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PODOLOGIA
BIOMECÂNICA
Pé Equino
Maria Cristina
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Resumo
Este trabalho descreve como é a estrutura ósteoarticular, ligamentar e
muscular do pé. E relata sobre o fator desencadeante do pé equino.
PÉ EQUINO
ANATOMIA DO PÉ
Estrutura ósteo-articular, ligamentar e muscular do pé:
O pé humano é composto de 26 ossos assim distribuídos:
Sete ossos do tarso ( tálus, calcâneo, cubóide e os três
cuneiformes);
Cincos ossos do metatarso; 14 falanges (três para cada um dos
dedos, exceto para o hálux, que tem apenas duas).
Os ossos são mantidos unidos através dos ligamentos, que se
totalizam em um número de 107, formando as articulações.
No pé, as articulações são em número de 33:
Articulação superior do tornozelo - Articulação subtalar
Articulação transversa do tarso - Articulação tarsometatarsal
Articulações metatarsofalangeanas - Articulações interfalangeanas
Os principais ligamentos das articulações intertársicas são:
• Ligamento talocalcâneo lateral - Ligamento talocalcâneo medial;
• Ligamento talocalcâneo interósseo- Ligamento talonavicular;
• Ligamento bifurcado.
Músculos e Tendões
Os movimentos do pé são realizados pelos músculos. Os músculos e tendões do pé tem
funções de conservação da forma, ação propulsora e função anti-gravitacional.
Os músculos são classificados em extrínsecos e intrínsecos:
Os Músculos Extrínsecos:
São aqueles que têm origem na perna, mas sua porção final (inserção) é no pé. Destaque para
o tibial anterior, o tibial posterior, o tríceps sural e os fibulares.
Os Músculos Intrínsecos:
Tem origem e inserção no próprio pé. Destaque para musculatura do hálux, lumbricais e Inter
ósseos.
PÉ EQUINO E O FATOR DESENCADEANTE
Causado pelo encurtamento do tendão de Aquiles.
É uma deformação do pé caracterizada pela flexão plantar permanente, de forma que a pessoa
apoia apenas o ante pé e deixa o calcâneo numa posição elevada.
O pé equino deve-se a paralização dos músculos flexores dorsais ou a contratura dos músculos
flexores plantares a contratura muscular ocorre quando o músculo contrai-se de maneira incorreta e
não volta ao seu estado normal de relaxamento, dado um desses casos quebra-se o equilíbrio
dinâmico dos músculos resultando no apoio do ante pé.
Ocorre apenas no segundo trimestre da gestação, através de uma possível ativação de genes
"responsáveis" pela geração da deformidade.
A deformidade resultante consiste de eqüino do retropé, varo (ou inversão) da subtalar, cavo por
flexão plantar do antepé e adução do médio e do antepé.
O Pé equino idiopático ocorre em crianças sem alterações subjacentes que justifiquem o quadro e
não se resolve de forma espontânea.
Outros tipos de pés equinos ou (PTC) são: o postural, que se resolve habitualmente com
manipulações; o neurológico e o sindrômico, presente nas crianças com outras anomalias
congênitas; os dois últimos, geralmente rígidos e muito resistentes ao tratamento.
A frequência da ocorrência dessa condição é de 1 caso para cada 1000 crianças, o pé equino (ptc) é
2 vezes mais comum no sexo masculino.
Pé equino varo esta paralisia ou contratura é resultado de uma lesão neuromuscular que com
correção, reabilitação e uso de calçados ortopédicos tende a normalizar.
É uma lesão de origem neurológica com paralisia da musculatura extensora do tornozelo e pé, ou de
origem traumática, com secção de todos os extensores.
A principal causa neurológica era a poliomielite. Hoje, com a erradicação da pólio, observamos
lesões neurológicas decorrentes de hanseníase, lesões em cirurgia de coluna, nas revisões de
prótese de quadril, e em traumas graves do joelho com lesão do nervo da fíbula.
A queixa do paciente é dificuldade de marcha com a ponta do pé arrastando no chão.
Nos casos de Pé equino flácido como o que ocorre em sequelas graves de pólio,. Nesses casos
não haverá mobilidade, mas somente um efeito de corda para manter o tornozelo em posição
neutra.
Em todas as cirurgias de transposição de tendões pode ocorrer um enfraquecimento progressivo dos
mesmos ao longo do tempo, por provável afrouxamento. Esses casos podem necessitar de uso
posterior de órteses ou nova cirurgia.
A deformidade ocorre em cerca de 1 para cada 1000 nascidos vivos e é bilateral em 50% dos casos.
O Pé equino (PTC) acomete mais homens do que mulheres, na proporção de 2:1
O pé da criança assume a posição em equino
varo supinado (calcanhar elevado, pé voltado
para dentro e rodado para cima).
Anatomia Patológica
Praticamente todas as estruturas do pé apresentam anormalidades, mas as principais encontram-se
no retro pé.
Navicular, cubóide e calcâneo desviado em sentido plantar e medial em relação ao Tálus.
A deformidade mais importante ocorre no Tálus, o ângulo de declinação do tálus, é diminuído,
chegando a medir 90° ( nl 150°). Facetas articulares da subtalar são anormais;
O calcâneo está rodado medialmente e em varo em relação ao tálus. Os ligamentos são espessados
e os músculos hipoplásicos.
Além disso, no pé equino, os músculos da panturrilha são menores. Desta forma, o músculo tríceps
sural encontra-se invariavelmente contraturado e encurtado, embora não seja claro se o
encurtamento é primário ou secundário.
Também há variações nas inserções tendíneas inclusive com inserção mais medial do tendão
calcâneo (Aquiles), o que contribui para o varismo.
Métodos para Correção e Reabilitação da Pisada
 Ponseti:
Com o método Ponseti, utilizada mais em crianças precisa permanecer engessada apenas de
quatro a cinco semanas, com trocas do gesso semanal. Em seguida, o paciente é submetido
a cirurgia mínima, no Tendão de Aquiles, que dispensa internação e não necessita de pontos.
Em seguida, o paciente precisa fazer uso de órtese, de Denis Browne o objetivo impedir a
recidiva e a perda da correção obtida com as manipulações e o gesso.
A recidiva é comum, e frequente, exigindo o controle por parte do ortopedista, pelo menos
até os seis anos de idade. A órtese é utilizada pelo período de 3 meses, uso contínuo, e à
noite por cerca de 3 anos.
Fig 1 manipulação Fig 2 Gesso inguinomaleolar Fig 3 Dennis-Brow
 Método de ILizarov:
Cirurgia óssea (osteotomias) serão necessárias para casos graves e sem tratamento.
Proporciona resultados mais previsíveis e satisfatórios. O período necessário para a correção
da deformidade varia de 8 a 12 semanas. O tempo total da manutenção do fixador externo
varia de 12 a 16 semanas. Após a remoção do aparelho os pacientes são imobilizados com
bota gessada durante 4 semanas e encorajados a caminhar com carga total sobre o membro
operado.
 Fisioterapia Motora:
Com exercícios de alongamento da panturrilha e treinamento de marcha com profissional
qualificado, associado ao uso de órteses (aparelhos nos pés, com tiras de velcro), para manter os
músculos da panturrilha alongados.
 Toxina botulínica tipo A:
Outro método inovador é de aplicação de toxina botulínica tipo A(Botox) na panturrilha com intuito
de relaxar os músculos, permitindo que o calcanhar toque no solo durante a marcha - podendo ou
não ser usado gesso para alongar o músculo após a aplicação ou a fisioterapia.
A toxina botulínica tipo A tem sido utilizado em vários estudos e alguns estudos comprovaram sua
eficácia no tratamento de pacientes portadores de pé equino.
 Orteses:
 Cirurgia Óssea:
Quando não se obtém a correção satisfatória mediante o tratamento com os métodos conservadores, em
crianças em idade mais avançada, em casos graves e sem tratamento onde os pés ao serem examinados,
não conseguem chegar à posição normal por encurtamento fixo da panturrilha.
É feita a cirurgia óssea (osteotomia) a cirurgia oferece bons resultados e, quando realizado na idade
adequada, a correção é definitiva.
FONTE: MIRANDA, E. - Bases de Anatomia e Cinesiologia - Editora Sprint, 2000
FONTE: Dr. E Professor Eduardo VasconcelosNovais, (Ortopedista do Serviço Especialde Ortopedia e Traumatologia da Criança e do Adolescente)
do Hospital das Clínicas.
FONTE: Dr.MARCELO NOGUEIRA SILVA (Ortopedia e traumatologia, cirurgião de pé e tornozelo).
FONTE: http://w w w .efdeportes.com
FONTE: DIMÉGLIO, A.. Ortopedia Pediatrica , L.Santos, SP, 1990 .
FONTE:Lianza S. Conselho Nacional Sobre Espasticidade. Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, 15-18, 2000.
(Órtese Supra Maleolar)
São indicadas para correção e reabilitação em distrofia muscular, alterações ortopédicas como, pé valgo,
varo e pé equino.
Apoio anti-aquino permite reeducar a
locomoção em crianças com pé equino.

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Pé equino anatomia causas tratamentos

  • 1. PODOLOGIA BIOMECÂNICA Pé Equino Maria Cristina [Endereço de email] Resumo Este trabalho descreve como é a estrutura ósteoarticular, ligamentar e muscular do pé. E relata sobre o fator desencadeante do pé equino.
  • 2. PÉ EQUINO ANATOMIA DO PÉ Estrutura ósteo-articular, ligamentar e muscular do pé: O pé humano é composto de 26 ossos assim distribuídos: Sete ossos do tarso ( tálus, calcâneo, cubóide e os três cuneiformes); Cincos ossos do metatarso; 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o hálux, que tem apenas duas). Os ossos são mantidos unidos através dos ligamentos, que se totalizam em um número de 107, formando as articulações. No pé, as articulações são em número de 33: Articulação superior do tornozelo - Articulação subtalar Articulação transversa do tarso - Articulação tarsometatarsal Articulações metatarsofalangeanas - Articulações interfalangeanas Os principais ligamentos das articulações intertársicas são: • Ligamento talocalcâneo lateral - Ligamento talocalcâneo medial; • Ligamento talocalcâneo interósseo- Ligamento talonavicular; • Ligamento bifurcado. Músculos e Tendões Os movimentos do pé são realizados pelos músculos. Os músculos e tendões do pé tem funções de conservação da forma, ação propulsora e função anti-gravitacional. Os músculos são classificados em extrínsecos e intrínsecos: Os Músculos Extrínsecos: São aqueles que têm origem na perna, mas sua porção final (inserção) é no pé. Destaque para o tibial anterior, o tibial posterior, o tríceps sural e os fibulares. Os Músculos Intrínsecos: Tem origem e inserção no próprio pé. Destaque para musculatura do hálux, lumbricais e Inter ósseos.
  • 3. PÉ EQUINO E O FATOR DESENCADEANTE Causado pelo encurtamento do tendão de Aquiles. É uma deformação do pé caracterizada pela flexão plantar permanente, de forma que a pessoa apoia apenas o ante pé e deixa o calcâneo numa posição elevada. O pé equino deve-se a paralização dos músculos flexores dorsais ou a contratura dos músculos flexores plantares a contratura muscular ocorre quando o músculo contrai-se de maneira incorreta e não volta ao seu estado normal de relaxamento, dado um desses casos quebra-se o equilíbrio dinâmico dos músculos resultando no apoio do ante pé. Ocorre apenas no segundo trimestre da gestação, através de uma possível ativação de genes "responsáveis" pela geração da deformidade. A deformidade resultante consiste de eqüino do retropé, varo (ou inversão) da subtalar, cavo por flexão plantar do antepé e adução do médio e do antepé. O Pé equino idiopático ocorre em crianças sem alterações subjacentes que justifiquem o quadro e não se resolve de forma espontânea. Outros tipos de pés equinos ou (PTC) são: o postural, que se resolve habitualmente com manipulações; o neurológico e o sindrômico, presente nas crianças com outras anomalias congênitas; os dois últimos, geralmente rígidos e muito resistentes ao tratamento. A frequência da ocorrência dessa condição é de 1 caso para cada 1000 crianças, o pé equino (ptc) é 2 vezes mais comum no sexo masculino. Pé equino varo esta paralisia ou contratura é resultado de uma lesão neuromuscular que com correção, reabilitação e uso de calçados ortopédicos tende a normalizar. É uma lesão de origem neurológica com paralisia da musculatura extensora do tornozelo e pé, ou de origem traumática, com secção de todos os extensores. A principal causa neurológica era a poliomielite. Hoje, com a erradicação da pólio, observamos lesões neurológicas decorrentes de hanseníase, lesões em cirurgia de coluna, nas revisões de prótese de quadril, e em traumas graves do joelho com lesão do nervo da fíbula. A queixa do paciente é dificuldade de marcha com a ponta do pé arrastando no chão. Nos casos de Pé equino flácido como o que ocorre em sequelas graves de pólio,. Nesses casos não haverá mobilidade, mas somente um efeito de corda para manter o tornozelo em posição neutra. Em todas as cirurgias de transposição de tendões pode ocorrer um enfraquecimento progressivo dos mesmos ao longo do tempo, por provável afrouxamento. Esses casos podem necessitar de uso posterior de órteses ou nova cirurgia. A deformidade ocorre em cerca de 1 para cada 1000 nascidos vivos e é bilateral em 50% dos casos. O Pé equino (PTC) acomete mais homens do que mulheres, na proporção de 2:1 O pé da criança assume a posição em equino varo supinado (calcanhar elevado, pé voltado para dentro e rodado para cima).
  • 4. Anatomia Patológica Praticamente todas as estruturas do pé apresentam anormalidades, mas as principais encontram-se no retro pé. Navicular, cubóide e calcâneo desviado em sentido plantar e medial em relação ao Tálus. A deformidade mais importante ocorre no Tálus, o ângulo de declinação do tálus, é diminuído, chegando a medir 90° ( nl 150°). Facetas articulares da subtalar são anormais; O calcâneo está rodado medialmente e em varo em relação ao tálus. Os ligamentos são espessados e os músculos hipoplásicos. Além disso, no pé equino, os músculos da panturrilha são menores. Desta forma, o músculo tríceps sural encontra-se invariavelmente contraturado e encurtado, embora não seja claro se o encurtamento é primário ou secundário. Também há variações nas inserções tendíneas inclusive com inserção mais medial do tendão calcâneo (Aquiles), o que contribui para o varismo. Métodos para Correção e Reabilitação da Pisada  Ponseti: Com o método Ponseti, utilizada mais em crianças precisa permanecer engessada apenas de quatro a cinco semanas, com trocas do gesso semanal. Em seguida, o paciente é submetido a cirurgia mínima, no Tendão de Aquiles, que dispensa internação e não necessita de pontos. Em seguida, o paciente precisa fazer uso de órtese, de Denis Browne o objetivo impedir a recidiva e a perda da correção obtida com as manipulações e o gesso. A recidiva é comum, e frequente, exigindo o controle por parte do ortopedista, pelo menos até os seis anos de idade. A órtese é utilizada pelo período de 3 meses, uso contínuo, e à noite por cerca de 3 anos. Fig 1 manipulação Fig 2 Gesso inguinomaleolar Fig 3 Dennis-Brow  Método de ILizarov: Cirurgia óssea (osteotomias) serão necessárias para casos graves e sem tratamento. Proporciona resultados mais previsíveis e satisfatórios. O período necessário para a correção da deformidade varia de 8 a 12 semanas. O tempo total da manutenção do fixador externo varia de 12 a 16 semanas. Após a remoção do aparelho os pacientes são imobilizados com bota gessada durante 4 semanas e encorajados a caminhar com carga total sobre o membro operado.
  • 5.  Fisioterapia Motora: Com exercícios de alongamento da panturrilha e treinamento de marcha com profissional qualificado, associado ao uso de órteses (aparelhos nos pés, com tiras de velcro), para manter os músculos da panturrilha alongados.  Toxina botulínica tipo A: Outro método inovador é de aplicação de toxina botulínica tipo A(Botox) na panturrilha com intuito de relaxar os músculos, permitindo que o calcanhar toque no solo durante a marcha - podendo ou não ser usado gesso para alongar o músculo após a aplicação ou a fisioterapia. A toxina botulínica tipo A tem sido utilizado em vários estudos e alguns estudos comprovaram sua eficácia no tratamento de pacientes portadores de pé equino.  Orteses:  Cirurgia Óssea: Quando não se obtém a correção satisfatória mediante o tratamento com os métodos conservadores, em crianças em idade mais avançada, em casos graves e sem tratamento onde os pés ao serem examinados, não conseguem chegar à posição normal por encurtamento fixo da panturrilha. É feita a cirurgia óssea (osteotomia) a cirurgia oferece bons resultados e, quando realizado na idade adequada, a correção é definitiva. FONTE: MIRANDA, E. - Bases de Anatomia e Cinesiologia - Editora Sprint, 2000 FONTE: Dr. E Professor Eduardo VasconcelosNovais, (Ortopedista do Serviço Especialde Ortopedia e Traumatologia da Criança e do Adolescente) do Hospital das Clínicas. FONTE: Dr.MARCELO NOGUEIRA SILVA (Ortopedia e traumatologia, cirurgião de pé e tornozelo). FONTE: http://w w w .efdeportes.com FONTE: DIMÉGLIO, A.. Ortopedia Pediatrica , L.Santos, SP, 1990 . FONTE:Lianza S. Conselho Nacional Sobre Espasticidade. Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, 15-18, 2000. (Órtese Supra Maleolar) São indicadas para correção e reabilitação em distrofia muscular, alterações ortopédicas como, pé valgo, varo e pé equino. Apoio anti-aquino permite reeducar a locomoção em crianças com pé equino.