1) O documento discute as predições feitas por Jesus Cristo sobre eventos futuros, como o segundo advento, sinais precursores e o juízo final. Kardec analisa essas predições à luz do Espiritismo, buscando interpretações racionais.
2) Para Kardec, a afirmação de Jesus sobre alguns presentes verem seu segundo advento só faz sentido à luz da reencarnação, permitindo que essas mesmas almas estejam no futuro.
3) As calamidades previstas por Jesus são alegorias referentes à luta entre
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UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR
PREDIÇÕES DO EVANGELHO.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco;
preciso que também a essas eu conduza; elas escutarão a
minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor.
João Cap. X v. 16
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8. 21:18
CONSIDERAÇÕES DE KARDEC
PREDIÇÕES DO EVANGELHO.
(...) Jesus anuncia que os homens um dia se unirão por uma
crença única. (...) a unidade se fará em religião, como já tende a
fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda
das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos
costumes, dos usos, da linguagem.
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• Ninguém é profeta em sua terra
• Morte e paixão de Jesus
• Perseguição aos apóstolos
• Cidades impenitentes
• Ruína do Templo e de Jerusalém
• Maldição contra os fariseus
• Minhas palavras não passarão
• A pedra angular
• Parábola dos vinhateiros homicidas
• Um só rebanho e um só pastor
• Advento de Elias
• Anunciação do Consolador
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Segundo advento de Cristo
Sinais Precursores
Vossos filhos e vossas filhas profetizarão
Juízo Final
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Jesus anuncia o seu segundo advento, mas não diz que
voltará à Terra com um corpo carnal. Apresenta-se como
tendo de vir em Espírito, na glória de seu Pai, a julgar o
mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas obras,
quando os tempos forem chegados.
Anunciando seu retorno à Terra, terá Jesus se referido a
volta em Espírito e não com um corpo carnal, para "julgar o
mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas
obras".
Segundo advento de Cristo
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13. 21:18
Anunciando seu retorno à Terra, terá Jesus se referido a
volta em Espírito e não com um corpo carnal, para "julgar o
mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas
obras". As palavras: "Alguns há dos que aqui estão que não
sofrerão a morte sem terem visto vir o Filho do homem no
seu reinado" parecem contraditórias, pois, não se
realizaram naquela época. Demonstram falha de registro
ou por ocasião das traduções sucessivas. O princípio da
reencarnação, assentado por Jesus, explica racionalmente
tais palavras, pois somente assim "alguns dos ali
presentes", reencarnados, poderiam ver o que ele
anunciava.
Segundo advento de Cristo
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SINAIS PRECURSORES
A alegoria do fim dos tempos, composta de fortes
imagens destinadas a impressionar e "tocar fortemente
aquelas imaginações pouco sutis", oculta grandes
verdades, como a predição das "calamidades decorrentes
da luta suprema entre o bem e o mal", fé e incredulidade,
a difusão do Evangelho por toda a Terra, "restaurado na
sua pureza primitiva", e depois o reinado do bem, "que
será o da paz e fraternidade universais".
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SINAIS PRECURSORES
"Depois dos dias de aflição, virão os de alegria". Falando
de coisas futuras como que possíveis de presenciar,
dando sinais de advertência que, se pode
deduzir,"mostrar-se-ão no estado social e nos fenômenos
mais de ordem moral do que físico", só poderia se referir
à presença, quando houver as transformações, como
Espíritos reencarnados, podendo mesmo "colaborar na
sua efetivação".
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SINAIS PRECURSORES
Não sendo racional que Deus destruísse o mundo logo
após entrasse "no caminho do progresso moral", há que
se entender que Jesus se refere ao fim do mundo velho,
governado pelos "preconceitos, pelo orgulho, pelo
egoísmo, pelo fanatismo" e todas as paixões
pecaminosas.
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Vossos filhos e vossas filhas
profetizarão
Tais palavras de Jesus referindo-se aos "últimos tempos",
coincidem com o período do advento do Espiritismo,
onde a mediunidade espalhou-se por toda a Terra,
revelando-se "em indivíduos de todas as idades, de
ambos os sexos e de todas as condições". Intensificou-se
a "manifestação universal dos Espíritos", iniciando-se
período de regeneração e, por conseguinte, o fim do
mundo velho.
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Vossos filhos e vossas filhas
profetizarão
O advento do Espiritismo realiza uma das mais
importantes predições de Jesus, a de que "derramarei do
meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas
profetizarão". É a predição inequívoca da propagação da
mediunidade e da manifestação universal dos Espíritos.
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Juizo final
Não há juízo final, mas juízos gerais cada vez em que um
planeta deve "ascender na hierarquia dos mundos".
Aqueles que se mantêm endurecidos no mal, não tendo
acompanhado o progresso moral dos demais habitantes,
quando por ocasião da ascensão da Terra a um grau mais
elevado serão "exilados para mundos inferiores, como o
foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo
substituí-los Espíritos melhores".
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Juizo final
Jesus adiou a complementação de seus ensinamentos
para uma época posterior, em virtude de não possuírem
os homens ao seu tempo "conhecimentos astronômicos,
geológicos, físicos, químicos, fisiológicos e psicológicos",
explicando-se assim o estabelecimento por seus
apóstolos de dogmas que contrariam tais conhecimentos.
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Juizo final
O juízo final "não se concilia com a bondade infinita do
Criador", enquanto que o processo de emigração é
racional, justo e não privilegia ninguém. "Tais as
conseqüências da pluralidade dos mundos e da
pluralidade das existências".
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Junto a isso, o homem participa positiva
ou negativamente dessas mudanças, por ser o
habitante.
Nos "últimos tempos", tempos de uma nova
ordem, diz o Senhor que os homens e mulheres
profetizariam, numa generalização da
mediunidade (Atos 2: 17-18) (Discurso de Pedro
no dia de Pentecostes).
É o que hoje se verifica em todas as idades e
condições.
É universal a manifestação dos Espíritos, o que
exige severo exame do contéudo dessas
comunicações, que nos comprovam a
continuidade da vida depois da morte fisica
(E.S.E., cap. XXI).
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1) Como entender a afirmação de Jesus de que "alguns daqueles que
aqui se encontram não sofrerão a morte, sem que tenham visto vir o
Filho do Homem no seu reino"?
R - Segundo Kardec, essa afirmação de Jesus parece encerrar uma
contradição, pois ele não veio em vida de nenhum daqueles que
estavam presentes, como afirmara. Indaga o Codificador se estas
palavras de Jesus foram reproduzidas fielmente, pois, nada tendo
deixado escrito, seus ensinamentos somente foram registrados
algumas décadas após a sua crucificação e de maneiras diferentes
pelos evangelistas. Além disso, tendo passado por sucessivas
traduções, em idiomas diferentes, é possível que o sentido de suas
palavras tenha sido interpretado de maneira diversa do que
realmente foi dito.
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Admitindo-se, contudo, como verdadeira, esta afirmação de Jesus
somente pode ser entendida com o conhecimento da lei da
reencarnação. É evidente que o futuro reinado do Cristo não era
daquela época, como ele deixou claro. Somente se daria
quando sua doutrina fosse corretamente compreendida e se tornasse
lei universal.
Dizendo aos presentes que eles veriam o seu advento, isto somente
poderia se dar caso eles estivessem novamente presentes nesta
época, numa nova existência física, num novo corpo, o que somente
pode ser compreendido com o conhecimento da lei da reencarnação.
Tomando-se como verdadeira a teoria da unicidade das existências,
Jesus teria se equivocado, ao fazer aquela promessa aos seus
seguidores.
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2) Qual a importância da reencarnação para o
entendimento desta afirmação?
R - Sem o conhecimento da lei da reencarnação não é
possível um entendimento racional desta afirmação. Não
podendo ser aplicadas àquelas personalidades, pois é
evidente que não estariam no segundo advento prometido.
Ao dizer que alguns dos que ali se encontravam veriam o
seu novo advento, Jesus se referia a que aqueles mesmos
espíritos estariam nessa nova época, o que apenas através
da reencarnação poderia acontecer.
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3) Qual o entendimento do Espiritismo com relação ao
segundo advento do Cristo?
R - Ao anunciar o seu segundo advento, Jesus não afirmou
que voltaria num corpo carnal. Ao contrário, prometeu
retornar "na glória de seu Pai, com seus anjos" e "vindo
sobre as nuvens do céu". Como vimos no estudo anterior, o
Espiritismo realiza todas as condições do Consolador
prometido, que não poderia ser uma individualidade, pois
ficaria eternamente conosco. Assim, para o Espiritismo, o
segundo advento do Cristo foi cumprido com a chegada do
Consolador prometido, através do qual Jesus retornou para
completar seus ensinamentos e elucidar o Evangelho.
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4) Por que os judeus não aceitaram Jesus como o Messias
prometido?
R - Jesus encarnou no meio de inteligências ainda rudes. O
povo de então era pouco esclarecido e esperava antes que
o Messias prometido deveria vir com grande majestade,
cercado de seus anjos e ao som de trombetas do que
revestido de um poder moral. Como explica Kardec, "por
isso que esperavam no Messias um rei terreno, mais
poderoso do que todos os outros reis, destinado a colocar-
lhes a nação à frente de todas as demais e a reerguer o
trono de David e de Salomão, não quiseram reconhecê-lo
no humilde filho de um carpinteiro, sem autoridade
material".
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Por essa razão rejeitaram Jesus como o Messias
esperado, o que não impediu que ele se tornasse "o maior
entre os grandes, ... exclusivamente com a sua palavra e o
concurso de alguns miseráveis pescadores, revolucionou o
mundo e a ele é que os judeus virão a dever sua
reabilitação. Disse, pois, uma verdade, quando,
respondendo a esta pergunta de Pilatos: "És rei?»
respondeu: «Tu o dizes.»", conclui o Codificador.
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5) Como devem ser interpretadas as calamidades previstas
por Jesus?
R - As calamidades previstas por Jesus nas passagens
evangélicas citadas neste capítulo constituem uma das
muitas alegorias de que se utilizou para impressionar
aquele povo, ainda fortemente preso às coisas materiais e
com dificuldades para entender abstrações. Objetivava
atingir o coração dos homens, para o que necessitava
utilizar-se de fatos concretos, materiais e de uma
linguagem forte, que os impressionassem. Mas estas
alegorias não deixam de revelar grandes verdades.
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Primeiro, prediz calamidades que atingirão a humanidade,
decorrentes da luta entre o bem e o mal, entre a fé e a
incredulidade, as idéias progressistas e as retrógradas.
Estão aí as guerras passadas e presentes e as convulsões
de vários tipos, provocadas pelas forças da Natureza, a
confirmar esta predição.
Outra predição contida nesta passagem é a difusão do
Evangelho por toda a Terra, restaurado na sua pureza
primitiva, seguindo-se do reinado do bem, da paz e da
fraternidade universais. Será o verdadeiro reinado de
Jesus, pois ele é que presidirá à sua implantação, com a
prevalência do seu código de moral evangélica, sob o qual
os homens passarão a viver.
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Cumprir-se-ão, então, as suas palavras: "depois dos dias
de aflição, virão os de alegria". Quando se dará, ninguém
o sabe, afirmou o próprio Cristo. Quando chegar o
momento, os homens serão advertidos por meio de sinais
precursores, que não virão dos astros, mas dos fenômenos
de ordem moral. É claro que semelhante transformação
não poderia se operar em vida dos apóstolos. No entanto,
como Jesus lhes fala como se eles a houvessem de
presenciar; é que poderão estar reencarnados quando se
der e, até, colaborar na sua efetivação.
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6) Como devemos entender o "fim do mundo",
alegoricamente anunciado pelo Cristo?
R - Como explica Kardec, não seria racional que, depois da
Terra entrar no caminho do progresso moral pela prática
dos ensinamentos evangélicos, como predito por Jesus,
Deus viesse a destruí-la. As palavras de Jesus, portanto,
devem ser interpretadas em sentido figurado, como mais
uma das alegorias de que se utilizou. Trazendo a prática do
Evangelho grande melhora no estado moral dos homens,
conseqüentemente, trará o reinado do bem e acarretará a
queda do mal.
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Será, pois, o fim de um mundo velho, de um mundo
governado pelos preconceitos, pelo orgulho, pelo
egoísmo, pelo fanatismo, pelas paixões
inferiores, pela incredulidade. A este mundo é que o Cristo
aludiu, ao dizer: "Quando o Evangelho for pregado por
toda a Terra, então é que virá o fim.“
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7) Qual o sentido da predição de Jesus, de que "vossos
filhos e vossas filhas profetizarão"?
R - Profeta era a denominação pela qual, à época de Jesus,
eram conhecidos aqueles que se comunicavam com os
espíritos e que, mais tarde, Kardec denominou "médiuns".
Ao predizer que "vossos filhos e vossas filhas profetizarão",
Jesus anunciou a vulgarização da mediunidade, que
aconteceria quando fossem chegados os tempos.
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8) Podemos entender que o Espiritismo realiza o
cumprimento desta predição?
R - Com o advento do Espiritismo, sem dúvida, cumpriu-se a
predição de Jesus, através da propagação da mediunidade,
que presentemente se revela em indivíduos de todas as
idades, de ambos os sexos e de todas as condições. É a
predição da manifestação universal dos Espíritos, posto
que, sem eles, não haveria médiuns. Ele realiza uma das
mais importantes predições de Jesus, pela influência que
forçosamente tem de exercer sobre as idéias. As idéias
antigas se debatem com as novas e uma nova ordem de
coisas se prepara, devendo o mundo velho chegar a seu
termo.
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46. 21:18
Se compararmos a situação atual com os tempos por ele
descritos como assinaladores da era da renovação, não
podemos deixar de convir que muitas das suas predições se
estão presentemente realizando e que atingimos os tempos
anunciados. Em todos os pontos do globo, os Espíritos se
manifestam.
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47. 21:18
Nosso globo está, como todos os
outros, sujeito à lei do progresso;
progride "fisicamente, pela
transformação dos elementos que o
compõem" e, de modo paralelo,
"moralmente, pela depuração dos
Espíritos encarnados e desencarnados
que o povoam"; quando a
Humanidade se torna "madura para
subir um degrau, pode dizer-se que
são chegados os tempos marcados por
Deus".
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