4. Transcorrer do Módulo!
• Dias 21 e 22 de agosto: Apresentação
do tema; Representações sobre a
morte; discussão sobre o Documentário
“Chosing To Die”; Aspectos Culturais da
Morte; Morte no Passado e No
Presente; Humanização da morte e o
Trabalho Com a Morte. Filme “A
Partida”
• Dias 25 e 26 de setembro: Morte nos
ciclos vitais: Infância, adolescência, fase
adulta e velhice; a Morte de Pacientes e
a Minha Morte . Filme “A Árvore”.
5. O que Não Faremos Aqui!
• Discussão sobre Vida após a morte: como
provar? Além das possibilidades atuais da ciência, questão de
fé.
• Espaço de Proselitismo Religioso: afetos:
“meu filho é mais bonito que o seu”
• Psicoterapia individual ou de grupo: Tempo
restrito, espaço inadequado
• “Receitas” para lidar com perdas: múltiplas
estratégias; campo para toda a vida
• Dinâmicas de grupo para “dramatizar”
vivências com a morte: responsabilidade
ética
• Desenvolver a “vontade” de morrer
Viver Melhor
6. O que podemos fazer?
• Espaço para falar da morte
• Ruptura dos estereótipos e
preconceitos
• Produção e reflexões sobre a vida a
partir da experiência pessoal com a
morte (dentro e fora do trabalho)
• Produção de novas possibilidades de
exercício profissional.
• Morte e Biografia X Óbito!
7. Tanatologia
• Thanatos Morte (Sentido
Mitológico)
• Logos Conhecimento
• Tanatologia: Ciência que Estuda a
morte e suas manifestações
biológicas, psicológicas, sociais,
históricas e culturais
• Área de conhecimento
transdisciplinar (autonomia
impossível)
9. “ ‘A contínua obra de nossa vida é
construir a morte’, diz Montaigne.
(...) Essa trágica ambivalência pela
qual o animal e a planta apenas
passam, o homem a conhece, ele a
pensa.”
(Simone de Beauvoir, 2005)
12. Antropologia: Louis-Vincent
Thomas
• Diversidade de
possibilidades de
significação da morte e
do morrer
• Diversidade de Ritos
Funerários
• Diversidade de
significações religiosas e
filosóficas.
• Diversidade de
construções culturais
sobre a morte
13. Sociologia: Norbert Elias
• “A Morte é um
Problema dos Vivos”
• Fuga da Morte Gera a
solidão dos
moribundos e velhos.
• Reflexões sobre novas
formas de se lidar com
a morte
14. História da Morte
• Nítida diferenciação
entre o passado e o
presente.
• Mudança gradual nas
formas de se vivenciar
a morte e o morrer.
• Da “Morte Domada à
“Morte Invertida”.
15. Psicologia da Morte
• Inúmeras estratégias de
aprendizagem do lidar
com a morte.
• Formas diferenciadas de
subjetivação.
• Muitas teorizações
psicológicas sobre as
emoções no em torno
da morte.
• Estratégias psicossociais
de enfrentamento.
16. “Pornography of Death”:
Geoffrey Gorer (1955)
• Lida-se com a morte
hoje como como se
lidava com o sexo no
passado.
• A Morte é o novo tabu:
interditou-se as suas
vivências.
• Estética da morte como
“pornografia”
17.
18.
19.
20.
21.
22. Elizabeth Kubler-Ross (1969)
• Marco na tanatologia
• Desvelamento do tabu da morte
nos hospitais.
• Pesquisa sobre a morte
associada a indivíduos
concretos.
• Voz para os pacientes que estão
morrendo.
• Os Cinco estágios do morrer:
Negação; Raiva; Barganha;
Depressão e Aceitação.
26. Abordagens Acadêmicas
• Pornografia da morte
• Estudos sobre luto
• Saúde dos trabalhadores
• Ciclos vitais
• Aproximação com a morte:
cuidados de moribundos
• Impactos da violência
urbana e guerras
• Morte como espetáculo:
estética da morte
cinema, jornalismo.
• Educação para a morte.
28. MEDO DA MORTE:
“Amputações” Afetivas
• Principio de Realidade: A Morte é
Irreversível. Oposição ao
pensamento mágico da criança
• Medo Instintual
• Perda de quem amamos
• Perda gradativa das possibilidades
• Perda de nós mesmos
• Perda dos nossos atos
• Perda da memória da nossa vida
44. Basta sabermos sobre a generalidade da morte,
como algo onipresente para todos?
• “Todos os homens são
mortais. Caio é homem.
Portanto, Caio é mortal.
Mas eu não sou Caio...sou
Ivan!” (“ A Morte de Ivan
Ilitch”; Leon Tolstoi)
46. A morte inspira a poesia?
• O homem já estava deitado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.
Não era pancada forte.
Contudo, ele se assustou,
Pois nela uma qualquer coisa
De pressago adivinhou.
Levantou-se e junto à porta
- Quem bate? Ele perguntou.
- Sou eu, alguém lhe responde.
- Eu quem? Torna. – A Morte sou.
Um vulto que bem sabia
Pela mente lhe passou:
Esqueleto armado de foice
Que a mãe lhe um dia levou.
Guardou-se de abrir a porta,
Antes ao leito voltou,
E nele os membros gelados
Cobriu, hirto de pavor.
Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver – uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.
A luz de quem nesta vida
Tudo viu, tudo perdoou.
Olhar inefável como
De quem ao peito o criou.
Sorriso igual ao da amada
Que amara com mais amor.
- Tu és a Morte? Pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
-Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? Ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
E o Anjo foi-se aproximando,
A fronte do homem tocou,
Com infinita doçura
As magras mãos lhe cerrou...
Era o carinho inefável
De quem ao peito o criou.
Era a doçura da amada
Que amara com mais amor.
• Manuel Bandeira
47. A Morte Inspira a Filosofia?
o exercício da morte consiste em viver a
longa duração da vida como se fosse tão
curta como um dia e viver cada dia
como se a vida inteira nele coubesse
(Sêneca)
Assim, o mais espantoso de todos os males,
a morte, não é nada para nós, pois enquanto
vivemos, ela não existe, e quando chega, não
existimos mais.Não há morte, então, nem
para os vivos nem para os mortos. (Epicuro)
48.
49. 1) Você concorda com as formas como a morte acontece no documentário?
2) Que motivos levariam as pessoas a escolherem esse tipo de morte?
3) Deve existir limites sobre a liberdade de escolha quando a própria morte é o objeto
dessa escolha?
4) Que alternativas teriam os personagens do documentário com relação a própria morte?