SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
E.E.”Dr JOAQUIM VILELA”
                                ATIVIDADE DE ESTUDOS ORIENTADOS DE LINGUA PORTUGUESA
                                DATA:__/__/__
                                ALUNO (A):___________________Nº___         SÉRIE: _______
                                PROFESSOR: _______________                 VALOR: _____
                                NOTA: _______
TEXTO1                                 PERÍODO LITERÁRIO: Trovadorismo
1.         “A Prosa Portuguesa, que ensaia literariamente seu aparecimento em fins do século XIV e princípios do
século seguinte, surge representada, neste primeira época, pelas novelas de cavalaria e pelos tratados doutrinais de
caráter religioso; uma, literatura de ficção, importada; outra, literatura apologética e didática; aquela, mais importante
do que esta, do ponto de vista estético: mas, ambas, produção anônima. Conquanto tenhamos notícia da existência
de livros de cavalaria escritos em português, hoje perdidos e alguns esperando sair do ineditismo sepulcral das
bibliotecas, dessa primeira época literária só podemos mencionar “A Demanda do Santo Graal”, pois o “Livro de
José de Arimateia” permanence inédito na Torre do Tombo; do “Merlim”, bem como do “Tristão”, apenas se sabe
terem existido na livraria do rei D. Duarte e a novela do “Amadis de Gaula” só a conhecemos através da versão
espanhola de 1508, feita por Garci Ordóñez de Montalvo, não obstante pareça tratar-se de tradução decalcada
sobre um original português.
2.         “A Demanda do Santo Graal”, cujo autor revela consistir numa tradução de um original francês, não exprime
com absoluta pureza os ideais da vida cortesã guerreira e sentimental da cavalaria medieval, pois a sua arquitetura
e o seu espírito aparecem comprometidos por um simbolismo religioso heterodoxo (…). O fato de Galaaz – o
cavaleiro eleito de Deus – recusar constantemente os combates cavaleirescos que põem à prova apenas a força
pessoal e o fato de Lançarote – considerado a fina flor da cavalaria universal – não ter sido aceito na câmara do
Santo Graal em virtude de seus amores clandestinos com a Rainha Genebra (mulher do rei Artur), revelam a
intenção ascética do autor da novela a condenar a cavalaria pela cavalaria e reprovar pela base a galantaria
palaciana.
3.         Tal simbolismo não se revela no “Amadis de Gaula” (…) aqui. Amadis é o protótipo criado pela cavalaria
medieval, o cavaleiro em pleno exercício de suas façanhas, liquidando monstros e malvados, tendo como fulcro de
suas aventuras o objeto amado, e amando segundo o ritual e o espírito que vivificou as cortes da Europa
feudalizada.” (SPINA, Segismundo. Presença da Literatura Portuguesa. Vol. I, 3ª Edição, 1968, Difusão Europeia do Livro, São Paulo.)
VOCABULÁRIO:
Apologética – que encerra justificativa, defesa ou louvor a algo
Heterodoxo – oposto aos ou desviado dos princípios doutrinários
Ascética – prática de devoção e penitência
Fulcro – suporte, apoio, amparo
Ineditismo – não publicado ou impresso; nunca visto pela maioria das pessoas
      Marque a única alternativa correta no conjunto das cinco apresentadas.
      1.O texto acima transcrito afirma que:
       a ( ) é nos fins do século XIV e inícios do século XV que surgem as novelas de cavalaria e a prosa
      doutrinária.
      b ( ) só a partir de fins do século XIV e início do seguinte é que podemos falar de prosa literária em
      Portugal.
      c ( ) os tratados doutrinais de caráter religioso são literatura de ficção e as novelas de cavalaria são
      literatura apologética e didática.
      d ( ) os tratados doutrinais de caráter religioso são importados, isto é, não têm origem portuguesa.
      e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.
     2. a ( ) além de os tratados religiosos e novelas de cavalaria não apresentarem valor literário, ambos são
     produções anônimas.
     b ( ) esteticamente, a literatura apologética é mais importante do que as novelas de cavalaria.
     c ( ) esteticamente, as novelas de cavalaria são mais importantes do que a literatura apologética e
     didática.
     d ( ) autoria anônima é uma característica sempre presente nas primeiras obras literárias em prosa de
     qualquer literatura.
     e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.
     3. a ( ) muitos documentos em prosa das primeiras atividades literárias portuguesas estão inéditos, e
     outros estão perdidos.
     b ( ) entre os documentos perdidos, encontra-se “José de Arimateia”.
     c ( ) “José de Arimateia” e “Merlim” encontram-se inéditos na Torre do Tombo.
     d ( ) “A Demanda do Santo Graal” permanence inédita na Torre do Tombo, por isso pode ser
     mencionada.
     e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.
4. a ( ) “A Demanda do Santo Graal”, “José de Arimateia” e “Merlim” pertencem ao ciclo bretão.
    b ( ) na biblioteca de D. Duarte havia uma cópia de “Merlim”, obra hoje perdida.
    c ( ) o mais antigo exemplar conhecido da “Amadis de Gaula”, em português, data de 1508.
    d ( ) nada, na versão espanhola de “Amadis de Gaula”, publicado por Garci Ordóñez de Montalvo, nos faz
    suspeitar da existência de um original português.
    e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.

    5. a ( ) “A Demanda do Santo Graal” reflete com fidelidade absoluta os ideais da vida cortesã, guerreira e
    sentimental da cavalaria medieval.
    b ( ) nenhum tradutor de “A Demanda do Santo Graal” declara a nacionalidade dos originais.
    c ( ) porque consiste na tradução de um original francês, A Demanda do Santo Graal não documenta os
    ideais da cavalaria medieval.
    d ( ) Amadis de Gaula permanence inédito na Torre do Tombo.
    e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.

    6. a ( ) não há simbologia religiosa na versão que conhecemos de A Demanda do Santo Graal.
    b ( ) A Demanda do Santo Graal pode ser comparada. a uma obra de arquitetura, pelo seu espírito
    comprometido por um simbolismo religioso.
    c ( ) Galaaz é considerado a flor da cavalaria medieval.
    d ( ) através da punição de Lançarote e do comportamento de Galaaz, percebe-se a intenção ascética do
    autor da novela.
    e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta

    7. a ( ) Lançarote era considerado a flor da cavalaria medieval devido a seus amores clandestinos com a
    mulher do Rei Artur.
    b ( ) Galaaz e Lançarote são personagens de Amadis de Gaula.
    c ( ) Lançarote não foi aceito na câmara do Graal.
    d ( ) a galantaria palaciana e o ideal guerreiro de vida são incentivados em A Demanda do Santo Graal.
    e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta

    8. a ( ) Amadis de Gaula reflete as mesmas intenções ascéticas de moralização da cavalaria de A
    Demanda do Santo Graal.
    b ( ) O personagem Amadis tem o mesmo comportamento de Galaaz.
    c ( ) Amadis, como personagem, age como protótipo da cavalaria medieval.
    d ( ) Galaaz e Lançarote são cavaleiros eleitos de Deus.
    e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.

TEXTO 2
1.        “É preciso dizer que, na Idade Média Portuguesa, ao lado de uma poesia alheada da realidade concreta,
outra se realiza de caráter menos abstrato, em que mais se “conta” do que se “canta”, em que o íntimo sentimento
se traduz na ação exterior; caracteristicamente, portanto, lírico-dramática. Refiro-me às chamadas “cantigas de
amigo” e “pastorelas”.
2.        As primeiras transportam-nos, na verdade, para dentro da vida amorosa medieval. Aqui e além, se o
namorado é distante, sabemos que vai no “fossado de El-Rei”, ou se encontra “onde El-Rei arma navios”. A
confidência da donzelinha é, mais de uma vez, pormenorizada: sabemos não apenas suas reações íntimas perante
a requesta, mas do próprio teor desta somos informados, mesmo quando o pudor impediria de o dizer. Depois,
acompanhamos a namorada à romaria, onde a devoção pelo santo, quando não acende a esperança de seu favor
aos apelos do coração amante, é apenas disfarce da devoção mais viva pelo amigo, a quem é preciso mostrar-se,
bailando. E as idas a Vigo, na ansiosa expectação das caravelas; à fonte, onde a demora com o namorado se
desculpa com “as cervas do monte que turvam a água”; e até os encontros noturnos, onde a castidade normal desta
poesia fica seriamente comprometida – eis aspectos da vida, surpreendidos no garrular interminável das
confidências à mãe ou às amigas, quando não às “ondas do mar de Vigo”, às “flores do verde pinho”, às “cervas do
monte”. Tudo isto nos provoca a sair do mundo interior para a fresca visão de um mundo em cuja convencional
pintura não faltam, todavia, toques de realismo, de acre sabor, às vezes.
3.        As pastorelas exemplificam igualmente esta mirada sobre a realidade objetiva. É convencional a requesta
da pastorinha pelo cavaleiro e o diálogo que leva à repulsa ou à aceitação do amor de ocasião.
4.        Não parece, contudo, paradoxal que a variedade de temas e formas se encontre antes na poesia
popularizante que mais parece próxima das origens? A razão é que a cantiga de amigo é ainda suscitada pela vida
e a de amor é elaborada pelo artifício.”
(CIDADE, Hernani. O Conceito de Poesia como Expressão de Cultura. 2ª edição, 1957, Armênio Amado, Coimbra)
VOCABULÁRIO:
Requesta – pretender o amor de alguém
Garrular – tagarelar
Acre – azedo
    Marque a única alternativa correta no conjunto das quatro apresentadas.
    O texto acima afirma que:
    1.a ( ) quando a poesia assume um caráter menos abstrato ela deixa de ser cantada.
    b ( ) quando a poesia trovadoresca se aproxima da realidade concreta, ela assume característcas lírico-
    dramáticas.
    c ( ) que as cantigas de amigo e pastorelas são alheadas da realidade concreta.
    d ( ) os sentimentos íntimos, banidos das poesias mais ligadas à realidade, são substituídos por ação
    exterior.

    2. a ( ) expressões como ir ao “fossado de El-Rei”, ou “estar onde El-Rei arma navios”, que exprimem
    circunstâncias intimamente ligadas à vida medieval portuguesa, aparecem nas cantigas de amigo, o que
    as torna mais documentais.
    b ( ) a pormenorizada confidência da donzelinha impede referências a situações concretas, típicas da
    sociedade medieval portuguesa.
    c ( ) cheia de pudor, a donzela que se confessa na cantiga de amigo omite detalhes importantes da
    requesta amorosa, tornando-a, aparentemente, platônica.
    d ( ) era tão acentuada a religiosidade da Idade Média que nas cantigas denominadas “romarias” a
    devoção pelo santo substitui a confissão do sentimento amoroso.

    3. a ( ) o sentimento amoroso expresso nas cantigas de amigo é uma simples e interminável confidência
    à mãe, às amigas ou à natureza.
    b ( ) há toques de realismo nas cantigas de amigo.
    c ( ) a requesta de uma pastorinha é puramente convencional.
    d ( ) a requesta da pastorinha e a presença de diálogo levando à aceitação ou recusa da proposta
    constituem as cantigas de amigo.


    ________________________________________________________
    GABARITO1
    1. b 2. C    3. A     4. B 5. E 6. D  7. C  8. C
    _____________________________________
    GABARITO2
    1. b    2. A     3. B

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...Samiures
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126luisprista
 
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machado
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machadoLirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machado
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machadoma.no.el.ne.ves
 
Atividade avaliativa romantismo
Atividade avaliativa   romantismoAtividade avaliativa   romantismo
Atividade avaliativa romantismoRenato Rodrigues
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assismfmpafatima
 
Lista de exercícios 2º ano em literatura
Lista de exercícios 2º ano em literaturaLista de exercícios 2º ano em literatura
Lista de exercícios 2º ano em literaturaDaniela Gimael
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122luisprista
 
Exercícios literatura escolas literárias (3)
Exercícios literatura   escolas literárias (3)Exercícios literatura   escolas literárias (3)
Exercícios literatura escolas literárias (3)Edcléia Xavier
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95luisprista
 
Revisão literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismo
Revisão   literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismoRevisão   literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismo
Revisão literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismojasonrplima
 
Lusíadas_Português_12º_ano
Lusíadas_Português_12º_anoLusíadas_Português_12º_ano
Lusíadas_Português_12º_anoCarla Ribeiro
 
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SAS
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SASResolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SAS
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SASjasonrplima
 
Análise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottaAnálise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottama.no.el.ne.ves
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)luisprista
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112luisprista
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103luisprista
 

Mais procurados (20)

30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
30095592 exercicios-trovadorismo-humanismo-classicismo-quinhentismo-e-barroco...
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
 
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machado
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machadoLirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machado
Lirismo e surrealismo em joão ternura, de aníbal machado
 
Atividade avaliativa romantismo
Atividade avaliativa   romantismoAtividade avaliativa   romantismo
Atividade avaliativa romantismo
 
Literatura aula 16 - machado de assis
Literatura   aula 16 - machado de assisLiteratura   aula 16 - machado de assis
Literatura aula 16 - machado de assis
 
Lista de exercícios 2º ano em literatura
Lista de exercícios 2º ano em literaturaLista de exercícios 2º ano em literatura
Lista de exercícios 2º ano em literatura
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 121-122
 
Simulado lit-prise 2.1 ok
Simulado lit-prise 2.1 okSimulado lit-prise 2.1 ok
Simulado lit-prise 2.1 ok
 
Exercícios literatura escolas literárias (3)
Exercícios literatura   escolas literárias (3)Exercícios literatura   escolas literárias (3)
Exercícios literatura escolas literárias (3)
 
Projetovestibular
ProjetovestibularProjetovestibular
Projetovestibular
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 94-95
 
Bernardim ribeiro
Bernardim ribeiroBernardim ribeiro
Bernardim ribeiro
 
Revisão literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismo
Revisão   literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismoRevisão   literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismo
Revisão literatura - quinhentismo - barroco - arcadismo - romantismo
 
Lusíadas_Português_12º_ano
Lusíadas_Português_12º_anoLusíadas_Português_12º_ano
Lusíadas_Português_12º_ano
 
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SAS
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SASResolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SAS
Resolucao 2015 pre-vestibular_literatura_l1_split - SAS
 
Análise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo mottaAnálise de transpaixão, de waldo motta
Análise de transpaixão, de waldo motta
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 66 (e 66 r)
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 111-112
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 102-103
 

Destaque

O renascimento ou classicismo 1º ano
O renascimento ou classicismo  1º anoO renascimento ou classicismo  1º ano
O renascimento ou classicismo 1º anoColégio Santa Luzia
 
As medidas no cotidiano slid
As medidas no cotidiano slidAs medidas no cotidiano slid
As medidas no cotidiano slidmarciaccardoso
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1jbasualdo
 
Cinco agujeros
Cinco agujerosCinco agujeros
Cinco agujerosRobin Hood
 
Los 9 misterios sobre la Mujer
Los 9 misterios sobre la MujerLos 9 misterios sobre la Mujer
Los 9 misterios sobre la MujerRobin Hood
 
Cosas De Viejos
Cosas De ViejosCosas De Viejos
Cosas De Viejoszarrapas
 
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdw
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdwSignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdw
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdwShelley Myers
 
Clase3
Clase3Clase3
Clase3rilara
 
Visita tecnica a gruta do Maquiné
Visita tecnica a gruta do MaquinéVisita tecnica a gruta do Maquiné
Visita tecnica a gruta do MaquinéNatália Ferreira
 
Daf tareas 1 y 2
Daf tareas 1 y 2Daf tareas 1 y 2
Daf tareas 1 y 2jbasualdo
 
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)troikapoder
 
Pedraza en la noche de las velas 2009
Pedraza en la noche de las velas 2009Pedraza en la noche de las velas 2009
Pedraza en la noche de las velas 2009Robin Hood
 
Mejores Fotos del 2008
Mejores Fotos del 2008Mejores Fotos del 2008
Mejores Fotos del 2008zarrapas
 
Politicos en Photoshop
Politicos en PhotoshopPoliticos en Photoshop
Politicos en Photoshopzarrapas
 
Composição da nota e falta
Composição da nota e faltaComposição da nota e falta
Composição da nota e faltaGLEYDSON ROCHA
 

Destaque (20)

O renascimento ou classicismo 1º ano
O renascimento ou classicismo  1º anoO renascimento ou classicismo  1º ano
O renascimento ou classicismo 1º ano
 
As medidas no cotidiano slid
As medidas no cotidiano slidAs medidas no cotidiano slid
As medidas no cotidiano slid
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1
 
Cinco agujeros
Cinco agujerosCinco agujeros
Cinco agujeros
 
Constitui..2
Constitui..2Constitui..2
Constitui..2
 
Los 9 misterios sobre la Mujer
Los 9 misterios sobre la MujerLos 9 misterios sobre la Mujer
Los 9 misterios sobre la Mujer
 
Provaportuguesmatrizreferencia2
Provaportuguesmatrizreferencia2Provaportuguesmatrizreferencia2
Provaportuguesmatrizreferencia2
 
Cosas De Viejos
Cosas De ViejosCosas De Viejos
Cosas De Viejos
 
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdw
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdwSignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdw
SignorangebdrYogurtParadiseLogo_drpshdw
 
Clase3
Clase3Clase3
Clase3
 
Visita tecnica a gruta do Maquiné
Visita tecnica a gruta do MaquinéVisita tecnica a gruta do Maquiné
Visita tecnica a gruta do Maquiné
 
Canaima
CanaimaCanaima
Canaima
 
Así Como Soy
Así Como SoyAsí Como Soy
Así Como Soy
 
Daf tareas 1 y 2
Daf tareas 1 y 2Daf tareas 1 y 2
Daf tareas 1 y 2
 
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)
TEXTO 01 - OLIVEIRA.Pesquisa Com x Em seres humanos (Prof Ana Keila)
 
Pedraza en la noche de las velas 2009
Pedraza en la noche de las velas 2009Pedraza en la noche de las velas 2009
Pedraza en la noche de las velas 2009
 
Mejores Fotos del 2008
Mejores Fotos del 2008Mejores Fotos del 2008
Mejores Fotos del 2008
 
Politicos en Photoshop
Politicos en PhotoshopPoliticos en Photoshop
Politicos en Photoshop
 
Dgt
DgtDgt
Dgt
 
Composição da nota e falta
Composição da nota e faltaComposição da nota e falta
Composição da nota e falta
 

Semelhante a Pp

Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugalJonatas Carlos
 
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMMarly Rodrigues
 
Revisão de literatura
Revisão de literaturaRevisão de literatura
Revisão de literaturaRaika Barreto
 
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialMemórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialrafabebum
 
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2martinsramon
 
Aula 01 introdução e trovadorismo
Aula 01   introdução e trovadorismoAula 01   introdução e trovadorismo
Aula 01 introdução e trovadorismoJonatas Carlos
 
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo II
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo IIExrcícios de t rovadorismo e humanismo II
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo IIRaquel Dos Santos
 
Prosa medieval
Prosa medievalProsa medieval
Prosa medievalheleira02
 
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesCiceroMarcosSantos1
 
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - HumanismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - HumanismoKaren Olivan
 
questoes-romantismo-enem.pdf
questoes-romantismo-enem.pdfquestoes-romantismo-enem.pdf
questoes-romantismo-enem.pdfBiancaBatista53
 

Semelhante a Pp (20)

Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
 
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
 
Camões
Camões Camões
Camões
 
Revisão de literatura
Revisão de literaturaRevisão de literatura
Revisão de literatura
 
10 livros escolhidos.
10 livros escolhidos.10 livros escolhidos.
10 livros escolhidos.
 
Ssa 1 arcadismo atividades
Ssa 1  arcadismo  atividadesSsa 1  arcadismo  atividades
Ssa 1 arcadismo atividades
 
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialMemórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
 
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
 
Aula 01 introdução e trovadorismo
Aula 01   introdução e trovadorismoAula 01   introdução e trovadorismo
Aula 01 introdução e trovadorismo
 
João da Ega
João da EgaJoão da Ega
João da Ega
 
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptx
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptxAula 4 Humanismo em Portugal.pptx
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptx
 
Imagina7
Imagina7Imagina7
Imagina7
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo II
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo IIExrcícios de t rovadorismo e humanismo II
Exrcícios de t rovadorismo e humanismo II
 
Prosa medieval
Prosa medievalProsa medieval
Prosa medieval
 
Prosa medieval
Prosa medievalProsa medieval
Prosa medieval
 
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
 
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - HumanismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
questoes-romantismo-enem.pdf
questoes-romantismo-enem.pdfquestoes-romantismo-enem.pdf
questoes-romantismo-enem.pdf
 

Mais de Atividades Diversas Cláudia

Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre familia.doc
Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre  familia.docAtividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre  familia.doc
Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre familia.docAtividades Diversas Cláudia
 
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...Atividades Diversas Cláudia
 

Mais de Atividades Diversas Cláudia (20)

Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre familia.doc
Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre  familia.docAtividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre  familia.doc
Atividade interdisciplinar portugues ensino religioso sobre familia.doc
 
FILME nao olhe para cima.doc
FILME nao olhe para cima.docFILME nao olhe para cima.doc
FILME nao olhe para cima.doc
 
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...
1 guerra Russia Ucrania atividade interdisciplinar historia geografia portugu...
 
Atividades campanha da fraternidade 2022 e
Atividades campanha da fraternidade 2022 eAtividades campanha da fraternidade 2022 e
Atividades campanha da fraternidade 2022 e
 
Atividades sobre fake news
Atividades sobre fake newsAtividades sobre fake news
Atividades sobre fake news
 
1 primeiro dia de aula novo melhor
1 primeiro dia de aula novo melhor1 primeiro dia de aula novo melhor
1 primeiro dia de aula novo melhor
 
2 primeiro dia de aula novo amanha
2 primeiro dia de aula novo amanha2 primeiro dia de aula novo amanha
2 primeiro dia de aula novo amanha
 
3 primeiro dia de aula novo
3 primeiro dia de aula novo3 primeiro dia de aula novo
3 primeiro dia de aula novo
 
4 primeiro dia de aula novo hoje
4 primeiro dia de aula novo hoje4 primeiro dia de aula novo hoje
4 primeiro dia de aula novo hoje
 
5 primeiro dia de aula novo desafios
5 primeiro dia de aula novo desafios5 primeiro dia de aula novo desafios
5 primeiro dia de aula novo desafios
 
6 primeiro dia de aula novo motivacao
6 primeiro dia de aula novo motivacao6 primeiro dia de aula novo motivacao
6 primeiro dia de aula novo motivacao
 
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4 (1)
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4 (1)Prova de geografia 9 ano 4b pet 4 (1)
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4 (1)
 
Prova de geografia 8 ano 4b pet 4
Prova de geografia 8 ano 4b pet 4Prova de geografia 8 ano 4b pet 4
Prova de geografia 8 ano 4b pet 4
 
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4Prova de geografia 9 ano 4b pet 4
Prova de geografia 9 ano 4b pet 4
 
Prova de ensino religioso 8 ano 4b pet 4
Prova de ensino religioso 8 ano 4b pet 4Prova de ensino religioso 8 ano 4b pet 4
Prova de ensino religioso 8 ano 4b pet 4
 
Prova historia 1ano pet4
Prova historia 1ano pet4Prova historia 1ano pet4
Prova historia 1ano pet4
 
Prova de historia 2ano 4bimestre
Prova de historia 2ano 4bimestreProva de historia 2ano 4bimestre
Prova de historia 2ano 4bimestre
 
Prova de arte 4b 9 ano1
Prova de arte 4b 9 ano1Prova de arte 4b 9 ano1
Prova de arte 4b 9 ano1
 
Prova de arte 4b 8 ano
Prova de arte 4b 8 anoProva de arte 4b 8 ano
Prova de arte 4b 8 ano
 
Prova de arte 4b 7 ano (reparado)
Prova de arte 4b 7 ano (reparado)Prova de arte 4b 7 ano (reparado)
Prova de arte 4b 7 ano (reparado)
 

Pp

  • 1. E.E.”Dr JOAQUIM VILELA” ATIVIDADE DE ESTUDOS ORIENTADOS DE LINGUA PORTUGUESA DATA:__/__/__ ALUNO (A):___________________Nº___ SÉRIE: _______ PROFESSOR: _______________ VALOR: _____ NOTA: _______ TEXTO1 PERÍODO LITERÁRIO: Trovadorismo 1. “A Prosa Portuguesa, que ensaia literariamente seu aparecimento em fins do século XIV e princípios do século seguinte, surge representada, neste primeira época, pelas novelas de cavalaria e pelos tratados doutrinais de caráter religioso; uma, literatura de ficção, importada; outra, literatura apologética e didática; aquela, mais importante do que esta, do ponto de vista estético: mas, ambas, produção anônima. Conquanto tenhamos notícia da existência de livros de cavalaria escritos em português, hoje perdidos e alguns esperando sair do ineditismo sepulcral das bibliotecas, dessa primeira época literária só podemos mencionar “A Demanda do Santo Graal”, pois o “Livro de José de Arimateia” permanence inédito na Torre do Tombo; do “Merlim”, bem como do “Tristão”, apenas se sabe terem existido na livraria do rei D. Duarte e a novela do “Amadis de Gaula” só a conhecemos através da versão espanhola de 1508, feita por Garci Ordóñez de Montalvo, não obstante pareça tratar-se de tradução decalcada sobre um original português. 2. “A Demanda do Santo Graal”, cujo autor revela consistir numa tradução de um original francês, não exprime com absoluta pureza os ideais da vida cortesã guerreira e sentimental da cavalaria medieval, pois a sua arquitetura e o seu espírito aparecem comprometidos por um simbolismo religioso heterodoxo (…). O fato de Galaaz – o cavaleiro eleito de Deus – recusar constantemente os combates cavaleirescos que põem à prova apenas a força pessoal e o fato de Lançarote – considerado a fina flor da cavalaria universal – não ter sido aceito na câmara do Santo Graal em virtude de seus amores clandestinos com a Rainha Genebra (mulher do rei Artur), revelam a intenção ascética do autor da novela a condenar a cavalaria pela cavalaria e reprovar pela base a galantaria palaciana. 3. Tal simbolismo não se revela no “Amadis de Gaula” (…) aqui. Amadis é o protótipo criado pela cavalaria medieval, o cavaleiro em pleno exercício de suas façanhas, liquidando monstros e malvados, tendo como fulcro de suas aventuras o objeto amado, e amando segundo o ritual e o espírito que vivificou as cortes da Europa feudalizada.” (SPINA, Segismundo. Presença da Literatura Portuguesa. Vol. I, 3ª Edição, 1968, Difusão Europeia do Livro, São Paulo.) VOCABULÁRIO: Apologética – que encerra justificativa, defesa ou louvor a algo Heterodoxo – oposto aos ou desviado dos princípios doutrinários Ascética – prática de devoção e penitência Fulcro – suporte, apoio, amparo Ineditismo – não publicado ou impresso; nunca visto pela maioria das pessoas Marque a única alternativa correta no conjunto das cinco apresentadas. 1.O texto acima transcrito afirma que: a ( ) é nos fins do século XIV e inícios do século XV que surgem as novelas de cavalaria e a prosa doutrinária. b ( ) só a partir de fins do século XIV e início do seguinte é que podemos falar de prosa literária em Portugal. c ( ) os tratados doutrinais de caráter religioso são literatura de ficção e as novelas de cavalaria são literatura apologética e didática. d ( ) os tratados doutrinais de caráter religioso são importados, isto é, não têm origem portuguesa. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta. 2. a ( ) além de os tratados religiosos e novelas de cavalaria não apresentarem valor literário, ambos são produções anônimas. b ( ) esteticamente, a literatura apologética é mais importante do que as novelas de cavalaria. c ( ) esteticamente, as novelas de cavalaria são mais importantes do que a literatura apologética e didática. d ( ) autoria anônima é uma característica sempre presente nas primeiras obras literárias em prosa de qualquer literatura. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta. 3. a ( ) muitos documentos em prosa das primeiras atividades literárias portuguesas estão inéditos, e outros estão perdidos. b ( ) entre os documentos perdidos, encontra-se “José de Arimateia”. c ( ) “José de Arimateia” e “Merlim” encontram-se inéditos na Torre do Tombo. d ( ) “A Demanda do Santo Graal” permanence inédita na Torre do Tombo, por isso pode ser mencionada. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta.
  • 2. 4. a ( ) “A Demanda do Santo Graal”, “José de Arimateia” e “Merlim” pertencem ao ciclo bretão. b ( ) na biblioteca de D. Duarte havia uma cópia de “Merlim”, obra hoje perdida. c ( ) o mais antigo exemplar conhecido da “Amadis de Gaula”, em português, data de 1508. d ( ) nada, na versão espanhola de “Amadis de Gaula”, publicado por Garci Ordóñez de Montalvo, nos faz suspeitar da existência de um original português. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta. 5. a ( ) “A Demanda do Santo Graal” reflete com fidelidade absoluta os ideais da vida cortesã, guerreira e sentimental da cavalaria medieval. b ( ) nenhum tradutor de “A Demanda do Santo Graal” declara a nacionalidade dos originais. c ( ) porque consiste na tradução de um original francês, A Demanda do Santo Graal não documenta os ideais da cavalaria medieval. d ( ) Amadis de Gaula permanence inédito na Torre do Tombo. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta. 6. a ( ) não há simbologia religiosa na versão que conhecemos de A Demanda do Santo Graal. b ( ) A Demanda do Santo Graal pode ser comparada. a uma obra de arquitetura, pelo seu espírito comprometido por um simbolismo religioso. c ( ) Galaaz é considerado a flor da cavalaria medieval. d ( ) através da punição de Lançarote e do comportamento de Galaaz, percebe-se a intenção ascética do autor da novela. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta 7. a ( ) Lançarote era considerado a flor da cavalaria medieval devido a seus amores clandestinos com a mulher do Rei Artur. b ( ) Galaaz e Lançarote são personagens de Amadis de Gaula. c ( ) Lançarote não foi aceito na câmara do Graal. d ( ) a galantaria palaciana e o ideal guerreiro de vida são incentivados em A Demanda do Santo Graal. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta 8. a ( ) Amadis de Gaula reflete as mesmas intenções ascéticas de moralização da cavalaria de A Demanda do Santo Graal. b ( ) O personagem Amadis tem o mesmo comportamento de Galaaz. c ( ) Amadis, como personagem, age como protótipo da cavalaria medieval. d ( ) Galaaz e Lançarote são cavaleiros eleitos de Deus. e ( ) nenhuma das alternativas acima é correta. TEXTO 2 1. “É preciso dizer que, na Idade Média Portuguesa, ao lado de uma poesia alheada da realidade concreta, outra se realiza de caráter menos abstrato, em que mais se “conta” do que se “canta”, em que o íntimo sentimento se traduz na ação exterior; caracteristicamente, portanto, lírico-dramática. Refiro-me às chamadas “cantigas de amigo” e “pastorelas”. 2. As primeiras transportam-nos, na verdade, para dentro da vida amorosa medieval. Aqui e além, se o namorado é distante, sabemos que vai no “fossado de El-Rei”, ou se encontra “onde El-Rei arma navios”. A confidência da donzelinha é, mais de uma vez, pormenorizada: sabemos não apenas suas reações íntimas perante a requesta, mas do próprio teor desta somos informados, mesmo quando o pudor impediria de o dizer. Depois, acompanhamos a namorada à romaria, onde a devoção pelo santo, quando não acende a esperança de seu favor aos apelos do coração amante, é apenas disfarce da devoção mais viva pelo amigo, a quem é preciso mostrar-se, bailando. E as idas a Vigo, na ansiosa expectação das caravelas; à fonte, onde a demora com o namorado se desculpa com “as cervas do monte que turvam a água”; e até os encontros noturnos, onde a castidade normal desta poesia fica seriamente comprometida – eis aspectos da vida, surpreendidos no garrular interminável das confidências à mãe ou às amigas, quando não às “ondas do mar de Vigo”, às “flores do verde pinho”, às “cervas do monte”. Tudo isto nos provoca a sair do mundo interior para a fresca visão de um mundo em cuja convencional pintura não faltam, todavia, toques de realismo, de acre sabor, às vezes. 3. As pastorelas exemplificam igualmente esta mirada sobre a realidade objetiva. É convencional a requesta da pastorinha pelo cavaleiro e o diálogo que leva à repulsa ou à aceitação do amor de ocasião. 4. Não parece, contudo, paradoxal que a variedade de temas e formas se encontre antes na poesia popularizante que mais parece próxima das origens? A razão é que a cantiga de amigo é ainda suscitada pela vida e a de amor é elaborada pelo artifício.” (CIDADE, Hernani. O Conceito de Poesia como Expressão de Cultura. 2ª edição, 1957, Armênio Amado, Coimbra) VOCABULÁRIO: Requesta – pretender o amor de alguém
  • 3. Garrular – tagarelar Acre – azedo Marque a única alternativa correta no conjunto das quatro apresentadas. O texto acima afirma que: 1.a ( ) quando a poesia assume um caráter menos abstrato ela deixa de ser cantada. b ( ) quando a poesia trovadoresca se aproxima da realidade concreta, ela assume característcas lírico- dramáticas. c ( ) que as cantigas de amigo e pastorelas são alheadas da realidade concreta. d ( ) os sentimentos íntimos, banidos das poesias mais ligadas à realidade, são substituídos por ação exterior. 2. a ( ) expressões como ir ao “fossado de El-Rei”, ou “estar onde El-Rei arma navios”, que exprimem circunstâncias intimamente ligadas à vida medieval portuguesa, aparecem nas cantigas de amigo, o que as torna mais documentais. b ( ) a pormenorizada confidência da donzelinha impede referências a situações concretas, típicas da sociedade medieval portuguesa. c ( ) cheia de pudor, a donzela que se confessa na cantiga de amigo omite detalhes importantes da requesta amorosa, tornando-a, aparentemente, platônica. d ( ) era tão acentuada a religiosidade da Idade Média que nas cantigas denominadas “romarias” a devoção pelo santo substitui a confissão do sentimento amoroso. 3. a ( ) o sentimento amoroso expresso nas cantigas de amigo é uma simples e interminável confidência à mãe, às amigas ou à natureza. b ( ) há toques de realismo nas cantigas de amigo. c ( ) a requesta de uma pastorinha é puramente convencional. d ( ) a requesta da pastorinha e a presença de diálogo levando à aceitação ou recusa da proposta constituem as cantigas de amigo. ________________________________________________________ GABARITO1 1. b 2. C 3. A 4. B 5. E 6. D 7. C 8. C _____________________________________ GABARITO2 1. b 2. A 3. B