Paulo Guedes, o economista neoliberal defensor do Estado mínimo, demonstra incompetência total na gestão da economia nacional desde que assumiu o ministério da Economia do governo Bolsonaro. Paulo Guedes tem sido incompetente porque não conseguiu reativar a economia brasileira em estagnação desde 2015 e, também, não saber como fazer frente à debacle econômica e social do Brasil em consequência do coronavirus. Desde que assumiu o ministério da Economia, Paulo Guedes elaborou a reforma da Previdência Social e o programa de privatizações de empresas estatais que, em seu entendimento, seriam capazes de reativar a economia brasileira. Nada disto aconteceu. A economia brasileira continua estagnada com pífias taxas de crescimento econômico. Além de ser incompetente na condução da economia brasileira, Paulo Guedes colaborou com o governo Bolsonaro ao transformar a nação brasileira em um país subalterno aos interesses dos Estados Unidos e do capital internacional.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
O incompetente e antinacional ministro paulo guedes do governo bolsonaro
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O INCOMPETENTE E ANTINACIONAL MINISTRO PAULO GUEDES DO
GOVERNO BOLSONARO
Fernando Alcoforado*
Paulo Guedes, o economista neoliberal defensor do Estado mínimo, demonstra
incompetência total na gestão da economia nacional desde que assumiu o ministério da
Economia do governo Bolsonaro. Paulo Guedes tem sido incompetente porque não
conseguiu reativar a economia brasileira em estagnação desde 2015 e, também, não saber
como fazer frente à debacle econômica e social do Brasil em consequência do
coronavirus. Desde que assumiu o ministério da Economia, Paulo Guedes elaborou a
reforma da Previdência Social e o programa de privatizações de empresas estatais que,
em seu entendimento, seriam capazes de reativar a economia brasileira. Nada disto
aconteceu. A economia brasileira continua estagnada com pífias taxas de crescimento
econômico.
Recentemente, com a ocorrência do coronavirus no Brasil, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, anunciou medidas emergenciais para limitar os efeitos do coronavírus sobre a
economia brasileira pelos próximos três meses prevendo recursos de R$ 147,3 com o
remanejamento de gastos previstos no orçamento do governo federal visando três
objetivos: 1) proteger a parcela mais vulnerável da sociedade (R$ 83,4 bilhões); 2)
socorrer empresas em dificuldades (R$ 59,4 bilhões); e, 3) reforçar investimentos na
saúde (R$ 4,5 bilhões). Trata-se de uma proposta ineficaz porque Paulo Guedes sendo
fundamentalista do neoliberalismo evita fazer pesados investimentos governamentais
para compensar a queda vertiginosa do consumo das famílias e do investimento das
empresas em consequência das medidas adotadas para combater o coronavirus como fez
o governo dos Estados Unidos ao alocar US$ 2 trilhões para este fim. Como Paulo Guedes
é incapaz de adotar esta medida, Bolsonaro propõe, tresloucadamente, que o isolamento
social da população se restrinja aos idosos
Durante a vigência do coronavirus, o ministério da Economia deveria adotar
imediatamente as medidas seguintes:
Investimento maciço na expansão do sistema de saúde visando o combate ao
coronavirus;
Suspensão do pagamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas;
Concessão do seguro desemprego para todos os desempregados;
Concessão de renda básica universal para toda a população pobre.
Este conjunto de medidas deveria ser adotado imediatamente para combater o coronavirus
com investimentos maciços na infraestrutura de saúde (R$ 54 bilhões neste ano e nos anos
seguintes para reforçar o setor de saúde e não os ridículos R$ 4,5 bilhões propostos pelo
ministro Paulo Guedes para combater a pandemia do coronavirus) e atenuar os efeitos da
depressão econômica resultante do combate ao coronavirus sobre a situação financeira
agravada das pessoas físicas endividadas (62 milhões de habitantes) e empresas
endividadas (14,083 milhões), o agravamento do desemprego em massa com a concessão
do seguro desemprego para todos os desempregados do país sem exceção (11,9 milhões
de trabalhadores) e a piora das condições de vida de todos os pobres com a concessão da
renda básica universal (13 milhões de miseráveis). A fonte de recursos para executar
essas medidas seriam as reservas internacionais do Brasil no montante de US$ 352
bilhões. Este recurso seria melhor aplicado do que faz o Banco Central com o uso dessas
reservas para baixar a cotação do dólar em relação ao real.
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O ministro Paulo Guedes deveria elaborar um plano de ação para reativar a economia
brasileira após a vigência do coronavirus contemplando as medidas seguintes:
Desvalorização do Real para tornar as exportações brasileiras mais competitivas;
Desenvolvimento de um amplo programa de exportações, sobretudo do agronegócio
e do setor mineral;
Concessão de empréstimos a juros baixos a empresas;
Estímulo ao agronegócio e à produção industrial com a concessão de incentivos
fiscais;
Reativação de obras públicas paradas e a construção de uma grande quantidade de
novas obras públicas, com destaque para a infraestrutura econômica (energia,
transporte e comunicações) e social (educação, saúde, habitação e saneamento
básico);
Corte de mordomias e de órgãos da administração pública desnecessários e redução
dos encargos com o pagamento de juros e amortização da dívida pública a ser
renegociada com os credores da dívida pública para o governo dispor de recursos
para investimento na infraestrutura econômica e social.
Este plano de ação com este conjunto de medidas é uma estratégia de desenvolvimento
inspirada naquela que foi implementada em 1933 pelo governo do presidente Franklin
Delano Roosevelt dos Estados Unidos que recebeu o nome de “New Deal” (Novo
Acordo). A situação do Brasil com a disseminação do coronavirus será de depressão
econômica semelhante à dos Estados Unidos após a grande depressão eclodida com a
quebra da Bolsa de Nova York em 1929 que levou à bancarrota da economia e provocou
a geração de 12 milhões de desempregados no país.
Para evitar que a economia brasileira seja levada à depressão com o impacto do
coronavirus, é preciso que o governo federal aloque R$ 2 trilhões necessários para investir
em infraestrutura econômica e social e não os parcos recursos no valor de R$ 147,3
bilhões que são insuficientes para fazerem frente à ameaça de depressão econômica do
País e aloque, prioritariamente, R$ 54 bilhões por ano para reforçar o setor de saúde e não
os ridículos R$ 4,5 bilhões propostos pelo ministro Paulo Guedes para combater a
pandemia do coronavirus.
Além de ser incompetente na condução da economia brasileira, Paulo Guedes colaborou
com o governo Bolsonaro ao transformar a nação brasileira em um país subalterno aos
interesses dos Estados Unidos e do capital internacional. Este alinhamento subalterno
aos interesses norte-americanos e do capital internacional se manifesta na
desnacionalização da Embraer com sua venda à Boeing, ao fazer gigantesco leilão de
petróleo na área do pre-sal realizando a maior entrega de riquezas nacionais da história
ao capital estrangeiro com a área excedente da “cessão onerosa” da Petrobras da ordem
de 30 bilhões de barris nos campos gigantes e no esquartejamento da Petrobras para
enfraquecê-la visando sua privatização. Com as privatizações de campos de petróleo que
pertencem à Petrobras e com novos leilões a serem realizados pelo governo Bolsonaro
rapidamente a maior parte da produção nacional será estrangeira demonstrando o caráter
entreguista de seu governo que está a serviço do deus Mercado, de Wall Street e do
Consenso de Washington.
Paulo Guedes afirmou que pretende privatizar todo o patrimônio público entregando-o,
em consequência, ao capital estrangeiro. Privatizar implica, na verdade, no que se
costuma chamar de “desnacionalização”, em que os adquirentes controladores são quase
sempre (se não sempre!) empresas ou consórcios estrangeiros cujos lucros são remetidos
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para suas matrizes no exterior. O uso do termo “privatização” é uma maneira de esconder
sua verdadeira finalidade que é a de entregar o patrimônio da nação ao capital estrangeiro.
Além de incompetente na gestão da economia brasileira, Paulo Guedes atua como lacaio
dos interesses do capital estrangeiro no Brasil. Enquanto Paulo Guedes continuar no
comando do ministério da Economia, não superaremos os gigantescos problemas
econômicos atuais e futuros. Fora Paulo Guedes.
* Fernando Alcoforado, 80, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor
nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de
sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC-
O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil
(Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de
doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização
e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século
XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions
of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria) e Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019).