O documento discute como a sociedade moderna lida com a morte. A morte é frequentemente tratada como um segredo ou tabu nos hospitais, e os rituais de luto tradicionais têm sido abandonados. Apesar dos avanços médicos, a morte ainda faz parte da vida humana.
2. O Enfermeiro e a Morte
Os aperfeiçoamentos dos
cuidados médicos e a nutrição
permitiram que a maioria das
pessoas sobrevivam até á velhice.
Mas apesar de todos os avanços
da ciência moderna, 100% das
pessoas ainda morrem.
3. O Enfermeiro e a Morte
Uma vez no hospital
ninguém menciona a
possibilidade de a doença
ser fatal: a morte é
tratada como um segredo
criminoso.
Os tradicionais costumes
de luto tem vindo sendo
abandonados e os rituais
de cremação ou enterro
perderam muito do seu
significado emocional.
4. O Enfermeiro e a Morte
Cada geração e cada sociedade
desenvolveu as suas próprias
soluções para o problema da
morte. No entanto, todas as
sociedades vêem a morte como
uma transição relativamente á
pessoa que morre.
Os tempos de morte e
desolação, são tempos em que
as pessoas precisam umas das
outras.
5. O Enfermeiro e a Morte
A morte é um facto a viver e
como tal faz parte da vida.
A morte é algo que
desconhecemos, mas em
relação á qual profundamente
não duvidamos. “ È como a
outra face da lua, nunca a
vemos mas sabemos que
existe, podemos compreender
a face que nos é revelada: a
vida .”
6. O Enfermeiro e a
Se souberMmoosr atsesumir que a morte
enquadra a nossa existência,
podemos concentrarmo-nos melhor
na sua vivência quotidiana,
equacionando o que fazemos e para
que o fazemos.
Durante muito tempo a morte foi
considerada como um tabu. Mas a
partir da década de 50/60, a
morte começou a sair da
clandestinidade.
7. O Enfermeiro e a Morte
Antes morria-se em casa, quase
ritualmente, hoje morre-se “
cientificamente “, no hospital, ás
escondidas da família, rodeado do
silêncio “ mortal”, e o morto não
entra em casa.
A morte acaba também por estar na
mão dos médicos, quando o doente
não é deixado morrer naturalmente,
antes fica ligado a aparelhos
sofisticados que o mantêm
artificialmente á vida.
8. O Enfermeiro e a Morte
“ Ao reflectir sobre a morte e ao
estar consciente dela, a vida
adquire um sentido pleno” Dalai Lama
A morte é natural á vida.
Escondendo a morte, estamos de
qualquer forma a esconder ou a
desvalorizar a vida.
9. O Enfermeiro e a Morte
A morte não é mais que uma
passagem para outra vida e que
o “ instante da morte é uma
experiência única, bela,
libertadora que se vive sem
medo nem angústia “. Ross
10. O Enfermeiro e a
Morte
Algumas vezes questionamo-nos sobre a morte
desta ou daquela pessoa. Muitas vezes sentimo-nos
embaraçados com o momento da morte, mas
sempre nos sentimos solidários com a pessoa no
seu processo de morrer.
Consciencializamos também
que a morte da pessoa nos
confronta com os limites da
nossa actuação e por isso
algumas vezes nos sentimos “
desfeitos “.
11. O Enfermeiro e a
Morte
Chegamos a ter medo da nossa
fragilidade perante a morte de outro,
não nos fossemos sentir incapazes de
lidar com a pessoa e de não saber
como gerir a sua revolta, angústia e,
mesmo a sua aceitação.
Parece haver um contra senso, quando
apregoamos o direito á vida, remetemos a
pessoa ao esquecimento e recusamos a
solidariedade a essa pessoa que se
confronta com o seu fim.
12. O Enfermeiro e a Morte
A pessoa, antes de morrer, tentará transmitir
aos que a acompanham o essencial de si própria.
O tempo que antecede a
morte pode ser
simultaneamente o de uma
realização da pessoa e da
transformação do que a
rodeia.
13. O Enfermeiro e a Morte
Quando nada mais nos resta a fazer,
podemos ainda amar e sermos amados,
e muitos moribundos, no instante de
deixarem a vida , nos têm lançado esta
mensagem: “ não passem ao largo da
vida, não passem ao largo do amor”.
Devemos nesta fase final, olhar em
frente e apoiarmo-nos uns aos outros,
em vez de rodearmos a morte de
silêncio e solidão.
14. “A vida é uma doença incurável que
fatalmente acaba sempre e a principal
diferença entre nós e os nossos doentes
prende-se com a possibilidade deles virem
a morrer primeiro...”
15. “ É preciso toda a vida para
aprender a morrer “
Séneca
16. “ A morte é a outra face da
vida...”
Autor desconhecido
17. “Quem ensinar o homem a morrer,
ensiná-lo-á também a viver...”
Montaigne
18. Referências Bibliográficas:
ARIÈS, Philippe - O homem perante a morte. Mem Martins : Europa
América, 2000. ISBN 972-1-01152-5. 341p.
BARROS DE OLIVEIRA, J. H. - Viver a morte - abordagem
antropológica e psicológica. Coimbra : Almedina, 1998. ISBN 972-40-
1063-5. 256p.
CABRAL DE FRIAS, Cidália De Fátima - A aprendizagem do cuidar e
a morte. Loures : Lusociência, 2003. ISBN 972-8383-50-9. 210p.
HENNEZEL, Marie De - Diálogo com a morte. Lisboa : editorial
noticias, 1997. ISBN 972-46-0793-3. 173p.
PARKES, Colin Murray et al- Morte e luto através das culturas.
Lisboa : Climpesi Editores, 2003. ISBN 972-8449-38-0. 297p.