, ou mesmo de um comentário com tom pejorativo. Eles não pensam nas consequências e acreditam quetudoé liberadona internet. Durante uma pesquisa reali- zada pela pedagoga Cléo Fante, especialista em bullying escolar, foidescobertoque,emumgrupo de5.168estudantes,31%pratica- vam bullying no ambiente vir- tual. Outros 17% estavam envol- vidos com a agressão no próprio espaçofísico. “A falsa sensação de anoni- mato e impunidade estimula as práticas virtuais. Acreditar que o conteúdo postado fica restri- to leva-os a disponibilizar fo- tos, ofensas, calúnias, agres- sões, etc. Isso por falta de co- nhecimento e de informações sobre os prejuízos que podem atrair para si e seus familiares, como responsabilizações finan- ceiras por danos morais”, diz a pedagoga. (EV) Ataques virtuais DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 11
  • 12. Verbal: insultos, ofensas, apelidos maldosos, criticar a vítima Física e material: prática de bater, beliscar, dar empurrões, roubar objetos e até comida Psicológica e moral: humilhações, chantagens, intimidações, discriminação Sexual: assédios, insinuações, abusos e até violência Virtual/cyberbullying: uso de tecnologias, como celulares, filmadoras, internet para espalhar fotos, vídeos, montagens para constranger a vítima Os pais devem sempre conversar com seus filhos, não só para a superação desse problema, mas de outros Colocar cartazes nas escolas com os dizeres “justiça”, “dignidade” e “reciprocidade”. Não mudará as condutas, mas dará início a reflexões Exigir condutas de boa educação, pois é uma condição necessária à construção das excelências morais Palestras com vídeos impactantes (“Laranja Mecânica” é um deles), seguido de discussão em grupo coordenado por psicopedagogos, psicólogos ou ex-alunos que já foram vítimas ou praticantes do bullying Fazer reuniões com alunos e demais pessoas que foram vítimas de bullying - assim como no Alcoólatras Anônimos (AA) Convidar às reuniões do grupo pessoas que não sofreram bullying, mas que se sentiram mal ou são contrárias a tais práticas. Oferece apoio para enfrentar o problema Identificar os agressores e também fazer reuniões para refletir sobre os comportamentos Em alguns casos, propor terapia para vítima e agressor Em casos mais graves, solicitar pais e representantes do Ministério Público e da Segurança Pública para propor medidas ao agressor para não repetir a conduta. Isso deve ser feito sem alarde Promover um espaço escolar pautado no exercício das virtudes e discutir temas, vídeos e materiais jornalísticos, pois têm resultados melhores que exposições orais ■ Fonte: Cartilha Bullying - projeto Justiça nas Escola, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo Fonte: Nelson Pedro Silva, professor doutor do Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Formas comuns de bullying Medidas para prevenir e combater 12 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 13. Cuidar de alguém com carinho e respeito pode ser visto como um ato de retribuição a tudo o que já recebemos Josinel Braga Carmona Psicólogo Esta é uma boa época para pensarmos na transição. Todo o tempo estamos mu- dando, mas existem algumas fases da vida, do ano, etc, em que mais percebemos isso. Co- mo diz uma frase taoísta: todo excesso é fonte de dor e sofri- mento. Bem, começar alguma coisa, estar no início de um projeto, do ano, da vida; estar no final de um projeto, do ano ou da vida, essas são formas ex- tremas, de modo especial, po- demos compreender esses ex- tremos como excessos. No início, temos excesso de não saber, de ainda não conseguir; no final, temos ex- cesso de saber, de já não mais conseguir. Fazer uma reflexão sobre a criança e o idoso é pensar nos excessos, nos extremos da vi- da e suas necessidades espe- ciais. A criança ainda não po- de estar sozinha, por sua pró- pria conta, necessita da cons- tante presença do outro, de- pende inteiramente dele; o idoso já não pode mais estar sozinho, depende cada vez mais do outro, de sua ajuda, atenção e dedicação. Este é mesmo um bom mo- mento para esta reflexão. Passadas as festas, as ale- grias e euforias, os presentes e as presenças, podemos nos con- centrar um pouco naquilo tu- do que recebemos em nosso início de vida, da dedicação da- queles que nos cuidaram e aquilo que possivelmente ire- mos receber quando voltar- mos a necessitar do outro. En- tre essas duas fases de depen- dências e necessidades existe a fase em que podemos (e deve- mos) nos dedicar e cuidar. Cuidar de alguém com cari- nho e respeito a suas limita- ções e incapacidades inicial- mente pode ser visto como um ato de retribuição a tudo o que já recebemos, contudo, exis- tem ainda os aspectos existen- cial e humano do cuidar. Preparar e servir a comida, banho, trocar, ajudar a subir e a descer, entrar e sair, ensinar a falar, ajudar a lembrar, pegar pela mão, limpar a baba, as fe- zes, pentear, perfumar, com- preender de fato, sorrir, etc, is- so tudo é trabalhoso e cansati- vo, demanda tempo e dedica- ção, mas com toda a certeza posso afirmar que qualquer uma dessas tarefas se torna mais leve na presença do verda- deiro entendimento do que é cuidar e amar aquele que ain- da não pode ou aquele que já não consegue. Qualquer pes- soa que se permitir olhar para estas realidades com um pou- co mais de cuidado vai perce- ber o quanto precisamos apren- der sobre essas três tão impor- tantes fases de nossas vidas. Uma boa pergunta para ser respondida no silêncio da refle- xão diária: enquanto tenho for- ça e capacidade, tenho me dedi- cado a oferecer aos que preci- sam de cuidados todo o amor e dedicação que posso? ■ VELHO E NOVO www.sxc.hu/Divulgação Rubens Cardia 17/6/2010 DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 13
  • 14. Carla Marins recorreu à psicanálise para interpretar mãe de adolescente em “Malhação” TV Press Experimentar a maternidade trouxe várias mudanças à carrei- ra de Carla Marins. Mas a princi- pal delas talvez seja a forma co- mo a atriz explora essa caracterís- tica em suas personagens. Prova disso é que fez questão de contar com o auxílio da psicanálise as- sim que foi escalada para viver a retraída Alice de “Malhação”. Is- so porque, embora seja mãe de uma criança, ela assume que, sem essa ajuda, talvez fosse mais complicado encontrar a profun- didade que os conflitos que en- volvem a tradutora e o filho, o mocinho Dinho, papel de Gui- lherme Prates, exigem. “É um universo muito distante do meu. Precisava achar outra pegada e esse seria o melhor caminho. Não cabe em qualquer persona- gem, mas ali eu senti que funcio- naria bem”, justifica. OutrodetalhequeajudouCar- la na hora de construir Alice foi a caracterização. Seu último tra- balho na televisão foi a dissimu- lada Amanda, participação espe- cial que a atriz foi convidada a fazer em “Morde & Assopra” e acabou estendida até os últimos capítulos da novela. Naquela época, vivia uma vilã que se aproveitava da boa forma física. Mas agora, na pele de uma dona de casa e mãe, Carla preferiu re- laxar e, assim, ganhar um corpo que se aproxima mais da realida- de de Alice. “Não cheguei a ten- tar engordar, mas deixei de es- tar obcecada com isso. Também parei de pegar sol e escureci o ca- belo”, explica. Na história, Alice é uma qua- rentona que, depois da separação, passou muitos anos sem se rela- cionar com ninguém. Com isso, se dedicou demais apenas ao fi- lho e ao trabalho de tradutora, exercido em sua própria casa. A situação só começa a mudar de- pois que o garoto engata um na- moro e, ironicamente, ela reata com o ex-marido. Com direito atéa umagravideznão planejada. “Élegal esse espaço maior que es- tãodandoparapersonagensadul- tos.Muitagenteachaque‘Malha- ção’ é feita para jovens e crianças, mas pesquisas mostram que mães e avós são 60% do público que assiste”, valoriza. Hoje com 44 anos, Carla sem- pre aparentou menos idade. Por isso,sóexperimentouatuar como mãe de um adolescente em “Pé na Jaca”, aos 38 anos, quando vi- veu a sonhadora Dorinha. E essa maturidadecênica pareceter mo- tivado a atriz a marcar presença em novos trabalhos na tevê. An- tes, passou cinco anos fazendo aparições rápidas em pequenas participações e se dedicando aos palcos e ao curso de Teoria do Teatro,queaindapretendefinali- zarna UniRio. Mas,depoisdo re- torno na trama de Carlos Lom- bardi–suaúltimanovelatinhasi- do “Porto dos Milagres”, em 2001 –, já atuou no seriado “Faça aSuaHistória”enanovela“Mor- de & Assopra”, na Globo, e tam- bém em “Uma Rosa Com Amor”, que protagonizou no SBT, em 2009. “É difícil fazer te- levisão direto. Novela é um com- promisso longo demais e o ator precisa, em algum momento, pa- rar e se ‘limpar’ dos resquícios de outros personagens. O teatro me ajuda muito nisso e a faculdade também”, opina. “Malhação” - Globo - Segunda a sexta, às 17h35 Perfil Busca interior Viagem ao passado Trabalhar ao lado de mui- tos jovens faz com que Carla se lembre de uma fase impor- tante de sua carreira. Junto com Regina Duarte, ela prota- gonizou “História de Amor”, novela de Manoel Carlos que abordava a difícil relação en- tre a mãe Helena e sua filha, Joyce. Na trama, a adolescen- te rebelde engravidava do na- morado aos 17 anos e, com is- so, mudava a vida de todos na família. Sendo que, na época, Carla tinha 10 anos a mais que sua personagem. “A maior preocupação era tornar aquilo possível. Então, decidi engordar um pouco e opta- mos por um corte de cabelo curto e bem cacheado. Dava um ar mais juvenil”, recorda. Curiosamente, a atriz co- meçou a gravar suas cenas na mesma época em que “Malha- ção” estreava na Globo, em 1995. E Carla acredita que, de lá para cá, as dificuldades de relacionamento entre pais e fi- lhos aumentaram. Com isso, se tornaram mais ricas na tele- dramaturgia. “Ter autoridade sobre um adolescente é ainda mais complicado atualmente. E acho um assunto muito sé- rio falar sobre essa falta de li- mites que a gente vê. Ainda mais agora, que também sou mãe. É bem diferente explo- rar isso em cena quando você começa a viver um pouco da- quela realidade”, avalia. ■ Carla Marins foi capa da edição de aniversário da revista “Playboy” em 1992. Na época, fez as fotos em Cancun, no México Aos 14 anos, a atriz foi escolhida para fazer o papel principal da peça “O Boi e O Burro a Caminho de Belém”, de Maria Clara Machado. Sua primeira aparição na tevê foi em um comercial do Mc Donald’s, dois anos depois A primeira novela de Carla Marins foi “Hipertensão”, em 1986. O convite para fazer os testes para interpretar Carola veio na escola de Wolf Maya, onde Carla fazia um curso de interpretação Antes de decidir se dedicar à carreira artística, Carla pensava em fazer faculdade de Medicina e se especializar em Pediatria Instantâneas Personagem dePersonagem de Carla Marins emCarla Marins em “Malhação” é“Malhação” é bem diferente dabem diferente da dissimuladadissimulada Amanda”, deAmanda”, de “Morde &“Morde & Assopra”, seuAssopra”, seu trabalho anteriortrabalho anterior Luiza Dantas/Divulgação TV - 14 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 15. Caminhos opostos Em época de “Big Brother Brasil”, Gregório Duvivier brinca com as propostas dos “reali- ty shows” ao mostrar os bastidores de sua vi- da em “O Fantástico Mundo de Gregório”, do Multishow. Apesar de passar uma imagem de produção escassa, o programa conta com uma equipe bem grande. “A ideia era brincar com as fronteiras do real e imaginário. A pro- dução é bem maior do que estou acostumado. Mas a graça do programa está em parecer mais pobre. O excesso de capricho é um empe- cilho”, revela. Gregório ainda continua no ro- teiro do seriado “Louco Por Elas”, que volta à programação da Globo no dia 22 de janeiro. A redação é uma área que o humorista preza muito em trabalhar. “Adoro escrever. É um processo mais árduo e doloroso. Gosto muito de fazer parte intelectualmente desse projeto. Pensar naquela casa e ser um personagem dentro dos nossos sonhos”, explica. De família A filha de Carlos Alberto de Nóbrega está co- tada para integrar o elenco de “Carrossel”, no SBT. Maria Fernanda de Nóbrega deverá fazer um teste definitivo para saber estará no “casting” de atores-mirins da nova versão es- crita por Iris Abravannel. A Building Recor- ds estaria em negociações com a emissora pa- ra o lançamento do CD da novela. A expecta- tiva é que o número de vendas supere o de “Carrossel”. À procura A MTV realizou cerca de 40 testes em busca de novos “Vjs” para a emissora. Além da saída de Dani Calabresa, Marcelo Adnet, Marimoon, Jana Rosa e China deixam o elenco. A ideia é contratar um homem e uma mulher e lançar novos rostos para repor as perdas recentes. Por ou- tro lado, os “VJs” Bento Ribeiro, Paulinho Serra, Didi Effe, Titi Müller, Gaía Passarelli e Chuck Hipolitho já re- novaram contrato com a MTV. Faz-me rir O “remake” de “Saramandaia” ganhará nomes de peso em seu elenco, como Fernanda Montenegro, Tarcísio Meira, José Mayer, Vera Holtz, Leandra Leal, Gabriel Braga Nunes, Lília Cabral e André Bankoff. Junto com os veteranos, o autor pretende lançar novos rostos na tele- visão “É uma novela enxuta, de apenas 34 personagens, contando com o elenco de apoio”, adianta o autor Ricar- do Linhares. Intervenção geral Carlos Lombardi pretende abordar o homossexualismo em sua primeira novela na Record. Com o título provisó- rio de “Vida Bandida”, a trama terá um personagem gay, mas o autor não pretende fazer uma abordagem caricata. Passaporte na mão O elenco de “Flor do Caribe” deve retornar ao Brasil no dia 21 de janeiro. Eles estão na Guatemala gravando algu- mas externas para a próxima novela das seis escrita por Walther Negrão. A trama será protagonizada por Henri Castelli e Grazi Massafera. Mais espaço O “Legendários”, programa comandado por Marcos Mion na Record, voltará das férias com novo cená- rio. A produção continuará sendo gravada. Sem João Gordo em seu elenco, o programa terá mais es- paço para uma plateia maior. Praia e sol O “Casa Brasileira” estreia sua temporada de verão no dia 27. Com o conceito de casa de veraneio, o pro- grama visita projetos idealizados por grandes nomes da arquitetura brasileira não só na praia, mas tam- bém na serra e montanha. A série apresenta pousa- das, hotéis, fazendas e casas de veraneio preferidas de personalidades brasileiras. Na torcida A Globo já trabalha na próxima temporada de “Ma- lhação”. Intitulado de “Projeto Z”, a nova fase irá mexer com as novas mídias. Inclusive, parte do elen- co deve ser selecionada a partir da internet. Mais um Guga Coelho está no elenco de “Dona Xepa”, próxi- ma novela da Record. O último trabalho do ator foi em “Malhação”. Pela mente Leonardo Miggiorin dedicou mui- tos anos à televisão. Após 13 anos fa- zendo novelas, o intérprete do ‘’nerd” Leandro, de “Malhação”, pô- de concluir, agora, a faculdade de Psicologia, que cursava há quase dez anos. “Fiz um ano de faculdade, mas depois fui morar em Nova Iorque. Fiz quatro novelas nesse período que me tomaram tempo e não pude finalizar mais rápido o curso. Não fi- quei dez anos seguidos. Fui interca- lando com outros projetos”, explica. Para o ator, a faculdade é essencial para sua carreira. “Fala bastante so- bre a mente humana e as relações de uma forma mais ampla”, valoriza. Zapping JorgeRodriguesJorge/Divulgação TV Press DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 15 - TV
  • 16. Depois de acumular heróis românticos, Murilo Rosa comemora o vilão Élcio, de “Salve Jorge” TV Press Diversificar os papéis que in- terpreta na tevê já estava nos pla- nos de Murilo Rosa. Depois de emendar uma sequência de heróis românticos – como o Solano de “Araguaia”,oLucasde“Caminho das Índias” e o Miguel de “Desejo Proibido”, entre outros, – ele que- ria mesmo era encarnar um vilão. AssimqueatramadeWaltherNe- grão chegou ao fim, divulgou para todos na Globo a sua vontade. In- clusive,para MarcosSchechtman, que havia dirigido “Araguaia”. E foio própriodiretorqueconvidou Murilo para viver o capitão Élcio, em “Salve Jorge”. “Era exatamen- teo tipo de papel que eu queria fa- zer”, assegura. “Estreei na Globo como um vilão, em ‘Chiquinha Gonzaga’.Mas,depoisdisso,fizsó personagens engraçados ou ro- mânticosousérios.Estavacomes- sa vontade e aceitei de cara”, diz. Natelevisãodesde1994,quan- do atuou em “74.5 – Uma Onda no Ar”, exibida pela extinta Man- chete,eem“ConfissõesdeAdoles- cente”,daTVCultura,Murilopro- cura não limitar sua área de traba- lho. Para ele, fazer cinema e teatro influenciadiretamentenaqualida- dedeseuspersonagensdatevêevi- ce-versa. “Acho que o ator tem de estar disponível para o bom papel, apenasisso.Orestovem”,simplifi- ca. Mas o discurso de Murilo é bem realista no que diz respeito à dramaturgia no Brasil. “Se você quer ser um ator profissional, sus- tentarseufilho,suafamília,vaiter deacontecer em vários lugares:na televisão, no teatro, fazer bons fil- mes, entrar no mercado publicitá- rio, que é uma coisa para poucos.” Pergunta – Na trama de Gloria Perez, Élcio é o antago- nista do mocinho Théo, de Ro- drigo Lombardi. Mas, apesar disso, o personagem tem mo- mentos de descontração e humor. Como dosar esses dois lados? Murilo Rosa – O espectador é muito preso a uma boa lágrima, aumbombeijo,aobomhumor.E o Élcio é mulherengo, tem hu- mor, que é um sinal de inteligên- cia, e dureza nas horas certas. Eu sempre quis que esse personagem fosse um vilão que tivesse o seu tempero. Sempre quis ele apron- tasse,masquetivesseseupoderde sedução, como todo bom vilão eu acho que tem de ter. Como diz o Sérgio Britto (ator, diretor e rotei- rista) quando você entra no palco: aspessoastêmdetervontadedete ver. O Élcio quer derrubar o Théo. Mas eu sempre quis fazer desse personagem um cara que as pessoas, de uma certa forma, não gostassem, mas que também se sentissem atraídas. Pergunta – Você ficou uma semana na AMAN – Acade- mia Militar das Agulhas Ne- gras – para entender o univer- so do personagem. Até que ponto essa preparação foi im- portante para seu trabalho de composição? Rosa – Foi uma base muito importante para a construção do personagem. O primeiro passo foi entender como funciona o exérci- to e essa semana que passamos lá foi fundamental para compreen- der a importância dele, que a gen- te não sabe. O exército tem mais de80 ações pelo mundo. Posso di- zer que um capitão do exército, que é o personagem que eu faço, é um homem preparado, que está pronto para um problema. Tam- bém foi bom para fazer as aulas práticas de tiro e hipismo. Pergunta – Na tevê, geral- mente, você é mais visto na pe- le de mocinhos. A que atribui essa escalação recorrente? Rosa – A televisão acaba sen- doumlugar emquequeremapro- veitar o mais identificável. Acho quefoidandocertoefoiserepetin- do.Mas, ao mesmo tempo em que existe um rótulo por fora, são per- sonagens diferentes. Fiz o Solano, que era um domador de cavalo; um padre, em “Desejo Proibido”; o Dinho, em “América”, era um personagemmais cômico. Mas to- dos com essa conotação de herói. Então, acho que é bom dar uma quebrada. No cinema, as pessoas têm me chamado para várias ou- tras funções. Pergunta – O herói, geral- mente, tem um perfil previsí- vel dentro de uma trama. Acredita que interpretar vi- lões seja mais interessante? Rosa – Não. Acho que o inte- Capitão EntrevistaEntrevista João Miguel Júnior/Divulgação TV - 16 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 17. ressanteéfazerumbompapel.Vo- cê pode fazer um mocinho, mas ele ser tão complexo que vai ser umpersonagemmuitointeressan- te. Mas, com umvilão, posso fugir do politicamente correto, fazer o que eu quiser. Se alguém ficou com raiva de mim, ótimo. Se gos- tou, ótimo também. Com um mo- cinho, tem de tomar cuidado. Pergunta – O posto de galã, que tanto acompanha sua traje- tória, já incomodou você? Rosa – Não. Nunca incomo- dou e acho que nunca prejudicou. Naverdade,eu tenhoumtipofísi- co bem normal, de um cara brasi- leiro,tendoumatendênciaaumti- po mais europeu. Mas com o meu perfil posso fazer qualquer perso- nagem. Acho que o galã está mui- to mais ligado à sedução, ao poder quevocêtemdeseduzir,doqueao tipo físico. Pergunta – Você estreou na tevê em 1994 e três anos de- pois já estava interpretando seu primeiro protagonista, o Tenen- te Aquiles, em “Mandacaru”, da Manchete. O tamanho de seus personagens e a relevância de- les em uma trama se tornou mais importante para você com o passar do tempo? Rosa – Acho que chega uma hora em que você não pode mais fazerumpersonagemquenãoseja bom.Sevocêjáfez,temdecondu- zira carreirae tomar cuidado para que isso não aconteça. A minha carreirasemprefoiascendente,de- grau por degrau. Meus persona- gens foram evoluindo. Acho im- portante, sim, você ser um ator quequeira assumir a responsabili- dade, protagonizar uma novela, um filme, uma produção teatral. Achoqueesseéo objetivodoator. É só não colocar isso apenas como o foco principal. O papel tem de ser o foco principal. Pergunta – Você já fez mui- tos trabalhos de época. Entre eles, “Xica da Silva”, pela Man- cheteem1996,“ChiquinhaGon- zaga”, de 1999, e “A Casa das Sete Mulheres”, de 2003, entre outros. Com tantas obras nesse estilo no currículo, também era um desejo seu atuar mais em produções contemporâneas? Rosa – Como eu sempre fiz muitaépoca,semprequisfazertra- balhos mais contemporâneos. Se for ver meus trabalhos na Globo, muitos são de época. Então, sem- pre quis fazer papéis contemporâ- neos assim como o Élcio. É mais fácil fazer uma coisa atual. Pergunta– Mas, por outro la- do, não é mais difícil se distan- ciardeumpersonagematual,de- pendendo do perfil dele? Rosa – É, mas tem gente que faz época sem também mudar muita coisa. Acho que, se você quer fazer um bom trabalho de época, de composição e tudo, é mais difícil do que um contempo- râneo, que você já mais ou menos conhece, pega alguns elementos. Época não. É preciso construir uma situação. Pergunta – Quando você decidiu se dedicar à interpre- tação, no início dos anos 1990, em algum momento, fa- zer televisão passou a ser um objetivo de carreira? Rosa – Sim. É balela essa coi- sa de falar: “Ah,eu só faço teatro”. O ator que quer ser profissional vai querer ser um ator de cinema, de televisão e de teatro. A coisa maishipócritaqueeu já escuteina minhavidaéquandovejoumator falando: “Não quero fazer televi- são”. Até aparecer uma oportuni- dade. E eu estou falando isso por- quejápasseiporessafasenaescola de teatro. Bicho grilo, barba gran- de, estudando Tchekhov (Anton, dramaturgo russo) e cheio de teo- rias... A dramaturgia brasileira é a melhor do mundo. Para mim, a Globo faz um trabalho excepcio- nal.Então,sósevocêforburropa- ra não querer fazer parte disso. Pergunta – Você se mudou de Brasília para o Rio de Janeiro, em 1992, para estudar teatro. E sua estreia na tevê foi dois anos depois – um processo, relativa- mente, rápido. Que recordações têm daquela época? Rosa – Vim nacarae nacora- gemparafazerescoladeteatroero- lou. Vim com o apoio dos meus pais, mas sem um emprego. Uma prima distante do meu pai indi- cou uma outra escola de teatro – eu já tinha feito, durante um tem- po, um curso profissionalizante em Brasília. No Rio, entrei em uma escola de teatro, fiquei um tempo e fui parar no Tablado, on- decomeceiafazerumapeçacoma Maria Clara Machado. As coisas foram acontecendo. Eu vim mui- to focado. Meu pai e minha mãe sempre foram exemplos de pes- soas que ralaram muito. Pergunta – E acredita que chegou onde imaginava estar? Rosa – Estou caminhando. Mas acho que está tudo certo, tudo indo bem. Pergunta – Com mais de 20 trabalhos na tevê, que persona- gem destaca em sua trajetória? Rosa – É tão complicado isso porque primeiro trabalho é pri- meiro trabalho, que foi “74.5 – UmaOnda no Ar”.Depois, a gen- te brincava e chamava de “74.5 – Uma Bomba no Ar”. Mas eu vesti a camisa. Lembro até hoje que fui assistir a uma peça, em 94, e o ator quefaziaapeçaeradaGlobo.Eele fezumabrincadeiranopalcosaca- neando, falando o nome da nove- la, menosprezando. Fiquei com tanta raiva naquele momento. É o seu trabalho, né? O personagem CD – Carlos Daniel – foi meu pri- meiro e começou a assumir res- ponsabilidades na trama. A nove- la não foi boa, mas foi importante paramim.Achoquetodopersona- gem é. Internamente, eu valorizo. “Salve Jorge” – Globo – de segunda a sábado, às 21h do mal Mudança de planos “74.5 – Uma Onda no Ar” (Manchete, 1994) – Carlos Daniel. “Antônio Alves, Taxista” (SBT, 1996) – Henrique. “Xica da Silva” (Manchete, 1996) – Martim Caldeira. “Mandacaru” (Manchete, 1997) – Tenente Aquiles. “Chiquinha Gonzaga” (Globo, 1999) – Amadeu. “Força de um Desejo” (Globo, 1999) – Eugênio. “O Cravo e A Rosa” (Globo, 2000) – Celso de Lucca. “A Padroeira” (Globo, 2001) – Diogo. “Brava Gente, Ariosvaldo e O Lobisomem” (Globo, 2002) – Lobisomem. “A Casa das Sete Mulheres” (Globo, 2003) – Afonso Corte Real. “Um Só Coração” (Globo, 2004) – Frederico. “América” (Globo, 2005) – Dinho. “Bang Bang” (Globo, 2006) – Josh Lucas. “Desejo Proibido” (Globo, 2007) – Miguel. “Caminho das Índias” (Globo, 2009) – Lucas. “Araguaia” (Globo, 2010) – Solano. “Salve Jorge” (Globo, 2012) – Capitão Élcio. Por pouco, Murilo Rosa não seguiu outro caminho profissional. Ainda em Bra- sília, sua cidade natal, ele chegou a cursar a faculda- de de Educação Física. Mas não demorou muito para descobrir que não era apaixonado pelo curso. “Eu fui atleta, então acha- va que era legal. Mas perce- bi que não queria ser pro- fessor de Educação Física lá na faculdade”, conta. Foi quando se interes- sou pelas Artes Cênicas e resolveu investir pesado na carreira de ator, aos 20 anos. Até então, nunca ha- via tido nenhum contato com a interpretação. No ano seguinte, em 1992, se mudou para o Rio e, em 1993, participou de uma Oficina de Atores da Glo- bo. Mas o material em ví- deo de Murilo acabou su- mindo e ele não recebeu ne- nhuma resposta da emisso- ra. Só depois de acumular trabalhos na Manchete, TV Cultura, SBT e partici- pações em “Malhação” e “Você Decide” é que Muri- lo foi de vez para a Globo, a convite de Jayme Monjar- dim, para viver o Amadeu de “Chiquinha Gonzaga”, em 1999. “Estou muito fe- liz lá. Mas a experiência em outras emissoras foi muito positiva. Trabalhar com o Walter Avancini é uma coisa única na carreira de um ator”, exalta Murilo, que foi dirigido por Avanci- ni em “Xica da Silva” e “Mandacaru”, ambas na Manchete, e também em “A Padroeira” e “O Cravo e A Rosa”. ■ Trajetória televisiva DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 17 - TV
  • 18. Sucesso nos cinemas, “Gonzaga - De Pai Pra Filho” será exibido na tevê como microssérie TV Press A temática popular do longa “Gonzaga - De Pai Pra Filho” conseguiu levar quase 1,5 mi- lhão de pessoas aos cinemas do Brasil, no final de 2012. Bilhete- ria que lhe rendeu o posto de quarta melhor estreia nacional do ano. Mas o relativo sucesso não foi suficiente para Breno Sil- veira, diretor do longa. Seu ideal era que a história do Rei do Baião pudesse ser assistida por pessoas que realmente sen- tissem sua cultura retratada na obra. Com isso, a produção cine- matográfica foi adaptada para a tevê e será exibida em formato de microssérie a partir do dia 15 de janeiro, na Globo. “Meu fil- me foi pensado para o brasileiro se enxergar nele. Então, as pes- soas que não tiveram poder aqui- sitivo para assisti-lo no cinema, agora vão poder vê-lo na televi- são”, acredita Breno. Seguindo o modelo de adap- tação televisiva realizado por Guel Arraes em outros longas co- mo “Xingu” e “O Bem Amado”, o filme de Silveira foi reeditado paraganhar umritmo mais acele- rado, já que quando foi gravado não havia projeto para transfor- má-lo em série. Também foram acrescentadas cenas extras à mi- crossérie, rodadas junto com o longa, mas que sobraram na ho- ra da edição. Além de um prólo- go diferente do visto nas salas de cinema. “Mesmo sem um proje- to, a série já estava dentro de ‘Gonzaga - De Pai Pra Filho’. Quando você vê o roteiro, perce- be que é uma obra que comporta ser dividida em uma semana”, explica Guel Arraes, diretor de núcleo da Globo. Dividida em quatro capítu- los, a trama se baseia na vida de Luiz Gonzaga, explorando as di- ferentes etapas de sua vida. Ahis- tóriacomeça quando ele é obriga- do a sair de sua cidade natal, Exu, no Recife, por causa de uma ameaça de morte feita por um coronel,interpretado por Do- mingos Montagner, que não aprovava o namoro do cantor com sua filha. Gonzaga, então, passa nove anos no exército. Ao sair das forças armadas, se insta- la no Rio de Janeiro na tentativa de se estabelecer como músico. Lá, conhece Odaléia, de Nanda Costa, uma cantora com a qual se envolve e tem um filho, sem saber ao certo se é ou não o pai da criança. Dois anos depois, Odaléia morre e o Rei do Baião, que no momento já está casado com outra mulher, decide deixar Gonzaguinha - interpretado por vários atores ao longo das dife- rentes fases da história – ser cria- do pelos padrinhos, enquanto in- veste emsua carreira. Logo, Gon- zaga desiste de tocar os ritmos musicais da época e se arrisca com as músicas nordestinas, o que o consagra como ídolo popu- lar. Mas o afastamento gera um grave conflito entre pai e filho. E a convivência entre eles passa a ser conturbada. Uma relação de amor e admiração, mas cheia de ressentimentos. “A vida dele era imensa, a gente pegou um recor- te apenas, que saiu desse olhar que o filho tinha dele”, explica o diretor do filme. Para interpretar todas as fa- ses da vida de Gonzagão retrata- das no longa, foram necessários três atores. Land Vieira, o único que já atuava antes de “Gonzaga - De Pai Pra Filho” e participou de novelas como “Cordel Encan- tado” e “Cama de Gato”, foi esco- lhido para viver a etapa dos 17 aos 23 anos do cantor. O sanfoneiro Chambinho do Acordeon interpretou Luiz até os 50 anos. E Adelio Lima encar- nou o compositor aos 70 anos. Esse último, além de chamar a atenção por sua semelhança físi- ca com Gonzaga, também já era próximo ao universo do ídolo nordestino. Antes de participar do longa, Adelio era guia do Mu- seu Luiz Gonzaga em Caruaru. “Lá de onde eu venho, nem todo mundo tem o privilégio de ir ao cinema, maseu já era muito reco- nhecido pelo filme. Agora que vai para a tevê, nem imagino co- mo vai ser”, empolga-se Adelio Lima. ■ “Gonzaga - De Pai Pra Filho” - A partir do dia 15 de janeiro, às 23h, na Globo Bastidores Todos os públicos Nanda Costa e Chambinho do Acordeon em cena de “Gonzaga - De Pai Pra Filho”: depois de levar 1,5 milhão de pessoas aos cinemas, filme vira microssérie na Globo Divugação TV - 18 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 19. Graças ao jeito escrachado, Mart’nália estreia na televisão como a mecânica Tamanco em “Pé na Cova”Graças ao jeito escrachado, Mart’nália estreia na televisão como a mecânica Tamanco em “Pé na Cova” TV Press Mart’nália ginga enquanto fa- la.Aofinaldecadafrasedáumari- sada. Aliás, foi justamente por po- dersedivertirqueelaaceitoufazer parte do elenco de “Pé na Cova” – onde interpreta a mecânica Ta- manco –, novo seriado da Globo, que estreia no próximo dia 24. E tambémporcausadoautordapro- dução, Miguel Falabella. Os dois já se conhecem há muito tempo e até trabalharamjuntos no musical “Pé da Árvore de Natal”. “Ele me chamou: ‘Vamos fazer um negó- cio para a gente se divertir?’. Fa- lei: ‘Vamos embora, mas será que consigo?’” indagou ela, que ouviu deFalabellaquesaberiadarconta. Mesmo assim, receosa, achou me- lhor dar um aviso ao autor: “Fa- lei: ‘Qualquer coisa você mata a personagem que está tudo certo’”, recorda. ParaMiguelFalabella,nãopre- cisar “matar a personagem” de Mart’nália,acantora,eagoraatriz, vai precisar mesmo se divertir. O papelfoi feitosob medida peloau- torporcontadobomhumordafi- lha de Martinho da Vila. O que ajudaMart’náliaéofatodequeFa- labella, de certa forma, adapta o personagemdeacordocom oator. Eisso ajuda bastanteemuma difi- culdade da atriz: memorizar os textos. “Estou me acostumando a decorar os textos, que é a parte mais difícil. Eu não decoro direito nem as minhas músicas”, brinca. “Aí, ele coloca uns diálogos meio malucos e eu me viro”, diverte-se. A primeira temporada da tra- mavai contarcom 23 episódios. A história sedesenrolaatravés da fu- nerária F.U.I. – Funerária Unidos doIrajá–dafamíliaPereira.Ame- cânicaTamancoéumadasagrega- das da família. A personagem namora Odete Roitman, interpretada por Luma Costa, filha de Ruço - dono da fu- nerária -, personagem de Miguel Falabella, e é irmã de Marcão, de MaurícioXavier.“Eu,interpretan- doaTamanco,tenhominhamecâ- nicaeajudo afamília.Porissoque o Ruço me libera a garota”, adian- ta, às gargalhadas. Mart’nália aproveita o conví- vio com o elenco para aprender um pouco mais sobre interpreta- ção. Especialmente com Luma Costa, com quem atua mais. “Ela sempremedáumtoque,mepuxa, porqueeumemexomuito,nãosei ficar parada”, revela. “Tem essa coisa de marcação que eu nunca fiz. É confuso, mas a Luma me dá uma força”. O entrosamento com o restante do elenco, aliás, vem sendo importante para evolução deMart’nália.Aospoucos,ocanto- ra vai se sentindo em casa. “Cada vez mais a gente se entende. Va- mosnos ajustandoemumsentido de família mesmo”, confia. Mart’nália garante que está se divertindo com a nova fase de atriz.Mas isso não a afasta dosmi- crofones. “No começo, complicou umpouco.Agoraagentejáajeitou a agenda, trabalha até quinta e so- bra a sexta para fazer show e ga- nhar meu dinheirinho”, conta. As duas atividades completam Mar- t´náliahoje.Masapreferênciaain- daéo amorantigo:a música.“Va- mos ver o que dá isso aí, mas é uma vida muito dura, é melhor cantar”,ponderaela,quesóaceita- ria outros trabalhos como atriz com uma condição: “Depende do que for, se for para me divertir, es- toudentro.Seforcoisaséria,estou fora”, avisa. ■ “Pé na Cova” – Globo – às quintas, às 22h50 Inside Por diversãoPor diversão PedroPauloFigueiredo/Divulgação DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 19 - TV
  • 20. Segunda temporada do “Mulheres Ricas” não empolga tanto como a primeira TV Press As futilidades, os gastos ex- cêntricos e a falta de noção con- tinuam iguais. Mas as novas participantes da segunda tem- porada do “Mulheres Ricas”, da Band, não têm o mesmo ca- risma que as da edição ante- rior. Aeileen Varejão, Andréa de Nóbrega, Cozete Gomes e Mariana Mesquita ainda preci- sam “comer muito feijão-com- arroz”, por assim dizer, para al- cançar o tempero de Narcisa Tamborindeguy, única milio- nária da primeira temporada que garantiu vaga desta vez – a exagerada Val Marchiori fará apenas uma participação es- pecial. Com o primeiro blo- co longo demais – quase uma hora de duração –, o programa perdeu ritmo com apresentações muito extensas de ca- da uma das partici- pantes. Obvia- mente, é im- portante que se conheça a realidade – ainda que aumentada – de cada uma delas. Mas a edição tornou a ta- refa cansativa e pouco eficien- te. Principalmente porque o melhor ficou para o final. Só no segundo bloco – já bem mais curto, com menos de 20 minu- tos de exibição – é que Narcisa apareceu. Bastou a presença de- la para o programa, que regis- trou média de 4 pontos de au- diência, ganhar um novo gás e arrancar risadas com as famo- sas frases exaustivamente ditas pela “socialite”, como “the face of Rio” e “ai, que badalo”. Em apenas um episódio já ficou claro o objetivo de cada uma das novas participantes. Aieleen é uma aspirante a can- tora um tanto quanto fajuta. Apesar de espalhar aos quatro ventos que canta desde os 8 anos, ela desafina de tal forma que mesmo um surdo desapro- varia. Andréa quer falar mal do ex-marido, Carlos Alberto de Nóbrega. Cozete, que é a única que trabalha e não depende do di- nheiro de ninguém, está à pro- cura de um marido para formar uma família. Mariana quer reto- mar a carreira de atriz e assegu- rar que não é nenhuma “Maria- chuteira”, apesar de ser casada com o ex-jogador Luizão. E Narcisa é aquela já conhecida explosão de sandices que aca- bam sendo divertidas. Mas o que fica ainda mais evidente nesta segunda tempo- rada do “Mulheres Ricas” é que dinheiro pode até permi- tir o acesso a bolsas caríssi- mas e carros de luxo. Mas, definitivamente, não tem nenhuma relação com ele- gância. ■ ”Mulheres Ricas” – Band – Segundas, às 22h30 Ponto de Vista Sem tanto badalo Divulgação TV - 20 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 21. “Guerra dos Sexos” minimiza o humor e aposta em tramas densas para elevar audiência TV Press Otompastelãochamavamuita atenção quando o “remake” de “GuerradosSexos”estreou,emou- tubro. Mas agora, há pouco mais de três meses no ar, já se nota que Silvio de Abreu tem deixado um poucodeladoacomédia“rasgada” para abrir espaço às tramas mais densas do folhetim. Atualmente, os traços fortes de humor ficam mesmo no sisudo Otávio, papel de TonyRamos;noatrapalhadoFeli- pe,vivido porEdson Celulari;e na descaradaFrô,daestreanteMarian- na Armellini. E a mudança tem se mostrado positiva. Além de garan- tirmaisagilidadeàhistória,ameni- za também o fato de a novela ter emsuatramacentral-enopróprio título - uma discussão que está ul- trapassadaejá bastante explorada. Jádesdeosprimeiroscapítulos, eram mesmo os personagens liga- dos às tramas dramáticas que cha- mavam mais atenção. Principal- mente o triângulo formado entre Juliana, Manoela e Fábio, papéis de Mariana Ximenes, Guilhermi- naGuinleePauloRocha.Aprimei- ra carrega todas as características que uma mocinha normalmente tem nos folhetins. E Guilhermina pareceterpercebidoagrandeporta que se abriu em sua carreira ao ser escalada para o papel. A atriz, aliás, vemcrescendocadavezmaisnate- vê. E, pelo que mostra em cena, se saimuitobemnapeledemulheres más ou desequilibradas. E sem se repetir. Mesmo caso de Paulo Ro- cha, quehá pouco tempo estavano ar como o português Guaracy, de “Fina Estampa”, e até o sotaque perdeu para interpretar o fotógrafo de “GuerradosSexos”. Mesmocomalgunsajustes,Sil- vio de Abreu e o diretor Jorge Fer- nando ainda estão longe dos 30 pontos de audiência, meta da faixa das19horasdaGlobo.Naverdade, o resultado alcançado até aqui – 22 de média geral – está abaixo até do número esperado para o horário das18horasnaemissora.Fériases- colares e horário de verão são des- culpas normalmente usadas, mas nem sempre colam. “Ti-Ti-Ti”, tambémdirigidaporJorgeFernan- do, fechou janeiro de 2011 acima dos 30 pontos. Enquanto que “GuerradosSexos”,atéagora,man- tém índices menores que os de “Tempos Modernos”, um dos maiores fracassos recentes da Glo- bo, que terminou com média geral de24pontos às 19horas. ■ “Guerra dos Sexos” – Segunda a sábado, às 19h20, na Globo Crítica Tensão entre os eixos Mariana Ximenes e Guilhermina Guinle em cena de “Guerra dos Sexos”: novela diminui tomMariana Ximenes e Guilhermina Guinle em cena de “Guerra dos Sexos”: novela diminui tom pastelão dos primeiros capítulos e investe mais no drama para tentar alavancar audiênciapastelão dos primeiros capítulos e investe mais no drama para tentar alavancar audiência Divulgação DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 21 - TV
  • 22. MALHAÇÃO - 17H50 Segunda-feira - Felipe revela pa- ra Roberta que Giocondo é ami- go de Otávio. Carolina ouve as suspeitas de Charlô contra ela. Felipe tenta entregar a caixa de bombom para Roberta, que rea- ge furiosa. A empresária pede para Dino verificar o contrato da empresa de Giocondo. Caro- lina fala mal de Nando para Ju- liana, que destrata o motorista. Nieta fala para Dino que Nando estava traindo Roberta com Lu- cilene. Otávio diz o que Felipe deve fazer para conquistar Ro- berta. Nando pede demissão. Ulisses ouve Zenon e Carolina falando mal dele. Giocondo insis- te para que Roberta assine seu contrato. Terça-feira - Roberta decide não assinar o contrato com Giocon- do. Zenon afirma a Carolina que anunciará o namoro dos dois após a luta de Ulisses. Charlô pede para Nando permanecer no emprego. Juliana lembra do bei- jo que deu em Nando. Ulisses obriga Carolina a ir com ele até o local de sua luta. Todos enalte- cem o rival de Ulisses no local da luta. Vânia afirma que Juliana está apaixonada por Nando. Ro- berta recepciona Charlô e ami- gas em sua casa. Felipe invade o apartamento de Roberta e a beija na frente de todos. Quarta-feira - Nando se enfurece com Felipe. Vânia pede para Ju- liana fazer alguma coisa para re- verter a demissão de Nando. Ze- non não gosta de ouvir Carolina falar mal de seu irmão. Nando e Roberta chegam para ver a luta de Ulisses. Charlô repreende Fe- lipe pela invasão à casa de Ro- berta. Ulisses começa a reagir na luta depois de ver Zenon. Feli- pe tenta encontrar uma ex-namo- rada para sair. Juliana vai atrás de Nando e vê Otávio sair da ca- sa de Nieta. Ulisses vence a luta por nocaute. Quinta-feira - Todos vibram com a vitória de Ulisses e Carolina fi- ca furiosa. Ulisses agride Ze- non. Nando chega com Roberta para a comemoração de Ulisses e todos ficam constrangidos. Vâ- nia leva Felipe para casa. Nando levanta um brinde para Ulisses, que se emociona. Zenon engana Carolina. Olívia tem uma ideia para descobrir o mistério de Otá- vio. Juliana fica perturbada ao ver Nando com Roberta. Vânia se recusa a ficar com Felipe. Gio- condo fala para Dino que Nando é um agente de Otávio. Juliana pede desculpas para Nando. Sexta-feira - Nando aceita as desculpa de Juliana. Charlô co- menta com Otávio que lembrou do baile em que dançaram jun- tos no passado. Giocondo deixa Dino em dúvida com suas insi- nuações sobre Nando. Carolina ouve Otávio dizer para Felipe que Juliana tem um envolvimen- to com Nando. Vânia pede para Juliana ajudá-la a voltar a traba- lhar na loja. Otávio engana Nan- do para que ele siga seu plano. Felipe pergunta a Juliana o que existe entre ela e Nando. Dino pergunta a Nando se foi Otávio quem mandou ele convencer Ro- berta a não fechar negócio com Giocondo. Sábado - Roberta repreende Di- no. Nando confirma à namorada que foi Otávio quem mandou ele falar sobre a fábrica. Charlô não gosta de saber que Ulisses foi demitido por Isadora. Nando con- versa com Roberta sobre o con- trato de exportação da Positano. Nieta sugere que Dino forje as contas da Positano para obrigar Roberta a assinar contrato com Giocondo. Charlô se surpreende por Vânia querer trabalhar como vendedora da loja. Charlô ouve Carolina ameaçando Nando. Ze- non se encanta com Charlô. Ro- berta fica surpresa com o balan- ço que Dino lhe mostra. LADO A LADO - 18H15 Segunda-feira - Zé Maria pede Isabel em casamento. Mario pensa em sair em excursão com a peça e Frederico gosta da ideia. Catarina conta a Neu- sinha que foi convidada para se apresentar no mesmo evento beneficente que Isabel. Alberti- nho e Esther ficam noivos. Ze- naide castiga Elias. Zé Maria ar- romba a porta da casa de Zenai- de para libertar Elias. Constân- cia pensa em colocar Elias no internato. Jurema joga os bú- zios para Isabel. Terça-feira - Jurema aconselha Isabel a procurar uma mãe-de- santo. Teodoro pede Sandra em casamento. Carlota diz a Cons- tância que pediu ao padre Ole- gário uma vaga no internato pa- ra Elias. Neto fica impressiona- do com o mapa feito por Tião. Celinha diz a Guerra que seria melhor Jonas não ter esperan- ças de ficar com Alice. Teresa aconselha Sandra a se casar com Teodoro. Madá entrega a Elias uma caixa de engraxate e o mapa de parte da cidade de- senhado por Tião. Elias foge do morro. Quarta-feira - Isabel pergunta a Zenaide sobre Elias. Constân- cia diz a Laura que Elias é um menino pobre que ela ajuda a criar. Isabel discute com Bereni- ce. Zé Maria sai em busca de Elias. Elias vaga pela rua à pro- cura de Constância. Isabel, Afonso e Laura colocam Cons- tância contra a parede. Isabel diz a Jurema que ela vai dançar o melhor que pode no evento beneficente. Quinta-feira - Isabel afirma a Ju- rema que humilhará Constância em público. Isabel, Etelvina e Ju- rema castigam Berenice e Zenai- de. Catarina revela a Neusinha que sabotará o palco para Isa- bel escorregar. Assunção insis- te para Constância ir ao evento beneficente. Isabel exige que Catarina limpe o óleo que derra- mou no palco. Jonas fica ator- doado ao ver Alice com Gusta- vo. Constância é vaiada no tea- tro. Assunção discute com Cons- tância. Elias sente medo ao ver Isabel. Sexta-feira - Isabel tenta se aproximar de Elias, mas ele a re- jeita. Laura avisa à mãe que Elias foi encontrado. Zé Maria decide levar Elias para junto de Jurema e Afonso. Constância chama Praxedes e denuncia Isa- bel. Esther rompe o noivado com Albertinho. Mario avisa a Frederico que Luciano entrará na peça. Praxedes prende Isa- bel por atentado ao pudor. Sábado - Zé Maria deixa Elias com Jurema e sai à procura de Isabel. Luciano expulsa Neusi- nha do teatro. Zé Maria pede aju- da a Edgar para tirar Isabel da cadeia. Quequé descobre que Luciano é filho de Diva. Edgar co- munica a Isabel que ela respon- derá ao processo em liberdade. Albertinho sugere à mãe que Umberto seja seu advogado. Bo- nifácio fica furioso ao saber que Fernando se tornou o acionista majoritário da fábrica. Segunda-feira - Durante a briga pelo buquê, Ana finge se ma- chucar. Bruno dá atenção a ela. Dinho consola Fatinha e ela re- vela que sua primeira noite de amor foi com Bruno. Dinho pe- de para conversar com Bruno. Ju e Dinho conversam sobre o passado deles como namora- dos. Bruno não resiste e fica com Fatinha de novo, mas aca- ba se arrependendo. Marcela se emociona com a partida de Leandro e Isabela e Tatá insi- nua que a professora quer se casar com Lorenzo. Dinho des- cobre que Bruno ficou com Fati- nha e confronta o rapaz. Terça-feira - Bruno admite que agiu mal com Fatinha, mas acu- sa Dinho de ter feito o mesmo com Ju. Dinho se culpa por ter traído Lia com Valentina. Mar- cela se emociona quando Gil aprova seu romance com Lo- renzo. Fatinha se irrita com Di- nho por ter afastado Bruno. Bruno resolve dar uma segun- da chance ao namoro com Ana. Ju desconfia da relação de Dinho e Fatinha. Dinho rece- be uma mensagem de Valenti- na avisando que está voltando para o Rio de Janeiro. Fatinha descobre que Ana e Bruno rea- taram o namoro. Quarta-feira - Fatinha tenta desmascarar Ana para Bruno. Dinho envia uma mensagem para Valentina pedindo que ela não venha para o Rio. Bru- no troca o nome de Ana pelo de Fatinha. Dinho combina de viajar com Lia para festejar seu aniversário. Lia convoca a turma para uma festa para Di- nho. Rômulo combina um en- contro com Mario para ver apartamentos. Fatinha se sai bem na visita dos holandeses à comunidade. Lia, Ju, Gil e Lo- renzo preparam a festa de Di- nho. Bruno e Rita combinam de ser amigos. Valentina che- ga ao Rio. Quinta-feira - Fatinha tenta par- ticipar da reunião do CRAU, mas é rejeitada por Bruno, Ana e Rita. Lia leva Dinho para sua festa. Valentina descobre so- bre a festa de Dinho. Rita diz a Fatinha que apoia sua entrada no CRAU se ela realmente con- tribuir com a causa. Lia toca a canção que fez para Dinho e to- dos se surpreendem. Valenti- na chega à festa e Rômulo ten- ta impedir a suposta afilhada de se aproximar de Dinho. Fati- nha obriga Valentina a dançar com ela para afastá-la de Di- nho. Lia desconfia do presente que Valentina dá para Dinho. Ju vê quando Valentina beija Dinho. Sexta-feira - Ju exige que Di- nho conte para Lia sobre Valen- tina. Ju conta para Gil que Di- nho ficou com Valentina. Após o fim da festa, Dinho pede pa- ra conversar com Lia, mas Pau- lina o orienta a ir para casa. Di- nho se aconselha com Fati- nha, que sugere que ele negue o beijo de Valentina. Dinho ten- ta conversar com Lia, mas pri- meiro Robson interrompe e, de- pois, Fatinha e Orelha o impe- dem. No Misturama, Valentina assiste à TV Orelha e descobre que toda a turma vê o progra- ma. Rita avisa a Fatinha sobre uma nova reunião do CRAU. Va- lentina diz a Orelha que tem uma boa reportagem para ele. Resumo das novelas GUERRA DOS SEXOS - 19H15 GLOBO TV - 22 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 23. Segunda-feira - Isabel pergunta se Mirela não reconhece Magno, mas a amiga diz não ter certeza. Norberto pede que Adriana man- de Paulo ir embora. Isabel lê a no- ticia sobre a sobrevivência do do- no da lancha que matou Teresa e Nestor. Isabel conta para Norber- to que viu a foto de Magno e que ele tem uma tatuagem igual à do marido. Ele finge surpresa. Eduar- do diz à Fabiana que poderia tê-la ajudado, mas a ex-namorada afir- ma que, após descobrir ser pai de Taís, o advogado abandonou Vitória. Norberto contrata Ar- naud, um exímio atirador, para matar Magno. Terça-feira - Taís pede para ir a Petrópolis com Eduardo e conse- gue a autorização de Isabel. Álva- ro e Heloisa vibram ao conhecer Taís e afirmam que ela é como se fosse neta para eles. Isabel per- gunta a Norberto sobre Paulo. O vi- lão diz que não pretende encon- trar com uma pessoa que não co- nhece. Diva e Dóris comemoram a compra do apartamento onde moram e se espantam com a visi- ta de Paulo. Paulo conta para elas que Norberto está fugindo dele. Isabel conta para Eduardo sobre as tatuagens e ele pede que Mag- no vá até a sua casa. Arnaud vê Magno saindo do prédio e atira. Quarta-feira - Magno cai inerte. Dóris e Diva se divertem com Pau- lo, que revela ter um passado de trambiques antes de se tornar em- presário. Paulo resolve ligar para Norberto. O vilão marca encontro com o dono da lancha. Norberto manda Arnaud memorizar o rosto de Paulo. Paulo pede que Diva, disfarçada, tire fotos. Paulo pede cinco milhões de dólares pelo seu silêncio. O dono da lancha mostra que está com a bombinha de as- ma usada pelo vilão. Diva fica ten- sa e Arnaud se surpreende. Taís se esconde na casa de Heloisa e pede que ela não revele para nin- guém sobre o seu paradeiro. Quinta-feira - Taís conta para He- loísa que fugiu de casa e pede pa- ra morar por uns tempos em Petrópolis. Arnaud saca sua pis- tola de longe e Diva tenta contro- lar as lágrimas. Norberto oferece três milhões de dólares a Paulo, que aceita e diz que vai encontrá- lo depois. Arnaud e Diva acabam se esbarrando no local. Heloisa concorda que Taís fique, mas im- põe a condição de avisar Isabel. Paulo e Diva veem as fotos, quan- do ele nota a presença de Arnaud em uma delas. Eduardo confes- sa que fez um exame de DNA com Taís e que está esperando o resultado para recorrer à guarda judicialmente. Sexta-feira - Eduardo fica furioso ao saber que Norberto ameaçou Taís e decide que a filha deve fi- car com Heloisa. Eduardo tira sa- tisfações com Norberto e bate no vilão. Isabel toma as dores do ma- rido, mas fica em estado de cho- que quando descobre o motivo que levou Taís a fugir de casa. Eduardo chega com o exame de DNA e vibra por ser realmente o pai biológico de Taís. Paulo pede a ajuda de Diva para agredir Nor- berto. Mauro descobre que Dóris estava na lancha que explodiu. Dóris diz a Paulo que está trauma- tizada com o mundo da bandida- gem, mas Diva fala que o ajuda. Segunda-feira - José diz a Cirilo que quer um filho que saiba se defender. Cirilo conta a Helena que foi ao mercado trocar a bola premiada com a foto de Cafu, mas quase foi preso, pois a bo- la era falsificada. Helena vai à sala de aula e pergunta a Mário e Paulo se eles falsificaram a bo- la. Os dois tentam inventar uma desculpa. Miguel conversa com Helena e promete realizar o so- nho de Cirilo. Helena vai conver- sar com o empresário que de- senvolveu a promoção das bo- las premiadas, que é amigo de Miguel. O empresário entrega uma bola premiada com fotogra- fia de Cafu a Helena. Terça-feira - As meninas aconse- lham Maria Joaquina a dar uma chance a Cirilo. Na sala de aula, Helena entrega a Cirilo a bola premiada com a foto de Cafu. Ci- rilo decide pegar como prêmio uma boneca para dar à sua ama- da. Glória comenta com Tom que gostou de vê-lo brincar com as meninas no parque e diz que tal- vez esteja na hora de matricular Tom numa escola. Cirilo pede pa- ra Helena tirar Paulo e Mário do castigo. Helena libera os dois e afirma que eles têm de agrade- cer a Cirilo. Quarta-feira - Ao conversar com Valéria, Carmen e Bibi a aconse- lham a dar mais uma chance a Davi. Helena conversa com Mar- garida, a aluna nova que foi transferida de uma escola mun- dial do interior de São Paulo. He- lena chega com Margarida à sala de aula e a apresenta aos novos colegas. Davi deseja as boas vin- das a Margarida e Valéria fica en- ciumada. Margarida se senta à frente de Davi. Marcelina fala a Valéira que Davi está tentando provocá-la. Na saída da escola, Davi se oferece para carregar a mochila de Margarida. Os dois passam na sorveteria e Paulo os vê juntos. Quinta-feira - Maria Joaquina chega com Tom à casa abando- nada. A patricinha se passa por professora e os colegas, como alunos dela, uma estratégia pa- ra Tom vencer o medo da escola. Maquiavélico, Mário fala a Valé- ria que ele e Paulo tiveram uma ideia. Os dois vão fazer Margari- da se passar por burra e tirar no- tas baixas se Valéria os pagar. Valéria aceita o acordo. Na esco- la, Mário e Paulo pegam uma gar- gantilha de Helena, deixando um bilhete no lugar. Eles colocam o objeto na mochila de Margarida. Valéria se arrepende do plano. Helena procura a gargantilha e encontra o bilhete. Sexta-feira - Valéria toma o bilhe- te das mãos de Helena e o co- me. Helena fica perplexa com a atitude e diz que ela não entrará na escola no dia seguinte sem a companhia dos pais. Mário e Paulo ameaçam Valéria dizendo que se ela fizer fofoca, farão de Davi picadinho. No dia seguinte, Rosa acompanha Valéria até a escola. Helena e Rosa tentam convencer Valéria a falar o que aconteceu, mas a garota está ir- redutível. Valéria pede a ajuda de Helena e revela o plano de Mário e Paulo. Valéria afirma que Margarida roubou Davi dela. Segunda-feira - Russo descobre que Morena e Jéssica foram na ca- sa de Helô. Morena e Jéssica che- gam à casa da delegada, mas são impedidas por Russo de subir. Pe- peu e Drica ficam apreensivos ao ouvir Fatma falar com Berna so- bre o dinheiro que eles pegaram. Fatma fala para Berna que o di- nheiro sumiu, Mustafa ouve a con- versa e interroga a mulher. Érica conta para Márcia que ficará noi- va de Théo. Théo faz a ronda no Alemão, mas Morena não deixa Júnior se aproximar com medo que Russo saiba quem é o ex de- la. Ao entrar em seu carro, Helô sofre um atentado. Terça-feira - Helô consegue sair do carro incendiado. Stênio se de- sespera com a notícia e vai até a casa da ex. Stênio e Helô se bei- jam. Sheila briga com Morena por- que a amiga se recusa a lhe pas- sar o telefone de Wanda. Berna pede para se encontrar com Wan- da. Jéssica e Morena entram no prédio de Helô pela garagem. Bianca resolve voltar para o Bra- sil. Delzuite chega com Pescoço à delegacia. Érica pede para conver- sar com Théo sobre o noivado. Helô conta para Morena e Jéssica que Barros as viu em uma boate e acredita que as duas se tornaram garotas de programa. Quarta-feira - Morena e Jéssica não conseguem se explicar para Helô porque são interrompidas por Ricardo. O policial federal con- ta que o vídeo de segurança que mostra o responsável pelo atenta- do foi encontrado. Haroldo conta para Lívia que o bandido que sabo- tou o carro de Helô foi identifica- do. A vilã manda Russo eliminá- lo. Demir leva Bianca ao aeropor- to. Esma reclama de Zyah ter fica- do sozinho depois que Ayla conse- guiu um pretendente. Haroldo diz para Helô e Stênio que o sabota- dor do carro foi morto. Morena vê Théo e Érica na rua. Morena espe- ra por Théo na porta de casa. Quinta-feira - Théo e Morena se beijam. Jéssica entra no hotel de Lívia e reconhece o local. Morena mente para Théo e afirma que não esteve em Copacabana. Mo- rena afirma a Théo que não vai mais se separar dele. Jéssica con- ta para Morena que encontrou o hotel para onde foram levadas. Érica descobre que Théo não dor- miu em casa. Théo descobre que Érica sabia da volta de Morena e discute com ela. Russo intimida Morena. Sarila convida Zyah para a festa de noivado de Ayla. Théo encontra Morena no colégio de Ju- nior. Théo reconhece Jéssica e afirma que a viu com Morena em Copacabana. Sexta-feira - Morena confessa a Théo que esteve na boate e fala sobre a carta de Waleska. Ele fica desconfiado e diz que vai até o lo- cal entregar a carta pessoalmen- te. Morena aborda o assunto tráfi- co de pessoas sem dizer que foi ví- tima, mas Théo acredita que esse tipo de crime é lenda. Helô não deixa que Stênio conte nada so- bre a investigação para Lívia. Helô exige que Berna revele o que sabe sobre a adoção de Aisha. Théo vai à casa de Lucimar e co- nhece Russo. Zyah encontra Ayla se preparando para o noivado e os dois de beijam. Sábado - Ayla vai embora com Zyah de seu noivado e Ekram vê os dois. Tamar avisa que a irmã sumiu. Lívia proíbe Wanda de fa- zer qualquer coisa contra Morena até o fim das investigações. Sale- te reclama para Stênio que Drica e Pepeu não lhe pagam. Fatma descobre que Pepeu pegou o di- nheiro de Berna. Morena pede pa- ra Théo acompanhá-la ao desfile de Lívia. Waleska alerta Rosângela sobre Irina. Lucimar le- va Russo a um baile e Vanúbia chega ao local. Berna implora que Helô salve seu casamento. Resumo das novelas BALACOBACO – 22H30 [23H]CARROSSEL - 20H30[/23H] SALVE JORGE - 21H00 GLOBO RECORD SBT DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 23 - TV
  • 24. A montanhaA montanha mágicamágica TURISMO TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 25. Roteiro por estações de esqui em Lake Tahoe, na divisa de Califórnia com Nevada, combina esportes de neve, belos cenários, cassinos e clima familiar Agência O Globo Imagem dos pinheiros da região podem ser captadas no passeio de teleférico DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 25 - TURISMO
  • 26. Na divisa dos estados de Califórnia e Nevada, Lake Tahoe abriga estações de esqui de perfis variados Agência O Globo O teleférico vai subindo de- vagar, ainda bem, vencendo calmamente a montanha co- berta de gelo, e com uma flo- resta de pinheiros. Quem tem pressa? O vidro que nos prote- ge do frio, que por ali pode fa- cilmente chegar aos 30˚C ne- gativos nos meses de inverno, permite a apreciação da paisa- gem, que vai ficando ainda mais bela à medida em que nos aproximamos do alto. São cerca de mil metros de desnível entre a base da esta- ção de esqui de Heavenly, uma das maiores dos Estados Unidos, e as pistas propria- mente, numa viagem de 15 minutos, tempo que passa voando enquanto a paisagem arranca comentários elogio- sos: um lago de azul profun- do rodeado de montanhas es- branquiçadas pelo gelo e as fi- leiras de árvores, cenário ilu- minado por um sol macio que mal é capaz de aquecer os cor- pos. Quem quer curtir o vi- sual com mais calma não pre- cisa se desesperar: em posi- ção estratégica, um mirante garante fotos límpidas de ân- gulos privilegiados. Lá em cima há várias pis- tas, para os mais diversos ní- veis de esquiadores, e diferen- tes meios de elevação, além de um bar e restaurante que ser- ve refeições ligeiras e se trans- forma em pista de dança quan- do as pistas de esqui se fe- cham, às 16 horas. Os prati- cantes mais experientes po- dem escolher se querem des- cer a montanha em direção à Califórnia ou rumo a Neva- da: Heavenly está exatamen- te na divisa desses dois esta- dos, separados por uma rua. A localização estratégica con- tribui para que essa seja uma das estações de esqui de cará- ter mais plural. Há cassinos imensos, bons restaurantes, bares e hotéis de perfis variados, além de uma boa estrutura de comércio, com supermercados, cinema e cadeias de fast-food, lojas de conveniência. Não muito lon- ge dali, numa viagem mar- geando o Lake Tahoe quase to- do o tempo, está a estação de Northstar, que a partir desta temporada está mais acessível aos brasileiros, já que passou a fazer parte do American Airli- nes Ski Club, bem como Killington, em Vermont, que é uma opção para os que pre- tendem combinar dias em uma estação de esqui com uma visita a Nova York e ou- tras cidades da Costa Leste. Turismo Entre dois mundos Subida de teleférico é uma das opções de passeio para quem não pretende esquiar TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
  • 27. Pista em Heavenly leva rumo ao estado de Nevada Resort Ritz-Carlton é uma das opções de hospedagem na região Fotos: Agência O Globo Loja de equipamentos na Califórnia e, ao fundo, hotel-cassino em Nevada DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 13 de janeiro de 2013 / 27 - TURISMO