1. “Gatinho de Cheshire”, começou,
muito timidamente, por não
saber se ele gostaria desse
tratamento: ele, porém, apenas
alargou um pouco mais o sorriso.
“Ótimo, até aqui está contente”,
pensou Alice. E prosseguiu: “ Você
poderia, por favor, me dizer qual
caminho eu devo seguir ?”
“Isso depende muito de onde você
deseja chegar”, disse o Gato.
“Não me importa muito onde...”,
foi dizendo Alice.
“Nesse caso não faz diferença
por qual caminho você vá”, disse
o Gato.
“... desde que eu chegue a algum
lugar”, acrescentou Alice,
explicando.
“Oh, esteja certo de que isso
ocorrerá”, falou o Gato, “desde
3. 1.O início da 2. Os objetivos
aula da
aula
3. Como a
8. O fechamento
aula foi
da aula
organizada
4. Como
7. A duração das
você imagina que
atividades/fases
o plano se parecia
da aula
(na página ou na mente
do professor)
5. O
equilíbrio/
6. As transições
a variedade
entre as
de atividades
atividades
na aula
4.
5. Quadro 1. Classificação dos formatos de aulas de línguas, expandida com base em
Scrivener (1994)
Aula que segue a linha lógica
Tentativa de encadear as atividades de forma que os
objetivos sejam alcançados.
Os alunos são levados a realizar, progressivamente, uma
sucessão de tarefas que, eventualmente, os conduzirão ao
resultado planejado.
Ao trabalhar com o aspecto estrutural, por exemplo, os
alunos são primeiramente expostos ao item linguístico e
levados, de forma indutiva ou dedutiva, ao seu
entendimento. Em seguida, são oferecidas oportunidades
de prática por meio de exercícios mais restritos e
controlados. Logo após, os estudantes praticam a
estrutura alvo de forma mais pessoal e comunicativa.
De modo semelhante, ao trabalhar com as habilidades
linguísticas, a leitura, por exemplo, os alunos obtêm
gradualmente uma compreensão geral do texto e, em
seguida, um entendimento mais detalhado, incluindo o
estudo de itens específicos como o léxico.
6. A aula barbante pode ser representada como um
único fio, sobre o qual, a todo momento, um
determinado episódio pode ser destacado e
trabalhado por bastante tempo e com muita
atenção.
A aula dominó enfatiza a sucessão de atividades,
assim como as peças do jogo, que são dispostas
de forma não aleatória.
7. Uma aula estruturada com base no tópico
guarda-chuva é ministrada a partir de um
assunto geral, utilizado como o principal
ponto focal para todas as atividades. O
professor pode usar uma variedade de
atividades ligadas a um mesmo tema,
enfocando tanto os elementos linguísticos
(vocabulário, gramática, funções da
linguagem e pronúncia) quanto as
habilidades. Nesse tipo de estrutura, as
atividades não seguem uma ordem
preestabelecida e pode haver uma série de
objetivos relacionados.
8. De forma similar à anterior,
planejar uma aula central
telefônica significa estruturar
cada atividade em torno de uma
ideia que unirá todos os demais
elementos, assim como um
painel telefônico central que
conecta todos os usuários.
9. Caminho na selva é um tipo de aula
alternativo em que não se planeja ou preveja,
de forma alguma, o conteúdo a ser ministrado.
O professor trabalha com os recursos
disponíveis na sala e cria, momento a
momento, atividades que respondam aos
interesses e às necessidades dos alunos.
Nesse tipo de aula, o professor focaliza
predominantemente os estudantes e a
situação, em vez de enfocar os materiais e o
plano. O ponto de partida pode ser uma
atividade de duração indeterminada, como, por
exemplo, uma tempestade de ideias
(brainstorming), mas as demais continuarão a
ser mistério até que aconteçam em sala de
aula.
10. Uma aula do tipo sacolinha possui
uma sequência de atividades não
vinculadas umas às outras, concebidas
para manter os alunos envolvidos e
entretidos. Esse tipo de aula pode ser
apropriado para alunos que têm
períodos curtos de atenção, como as
crianças. Não existe um objetivo global
em aulas estruturadas dessa forma.
11. A aula quebra-cabeça representa uma
lição em que cada elemento se encaixa
perfeitamente nos restantes, assim
como as partes do jogo se encaixam
bem umas nas outras
13. • Planos de aulas são...
registros sistemáticos das
ideias do professor sobre o
que será dado durante a
aula (Farrell, 2002).
14. Responda as perguntas a seguir:
• 1)Porque o planejamento de aula
é importante?
• 2)De que forma(s) o planejamento
é importante para o professor? E
para os alunos?
• 3) O que você leva em conta
quando elabora um plano de
aula?
• 4) Quais componentes estão
sempre presentes em seus planos
de aula?
15. Planejar…
– é, essencialmente, uma habilidade
que envolve pensar.
– compreende previsão,
antecipação, sequenciamento,
organização e simplificação.
– é imaginar a aula antes que ela
aconteça.
• Antes de uma aula ser ensinada,
ela deve ser planejada.
16. Eu planejo. Eu examino
o livro do professor
cuidadosamente.
Planejar me permite saber
Por que planejar? Os quando não seguir o que foi
alunos são totalmente planejado.
imprevisíveis.
Quem tem tempo para
planejar? Eu não! Além
disso, eu já ensinei esse
conteúdo antes.
17. Por quê planejar?
• Para o professor, o planejamento ...
– dá estrutura, um contorno geral à aula;
– pode ajudá-lo(a) a pensar sobre o
conteúdo, os materiais, o
seqüenciamento, a duração de cada
parte e as atividades propriamente ditas;
– desenvolve e promove a auto-confiança
ao utilizar materiais novos e
desconhecidos;
– auxilia quando o plano sugerido no livro
didático não satisfaz as necessidades de
seus alunos;
– ajuda-o(a) a ganhar a confiança de seus
alunos;
– é evidência de reflexão e tomada de
decisão;
18. – fornece segurança (sob a forma de um
mapa) mediante a imprevisibilidade de
uma sala de aula;
– é um lembrete do que vem primeiro, em
seguida etc.;
– é um registro do que foi ensinado;
– pode ajudar um professor substituto a
assumir uma classe;
– ajuda o professor a avaliar suas práticas
de ensino bem como os resultados;
– auxilia o professor a desenvolver suas
habilidades ao refletir continuamente
sobre suas práticas e o conteúdo das
aulas e, ao fazê-lo, questionar as
suposições e crenças subjacentes a elas.
19. Por quê planejar?
• Para os alunos, um plano mostra-
lhes que ...
– o professor refletiu sobre a aula;
– seus conhecimentos, experiências,
interesses, estilos de aprendizagem
e habilidades foram consideradas;
21. Alunos
• Quem são os alunos?
– idade, sexo, background social,
econômico, nível etc ...
• O que eles trazem para a aula?
– motivação e atitude, background
educacional, conhecimento de mundo
etc ...
• Quais são suas necessidades e
interesses?
• Por que eles estão aprendendo a
língua?
• Falam/estudam outro idioma?
• O que eles esperam do curso?
• Quantos alunos há na sala de aula?
• Quais atividades fazem antes da
aula de língua?
22. Objetivos
• Um objetivo é uma intenção
de um desejo ou propósito.
• É expresso em termos das
mudanças que serão
provocadas no aluno:
– Deve expressar o que o aluno deve
saber e poder fazer depois da aula ou
do curso
23. • Objetivos pode ser escritos das seguintes formas:
e
hab ilidad
i car a nte sobre
a prat e flue bulário
al unos nea
Le var os ma espontâ so de voca
or u
ora l de f ue motive o rendidas;
q p
u m tema nt em ente a d ade
de
es rece habili da
e fras a na rm a rápi
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Fo rnecer o escrita ta
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com preens lhada; falem o
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Possi e ‘de a
t o d an do
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o ero
passad )deveria ter bre o gên
‘___ (não en sar so perguntas
n os a p ossíveis
os alu istar p
Levar ta’ e l
vis o.
24. • ou das seguintes formas:
os
la, o s alun respon
der
au s e
al da gunta
Ao fin fazer
per
es de teress
es; e
o capaz e in ving"
serã us hobbies sgi
Thank ois / três
se o "
sobre sobre menos
d ele;
nd ido elo a
apre ar p s
t erão aze s de cit s ligado em relação
ão cap cano rio
cabulá léxico);
ser ameri vo
cos tumes enta do seu extinção (
o aum açadas de icas
te rã e es e specíf
ci es am nfo rmaçõ
à espé tif icar i rita);
erã o iden eensão esc p onder
a
S a b r e res presente
to (comp azer
no tex de f o o
apaz es usand
ão c não
s e r si m /
perg untas
uo;
contín
25.
26. Objetivos
• Quais são os objetivos da aula?
• Quais são os objetivos de cada
atividade?
• O que os alunos alcançarão?
• O que eu, como professor,
pretendo fazer?
• O que eu espero que os alunos
façam/ aprendam na aula?
• Como os objetivos de aula se
adaptam aos objetivos a longo
prazo?
• Algum objetivo pessoal?
27. Conteúdo
• Quais temas, contextos serão
abordados?
• Qual é o assunto da aula: quais
habilidades ou aspectos
linguísticos serão estudados?
• O que o livro traz?
• Eu conheço o assunto?
• Estou confiante sobre o conteúdo
que terei de ensinar?
• Que tipo de preparo/estudo
preciso fazer?
28. Procedimentos / estágios
• Quais atividades serão incluídas na
aula?
• Quais atividades ajudarão os alunos a
atingir os objetivos da aula?
• Como a aula se relaciona ao que os
alunos já sabem?
• Como as atividades se articulam para Engaje
resultar em uma aula completa?
• Ha variedade na aula?
• Qual a duração de cada atividade? Study
• Como vou organizar a lição em estágios
ou seções?
• Em que sequência as atividades serão
apresentadas? Activate
29. Materiais/Equipamento
• Quais textos (escritos e orais),
gravuras/figuras, handouts, materiais
de apoio, equipamento etc. vão ser
usados?
• Eles já estão disponíveis ou terão que
ser criados/reservados?
30. Gerenciamento de sala
• As decisões passo-a-passo e ações relativas à
organização da sala de aula e das atividades, por
exemplo, organização dos assentos, agrupamento dos
alunos, começando e terminando a atividade, lidar
com as situações inesperadas etc.
• Organização dos assentos e agrupamento
dos alunos
– formação de grupos (individualmente, pares, grupos,
“mistura”;
– (re)organizar os assentos;
– decidir onde você irá se sentar ou onde ficará
de pé;
– retomar o agrupamento/os assentos
anteriores;
31. • Autoridade
– obter e manter a atenção;
– decidir quem faz o que (responder uma pergunta);
– estabelecer e delegar autoridade conforme apropriado;
– conseguir com que alguém faça algo.
• Atividades
– sequenciar as atividades;
– definir as atividades;
– dar as instruções;
– monitorar o desenvolvimento das atividades;
– cronometrar as atividades;
– por fim às atividades.
32. • Lidar com as pessoas
– distribuir a atenção uniformemente;
– usar a intuição para determinar os sentimentos / as
percepções dos alunos;
– evocar feedback franco dos alunos;
– ouvir de fato os alunos;
• Recursos e técnicas
– utilizar o quadro e outros equipamentos e materiais de
apoio;
– fazer uso de gestos para auxiliar na clareza das instruções e
explicações;
– falar de forma clara, em um volume e uma velocidade
apropriados;
– usar o silêncio;
– regular a complexidade dos aspectos linguísticos;
– regular a quantidade dos aspectos linguísticos;
• Momentos de crise
– iniciar a aula;
– lidar com problemas imprevistos
– manter a disciplina
– terminar a aula
33. Elementos de um plano de aula
número de alunos novos itens de vocabulário
objetivos gerais atividade extra
objetivos específicos idade dos alunos
objetivos de cada estágio data
números do(s) exercício(s)/atividade(s) interação (AA; PA)
o que os alunos fazem em cada fase fontes de cores diferentes
o que o professor faz em cada fase revisão da última aula
material utilizado gênero dos alunos
tarefa decasa breve descrição de cada ativ.
agrupamento de alunos (trabalho individual/em pares/grupos/toda a sala)
equipamentos nível do grupo
tempo de cada atividade/fase horário
habilidades praticadas nome/número do grupo
número das páginas duração da aula
eventuais problemas alunos que trabalharão juntos
abreviações
34. Dicas para gerenciamento da aula
• Prepare mais do que você
precisa;
• Pense com antecedência
quais partes do plano você
vai sacrificar se o tempo
estiver acabando;
• Mantenha um relógio visível;
35. • Não deixe a explicação da
tarefa de casa para o final,
pois a atenção dos alunos é
menor; você pode explicar a
tarefa mais cedo e dar um
lembrete rápido no final.
• Se você tem papéis para
distribuir para a sala toda,
peça ajuda a um(a)
aluno(a) ou distribua-os ao
mais próximo e peça para
irem passando para o resto
da classe.
36. • Dê as instruções antes de
distribuir o material, caso
contrário, eles vão olhar
para o material e não vão
prestar atenção.
37. REFERÊNCIAS
• FARRELL, T. S. C. Lesson planning. In: RICHARDS J. C.;
RENANDYA, W. A. (eds.), Methodology in language
teaching. Cambridge. Cambridge University Press, 2002.
p. 30-39.
• GOWER, R.; PHILLIPS, D.; WALTERS, S. Teaching Practice:
a guide for teachers in training. Macmillan, 2005.
• HADFIELD, J.,; HADFIELD, C. Introduction to teaching
English. Oxford: Oxford University Press, 2008.
• HARMER, J. How To Teach English. Harlow: Longman,
1999.
• HARMER, J. The Practice of English Language Teaching
3rd Edition. Pearson Education, 2001.
• RICHARDS, J. C.; RENANDYA, W. A. (eds.) Methodology
in Language Teaching Cambridge University Press, 2002.
• SCRIVENER, J. Learning Teaching 2nd Edition.
Macmillan, 2005.
• UR, P. A course in language teaching: practice and
theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
• WOODWARD, T. Planning lessons and courses. Oxford:
Oxford University Press. (2001).